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1. Termos Técnicos
2. Propriedades Úteis da Árvores
3. Dormência da Semente
4. Árvore - Como Plantar
5. Época Correta de Poda
1 - Termos Técnicos
Raiz:
Uma vez que a maioria das raízes são subterrâneas e portanto não facilmente visíveis,
nossa tendência é ignorá-las e desmerecê-las.
A primeira raiz do vegetal vem do embrião, chamada de raiz primaria, ou raiz principal.
Ela pode ser pivotante (cresce principalmente para baixo) ou tabular (cresce
principalmente lateralmente).
A raiz possui órgãos especializados para sustentação, absorção, armazenamento e
condução da seiva, e é responsável pela retirada de água e nutrientes do solo.
A água e nutrientes absorvidos compõem a seiva bruta. Essa seiva bruta é transportada,
da raiz para as folhas pelo xilema (conjunto de vasos encontrados no caule da planta).
Caule:
Uma curiosidade é que as plantas primitivas só tinham caule ! Estes são tidos como
precursores das folhas e assim ancestrais do próprio sistema caulinar.
O caule promove interligação entre raiz e folha, levando a seiva bruta da raiz para as
folhas, através de um conjunto de vasos condutores, chamado de xilema, e levando a
seiva elaborada das folhas até o restante da planta, por um conjunto de vasos
condutores, chamado de flolema.
Durante a descida, o floema fornece alimento aos demais órgãos.
Os troncos das árvores variam em tamanho, forma, textura e cor.
É do tronco de algumas árvores que é extraída a madeira que usamos em nossas casas,
em móveis, ferramentas, pisos e até mesmo lápis. É também do tronco de algumas
árvores que é extraída a matéria prima para fazer o papel - a celulose.
Comece a pensar quantas árvores são derrubadas para satisfazer nossas necessidades
do dia-a-dia, só relacionadas ao caule !
Folha:
Nas folhas, ocorre a fotossíntese, que é um processo de produção de glicose e oxigênio.
Este processo tem como um de seus componentes a luz do sol. A luz é formada por feixes
de diferentes comprimentos onda. Cada comprimento é de uma cor. Essas são as cores
primárias.
Os comprimentos de onda que são absorvidos pelas folhas variam de acordo com as
espécies. Em geral o comprimento de onda de cor verde não é absorvido pelas folhas,
sendo assim refletido, dando a coloração verde às folhas.
A glicose produzida compõe a seiva elaborada conhecida como alimento da planta. A
seiva elaborada é transportada, das folhas para toda a planta, pelo floema, como vimos a
cima.
Também ocorre a transpiração e a perda de água para o meio ambiente na forma
de vapor. É possível observar névoas em grandes florestas ao amanhecer. Esta névoa
nada mais é que a evaporação da umidade da floresta. Uma parte desta umidade é
produzida através desta transpiração que ocorre em cada folha.
Flor:
A flor é uma folha modificada do vegetal, de crescimento limitado, contendo as
estruturas reprodutivas da planta Giniceu (parte feminina), Androceu (parte masculina).
A pétala funciona como atrativo.Cada espécie evoluiu suas flores em tamanho,
forma e cor, para se adaptar aos seus determinados polinizadores.
Fruto:
Ocorrendo a fecundação, o óvulo origina a semente, e o ovário, o fruto. O fruto
protege as sementes e prepara o solo, facilitando a germinação, os frutos podem ser
verdadeiros (quando se formarem a partir do ovário, como o abacate); ou falsos (quando
se formam de outras partes da planta como o caju, maçã, figo, abacaxi e framboesa).
Sementes:
A semente é uma estrutura de propagação da planta; é a unidade reprodutiva que
dá início a uma nova geração da espécie. Esta estrutura contém o embrião e protege-o
contra a dessecação, danos mecânicos e ataques de organismos diversos.
3 – Dormência da Semente
O desenvolvimento da semente é o resultado normal do processo de polinização.
Entretanto, isto nem sempre ocorre, pois após a fertilização, o embrião inicia seu
crescimento, porém, às vezes, não consegue completar seu desenvolvimento. Isto pode
estar relacionado com as condições fisiológicas que envolvem o endosperma. Em geral, o
desenvolvimento do fruto e da semente ocorrem simultaneamente e de forma
sincronizada. Alguns frutos podem desenvolver sementes sem que a polinização e a
fertilização tenham ocorrido, processo conhecido como partenocarpia. Existem também,
frutos partenocárpicos que possuem óvulos maduros não fecundados, isto é, sem
embrião. O crescimento do fruto envolve a divisão celular, elongação e diferenciação, e
requer água, carboidratos, compostos nitrogenados, sais minerais e substâncias de
crescimento. A escassez de um ou mais desses elementos diminui a taxa de crescimento.
CATEGORIAS DE DORMÊNCIA
Dormência tegumentar ou exógena
Quando a remoção do tegumento de uma semente viável não permite que esta
germine, caracteriza-se a dormência embrionária, que é devida a causas que
envolvem o embrião. Esta categoria de dormência é mais comum nas espécies
florestais, especialmente nas da familia das Rosaseae, podendo ser devida à
ocorrência de embrião imaturo, ou presença de mecanismo de inibição fisiológica
que o impedem de desenvolver-se. Como exemplo, citamse as sementes de
Rapanea ferruginea (capororoca) e Ilex paraguariensis (erva-mate).
CAUSAS DA DORMÊNCIA
(Saiba como Plantar uma Semente de Jurema/Jatobá etc)
Dormência tegumentar ou exógena
Dormência combinada
Algumas espécies apresentam sementes com dormência tegumentar e
embrionária. Nestes casos, submete-se a semente inicialmente ao tratamento de
superação da dormência tegumentar, e a seguir, para superar a dormência embrionária.
Em alguns casos, apenas a estratificação a frio é suficiente para superação de ambas.
Espaçamento
Deve-se fazer as covas com um espaçamento de no mínimo, 3m entre elas. Isso é
para respeitar o crescimento das copas.
Tamanho da cova
Varia de acordo com o tamanho da muda. Para mudas acima de 1,80m:
60cm de profundidade
Caso o solo estiver fofo, 60cm largura.
Caso o solo estiver muito compacto, faça uma cova cônica de 1m na superfície, 50cm no
fundo.
Adubação
A adubação pode variar com a espécie. O importante a observar é que a adubação no
momento do plantio, serve para que a muda enraíze mais facilmente no novo local.
100g de NPK (04-14-08 ou 10-10-10)
300g de calcário
300g de super Fosfato Simples ou Kg de Fosfato de Araxá
20 litros de esterco de gado, curtido, ou de composto orgânico; ou 7 litros de esterco de
galinha ou de húmus de minhoca.
Preparo da cova
Pulverizar 1/3 (100g) de calcário nas laterais e fundo da cova.
Misturar o restante do calcário e os adubos à terra da própria cova ou, se preferir,
substituí-la por terra vegetal.
Plantio
Retirar a embalagem da muda com cuidado para não desmanchar o torrão
Cobrir o fundo da cova com terra misturada até que o torrão fique nivelado com o chão.
Colocar a muda dentro da cova, bem na vertical, observando a altura do torrão com
relação ao solo.
Colocar uma estaca de madeira de 2,50m de altura rente à muda. Afundar até o
fundo da cova.
Completar a cova com terra misturada e pisar a terra em volta da muda para firmá-
la no chão, de forma a não cobrir o caule com terra.
Fazer uma vala em torno da muda, com o mesmo tamanho da cova, para captar
água
Regar abundantemente mas sem encharcar.
Amarração
Amarrar a muda à estaca com: borracha, sisal ou outro material que não fira o
caule da muda (Nunca utilize arame !).
A amarração pode ser feita em forma de oito deitado, como mostra a figura ao lado.
Cuidados posteriores
Se a muda for plantada em local sujeito a depredação, colocar grade de proteção
Caso não chova, faça irrigação de 4 em 4 dias com aproximadamente 20 litros de
água
Poda de Formação:
Corta-se os ramos baixos, não deixando que se forme galhos antes da planta
atingir 2m de altura. Essa técnica tem dois motivos. O primeiro é que na natureza a
árvore, por competição com outras espécies, alcança o sol apenas em determinada
altura (geralmente acima de 2m), fazendo com que a formação de galhos só ocorra
após esta altura.
Poda de Emergência
Para o caso de estar atrapalhando a Rede Elétrica, casas ou calçadas. Neste caso,
aconselhamos que antes de pensar na poda, pense em espécies adequadas para
o local. Este site tem como uma de suas finalidades este conhecimento, para que
não ocorram mais estes erros, que em suma, representam um desrespeito à Mãe
Natureza.
Tratamento pós-poda
Se os cortes forem efetuados dentro da técnica recomendada, basta que a árvore esteja
saudável para que eles cicatrizem naturalmente.
Os galhos finos apresentam uma cicatrização mais rápida se a superfície de corte ficar
lisa. Para galhos mais grossos, pode-se fazer o tratamento no local do corte, com
substâncias que visam impedir a ação de agentes nocivos. As substâncias mais utilizadas
são: calda bordalesa, parafina, mastique e cera de enxerto. Nunca use substâncias
corrosivas como piche, tintas, graxas ou alcatrão, pois destroem o tecido celular da
árvore.
Fonte:http://www.arvoresbrasil.com.br/