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Construção da relação de aconselhamento

O sucessso de uma secção de aconselhamento depende de um número de factores, incluindo a


qualidade do aconselhamento, o tipo de cliente a procura de aconselhamento, e a maneira
como este aconselhamento e conduzido. Uma discucao relativamente a estes factores e o
enfoque desta introdução a orientação e aconselhamento.

As qualidades do Orientador

Para ir ao encontro dos padrões que se esperam deles, os orientadores deverão possuir as
seguintes qualidades: autoconhecimento, honestidade, congruência, capacidade para
comunicar e conhecimento (Gladding, 1992), Brown e Strebalus (1988) defendem que o
sucesso do processo de aconselhamento depende das qualidades ou características dos
orientadores. Estas características incluem uma atitude de afectividade que e compreendida e
interpretada como tal pelos clientes. Para além disto os orientadores devem ser simpáticos, de
confiança, devem aceitar e ser aceites, avaliar e ser abertos, uteis, respeitáveis e não-
ameaçadores. Assim devem vestir se bem e falar bem, ou seja devem falar com os clientes
com 0s clientes de forma simples, clara e inteligível. Quando necessário os clientes devem
usar uma expressão corporal apropriada tal como movimentar a cabeça, estabelecer contacto
visual, dar apertos de mão.

O autoconhecimento implica que os orientadores se conhecem a si próprios adequadamente.


Como parte deste autoconhecimento, eles devem conhecer os seus valores, pensamentos e
sentimentos. Este autoconhecimento facilita o ganhar conhecimento das necessidades do
cliente e o aceder a estes de forma realista. Os orientadores deverão ser também peritos ao seu
campo de operação. Os clientes sentem-se mais confiantes ao trabalhar com os orientadores
que conhecem o seu trabalho e que podem ajudar na procura de soluções para os seus
problemas. O conhecimento pode ser definido com base na experiencia e no treino formal.

E importante que um orientador, enquanto lida com um cliente, construa um grau de


confiança. O orientador tem de provar que e de confiança ao ser consistente, afectuoso e
mantendo a sua palavra. Se o cliente lhe fornece, voluntariamente, informação confidencial,
esta não poderá ser divulgada a terceiros lhe fornece, voluntariamente informação
confidencial, este ano poderá ser divulgada a terceiros, a não ser em circunstâncias
excepcionais.
Iniciando a Primeira Entrevista

Quando um orientador se encontra com um cliente pela primeira vez, e importante que se faca
o cliente sentir se avontade com o orientador (Gladding1992; Brown & Srebalus 1998). Isto
pode ser conseguido através de uma troca de saudações calorosas e entusiastas, de preferência
acompanhadas pode seguir se uma conversa geral sobre alguns dos acontecimentos que estão
a acontecer na comunidade local. Esta seria a parte do aquecimento da sessão, tentando fazer
com que o cliente relaxe e se prepare para uma discussão mais seria, relativamente ao
problema que o trouxe para ser aconselhado.

Neste primeiro encontro/interação, o orientador esta a estabelecer o entendimento, o qual, de


forma simples, significa que o relacionamento entre o orientador e cliente se torna positivo a
partir do momento em que se olham nos olhos e estão suficientemente a vontade para
estabelecer uma conversa e uma relação amigável. O orientador não necessita de dominar a
conversa, mas deve dar espaço ao cliente para que este possa expressar os seus pontos de vista
ou colocar questões que lhe permitirão expressar-se a si mesmo. E da responsabilidade do
orientador relacionar aquilo que o cliente esta a pensar ou a sentir, e a forma como se esta a
comportar (Gladding 1992:187). E importante ter em conta que tem de haver relação entre o
orientador e cliente para que o aconselhamento tenha sucesso.

Será difícil para o orientador e para o cliente encontrar uma solução para um problema se a
natureza do problema ainda não tiver sido identificada (Brown at al. 1988):

Qual e o problema?

Quem tem o problema?

Como e quando e que ocorre?

Com que frequência e que o problema ocorre?

Quem ou qual e o agente primordial do problema?

Há quanto tempo existe?

Que efeitos provocam em si e naqueles que o rodeiam?

Tais questões deverão ser respondidas a mais sincera precisamente possível, para permitir que
o conhecimento continue na sua direção certa.
Lidar com o problema

Depois do primeiro encontro com o cliente, o orientador pode estender o processo pedindo
directamente ao cliente que indique a razão para a sua visita. Se o encontro foi iniciado pelo
orientador com base no seu conhecimento prévio relativamente a um problema existente,
então, o orientador devera explicar a razão por que convidou o cliente a ir ao seu gabinete.
Chegando a um ponto da conversa poderá ser necessário descobrir que tentativas foram feitas
para resolver e ate que ponto da reacção entre os dois contínuos, o orientador deve certificar-
se de que esta ser feito um bom uso de empatia, encorajamento, atenção, aceitação,
afectividade, apoio, honestidade, etc.

A empatia-verbal e não-verbal é considerada importante numa sessão de aconselhamento com


sucesso. A empatia significa que um orientador se põe no lugar do cliente tendo em conta um
determinado problema existente, como forma de compreender completamente aquilo que o
cliente esta a passar. Por exemplo, se um aluno esta a fracassar num qualquer trabalho, o
orientador coloca-se nessa posição daquilo que ele sabe sobre esse fracasso na escola ou em
qualquer outra esfera como o emprego, casamento, relacionamentos com colegas, membros
da família, ou amigos. Isto dará ao cliente a impressão de que o orientador aprecia o seu
problema e, portanto, reforça a vontade do cliente em compartilhar completamente o seu
problema.

O orientador mostra uma empatia verbal tendo um papel activo naquilo que esta a se e
narrado pelo cliente, para mostrar o seu profundo e permanente interesse por este. Isto e
obtido através de um resumo daquilo que foi dito, esclarecendo alguns pontos que se acham
necessários, repetindo oque foi dito para enfatizar a compreensão de ambas partes, assim
como para tentar obter detalhe. Igualmente importante para o orientador e este não mostrar
uma empatia não-verbal quando for apropriado. Isto pode incluir sorrir, tocar, inclinar-se para
a frente, contacto visual é considerado importante na cultura ocidental, na maioria das culturas
africanas a falta de contacto visual pode ser interpretada como uma forma de respeito. O tocar
tem de ser feito com precaução de forma a evitar quaisquer comportamentos indesejados e
socialmente inaceitáveis, principalmente em relação a um elemento do sexo oposto. Inclinar-
se para frente demonstra um desejo de se aproximar ao cliente, assim como um interesse no
problema deste e naquilo que esta ser dito. Afastar-se do cliente pode ser interpretado como
um distanciamento do cliente ou demonstração de uma falta de interesse por este.
Depois de ouvir o cliente e discutir sobre o problema em questão, o orientador devera
procurar a opinião do cliente realativemente aquilo que ele pensa sobre isso. O orientador
deveram também dar a sua avaliação sobre a forma como o cliente e os outros podem ter
contribuído para o problema assim como a forma como este pode ser resolvido. Durante esta
interação, algumas das coisas ditas pelo orientador podem ser duras, mas isto faz parte de
descobrir uma solução para o problema. No entanto o orientador devera ter cuidado ao
apresentar este aspecto para ano refrear a boa relação que estabeleceu entre o orientador e
cliente.

A etapa seguinte e para orientar o cliente, sugerir soluções possíveis para o problema e como
essas podem ser alcançadas. E importante que o cliente se comprometa seriamente a aplicar se
em tudo aquilo que e preciso para resolver o problema, enquanto o orientador monitoriza e
encoraja. Visto que muito daquilo que os clientes se tem a comprometer tem que ver com a
sua vontade de auto-gestao com estratégias (que) requerem um esforço e prática considerável,
o compromisso é especialmente crucial (Brown & Srebalus 1988:73).

Explorar, identificar e estabelecer objectivos

É importante, quer para o orientador, quer para o cliente. Estabelecer determinados


objectivos. Os quais tem a intenção de alcançar durante o decorrer do seu aconselhamento. O
estabelecimento de objectivos deve ser acompanhado por sugestões sobre a forma de alcançar
seus objectivos. Para além disto devera existir um mecanismo através do qual o progresso
conseguido possa ser avaliado de forma a determinar ate que ponto os objectivos pretendidos
foram seguidos e alcançados. O estabelecimento do objectivos e um exercício difícil, exigente
e estimulante. Assim, o cliente terá de trabalhar de forma persistente e diligente, para verificar
se os objectivos são alcançados, conduzindo, assim, a solução do seu problema.

Tipos de Orientação e aconselhamento

Existem dois grandes tipos de orientação e aconselhamento usados para descobrir soluções
para o comportamento humano, que podem envolver crianças ou adultos: aconselhamento
individual ou aconselhamento de grupo. O aconselhamento individual é mais comum do
aconselhamento de grupo, dado que muitos problemas requerem aconselhamento podem ser
categorizadas como pessoais ou individuais. Os inúmeros problemas conduzidos para o
aconselhamento individual incluem a dificuldade em fazer amigos, o emprego, os
relacionamentos familiares, a imagem de si próprio, as escolhas educativas, o planeamento de
carreira, os relacionamentos com colegas, a tomada de decisões, etc. Enquanto o orientador
lida com uma pessoa de cada vez no aconselhamento individual, no aconselhamento de grupo
várias pessoas esato a ser aconselhadas simultaneamente, sobre os mesmos problemas ou
semelhantes. Cada método tem os seus próprios méritos e deméritos.

O foco desta secção e no aconselhamento de grupo, o qual e visto como sendo importante na
forma como facilita na resolução dos problemas do comportamento humano. O
aconselhamento de grupo envolve um grupo de pessoas a trabalhar juntas sob a liderança de
um orientador, com o objectivo de resolverem problemas pessoais e/ou interpessoais.
Normalmente, pensa-se que os seres humanos são por natureza, orientados em grupo, e, como
tal, eles obtém prazer e satisfação por estarem a funcionar num contexto de grupo. O
aconselhamento de grupo permite que este aspecto positivo do comportamento humano seja
usado como forma de resolver um problema existente. <Grupos organizados fazem uso da
tendência natural das pessoas para reunir, trabalhar, jogar e partilhar> (Gladding 1992;297).

Através do aconselhamento de grupo, os clientes apercebem-se de não estão sozinhos


relativamente ao problema que estão a viver. Isto dá-lhes algum alívio psicológico e assegura-
lhes o problema e superável. Enquanto os clientes interagem uns com os outros não só
acabam por se compreenderem melhor, como também compreendem os outros melhor.

O aconselhamento de grupo reflete aquilo que e valido na vida real, como e observado em
diferentes grupos tais como famílias, escolas, clubes, e grupos étnicos e nacionais (Engelkes
& Vandergoot, 1982). O grupo serve de fonte para um apoio e feedback necessários, o que e
essencial para um aconselhamento eficaz. A cada individuo e dada a oportunidade de
experimentar o seu comportamento e descobrir o impacto deste nos outros. Ao mesmo tempo,
cada pessoa aprende a ver como os outros conduzem os seus problemas. Os grupos podem ter
um papel importante na forma como influenciam a formação do comportamento numa serie
de dimensões, tais como as de crescimento, as de aprendizagem de padrões de
comportamento, estilos de competição, valores, progressão na carreira e adaptação social
(Gibson & Mitchell, 1989).

No aconselhamento de grupo, a influência que os outros tem de nos indivíduos deve ser
conhecida (Woody et al. 1989). Nós interagimos uns com os outros e, ao faze-lo, temos a
oportunidade de nos influenciarmos uns com os outros. A natureza da nossa interação fornece
uma análise cuidadosa e objectiva do nosso comportamento. E provável que o
aconselhamento de grupo consiga exacamente isto. O grupo pode ser visto como um
microscosmo da sociedade, pois a forma como a pessoa se comporta num grupo reflete oque
ela faria na sociedade real.

No entanto, o aconselhamento de grupo pode não ser benéfico para todos os clientes, e alguns
dos clientes acharem que o aconselhamento individual e mais apropriado para as suas
necessidades individuais. Aquelas pessoas que provavelmente irão beneficiar do
aconselhamento de grupo são as seguintes

 Pessoas em nenhum problema em particular, mas que desejam melhorar o seu


desenvolvimento pessoal.
 Aquelas que foram sujeitas a um tratamento médico.
 Pessoas que são tímidas ou agressivas na sua interação com os outros.
 Aquelas que têm dificuldade em fazer ou em manter os amigos.
 Pessoas que apreciam aprender como controlar seu temperamento.
 Aquelas que têm dificuldade em se relacionar com os colegas, familiares, professores,
patrões, ou símbolos de autoridade.

O aconselhamento de grupo pode não ser adequado paras as seguintes clientes

 Pessoas com problemas pessoais ou interpessoais de natureza privada.


 Pessoas que tem um forte medo das interações sociais.
 Pessoas com baixo nível de tolerância, que ficariam traumatizadas num contexto de
grupo.
 Pessoas impulsivas que podem transtornar os procedimentos de grupo.
 Pessoas que ficam incomodadas durante as interações sociais.

Em todos os casos de aconselhamento individual será recomendado como sendo eficaz do que
um aconselhamento de grupo <seguindo-se o aconselhamento de grupo, depois de os
indivíduos se sentirem mais confiantes ou mais em conforto deles próprios> (Nugent,
1990:117).

Um número de fraquezas estão inerentes ao aconselhamento de grupo:

 A personalidade e as preocupações de alguns clientes não podem ser adequadas a um


contexto de grupo.
 Pode não existir uma adequada profundidade na forma de lidar com os problemas do
individuo.
 Pode haver uma tendência para o cliente revelar mais do aquilo que e considerado
essencial.
 A confidencialidade pode ser um problema em algumas das interações.
 Não e possível prestar atenção suficiente aos problemas de um individuo.
 Pode se difícil para alguns clientes quando se trata de se revelarem a si mesmos.
 Pode haver pressão para se conformar, o que pode ser contra produtivo para um
aconselhamento eficaz.

Apesar de o aconselhamento individual ser predominante usado como forma de


aconselhamento quer nos contextos escolares, quer noutras situações, e evidente que o
aconselhamento de grupo pode ser usado de forma eficaz na sala de aula e nas escolas em
geral. Os temas de interesse nas escolas são inúmeras e incluem relações entre alunos, entre
professores e alunos, hábitos de estudo, aproveitamento e fracasso na escola, opções
vocacionais, namoradas e namorados, alunos e os seus pais, aluno e a comunidade, seleção
dos cursos, oportunidades de emprego, etc. O aconselhamento pode ajudar os alunos e os
professores a adaptarem-se ao seu ambiente.

Orientação e aconselhamento no sistema escolar

A prática comum na maioria das escolas africanas onde a orientação e o aconselhamento estão
a disposição, tem enfase nos alunos das escolas secundária, principalmente aqueles que estão
prestes a terminar o seu Ensino Secundário. No entanto, isto não e apropriado se a orientação
e o aconselhamento devem ter efeito intencional na vida dos alunos africanos. Por esta razão
sempre que possível em termos de recursos humanos e financeiros, a orientação e o
aconselhamento devem ser introduzidas em todos os níveis de educação, a saber, no primário,
no básico, e no secundário.

Nesta secção observamos a orientação e aconselhamento em todo o sistema escolar, focando


naquilo que se espera de orientador em cada nível, e nas três áreas do comportamento humano
que devem ser tratadas na orientação e no aconselhamento nos três níveis de ensino.

Orientação e aconselhamento na escola primária

É importante introduzir a orientação e aconselhamento desde cedo, a um nível como da escola


primária, que ajude as crianças a encontrar soluções para os seus problemas existentes. Tal
como os adultos as crianças proprios problemas que requerem orientação e aconselhamento.
Tal como se espera que os adultos tenham um input nos procedimentos da orientação e do
aconselhamento. Assim se espera o mesmo das crianças. <O estudante, mesmo com muito
pouca idade, e também encorajado a ter um papel integral no planeamento das formas de
resolver os seus problemas> (Engelkes & Vendergoot 1982:72).

A orientação e aconselhamento no nível de Ensino Primário podem ajudar a prevenir


problemas com os quais as crianças se podem deparar no futuro. Alguns destes problemas
incluem dificuldades de aprendizagem e um comportamento desviante (brigas, discussões,
terminar relações, inquietude, impulsividade e obstinação). Assim, o racional da orientação e
o aconselhamento na escola primária baseia se na ideia da detecção precoce e prevenção dos
problemas. Quanto mais cedo se identificar um problema de comportamento nas crianças,
mais depressa o aconselhamento pode ser providenciado para resolver o problema. Os
problemas tem menos probabilidade de exasperar e piorar se o aconselhamento for dado nesta
fase primária (Engelkes & Vandergoot, 1982:71).

A investigação mantem claramente a ideia da introdução precoce e do aconselhamento. As


crianças que não conseguem adaptar-se os anos da escola elementar estarão mais tarde num
mais alto nível de risco para uma variedade de problemas. (Será assim requerido as escolas) a
elaboração de programas que procurem antecipar, intervir e prevenir o desenvolvimento
destes problemas (Gibson & Mitchell, 1986:46).

Num contexto de Ensino Primário espera-se que um orientador:

 Seja responsável ao providenciar orientação e aconselhamento aos alunos, quer numa


base individual, quer numa de grupo.
 Lide com os vários problemas com os quais os alunos, que foram remetidos pelos
professores estão a lidar, baseando se na ideia de que os professores não são capazes
de ajudar estas crianças a encontrar soluções para os seus problemas por várias razoes,
como o tempo, a perícia e as qualificações. Estas crianças podem estar a viver
problemas académicos ou de disciplina. E tarefa do orientador certifar-se que a ajuda e
providencias a estas crianças.
 Trabalhe com os professores, com os pais, e com os próprios alunos, de forma a
encontrar soluções para os problemas existentes, visto que o seu input em resolver os
problemas e vital (Gibson & Mitchell, 1986).

Algumas necessidades da orientação e do aconselhamento dos alunos do Ensino Primário são


para.

 Um melhor desempenho nas várias disciplinas dadas na escola.


 Viver um desenvolvimento social e emocional normal.
 Desenvolver a Auto compreensão.
 Aderir uma imagem de si próprio realista.
 Aprender sobre o mundo do trabalho.
 Auto aceitação e aceitação por outros que sejam importantes.
 Amar e ser amado.
 Desenvolver valores morais.
 Explorar interesses de carreira.
 Adquirir competências de aprendizagem básicas.

Em resumo, as áreas da orientação e do aconselhamento na escola primaria podem ser


categorizadas como pessoais, sociais, vocacionais educativas ( Nugent, 1990). Isto aplica se
não apenas a orientação e ao aconselhamento na escola primaria, mas também nos níveis
básico e secundário.

Orientação e aconselhamento pessoal

Existem alturas em que as crianças vivem problemas que são por natureza, tais como
sentimentos de solidão, de indecisão, de inadequação, de rejeição, de odio e antipatia por si
mesmas, de inferioridade, etc. As crianças podem também ter dúvidas relativamente a sua
capacidade intelectual. Desta forma, elas podem estar preocupadas com o seu comportamento
pessoal, quer na escola, quer em cas. O trabalho do orientador e ajudar os alunos a combater
estes aspectos de comportamento negativos e transforma-los numa perspectiva positiva de si
mesmas, sendo esta uma das principais responsabilidades quer dos professores quer dos
orientadores.

Orientação e aconselhamento social e emocional

Enquanto os alunos interagem com os outros, professores, pais, irmãos, colegas e vários
membros da comunidade, eles podem sentir satisfação social e emocional, assim como podem
sentir dificuldades. Existem problemas sociais e emocionais quando.

 Os alunos se portam mal na aula


 Os professores ficam irritados com as acções de distração dos alunos na aula.
 As crianças são passivas e tímidas.
 As suas casas contribuem para uma dependência excessiva, para uma fraca realização,
e para um comportamento denoso por parte do aluno.
 Há brigas físicas e chamadas de nomes entre os alunos como forma de expressar suas
raivas e frustrações.
 A criança não se da com os pais ou com os irmãos em casa.

Para além dos problemas sociais e emocionais identificados, o orientador pode ter de deparar-
se com problemas mais graves, conhecidos como actos anti-sociais. Estes incluem roubar,
vandalismo, copiar nos testes e exames e mentir. O orientador deve tentar descobrir a causa de
tais comportamentos e encontrar solução para o problema.

Os alunos podem também ser confrontados com uma crise, tal como a morte de um pai ou de
um irmão, a separação ou divórcio dos pais, um terminar de uma amizade, um dos pais que
volta a casar, ou um amigo que se muda para outra escola ou local de residência. Estes
problemas pedem orientação e aconselhamento dado ao seu potencial efeito traumático nos
alunos.

Orientação e aconselhamento vocacional

Pode pensar-se que o ensino primário e demasiado precoce para se preocupar em ajudar as
crianças a explorar as suas escolhas vocacionais. Mas de facto, as crianças estão familiarizada
com a ideia de uma vocação, pois veem os pais e familiares, professores e outros, indo e
regressando do trabalho regularmente. Tendo isto em conta deve fazer parte do programa
escolar familiarizar os alunos com o mundo do trabalho, para que eles possam desenvolver
atitude e o conhecimento necessário enquanto crescem (Nugent, 1990). A enfase deve residir
na exploração, por parte dos alunos, das oportunidades de emprego, mais do que numa
seleção específica de emprego. As áreas de interesse educativo podem per um indício do
encaminhar da vocação de uma criança, ainda que, mais uma vez, isto seja apenas um nível
exploratório. Assim como as crianças aprendem sobre seu ambiente, familiariza-las com o
mundo de trabalho alarga o seu conhecimento e a sua consistência sobre o ambiente.

Orientação e aconselhamento educativo

A orientação e aconselhamento educativo requerem que o orientador se derija aos problemas


do trabalho escolar, os quais podem incluir problemas educativos, actividades baseadas na
profissão, competências de estudo, educação sexual e a forma como se avaliam os testes e os
exames. Existe uma necessidade de ajudar os alunos que sentem problemas com o seu
trabalho escolar e de encorajar aqueles que estão menos motivados no seu trabalho escolar.
Aqueles que estão bem devem ver o seu desempenho reforçado.
E da responsabilidade do orientador trabalhar com os alunos para descobrir por que e que
alguns deles consideram o trabalho escolar difícil. Uma serie de razoes podem contribuir para
isto, incluindo o facto de os alunos poderem precisar de aprender como estudar de forma
eficaz. Também poderá ser resultado de expectativas podem ir além daquilo que os alunos são
capazes de alcançar no seu trabalho académico como por exemplo, (esperar que a criança
tenha um desempenho brilhante quando ela tem apenas uma capacidade intelectual media.
Também poderá resultar de uma falha por parte dos professores e dos pais em prestar apoio e
reforço académicos aos alunos.

Sejam quais forem os problemas educativos com que os alunos se deparem, eles tem de ser
encaminhados e tratados, e as soluções identificadas. Tenha em mente que muitos problemas
educativos não surgem isoladamente e por isso, a casa, a escola, as comunidades, os colegas,
ou os próprios alunos, podem ser a causa desses mesmos problemas.

Orientação e aconselhamento no Ensino Básico

Muitos problemas com que os alunos do Ensino Primário e Secundário se deparam são
partilhados com os alunos do Ensino Básico. Tal como os alunos da escola primária, os do
Ensino Básico encontram problemas sociais, vocacionais, pessoais e educativos, para os quais
a orientação e aconselhamento são essenciais. Enquanto o orientador lida com os alunos do
ensino básico, ele deve ter em conta a necessidade de consultar outra figura de autoridade
dentro da escola e da comunidade. O orientador deve trabalhar em conjunto com os
professores para encontrar formas apropriadas de solucionar alguns dos problemas que os
alunos possam estar a sentir, seja no seu trabalho na escola, seja nas suas relações
interpessoais. O orientador ira precisar também de trabalhar com os pais, solicitando a sua
ajuda para motivar as crianças a mudar de um comportamento indesejado para um
comportamento desejado.

Como para da orientação e aconselhamento na escola básica, o orientador deve desempenhar


as seguintes funções:

 Ajudar os professores a prevenir que as crianças vivam problemas que possam


promover um desenvolvimento negativo.
 Ajudar os professores a promover relações saudáveis na sala de aula enquanto as
crianças interagem com os outros estudantes.
 Ajudar os alunos a desenvolver imagens, de se mesmos, positivas.
 Ajudar as crianças a apreciar aquilo que e amar e ser amado na relação com os alunos,
professores e pais.
 Proporcionar as crianças mais informação relativamente ao mundo de trabalho.
 Ajudar os alunos a lidar com as mudanças físicas pelas quais estão a passar.
 Ajudar os alunos a desenvolver um sentido de responsabilidade e de independência.
 Ajudar as crianças a desenvolver e manter amizade com outros.
 Encorajar os alunos a trabalhar visando um bom registo de aproveitamento académico.
Tal como no caso das crianças do ensino primário, alguns problemas do básico podem
ser solucionadas através de um aconselhamento individual, enquanto outros serão
solucionados através do aconselhamento de grupo. A resolução de tais problemas pode
demorar pouco ou muito tempo dependendo se o cliente reage bem ao aconselhamento
providenciado. Alguns problemas serão progressivos e devem ser tratados conforme as
circunstâncias o exigem.

Orientação e aconselhamento no Ensino Secundário

A orientação e aconselhamento no nível de ensino secundário diferem dos do nível Primário e


básico, o que se deve principalmente ao período de transação que os alunos da escola
secundária vivem assim que entram na fase de idade adulta. Na área da orientação
profissional, eles deparam-se com a realidade tangível de se juntarem ao mundo do trabalho
ou de prosseguirem programas que irão preparar para a forca do trabalho. Noutras áreas, tais
como a orientação e o aconselhamento educativo, pessoal e social, eles assumem um maior
nível de independência e responsabilidade que inclui a interiorização dos valores humanos e o
desenvolvimento de uma filosofia da vida pessoal. Desta forma a orientação e o
aconselhamento são áreas de relevância essenciais, sendo consideradas de importância vital.

O orientador continua a prestar um papel significante ao assegurar que os alunos estão


adequadamente preparados para assumirem o seu legítimo lugar na sociedade. Algumas das
áreas essenciais que devem fazer parte da orientação e do aconselhamente a este nível
incluem:

 Fornecere informação sobre oportunidades de carreira.


 Fornecer informação relacionada com oportunidades educativas.
 Expor os alunos sobre informação autoconhecimento, auto identidade e tomada de
decisões.
 Admitir os alunos testes profissionais e vocacionais.
 Debater oque significa apaixonar-se, assim como namorar, cortejar e o casamento.

Orientação e aconselhamento pessoal

Os alunos do ensino secundário serão confrontados com atitudes e comportamentos que são
por natureza conflituosos, assim como tensões e indecisões. Alguns irão quer mudar certas
atitudes ou comportamentos, com os quais estão incomodados. Alguns considerarão difícil
fazer amigos e manter amizades. Serão confrontados com dificuldades na resolução de
problemas de auto-identidade e de como lidar com o seu trabalho na escola. Também andarão
preocupadas com o futuro e com oque a espera. Todos estes são problemas superáveis a longo
prezo, e esperar-se-á que o orientador desempenhe o seu papel através de aconselhamento
individual ou de grupo, conforme a situação justifique. Uma grande satisfação e alegria
devem quando os alunos se apercebem de que existem soluções para aqueles que consideram
ser os maiores problemas. Consequentemente, eles irão levar vidas mais bem-sucedidas e
prósperas, e irão encarar o seu futuro com a necessária antecipação e confiança essenciais
para uma vida de sucesso.

Aconselhamento e orientação social

Tal como se espera, muitos problemas surgirão da interação social dos adolescentes com
outros membros da sociedade, como pais, irmãos, colegas, professores e outros. O papel do
orientador e ajudar os estudantes a expressarem e a classificarem o conflito, e a explorarem
quer as suas próprias expectativas, valores e sentimentos, quer as atitudes ou valores daqueles
com quem estão em conflito (Nugent 1990: 329).

Casos de comportamentos anti-sociais irão ocorrer, incluindo furtos, vandalismo, tomada de


drogas, plagio, ou copiar nos testes e exames. Cada um destes problemas terá de ser tratado
através de aconselhamento e orientação individual, onde o orientador deve tentar estabelecer
os factores que conduziram a este comportamento anti-social, e trabalhar num plano de
prevenção de tal comportamento.

Pode haver alturas em que os alunos irão ser confrontados com crises, tais como a tentativa de
suicídio ou o planear fazer um aborto. A crise pode também resultar da perda de um amigo
através de morte, violação ou do terminar de uma relação. E aconselhável que a situação de
crise seja tratada como um assunto urgente. O conselheiro terá de oferecer aconselhamento
individual antes que a situação piore.

Aconselhamento e orientação vocacional


Existe um aumento notório relativamente a preocupação pelas opções vocacionais entre os
alunos do ensino secundário assim que cheguem ao fim da sua educação escolar. Também
existe uma preocupação sobre uma educação terciaria relevante que os prepare para os tipos
de carreira que eles desejam prosseguir. Enquanto as opções profissionais são feitas, existe
muitas vezes um conflito de interesses dentro da pessoa. Por exemplo, um aluno pode estar
interessado a mais do que uma carreira profissional e, no entanto, apenas uma pode ser
escolhida. Os indivíduos podem também aperceber-se de que, independentemente dos seus
interesses numa determinada profissão, eles podem não ser admitidos por diversas razoes.
Tais situações pedem um orientador que oriente e aconselhe aqueles que se sentem afectados
para que consigam resolver seus conflitos de interesse, assim como um orientador que
encontre e explore alternativas apara aquelas que são capazes de obter a admissão para os
programas que escolhem.

Externamente, poderão existir conflitos entre as escolhas vocacionais dos alunos e aquilo que
os pais ou colegas gostariam que eles fizessem, ou pensam que deveriam fazer. O orientador
terá de trabalhar de perto e cautelosamente quer com os alunos, quer com os pais de forma a
resolver estes conflitos e a sugerir soluções objectivas que possam ser aceites por ambas as
partes. Enquanto os alunos tem o direito de escolher a profissão que desejam, se essa escolha
for irreal em termos de suas capacidades, personalidade e oportunidade de trabalho, será justo
que lhes seja feito compreender isso. O mesmo se aplica as escolhas dos pais para os seus
filhos. Poderão existir alturas em que os alunos insistam em prosseguir na sua escolha
profissional, indepentemente de serem aconselhados a não fazerem. São obviamente
designados para fazer, desde que estejam completamente consciente de que pode haver
limitações para essa profissão. Os orientadores podem apenas orientar e aconselhar os alunos,
mas a decisão final e destes. Em conformidade com isto deve também ter-se em consideração
que: Nenhuma profissão e mais apropriada para um individuo, em vez disso, os indivíduos
tem de chegar a um acordo entre os seus traços de personalidade, interesse, atitudes e valores
para uma adaptação satisfatória ao trabalho.

Algumas tarefas do orientador incluem:

 Auxiliar os alunos na aquisição de um emprego a tempo inteiro ou em part-time.


 Manter o contacto com essas instituições e empresas para informações actualizdas
 Ajudar os alunos a compilar um curriculum vatae CV e a escrever cartas de admissão
ou de propostas de emprego.
 Fornecer aos alunos informações sobre entrevistas de emprego.
 Providenciar apoio no conflito pais- alunos relativamente a escolhas de universidades,
escolas técnicas, escolas, escolas superiores, profissões, trocas, e os tipos de emprego
que interessam a ambas as partes.
 Ajudar os alunos com métodos de estudo e ensinar como devem responder a perguntas
de testes e exames.

Aconselhamento e orientação educativa

O aconselhamento e orientação educativa assumem um papel importante na vida dos alunos


do ensino secundário, tendo em conta a importância dessa fase nas suas vidas e a importância
da educação secundária. Apos a escola secundária, os jovens entram na fase adulta e
começam a levar uma vida independente, social e economicamente. Enquanto alguns serão
capazes de prosseguir estudos de natureza académica ou profissional, a maioria começa a
trabalhar.

Para começar, os alunos deveriam participar num programa de orientação aquando da sua
admissão onde os professores deveriam ser apresentados em termos de saber quem são, as
suas qualificações, as disciplinas que leccionam, os níveis que leccionam, há quanto tempo
estão na escola, e outros locais onde leccionam. Também deveria ser dado a conhecer aos
alunos a área física da escola para estes saberem a localização de salas de aula, laboratórios,
biblioteca, casas de banho, anfiteatros, campos de jogos etc.

Esta orientação deve ser seguida de um apoio aos alunos para selecionarem os cursos que
gostariam de seguir no ensino secundário, oque poderá virar de um pais africano para outro.
Enquanto algumas disciplinas são opcionais, outras são disciplinas centrais que são
obrigatórias para cada aluno. Uma serie de factores devem ser tidos em consideração
relativamente as opções das disciplinas incluindo capacidade intelectual dos alunos, interesses
relevância para profissão contemplada ou para o prosseguimento de estudos, e o seu historial
na disciplina escolhida. Apesar de um bom historial académico ser desejável, devera ser dada
uma segunda oportunidade aos alunos se o seu historial foi fraco mas eles estão dispostos a
esforçar-se novamente. Se houver necessidade de mudar algumas das disciplinas depois de
um ano ou dois, o programa devera ser suficientemente flexível de forma a acomodar essa
mudança.

As disciplinas tornam-se difíceis nos níveis mais elevados e torna se necessário ajudar os
alunos do Ensino Secundário em métodos de estudo, tomada de notas, competências ao nível
da escrita, competências ao nível de pesquisa, e na forma como devem identificar matéria
importante ao lerem vários livros, Também necessitam de apoio especial em como abordar
testes, trabalhos e exames finais. Isto e particularmente vital tendo em conta os exames
nacionais ou internacionais escritos no final do ensino secundário. Estes exames são muitas
vezes difíceis para a maioria dos alunos africanos. Consequentemente, apenas o esforço
conjunto, o empenho e a diligência por parte dos alunos e professores podem conduzir a um
desempenho de sucesso. Por esta razão, as competências de estudos relevantes e a preparação
devem ser incutidas. Para além disto, e importante olhar para os exames passados para
praticar. Durante esta preparação, os alunos devem ser desencorajados de aprender de cor e de
memorizar modelos de respostas. Requer-se uma mestria e uma compreensão adequadas da
matéria disciplina para que independentemente da forma como as questões são formuladas, os
alunos possam responder a estas satisfatoriamente.

Como parte da orientação e do aconselhamento educacional, o orientador ira perder um tempo


considerável com os alunos a explorar as oportunidades educacionais disponíveis para além
da escola secundária. Enquanto alguns prosseguirão uma educação universitária, uma
proporção maior de alunos procura ser admitida noutras instituições terciarias, tais como
escolas de educação, agricultura, enfermagem, tecnologia, estudos empresariais, informática e
administração pública. O orientador devera assegurar que essa informação esta disponível e
acessível aos alunos assim como deve também assegurar que os alunos saibam quais cursos
existentes nessas instituições e os pré-requisitos para a sua admissão. A informação deve ser a
mais atualizada possível, e os endereços devem estar disponíveis para permitir que os alunos
escrevem a pedir informações ou para serem admitidos. Se necessário, o orientador deve
ajudar os alunos com a candidatura para o sucesso de admissão

Enquanto os alunos contemplem qual a instituição a que se vão candidatar, ou que oficio ou
profissão vão prosseguir, poderão existir conflitos entre as suas escolhas e aquelas dos pais ou
dos colegas. Também podem ver-se próprios num estado de indecisão relativamente aquilo
que devem escolher. O orientador deve aconselhar os alunos individualmente e ajuda-los a
chefar a uma decisão definitiva. No entanto, tenha em conta que o orientador e apenas um
facilitador que esta la para ajudar os alunos a chegarem as suas próprias soluções para os seus
problemas. Isto e essencial tendo em vista a perceção que muitos alunos africanos tem um
orientador como autoridade que esta la para lhes dizer oque fazer. Isto esta incorrecto-os
orientadores estão la para ajudar outros a encontrarem formas mais eficazes de resolverem
seus problemas.

Orientação de carreira e aconselhamento durante a infância e a adolescência


Tendo em conta a importância da orientação e aconselhamento profissional/vocacional nas
vidas das crianças africanas, e necessário analisar tópico com maior profundidade. O
aconselhamento profissional e vocacional são sinónimos e, por isso, usados de um modo
possível de mudança. O termo “ profissional” e preferencialmente utilizado em relação a
termos como “ocupação” ou “vocação”, por que e mais abrangente e mais inclusivo (Belkin,
1988).

Existem uma serie de definições para aconselhamento profissional. De acordo com (Nugent,
1990:138), “ o aconselhamento profissional surge numa relação profissional, quando um
orientador ajuda indivíduos e grupos a explorarem decisões ou a resolverem problemas
relativos as escolhas e decisões a nível profissional nas escolas, na comunidade, ou no local
de trabalho”. De acordo com preparação, entrada e funcionamento eficaz numa ocupação.

Uma serie de teorias tem sido desenvolvidas como formas de explicar como as escolhas
profissionais estão relacionadas com a personalidade do individuo. A mais comummente
usada e a de Holland, que propôs seis tipos de personalidade do individuo na forma como se
interessam com os interesses ocupacionais, preferenciais e inter relações, como demostrando
na tabela abaixo. De acordo com Holland, para que um individuo sinta sucesso, satisfação e
estabilidade, e essencial que exista uma correspondência entre o trabalho escolhido e a
personalidade dele ou dela.

Os estilos de personalidade de Holland e ambientes ocupacionais

Tipo de Personalidade Personalidade tema Ambiente de trabalho


de emprego

Interessado em mecânica e em Realista Traços de habilidades:


trabalhar em coisas; não se maquinista, carpinteiro, mecânico,
interessa por pessoas cozinheiro.

Interessado em ciência e testes Investigativa Emprego científico/técnico:


analíticos; não sociável; engenheiro, químico, matemático,
independente. técnico, medico

Interessado em actividades Artística Emprego artístico: artista, musico,


criativas e imaginativas; aprecia estilista, escritor.
auto expressão

Interessado em ajudar as pessoas Social Emprego de serviços sociais:


e a resolver problemas sociais. professor, enfermeiro, ministro,
orientador, trabalhador social.

Interessado em persuadir e em Com iniciativa Empregos de marketing e de


dirigir pessoas; extrovertido, promoção: vendedor, especialista
dominante em relações publicas, em bens
imoveis.

Gosta de tarefas sistemáticas Convencional Trabalho de escritório; secretaria,


repetitivas de manipular dados. administrativo, bibliotecário.

Para além do inventário de Holland, os orientadores usam outros testes para ajudar os clientes
a tomarem decisões vocacionais apropriadas, como se demonstra na tabela seguinte. Estes
testes seguintes. Estes testes são conhecidos como testes de interesse vocacional, inventários
de personalidade e testes de aptidão. Os orientadores tem também de ter o acesso ao material
ocupacional que vai ajuda-los a fornecer aos seus clientes informações sobre ocupações,
profissões e ocupações educativas.

Inventários e testes Inventários de Testes de capacidade


personalidade

O interesse de Strong- Os inventários psicológicos O teste de aptidão diferencial


Campbell da Califórnia Bateria de testes de aptidão
O teste de interesse O inventário de geral
ocupacional de Kuber aconselhamento do

Pesquisa Auto direcionada Minnesota


(Holland) O horário de preferencial de
Edwads

Na seleção de uma profissão, as pessoas podem defrontar-se com um ou mais dos seguintes
itens:

 Nenhuma escolha.
 Escolha se certeza.
 Escolha imprudente.
 Uma falta de correspondência entre os interesses e as aptidões.
Também e possível que as pessoas, na sua opção profissional, sintam o seguinte:

 Uma necessidade de interesse vocacional.


 Conflitos relativos a escolha feita entre eles próprios e outros que são relevantes.
 Conflito interior, no sentido em que eles podem estar interessados em duas ou mais
profissões, e tem de escolher uma.

As pessoas que ainda não tomaram a decisão de uma profissão podem ser categorizadas como
sendo indeterminadas ou indecisas:

Aquelas que estão na categoria das indeterminadas podem resolver este estado de espirito ao
ser lhes dada informação relevante quanto a profissões diferentes. Elas podem ser também
indeterminadas por estarem a comteplar várias opções e estarem inseguras quanto a que
escolher.

Aquelas que estão na categoria das indecisas não se conseguem comprometer com uma
determinda profissão devido a problemas pessoais. Elas inserem-se em duas áreas principais,
nomeadamente, aquelas com um baixo nível de autoconfiança no que toca a selecionar uma
profissão, e aquelas que vivem um elevado nível de ansiedade relativamente a sua escolha
profissional definitiva.

Aconselhamento Profissional de crianças

Entre o nascimento e a adolescência, as crianças africanas deparam-se com muitas pessoas


envolvidas em varias ocupações, tais como professores, trabalhadores de administração e
eclesiásticos, chefe, agricultores, pescadores, carpinteiros, enfermeiros, médicos, curandeiros
tradicionais, soldados, policias, pessoas de negócios, vendedores ambulantes, empregados
domésticos, mecânicos. Etc. Neste processo, elas desenvolvem valores, atitudes e preferências
que influenciam o processo de tomada de decisão ocupacional.

Desta forma, propõe-se que o desenvolvimento da profissão se deve iniciar na pré-escola,


continuando com uma maior diferenciação ao mesmo tempo que a criança vai para a escola
primária, básica e secundária. Existe uma estabilidade relativa no desenvolvimento
profissional durante aos primeiros seis anos, independentemente de ser disponibilizada
informação de aconselhamento. No entanto <é benéfico para as crianças, principalmente
aquelas que vivem em áreas com oportunidades limitadas de emprego, ter um programa
sistemático amplo de aconselhamento profissional> (Gladding 1992:430).
Neste tipo de programas, e essencial ter em mente que a enfase deve residir no conhecimento
da profissão, mais do que nas escolhas específicas de carreira. Deve dar-se a conhecer as
crianças que o desenvolvimento profissional envolve escolhas, e que essas escolhas devem ser
feitas na altura apropriada da sua educação. Como parte desse programa, as crianças devem,
ocasionalmente, visitar diferentes áreas de trabalho tais como bancos, empresas, quintas,
centros de negócios e de comércio.

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