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O software de programação do Millenium 3, já instalado na lição anterior, é de uso bastante simples. Ele
contém menus padrão windows bem conhecidos dos alunos. As funções simples e usuais, tipo, SALVAR,
EDITAR, COPIAR, COLAR, etc são iguais àquelas encontradas em qualquer software padrão windows, de
modo que não iremos nos deter com elas. Na medida em que surgirem funções especiais, estas serão
explicadas.
É a partir desta tela que será iniciado um aplicativo muito simples, utilizando apenas 2 entradas digitais, 1
saída digital e 1 função lógica E (AND).
As funções lógicas desempenham um papel muito importante nos sistemas de automação. Elas são a base
de qualquer sistema, por isso, é muito importante que o aluno esteja familiarizado com a utilização dessas
funções lógicas básicas. Elas são listadas abaixo:
Maiores informações a respeito das funções lógicas podem ser obtidas através da apostila Automação
Industrial – Parte 1 que pode ser baixada no site www.sibratec.ind.br.
Selecione na aba de funções a denominada IN/OUT. Nesta aba aparecem as entradas e saídas disponíveis.
No momento o que importa para nós é a entrada DI (Digital Input) e a saída DO (Digital Output).
Nota: entradas e saídas digitais são aquelas do tipo liga/desliga. Funcionam como se fosse um interruptor
de uma lâmpada onde não há nenhuma posição intermediária. Ou ela está ligada ou desligada.
Agora, com a aba IN/OUT selecionada, posicione o mouse sobre a entrada DI e arraste para a primeira
posição de entrada. Em seguida repita a operação e arraste para a segunda posição de entrada. Após isso
posicione o mouse sobre DO e arraste uma saída digital para a primeira posição de saída. No final a tela
deve ficar como mostrado abaixo.
Note que o software automaticamente vai numerando os blocos na medida em que eles são inseridos na
tela de programação.
Agora o nosso sistema se compõe de duas entradas digitais: I1 e I2 e uma saída digital O1.
Não esqueça que, no kit essas entradas são: I1--> sensor capacitivo, I2--> Chave push button cor amarela;
O1 → saída com sinaleiro vermelho.
Note que nesta aba aparecem duas funções AND (E): uma com duas entradas e outra com 4 entradas.
Ambas fazem a mesma função. Se você inserir a função AND com 4 entradas e utilizar somente 2, o
software desconsidera a existência das outras 2, ou seja, o software só considera existentes as entradas
utilizadas. Se você for utilizar somente 2 entradas é preferível utilizar o AND especifico para duas entradas
porque ele ocupa menos memória interna no CLP.
Selecione então o AND com duas entradas e arraste-o para dentro da tela de programação.
Cada bloco que é colocado na área de trabalho recebe um código colocado automaticamente pelo
software. Veja acima: B00, B02, D00, etc. Esse código segue a ordem em que o bloco foi inserido
no programa em desenvolvimento. Não se preocupe com esse número. Ele é só uma referência e
não significa nada em termos lógicos.
Agora é necessário fazer as ligações das entradas e saídas com o bloco lógico AND. Para isso posicione o
mouse exatamente sobre o ponto de conexão da entrada.
Agora, mantendo a tecla esquerda do mouse pressionada, arraste até o ponto de entrada do bloco lógico
AND.
Quando aparecer a indicação de que a conexão foi realizada, como mostrado acima, solte a botão esquerdo
A linha preta indica que a entrada I1 do CLP está conectada a entrada 1 do bloco lógico AND.
A situação mostrada acima indica que as entradas I1 e I2 do CLP estão conectadas às entradas 1 e 2 do
bloco lógico AND. A saída 1 do bloco lógico AND está ligada a saída O1 do CLP. Veja abaixo como isto fica
no CLP físico:
Fisicamente as entradas I1 e I2 ficarão ligadas nas entradas 1 e 2 do bloco lógico e a saída do bloco lógico
irá controlar o relê ligado na saída física O1 do CLP. Mas isso tudo só irá acontecer depois que o software
for compilado e carregado no CLP. Por enquanto ele está apenas na tela do computador.
Antes de carregar o software no CLP é conveniente fazer uma simulação na tela. Assim se tem certeza de
que os resultados obtidos são realmente os que são esperados. Antes de realizar a simulação é necessário
fazer uma operação chamada de compilação.
- Se a barra de ferramentas não estiver visível e você não quiser torná-la visível, você poderá utilizar
diretamente o menu do software. Neste caso selecione:
Menu → Simulation
Nota: durante a compilação o software avalia questões técnicas, tais como: ligações incompatíveis, erros de
ligações, erros de construção, etc. Porém ele não avalia erros lógicos. Se houver algum desses erros
aparece a tela seguinte indicando que a compilação foi feita porém há dúvidas ou que ela nem foi feita
porque há um erro que não permite que ela ocorra:
No nosso caso deu tudo certo, por isso, agora podemos passar à etapa de carregar o software no CLP.
Antes disso, porém, é possível simular o funcionamento do programa direto na tela. Assim se sabe se o que
está ocorrendo é o que se esperava.
Qualquer programa pode ser simulado na tela do computador antes de realizar o carregamento no CLP.
Essa é uma etapa muito interessante porque permite verificar o funcionamento do programa sem a
necessidade dele estar carregado no CLP.
Voltando à tela do passo anterior:
Clique OK.
1. LIGA DESLIGA: A mais comum é a chave liga desliga tipo interruptor de lâmpada. Esta chave possui
sempre duas posições fixas (ou está em uma ou em outra posição): uma ligada e outra desligada.
Fisicamente ela se apresenta de várias maneiras. Alguns exemplos são:
2. LIGA DESLIGA COM CONTATO REVERSÍVEL: Existem também chaves que fisicamente são iguais as
do tipo liga desliga. Porém eletricamente elas possuem 3 terminais: 1 comum, 1 NA (NO) – Normalmente
aberto e outro NF (NC) – Normalmente fechado.
4. CHAVES DUPLAS: Essas chaves possuem ampla aplicação para ligar e desligar painéis. Elas se
caracterizam por possuir duas teclas, em geral uma verde e uma vermelha.
5. CHAVES FIM DE CURSO: Essas chaves são muito utilizadas em processos de acionamento automático
devido a movimentação de algum produto. Veja modelos abaixo.
Quanto a configuração dos contatos, em geral, elas são do tipo NA-C-NF, que significa um contato
reversível com 3 terminais, onde 1 terminal é um comum, outro é NA e outro é NF.
Independente de qual seja o modelo de chave utilizada o importante é saber como ela funciona, por isso, é
interessante se informar sobre a configuração dos contatos: NA ou NF, com ou sem retenção, etc.
Nota.
Alguns modelos possuem 2 contatos independentes, um normalmente aberto e outro normalmente fechado.
No momento de comutação os contatos se invertem
Agora já conhecemos alguns tipos de chaves utilizadas nas entradas, contatores utilizados como saída
Chegou a hora de testar na tela para ver se ele está funcionando como era esperado.
A linha vermelha em I1 indica que essa entrada foi levada ao nível lógico 1 (ON). De acordo com a tabela
verdade da porta lógica AND se I1=1 e I2=0 a saída será 0, o que está de acordo com o resultado que está
sendo visualizado na tela.
A única condição em que uma porta lógica AND tem a saída em 1 é quando todas as entradas, no nosso
caso I1 e I2 estiverem em 1. Por isso clique em I2:
Note que todos os pontos de conexão das entradas, e saídas do bloco lógico utilizado neste
exemplo são de cor preta. Mais adiante veremos que existem também de cor azul e de cor
verde. Em geral, todos os pontos de conexão (Entrada/saída) de cor preta são os digitais.
Digitais são os do tipo liga/desliga.
TAREFA DA LIÇÃO 3: Nesta etapa o aluno poderá treinar a utilização de blocos lógicos montando,
compilando e simulando vários circuitos.