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 A Coronavac/Sinovac é uma vacina baseada no vírus inteiro, injetam todas as proteínas do

vírus. Todas as outras vacinas focam na “região S” que produz muito anticorpo.
 Mutações nessa região vão alterar mais essas vacinas que são só baseadas nessa região,
em teoria.
 Mas na verdade, tudo depende do trial clínico na pratica
 Uma das soluções que começamos a ter foi de juntar vacinas. Já existe dado clínico que
AstraZeneca e Pfizer juntas performam melhor contra o vírus
 É uma ideia, mas demora pra você ter o dado de verdade na pratica
 Primeiro monitorar África: perceberam uma mudança de padrão nas variantes
 Africa do Sul já deve ter quase 100% da população previamente exposta para o vírus
 Provavelmente Inglaterra vai receber antes do que qualquer outro país, mas temos que
monitorar África do sul.
 Aqui no Brasil tem um kit que detecta imediatamente após o PCR o tipo da variante – isso
pode ser bom pra monitorar os dados no brasil

Q&A:

Brasil tinha um certo atraso dos picos na europa. Existe essa relação (lag)?

Delta: os casos não aumentaram e já está aqui desde setembro. Estava em verão e a gente está
muito mais vacinado e com muito mais gente que teve infecção que a Europa.

Delta entrou e não estourou os casos. Nossa preocupação é saber quanto tempo isso dure.
Quanto mais a gente conseguir tomar certos cuidados, como máscara em lugar fechado e ir atras
dos contactantes era importante.

Qual o pior cenário?

Aparecer uma variante que não “de bola” para vacinação. O grande problema seria a variante não
sofrer nenhum impacto e ter uma capacidade de transmissão alta

Dados são muito novos na africa do sul ainda.

Leva nova de remédios sendo produzido. Como funcionam?

Atua em outras áreas, mas é uma ferramenta super importante, vai ajudar muito, principalmente
para o grupo de risco. Porém ainda não foi liberado no Brasil e ainda não sabemos o preço.
Medicamento tem que ser dado logo no começo
Capacidade da variante ser percebida pelo PCR?

Kit usado mundialmente, usado na Inglaterra quando alpha apareceu. Tem uma mutação que o
teste detecta.

Dado que essa variante tem semelhança com a alpha, da pra extrapolar os dados?

Ela tem mutações da alpha beta e gamma – as vezes ele atenua, mas não sabemos – é muita
mutação. Precisamos acompanhar África do sul.

Dose de reforço a partir de 5/6 meses da 2 dose

Bastante discutível. Maioria dos discursos ficam mais pra Pfizer, que os estudos dizem que cai
muito rápido. Portanto ficou mesmo 4/5 meses. Estudo nos EUA feito em uma prisão diz que após
4/5 meses com Pfizer os participantes já se infectaram mais.

Nesse estudo: grupo vacinado, que tinha tido a doença, apenas 5% pegou. Taxa de reinfecção em
pessoas já infectadas + vacinadas é menor que em pessoas apenas vacinadas. No Brasil vai ficar
difícil de medir essa queda pois já começamos a dar doses de reforço aqui.

E na Europa?

Na Alemanha, taxa de ataque foi muito menor. Apenas 20%-30% da população foi exposta. E você
só conseguiu vacinar 60%. Variante delta altamente transmissível e população 40% não vacinada.
Em Manaus talvez tivesse um número menor que isso quando teve a infecção gamma. Entrando
no pior período que é o inverno, que as pessoas ficam mais em lugares fechados piora ainda mais.

Começando a juntar dados que indicam que a gamma num número menor de gente infectada
tinha mais doentes. Gamma tinha característica de causar mais doença. Delta não temos muitos
dados aqui.

Quantidade de mutações afeta transmissibilidade?

Referencia de outros vírus, as vezes você pode aumentar muito as mutações e você pode atenuar
a capacidade de um vírus, ficar menos efetivo.

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