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Arvore Sagradas

1. Termos Técnicos
2. Propriedades Úteis da Árvores
3. Dormência da Semente
4. Árvore - Como Plantar
5. Época Correta de Poda

1 - Termos Técnicos

A Jurema é uma planta da família das leguminosas, comum no Nordeste brasileiro,


com propriedades psicoativas.
A família das leguminosas possui importantes espécies cultivadas para alimentação
inclusive do nordestino (Mangalô, Andu, Algaroba além de Feijões de diversas espécies
incluindo a Soja – a subfamília Faboidea ou Fabaceae) e exerce importante função
ecológica por abrigar espécies de bactérias nitrificantes ou seja que fixam nitrogênio,
essencial para a vida, no solo.
O termo Jurema designa várias espécies de Leguminosas dos gêneros Mimosa,
Acácia e Pithecelobium. No gênero Mimosa, cita-se:
A Mimosa hostilis Benth.,
A Mimosa Verrucosa Benth
E a Mimosa Tenuiflora.
No gênero Acácia identifica-se a Acacia piauhyensis Benth, ou Acácia Jurema,
além disso várias espécies do gênero Pithecellobium também são designadas por esse
mesmo nome.
A classificação popular distingue a Jurema branca e Jurema Preta.
Para Sangirardi Jr.(o.c.)
A Jurema preta é a Mimosa hostilis
Ou Mimosa Nigra, a Jurema branca o Pithecellobium diversifolium Benth
E a Mimosa Verucosa corresponde a Jurema - de – Oeiras.
Ainda segundo esse autor o termo Jurema, Jerema ou Gerema vem do Tupi yú-r-
ema – espinheiro. Entre espécies conhecidas como Jurema inclui-se ainda:
Jurema-embira (Mimosa ophthalmocentra);
Jurema-angico (Acacia cebil).
Além da Jurema a família das Leguminosas também abriga entre quatro e cinco
espécies com compostos psicoativos em sua composição bioquímica, a saber:
Erythrina crista-galli, o Mulungu ou Corticeira conhecido sedativo;
Mimosa pudica com propriedades anti- reumáticas, sedativas, laxantes;
Piptadenia peregrina (da qual se faz o rapé Paricá com propriedades psicoativas
utilizado por índios da Amazônia em rituais).
(Sangirardi Jr.1983 (o.c.)) Algumas variedades de Acácia australianas tipo a Acácia
maidenii também possuem propriedades semelhantes à Jurema.
Já foi identificado nas cascas e raízes frescas da Jurema (Mimosa hostilis):
Um alcalóide denominado por Nigerina em 1949 (Lima, Gonçalves O, apud
Sangirard Jr.,o.c.) identificado posteriormente como um alcalóide indólico a N,N-
dimetiltriptamina – DMT uma potente substância alucinógena ou psicodisléptica
responsável pelo seu efeito.
No grupo de vegetais que possuem DMT – o núcleo indol e derivados da
triptamina, como a Jurema (Mimosa) a Psychotria nas rubiáceas, é logicamente possível a
combinação com derivados do harmano / harmina tal como foi identificada na Ayahuasca
da América do Sul combinando-se a Chacrona (Psychotria viridis) com o Mariri (Banisteria
caapi).
Identifica-se também a Harmina no Maracujá (Passiflora), Syrian rue (Peganum
harmala) usados tradicionalmente de modo independente.
Há quem afirme que alguma variedade de maracujá já foi utilizada em
combinação com a jurema e mais recentemente combinou-se em rituais do Xucuru-kiriri
jurema (Mimosa hostilis) com Peganum harmala.
O Maracujá, Passiflora incarnata, P. alata P. edulis e outras variedades, há
milênios é utilizado na América. Popularmente reconhecido com auxiliar para minimizar os
efeitos provocados pelos processos de depressão, desequilíbrio do sistema nervoso,
insônia, inquietação, fadiga, e espasmos musculares.
Extratos do P. edulis e Incarnata já foram experimentos com efeitos positivos no
prolongamento do efeito do sono com pentobarbital, ação analgésica e bloqueadora de
estimulação por adrenalina
No uso da jurema no nordeste do Brasil há referências de uso a diversas
combinações (misturas) e modos de uso e preparação.
Entrecascas e raízes da Jurema (Mimosa) extraídas com álcool, com água (por
decocção ou maceração) com e sem fermentação.
Registra-se também na literatura a combinação com o Manacá (Brunfelsia uniflora
Don)– Essa combinação parece ser a mais perigosa, tudo indica que foi utilizada na
Manifestação Sebastianista (Pe) que resultou em psicose coletiva (Sangirardi Jr, o.c.).
O elemento ativo do Manacá é de natureza psicoativa, anestésica, analgésica e
possivelmente simpáticolítica – atropínico ou anticolinérgico.
Combinada com Peganum harmala (Sirian rue) – Xucuru xocó (Pe) tem efeito
semelhante a combinação com maracujá, pois ambas as plantas, como vimos possuem
substancias semelhantes.
A combinação com maracujá silvestre ou maracujá do mato, pode ser o “segredo
perdido” contudo a família do maracujá (Passifloraceae) possui 16 gêneros, com cerca de
600 espécies espalhadas por todo o mundo.
O vinho de jurema dos catimbó também possuem receitas secretas algumas com
álcool (vinho branco cachaça), mel, Alecrim e Alho (Grünewald o.c.)
Entre as formas de consumo na medicina indígena está a utilização simultânea
com fumo (Nicotina tabacum, realizada por todas as tribos no Nordeste; com Cannabis
sativa, (Swelinho Seda) possivelmente realizada por Fulniôs – Pe ; com Poncho de
Maracujá (Atikun - Pe) (Ott, Jonathan, 1997/98 o.c.) e com Cachaça em algumas tribos no
Nordeste (Sangirardi Jr o.c.) .

Este texto é um excerto do artigo Jurema (árvore) da enciclopédia livre Wikipédia. Na


Wikipédia, está disponível uma lista dos autores.
2 - PROPRIEDADES UTEIS DA ÁRVORES

Raiz:
Uma vez que a maioria das raízes são subterrâneas e portanto não facilmente visíveis,
nossa tendência é ignorá-las e desmerecê-las.
A primeira raiz do vegetal vem do embrião, chamada de raiz primaria, ou raiz principal.
Ela pode ser pivotante (cresce principalmente para baixo) ou tabular (cresce
principalmente lateralmente).
A raiz possui órgãos especializados para sustentação, absorção, armazenamento e
condução da seiva, e é responsável pela retirada de água e nutrientes do solo.
A água e nutrientes absorvidos compõem a seiva bruta. Essa seiva bruta é transportada,
da raiz para as folhas pelo xilema (conjunto de vasos encontrados no caule da planta).

Caule:
Uma curiosidade é que as plantas primitivas só tinham caule ! Estes são tidos como
precursores das folhas e assim ancestrais do próprio sistema caulinar.
O caule promove interligação entre raiz e folha, levando a seiva bruta da raiz para as
folhas, através de um conjunto de vasos condutores, chamado de xilema, e levando a
seiva elaborada das folhas até o restante da planta, por um conjunto de vasos
condutores, chamado de flolema.
Durante a descida, o floema fornece alimento aos demais órgãos.
Os troncos das árvores variam em tamanho, forma, textura e cor.
É do tronco de algumas árvores que é extraída a madeira que usamos em nossas casas,
em móveis, ferramentas, pisos e até mesmo lápis. É também do tronco de algumas
árvores que é extraída a matéria prima para fazer o papel - a celulose.
Comece a pensar quantas árvores são derrubadas para satisfazer nossas necessidades
do dia-a-dia, só relacionadas ao caule !

Folha:
Nas folhas, ocorre a fotossíntese, que é um processo de produção de glicose e oxigênio.
Este processo tem como um de seus componentes a luz do sol. A luz é formada por feixes
de diferentes comprimentos onda. Cada comprimento é de uma cor. Essas são as cores
primárias.
Os comprimentos de onda que são absorvidos pelas folhas variam de acordo com as
espécies. Em geral o comprimento de onda de cor verde não é absorvido pelas folhas,
sendo assim refletido, dando a coloração verde às folhas.
A glicose produzida compõe a seiva elaborada conhecida como alimento da planta. A
seiva elaborada é transportada, das folhas para toda a planta, pelo floema, como vimos a
cima.
Também ocorre a transpiração e a perda de água para o meio ambiente na forma
de vapor. É possível observar névoas em grandes florestas ao amanhecer. Esta névoa
nada mais é que a evaporação da umidade da floresta. Uma parte desta umidade é
produzida através desta transpiração que ocorre em cada folha.

Flor:
A flor é uma folha modificada do vegetal, de crescimento limitado, contendo as
estruturas reprodutivas da planta Giniceu (parte feminina), Androceu (parte masculina).
A pétala funciona como atrativo.Cada espécie evoluiu suas flores em tamanho,
forma e cor, para se adaptar aos seus determinados polinizadores.

Essa evolução garante a perpetuação da espécie, e a biodiversidade através dos


polinizadores.
Biodiversidade, é a diversidade da vida (bio). Com a flor, as Angiospermas
adquiriram a capacidade de se reproduzirem a partir do cruzamento entre dois indivíduos.
A grande maioria da flores das Angiospermas é hermafrodita, facilitando a
autofecundação. Mas a autofecundação apresenta desvantagem para as espécies,
impedindo a variabilidade de caracteres. Para impedir a autofecundação, as flores
possuem adaptações que impedem o processo, e facilitam a fecundação cruzada (entre
flores de indivíduos diferentes), tais como:

 Hercogamia = alturas diferentes da antera (androceu) e o estigma (giniceu).

 Protandria = o androceu amadurece antes do gineceu.

 Protaginia = giniceu amadurece antes do androceu.

Fruto:
Ocorrendo a fecundação, o óvulo origina a semente, e o ovário, o fruto. O fruto
protege as sementes e prepara o solo, facilitando a germinação, os frutos podem ser
verdadeiros (quando se formarem a partir do ovário, como o abacate); ou falsos (quando
se formam de outras partes da planta como o caju, maçã, figo, abacaxi e framboesa).

Sementes:
A semente é uma estrutura de propagação da planta; é a unidade reprodutiva que
dá início a uma nova geração da espécie. Esta estrutura contém o embrião e protege-o
contra a dessecação, danos mecânicos e ataques de organismos diversos.

3 – Dormência da Semente
O desenvolvimento da semente é o resultado normal do processo de polinização.
Entretanto, isto nem sempre ocorre, pois após a fertilização, o embrião inicia seu
crescimento, porém, às vezes, não consegue completar seu desenvolvimento. Isto pode
estar relacionado com as condições fisiológicas que envolvem o endosperma. Em geral, o
desenvolvimento do fruto e da semente ocorrem simultaneamente e de forma
sincronizada. Alguns frutos podem desenvolver sementes sem que a polinização e a
fertilização tenham ocorrido, processo conhecido como partenocarpia. Existem também,
frutos partenocárpicos que possuem óvulos maduros não fecundados, isto é, sem
embrião. O crescimento do fruto envolve a divisão celular, elongação e diferenciação, e
requer água, carboidratos, compostos nitrogenados, sais minerais e substâncias de
crescimento. A escassez de um ou mais desses elementos diminui a taxa de crescimento.

A germinação, que ocorre quando as sementes estão maduras e se as condições


ambientais forem adequadas, é o processo de reativação do crescimento do embrião,
culminando com o rompimento do tegumento da semente e o aparecimento de uma nova
planta. As condições básicas requeridas para a germinação das sementes são a água, o
oxigênio, a temperatura ( 20°C a 30ºC) e, para algumas espécies, a luz.
O impedimento estabelecido pela dormência se constitui numa estratégia benéfica, pela
distribuição da germinação ao longo do tempo, aumentando a probabilidade de
sobrevivência da espécie, através de três formas:
a) As sementes são dispersas da planta matriz, em diferentes estágios de dormência,
fenômeno conhecido como polimorfismo ou heteromorfismo. Estas variações são
caracterizadas morfologicamente através da cor, do tamanho, da espessura do tegumento
das sementes, produzidas pelo ambiente, e por causas genéticas. Nas sementes
polimórficas, a germinação é distribuida no tempo, representada pela emergência das
plântulas em intervalos irregulares, aumentando a probabilidade de alguns indivíduos
sobreviverem;
b) A dormência também pode proporcionar a distribuição da germinação ao longo do
tempo, através da dependência de sua superação por fatores ambientais, os quais se
distribuem no tempo, podendo-se citar, como exemplo, aquelas espécies cujas sementes
amadurecem durante o inverno e que produzirão plântulas somente na primavera, pois o
inverno as exterminaria;
c) As sementes de muitas espécies entram em estado de dormência chamada de
embrionária, quando em presença de condições desfavoráveis para germinação, tais
como altas ou baixas temperaturas. Contudo, com o passar do tempo estas sementes vão
superando-a vagarosamente. Em muitos casos, a dormência embrionária é superada pela
luz vermelha do espectro, uma vez, que nas condições naturais da floresta, a incidência
de luz que atinge o solo, é pobre em componentes do espectro vermelho, além de que
muitas vezes, a semente fica localizada sob a cobertura morta do solo onde a luz não
penetra.

CATEGORIAS DE DORMÊNCIA
 Dormência tegumentar ou exógena

 As sementes viáveis de algumas espécies não germinam, mesmo sob condições


favoráveis. Porém, em muitos casos, o embrião destas quando isolado, germina
normalmente. Neste caso, a semente é dormente porque os tecidos que a
envolvem exercem um impedimento que não pode ser superado, sendo conhecido
como dormência imposta pelo tegumento. Esta é a mais comum das categorias de
dormência, e está relacionada com a impermeabilidade do tegumento ou do
pericarpo à água e ao oxigênio, com a presença de inibidores químicos no
tegumento ou no pericarpo, tais como a cumarina ou o ácido parasórbico, ou com a
resistência mecânica do tegumento ou do pericarpo ao crescimento do embrião.

 Os fungos e as bactérias presentes no solo, nas condições da floresta, podem


minimizar este tipo de dormência ao degradarem o tegumento das sementes.
Como exemplo, podem-se citar as sementes de espécies leguminosas, como
Mimosa scabrella (bracatinga), Mimosa regnellii (juquiri) e Mimosa bimucronata
(maricá).

 Dormência embrionária ou endógena

 Quando a remoção do tegumento de uma semente viável não permite que esta
germine, caracteriza-se a dormência embrionária, que é devida a causas que
envolvem o embrião. Esta categoria de dormência é mais comum nas espécies
florestais, especialmente nas da familia das Rosaseae, podendo ser devida à
ocorrência de embrião imaturo, ou presença de mecanismo de inibição fisiológica
que o impedem de desenvolver-se. Como exemplo, citamse as sementes de
Rapanea ferruginea (capororoca) e Ilex paraguariensis (erva-mate).

 As duas categorias de dormência podem ocorrer simultaneamente ou


sucessivamente nas sementes de uma mesma espécie. As sementes são ditas
com dormência quando são dispersadas da planta matriz em estado dormente, ou
seja, a dormência é iniciada durante o desenvolvimento da semente. Contudo, a
dormência pode ser induzida quando as sementes já se encontram maduras, e isto
ocorre quando são colocadas para germinar sob condições desfavoráveis de
aeração, temperatura ou luminosidade. As sementes de várias espécies
desenvolvem mecanismos complexos, nos quais partes do eixo embrionário
diferem na intensidade da dormência. Nestes casos, chamados de dormência
epicotelial, a radícula se desenvolve e o epicótilo não. Em algumas outras
espécies, a radícula apresenta alguma dormência, porém em menor intensidade
que a do epicótilo, o que representa o caso de dormência dupla.

CAUSAS DA DORMÊNCIA
(Saiba como Plantar uma Semente de Jurema/Jatobá etc)
 Dormência tegumentar ou exógena

 A germinação das sementes é bloqueada pelos seguintes fatores:


a) Interferência na absorção de água: as sementes das famílias das Leguminosae,
Cannaceae, Convolvulaceae, Malvaceae e Chenopodiaceae apresentam na testa
camadas de um tecido chamado de osteosclereides, que impede a entrada de água e
atrasa a germinação por vários anos;
b) Impedimento mecânico: vários tecidos ao redor do embrião são extremamente
resistentes, e se o embrião não consegue penetrá-los não germinará. Entretanto, em
alguns casos, o embrião produz a enzima mananase que enfraquece o tecido resistente,
superando a dormência;
c) Interferência nas trocas gasosas: os tecidos impermeáveis que circundam o embrião
limitam sua capacidade de trocas gasosas, impedindo a entrada do oxigênio, limitante à
germinação, mantendo-a dormente
d) Presença de inibidores: foram encontrados, nas sementes de muitas espécies,
inibidores químicos de diferentes classes, localizados no tegumento e no embrião, que
são retidos pela semente embebida, ao invés de se dispersarem no meio, bloqueando a
germinação. Em alguns casos, contudo, o tegumento parece ter efeito inibidor químico
mais intenso do que mecânico, necessitandose da lavagem das sementes para sua
remoção e superação da dormência.

 Dormência secundária ou embrionária

 Existem dois fatores envolvidos na dormência secundária: os cotilédones e as


substâncias inibidoras da germinação. A constatação disto foi feita através da
amputação dos cotilédones do embrião dormente, o que permitiu que o mesmo se
desenvolvesse, confirmando que os cotilédones aparentemente exercem algum
efeito inibidor da germinação sobre o eixo embrionário.

 Provavelmente, o contacto dos cotilédones com o substrato úmido proporciona a


distribuição do inibidor químico para o meio, inibindo toda a semente e mantendo-a
dormente. (Bewley & Black -1994).

MÉTODOS PARA A SUPERAÇÃO DA DORMÊNCIA


 Dormência tegumentar ou exógena

 a) Escarificação ácida As sementes são imersas em ácido sulfúrico, por um


determinado tempo, que varia em função da espécie, à temperatura entre 19ºC e
25ºC, sendo então lavadas em água corrente e colocadas para germinar.
b) Imersão em Água
Imersão em água quente: a imersão em água quente constitui-se num eficiente meio para
superação da dormência tegumentar das sementes de algumas espécies florestais. A
água é aquecida até uma temperatura inicial, variável entre espécies, onde as sementes
são imersas e permanecem por um período de tempo também variável, de acordo com
cada espécie;
Imersão em água fria: sementes de algumas espécies apresentam dificuldades para
germinar, sem contudo estarem dormentes. A simples imersão das sementes em água, à
temperatura ambiente (25ºC) por 24 horas, elimina o problema, que normalmente é
decorrente de longos períodos de armazenamento, e que causa a secagem excessiva
das sementes, impedindo-as de absorver água e iniciar o processo germinativo.
c) Escarificação mecânica
ci) Este método tem se mostrado bastante eficaz para a superação da dormência de
algumas espécies florestais, em especial as leguminosas. O procedimento
consiste, basicamente, em submeter as sementes a abrasão, através de cilindros
rotativos, forrados internamente com lixa o que irá desgastar seu tegumento,
proporcionando condições para que absorva água e inicie o processo germinativo;
Para que se obtenham resultados positivos na utlização do processo, são necessárias
algumas precauções, como o tempo de exposição das sementes à escarificação e a
pureza do lote, pois sementes com impurezas comprometem a eficiência do tratamento.

Dormência embrionária ou endógena


a) Estratificação a frio As sementes de algumas espécies florestais apresentam embrião
imaturo, que não germina em condições ambientais favoráveis, necessitando de
estratificação para completar seu desenvolvimento. Para a estratificação, o meio em que
as sementes serão colocadas deve apresentar boa retenção de umidade e ser isento de
fungos. Normalmente utiliza-se areia bem lavada que apresente grãos em torno de 2,0
mm de diâmetro (média) para facilitar a posterior separação das sementes por
peneiragem.
O recipiente em que será colocado o meio, deve permitir boa drenagem evitando-se a
acumulação de água no fundo o que causa o apodrecimento das sementes.
A temperatura requerida para a estratificação a frio está entre 2oC e 4oC, que pode ser
obtida em uma geladeira ou câmara fria. As sementes são colocadas entre duas camadas
de areia com 5 cm de espessura. O período de estratificação varia de 15 dias para
algumas espécies, até 6 meses para outras. Uma vez encerrado o período de
estratificação, as sementes devem ser semeadas imediatamente, pois se forem secas
poderão ser induzidas à dormência secundária.
b) Estratificação quente e fria
A maturação dos frutos de algumas espécies ocorre no final do verão e início do outono,
com temperaturas ambientais mais baixas. A estratificação quente e fria visa reproduzir as
condições ambientais ocorridas por ocasião da maturação dos frutos.
O procedimento é exatamente o mesmo descrito para a estratificação a frio, alterando-se
temperaturas altas (25ºC por 16 horas e 15ºC por 8 horas) por um período, e
temperaturas baixas (2ºC a 4ºC) por outro período.

Dormência combinada
Algumas espécies apresentam sementes com dormência tegumentar e
embrionária. Nestes casos, submete-se a semente inicialmente ao tratamento de
superação da dormência tegumentar, e a seguir, para superar a dormência embrionária.
Em alguns casos, apenas a estratificação a frio é suficiente para superação de ambas.

4 - Árvore - Como Plantar


Antes de plantar sua muda, é necessário saber qual o melhor local para ela.
Algumas espécies, em seu habitat natural, não aceitam sol, enquanto outras, não
aceitam sombra. Algumas tem preferências por locais úmidos, enquanto outras por locais
áridos.
Para você saber a preferência de cada espécie, vá até a nossa lista de espécies e
aprenda tudo sobre a árvore que deseja plantar.
O sucesso do plantio está muito mais ligado às condições de Luz, Umidade e Solo,
do que à técnica aplicada no momento do plantio.
Porém, alguma regras devem ser respeitadas na hora de plantar.

Espaçamento
Deve-se fazer as covas com um espaçamento de no mínimo, 3m entre elas. Isso é
para respeitar o crescimento das copas.

Tamanho da cova
Varia de acordo com o tamanho da muda. Para mudas acima de 1,80m:
60cm de profundidade
Caso o solo estiver fofo, 60cm largura.
Caso o solo estiver muito compacto, faça uma cova cônica de 1m na superfície, 50cm no
fundo.

Adubação
A adubação pode variar com a espécie. O importante a observar é que a adubação no
momento do plantio, serve para que a muda enraíze mais facilmente no novo local.
100g de NPK (04-14-08 ou 10-10-10)
300g de calcário
300g de super Fosfato Simples ou Kg de Fosfato de Araxá
20 litros de esterco de gado, curtido, ou de composto orgânico; ou 7 litros de esterco de
galinha ou de húmus de minhoca.

Preparo da cova
Pulverizar 1/3 (100g) de calcário nas laterais e fundo da cova.
Misturar o restante do calcário e os adubos à terra da própria cova ou, se preferir,
substituí-la por terra vegetal.

Plantio
Retirar a embalagem da muda com cuidado para não desmanchar o torrão
Cobrir o fundo da cova com terra misturada até que o torrão fique nivelado com o chão.
Colocar a muda dentro da cova, bem na vertical, observando a altura do torrão com
relação ao solo.
Colocar uma estaca de madeira de 2,50m de altura rente à muda. Afundar até o
fundo da cova.
Completar a cova com terra misturada e pisar a terra em volta da muda para firmá-
la no chão, de forma a não cobrir o caule com terra.
Fazer uma vala em torno da muda, com o mesmo tamanho da cova, para captar
água
Regar abundantemente mas sem encharcar.

Amarração
Amarrar a muda à estaca com: borracha, sisal ou outro material que não fira o
caule da muda (Nunca utilize arame !).
A amarração pode ser feita em forma de oito deitado, como mostra a figura ao lado.

Cuidados posteriores
Se a muda for plantada em local sujeito a depredação, colocar grade de proteção
Caso não chova, faça irrigação de 4 em 4 dias com aproximadamente 20 litros de
água

5 - Época correta de Poda


Época de poda.
Em geral a poda deve ser feita após a floração
Tipos de Poda

 Poda de Formação:

 Corta-se os ramos baixos, não deixando que se forme galhos antes da planta
atingir 2m de altura. Essa técnica tem dois motivos. O primeiro é que na natureza a
árvore, por competição com outras espécies, alcança o sol apenas em determinada
altura (geralmente acima de 2m), fazendo com que a formação de galhos só ocorra
após esta altura.

 O segundo motivo, destina-se à árvores plantadas em passeio público. A altura


mínima para o galhamento das árvores na arborização urbana, é de 1,80m, para
não impedir a livre passagem de pedestres.

 Poda de Emergência

 Para o caso de estar atrapalhando a Rede Elétrica, casas ou calçadas. Neste caso,
aconselhamos que antes de pensar na poda, pense em espécies adequadas para
o local. Este site tem como uma de suas finalidades este conhecimento, para que
não ocorram mais estes erros, que em suma, representam um desrespeito à Mãe
Natureza.
Tratamento pós-poda
Se os cortes forem efetuados dentro da técnica recomendada, basta que a árvore esteja
saudável para que eles cicatrizem naturalmente.
Os galhos finos apresentam uma cicatrização mais rápida se a superfície de corte ficar
lisa. Para galhos mais grossos, pode-se fazer o tratamento no local do corte, com
substâncias que visam impedir a ação de agentes nocivos. As substâncias mais utilizadas
são: calda bordalesa, parafina, mastique e cera de enxerto. Nunca use substâncias
corrosivas como piche, tintas, graxas ou alcatrão, pois destroem o tecido celular da
árvore.
Fonte:http://www.arvoresbrasil.com.br/

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