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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE MATERIAIS E SERVIÇOS


BARRAGEM DE DETENÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS – CÓRREGO ÁGUA DO SOBRADO

REV. 0
ABR/2003

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CONTEÚDO

1. INTRODUÇÃO

2. DISPOSIÇÕES GERAIS

3. BARRAGEM DE TERRA

4. ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

5. RESERVATÓRIO - OBRAS DE PROTEÇÃO DAS MARGENS

6. PAVIMENTAÇÃO

7. SISTEMA DE MICRODRENAGEM

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1 – INTRODUÇÃO

1.1 - Escopo

As presentes especificações tem por objetivo o estabelecimento das condições técnicas que juntamente com
os desenhos de projeto e eventuais instruções complementares de campo por parte da fiscalização, que
deverão ser obedecidas durante a execução das obras previstas para a barragem Córrego Água do Sobrado
e das obras de proteção das margens do reservatório.

1.2 – Entidades Envolvidas

As obras objeto destas especificação poderão ser executadas diretamente pela equipe da Prefeitura
Municipal de Bauru ou executadas por Empresas contratadas mediante licitação. Independente da forma de
execução destes serviços, haverá necessidade da participação das entidades definidas a seguir e
mencionadas nesta especificação:

- PROPRIETÁRIA DA OBRA
A proprietária da obra é a Prefeitura Municipal de Bauru

- EMPREITEIRA
Empresa contratada para execução dos serviços ou equipe da Prefeitura responsável pela execução dos
serviços.

- FISCALIZAÇÃO
Empresa contratada ou equipe pertencente aos quadros da Prefeitura, responsável pelo gerenciamento e
controle de qualidade de construção.

- PROJETISTA
Empresa responsável pelo projeto executivo das obras- Linear Tecnologia e Engenharia S/C Ltda.

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1.3 – Desenhos Executivos

As obras objeto destas especificações estão detalhadas nos desenhos listados a seguir:
NUM. DENOMINAÇÃO REV

FL. 01 Delimitação das sub-bacias 0


FL.02 Levantamento planialtimétrico cadastral – planta geral e seções 0
FL.03 Levantamento planialtimétrico cadastral – Drenagem de águas pluviais – 0
Planta e seções
FL.04 Arranjo geral 1
FL.05 Locação das sondagens e do eixo da barragem – Seções geológicas / 1
geotécnicas
FL.06 Reservatório – Intervenções propostas – Planta geral 1
FL.07 Reservatório – Intervenções propostas – Seções típicas 0
FL.08 Implantação geral – Barragem, sistema viário, descarregador de fundo e 1
vertedor
FL.09 Barragem de terra – Escavação da fundação – Planta e seção 1
longitudinal
FL.10 Barragem de terra – Escavação da fundação – Seções transversais 1
típicas
FL.11 Descarregador de fundo – Planta,perfil longitudinal e seção 1
FL.12 Descarregador de fundo – Emboque – Planta, cortes e detalhe 1
FL.13 Descarregador de fundo – Desemboque – Plantas e cortes 1
FL.14 Vertedor – Planta e perfil longitudinal 1
FL.15 Vertedor e dissipador de energia – Detalhes gerais 1
FL.16 Barragem de terra – Corpo do aterro – Planta e seções 1
FL.17 Barragem de terra – Corpo do aterro – Seções e detalhes 3 , 3A ,3A1 , 1
3A2 e 3A3
FL.18 Barragem de terra – Corpo do aterro – Seções típicas e detalhes 1, 2 , 4 1
e5
FL.19 Sistema viário – Perfil e detalhes 1
FL.20 Barragem de terra – Seqüência construtiva 0
FL.21 Descarregador de fundo – formas – Planta, cortes e detalhes 0
FL.22 Vertedor – Formas – Planta, cortes, vistas e detalhe 0
FL.23 Descarregador de fundo – Bloco TG1 – Armadura – Planta, cortes, vista 0
e detalhes
FL.24 Descarregador de fundo – Armadura - Blocos TG2 a TG4 – Planta, cortes 0
e detalhes
FL.25 Descarregador de fundo – Bloco TG5 – Armadura – Planta, cortes, vista 0
e detalhes
FL.26 Vertedor – Blocos TV1 a TV3 – Armadura – Planta e cortes 0
FL.27 Vertedor – Bloco TV4 – Armadura – Planta,cortes e detalhes 0
FL.28 Drenagem do sistema viário – Planta geral 0
FL.29 Drenagem do sistema viário – Boca de lobo simples e poço de visita– 0
Planta, cortes, vistas e detalhes
FL.30 Drenagem do sistema viário - Boca de lobo dupla – Planta, cortes, vistas 0
e detalhes
FL.31 Drenagem do sistema viário – Detalhes gerais 0

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2– DISPOSIÇÕES GERAIS

2.1- Locação das obras

Os detalhes geométricos do projeto estão amarrados ao sistema de coordenadas definido pela Prefeitura de
Bauru e utilizado nos levantamentos planialtimétricos executados nesta fase de projeto executivo.
Para implantação das obras, será necessária a marcação topográfica da sua geometria. Para isso sugere-se
a materialização de marcos amarrados em coordenadas e que servirão de base para amarração das obras.

2.2 – Normas Técnicas

Mesmo quando não especificados nos documentos de projeto, todos os materiais empregados e todos os
serviços executados deverão estar de acordo com as exigências das normas técnicas da ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT).

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3– BARRAGEM DE TERRA

3.1– Desmatamento e Limpeza

Os trabalhos de desmatamento, destocamento e limpeza das áreas necessárias às obras serão feitos de
acordo com estas Especificações, obedecendo às dimensões e aos alinhamentos mostrados nos desenhos,
ou a critério da Fiscalização. O inicio dos serviços fica condicionado à liberação pelo IBMA ou outro Órgão
Ambiental.
Estes serviços serão executados em 2 níveis:
- Desmatamento simples, compreendendo derrubada da vegetação, com corte e destocamento das
arvores e posterior queima da massa vegetal, em época e local oportuno, a ser definido pela Fiscalização
- Desmatamento e limpeza, compreendendo as atividades descritas para o desmatamento simples e a
posterior raspagem de até 20 cm de espessura, de forma que a superfície resultante se apresente
completamente livre de detritos vegetais.
A raspagem superior a 20 cm e quando autorizada pela Fiscalização, será considerada como escavação.
Nenhum movimento de terra poderá ser iniciado, a menos de indicação específica da Fiscalização, enquanto
as operações de desmatamento e limpeza, não tenham sido totalmente concluídas.
Em nenhuma hipótese será permitido o uso de agrotóxicos para a execução dos serviços.

3.2 – Escavação da Fundação

3.2.1 -Aspectos Gerais

Em principio todas as escavações previstas na fundação da barragem e das estruturas de concreto, serão
consideradas como escavação comum, ou seja, serão escavados apenas materiais terrosos, escaváveis
facilmente com lâmina de trator ou caçamba de carregadeira.

Antes do inicio destes serviços, a Empreiteira submeterá à aprovação da Fiscalização o plano para
realização das escavações, efetuado a partir dos levantamentos topográficos, limites definidos nos desenhos
de projeto sondagens, perfis geotécnicos , das possibilidades de reuso dos materiais escavados e da
definição dos locais previstos para estoque e bota foras. Este plano, por solicitação da Fiscalização, poderá
considerar a execução de escavações seletivas, visando a obtenção de materiais com características
definidas.

3.2.2 Níveis de Escavação

Os níveis de escavação definidos nos Desenhos, poderão sofrer alterações em função das condições
geotécnicas encontradas no campo e o aprofundamento de um determinado nível de escavação poderá exigir
o retaludamento dos taludes de escavação.

Na fase de escavação, a Fiscalização exercerá um acompanhamento contínuo dos serviços, de forma a


definir a cota final de escavação. Para isso, a Fiscalização poderá solicitar à Empreiteira, a execução de
poços ou trincheiras, durante os trabalhos de escavação.

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3.2.3 – Destino dos materiais

Sempre que possível, os materiais escavados deverão se utilizados nos aterros. Estes materiais poderão ser
utilizados diretamente da escavação ou estocados para uso posterior.

Todo material escavado que não puder ser usado nos aterros será lançado em bota-fora e em local
previamente determinado pela Fiscalização.

3.2.4 – Equipamentos

Para execução dos serviços de escavação, carga , transporte e lançamento no aterro ou em bota-fora
deverão ser usados os equipamentos convencionais de terraplenagem, tais como:
- Carregadeira de pneu, Cat 996 ou similar
- Retroescavadeira sob esteira ou sob pneu
- Trator de esteira tipo D –7 ou D – 8
- Motoniveladora tipo CAT 120B ou similar
- Caminhão Basculante

3.2.5 – Escavação do Cut-Off e da Vala Drenante

Para possibilitar o livre escoamento das águas de chuvas ou do lençol freático, a escavação do Cut-Off e da
vala drenante do fundo do mesmo, previsto para ambas as margens, deverá ser feita do fundo do vale para
as ombreiras.

3.3 - Aterro da Barragem

3.3.1– Geral

Neste item estabelece as normas e condições básicas a serem observadas nos trabalhos, equipamentos e
tipos de materiais para execução da barragem de terra, de maneira a serem satisfeitas as condições do
projeto

A seguir são descritos os vários materiais a serem utilizados nas diversas Zonas da barragem.

- Zona 1 – Maciço argiloso compactado, em camadas e construído com areia fina argilosa ou areia fina
silto argilosa, com LL mínimo de 25 e IP mínimo de 8, oriunda de jazidas ou eventualmente das
escavações obrigatórias.
- Zona 1 A – Maciço compactado em camadas, no interior do corpo barragem e construído com areia fina
com pouca ou nenhuma plasticidade oriundas das escavações obrigatórias. A critério da Fiscalização, a
Zona 1 A, conforme definida no projeto, poderá ser parcialmente ou totalmente eliminada, sendo
substituída pela Zona 1.
- Zona 1 B – Maciço da ensecadeira incorporada e no pé do talude de montante da barragem, construído
com areia fina oriunda das escavações.
- Zona 2 ( filtro vertical e tapete drenante horizontal) – Construído com areia limpa, fina e média bem
graduada, oriundas de jazidas de areia da região.

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- Zona 3 – Dreno de brita, envolvido por areia ou manta de geotextil, construído com brita 1, diâmetro máx.
de 12 mm.
- Zona 4 ( transição do Rip-Rap) – material a ser colocado na base do Rip-Rap, com transição para os
blocos externos e constituídos por brita corrida, diâmetro máx. de 75 mm
- Zona 5 – Parte externa do Rip-Rap, construída com blocos de rocha arrumados e com tamanhos de
blocos entre 5 e 25 cm.
- Enrocamento de proteção – Material rochoso são( rachão), com diâmetro máx. dos blocos de 30 cm,
lançado no trecho jusante da barragem, para proteção contra erosão e saída do sistema de
drenagem interno da barragem.

3.3.2– Zona 1, Zona 1 A e Zona 1 B

a) Materiais
Os materiais a serem empregados nestas 3 zonas devem possuir as seguintes características e origens:
- A Zona 1 deverá ser construída com areias finas argilosas ou siltosas, com Limite de Liquidez (LL)
mínimo de 25 e Índice de Plasticidade ( IP ) mínimo de 8 e oriundas de jazidas existentes na região e
definidas pela Fiscalização. Se durante a fase de escavação da fundação da barragem, for observado
que algum material escavado apresenta as condições de plasticidades mínimas especificadas, este
material deverá ser destinado à Zona 1
- Nas Zonas 1 A e 1 B, deverão utilizadas as areias finas, inorgânicas, com pouca ou nenhuma
plasticidade, oriundas das escavações obrigatórias. Estes materiais poderão vir diretamente da
escavação ou de estoques.

b) Equipamentos
Na execução das Zonas 1, 1 A e 1 B, deverão ser usados equipamentos convencionais de terraplenagem e
apropriados para a natureza dos serviços. Antes do início dos trabalhos, a Empreiteira deverá submeter à
aprovação pela Fiscalização, do plano de trabalho para execução da barragem, incluindo a listagem dos
equipamentos a serem utilizados. A seguir apresentamos uma relação de equipamentos, os quais poderão
ser usados na execução destas Zonas:
- Carregadeira de pneu do tipo CAT – 966 ou similar
- Carregadeira sob esteira ou retro escavadeira
- Caminhão basculante com 1 ou 2 eixos
- Tratores de esteiras do tipo CAT D-7 ou D-8
- Motoniveladora do tipo CAT-120 ou Cat-140
- Trator agrícola acoplado com grade de disco
- Caminhão pipa com barra espargidora
- Rolos compactadores do tipo CAT-824B-PD, DYNAPAC CA-25-PD, DYNAPAC TR-25-PD ou MULLER
TC-18

c) Parâmetros de Compactação
Os parâmetros de compactação, ou seja, o desvio de umidade e grau de compactação são referidos ao
ensaio de compactação Proctor Normal, sem reuso do material, conforme a NBR – 7182 da ABNT. A
verificação dos parâmetros de compactação deverá ser feita através do ensaio de Hilf.

No momento da compactação, a umidade do material deverá estar compreendida entre –2% a + 2% em


relação a umidade ótima. Nos contactos do maciço com as estruturas de concreto, o material deverá ser
compactado mais umidoou seja na faixa de zero a 3% acima da umidade ótima.
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Em termos de grau de compactação o maciço ( Zonas 1 e 1 A) deve atender os seguintes requisitos


GC mínimo = 95%
GC médio > 98% 90% dos valores dos ensaios referentes a um trecho do maciço, devem estar
compreendidos na faixa de 95% a 102%.
Em principio a retirada de amostra para execução de ensaios de Hilf será contínua e sistemática, com pelo
menos um ensaio a cada 500 m3 de aterro.

d) Lançamento, espalhamento e compactação da camada

Em principio o material deverá ser lançado com a umidade dentro da faixa especificada ou seja, quando
houver necessidade de correção de umidade ela deverá ser feita na jazida, no estoque ou no local de
escavação.

Nas Zonas 1 e 1 A, o material deverá ser lançado e espalhado em camadas com espessura mais uniforme
possível, de tal forma que a espessura máxima solta não ultrapasse a 25 cm. No caso da Zona 1B, a primeira
camada sobre a fundação terá uma espessura solta máxima de 50 cm e as subseqüentes com espessura de
30 cm.

O numero de passadas do rolo compactador deverá ser ajustado em função da eficiência do rolo utilizado. No
caso das Zonas 1 e 1 A, admite-se que a camada deverá atingir o grau de compactação com 6 passadas de
qualquer um dos compactadores listados no item b). Para qualquer equipamento de compactação utilizado, o
número mínimo de passadas será de 4.

Para a Zona 1 B, a compactação poderá ser feita com 6 passadas do trator de esteira que estiver fazendo o
espalhamento do material e neste caso o grau de compactação mínimo será de 94%.

Junto das estruturas de concreto e/ou em locais confinados, deverão ser usados compactadores manuais,
pneumáticos ou vibratórios e neste caso a espessura máxima da camada solta será de 15 cm.

e) Compactação da fundação

Na região das zonas 1 e 1 A e após a escavação ter atingido a cota de projeto, a superfície da mesma
deverá ser compactada da mesma forma que as camadas do aterro. Caso esta camada superior se
apresente ressecada ou com excesso de umidade, será necessária a correção desta umidade.

3.3.3- Filtros e Tapetes de Areia – Zona 2


a) Geral
Este item trata da execução do filtro vertical e do tapete drenante horizontal a jusante do filtro vertical,
conforme geometria indicada nos desenhos de projeto. Para construção da Zona 2, será usada areia natural
oriundas dos areieiros existentes na região.

b) Características da areia
Em princípio, deverão ser usadas areias com as mesmas características das usadas nos traços de concreto
armado executados na região, ou seja areias médias e finas e com um máximo de finos ( passando na
peneira 200) de 5% em peso. Apos a compactação a areia deverá possuir um coef. de permeabilidade
mínimo ( k) de 5x 10-3 cm/s.
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c) Execução do Tapete Drenante


O material será lançado em camadas com espessura máxima solta de 30 cm. Caso a areia lançada esteja
seca, ou seja com umidade menor que 2%, o material poderá ser compactado sem a saturação prévia. Para
areias úmidas, será necessário se promover a saturação do material durante a fase de compactação.

A compactação poderá ser feita por 6 passadas do próprio trator de esteira usado no espalhamento do
material ou por 4 passadas do compactador tipo rolo liso vibratório.

d) Filtro Vertical
O filtro vertical poderá ser executado em valas escavadas no aterro ou executado junto e pari-passu com os
aterros dos flancos. Nesta especificação, preve-se que o filtro vertical seja construído pelo processo das
valas. Considerando o carater bastante arenoso no maciço( 1 A) nos flancos do filtro, será necessário se
determinar no campo qual a profundidade máxima da vala que não comprometa a estabilidade das paredes
verticais da mesma. Em principio admite-se que esta profundidade não deveria superar a 0,8 m.
Após a escavação de um trecho da vala, será feita a remoção da camada superior da areia, eventualmente
contaminada por solo do aterro. As camadas serão lançadas com espessura solta máxima de 30 cm e
saturadas durante a fase de compactação. A compactação será feita com placa vibratória ou vibrador de
imersão.

3.3.4– Drenos de brita – Zona 3

a) Geral
Conforme indicado nos desenhos de projeto, foram previstos 2 tipos de drenos com núcleos drenantes de
brita 1. Um destes drenos, instalados numa vala logo a jusante do eixo da barragem e no fundo do Cut-off e o
outro no interior da parte jusante do tapete drenante horizontal

b) Vala drenante do cut-off


Este dreno, constituído por um núcleo de brita 1, envolvido por manta Geotextil tipo Bidim OP-60 ou similar.
Em principio a escavação será feita após a conclusão da escavação do cut-off e executada no sentido leito do
rio para as ombreiras. Após a execução da vala, será feito o lançamento da manta, com largura suficiente
para possibilitar o envolvimento total do núcleo de brita, com um transpasse igual a largura da valeta. A brita
será lançado por carregadeira de pequeno porte, tipo bob-cat ou manualmente com carriola. Após o
enchimento total da vala com brita, será feita a cobertura da parte superior com as 2 laterais da manta.

c) Dreno de saída do tapete drenante


O dreno de saída do tapete horizontal, constituído por um núcleo de brita 1, será executado junto com o
lançamento e compactação da areia do tapete drenante. Na região do leito do rio( entre Estacas 4+15,0 e
5+15,0 ), o dreno de brita está ligado ao enrocamento de proteção, Neste trecho deverão ser adotados
procedimentos executivos que garantam a integridade e geometria da areia, da brita e do enrocamento.

3.3.5 - Rip- Rap – Zonas 4 e 5


a) Geral
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Conforme mostrado nos desenhos de projeto, o Rip-Rap será constituído por 2 camadas, uma inferior de
transição, de brita corrida( diâmetro máximo de 75 mm) e outra externa constituída por blocos de rocha
arrumados e de tamanhos entre 5 e 25 cm. Esta proteção ( Zonas 4 e 5), deverá se executada “pari-passu”
com a subida do aterro adjacente( zona 1), de forma que o desnível entre a Zona 1 e o Rip-Rap construído
não supere a 2 metros.
b) Zona 4( transição) – detalhes executivos
Antes do lançamento da transição será necessária a remoção, até o limite do talude, de todo o material solto
e/ou compactado executado além deste limite.
O material de transição será descarregado sobre o maciço da Zona 1 e junto do talude. Com auxílio de uma
lâmina de trator, o material será empurrado para o talude. O acerto do material na geometria do projeto será
feito pelo próprio trator ou por retroescavadeira.

c) Zona 5( camada externa de blocos)


O material deverá ser constituído de rocha sã, com cerca de 90%, em peso, de blocos com dimensões entre
5 e 25 cm.
O material será colocado após a construção da camada de transição e adotando o mesmo processo
executivo descrito para a camada de transição.

d) Solução alternativa de rip-rap


Caso haja disponibilidade, na região, de materiais rochosos bem graduados e misturados com finos terrosos,
poderá ser avaliada a possibilidade de substituir as 2 camadas ( Zonas 4 e 5), por uma única camada deste
material rochoso misturado com finos. Como exemplo de material rochoso misturado com finos, podemos
citar a chamada rocha alterada de basalto, onde blocos de rocha sã estão misturados com materiais
alterados e decompostos.
No caso de se adotar a solução de camada única, o rip-rap deverá ser executado junto com a subida do
aterro, lançando e compactando a rocha alterada a cada 2 camadas de aterro da Zona 1.
Durante o espalhamento da camada, através de trator de esteira, deverá se provocar uma certa segregação
do material, de forma que os mais grossos se concentrem na parte externa da proteção.

3.3.6– Enrocamento de Proteção


O enrocamento de proteção previsto para o pé do talude a jusante da barragem e na região do leito do rio,
visa garantir a saída do sistema de drenagem da barragem e a proteção do talude contra as eventuais
correntes de retorno das águas escoadas pelo descarregador de fundo, principalmente durante os períodos
de cheias.
O material rochoso( rachão) a ser utilizado deverá conter poucos finos, ou seja, possuir condição de
drenagem franca e conter pelo menos 90% , em peso, de blocos entre 5 e 30 cm.
Face a pequena largura da zona de proteção( 2,0 m na horizontal), será necessário se proceder a colocação
do material, através de caçamba de carregadeira ou de retroescavadeira.

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4. ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

4.1 Serviços a executar

O fornecimento de todos os materiais, equipamentos e mão de obra necessários à produção de concreto com
as características exigidas em projeto, o transporte aos locais de lançamento, o adensamento, o acabamento
e a cura das misturas produzidas, tudo de acordo com planos de concretagem previamente aprovados pela
FISCALIZAÇÃO;

 A construção, montagem e desmontagem das formas e escoramentos;


 O fornecimento de materiais e equipamentos necessários à execução das juntas;
 O fornecimento e colocação das armaduras de aço e respectivos acessórios;
 A identificação de embutimento no concreto de todas as peças previstas.

4.2 Composição do concreto

O concreto será composto de cimento Portland, água, agregado miúdo, agregado graúdo e eventualmente
aditivos, desde que necessários e aprovados pela FISCALIZAÇÃO.
O concreto estrutural deverá possuir a resistência fck e as características de impermeabilidade exigidas nos
desenhos do projeto.

4.3 Ensaios

A FISCALIZAÇÃO exigirá a apresentação dos ensaios de todo o cimento a ser usado na obra, conforme as
recomendações das normas técnicas brasileiras.

4.4 Armazenamento

Não deverá haver armazenamento inativo, nem perdas por envelhecimento.


As pilhas de sacos de cimento não deverão ter mais de 10 sacos para armazenamento por menos de 15 dias.

4.5 Agregado Miúdo

O agregado miúdo deverá ser areia de depósitos de aluvião ou produto resultante de britagem de rocha sã.

4.5 Agregado Graúdo

O agregado graúdo será obtido de britagem de rocha sã (pó de pedra). Não será utilizado o agregado natural
(pedregulho) britado. Será constituído por pedras duas, resistentes, duráveis e isentas de quantidades
nocivas de impurezas.

4.6 Água

A água a utilizar na preparação do concreto será limpa, não podendo conter quantidades que prejudiquem o
concreto, tais como óleo, ácidos, álcalis e materiais orgânicos.

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4.7 Aço

As barras de aço não deverão apresentar escamas de óxido, óleos, graxas ou qualquer outro elemento que
possa comprometer sua aderência ao concreto.
As barras das juntas deverão ser protegidas contra a corrosão por meio de nata de cimento ou outro material
aprovado pela FISCALIZAÇÃO, quando tiverem de ser deixadas por longo tempo ao ar livre.
Salvo em casos especiais devidamente autorizados pela FISCALIZAÇÃO, serão empregados aços do tipo
CA-50.

4.8 Dosagem e Mistura de Concreto

O concreto será dosado racionalmente, de modo que se obtenham misturas trabalháveis, com conteúdos
mínimos de cimento e água, e que, para cada estrutura devidamente curada, satisfaçam aos requisitos de
resistência mecânica e durabilidade previstos nos desenhos do projeto.
O traço será fixado pela EXECUTANTE, em função das condições de trabalhabilidade, resistência mecânica
e durabilidade exigida.
A EXECUTANTE, baseada nos elementos de projeto, fixará as condições de trabalhabilidade aplicáveis aos
concretos a serem lançados.

4.9 Formas e Escoramentos

As formas deverão ser executadas com as dimensões de projeto, com material escolhido, de boa qualidade e
adequado para o tipo de acabamento indicado às superfícies de concreto.
O material terá a resistência necessária para suportar os esforços resultantes do lançamento do concreto e
das pressões laterais, bem como vibrações que se desenvolverão durante o adensamento do concreto.

4.10 Escoramentos

Deverão resistir a todos os esforços atuantes durante a concretagem e o adensamento do concreto, sem
permitir qualquer deslocamento das formas.

4.11 Lançamento do concreto

O concreto deverá ser transportado da betoneira às formas com a maior rapidez possível, empregando-se
métodos que evitem a segregação dos ingredientes ou perda do material.
A EXECUTANTE providenciará equipamento capaz de lançar adequadamente quaisquer concretos
especificados, inclusive aqueles em cuja composição se inclua bitola de maior espessura do agregado graúdo
e cujo abatimento (“slump”) seja o mais baixo.
Não será permitida queda vertical maior que 2,00m, a menos que se utilize equipamento ou métodos
adequados para impedir a segregação ou que a FISCALIZAÇÃO autorize especificamente este procedimento.

4.12 Juntas de Concretagem

Quando o lançamento do concreto for interrompido por juntas de concretagem, deverão ser tomadas
providências para que, ao se iniciar o novo lançamento, exista ligação efetiva do trecho já endurecido como o
novo concreto.
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4.13 Adensamento

Cada camada de concreto lançada, será vibrada mecanicamente com vibradores de imersão ou de parede,
para obter a máxima capacidade possível. Deverão ser tomadas precauções para que não se formem ninhos,
evitando-se assim que seja alterada a posição da armadura e nem aflorada quantidade excessiva de água na
superfície do concreto.
O vibrador deverá ser operado quase verticalmente, sendo que a sua penetração no concreto seja possível
com o seu próprio peso.

4.14 Cura e Proteção do Concreto

O concreto será curado por umedecimento durante um período não menor que 7(sete) dias consecutivos,
empregando métodos aprovados pela FISCALIZAÇÃO.

4.15 Remoção das Formas

As formas serão removidas o quanto antes para não interferirem na cura e no reparo das imperfeições das
superfícies, mas não serão removidas sem a autorização da FISCALIZAÇÃO. O prazo mínimo para retirada
das formas das paredes laterais do canal será de 72 horas.

4.16 Controle de qualidade do concreto

Será feito o controle da qualidade do concreto mediante modelagem de corpos de prova, conforme
estabelecido nas respectivas normas, sendo que o número de corpos de prova a serem modelados e
ensaiados para cada estrutura, será estabelecido pela FISCALIZAÇÃO.

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5 – RESERVATÓRIO - OBRAS DE PROTEÇÃO DAS MARGENS

5.1 Geomanta sintética – Dados gerais

Para os taludes resultantes da conformação do reservatório, foi prevista a utilização de geomanta sintética
não degradável, do tipo Enkamat ou MacMat L da Maccaferri do Brasil ou similar, que atuarão como proteção
contra as erosões superficiais.
Esta geomanta é um material de filamentos de poliamida, entrelaçados, com espessura entre 10 e 20 mm,
gramatura entre 260 e 400 g/m2. As normas de fabricação são as seguintes:

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS PROPRIEDADES


Polímero Poliamida-6
Peso específico 1140 Kg/m3
Ponto de fusão 218 oC
Resistência à temperatura -30 a 100 oC
Espessura 18 mm
Resistência à tração longit. 1 KN/m
Resistência à tração transv. 1,0 KN/m
Diâmetro dos filamentos 0,41 mm
Largura do rolo 1,00 m
Comprimento do rolo 120 m
Peso bruto do rolo 35 kg

5.2 Armazenamento,manipulação e fixação da geomanta

Recomenda-se armazenar a geomanta em sua embalagem original, não permitindo seu contato à ação das
intempéries. Não deverá ser armazenado o rolo em pilhas com mais de 2,0 m de altura.
Após o seu transporte ao local de instalação, o rolo de geomanta deverá ser enrolado em tubo de aço de
largura 0,50 m maior que a largura da bobina.
Durante a montagem prever a fixação com os pinos no terreno, conforme as características do solo.

5.3 Enrocamento

5.3.1 Qualidade das rochas a serem utilizadas


É recomendável a utilização de rochas de origem mecânica, em particular o arenito e rochas de origem
orgânica, do tipo calcárias. Não será permitida a utilização de rochas que sejam do tipo argilosa e/ou siltosa.

5.3.2 Peso e dimensão das rochas


De acordo com o “American Society of Civil Engineers ”, o peso e dimensões dos materiais devem ser
determinados em função dos requisitos de freeboard da barragem. Como boa prática, recomenda-se a
utilização de pequenos pedregulhos e rochas com diâmetro próximo de 30 cm.

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5.3.3 Espessura da camada


De acordo com o Bureau of Reclamation, a espessura mínima da camada de rip-rap deverá ser em torno de
90 cm, independentemente do fetch. A primeira camada, de 30 cm, será composta de pedregulhos, cujo
efeito será o de agir como camada filtrante. Em seguida, serão colocadas mais duas camadas de rocha,
ambas de 30 cm, intercaladas com pedregulhos, evitando-se desta maneira a separação e o transporte das
partículas finas da barragem para o interior do rip-rap.

5.3.4 Forma das rochas


A forma da rocha que melhor se adapta como rip-rap é do tipo angular, melhorando a estabilidade do mesmo.

5.3.5 Inclinação do talude de apoio


Para melhor estabilidade do rip-rap, recomenda-se que no mínimo o talude possua inclinação 1V:2H.

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6. PAVIMENTAÇÃO

6.1 –BASE DE SOLO CIMENTO

6.1.1 - Apresentação

Esta Norma define a sistemática empregada na execução da camada de base do pavimento utilizando uma
mistura de solo e cimento. Neste documento encontram-se definidos os requisitos concernentes a material,
equipamento, execução e controle da qualidade dos materiais empregados e da execução, além dos critérios
para aceitação e rejeição e medição dos serviços.
 
6.1.2 - Objetivo

Estabelecer a sistemática a ser empregada na execução da camada de base de solo-cimento.

6.1.3 - Referências

Para o entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:

 DNER-ES 279/97 - Caminhos de serviço


 DNER-ES 281/97 - Empréstimos
 DNER-EM 036/95-Recebimento e aceitação de cimento "Portland" comum e Portland de alto forno
 DNER-ME 052/94 - Solos e agregados miúdos - determinação da umidade com emprego do "Speedy"
 DNER-ME 080/94 - Solos - análise granulométrica por peneiramento
 DNER-ME 082/94 - Solos - determinação do limite de plasticidade
 DNER-ME 088/94 - Solos - determinação da umidade pelo método expedito do álcool
 DNER-ME 092/94 - Solo - determinação da massa específica aparente do solo "in situ", com o emprego do
frasco de areia
 DNER-ME 036/94 - Solo - determinação da massa específica aparente do solo "in situ", com o emprego do
balão de borracha
 DNER-ME 122/94 - Solos - determinação do limite de liquidez - método de referencia e método expedito
 DNER-ME 201/94 - Solo - cimento - compressão axial de corpos de prova cilíndricos
 DNER-ME 202/94 - Solo - cimento - moldagem e cura de corpos de prova cilíndricos
 DNER-ME 216/94 - Solo - cimento - determinação da relação entre o teor de umidade e a massa
específica aparente
 DNER-ISA 07 - Instrução de serviço ambiental
 ABNT EB- 1 - Cimento "Portland"
 ABNT EB- 208 - Cimento "Portland"
 ABNT-MB 348 Blaine - cimento "Portland" - finura
 DNER-PRO 277/97 - Metodologia para controle estatístico de obras e serviços

6.1.4 – Definição

Para efeito desta Norma, é adotada a definição seguinte:

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Base de solo-cimento - camada proveniente de uma mistura e compactada de solo, cimento e água em
proporções previamente determinadas por processo próprio de dosagem em laboratório.

6.1.5 – Condições gerais

6.1.5.1. Não será permitida a execução dos serviços, objeto desta Norma, em dias de chuva.
6.1.5.2. Todo carregamento de cimento que chegar à obra deverá vir acompanhado de certificado de
fabricação com informações sobre a data de fabricação, origem, etc.

6.1.6 – Condições específicas

6.1.6.1 Material

6.1.6.1.1 Cimento Portland

Deverá obedecer às exigências da DNER-EM 036 juntamente com as da ABNT NBR-6118 nela contidas.

6.1.6.1.2 Água

Deverá ser isenta de teores nocivos de sais, ácidos, álcalis ou matéria orgânica e outras substâncias
prejudiciais.

6.1.6.1.3 Solo

Os solos empregados na execução de base de solo-cimento serão os provenientes de ocorrências de


materiais, devendo apresentar as seguintes características quando submetidos aos ensaios DNER-ME 080,
DNER-ME 122 e DNER-ME 082:
Passando na peneira de 6,5cm (2"1/2)....................................100%
Passando na peneira n° 4........................................................50 a 100%..............  5,0%
Passando na peneira n° 40.......................................................15 a 100%.............  2%
Passando na peneira n° 200.....................................................5 a 35%.................  2%
Limite de liquidez, máximo.....................................................40%
Índice de plasticidade, máximo...............................................18%

6.1.6.2 Equipamento

Para execução de base solo-cimento, são indicados os equipamentos seguintes:


Motoniveladora com escarificador;
pulvimisturador;
trator de esteiras ou pneumático;
carro-tanque distribuidor de água;
rolos compactadores tipo pé-de-carneiro, liso, liso-vibratório e pneumático;
central de mistura de capacidade adequada à obra.
As centrais de mistura deverão ser constituídas essencialmente do seguinte:
Silos - geralmente para cimento e solo, providos de bocas de descarga e equipados com dispositivos que
permitam graduar o escoamento;

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Transportadores de esteiras - que transportam o solo e o cimento, na proporção conveniente, até o


equipamento misturador; 
Equipamento misturador ("Pug-Mill") constituído, normalmente, de uma caixa metálica tendo no seu interior,
como elementos misturadores, dois eixos que rodam em sentido contrário, providos de chapa em espiral ou
de pequenas chapas fixadas em hastes, que, devido ao seu movimento, forçam a mistura íntima dos
materiais, ao mesmo tempo que os faz avançar até a saída do equipamento;
Reservatório de água e canalizações - que permitam depositar e espargir a água sobre o solo, no processo
de mistura;
Equipamento de carga de caminhões - constituído de um silo, abastecido por transportadores de correias ou
elevadores de canecas e colocados de modo que o caminhão transportador possa receber, por gravidade, a
mistura.

6.1.6.3 Execução

6.1.6.3.1 Mistura em Central

a) A mistura de solo-cimento deverá ser preparada em centrais de mistura, empregando-se materiais de


ocorrências, objetivando as vantagens técnicas e econômicas na dosagem e a homogeneização da mistura
solo, cimento e água;

b) Todas as operações necessárias ao preparo da mistura final serão realizadas na central, restando apenas
o transporte da mistura, já pronta, para a rodovia, onde será espalhada com as devidas precauções e de
modo que, após a compactação, apresente espessura, greide longitudinal e seção transversal do projeto. O
solo empregado na mistura, na central, deverá sofrer um processo de pulverização, exigindo-se que, excluído
o material graúdo, no mínimo, 80% em peso do material miúdo estejam reduzidos a partículas de diâmetro
inferior a 4,8mm (peneira n°4);

c) O transporte da mistura pronta deve ser feito em caminhões basculantes ou outro veículo apropriado,
tomando-se precaução para que não perca umidade;

d) O tempo decorrido entre a mistura pronta na central e o início da compactação não deve ser superior a 1
hora, a menos que, a critério do projeto, comprovado por ensaios, seja verificada a inexistência de
inconveniente na adoção de tempo maior;
e) A faixa, para receber a mistura de solo-cimento, deverá estar preparada no que se refere a drenagem,
nivelamento e seção transversal fixados no projeto;

f) O equipamento de compactação deverá ter dimensões, forma e peso adequados, de modo a se obter a
massa específica aparente máxima prevista para a mistura. O andamento das operações deverá ser
estabelecido, de modo que a faixa em execução seja uniformemente compactada em toda a largura;

g) A compactação de solos arenosos ou pouco argilosos deverá ser feita, de preferência, com o emprego de
rolos pneumáticos que assegurem a obtenção da massa específica aparente indicada, em toda a espessura
da camada compactada;

h) A compactação de solos arenosos ou pouco argilosos deverá ser iniciada com o emprego de rolos pé-de-
carneiro e terminada com rolos lisos ou, de preferência, com rolos pneumáticos;

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i)A operação de compactação deve ser conduzida de modo que a espessura a ser compactada na fase final,
pelos rolos pneumáticos ou lisos, seja a maior possível, nunca menor que 5cm, após compactação;

j) Durante as operações finais de compactação deverão ser tomadas as medidas necessárias para que a
camada superficial seja mantida na umidade ótima, ou ligeiramente acima, recorrendo-se a pequenas adições
de água, se preciso for, e procedendo nova homogeneização com equipamento adequado;

l) Antes da fase final de compactação, caracterizada pela existência de certa quantidade de material solto
superficial, deverá ser feita a conformação do trecho ao greide e abaulamento desejados, com o emprego de
equipamento adequado;

m) Após a conclusão da compactação, será feito o acerto final da superfície, de modo a satisfazer o projeto,
pela eliminação de saliências, com o emprego da motoniveladora. Não será permitida a correção de
depressões pela adição de material. A superfície da base será comprimida até que se apresente lisa e isenta
de partes soltas ou sulcadas;

n) O grau de compactação deverá ser, no mínimo, 100% em relação à massa específica aparente seca,
máxima, obtida no ensaio DNER-ME 216;

o) A mistura de solo-cimento deverá apresentar o valor mínimo de 21 kg/cm², para a resistência à


compressão aos 7 (sete) dias (DNER-ME 201), em corpos-de-prova moldados segundo o prescrito no método
DNER-ME 202. O valor da resistência à compressão referido é um valor mínimo, devendo-se obter na
dosagem um valor médio que conduza àquele resultado durante a fase de execução, tendo em vista a
dispersão encontrada;

p)Ttodo trecho, logo após a sua execução, de acordo com esta Especificação, será submetido a um processo
de cura, devendo para este fim ser protegido contra a perda rápida de umidade durante período de, pelo
menos, sete dias, pela aplicação da camada de solo, de capim, ou de outro material, conforme indicado no
projeto;
q)Aa cobertura deverá ser aplicada o mais cedo possível, após a conclusão da base. A base deverá ser
mantida úmida até a colocação da cobertura. O solo e o capim mantidos constantemente molhados;

r) Todo trecho acabado, que venha ser transitado por equipamento destinado à construção de trechos
adjacentes, será continuamente recoberto com, pelo menos, quinze centímetros de solo, de modo a impedir
qualquer estrago na superfície concluída;

s)No caso de proteção à cura com o emprego de material betuminoso, este deverá ser usado de acordo com
a DNER-ES 306/97 ou DNER-ES 307/97, conforme o tipo do material;

t) A pintura de proteção só poderá ser usada como pintura de ligação (tack-coat) se, por ocasião da aplicação
do revestimento asfáltica, se encontrar em condições de cumprir os requisitos necessários e livre de pó ou
material estranho;
  
u) Não será permitido o trânsito de maquinaria pesada sobre os trechos recém-terminados excluem-se os
veículos de rodas pneumáticas para transporte de água ou cimento, etc., cujo trânsito será permitido desde
que a superfície tenha endurecido suficientemente, de modo a evitar estragos, e nela tenha sido feita a
proteção a que se refere o item 5.3.1 (r).
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Os trechos terminados serão abertos ao tráfego, transcorrido o período de sete dias de cura, e desde que a
superfície tenha endurecido suficientemente.

6.1.6.3.2 Mistura na Pista


Quando excepcionalmente for utilizado o material do próprio subleito ou material importado espalhado no
subleito, com mistura na pista, deverão ser obedecidas as fases de execução seguintes:

61.6.3.2.1 Preparo da Faixa

a) antes de iniciar o preparo da faixa, a drenagem deverá estar concluída;

b) a faixa deverá estar nivelada e preparada de modo a atender ao projeto;

c) todo material impróprio deverá ser removido ou substituído de acordo com o projeto.

6.1.6.3.2.2 Pulverização e Homogeneização do Solo

No processo de pulverização e homogeneização exigi-se que, no mínimo, 80% em peso do material miúdo
seja reduzido a partículas de diâmetro inferior a 4,8mm (peneira n° 4).

6.1.6.3.2.3 Distribuição de Cimento

Regularizado o solo pulverizado, de modo a apresentar aproximadamente a seção transversal projetada, o


cimento Portland, nas quantidades especificadas, será distribuído uniformemente na superfície. Operação
realizada distribuindo-se os sacos transversal e longitudinalmente, assegurando posterior espalhamento
uniforme do cimento na superfície do solo, na área correspondente a cada sub-trecho, ou a granel, por
processo mecânico.
Nenhum equipamento, exceto o usado para o espalhamento e mistura, poderá transitar sobre o cimento
espalhado antes misturado ao solo.
Imediatamente após a distribuição, o cimento será misturado com o solo pulverizado, em toda a espessura da
camada. A mistura será repetida continuamente pelo tempo necessário para assegurar completa, uniforme e
íntima mistura do solo com o cimento, até ser conseguida tonalidade uniforme em toda a espessura.
Em seguida, a mistura será nivelada obedecendo aproximadamente ao greide e à seção transversal do
projeto.
 
6.1.6.3.2.4 Umedecimento

a) a adição de água deverá ser feita progressivamente, não sendo aconselhável que em cada passada do
carro-tanque o teor de umidade do solo aumente mais de 2%. A cada aplicação de água, deve-se proceder a
operação de revolvimento para evitar acúmulo na superfície;
b) esta operação deverá ser feita sem interrupção e a incorporação completa da quantidade total de água
deverá estar terminada, no máximo, dentro de três horas;
c) terminada a incorporação de água, será tolerada na mistura a umidade compreendida entre 0,9 a 1,1 vezes
a determinada para o trecho, no ensaio de compactação.
5.3.2.5 Compactação, Proteção e Cura
Após a compactação executar a proteção e cura de maneira idêntica ao item 5.3.1 ("n", "p" e "g").
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6.1.7 – Critérios de medição

Os serviços aceitos, serão medidos de acordo com os critérios seguintes:

A base será medida em metros cúbicos de material compactado na pista, conforme a seção transversal do
projeto.

No cálculo dos valores dos volumes serão consideradas as larguras e as espessuras médias obtidas no
controle geométrico.

Não serão considerados quantitativos de serviços superiores aos indicados no projeto.

Na medição dos serviços estão incluídas as operações de limpeza e expurgo de ocorrência de materiais,
escavação, transportes, operações referentes à central de mistura, operações referentes à mistura na pista,
quando especificadas, compactação, acabamento, proteção da base e o fornecimento do cimento.

6.2 – IMPRIMAÇÃO

6.2.1 – Apresentação

Esta Norma define a sistemática empregada na execução de imprimação sobre a superfície de uma base
granular concluída e estabelece os requisitos concernentes a material, equipamento, execução e inspeção,
incluindo os critérios de aceitação e rejeição e medição dos serviços.

6.2.2 - Objetivo

Estabelecer a sistemática empregada na aplicação uniforme de material betuminoso sobre base granular
concluída, a fim de conferir coesão superficial, impermeabilizar e permitir condições de aderência entre esta e
o revestimento a ser executado

6.2.3 – Referências

Para o entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:

 DNER-EM 363/97 - Asfalto diluído tipo cura média


 DNER-EM 364/97 - Alcatrões para pavimentação
 DNER-ME 004/94 - Materiais betuminosos - determinação da viscosidade "Saybolt-Furol" a alta
temperatura
 DNER-ME 012/94 - Asfalto diluído - destilação
 DNER-ME 148/9 - Mistura betuminosa - determinação dos pontos de fulgor e de combustão( vaso aberto
Cleveland)
 DNER-PRO 277/97 - Metodologia para controle estatístico de obras e serviços
 ABNT P-MB- 826 - Determinação da viscosidade cinemática
 ASTM 1665/73 - Alcatrão para pavimentação - viscosidade específica "Engler"
Manual de Pavimentação - DNER, 1996

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6.2.4 – Definição

Para os efeitos desta Norma, é adotada a definição seguinte:

Imprimação - consiste na aplicação de camada de material betuminoso sobre a superfície de base granular
concluída, antes da execução de um revestimento betuminoso qualquer, objetivando conferir coesão
superficial, impermeabilizar e permitir condições de aderência entre esta e o revestimento a ser executado.

6.2.5 – Condições gerais

6.2.5.1. O ligante betuminoso não deve ser distribuído quando a temperatura ambiente for inferior a 10 ºC,
nem em dias de chuva.

6.2.5.2. Todo carregamento de ligante betuminoso que chegar a obra deverá ter certificado de análise além
de apresentar indicações relativas do tipo, procedência, quantidade do seu conteúdo e da distância de
transporte entre a refinaria e o canteiro de serviço.

6.2.6 – Condições específicas

6.2.6.1 Material

Ligantes betuminosos empregados na imprimação poderão ser dos tipos seguintes:


a) asfaltos diluídos CM-30 e CM-70;
b) alcatrões AP-2 a AP-6.
A escolha do ligante betuminoso adequado será feita em função da textura do material da base.
A taxa de aplicação "T" é aquela que pode ser absorvida pela base em 24 horas, devendo ser determinada
experimentalmente, no canteiro da obra. As taxas de aplicação usuais são da ordem de 0,8 a 1,6 l/m²,
conforme o tipo e textura da base e do ligante betuminoso escolhido.

6.2.6.2 Equipamento
Para a varredura da superfície da base, usam-se, de preferência, vassouras mecânicas rotativas, podendo
entretanto a operação ser executada manualmente. O jato de ar comprimido poderá, também, ser usado.
A distribuição do ligante deve ser feita por carros equipados com bomba reguladora de pressão e sistema
completo de aquecimento que permitam a aplicação do ligante betuminoso em quantidade uniforme.
Os carros distribuidores do ligante betuminoso, especialmente construídos para este fim, devem ser providos
de dispositivos de aquecimento, dispondo de tacômetro, calibradores e termômetros com precisão  de 1 °C,
em locais de fácil observação e, ainda, possuir aspergidor manual para tratamento de pequenas superfícies e
correções localizadas. As barras de distribuição devem ser do tipo de circulação plena, com dispositivo de
ajustamentos verticais e larguras variáveis de espalhamento uniforme do ligante.
O depósito de ligante betuminoso, quando necessário, deve ser equipado com dispositivo que permita o
aquecimento adequado e uniforme do conteúdo do recipiente. O depósito deve ter uma capacidade tal que
possa armazenar a quantidade de ligante betuminoso a ser aplicado em, pelo menos, um dia de trabalho.
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6.2.6.3 Execução

Após a perfeita conformação geométrica da base, proceder a varredura da superfície, de modo a eliminar
todo e qualquer material solto.
Antes da aplicação do ligante betuminoso a pista poderá ser levemente umedecida.
Aplica-se, a seguir, o ligante betuminoso adequado, na temperatura compatível com o seu tipo, na
quantidade certa e da maneira mais uniforme. A temperatura de aplicação do ligante betuminoso deve ser
fixada para cada tipo de ligante, em função da relação temperatura x viscosidade, escolhendo-se a
temperatura que proporcione a melhor viscosidade para espalhamento. As faixas de viscosidade
recomendadas para espalhamento são:
a) para asfaltos diluídos 20 a 60 segundos "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004);
b) para alcatrões de 6 a 20 graus "Engler" (ASTM 1665).
5.3.4 A tolerância admitida para a taxa de aplicação do ligante betuminoso definida pelo projeto e ajustada
experimentalmente no campo é de 0,2 l/m2.
 
Deve-se imprimar a pista inteira em um mesmo turno de trabalho e deixá-la, sempre que possível, fechada ao
tráfego. Quando isto não for possível, trabalha-se em meia pista, executando a imprimação da adjacente,
assim que a primeira for permitida ao tráfego. O tempo de exposição da base imprimada ao tráfego é
condicionado ao comportamento da mesma, não devendo ultrapassar 30 dias.
A fim de evitar a superposição ou excesso, nos pontos inicial e final das aplicações, colocam-se faixas de
papel transversalmente na pista, de modo que o início e o término da aplicação do ligante betuminoso situe-
se sobre essas faixas, as quais serão, a seguir, retiradas. Qualquer falha na aplicação do ligante betuminoso
deve ser, imediatamente, corrigida

6.2.7– Critérios de medição

Os serviços aceitos serão medidos de acordo com os critérios seguintes:

A imprimação será medida através da área efetivamente executada em metros quadrados, incluídas todas as
operações e encargos necessários a execução da imprimação abrangendo armazenamento, perdas e
transporte do ligante betuminoso, dos tanques de estocagem à pista.
A quantidade de ligante betuminoso aplicado é obtido através da média aritmética dos valores medidos na
pista.
Deverá ser medido, também, o transporte da quantidade de ligante betuminoso, efetivamente aplicado, entre
a refinaria ou fábrica, até o canteiro de obras.

6.3 PINTURA DE LIGAÇÃO

6.3.1 – Apresentação

Esta Norma define a sistemática empregada na execução de pintura de ligação sobre a superfície de uma
base ou entre camadas de pavimento e estabelece os requisitos concernentes a material, equipamento,

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execução e controle de qualidade dos materiais empregados e de execução, além dos critérios de aceitação
ou rejeição e medição dos serviços.

6.3.2 – Objetivo

Estabelecer a sistemática adotada na execução da aplicação de película do ligante betuminoso sobre uma
superfície subjacente, base ou pavimento, antes da execução de um novo revestimento betuminoso.

6.3.3 - Referências

O entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:

DNER-EM 369/97 - Emulsões asfálticas catiônicas


DNER-ME 002/94 - Emulsão asfáltica - carga da partícula
DNER-ME 004/94 - Materiais betuminosos - determinação da viscosidade "Saybolt-Furol" a alta temperatura
DNER-ME 005/94 - Emulsão asfáltica - determinação da peneiração
DNER-ME 006/94 - Emulsão asfáltica - determinação da sedimentação
DNER-ISA 07 - Instrução de serviço ambiental
ABNT NBR-6568/71 - Emulsões asfálticas - resíduo por evaporação
Manual de Pavimentação - DNER, 1996
DNER-PRO 277/97 - Metodologia para controle estatístico de obras e serviços

6.3.4 – Definição

Para os efeitos desta Norma, é adotada a definição seguinte:

Pintura de ligação - consiste na aplicação de ligante betuminoso sobre a superfície de base coesiva ou
pavimento betuminoso anterior à execução de uma camada betuminosa qualquer, objetivando promover
condições de aderência entre as camadas.

6.3.5 – Condições gerais

O ligante betuminoso não deve ser distribuído quando a temperatura ambiente estiver abaixo de 10 ºC, ou em
dias de chuva.

6.3.6 – Condições específicas

6.3.6.1 Material

Os ligantes betuminosos empregados na pintura de ligação poderão ser dos tipos seguintes:
a) emulsões asfálticas, tipos RR-1C e RR-2C;
b) emulsões asfálticas modificadas, quando indicadas no projeto.
A taxa recomendada de ligante betuminoso residual é de 0,3 l/m 2 a 0,4 l/m2. Antes da aplicação, a emulsão
deverá ser diluída na proporção de 1:1 com água a fim de garantir uniformidade na distribuição desta taxa
residual. A taxa de aplicação de emulsão diluída é da ordem de 0,8l/m² a 1,0l/m².
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6.3.6.2 Equipamento

Para a varredura da superfície da base, usam-se, de preferência, vassouras mecânicas rotativas, podendo
entretanto a operação ser executada manualmente. O jato de ar comprimido poderá, também, ser usado.
A distribuição do ligante deve ser feita por carros equipados com bomba reguladora de pressão e sistema
completo de aquecimento que permitam a aplicação do ligante betuminoso em quantidade uniforme.
Os carros distribuidores do ligante betuminoso, especialmente construídos para este fim, devem ser providos
de dispositivos de aquecimento, dispondo de tacômetro, calibradores e termômetros com precisão de  1 °C,
estar em locais de fácil observação e, ainda, possuir aspergidor manual para tratamento de pequenas
superfícies e correções localizadas. As barras de distribuição devem ser do tipo de circulação plena, com
dispositivo de ajustamentos verticais e larguras variáveis de espalhamento uniforme do ligante.
O depósito de ligante betuminoso, quando necessário, deve ser equipado com dispositivo que permita o
aquecimento adequado e uniforme do conteúdo do recipiente. O depósito deve ter uma capacidade tal que
possa armazenar a quantidade de ligante betuminoso a ser aplicado em, pelo menos, um dia de trabalho.

6.3.6.3 Execução

A superfície a ser pintada deverá ser varrida, a fim de ser eliminado o pó e todo e qualquer material solto.
Antes da aplicação do ligante betuminoso, no caso de bases de solo-cimento ou concreto magro, a superfície
da base deve ser umedecida.
Aplica-se, a seguir, o ligante betuminoso adequado na temperatura compatível com o seu tipo, na quantidade
recomendada. A temperatura da aplicação do ligante betuminoso deve ser fixada para cada tipo de ligante em
função da relação temperatura x viscosidade, escolhendo-se a temperatura que proporcione melhor
viscosidade para espalhamento. A viscosidade recomendada para o espalhamento da emulsão deverá estar
entre 20 a 100 segundos "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004).
A tolerância admitida para a taxa de aplicação "T" do ligante betuminoso diluído com água é de 0,2 l/m2.
5.3.5 A pintura de ligação é executada na pista inteira, em um mesmo turno de trabalho, deixando-a fechada
ao trânsito, sempre que possível. Quando não, trabalha-se em meia pista, fazendo-se a pintura de ligação da
adjacente, logo que a pintura permita sua abertura ao trânsito.
A fim de evitar a superposição ou excesso de material nos pontos inicial e final das aplicações, colocam-se
faixas de papel, transversalmente na pista, de modo que o material betuminoso comece e termine de sair da
barra de distribuição sobre essas faixas, as quais, a seguir, serão retiradas; e qualquer falha na aplicação,
imediatamente corrigida.

6.3.7 – Critérios de medição

Os serviços aceitos serão medidos de acordo com os critérios seguintes:

A pintura de ligação será medida através da área executada em metros quadrados. Nesta estando incluídas
todas as operações de encargos necessários a execução da pintura de ligação abrangendo armazenamento,
perdas e transportes de ligante betuminoso dos tanques de estocagem à pista.

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A quantidade de ligante betuminoso aplicado é obtido através da média aritmética dos valores medidos na
pista em tonelada.

Deverá ser descontada a água adicionada à emulsão na medição de ligante.

O transporte do ligante betuminoso, efetivamente aplicado, será medido com base na distância entre a
refinaria e o canteiro de serviço.

6.4 CONCRETO BETUMINOSO

6.4.1 – Apresentação

Esta Norma define a sistemática a ser empregada na execução de camada do pavimento através da
confecção de mistura betuminosa a quente em usina apropriada utilizando ligante betuminoso, agregados
minerais e material de enchimento (filer). Estabelece os requisitos concernentes a material, equipamento,
execução e controle de qualidade dos materiais empregados, além dos critérios para aceitação e rejeição e
medição dos serviços.

6.4.2 – Objetivo

Estabelecer a sistemática a ser empregada na fabricação de misturas betuminosas para a construção de


camadas do pavimento de acordo com os alinhamentos, greide e seção transversal de projeto.

6.4.3 - Referências

Para entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:


 DNER-EM 141/84 - Cimentos asfálticos de petróleo
 DNER-ME 204/95 - Cimentos asfálticos de petróleo
 DNER-EM 364/97 - Alcatrões para pavimentação
 DNER-ME 003/94 - Materiais betuminosos - determinação da penetração
 DNER-ME 004/94 - Materiais betuminosos - determinação da viscosidade "Saybolt-Furol" a alta
temperatura
 DNER-ME 035/94 - Agregados - determinação da abrasão "Los Angeles"
 DNER-ME 053/94 - Misturas betuminosas - percentagem de betume
 DNER-ME 043/64 - Ensaio Marshall para misturas betuminosas
 DNER-ME 054/94 - Equivalente de areia
 DNER-ME 078/94 - Agregado graúdo - adesividade a ligante betuminoso

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 DNER-ME 079/94 - Agregado - adesividade a ligante betuminoso


 DNER-ME 083/94 - Agregados -análise granulométrica
 DNER-ME 086/94 - Agregado - determinação do índice de forma
 DNER-ME 089/94 -Agregados - avaliação da durabilidade pelo emprego de soluções de sulfato de
sódio ou magnésio
 DNER-ME 148/94 - Material betuminoso - determinação dos pontos de fulgor e combustão
 DNER-ME 151/94 - Asfaltos - determinação da viscosidade cinemática
 DNER-PRO 164/94 - Calibração Controle de Sistemas de Irregularidade de Superfície do Pavimento
(Sistema Integradores IPR/USP - Maysmeter)
 DNER/PRO 182/94 - Medição da irregularidade de superfície do pavimento com (Sistema
Integradores - IPR/USP - Maysmeter)
 DNER-PRO 277/97 - Metodologia para controle estatístico de obras e serviços
 ABNT MB-827/73 - Determinação da viscosidade absoluta
 ABNT NBR-6560 - Materiais betuminosos - determinação de ponto de amolecimento
 ASTM-D 139/77 - Alcatrão para pavimentação - ensaio de flutuação
 ASTM-D 20/77 - Alcatrão para pavimentação - ensaio de destilação
 ASTM-D 1665/73 - Alcatrão para pavimentação - viscosidade específica "Engler"
 MET. HD 15/87 e HD 36/87 - British Standard - determinação da VDR - resistência á derrapagem pelo
pêndulo britânico
 MET. LCPC-RG-2-1971 - Determinação da rugosidade superficial pela altura da areia
 Manual de Pavimentação - DNER, 1996
 
6.4.4- Definição

Para os efeitos desta Norma é adotada a definição seguinte:

Concreto betuminoso - mistura executada em usina apropriada, com características específicas composta de
agregado mineral graduado, material de enchimento (filer) e ligante betuminoso espalhada e comprimida à
quente.

6.4.5 Condições gerais

O concreto betuminoso pode ser empregado como revestimento, base, regularização ou reforço do
pavimento.
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Não será permitida a execução dos serviços, objeto desta Especificação, em dias de chuva.
O concreto betuminoso somente deverá ser fabricado, transportado e aplicado quando a temperatura
ambiente for superior a 10 °C.
Todo o carregamento de ligante betuminoso que chegar à obra deverá apresentar certificado de análise além
de trazer indicação clara da sua procedência, do tipo e quantidade do seu conteúdo e distância de transporte
entre a refinaria e o canteiro de serviço.

6.4.6 Condições específicas

6.4.6.1 Material
Os materiais constituintes de concreto betuminoso são agregados graúdo, agregado miúdo, material de
enchimento filer e ligante betuminoso, os quais devem satisfazer estas Especificações, item 2 - Referências, e
as especificações aprovadas pelo DNER.

6.4.6.2 Ligante Betuminoso


Podem ser empregados os seguintes ligantes betuminosos:
a) cimento asfáltico de petróleo, CAP-30/45, CAP-50/60, CAP-85/100, CAP-150/200 (classificação por
penetração), CAP-7, CAP-20 e CAP-40 (classificação por viscosidade);
b) alcatrões tipos AP-12;
c) podem ser usados, também, ligantes betuminosos modificados quando indicados no projeto.

6.4.6.2 Agregados

6.4.6.2.1 Agregado Graúdo


O agregado graúdo pode ser pedra, escória, seixo rolado, ou outro material indicado nas Especificações
Complementares. O agregado graúdo deve se constituir de fragmentos sãos, duráveis, livres de torrões de
argila, e substâncias nocivas e apresentar as características seguintes:
a) desgaste Los Angeles igual ou inferior a 40% (DNER-ME 035); admitindo-se agregados com valores
maiores, no caso de terem apresentado desempenho satisfatório em utilização anterior;
b) índice de forma superior a 0,5 (DNER-ME 086);
c) durabilidade, perda inferior a 12% (DNER-ME 89);

6.4.6.2.2 Agregado Miúdo


O agregado miúdo pode ser areia, pó-de-pedra ou mistura de ambos. Suas partículas individuais deverão ser
resistentes, apresentar moderada angulosidade, estando livres de torrões de argila e de substâncias nocivas.
Deverá apresentar equivalente de areia igual ou superior a 55%. (DNER-ME 054).

6.4.6.2.3 Material Enchimento (filer)


Deve ser constituído por materiais minerais finamente divididos, tais como cimento Portland, cal extinta, pós
calcários, cinza volante, etc., e que atendam a seguinte granulometria (DNER-ME 083):
Peneira % mínima,
passando
N° 40 100
N° 80 95
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N° 200 65
Quando da aplicação deverá estar seco e isento de grumos.

6.4.6.2.4 Melhorador de Adesividade


Não havendo boa adesividade entre o ligante betuminoso e os agregados (DNER-ME 078, DNER-ME 079),
poderá ser empregado melhorador de adesividade na quantidade fixada no projeto.

6.4.6.3 Composição da Mistura

A composição de concreto betuminoso deve satisfazer os requisitos do quadro seguinte com as respectivas
tolerâncias no que diz respeito a granulometria e aos percentuais do ligante betuminoso.
 
  
 
Peneira de Malha Quadrada % PASSANDO, EM PESO DAS FAIXAS
Discriminação Abertura A B C TOLERÂNCIAS
mm FIXAS DE
PROJETO
2" 50,8 100 - - -
1 1/2" 38,1 95-100 100 -  7%
1" 25,4 75-100 95-100 -  7%
3/4" 19,1 60-90 80-100 100  7%
1/2" 12,7 - - 85-100  7%
3/8" 9,5 35-65 45-80 75-100  7%
N° 4 4,8 25-50 28-60 50-85  5%
N° 10 2,0 20-40 20-45 30-75  5%
N° 40 0,42 10-30 10-32 15-40  5%
N° 80 0,18 5-20 8-20 8-30  2%
N° 200 0,074 1-8 3-8 5-10  2%
Betume Solúvel no 4, 0-7, 0 4, 5-7, 5 4, 5-9, 0  0,3%
CS2 (+) % Camada de Camada de Camadas de
Ligação Ligação e Rolamento
(Binder) Rolamento
 

A faixa usada deve ser aquela, cujo diâmetro máximo é igual ou inferior a 2/3 da espessura da camada de
revestimento.

Na escolha da curva granulométrica, para camada de rolamento, deverá ser considerada a segurança do
usuário, especificada no item 7.3.4 - Condições de Segurança.

As porcentagens de betume se referem a mistura de agregados, considerada como 100%. Para todos os
tipos, a fração retida entre duas peneiras consecutivas não deverá ser inferior a 4% do total.

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a) deverá ser adotado o Ensaio Marshall (DNER-ME 043) para verificação das condições de vazios,
estabilidade e fluência da mistura betuminosa, segundo os valores seguintes:

Discriminação Camada de CAMADA DE LIGAÇÃO


Rolamento (BINDER)
Porcentagem de vazios    
Relação betume/vazios 3a5 4a6
Estabilidade, mínima 75/82 65-72
  350 kgf (75 golpes) 350 kgf (75 golpes)
Fluência, mm. 250 kgf (50 golpes) 250 kgf (50 golpes)
2,0 - 4,5 2,0 - 4,5
 
 
b) as Especificações Complementares fixarão a energia de compactação;

c) as misturas devem atender as especificações da relação betume/vazios ou aos mínimos de vazios do


agregado mineral, dados pela linha inclinada do seguinte ábaco:

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n°10 n°8 n°4 3/8" 1/2" 3/4" 1" 1 1/2" 2"


Diâmetro máximo do agregado
 
6.4.6.4 Equipamento
Todo equipamento, antes do início da execução da obra, deverá ser examinado, devendo estar de acordo
com esta especificação. Os equipamentos requeridos são os seguintes:

Depósito para Ligante Betuminoso


Os depósitos para o ligante betuminoso deverão possuir dispositivos capazes de aquecer o ligante nas
temperaturas fixadas nesta Especificação. Estes dispositivos também deverão evitar qualquer
superaquecimento localizado. Deverá ser instalado um sistema de recirculação para o ligante betuminoso, de
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modo a garantir a circulação, desembaraçada e contínua, do depósito ao misturador, durante todo o período
de operação. A capacidade dos depósitos deverá ser suficiente para, no mínimo, três dias de serviço.

Depósito para Agregados


Os silos deverão ter capacidade total de, no mínimo, três vezes a capacidade do misturador e serão divididos
em compartimentos, dispostos de modo a separar e estocar, adequadamente, as frações apropriadas do
agregado. Cada compartimento deverá possuir dispositivos adequados de descarga. Haverá um silo
adequado para o filer, conjugado com dispositivos para a sua dosagem.

Usina para Misturas Betuminosas


A usina deverá estar equipada com uma unidade classificadora de agregados, após o secador, dispor de
misturador capaz de produzir uma mistura uniforme. Um termômetro, com proteção metálica e escala de 90°
a 210 °C (precisão ± 1 °C), deverá ser fixado no dosador de ligante ou na linha de alimentação do asfalto, em
local adequado, próximo a descarga do misturador. A usina deverá ser equipada além disto, com pirômetro
elétrico, ou outros instrumentos termométricos aprovados, colocados na descarga do secador, com
dispositivos para registrar a temperatura dos agregados, com precisão de ± 5 °C.
 Poderá, também, ser utilizada uma usina do tipo tambor/secador/misturador, provida de coletor de pó,
alimentador de filer sistema de descarga da mistura betuminosa com comporta, ou alternativamente, em silos
de estocagem. A usina deverá possuir silos de agregados múltiplos, com pesagem dinâmica (precisão de ±
5%) e assegurar a homogeneidade das granulometrias dos diferentes agregados.

6.4.6.5 Caminhões para transporte da Mistura


Os caminhões, tipo basculante, para o transporte do concreto betuminoso, deverão ter caçambas metálicas
robustas, limpas e lisas, ligeiramente lubrificadas com água e sabão, óleo cru fino, óleo parafínico, ou solução
de cal, de modo a evitar a aderência da mistura às chapas. A utilização de produtos susceptíveis de dissolver
o ligante betuminoso (óleo diesel, gasolina, etc) não serão permitidos.

6.4.6.5 Equipamento para Espalhamento


O equipamento para espalhamento e acabamento deverá ser constituído de pavimentadoras automotrizes,
capazes de espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cotas e abaulamento requeridos. As acabadoras
deverão ser equipadas com parafusos sem fim, para colocar a mistura exatamente nas faixas, e possuir
dispositivos rápidos e eficientes de direção, além de marchas para a frente e para trás. As acabadoras
deverão ser equipadas com alisadores e dispositivos para aquecimento, à temperatura requerida, para a
colocação da mistura sem irregularidade.

6.4.6.6 Equipamento para Compressão


O equipamento para a compressão será constituído por rolo pneumático e rolo metálico liso, tipo tandem ou
rolo vibratório. Os rolos pneumáticos, autopropulsores, devem ser dotados de dispositivos que permitam a
calibragem de variação da pressão dos pneus de 2,5kgf/cm² a 8,4kgf/cm² (35 a 120 psi).
O equipamento em operação deve ser suficiente para comprimir a mistura à densidade requerida, enquanto
esta se encontrar em condições de operacionalidade.

6.4.6.6 Execução
sendo decorridos mais de sete dias entre a execução da imprimação e a do revestimento, ou no caso de ter
havido trânsito sobre a superfície imprimada, ou, ainda ter sido a imprimação recoberta com areia, pó-de-
pedra, etc., deverá ser feita uma pintura de ligação.

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A temperatura de aplicação do cimento asfáltico deve ser determinada para cada tipo de ligante, em função
da relação temperatura-viscosidade. A temperatura conveniente é aquela na qual o asfalto apresenta uma
viscosidade situada dentro da faixa de 75 e 150 segundos, "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004), indicando-se,
preferencialmente, a viscosidade de 85 a 95 segundos. Entretanto, a temperatura do ligante não deve ser
inferior a 107 °C e nem exceder a 177 °C.
A temperatura de aplicação do alcatrão será aquela na qual a viscosidade "Engler" (ASTM D 1665) situa-se
em uma faixa de 25  3. A mistura, neste caso, não deve deixar a usina com temperatura superior a 106 °C.
Os agregados devem ser aquecidos a temperaturas de 10 °C a 15 °C, acima da temperatura do ligante
betuminoso.

6.4.6.7 Produção do concreto Betuminoso

A produção do concreto betuminoso é efetuada em usinas apropriadas, conforme anteriormente especificado.

6.4.6.8 Transporte do Concreto Betuminoso

O concreto betuminoso produzido deverá ser transportado, da usina ao ponto de aplicação, nos veículos
basculantes

Quando necessário, para que a mistura seja colocada na pista à temperatura especificada, cada
carregamento deverá ser coberto com lona ou outro material aceitável, com tamanho suficiente para proteger
a mistura.

6.4.6.9 Distribuição e compressão da mistura

A distribuição do concreto betuminoso deve ser feita por máquinas acabadoras


Caso ocorram irregularidades na superfície da camada, estas deverão ser sanadas pela adição manual de
concreto betuminoso, sendo esse espalhamento efetuado por meio de ancinhos e rodos metálicos.
Após a distribuição do concreto betuminoso, tem início a rolagem. Como norma geral, a temperatura de
rolagem é a mais elevada que a mistura betuminosa possa suportar, temperatura essa fixada,
experimentalmente, para cada caso.
A temperatura recomendável para a compressão da mistura é aquela na qual o ligante apresenta uma
viscosidade, "Saybolt-Furol" (DNER-ME 004), de 140 ± 15 segundos, para o cimento asfáltico ou uma
viscosidade específica, "Engler" (ASTM-D 1665), de 40 ± 5, para o alcatrão.
Caso sejam empregados rolos de pneus, de pressão variável, inicia-se a rolagem com baixa pressão, a qual
será aumentada à medida que a mistura vai sendo compactada, e, consequentemente, suportando pressões
mais elevadas.
A compressão será iniciada pelos bordos, longitudinalmente, continuando em direção ao eixo da pista. Nas
curvas, de acordo com a superelevação, a compressão deve começar sempre do ponto mais baixo para o
mais alto. Cada passada do rolo deve ser recoberta na seguinte de, pelo menos, metade da largura rolada.
Em qualquer caso, a operação de rolagem perdurará até o momento em que seja atingida a compactação
especificada.
Durante a rolagem não serão permitidas mudanças de direção e inversões bruscas de marcha, nem
estacionamento do equipamento sobre o revestimento recém-rolado. As rodas do rolo deverão ser
umedecidas adequadamente, de modo a evitar a aderência da mistura.
 
 6.4.6.10 Abertura ao Tráfego
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Os revestimentos recém-acabados deverão ser mantidos sem tráfego, até o seu completo resfriamento.

6.4.7 – Critérios de medição

Os serviços aceitos serão medidos de acordo com os critérios seguintes:

O concreto betuminoso será medido, em toneladas através da mistura efetivamente aplicada na pista. Não
serão motivo de medição: mão-de-obra, materiais, (exceto ligante betuminoso), transporte da mistura da
usina à pista e encargos por estarem incluídos na composição do preço unitário.

A quantidade de ligante betuminoso aplicado é obtida através da média aritmética dos valores medidos na
usina, em toneladas.

O transporte do ligante betuminoso, efetivamente aplicado, será medido com base na distância entre a
refinaria e o canteiro de serviço.

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7. SISTEMA DE MICRODRENAGEM

7.1. GENERALIDADES

Este documento tem por objetivo estabelecer as condições mínimas das especificações técnicas a serem
obedecidas na execução das redes externas de drenagem de águas pluviais.

7.2. ESCOPO E NORMAS TÉCNICAS APLICÁVEIS

7.2.1 ESCOPO
Este documento abrange os procedimentos mínimos aplicáveis, necessários para a execução dos seguintes
serviços que integram o projeto de drenagem e das áreas externas :

- Drenagem de águas pluviais - despejo das edificações , drenagens de vias, estacionamentos , pátios, etc.;

7.2.2 NORMAS TÉCNICAS APLICÁVEIS

 NBR 12266 / ABNT - Projeto e Execução de Valas para Assentamento de Tubulações de Água, Esgoto ou
Drenagem Urbana;
 NBR 9794 / ABNT - Tubo de Concreto Armado de Seção Circular para Águas Pluviais;
 NBR 9795 / ABNT - Tubo de Concreto Circular Armado - Determinação da Resistência a Compressão
Diametral.

7.3. DEFINIÇÕES

A título de definição, serão utilizados os seguintes termos nestas especificações :

CONTRATANTE: Empresa ou responsável técnico contratante do serviço.


CONTRATADA: Empresa contratada pelo CONTRATANTE para execução das obras.
FISCALIZAÇÃO: responsável técnico do CONTRATANTE para acompanhamento das obras.

7.4. DESCRIÇÃO GERAL DOS SERVIÇOS

Os serviços a serem executados são basicamente os seguintes:

 escavação de valas
 drenagem e esgotamento de valas
 embasamento e envoltório de tubulação
 assentamento de tubulação
 construção de caixas de inspeção e obras hidráulicas enterradas
 teste de estanqueidade
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 retirada de escoramento e reaterro de valas


 restauração de superfície
 limpeza e verificação final das obras

As quantidades previstas dos serviços citados serão apresentadas nas listas de materiais.
Os serviços necessários à implantação da rede de drenagem serão executados de acordo com um
cronograma detalhado a ser apresentado pela CONTRATADA e aprovado pelo CONTRATANTE.

7.5. INSTRUÇÕES COMPLEMENTARES

7.5.1 Serviços Preliminares

.Locação das linhas

A locação das linhas será executada a partir dos eixos materializados pela divisa. Os eixos terão locação
apoiada em pontos de segurança ( PS ) ou referência de nível auxiliares ( RNA).

7.5.2 Escavação de valas

As escavações das valas serão executadas de acordo com as dimensões, cotas e declividade indicada nos
desenhos.O material escavado e passível de aproveitamento para reaterro será estocado lateralmente à vala,
distante 2.0 m da mesma. Quando, por necessidade da obra, o material não puder obedecer a esta
recomendação, será o mesmo removido a um local de estocagem indicado pela FISCALIZAÇÃO, dentro dos
limites do canteiro de obras, e a uma distância de transporte inferior a 1 km. O material não aproveitável para
o reaterro será transportado ao local de bota-fora indicado pela FISCALIZAÇÃO.

Caso sejam necessárias soluções especiais, não previstas nos documentos de projeto, o fato deverá ser
comunicado à FISCALIZAÇÃO e a solução apresentada deverá ser aprovada pela mesma, antes da
execução dos serviços.

A profundidade de escavação das valas é aquela que permita o lançamento da camada do material de lastro,
o qual dará assentamento às tubulações.

Entretanto, em alguns locais, poderá ser necessário sobrescavar a vala, desde que através da inspeção
visual conclua-se que o solo ocorrente no fundo da vala seja inconsistente ou de elevada compressibilidade.
Os serviços de escavação e lançamento do material de assentamento das tubulações serão executados em
trechos, os quais terão extensão estabelecida pela FISCALIZAÇÃO.

Caso ocorram solos inadequados para fundação ao longo do traçado da rede, a FISCALIZAÇÃO poderá
exigir o aprofundamento da vala nestes locais, para a substituição do solo.

Os solos considerados como inadequados são :

a ) Areias e siltes fofos - Se for constatado que a superfície destas camadas sofre deformações pela simples
circulação do pessoal na obra, o que pode impedir o nivelamento exato , tanto do greide quanto da camada

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de areia que constituirá a fundação, será feita uma sobrescavação de 0,3 m.

b ) Argilas moles e/ou orgânicas - Também para este caso, haverá necessidade de uma sobrescavação da
ordem de 0,5 m.

Na execução das sobrescavações , será evitada a transição brusca do fundo da vala. Para tanto, uma vez
estabelecidos os perfis de sobrescavação , serão ajustados com transições suaves, com aproximadamente
150 de inclinação com a horizontal.

O reaterro da sobrescavação, também será realizado com material granular, compactado a uma densidade
relativa de 60%.

7.5.3 Escoramento de valas

As paredes das valas serão escoradas onde necessário , conforme o projeto e a critério da FISCALIZAÇÃO.

Os escoramentos a serem utilizados compreendem basicamente dois tipos ( contínuo e descontínuo),


devendo sua execução ao que se indica adiante :

a ) Escoramento Contínuo

Será empregado onde o solo ocorrente revelar baixa resistência ao cisalhamento e/ou estiver situado abaixo
do lençol freático e/ou quando outras circunstâncias exijam uma contenção estanque das paredes da vala.
Serão utilizadas neste caso, estacas de madeira com bordas de encaixe (tipo macho - fêmea ) ou
escoramento metálico - madeira, com longarinas e estroncas.

b ) Escoramento Descontínuo

Será empregado onde o solo ocorrente revelar alguma coesão e estiver acima do lençol freático. Serão
utilizadas neste caso, tábuas de peroba distanciadas no máximo 1,00 m entre si, com longarinas e estroncas.

Em ambos os casos a FISCALIZAÇÃO inspecionará as pranchas , tábuas, longarinas e estroncas antes do


inicio dos serviços. Não serão aceitas peças que apresentem os seguintes defeitos :

 empenamento excessivo;
 estanqueidade deficiente por falta de ajustagem dos bordos;
 lascamento da madeira ou ferrugem excessiva nos perfis, com reduções consideráveis da seção;

O reaproveitamento de madeira para estroncas e escoramento ficará sujeito à prévia aprovação da


FISCALIZAÇÃO, a qual poderá ainda solicitar a retirada das peças que apresentem algum defeito, mesmo
depois de cravadas.

A fim de garantir condições de maior estanqueidade da vala e/ou evitar a ruptura hidráulica do fundo da
mesma, a FISCALIZAÇÃO poderá exigir “fichas “ variáveis de 0,40 a 0,30 metros.
obs.: entende-se como “ficha “o comprimento de escoramento abaixo do projetado da vala, seguindo-se
novas cravações após serem atingidas maiores profundidades.
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Cabe a CONTRATADA apresentar o estudo do sistema de esgotamento que será submetido à aprovação da
FISCALIZAÇÃO, juntamente com as memórias de cálculo e parâmetros geótecnicos adotados do solo. A
aprovação não isentará a CONTRATADA da total responsabilidade pelo projeto e execução dos serviços.

7.5.4 Esgotamento de Valas

Quando a escavação atingir o lençol d ‘água, dever-se-á realizar a drenagem permanente da vala, até a
complementação dos serviços, aguardando-se antes do reaterro e/ou testes, o tempo necessário para a
estabilização do material componente da junta de tubulação.

Cabe à CONTRATADA apresentar o projeto do sistema de esgotamento que será submetido à aprovação da
FISCALIZAÇÃO, juntamente com as memórias de cálculos e parâmetros geométricos adotados do solo.

A aprovação não isentará a CONTRATADA da total responsabilidade pelo projeto e execução dos serviços.

Para drenagem das valas a céu aberto devem ser previstas canaletas longitudinais e paralelas à tubulação ,
esgotadas através de poços.

Para melhorar as condições de esgotamento, a escavação poderá ser conduzida por trechos separados entre
si ou por “damas “, com largura mínima de 1,00 m que serão furadas no assentamento da tubulação.

Recomenda-se, sempre que possível, a utilização de bombas elétricas, sendo conveniente manter em
reserva no mínimo uma bomba com motor a explosão e/o gerador para suprir eventuais faltas de energia.

7.5.5 Transporte de Materiais

No transporte , estocagem e manuseio das tubulações, devem ser tomadas atenções especiais para evitar
choques que afetem a integridade do material.

Os tubos, no transporte para as valas, não devem ser rolados sobre obstáculos que produzam choque. Os
tubos deverão ser alinhados ao longo da vala, ficando livres de eventuais choques resultantes, principalmente
na passagem de veículos e máquinas.

7.5.6 Assentamento de Tubulações

7.5.6.1 Geral

O assentamento das tubulações será iniciado após a inspeção e aprovação dos fundos de vala e/ou berços,
pela FISCALIZAÇÃO.

Caso uma extremidade da tubulação seja temporariamente plugada, esta posição deverá ser indicada por
meio de uma placa vertical posicionada durante o reaterro da vala e alcançado no mínimo 0,50 m acima do
nível do terreno.

Ao final de cada jornada de trabalho, ou quando necessário, ou ainda, quando solicitado pela
FISCALIZAÇÃO, a CONTRATADA colocará tampões em todas as aberturas para protegê-las. Especial
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atenção deverá ser dada a esta disposição, a fim de se evitar a possibilidade de entrada de qualquer material
estranho nos tubos. Estes tampões provisórios poderão ser em madeira.
Nos locais indicados nos desenhos de projeto, onde houver previsão de ligação futura, serão colocados plugs
que deverão ter a mesma estanqueidade do resto do sistema. Não é permitida a colocação de plugs de
madeira nestes locais.

Caso um tubo esteja em nível superior aos outros da mesma vala, o assentamento daquele somente será
executado após o assentamento e testes dos tubos em nível inferior e o reaterro e compactação da vala que
permita boas condições de execução do tubo em nível superior.

7.5.6.2. Assentamento das Tubulações de Concreto

Os tubos de concreto serão utilizados nos sistemas de drenagem de águas pluviais. Os tubos a serem
instalados com diâmetros  400 mm serão de concreto armado, tipo CA-2 , fabricados conforme a norma
NBR- 9794

Os lotes de tubos somente serão assentados após a liberação dos mesmos pela FISCALIZAÇÃO.

A argamassa de cimento e areia empregada nas juntas das tubulações, deverá obedecer ao traço 1:3 em
volume respectivamente, usando o menor volume de água potável que permita atingir a plasticidade
desejável. As juntas serão executadas após verificação e aprovação do alinhamento e nivelamento da rede.

Deverá ser executado berço de material granular, com espessura mínima de .15 m entre a geratriz inferior do
tubo e o fundo da vala, para assentamento das tubulações de concreto.

Para execução dos berços, será utilizado material granular de diâmetro de partículas entre 0.062 mm e 20
mm, com um mínimo de 20 % em peso de partículas com diâmetro maior que 1 mm. A compactação do
material deverá atingir um grau de compacidade relativo não inferior a 60%. A máxima espessura da camada
de compactação será 0.20m.

7.5.7 – Testes de estanqueidade

7.5.7.1 Geral

Todos os sistemas de tubulações serão testados e os resultados devidamente documentados.

Ficarão a cargo da CONTRATADA os equipamentos para a execução dos testes. Sempre que possível , os
testes serão executados em condições constantes de temperatura, e durante os mesmos, os tubos não
poderão estar submetidos a luz solar direta.

Antes da aplicação das pressões de teste, deverá ser verificada a correta montagem dos equipamentos
necessários ao procedimento indicado para os testes. Caso sejam constatados vazamentos, estes serão
corrigidos e a tubulação testada novamente.

7.5.7.2 Testes em Tubulações de Conduto Livre

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O teste de estanqueidade nas tubulações de concreto e PVC será executado com fumaça. Esta deve ser
introduzida nas tubulações através de obstrução previamente preparada. A fumaça deve ser continuamente
introduzida até que se atinja uma pressão de 0,5 Kgf / cm 2. Esta pressão deve ser mantida sem a introdução
de fumaça adicional, ou tempo necessário para a inspeção de todas as juntas, prevalecendo o tempo maior.

7.5.8 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

7.5.8.1 Serviços a executar

a) O fornecimento de todos os materiais, equipamentos e mão de obra necessários à produção de concreto


com as características exigidas em projeto, o transporte aos locais de lançamento, o adensamento, o
acabamento e a cura das misturas produzidas, tudo de acordo com planos de concretagem previamente
aprovados pela FISCALIZAÇÃO;
A construção, montagem e desmontagem das formas e escoramentos;
O fornecimento de materiais e equipamentos necessários à execução das juntas;
O fornecimento e colocação das armaduras de aço e respectivos acessórios;
A identificação de embutimento no concreto de todas as peças previstas.

7.5.8.2 Composição do concreto


O concreto será composto de cimento Portland, água, agregado miúdo, agregado graúdo e eventualmente
aditivos, desde que necessários e aprovados pela FISCALIZAÇÃO.

7.5.8.3 Ensaios

A FISCALIZAÇÃO exigirá a apresentação dos ensaios de todo o cimento a ser usado na obra, conforme as
recomendações das normas técnicas brasileiras.

7.5.8.4 Armazenamento

Não deverá haver armazenamento inativo, nem perdas por envelhecimento.


As pilhas de sacos de cimento não deverão ter mais de 10 sacos para armazenamento por menos de 15 dias.

7.5.8.5 Agregado Miúdo

O agregado miúdo deverá ser areia de depósitos de aluvião ou produto resultante de britagem de rocha sã.

7.5.8.6 Agregado Graúdo

O agregado graúdo será obtido de britagem de rocha sã (pó de pedra). Não será utilizado o agregado natural
(pedregulho) britado. Será constituído por pedras duas, resistentes, duráveis e isentas de quantidades
nocivas de impurezas.

7.5.8.7 Agua

A água a utilizar na preparação do concreto será limpa, não podendo conter quantidades que prejudiquem o
concreto, tais como óleo, ácidos, álcalis e materiais orgânicos.

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7.5.8.8 Aço

As barras de aço não deverão apresentar escamas de óxido, óleos, graxas ou qualquer outro elemento que
possa comprometer sua aderência ao concreto.
As barras das juntas deverão ser protegidas contra a corrosão por meio de nata de cimento ou outro material
aprovado pela FISCALIZAÇÃO, quando tiverem de ser deixadas por longo tempo ao ar livre.
Salvo em casos especiais devidamente autorizados pela FISCALIZAÇÃO, serão empregados aços do tipo
CA-50.

7.5.8.9 Dosagem e Mistura do concreto

O concreto será dosado racionalmente, de modo que se obtenham misturas trabalháveis, com conteúdos
mínimos de cimento e água, e que, para cada estrutura devidamente curada, satisfaçam aos requisitos de
resistência mecânica e durabilidade previstos.
O traço será fixado pela EXECUTANTE, em função das condições de trabalhabilidade, resistência mecânica
e durabilidade exigidas.
A EXECUTANTE, baseada nos elementos de projeto, fixará as condições de trabalhabilidade aplicáveis aos
concretos a serem lançados.

7.5.8.10 Formas

As formas deverão ser executadas com as dimensões de projeto, com material escolhido, de boa qualidade e
adequado para o tipo de acabamento indicado às superfícies de concreto.
O material terá a resistência necessária para suportar os esforços resultantes do lançamento do concreto e
das pressões laterais, bem como vibrações que se desenvolverão durante o adensamento do concreto.

7.5.8.11 Escoramentos

Deverão resistir a todos os esforços atuantes durante a concretagem e o adensamento do concreto, sem
permitir qualquer deslocamento das formas.

7.5.8.12 Lançamento

O concreto deverá ser transportado da betoneira às formas com a maior rapidez possível, empregando-se
métodos que evitem a segregação dos ingredientes ou perda do material.
A EXECUTANTE providenciará equipamento capaz de lançar adequadamente quaisquer concretos
especificados, inclusive aqueles em cuja composição se inclua bitola de maior espessura do agregado graúdo
e cujo abatimento (“slump”) seja o mais baixo.
Não será permitida queda vertical maior que 2,00m, a menos que se utilize equipamento ou métodos
adequados para impedir a segregação ou que a FISCALIZAÇÃO autorize especificamente este procedimento.

7.5.8.13 Juntas de concretagem

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Quando o lançamento do concreto for interrompido por juntas de concretagem, deverão ser tomadas
providências para que, ao se iniciar o novo lançamento, exista ligação efetiva do trecho já endurecido como o
novo concreto.

7.5.8.14 Adensamento

Cada camada de concreto lançada, será vibrada mecanicamente com vibradores de imersão ou de parede,
para obter a máxima capacidade possível. Deverão ser tomadas precauções para que não se formem ninhos,
evitando-se assim que seja alterada a posição da armadura e nem aflorada quantidade excessiva de água na
superfície do concreto.
O vibrador deverá ser operado quase verticalmente, sendo que a sua penetração no concreto seja possível
com o seu próprio peso.

7.5.8.15 Cura e Proteção do Concreto

O concreto será curado por umedecimento durante um período não menor que 7(sete) dias consecutivos,
empregando métodos aprovados pela FISCALIZAÇÃO.

7.5.8.16 Remoção das Formas

As formas serão removidas o quanto antes para não interferirem na cura e no reparo das imperfeições das
superfícies, mas não serão removidas sem a autorização da FISCALIZAÇÃO. O prazo mínimo para retirada
das formas das paredes laterais do canal será de 72 horas.

7.5.9 REATERRO DE VALAS

7.5.9.1 Geral

O material a ser utilizado no reaterro das valas deverá ser homogêneo, isento de materiais orgânicos e
micáceos.

Caberá à FISCALIZAÇÃO julgar a conveniência do uso do material escavado das valas para reaterro das
mesmas. Caso o material seja considerado inadequado, caberá à FISCALIZAÇÃO localizar material aceitável
para o reaterro.

O solo considerado imprestável para o reaterro deverá ser transportado para bota-fora indicado pela
FISCALIZAÇÃO.

7.5.9.2 Reaterro de Valas

O material do reaterro acima do berço deverá ser cuidadosamente compactado nas proximidades dos tubos
já assentado, evitando-se choques com os mesmos e de maneira a assegurar a estabilidade transversal das
canalizações.

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Este reaterro cuidadoso continuará em camadas de 0.15m de espessura até cerca de 0,20 m acima da
geratriz externa superior da tubulação. Em cada camada será feito uma compactação manual, somente nas
partes laterais , fora da zona ocupada pelos tubos.

Na próxima etapa, além da compactação vigorosa nas laterais, deverá ser executado um adensamento
controlado na região central do tubo, evitando-se danos aos mesmo.

A camada seguinte, com 0.15 m de espessura, será uniformemente compactada de maneira a assegurar-se
uma perfeita estabilidade longitudinal da tubulação.

Após esta fase o reaterro será completado em camadas de 0.15m até o nível estabelecido pela
FISCALIZAÇÃO.

7.5.9.3 Equipamentos Indicados

Para a execução correta dos serviços do reaterro de valas são indicados os equipamentos a seguir :

- Soquetes Manuais - peso mínimo de 50 kg

Poderão ser utilizados soquetes manuais na compactação das camadas muito próximas aos tubos.

Serão dados no mínimo 3 golpes pontuais nos diversos pontos por camada, sendo a espessura máxima de
camada igual a 0.15 m.

- Sapos Mecânicos

Poderá ser usado para compactação acima dos tubos quando a altura de recobrimento não permitir outros
métodos.

Serão dados no mínimo 4 apiloamentos por camada ( espessura máxima de 0.15 m), sendo observada um
uma altura mínima de recobrimento igual a 0.25 m, antes da compactação.

- Compactadores Vibratórios

Poderá ser usado na compactação das camadas superiores do reaterro, quando houver um recobrimento
mínimo de 0.80 m antes da compactação a partir da geratriz superior do tubo.

A compactação assim obtida deverá atingir um grau de 95% da densidade seca máxima de Proctor normal,
sendo a espessura da camada igual a 0.20m.

7.5.10 – Serviços Complementares

As tubulações deverão ser limpas por meio de circulação de água. As caixas de inspeção deverão estar
isentas de detritos que possam ocasionar o mau funcionamento dos sistemas de drenagem.

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