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PATRICK MACHADO
Palhoça
2017
PATRICK MACHADO
Palhoça
2017
PATRICK MACHADO
______________________________________________________
Professor e orientador Maurício Botelho, MEng.
Universidade do Sul de Santa Catarina
______________________________________________________
Prof. Alessandra Anacleto Wust, MSc.
Universidade do Sul de Santa Catarina
______________________________________________________
Prof. Rafael Orivaldo Lessa, Esp.
Universidade do Sul de Santa Catarina
AGRADECIMENTOS
Agradecimentos aos que me incitam sucesso, os familiares: mãe, Eliete, pai, Sérgio
e irmã, Priscila; e à namorada, Alana. Cada um, na sua maneira, contribuiu para esta conquista.
Agradecimento especial para o meu orientador, Maurício, pela parceria e confiança ao longo
do desenvolvimento deste trabalho.
RESUMO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 12
1.1 PROBLEMÁTICA .......................................................................................................................13
1.2 OBJETIVOS .................................................................................................................................14
1.2.1 Objetivo geral ...........................................................................................................................14
1.2.2 Objetivos específicos ................................................................................................................14
1.3 JUSTIFICATIVA .........................................................................................................................15
1.4 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA ............................................................................................16
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................................................... 17
2.1 PROCESSO ..................................................................................................................................17
2.1.1 Processo de Negócio .................................................................................................................17
2.2 ORGANIZAÇÕES .......................................................................................................................18
2.2.1 Cadeia de valor.........................................................................................................................20
2.2.2 Estrutura organizacional.........................................................................................................21
2.3 BUSINESS PROCESS MANAGEMENT ...................................................................................22
2.3.1 Ciclo de vida do BPM ..............................................................................................................25
2.3.1.1 Planejar ................................................................................................................................... 25
2.3.1.2 Fazer ....................................................................................................................................... 26
2.3.1.3 Verificar ................................................................................................................................. 27
2.3.1.4 Agir ........................................................................................................................................ 28
2.4 BUSINESS PROCESS MODEL AND NOTATION ...................................................................28
2.4.1 Objetos de Fluxo ......................................................................................................................29
2.4.1.1 Evento .................................................................................................................................... 29
2.4.1.2 Atividade ................................................................................................................................ 30
2.4.1.3 Comporta de Caminho ........................................................................................................... 31
2.4.2 Dados .........................................................................................................................................31
2.4.2.1 Objeto de Dados ..................................................................................................................... 32
2.4.2.2 Entrada de Dados ................................................................................................................... 32
2.4.2.3 Saída de Dados ....................................................................................................................... 33
2.4.2.4 Armazenamento de Dados ..................................................................................................... 33
2.4.3 Objetos de Conexão .................................................................................................................33
2.4.3.1 Fluxo de Sequência ................................................................................................................ 34
2.4.3.2 Fluxo de Mensagem ............................................................................................................... 34
2.4.3.3 Associação.............................................................................................................................. 35
2.4.3.4 Associação de Dados.............................................................................................................. 35
2.4.4 Raias ..........................................................................................................................................36
2.4.4.1 Piscina .................................................................................................................................... 36
2.4.4.2 Raia ........................................................................................................................................ 37
2.4.5 Artefatos ...................................................................................................................................37
2.4.5.1 Grupo...................................................................................................................................... 37
2.4.5.2 Anotação ................................................................................................................................ 38
2.5 BUSINESS PROCESS MANAGEMENT SYSTEM ...................................................................38
2.5.1 Modelagem de processos .........................................................................................................39
2.5.2 Workflow ..................................................................................................................................40
2.5.3 Monitoramento.........................................................................................................................41
2.5.4 Indicadores ...............................................................................................................................42
2.5.5 Modelo de dados e formulários ...............................................................................................43
3 MÉTODO....................................................................................................................................... 45
3.1 CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE PESQUISA .......................................................................45
3.2 ATIVIDADES METODOLÓGICAS ...........................................................................................45
3.2.1 Definição dos critérios e características desejadas................................................................46
3.2.2 Levantamento das ferramentas BPMS gratuitas disponíveis ..............................................46
3.2.3 Seleção das ferramentas que serão avaliadas ........................................................................47
3.2.4 Seleção do modelo de processos ..............................................................................................47
3.2.5 Análise das ferramentas selecionadas ....................................................................................47
3.2.6 Descrição dos resultados obtidos ............................................................................................48
3.3 DELIMITAÇÕES .........................................................................................................................48
4 RESULTADOS .............................................................................................................................. 50
4.1 CRITÉRIOS DE SELEÇÃO.........................................................................................................50
4.2 MODELO DE PROCESSOS UTILIZADO .................................................................................51
4.3 LEVANTAMENTO DAS FERRAMENTAS ..............................................................................52
4.4 FERRAMENTAS DESCONSIDERADAS ..................................................................................52
4.4.1 Orchestra ..................................................................................................................................53
4.4.2 Imixs ..........................................................................................................................................54
4.4.3 ProcessMaker ...........................................................................................................................55
4.4.4 Activi .........................................................................................................................................55
4.5 FERRAMENTAS AVALIADAS .................................................................................................56
4.5.1 CAMUNDA ..............................................................................................................................56
4.5.1.1 Prós......................................................................................................................................... 59
4.5.1.2 Contras ................................................................................................................................... 59
4.5.2 JBPM.........................................................................................................................................60
4.5.2.1 Prós......................................................................................................................................... 63
4.5.2.2 Contras ................................................................................................................................... 64
4.5.3 SYDLE BPM ............................................................................................................................64
4.5.3.1 Prós......................................................................................................................................... 68
4.5.3.2 Contras ................................................................................................................................... 69
4.6 DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS ............................................................................................70
5 CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS............................................................................ 75
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 77
APÊNDICES ........................................................................................................................................ 81
APÊNDICE A – CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ........................ 82
12
1 INTRODUÇÃO
1.1 PROBLEMÁTICA
infraestrutura local e capacidade para mais de 100 usuários por R$79.900 ao ano. Considerando
valores de 2016. (SYDLE, 2016).
O custo de uma ferramenta BPMS pode estar fora do orçamento de muitas
empresas. No entanto há opções gratuitas no mercado. Algumas são totalmente gratuitas, como
a Orchestra (ORCHESTRA, 2016), outras, como a ferramenta da Sydle, além das licenças
pagas, oferece uma versão community, com restrições em relação à paga (SYDLE, 2016).
Porém, à exemplo da ferramenta da Sydle, as ferramentas gratuitas tendem a possuir menos
recursos que as ferramentas pagas.
Considerando estas restrições em relação às ferramentas pagas, este trabalho se
propõe a responder a seguinte pergunta: Dentre ferramentas BPMS gratuitas selecionadas, qual
se destaca, com os melhores recursos para utilização no contexto de uma empresa que não esteja
disposta a arcar com os custos de aquisição.
1.2 OBJETIVOS
1.3 JUSTIFICATIVA
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 PROCESSO
2.2 ORGANIZAÇÕES
precisam ser competitivas, ou seja, devem ser mais eficientes que outras empresas que disputam
a preferência dos mesmos clientes. (MAXIMIANO, 2009).
As pessoas podem ser consideradas o principal recurso de uma empresa. Sendo
assim, a maneira como a empresa dispõe as pessoas na sua estrutura organizacional é um dos
fatores críticos para a sua competitividade. A estrutura organizacional representa a autoridade
e as responsabilidades das pessoas na empresa, bem como os canais de comunicação entre os
integrantes. É comum a representação gráfica da estrutura organizacional através organograma,
conforme apresentado na figura 1. (MAXIMIANO, 2009).
Uma empresa deve oferecer benefícios significativos para os seus clientes. Estes
benefícios traduzem-se como valor, que Porter (1989, p. 34) descreve como “[...] o montante
que os compradores estão dispostos a pagar por aquilo que uma empresa lhes fornece”. Sendo
assim, a geração de valor é um fator crítico na competitividade de uma empresa e depende dos
benefícios percebidos pelo cliente para que ele esteja disposto a pagar por algo.
Os benefícios percebidos pelo cliente são resultado da execução de atividades da
empresa, como entrega, qualidade, composição de custo, assim como no emprego de
tecnologia, melhoria de desempenho e até mesmo na responsabilidade com o cliente.
(RAMSAY, 2005 apud VALLE; COSTA, 2011).
Com as atividades da empresa estando relacionadas diretamente à geração de valor,
é importante identificar e gerenciá-las. Uma ferramenta básica para expressar estas atividades,
é a cadeia de valor. A cadeia de valor consiste em uma análise das atividades de valor da
empresa e da relação entre o valor total e o custo da execução destas atividades, denominada
margem. (PORTER, 1989).
A cadeia de valor nos permite visualizar a forma como a organização emprega
recursos humanos, insumos e tecnologias. Para construir esta visão, são expressos em uma
representação gráfica as atividades da empresa. As atividades de valor são divididas em
atividades primárias e atividades de apoio, conforme apresentado na figura 2. Para as atividades
primárias haverão 5 categorias genéricas que podem ser encontradas em qualquer empresa, são
elas: logística interna, operações, logística externa, marketing & vendas e serviço. E para as
atividades de apoio 3 categorias genéricas, sendo: gerencia de recursos humanos,
desenvolvimento de tecnologia e aquisição. Cada atividade de valor identificada é relacionada
na região do diagrama a que se refere a sua categoria. (PORTER, 1989).
21
A busca pela vantagem competitiva para geração de valor é um objetivo cada vez
mais importante e entender uma organização através da Cadeia de Valor oferece benefícios
como “maior integração e interação entre as atividades envolvidas; aumento da margem
operacional; maior potencial das atividades desempenhadas; e aumento da competitividade
organizacional”. (CONTO; BRITTO; SCHNORRENBERGER, 2013, p. 158).
de valor. Para enfatizar a geração de valor, a gestão por processos propõe uma estrutura
processual, que deixa em segundo plano os interesses de cada setor e evidencia a cadeia de
valor, agilizando os processos internos de forma a responder melhor ao mercado. (NETTO,
2006).
A representação gráfica de uma estrutura funcional se dá na orientação vertical,
representando a hierarquia das funções (como o organograma apresentado na figura 1). Já a
representação da estrutura orientada por processos é feita na horizontal, de forma que represente
os processos cruzando as diversas áreas funcionais.
A gestão por processos normalmente mantém a estrutura funcional em paralelo à
estrutura processual. A gerência hierárquica é substituída pelos donos de processos, que operam
com autonomia e responsabilidade sobre cada processo. Neste caso ocorre a representação
matricial da organização, cruzando a estrutura horizontal e vertical. A estrutura matricial varia
entre predominantemente funcional ou predominantemente processual. (MONTEIRO, 2006;
NETTO, 2006; VALLE; COSTA, 2011).
A ABPMP (2013, p. 48) sugere que a essência do BPM está no “[...] gerenciamento
ponta a ponta de processos de negócio e a orquestração controlada de atividades ao longo de
múltiplas funções de negócio [...]”. Esta é a característica que difere o BPM do gerenciamento
funcional tradicional, e por isso na maioria das organizações devem coabitar para se aproveitar
o melhor do que cada uma das perspectivas oferece. Conforme o autor: “Gerenciamento
funcional assegura a criação eficiente das várias partes necessárias para compor produtos e/ou
serviços da organização (visão “de dentro para fora”)”, enquanto: “BPM assegura que o
trabalho seja coordenado através dessas várias funções a fim de entregar produtos e serviços da
forma mais eficaz possível para o cliente (visão “de fora para dentro”)”, logo podem ser
complementares.
A definição de BPM deixa implícito que as organizações bem-sucedidas na sua
implantação, terão a capacidade de gerenciar os processos de negócio de forma eficaz e
eficiente.
Para "ter a capacidade de" gerenciar processos de negócio, uma organização deve
possuir métodos otimizados, pessoas preparadas e tecnologias apropriadas para tal.
Para apresentar uma capacidade de BPM, uma organização deveria incluir processos
que apoiam BPM. Por exemplo, deve ter processos que habilitem:
• Definição e desenho de processos de negócio
• Construção e implementação de processos de negócio
• Monitoramento e controle da execução de processos de negócio.
• Transformação contínua dos processos de negócio ao longo do tempo.
Papéis específicos (pessoas) engajados em BPM. Pode incluir, mas não limitado a:
• Donos de processo, que são responsáveis em última instância pela execução de
processo de negócio de acordo com as expectativas de desempenho definidas para
entrega de valor para o cliente.
• Gerentes de processos, que acompanham e monitoram a execução no dia a dia de
processos de negócio, resolvem conflitos e reportam a situação a donos de processos.
• Arquitetos de processo, que compreendem o inter-relacionamento entre os diversos
processos
• Analistas de processos, que modelam o estado atual de processos (“AS-IS”)
• Designers de processos, que modelam o estado futuro de processos (“TO-BE”)
Tecnologias especializadas para prover suporte a BPM. Essas tecnologias oferecem
funcionalidades para prover suporte a:
• Planejamento de processo de negócio
• Modelagem, análise e desenho de processos de negócio
• Execução de processos de negócio
• Monitoramento de processos de negócio e acompanhamento de desempenho
• Gerenciamento e controle de mudanças em processos de negócio
(ASSOCIATION OF BUSINESS PROCESS MANAGEMENT PROFESSIONALS,
2013, p. 44)
sobre o investimento aos acionistas. Porém, é mais correto afirmar que o objetivo de uma
empresa é gerar valor para os seus clientes. A figura abaixo representa esta relação.
(ASSOCIATION OF BUSINESS PROCESS MANAGEMENT PROFESSIONALS, 2013).
2.3.1.1 Planejar
2.3.1.2 Fazer
2.3.1.3 Verificar
Para medir o desempenho do modelo, deve-se atentar aos dois aspectos da definição
de processos de negócio, o conjunto de atividades, onde se verifica a perspectiva interna e na
perspectiva externa, as saídas de valor para o cliente. Um processo é melhor monitorado
considerando estas duas perspectivas, na perspectiva interna, verifica-se a eficiência das
atividades e na perspectiva externa a eficácia na entrega de valor. (ASSOCIATION OF
BUSINESS PROCESS MANAGEMENT PROFESSIONALS, 2013).
As medições de dentro para fora (perspectiva interna), são baseadas nas operações.
Procurasse responder à pergunta “estamos fazendo certo as coisas?”. Portanto, tratam-se de
métricas de eficiência. Já as medições de fora para dentro (perspectiva externa) referem-se à
visão do cliente, para tentar responder à pergunta “estamos fazendo as coisas certas?”. É comum
monitorar o desempenho do processo através de medidas de tempo, custo, capacidade e
qualidade. (ASSOCIATION OF BUSINESS PROCESS MANAGEMENT
PROFESSIONALS, 2013).
28
2.3.1.4 Agir
É onde deve ser definido ações de acordo com o resultado obtido na fase Verificar.
Busca manter a integridade do processo e garantir que ele possa ser melhorado para atender
novas metas que venham a surgir ao longo do tempo. (ASSOCIATION OF BUSINESS
PROCESS MANAGEMENT PROFESSIONALS, 2013).
Há duas maneiras de atuar sobre os processos. A intervenção em uma instância
específica do processo, corrigindo irregularidades o quanto antes. Assim como as mudanças na
definição e implantação do processo, mudando como as novas instâncias serão executadas no
futuro. (ASSOCIATION OF BUSINESS PROCESS MANAGEMENT PROFESSIONALS,
2013).
Para desenho dos processos de negócio a notação gráfica que vem sendo bastante
utilizada é o BPMN. Almeida Neto (2011, p. 53) confirma: “Por ser uma das técnicas mais
largamente aceitas (e em curto espaço de tempo), devido a sua notoriedade atual, tem sido a
técnica mais discutida e, possivelmente, a mais utilizada [...]”.
A notação consiste em um conjunto robusto de símbolos para atender diferentes
necessidades de utilização. Permitindo “indicação de eventos de início, intermediário e fim;
fluxo de atividades e mensagens [...]”. (ASSOCIATION OF BUSINESS PROCESS
MANAGEMENT PROFESSIONALS, 2013, p. 80).
As principais vantagens do BPMN são o uso difundido nas organizações, a
versatilidade na representação de diversas situações de um processo, e o suporte em ferramentas
BPMS, possibilitando a geração de softwares através do modelo dos processos de negócio. Em
contrapartida a notação exige treinamento e experiência para uso correto do conjunto de
símbolos, o volume de símbolos dificulta a visualização entre diferentes níveis de negócio e a
sua relação com a tecnologia da informação pode inibir o uso pela área de negócios.
(ASSOCIATION OF BUSINESS PROCESS MANAGEMENT PROFESSIONALS, 2013).
29
2.4.1.1 Evento
Os eventos são ocorrências durante o curso de um processo que afetam o seu fluxo.
Normalmente estão associados a uma causa e tem um impacto. Podem aparecer em 3 tipos de
acordo com o momento em que afetam o fluxo. Eventos de início indicam onde um processo
vai começar. Eventos intermediários afetam o fluxo do processo, mas como aparecem entre um
evento de início e um evento de fim, não serão responsáveis por iniciar ou terminar diretamente
o processo. E eventos de fim indicam o término do processo. (OBJECT MANAGEMENT
GROUP, 2011, tradução nossa).
30
2.4.1.2 Atividade
2.4.2 Dados
Uma Saída de Dados é utilizada para demonstrar que um dado poderá ser produzido
na execução de uma Atividade. (OBJECT MANAGEMENT GROUP, 2011, tradução nossa).
longo do processo. Os tipos de Objetos de Conexão são: Fluxo de Sequência (Sequence Flow),
Fluxo de Mensagem (Message Flow), Associação (Association) e Associação de Dados (Data
Association). (OBJECT MANAGEMENT GROUP, 2011, tradução nossa).
2.4.3.3 Associação
2.4.4 Raias
2.4.4.1 Piscina
2.4.4.2 Raia
2.4.5 Artefatos
2.4.5.1 Grupo
2.4.5.2 Anotação
Mecanismo para quem modela o diagrama fornecer informações extras para o leitor
sobre o processo. (OBJECT MANAGEMENT GROUP, 2011, tradução nossa).
usando os dados provenientes do BPMS para medir e melhorar os processos automatizados pela
ferramenta. Isto é, para gerenciar e controlar, é necessário monitorar, medir e avaliar o
desempenho continuamente.
Estas funcionalidades de um BPMS, são representadas conforme a estrutura da
figura 25. Algumas das funcionalidades, que constam na arquitetura do BPMS, serão descritas
nas seções seguintes.
2.5.2 Workflow
2.5.3 Monitoramento
2.5.4 Indicadores
3 MÉTODO
Para a seleção das ferramentas, será realizado uma busca na internet, utilizando os
termos “BPMS”, “BPMS free” e “BPMS gratuito”. Também poderá levar em conta as
ferramentas recomendadas em trabalhos semelhantes de avaliação de ferramentas BPMS.
Neste levantamento, será verificado o material online, como sites, documentação
técnica e manual de usuário, verificando a conformidade com os critérios definidos na primeira
atividade metodológica.
47
Será realizado uma seleção prévia das ferramentas que serão avaliadas. A
quantidade de ferramentas selecionadas será definida em função da capacidade de tempo,
conforme previsão estabelecida no cronograma do projeto.
A seleção das ferramentas será realizada levando em conta o conteúdo verificado
na atividade 2. Junto com o quadro de característica desejadas, definido na atividade 1, será
feito um checklist das características que conforme este material, a ferramenta atende ou não.
Para definir as ferramentas selecionadas, o checklist será ordenado por quantidade de
características atendidas.
3.3 DELIMITAÇÕES
Os itens abaixo não serão analisados neste projeto. Ou seja, não farão parte dos
critérios e características estabelecidos. Apenas casos que ofereçam impedimento na análise de
determinada ferramenta, mesmo que indicados abaixo, serão apontados pelo autor.
1) Não será analisado as características de usabilidade.
2) Não será analisado a performance no tempo de processamento.
3) Não será analisado as características de segurança da ferramenta, por exemplo,
funcionalidades de autenticação de usuários.
49
4 RESULTADOS
4.4.1 Orchestra
Foi utilizado o site da ferramenta para avaliar os critérios. O principal fator que
levou à decisão de descartar esta ferramenta foi quanto ao critério Suporte e manutenção. No
site da ferramenta, verificou-se que o lançamento da última versão do sistema (4.9.0) foi
divulgado no dia 23 de janeiro de 2012, conforme imagens abaixo. (ORCHESTRA, 2017,
tradução nossa)
Entende-se que esta falta de atualização prejudica o usuário, já que o sistema não
evolui para acompanhar o seu desenvolvimento.
4.4.2 Imixs
4.4.3 ProcessMaker
4.4.4 Activi
Sendo assim, este torna-se o fator decisivo que implica no critério “Facilidade de
uso para profissionais de negócio”.
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4.5.1 CAMUNDA
Fonte: https://camunda.org/features/
Por fim, no módulo Admin, é possível gerenciar os usuários que tem acesso ao
sistema, organizando-os em grupos e aplicando os níveis de permissão desejados.
(CAMUNDA, 2017, tradução nossa)
O Camunda, assim como as demais ferramentas BPMS, possui um motor de
processos. Trata-se da estrutura que possibilita a automação de processos, dentre as suas
funcionalidades: controlar a execução das instâncias, salvar as informações em bancos de dados
e realizar conexões com outros softwares. O motor (engine) é apresentado na figura 34, por se
tratar de uma estrutura de baixo nível, pouco percebida diretamente pelo usuário final, não será
descrito as suas funcionalidades.
Na avaliação da ferramenta, pôde-se perceber um alto potencial de personalização,
através de uma equipe de desenvolvimento de software. Esta capacidade se dá em função da
ferramenta ser um projeto de código aberto. Na figura 34, o modelo estrutural da ferramenta
apresenta o elemento Custom application, que justamente propõe utilizar os recursos do
Camunda e construir novas ferramentas para os casos de uso desejados.
4.5.1.1 Prós
4.5.1.2 Contras
4.5.2 JBPM
É uma ferramenta que integra o Red Hat JBoss BPM Suite. Trata-se de um grupo
de 4 ferramentas voltadas para BPM. O projeto é mantido pela Red Hat, uma empresa
completamente voltada para desenvolvedores e construção de software. Assim como os
diversos projetos da empresa, o jBPM é uma ferramenta de código aberto. (RED HAT, 2017,
tradução nossa)
O jBPM pode ser encontrado para download através do site do jBPM. As instruções
para instalação, encontradas no manual de usuário, são pouco detalhadas e dependem também
de conhecimento técnico na área de desenvolvimento de software.
Assim como o Camunda, o jBPM tem módulos para interação direta com o usuário:
Process Designer, Data Modeler, Form Modeler, Process Management, Task Lists e BAM.
Todos os módulos da jBPM são disponibilizados como aplicações web.
O Process Designer, é a ferramenta para modelagem de processos com BPMN.
Oferecida tanto como aplicação web como desktop. Com este módulo o jBPM é capaz de
executar simulações de processos. (jBPM, 2017, tradução nossa)
No Data Modeler, mesmo usuários que não sejam da área de TI, podem visualizar,
editar e criar modelos de dados. Os módulos do jBPM são integrados entre si, desta forma os
módulos Data Modeler e Form Modeler são utilizados para definir os formulários que os
usuários irão interagir. (jBPM, 2017, tradução nossa)
O Form Modeler, conforme mencionado, em conjunto com o Data Modeler,
permite usuários de negócio e de TI, construir os formulários para o usuário final. A ferramenta
possibilita tanto geração automática de formulários como a definição do usuário, possibilitando
personalizar comportamentos da tela e estilos. (jBPM, 2017, tradução nossa)
62
Com o Task List é possível verificar e interagir com todas as tarefas, tanto as
designadas para um determinado usuário como as que ele poderá reivindicar. (jBPM, 2017,
tradução nossa)
63
Core Engine e Human Task Service são os motores de execução, que assim como
no Camunda, são estruturas de baixo nível, que possibilitam a execução do BPMS. O jBPM se
equivale ao Camunda no que diz respeito a personalização, já que é também um projeto de
código aberto.
4.5.2.1 Prós
a) Possibilita de maneira rápida e eficaz trocar a língua do sistema para: Inglês, Alemão,
Espanhol, Francês, Japonês, Português e Chinês (simplificado).
b) A lista de tarefas oferece filtros prontos. E ainda, é possível realizar pesquisas
personalizadas com diversos filtros de forma bastante detalhada e abrangente.
c) Oferece um gerador de dashboards personalizados bem completo. Permite relacionar
dados do BPMS com fontes externas, desde planilhas à outras bases de dados.
64
4.5.2.2 Contras
No módulo Seed, há a lista de tarefas, que assim como nas demais ferramentas, é
onde os usuários finais podem interagir com as tarefas do processo. É possível, pesquisar por
instâncias de processos (Seeds), interagir com os formulários das tarefas e iniciar novos seeds.
4.5.3.1 Prós
4.5.3.2 Contras
Ambiente de usuário
Desenvolvimento
Gestão
Modelagem de processos
25 25 23
Fonte: do autor, 2017.
Por fim, caso não houver a intenção de custear a aquisição de uma ferramenta, mas
a empresa estiver disposta a despender esforço com BPM e implantar um BPMS, resta
alternativas gratuitas que demandem suporte de profissionais de TI. O jBPM e o Camunda são
estas alternativas.
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O objetivo geral deste projeto foi avaliar ferramentas BPMS gratuitas. A partir deste
objetivo, foram definidos 3 objetivos específicos: apresentar o embasamento teórico sobre BPM
e BPMS; definir critérios de avaliação coerentes com o contexto de BPM e BPMS; e avaliar os
resultados obtidos com as ferramentas selecionadas. Norteados pela problemática de empresas
que não estejam dispostas, ou que não possam arcar com os custos de aquisição de uma
ferramenta BPMS.
Para atender ao primeiro objetivo específico, o embasamento teórico foi
apresentado o capítulo 2. Introduzindo conceitos como: processos de negócio, organizações,
cadeia de valor, estruturas organizacionais, BPM, BPMN e BPMS. O tema de BPM e BPMS
está bastante relacionado à área de administração de empresas, portanto, a fundamentação
teórica apresenta conceitos sob este enfoque. Cada conceito será justificado a seguir.
Como base para a fundamentação teórica, foi apresentado os conceitos de processo
e processo de negócio. Para esclarecer a influência dos processos nas empresas, é importante
entender os conceitos de organizações, estrutura organizacional e cadeia de valor. Por fim,
através destes tópicos, pôde ser explorado o BPM e a forma como se alia a tecnologia da
informação com o BPMS. Acredita-se que desta forma, o primeiro objetivo específico foi
alcançado.
Para alcançar o segundo objetivo específico, foram desenvolvidos critérios de
seleção, buscando alinhar-se com a problemática, e limitar a quantidade de ferramentas BPMS
avaliadas. Assim como as características de ferramentas BPMS, apresentadas em forma de
checklist na seção 4.5. Com estes dois elementos, foi possível identificar as ferramentas mais
adequadas para avaliação.
Enfim, para o terceiro objetivo específico, que fecha o objetivo geral, foi feito a
avaliação das ferramentas. Esta avaliação se sucedeu conforme as atividades definidas no
capítulo 3, que se resume à instalação e utilização das ferramentas. Nesta etapa, foi construído
os insumos para avaliar as ferramentas. Oferecendo o descritivo das ferramentas, prós e contras,
e o quadro comparativo das características atendidas por cada uma das 3 ferramentas.
É através desses insumos que foi apresentado as impressões do autor sobre as
ferramentas. Pôde se perceber que uma das ferramentas, ainda que com as suas limitações,
ofereceu a proposta mais adequada para a problemática discutida. Foi o caso da ferramenta
76
Sydle BPM, que se mostrou prática e direcionada para usuários com menos conhecimento
técnico em tecnologia da informação.
Ainda que mais distantes do enfoque apresentado, as outras duas ferramentas
apresentadas ofereceram uma gama compatível de características e funcionalidades. Houve o
caso da ferramenta jBPM, que ofereceu o maior volume de características, mas apresentou
dificuldades de utilização. Espera-se que através de uma equipe de desenvolvimento de
software, o jBPM possa propiciar grande potencial para implantação de um BPMS. Por sua vez,
a ferramenta Camunda, assim como a jBPM, oferece diversas características desejáveis para
um BPMS, mas, também depende de uma equipe de TI para desfrutar de todos os seus recursos.
É importante ressaltar, que sobre conhecimento de TI, está relacionado tanto ao
entendimento sobre a modelagem de processos, quanto ao conhecimento de desenvolvimento
de software, que foi enfatizado anteriormente. Portanto, nenhuma das 3 ferramentas dispensa o
conhecimento técnico de desenvolvimento de software, há apenas maior dependência ou não.
E de forma alguma se dispensa o conhecimento sobre modelagem de processos.
Os resultados obtidos, fazem-se suficientes para responder à pergunta de pesquisa
do projeto. Sendo então, foi possível identificar ferramentas BPMS gratuitas para empresas que
não estejam dispostas a arcar com os custos de aquisição, ainda que sob restrições, mas, que já
eram esperadas.
Há diversas alternativas de trabalhos futuros para estender os resultados obtidos
com este projeto. A aplicação de um BPMS gratuito em um estudo de caso, permitindo validar
as questões a respeito de efetividade e eficiência destas ferramentas. E ainda, possibilitando
complementar este projeto através dos dados sobre os custos de implantação de um BPMS
gratuito. Pode ser trabalhado também, a comparação a respeito dos custos de implantação de
uma ferramenta paga em relação aos custos de implantação de uma ferramenta gratuita.
Ainda sobre os trabalhos futuros, pode ser explorado uma das delimitações
impostas neste projeto, que se refere à análise das funcionalidades de integração do BPMS.
Conforme a fundamentação teórica, pôde-se perceber que essa integração favorece a
implantação do BPMS juntamente dos demais sistemas de informação da empresa. Logo, este
tópico possibilita estudos de caso a respeito da aplicação do BPMS integrado aos demais
sistemas de uma empresa.
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APÊNDICES
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