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Colégio Sala Ordem


00001 0001 0001
Fevereiro/2020

Assembleia Legislativa do Estado do Amapá


I I Concurso Público para provimento de cargos vagos
Analista Legislativo - Atividade Administrativa
Especialidade: Assistente Social
Nome do Candidato No de Inscrição No do Caderno
Caderno de Prova ’B07’, Tipo 001 MODELO TIPO−001

ASSINATURA DO CANDIDATO
No do Documento
0000000000000000

Conhecimentos Gerais
P R O VA Conhecimentos Específicos

INSTRUÇÕES
Quando autorizado pelo fiscal
de sala, transcreva a frase
ao lado, com sua caligrafia Realizar projetos difíceis exige conhecimento e perseverança.
usual, no espaço apropriado
na Folha de Respostas.

- Verifique se este caderno:


- corresponde à sua opção de especialidade.
- contém 50 questões, numeradas de 1 a 50.
Caso contrário, solicite imediatamente ao fiscal da sala a substituição do caderno.
Não serão aceitas reclamações posteriores.
- Para cada questão existe apenas UMA resposta certa.
- Leia cuidadosamente cada uma das questões e escolha a resposta certa.
- Essa resposta deve ser marcada na FOLHA DE RESPOSTAS que você recebeu.

VOCÊ DEVE
- Procurar, na FOLHA DE RESPOSTAS, o número da questão que você está respondendo.
- Verificar no caderno de prova qual a letra (A,B,C,D,E) da resposta que você escolheu.
- Marcar essa letra na FOLHA DE RESPOSTAS, conforme o exemplo: A C D E

ATENÇÃO
- Marque as respostas com caneta esferográfica de material transparente e tinta preta ou azul. Não será permitida a
utilização de lápis, lapiseira, marca-texto, régua ou borracha durante a realização da prova.
- Marque apenas uma letra para cada questão. Será anulada a questão em que mais de uma letra estiver assinalada.
- Responda a todas as questões.
- Não será permitida nenhuma espécie de consulta ou comunicação entre os candidatos, nem a utilização de livros, códigos,
manuais, impressos ou quaisquer anotações.
- A duração da prova é de 3 horas, para responder a todas as questões e preencher a Folha de Respostas.
- Ao término da prova, chame o fiscal da sala para devolver o Caderno de Questões e a Folha de Respostas.
- É proibida a divulgação ou impressão parcial ou total da presente prova. Direitos Reservados.
000000−PG02 Caderno de Prova ’B07’, Tipo 001

CONHECIMENTOS GERAIS
Português
Atenção: Para responder às questões de números 1 a 5, baseie-se no texto abaixo.

Distribuição justa

A justiça de um resultado distributivo das riquezas depende das dotações iniciais dos participantes e da lisura do processo do
qual ele decorre. Do ponto de vista coletivo, a questão crucial é: a desigualdade observada reflete essencialmente os talentos,
esforços e valores diferenciados dos indivíduos, ou, ao contrário, ela resulta de um jogo viciado na origem e no processo, de uma
profunda falta de equidade nas condições iniciais de vida, da privação de direitos elementares ou da discriminação racial, sexual, de
gênero ou religiosa?
A condição da família em que uma criança tiver a sorte ou o infortúnio de nascer, um risco comum, a todos, passa a exercer
um papel mais decisivo na definição de seu futuro do que qualquer outra coisa ou escolha que possa fazer no ciclo da vida. A falta de
um mínimo de equidade nas condições iniciais e na capacitação para a vida tolhe a margem de escolha, vicia o jogo distributivo e
envenena os valores da convivência. A igualdade de oportunidades está na origem da emancipação das pessoas. Crianças e jovens
precisam ter a oportunidade de desenvolver seus talentos de modo a ampliar seu leque de escolhas possíveis na vida prática e eleger
seus projetos, apostas e sonhos de realização.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 106)

1. No contexto do primeiro parágrafo, as expressões dotações iniciais de participantes e lisura do processo constituem
(A) as metas mais justas a serem alcançadas por um conveniente processo distributivo das limitadas riquezas disponíveis.
(B) os fatores diretamente condicionantes da possibilidade de haver justiça no processo distributivo das riquezas.
(C) as razões de ser de todo processo de distribuição de riquezas que premie o talento inato dos mais competentes.
(D) um objetivo idealista cuja aparência de justiça se apaga quando competidores aproveitam mal oportunidades iguais.
(E) as causas ocultas da distribuição de riquezas que acaba por não fazer justiça às habilidades próprias dos indivíduos.

2. Em síntese, depreende-se da leitura do segundo parágrafo que


(A) a condição familiar de origem não tem peso determinante no desenvolvimento das qualidades pessoais de uma criança.
(B) as aspirações e os sonhos das crianças e dos jovens só se formularão quando tiverem alcançado alguma possibilidade de
realização.
(C) a dotação injusta de talentos individuais faz com que não haja equidade ao final do processo de distribuição das riquezas.
(D) a capacitação natural para a vida leva a tornar vicioso o jogo distributivo das riquezas disponíveis em cada ocasião.
(E) as escolhas nas quais se faz justiça aos talentos das crianças e dos jovens tornam-se possíveis com a equidade das
condições iniciais.

3. Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:


o
(A) dotações iniciais dos participantes (1 parágrafo) = licitações originais dos concorrentes.
o
(B) jogo viciado na origem e no processo (1 parágrafo) = processo fraudulento do acaso.
o
(C) falta de um mínimo de equidade (2 parágrafo) = carência de discriminação equivalente.
o
(D) envenena os valores da convivência (2 parágrafo) = corrompe a qualidade do convívio.
o
(E) de modo a ampliar seu leque (2 parágrafo) = por conta da aberta indisponibilidade.

4. Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:


(A) Por mais que se esforcem, tem gente que não consegue obter sucesso em face dos vícios e da falta de oportunidade que
o determinam.
(B) O autor do texto está convicto sobre o papel que desempenha no futuro de cada indivíduo as condições de seu
nascimento.
(C) Argumenta-se no texto que a equidade de oportunidades é um fator determinante para uma justa distribuição das riquezas.
(D) A menos que houvessem mais oportunidades para que cada indivíduo desenvolva seu talento, não ocorrerá justiça no
processo.
(E) Aos sonhos e aspirações das crianças e dos jovens devem corresponder sua realização, para que não se frustrem seu
desenvolvimento.

5. No emprego das formas verbais, são regulares a flexão e a concordância na frase:


(A) Se não se contiverem os vícios do processo de distribuição das riquezas, ele seguirá sendo envenenado pelas mesmas
injustiças.
(B) Caso não se retenhem seus pecados de origem, a distribuição de riquezas não alcançará os objetivos da justiça que se
desejam fazer.
(C) Como eles não requiseram maior igualdade de oportunidades, viram-se prejudicados pelo processo a que se deram um
referendo.
(D) Se ninguém se dispuser a mudar esse processo, ou vir pelo menos a reavaliá-lo, não se fará justiça quanto às riquezas a
se distribuir.
(E) À medida que se recomporem as condições iniciais do processo, será maior a possibilidade de se atenderem a cada um
de seus ideais.
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Caderno de Prova ’B07’, Tipo 001 000000−PG03
Atenção: Para responder às questões de números 6 a 10, baseie-se no texto abaixo.

O século XX, Era dos Extremos

O século XX deixou um legado inegável de questões e impasses. Para o grande historiador Eric Hobsbawm, neste livro Era
dos Extremos − o breve século XX − 1914-1991, esse século foi breve e extremado: sua história e suas possibilidades edificaram-se
sobre catástrofes, incertezas e crises, decompondo o que fora construído no longo século XIX.
Hobsbawm divide a história do século XX em três “eras”. A primeira, “da catástrofe”, é marcada pelas duas grandes guerras,
pelas ondas de revolução global em que o sistema político e econômico da URSS surgia como alternativa histórica para o capitalismo
e pela virulência da crise econômica de 1929. Também nesse período os fascismos e o descrédito das democracias liberais surgem
como proposta mundial.
A segunda “era” são os anos dourados das décadas de 1950 e 1960 que, em sua paz congelada, viram a viabilização e a
estabilização do capitalismo, responsável pela promoção de uma extraordinária expansão econômica e profundas transformações
sociais.
Por fim, entre 1970 e 1991, dá-se o “desmoronamento” final, em que caem por terra os sistemas institucionais que previnem e
limitam o barbarismo contemporâneo, dando lugar à brutalização da política e à irresponsabilidade teórica da ortodoxia econômica,
abrindo as portas para um futuro incerto.
(Adaptado da “orelha”, sem indicação autoral, do livro de Eric Hobsbawm acima referido, editado em São Paulo pela Companhia das Letras,
em 1995)

6. Ao constituir uma visão geral do século XX, que considera breve e extremado, o historiador Eric Hobsbawm
(A) salienta a importância que tiveram as metas o século XIX para a consecução dos objetivos alcançados no século
seguinte.
(B) leva em conta, como critério fundamental para essa divisão a emancipação política desfrutada pelas classes trabalhadoras
de diferentes países.
(C) faz reconhecer uma desconstrução geral e radical das expectativas e dos ideais gerados no decorrer do longo século XIX.
(D) aponta como único saldo positivo a oportuna emergência do moderno liberalismo econômico, já ao final da década de 1920.
(E) salienta a importância que alcançaram as décadas de 1950 e 1960, nas quais se efetivou o descrédito das democracias
liberais.

7. Estabelecem entre si uma relação de causa e efeito, nessa ordem, os seguintes segmentos:
o
(A) deixou um legado inegável / decompondo o que fora construído (1 parágrafo).
o
(B) alternativa histórica para o capitalismo / virulência da crise econômica (2 parágrafo).
o
(C) ondas de revolução global / a história do século XX em três “eras” (2 parágrafo).
o
(D) a segunda era são os anos dourados / paz congelada (3 parágrafo).
o
(E) caem por terra os sistemas institucionais / barbárie da política (4 parágrafo).

8. Entre 1970 e 1991 dá-se o desmoronamento final em que caem por terra os sistemas institucionais que previnem e limitam o
barbarismo contemporâneo.
A frase acima permanecerá coerente, coesa e correta caso se substitua o segmento
(A) dá-se o desmoronamento por propiscia-se a ruína.
(B) em que caem por terra por em cujo se solapam.
(C) desmoronamento final em que caem por desvirtuamento fatal aonde submergem.
(D) sistemas institucionais que previnem por instituições estruturadas que premunem.
(E) limitam o barbarismo contemporâneo por fazem fronteira com a atual barbárie.

9. Há forma verbal na voz passiva e adequada articulação entre os tempos e os modos verbais na frase:
(A) Foi-nos legado do século XX um conjunto de desmoronamentos sociais que não fizeram jus às expectativas que criara o
século XIX.
(B) Ficamos desconcertados quando nos deparássemos com as promessas que o longo século XIX deixava abertas para o
século seguinte.
(C) Era de se esperar que ao menos algumas das expectativas criadas pelo século XIX venham a concretizar-se no século
passado.
(D) Fossem menos otimistas as expectativas criadas pelo século XIX, possivelmente hoje não estejamos a lamentar todo o
seu desmoronamento.
(E) Ainda que os homens do século XX viessem a cumprir algumas das metas projetadas no século XIX, não impedirão o
advento da barbárie.

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000000−PG04 Caderno de Prova ’B07’, Tipo 001
10. É inegável que o século XX deixou-nos um legado de impasses, a gravidade desses impasses se faz sentir até hoje, uma vez
que não solucionamos esses impasses nem mesmo amenizamos as consequências desses impasses.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:
(A) em cuja gravidade − lhes solucionamos − suas consequências
(B) cuja gravidade − os solucionamos − suas consequências
(C) da qual gravidade − solucionamo-los − as consequências dos mesmos
(D) onde a gravidade − lhes solucionamos − as próprias consequências
(E) a gravidade de cujos − os solucionamos − as consequências em si mesmas

Raciocínio Lógico-Matemático
11. Um reservatório de água estava completamente cheio quando passou a perder água a um ritmo constante. Após 30 dias, o
volume de água no reservatório correspondia a 2/3 da capacidade máxima. Contando a partir do momento em que o reservatório
estava cheio, o tempo necessário para que o volume de água atinja a marca de 10% da capacidade máxima do reservatório é
(A) 81 dias.
(B) 60 dias.
(C) 270 dias.
(D) 45 dias.
(E) 171 dias.

12. Em um circo, todo trapezista é também malabarista. Sabendo que, nesse circo, se um artista é contorcionista e não é equi-
librista, então ele não é malabarista, é correto concluir que se um artista é trapezista, então ele
(A) não é contorcionista nem equilibrista.
(B) não é malabarista.
(C) é equilibrista ou não é contorcionista.
(D) é equilibrista ou contorcionista.
(E) é malabarista e não é equilibrista.

13. Em um determinado estado, 30% dos domicílios estão na zona rural e os demais, em zonas urbanas. Sabe-se que apenas 80%
dos municípios nesse estado têm agências bancárias. Sabendo que exatamente metade dos municípios na zona rural têm
agências bancárias, a porcentagem de municípios nas zonas urbanas sem agências bancárias em relação ao total de municípios
nesse estado é
(A) 2,5%
(B) 0,5%
(C) 1%
(D) 0,1%
(E) 5%

14. Há 51 pessoas em uma fila. Algumas pessoas dessa fila serão sorteadas. O menor número de pessoas que devem ser
sorteadas para garantir que dentre elas haja pelo menos duas que são vizinhas na fila é
(A) 25
(B) 27
(C) 24
(D) 26
(E) 28

Geografia e História do Amapá

Atenção: As questões de números 15 a 17 referem-se à Geografia do Amapá.

15. Município mais extenso do estado também se destaca como o terceiro mais populoso e o terceiro maior Produto Interno Bruto
(PIB) do Amapá. Trata-se de
(A) Calçoene.
(B) Mazagão.
(C) Santana.
(D) Laranjal do Jari.
(E) Vitória do Jari.
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Caderno de Prova ’B07’, Tipo 001 000000−PG05
16. O conjunto de características físicas da porção oeste do Amapá é:
(A) predomínio de terrenos recentes que dão origem a tabuleiros de baixas altitudes cortados por rios com meandros e grande
volume de água.
(B) formação geológica antiga de escudos cristalinos em planaltos erodidos que abrigam inúmeras nascentes de rios; é área
menos chuvosa do estado.
(C) existência de importantes jazidas minerais em terrenos recentes, com baixa altitude; área florestal que se beneficia de
precipitações anuais acima de 2.800 mm.
(D) predomínio de terras baixas inundáveis nas cheias periódicas; floresta ombrófila com grande biodiversidade que garante
clima super úmido.
(E) superfície ondulada cortada por rios com forte ação erosiva; a presença de terrenos antigos torna os solos pobres com
fraca aptidão para a agricultura.

17. Considere o gráfico abaixo.


Amapá: Evolução da área plantada de X e Y (2013-2018)

(Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ap/pesquisa/14/10193)

Os produtos agrícolas X e Y são, respectivamente,


(A) arroz e mandioca.
(B) milho e arroz.
(C) soja e arroz.
(D) cana-de-açúcar e milho.
(E) mandioca e soja.

Atenção: As questões de números 18 a 20 referem-se à História do Amapá.

18. As relações entre Amapá e Guiana Francesa foram permeadas por tensões que, no século XX, ocorreram quando
(A) a França foi ocupada pelos nazistas e os Estados Unidos construíram uma Base aérea no Amapá, durante a II Guerra
Mundial.
(B) o Brasil ocupou a Guiana Francesa, sob as ordens do Barão do Rio Branco, no contexto da anexação do Acre.
(C) a ponte sobre o rio Oiapoque foi construída pelo governo brasileiro, sem o consentimento da Guiana Francesa.
(D) a Guiana Francesa foi proibida pelo governo brasileiro de praticar a pesca e a navegação no rio Oiapoque.
(E) o Amapá tornou-se um estado brasileiro, justamente em um momento em que a França negociava a sua anexação à Guiana.

19. Conforme a Constituição Federal de 1967, durante o período do regime militar, o governo do território do Amapá deveria ser
constituído por
(A) uma junta militar nomeada pela alta cúpula das Forças Armadas.
(B) um representante eleito, no Pará, por meio de eleições indiretas.
(C) um governador nomeado pelo Presidente da República, depois de aprovado pelo Senado.
(D) um interventor federal indicado pelo Ministério do Interior.
(E) um general escolhido pela Assembleia estadual e referendado pelo Congresso nacional.

20. Antes da criação do Território Federal do Amapá, houve tentativas de criação de uma província separada do Grão Pará, com
sede administrativa em Macapá, tal como a proposta de
(A) associação do Amapá à Guiana Francesa e ao Suriname, numa confederação governada pelos brasileiros a partir da
capital amapaense e em regime republicano.
(B) fusão do Amapá com Roraima e o norte do Pará, de modo a criar um estado compatível, em área, aos tamanhos com que
ficariam o Pará e o Amazonas.
(C) fundação de uma província desvinculada da Região Norte, idealizada pelo Barão do Rio Branco, cuja administração se
daria tal como a estabelecida no Acre.
(D) criação da Província de Oiapókya, pelo deputado Cândido Mendes, porém rejeitada pela Assembleia Geral do Império do
Brasil.
(E) vinculação do Amapá ao Maranhão, considerando as rotas comerciais marítimas existentes e as afinidades políticas entre
as elites das duas localidades, na época do Império.
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23. Considerando os princípios que regem a Administração
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Pública, de acordo com o princípio da:
Atenção: As questões de números 21 a 25 referem-se a Noções I. Indisponibilidade do interesse público, os interesses
de Direito Administrativo e de Administração Pública.
públicos não se encontram à livre disposição do
Administrador público.
21. De acordo com a Constituição do Estado do Amapá, o
Tribunal de Contas II. Supremacia do interesse público, a Administração
Pública está sempre acima dos direitos e garantias
(A) assinalará prazo, quando constatada ilegalidade, individuais.
para que o órgão adote as providências necessárias
ao exato cumprimento da lei, não podendo, porém,
III. Segurança jurídica, deve ser prestada a assistência
sustar a execução do ato impugnado, caso não jurídica integral e gratuita aos que comprovem
atendido, devendo comunicar o descumprimento ao insuficiência de recursos.
Ministério Público para as medidas cabíveis. IV. Continuidade do serviço público, o serviço público,
(B) é competente para negar a aplicação de lei ou ato atendendo a necessidades essenciais da coleti-
normativo considerado inconstitucional que tenha vidade, como regra, não deve parar.
reflexo no erário federal, estadual ou municipal, Está correto o que se afirma APENAS em
incumbindo-lhe, no prazo de sessenta dias, justificar
a ilegalidade, devendo, ainda, propor à Assembleia (A) II e III.
Legislativa a arguição de inconstitucionalidade. (B) I e II.
(C) é integrado por sete Conselheiros, nomeados dentre (C) III e IV.
os brasileiros que tenham notórios conhecimentos (D) I e IV.
jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros, tem (E) II e IV.
sede no Estado, não tem autonomia financeira, mas
tem quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo _________________________________________________________
o território estadual. 24. Se o Poder Judiciário, no exercício do controle judicial,
(D) é integrado por sete Conselheiros escolhidos pelo considerar ilegal determinado ato discricionário praticado
Governador do Estado, com aprovação do Tribunal de pelo Poder Executivo,
Justiça, que terão as mesmas garantias, prerrogativas, (A) poderá anulá-lo, inclusive se o considerar apenas in-
impedimentos, vencimentos e vantagens dos Desem- conveniente ou inoportuno, aferindo seu mérito, des-
bargadores do Tribunal de Justiça do Estado. de que mediante provocação de interessado ou legi-
(E) é competente para editar acórdãos, atos, resoluções e timado, não podendo nenhuma lesão a direito ser
pareceres prévios, no âmbito de suas atribuições e excluída do Poder Judiciário.
competências, para o completo desempenho do con- (B) poderá revogá-lo, pois o Poder Judiciário realiza o
trole externo, os quais deverão ser cumpridos pelas
controle, no exercício da sua atividade jurisdicional,
administrações estadual e municipais, sob pena de
sobre os atos administrativos editados, no exercício
responsabilidade, bem como para o seu regular fun-
de função administrativa, pelo Poder Executivo.
cionamento.
_________________________________________________________ (C) não poderá revogá-lo, sendo possível, entretanto,
que o Poder Judiciário revogue ato administrativo
22. Quanto à discricionariedade ou vinculação dos atos admi-
discricionário válido por ele mesmo praticado, em
nistrativos, é correto afirmar:
sua função atípica administrativa, atuando como
(A) Quanto ao ato vinculado, o administrador público goza administração.
de certo poder para praticá-lo ou não, havendo pos-
(D) não poderá anulá-lo, pois não se admite análise do
sibilidade de opção para sua atuação no caso concre-
to; com relação ao ato discricionário, o administrador ato administrativo pelo Poder Judiciário praticado le-
público pode praticá-lo ainda que não previsto em lei. gitimamente pela Administração, pois os poderes
são independentes e harmônicos entre si, não po-
(B) Pode o regramento jurídico em vigor dar ao admi- dendo haver interferência de um no outro.
nistrador público a possibilidade de opção para sua
atuação no caso concreto sob sua análise, obser- (E) poderá revogá-lo, sendo também possível a revo-
vados, porém, certos limites que esse mesmo regra- gação de ato administrativo discricionário ilegal pelo
mento fornece, caso em que se diz que o ato admi- Poder Judiciário quando praticado por ele mesmo,
nistrativo é discricionário, não sendo totalmente livre. em sua função atípica administrativa, atuando como
administração.
(C) Atos vinculados são aqueles que a administração _________________________________________________________
pratica com certa margem de liberdade de decisão,
admitindo a lei a adoção de diversos comporta- 25. O ato administrativo, à luz da teoria dos motivos deter-
mentos possíveis, a critério do administrador; atos minantes,
discricionários são aqueles que a administração pra- (A) será nulo, se comprovada a não ocorrência da situa-
tica sem qualquer margem de liberdade de decisão. ção exposta, pelo administrador público, na motiva-
(D) Na defesa do interesse público, que se sobrepõe ao ção que o fundamentou.
interesse particular, o sistema jurídico nacional sem- (B) não se vincula à motivação se esta, conquanto ex-
pre confere ao administrador público total liberdade posta pelo administrador público que o pratica, não
de atuação na prática de atos administrativos, sem o era obrigatória.
que a Administração Pública jamais poderia alcançar
o bem comum. (C) vincula-se à motivação exposta na sua fundamenta-
ção apenas quando se tratar de ato discricionário.
(E) Quando à atuação do administrador público na prá-
tica de ato administrativo é imposto algum limite, (D) tem sua eficácia vinculada à motivação exposta na
qualquer que seja, diz-se que o ato é vinculado; sua fundamentação apenas quando se tratar de ato
quando sua atuação não se sujeita senão, apenas, a vinculado.
limites de ordem constitucional ou quando lhe é (E) não exige, quando vinculado, motivação por parte da
permitida a prática de ato não previsto em lei, diz-se autoridade que o pratica, visto que os motivos que o
que o ato é discricionário. determinam já constam da norma legal.
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Caderno de Prova ’B07’, Tipo 001 000000−PG07
26. A compreensão sobre o espaço público é fundamental para avançar na participação e no exercício do controle social. É correto
afirmar que o espaço público
(A) deve ser considerado como algo privativo do Estado e sinônimo de estatal, entendido como oposto ao privado. Além disso,
tem o domínio da burocracia na Administração pública.

(B) compõe esferas democráticas no interior do projeto participativo, em que o Estado e a Sociedade Civil devem ser
concebidos como espaços polares e dicotômicos, de modo a sempre definir estratégias de contraposição.

(C) constitui instâncias deliberativas, reconhecendo os interesses e opiniões na sua diversidade e possibilitam tendência à
igualdade de recursos dos participantes em termos de informação, conhecimento e poder.

(D) configura-se como órgãos estatalmente regulados e monopolizados por atores sociais ou políticos, cujo objetivo central é
construir homogeneidade de pensamento e ações.

(E) organiza instâncias consultivas, em sua maioria vinculadas ao Poder Executivo, onde a representação da sociedade civil
se dá através de convites a indivíduos com alta “visibilidade” na sociedade, sobretudo pelo alcance da mídia.

27. Diante da agudeza da crise econômica e social que atinge o Brasil na atualidade, as Assembleias Legislativas, não podem e não
devem desconsiderar essa realidade. O posicionamento do assistente social com vistas à manutenção do Estado Social,
inaugurado na Constituição Federal de 1988, deve se pautar na

(A) análise das expressões da questão social e dos sistemas de seguridade e proteção, reconhecendo a não imunidade do
Estado Social diante das transformações sociais, assim como a necessidade de propor ampliação do sistema legal de
garantia de direitos.

(B) compreensão de que a proteção dos direitos fundamentais, no que concerne ao seu núcleo essencial em termos de
dignidade, pode se constituir em bandeiras do Legislativo, mesmo que a sua concretização independa da segurança
mínima legal e jurídica.

(C) impossibilidade de ampliação concreta das garantias de direitos sociais na instância legislativa em tempos de crise do
orçamento público, ficando, desse modo, a atribuição de legislar e ampliar a segurança legal dos direitos sociais proibida
em função dos ditames da saúde financeira do Estado.

(D) condição de assistente social, que é seu dever interpretar para o legislador a sustentação teórica do Serviço Social na
perspectiva sistêmica, afim de que ele (deputado estadual) tenha condições de optar por um campo analítico que melhor
desenhe o panorama da realidade social.

(E) atribuição legislativa que tem poder para vencer a crise econômica nessas circunstâncias sem fazer valer as regras de
proibição de retrocesso. Desse modo, a qualquer tempo é possível e recomendável a proposição de leis restritivas de
direitos sociais em nome da adequação do erário público.

28. Foi solicitado ao assistente social um parecer quanto ao projeto de lei estadual que regulamenta a política de assistência social
no Estado. O conteúdo instrutivo, no que concerne ao financiamento do SUAS (Sistema Único de Assistência Social), conforme
o disposto na Norma Operacional Básica/2012, deve incluir:

I. a destinação de recursos financeiros aos municípios, a título de participação no custeio do pagamento dos benefícios
eventuais de que trata o art. 22, da LOAS (Lei Orgânica de Assistência Social), mediante critérios estabelecidos pelo
CEAS (Conselho Estadual de Assistência Social); cofinanciar, por meio de transferência regular e automática, na
modalidade fundo a fundo, os serviços, programas, projetos e benefícios eventuais, e o aprimoramento da gestão, em
âmbito regional e local.

II. o estímulo e apoio técnico e financeiro às associações e consórcios municipais na prestação de serviços de assistência
social; garantir condições financeiras, materiais e estruturais para o funcionamento efetivo da CIB (Comissão Intergesto-
res Bipartite) e do CEAS (Conselho Estadual de Assistência Social).

III. o apoio técnico e financeiro aos municípios na implantação e na organização: de serviços, programas, projetos e
benefícios socioassistenciais; na gestão do SUAS, Cadastro Único e Programa Bolsa Família; e na implantação da vigi-
lância socioassistencial.

Está correto o que se afirma em

(A) I e II, apenas.

(B) III, apenas.

(C) I e III, apenas.

(D) II e III, apenas.

(E) I, II e III.
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000000−PG08 Caderno de Prova ’B07’, Tipo 001
29. O presidente da Assembleia Legislativa, com o objetivo de subsidiar uma audiência pública, solicitou, ao assistente social, um
estudo sobre a realidade social e a oferta dos serviços nas políticas sociais com a utilização de indicadores sociais. Esses
indicadores devem incluir
(A) a construção de dados empíricos e acadêmicos que precisam ser definidos diferentemente a cada momento da pesquisa.
Desse modo, um mesmo indicador social não pode subsidiar a leitura da realidade social e da gestão, assim como não
necessita, guardar simetria entre os diferentes temas a serem pesquisados.
(B) a capacidade de subsidiar as atividades de planejamento público e da formulação de políticas sociais nas diferentes
esferas de governo, possibilitando o monitoramento das condições de vida e bem-estar da população por parte do Poder
Público e da sociedade civil e, ainda, permitindo o aprofundamento da investigação sobre a mudança social e os
determinantes dos diferentes fenômenos sociais.
(C) a aglutinação de dados referentes à renda, à empregabilidade e à escolaridade. No entanto, esses dados não podem ser
agrupados como um índice de vulnerabilidade social, pois, no Brasil, só são plausíveis os índices produzidos pelo censo
demográfico, realizado a cada 10 anos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
(D) o uso de dados empíricos quantitativos que só podem ser considerados quando associados a uma dada teoria social e
com finalidade específica e, por isso, nem sempre são usados para a gestão de políticas públicas, sobretudo nas áreas de
saúde, educação e assistência social.
(E) pesquisas com capacidade de uso imediato e subsidiário do planejamento de políticas públicas. No entanto, os dados
produzidos nessa modalidade não contribuem para mensurar os níveis de desigualdade social e não podem estar
disponíveis para uso em outro processo de planejamento.

30. O Serviço Social, enquanto profissão, tem sido desenhado, ao longo de sua história, por diferentes matrizes teórico-
-metodológicas. A partir dos anos 1980, a matriz crítica reconhece a “mediação” como importante categoria de compreensão do
ser social. Sobre esse aspecto é correto afirmar:
(A) As relações sociais não são mediatizadas pelas instituições e situações porque o “Ser Social” é entendido como ser de
relações e, nesse sentido, a mediação sempre indica a relação entre o profissional e o usuário dos serviços.
(B) Os fatos, os dados e os indicadores estão sempre descortinados e por si só, já são considerados fundamentos últimos do
horizonte analítico, colocando a mediação como mais um dentre os elementos que obscurecem a leitura da realidade.
(C) A mediação compõe um conjunto de outras categorias de um conhecimento que alcança a realidade social com sua
perspectiva dialética e contraditória, reconhecendo a totalidade e as relações sociais configuradas na sociedade capitalista.
(D) A mediação, assim como a totalidade, mesmo utilizadas como categorias que transcendem o senso comum, não podem
ser consideradas como dinâmicas e em constante construção social.
(E) O uso da categoria analítica da mediação foi adotado pelo Serviço Social como forma de explicação da relação Estado e
sociedade civil, para identificar o caráter conservador da ação profissional e jamais posta em questão no âmbito da prática
profissional.

31. Para compreender as transformações do mundo do trabalho se faz necessário circunscrevê-las na dinâmica do capitalismo.
Sobre essa relação capital/trabalho, Marilda Iamamoto, em seu livro Trabalho e Indivíduo Social (2001), afirma que
(A) na sociedade do capital, a forma mercantil torna-se necessária e geral dos produtos do trabalho, das condições de trabalho
e dos meios de vida.
(B) o regime econômico sob a égide do capital não imputa constrangimento ao trabalhador na venda de sua força de trabalho
e à sua corporalidade física e mental.
(C) o pressuposto do capital é o trabalho escravo, sem a aquisição da condição do trabalho livre.
(D) a forma assumida pela sociedade do trabalho abstrato impossibilitou o aparecimento da sociedade fundada no descen-
tramento da categoria trabalho.
(E) a obtenção dos meios de vida não depende do conjunto de mediações sociais, cujo controle está totalmente garantido
pelos indivíduos produtores.

32. A ação profissional do assistente social deve se pautar por princípios e pelo arcabouço teórico-metodológico que orienta sua
formação. Sendo assim, é fundamental considerar que a profissão
(A) se coloca na relação Estado e sociedade civil numa perspectiva de mediação de conflitos oriundos de posicionamentos
éticos, religiosos e morais e, o fazer profissional deve reconhecer a neutralidade axiológica para que não incorra em
tendência politizadora e dominadora na relação com os usuários das políticas sociais.
(B) reconhece a luta de classes e o seu antagonismo histórico do modo de produção capitalista, com a ampliação progressiva
de desigualdades, e se posiciona coletivamente no sentido de estimular o fortalecimento da classe trabalhadora, orientada
pela perspectiva de novas formas de sociabilidade, por meio das quais seja possível a efetiva superação dessas
desigualdades.
(C) camufla o real compromisso do Serviço Social com a sociedade que se pauta pela construção de espaços de pacificação e
homogeneização de posicionamentos em relação ao bem comum de toda a sociedade, ao adotar uma compreensão de
sociedade de classes.
(D) vem se constituindo como um coletivo que opera as políticas sociais que são resultantes do modelo econômico mer-
o
cantilista, adotado no 3 quartil da década de 70, para responder às demandas da crise do capitalismo, instaurada com o
colapso do petróleo, induzindo os estados nacionais à adoção de medidas paliativas de proteção.
(E) deve abordar a questão social entendendo-a como resultante das mazelas da sociedade e seu enfrentamento se
estabelece a partir do estímulo às ações individuais que buscam alternativas para a inserção no mundo do trabalho formal,
sem o incentivo a benefícios, pois estes podem gerar profunda dependência nos usuários das políticas sociais, a exemplo
das medidas adotadas no Brasil a partir do início dos anos 2000.

8 ALEAP-An.Leg.-AA-Assist.Social-B07
Caderno de Prova ’B07’, Tipo 001 000000−PG09
33. A Assembleia Legislativa recebeu uma denúncia sobre a degradação do meio ambiente no estado do Amapá. Para a análise da
situação foi constituída uma equipe interdisciplinar com o objetivo de elaborar um parecer sobre a matéria. O posicionamento da
equipe deve se pautar pela seguinte diretriz:

(A) A preservação da diversidade e da integralidade do patrimônio genético do país deve ser fiscalizada exclusivamente pelo
Poder Público, pois a estruturação administrativa do Estado Brasileiro define que, dentre suas funções precípuas e de
exclusividade estatal, se encontram o monitoramento e a avaliação.

o
(B) Há a necessidade de instalação da Comissão Técnica Estadual de Biossegurança conforme Lei n 11.105/2005 que, ao
regulamentar a formação dessa comissão, exige a presença obrigatória de um membro do Poder Legislativo, tendo a
função de propor soluções para os fenômenos de degradação.

(C) Deve-se promover o manejo do uso tecnológico da natureza com flexibilização das regras ambientais para ampliar a
produção agrícola e pecuária, para que se possa produzir e alcançar parcela maior da população, considerando o bem-
estar das gerações futuras, em detrimento da condição de sustentabilidade do presente.

(D) O disposto no artigo 225 da Constituição Federal de 1988: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

(E) Caberá à Assembleia Legislativa implantar o serviço voluntário em unidades de conservação, adotando as medidas
necessárias à efetiva preservação do meio ambiente e, através do voluntariado, desenvolver a educação nesse campo no
o
âmbito das escolas, conforme o disposto no Decreto n 4.519/2002, que regulamenta o serviço voluntário.

34. Entre as atribuições do assistente social na Assembleia Legislativa encontram-se as de elaborar, executar e avaliar planos,
programas e projetos que estejam no âmbito de atuação do Serviço Social. Segundo Myriam Veras Baptista, em seu livro Plane-
jamento Social (2000), o processo de planejar deve incluir uma análise de alternativas, tendo por base os resultados esperados.
Essas alternativas

(A) resultam da aplicação da previsibilidade e das sequências causais, no entanto nunca será possível controlar as
consequências imediatas, na medida em que o ato de planejar se circunscreve em ações eminentemente técnicas e
operacionais.

(B) devem ser elaboradas a partir de quatro critérios: consequências sociais da ação; economia da ação; operações; e
rendimento político e se referem à natureza técnica e política, pois incidem nas relações de sociedade e como são vividas
pela população.

(C) demarcam diferentes objetivos e sua articulação não pode incidir na proposição de novos cenários e realidades, na medida
em que o planejamento não tem capacidade para produzir fatos e acumular força e poder.

(D) são referentes aos impactos econômicos na execução do Plano como recursos, valores e oportunidades, que, na maioria
das vezes, não necessitam ser postos de forma compatibilizada.

(E) devem compor o campo econômico e as consequências sociais. No entanto, não se deve considerar a dimensão política
porque não se pode medir de forma concreta e mesmo estabelecer, em metas, o nível de incidência nas aspirações da
população.

35. Diante da necessidade de enfrentar o agravamento da pobreza, o Poder Executivo no Amapá, enviou à Assembleia Legislativa
projeto de lei que cria um programa estadual de transferência de renda. Coube, ao assistente social, subsidiar a análise de
mérito desse projeto. Para tanto, deve reconhecer

(A) que essa iniciativa não pode ser adotada, tendo por base a avaliação técnica realizada, em nível nacional, pelo IPEA
(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que indicou a inexistência de resultados positivos em torno da ampliação de
proteção social quando gerida nessa instância federativa.

(B) a inadequação da tramitação do projeto nessa egrégia Casa de Leis, pelo fato de que um programa de transferência de
renda não figuraria no escopo da proteção social estadual, por não estar previsto em nenhuma lei que regulamenta a
seguridade não contributiva no Brasil.

(C) a tramitação desse projeto condicionada ao repasse fundo a fundo (do Fundo Nacional de Assistência Social para o Fundo
Estadual), na medida em que a legislação brasileira só autoriza o uso do erário público em nível federal para programas de
transferência de renda e, neste caso, a autorização ficaria vinculada ao Bolsa Família.

(D) a importância de implantação de programas dessa natureza, pois além de adotarem, de forma primaz, a concepção de que
os cidadãos não são responsáveis individuais por sua pobreza e condição de vulnerabilidade, ainda essa iniciativa estaria
amparada pelas normativas que regulam a política de assistência social no que concerne à segurança de renda.

(E) a insipiência dessa iniciativa, considerando que as avaliações técnicas promovidas pelo governo federal em programas
semelhantes, demonstraram que seus resultados provocaram acomodação das mulheres beneficiárias e, ainda, incentiva
o aumento de número de filhos para a permanência no programa.
ALEAP-An.Leg.-AA-Assist.Social-B07 9
000000−PG10 Caderno de Prova ’B07’, Tipo 001
36. A Constituição Federal de 1988 imprime, nas políticas sociais, diretrizes que enunciam a descentralização, a participação e a
universalização. Dentre essas diretrizes, a universalização de acesso aos serviços tem relação incontornável com a garantia do
direito à saúde e suscita um debate da relação focalização/universalização. Sobre esse tema considere:
I. Universalização como um princípio fundamental do Sistema Único de Saúde com base na Constituição Federal de 1988
onde se pode ler “A saúde é direito de todos e dever do Estado” e o “acesso universal e igualitário às ações e serviços
para sua promoção, proteção e recuperação”. Esta diretriz respondeu à necessidade de romper com o paradigma
histórico de seletividade e da atenção individual e vinculada à inserção dos trabalhadores no mercado formal.

II. Focalização é entendida como ação de concentrar os recursos financeiros disponíveis em uma população definida com
forte determinação do mercado e dos agentes governamentais e multilaterais, como o Banco Mundial e o Fundo
Monetário.

III. Para o caso de proposições como a saúde da população negra definida pela Política Nacional de Saúde Integral da
População Negra − PNSIPN em 2009, pode se dizer que mesmo tendo foco nesse grupo social sua instituição tem como
pressuposto promoção da equidade em saúde e se firma nos princípios e diretrizes da integralidade, equidade,
universalidade.
Está correto o que se afirma em
(A) I e II, apenas.
(B) III, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

37. Um estudo realizado por Karina Nymara Brito Ribeiro (2014), sobre o processo de organização das mulheres dos castanhais,
indica a necessidade de fortalecimento desse tipo de organização. Nessa linha, a atuação profissional do assistente social na
instância legislativa deve contribuir na direção de que
(A) as transformações da situação de vida das mulheres passem pelo reconhecimento histórico de sua posição na sociedade,
no entanto, a trajetória de luta vem comprovando a total inviabilidade de garantir essas transformações, sobretudo na
condição subalterna.
(B) a luta por melhores condições de trabalho, renda e cidadania das mulheres não pode se sobrepor à luta de classes, assim
sendo, como não está suplantada a sociedade de classes, é muito provável de que as organizações de mulheres, tanto no
meio rural como urbano, não logrem êxito de forma continuada e efetiva.
(C) há necessidade de defender o direto à terra, direitos trabalhistas, direito de participação nos espaços de questionamento e
reivindicações, na medida em que, na trajetória de luta e organização das mulheres, tem sido possível questionar o seu
papel, as discrepâncias entre o trabalho masculino e feminino no campo.
(D) dada a controvérsia e as polêmicas que envolvem três aspectos cruciais como o direito à terra; as leis que protegem a
propriedade privada; e o meio ambiente, seria mais prudente, o assistente social, se posicionar pela negação desse debate
na esfera legislativa e indicar a necessidade de, primeiramente, se obter um parecer do Poder Judiciário.
(E) para obter êxito nas bandeiras de lutas há a necessidade de dividir os temas e as estratégias e vencer um de cada vez em
separado. Desse modo, melhor seria que a associação de mulheres agroextrativistas se ocupasse primeiro do trabalho da
terra (plantação de produtos típicos: mandioca, castanha, banana etc.) para que, após vencida essa etapa estabelecessem
as lutas especificamente políticas vinculadas à consciência coletiva.

38. Marilena Chauí, em seu livro intitulado Introdução à História da Filosofia: dos pré-socráticos a Aristóteles (2002), afirma:

Enganam-se, pois, os que supõem que a realidade é tranquila e inerte. Ela é inquieta e móvel, tensa, concordante porque
discordante, e da guerra nasce a ordem ou o cosmo, equilíbrio dinâmico de forças contrárias que coexistem e se sucedem sem
cessar. A unidade do mundo é sua multiplicidade. Tudo é um porque o um é tudo ou todas as coisas.

O pensamento da autora outorga bases para compreender o conceito de interdisciplinaridade considerando


(A) que a interdisciplinaridade possibilita convivência entre os conhecimentos, sendo o lugar onde o uno se torna múltiplo e o
múltiplo, também, volta a ser uno.
(B) que o desemparelhar entre conhecimentos e a não convivência dos saberes contrários são condições imprescindíveis para
o funcionamento do trabalho em equipe.
(C) a construção de um campo de disputa entre os saberes, na medida em que, além de discordantes, são também
antagônicos e sempre com a mesma sobreposição hegemônica de um saber sobre o outro.
(D) a contradição entre os saberes jamais permitirá o desenvolvimento de uma unidade, mesmo na multiplicidade, assim, o
máximo que se pode construir no trabalho profissional será a multidisciplinaridade.
(E) o trabalho interdisciplinar está formatado para reconhecer as diferenças e semelhanças entre os saberes sem disputas por
poder, cujo objetivo comum nasce da capacidade de reconhecer que a multiplicidade da realidade se põe estática.
10 ALEAP-An.Leg.-AA-Assist.Social-B07
Caderno de Prova ’B07’, Tipo 001 000000−PG11
39. Há um projeto de lei em tramitação na Assembleia Legislativa que dispõe sobre a regulamentação da Política Estadual de
Assistência Social e um assistente social foi chamado para avaliar se o referido projeto está em consonância com as normativas
da área. Dessa forma, é correto que conste na regulamentação
(A) como diretriz, que a primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social nos municípios
cabe à esfera estadual.
(B) como princípio, que a assistência social deve ser prestada a quem dela necessitar com exigência de contribuição ou
contrapartida, considerando o seu caráter socioeducativo.
(C) a responsabilidade da esfera estadual no financiamento do Benefício de Prestação Continuada para Pessoas Idosas e
Pessoas com Deficiência e coordenação, junto às esferas municipais, do processo de revisão de dois em dois anos.
(D) a responsabilidade da esfera estadual na organização, coordenação e prestação de serviços regionalizados da proteção
social especial de média e alta complexidade, de acordo com o diagnóstico socioterritorial e os critérios pactuados na
Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e deliberados pelo Conselho Estadual de Assistência Social (CEAS).
(E) a inclusão do financiamento na modalidade de benefícios eventuais, aqueles que são relativos a programas, projetos
vinculados ao campo da saúde (órtese, prótese), da educação (material escolar) e da segurança alimentar (sementes para
horta, cesta de alimentos), considerando que o benefício eventual de auxílio-natalidade e auxílio-funeral, o financiamento é
da responsabilidade da esfera municipal.

40. Diante das novas configurações e demandas que se expressam nos espaços sócio-ocupacionais do assistente social, é correto
afirmar que o trabalho profissional, na perspectiva do projeto ético-político, exige
(A) o fortalecimento do legado conservador do Serviço Social remontando sua origem e reafirmando o significado social da
profissão, que foi criada para contribuir com o desenvolvimento social, por meio da execução de práticas socioeducativas
que conscientizem os usuários sobre a importância de sua adaptação social, devido às constantes mudanças da
sociedade.
(B) desvendar particularidades e especificidades do trabalhador intelectual assalariado, inserido na divisão técnica do trabalho,
uma vez que o trabalho é uma ação isolada, que, num contexto institucional, perde seu caráter social.
(C) a compreensão e o desenvolvimento da prática, restringindo-se à relação dual e individual entre o profissional e os
sujeitos, foco de sua intervenção, aos quais deve prestar os serviços.
(D) ater-se apenas à realização eficiente de rotinas demandadas pela instituição, o cumprimento de tarefas atribuídas e a
reiteração do que já está instituído.
(E) que seja capaz de realizar a apreensão crítica da realidade e do trabalho no contexto dos interesses sociais e da
correlação de forças políticas que os tensionam, com a construção de estratégias coletivas e de alianças políticas que
possam reforçar direitos, na perspectiva de ampliar o protagonismo das classes subalternas na esfera pública.

41. Assistentes sociais convivem cotidianamente com as consequências econômicas, políticas e culturais das transformações
agravadas pela crise, cujos impactos sobre a questão social em suas novas configurações e expressões se revelam nos
espaços institucionais de atuação. Portanto, se constitui como desafio profissional
(A) a necessidade de construir mediações políticas e ideológicas expressas, sobretudo, por ações de resistência e de alianças
estratégicas no jogo da política, em suas múltiplas dimensões, por dentro dos espaços institucionais e, especialmente, no
contexto das lutas sociais.
(B) atuar na melhoria imediata das condições de vida da população pobre, com o objetivo de controlar a pobreza e os
indivíduos, de forma a potencializar e legitimar a ação do Estado.
(C) desenvolver estratégias que potencializem os “ativos” da população pobre, considerando que a responsabilidade da
pobreza tem relação com a “inatividade” dos indivíduos, sem considerar em sua ação profissional os fatores estruturais da
pobreza, que devem ser analisados por outras instâncias.
(D) focalizar o seu trabalho na perspectiva do direito e da cidadania, resgatando a questão da meritocracia que deve ser
atribuída a cada cidadão, levando-se em consideração o princípio da equidade e não da igualdade.
(E) atuar na perspectiva de despolitizar a organização e reivindicação dos movimentos sociais que se constituem como
espaços de interesses, muitas vezes, particulares de um grupo ou de partidos políticos.

42. A Assembleia Legislativa do Amapá foi procurada por uma comunidade tradicional e, um dos documentos citados por seus
integrantes, para reivindicarem o respeito aos seus direitos, foi a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e
Comunidades Tradicionais (PNPCT). Dessa forma, será avaliado se os objetivos preconizados estão sendo concretizados,
dentre os quais garantir
(A) às comunidades tradicionais o acesso aos recursos tecnológicos modernos que possam contribuir para o seu desen-
volvimento sustentável e, assim, deixem de fazer uso dos recursos naturais e métodos tradicionais para a sua reprodução
física, cultural e econômica.
(B) e valorizar as formas tradicionais de educação e fortalecer processos dialógicos como contribuição ao desenvolvimento
próprio de cada povo e comunidade, garantindo a participação e o controle social tanto nos processos de formação
educativos formais, quanto nos não-formais.
(C) o acesso aos serviços de saúde de qualidade, a partir de suas necessidades e demandas, mas sem considerar as
concepções e práticas da medicina tradicional, na medida em que tais práticas podem ferir princípios éticos atuais nos
procedimentos na área da saúde.
(D) o apoio à inclusão produtiva com tecnologias do agronegócio, de forma a contribuir para a mudança do sistema de
organização social dos povos e comunidades tradicionais.
(E) nos programas e ações de inclusão social, a igualdade de condições de acesso com os mesmos critérios para toda a
população e não ter recortes diferenciados que podem se constituir em fatores de discriminação.
ALEAP-An.Leg.-AA-Assist.Social-B07 11
000000−PG12 Caderno de Prova ’B07’, Tipo 001
43. O Estatuto do Idoso é uma lei destinada a regulamentar os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a
60 anos que vivem no Brasil. Nela, há a previsão de determinadas ações que são configuradas como infração administrativa e
que compreendem
(A) a discriminação da pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte,
ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício da cidadania, por motivo de
idade.
(B) o abandono do idoso em hospitais, casas de saúde, entidades de longa permanência ou congêneres, ou não prover suas
necessidades básicas, quando obrigado por lei ou mandado.
(C) o ato do profissional de saúde ou o responsável por estabelecimento de saúde ou instituição de longa permanência deixar
de comunicar à autoridade competente os casos de crimes contra idoso de que tiver conhecimento.
(D) a retenção do cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios, proventos ou pensão do idoso, bem como
qualquer outro documento com objetivo de assegurar recebimento ou ressarcimento de dívida.
(E) a exibição ou veiculação, por qualquer meio de comunicação, de informações ou imagens depreciativas ou injuriosas à
pessoa do idoso.

44. O assistente social foi procurado por alguns conselheiros, representantes dos usuários, do Conselho Estadual da Saúde, que
gostariam de obter informações quanto ao caráter atual desse órgão de participação. Quanto a essa temática, é correto afirmar
que o Conselho é um órgão
(A) facultativo e paralelo à Secretaria Estadual de Saúde (SESA), composto por gestores, prestadores de serviços, traba-
lhadores e usuários, e seu caráter é de aconselhamento para a gestão pública.
(B) autônomo e independente do órgão gestor da saúde estadual, cuja função é dar parecer e emitir sua opinião sobre os
assuntos relacionados à área da saúde, mas não cumpre o papel de tomada de decisões.
(C) permanente e deliberativo sobre a política de saúde, que acompanha sua execução e que atua na perspectiva do controle
social sobre as ações do Estado e define o destino dos recursos públicos para essa área.
(D) subordinado ao órgão gestor da saúde, mas tem o poder de controle e fiscalização sobre os atos emanados pelo Poder
Público, cujas decisões ainda que aprovadas por unanimidade de seus membros não são vinculativas para o executivo
estadual, que pode ou não as adotar.
(E) presidido obrigatoriamente pelo secretário de estado da saúde, criado para examinar e emitir parecer sobre questões ou
problemas relacionados à promoção, proteção e recuperação da saúde para que possam ser encaminhados para
apreciação do governador do estado, que tem responsabilidade jurídica sobre as finanças estaduais.

45. Ao analisar um programa estadual na área habitacional, no que se refere ao acesso à moradia da população negra, conforme as
prerrogativas do Estatuto da Igualdade Racial, será observado que
(A) deve ocorrer a implementação de políticas públicas para assegurar o direito à moradia adequada da população negra que
vive em favelas, cortiços, áreas urbanas subutilizadas, degradadas ou em processo de degradação, a fim de reintegrá-las
à dinâmica urbana e promover melhorias no ambiente e na qualidade de vida.
(B) o direito à moradia deve se restringir ao provimento habitacional, considerando que a legislação em tela é omissa quanto à
viabilização da infraestrutura urbana.
(C) a viabilização da assistência técnica e jurídica para a construção, fica a critério da Secretaria Estadual de Habitação,
condicionada à disponibilidade orçamentária, considerando que não há essa previsão na referida legislação.
(D) é vedada a participação de organizações e movimentos representativos da população negra na composição dos conselhos
constituídos para essa finalidade, para que não haja privilégio, em se tratando de recursos provenientes do Fundo
Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS).
(E) a viabilização de equipamentos comunitários associados à função habitacional é uma responsabilidade que deve recair
sobre a comunidade e não sobre o Poder Público.

46. Conforme o relatório anual “Tendências Globais”, divulgado pela Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados
(ACNUR) em 2017, no mundo, 25,4 milhões de pessoas são refugiadas e 3,1 milhões são pessoas solicitantes de refúgio. Esse
movimento envolve também o Brasil, no qual se percebe que a temática do refúgio se manifesta no cotidiano profissional do
assistente social. Quanto a esse tema é correto afirmar que
(A) a pessoa refugiada, cujo pedido de refúgio estiver sob análise e que posteriormente à solicitação, se tiver conhecimento
que o ingresso no território brasileiro ocorreu de forma irregular, esta deve ser processada.
(B) o solicitante de refúgio recebe um documento denominado “Protocolo de Solicitação de Reconhecimento da Condição de
Refugiado”, instrumento que o autoriza a permanecer no Brasil até a decisão final de seu pedido. Com esse documento, o
solicitante tem acesso à Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) e ao Cadastro de Pessoa Física (CPF).
(C) a assistência jurídica para os refugiados que necessitem desse atendimento deve ocorrer por meio da contratação de um
advogado particular e para aqueles que não têm condições financeiras, esse serviço, no Brasil, deve ser ofertado por uma
Organização Não Governamental (ONG).
(D) a solicitação de refúgio é gratuita, sendo vedada a solicitação diretamente pela pessoa interessada, devendo ser realizada
exclusivamente pela Embaixada do país de origem do refugiado.
(E) a primeira providência a ser tomada quando o refugiado chega ao Brasil, é procurar a Promotoria de Direitos Constitucionais
para solicitar o refúgio. Fica a promotoria responsável por fazer a análise do pedido e expedir um protocolo de permanência
provisório e encaminhar o processo para o juiz, que é a autoridade responsável pelo reconhecimento da condição de refugiado.
12 ALEAP-An.Leg.-AA-Assist.Social-B07
Caderno de Prova ’B07’, Tipo 001 000000−PG13
47. Será realizada uma audiência pública na Assembleia Legislativa para discussão de um projeto de lei que trata da política
estadual de atendimento à criança e ao adolescente. Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente, deve ser considerada
como diretriz dessa política a
(A) municipalização e regionalização do atendimento, conforme a complexidade do caso, mas considerando que a prerrogativa
da gestão é sempre responsabilidade da esfera estadual.
(B) criação do conselho estadual dos direitos da criança e do adolescente como órgão consultivo, assegurada a participação
de crianças, adolescentes, jovens, trabalhadores da área, representantes de prestadores de serviços e do Poder Público.
(C) garantia de recursos orçamentários para a manutenção de programas específicos para a criança e adolescente, observada
a centralização político-administrativa, respeitando os princípios da Administração pública, de legalidade, moralidade,
impessoalidade, finalidade, publicidade, eficiência e razoabilidade.
(D) manutenção do fundo estadual dos direitos da criança e do adolescente vinculado ao respectivo conselho estadual dos
direitos da criança e do adolescente.
(E) garantia de recursos orçamentários para a viabilização da remuneração de membros da sociedade civil que comporão o
conselho estadual dos direitos da criança e do adolescente, já que essa função é considerada, sob os preceitos legais,
como atividade de interesse público.

48. O Sistema Único de Saúde se constitui numa grande conquista para a população brasileira no campo do direito dos cidadãos e
dever do Estado. Ao analisar a Política Estadual de Saúde é necessário verificar se ela cumpre seus princípios, dentre os quais
se destaca
(A) a integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e
curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema.
(B) o caráter de seletividade de acesso aos serviços de saúde nos níveis de baixa, média e alta complexidade, considerando
as especificidades de cada território e os ditames legais.
(C) a organização dos serviços públicos de modo a valorizar a duplicidade de meios para fins idênticos.
(D) a competência da execução direta de ações e serviços de vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, alimentação e
nutrição, saneamento básico e saúde do trabalhador, considerando que a esfera municipal, nessa área, atua em caráter
complementar.
(E) a competência exclusiva da esfera estadual na formação de consórcios administrativos intermunicipais, dada regio-
nalização dos serviços.

49. No trabalho profissional do assistente social na Assembleia Legislativa, uma servidora solicitou esclarecimentos sobre a Lei Maria
da Penha. Com relação à referida lei, foi informado que:
(A) a mulher em situação de violência doméstica tem asseguradas as condições para o exercício efetivo dos direitos à vida, à
segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao tra-
balho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária, e que esta garantia deve
ser de responsabilidade exclusiva do Poder Público.
(B) a violência doméstica e familiar contra a mulher é qualquer ação ou omissão, baseada no gênero, que lhe cause morte,
lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico, e dano moral ou patrimonial, mas dependem da orientação sexual da
mulher.
(C) tratando-se da educação dos dependentes da mulher em situação de violência doméstica e familiar, não há previsão legal
que assegure a prioridade para matriculá-los ou transferi-los em instituição de educação básica mais próxima de seu
domicílio, devendo frequentar a escola em que houver disponibilidade de vaga.
(D) quando houver a necessidade de afastamento da mulher em situação de violência doméstica do local de trabalho, por um
determinado período, o juiz não tem a prerrogativa legal para assegurar esse afastamento, cabendo essa decisão ao
médico perito do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
(E) o juiz, para preservar integridade física e psicológica, assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar o
acesso prioritário à remoção quando servidora pública, integrante da Administração direta ou indireta.

50. Joana, servidora da Assembleia Legislativa, é uma jovem de 18 anos, casada com João, de 21 anos de idade, e tem uma filha,
Alice, com 6 meses de idade. Residem os três em uma casa. No atendimento a essa jovem, o assistente social identificou que a
mesma teria o direito de acessar alguns programas sociais. Nesse sentido, fez orientação para a feitura do Cadastro Único para
Programas Sociais do Governo Federal e esclareceu que
(A) ela não poderá ser a Responsável Familiar (RF) no Cadastro Único, porque a idade mínima exigida é de 21 anos.
(B) é obrigatória a apresentação de todos os documentos de identificação: certidão de nascimento, certidão de casamento,
CPF, carteira de identidade (RG), carteira de trabalho, título de eleitor e comprovante de endereço, de preferência a conta
de luz, para o Responsável Familiar (RF).
(C) há possibilidade de fazer o Cadastro Único mesmo se alguém da família ou se todos integrantes não tiverem documentos. No
entanto, enquanto o Responsável Familiar não apresentar um dos documentos obrigatórios ao entrevistador e um documento
para cada membro da família, o cadastro ficará incompleto e a família não poderá participar de programas sociais.
(D) com a realização do cadastramento terá automaticamente a inclusão em todos os programas sociais inscritos no Cadastro
Único.
(E) deve ocorrer a renovação do Cadastro Único somente de dois em dois anos, independentemente de ocorrer alguma
mudança na situação da família durante esse período.
ALEAP-An.Leg.-AA-Assist.Social-B07 13

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