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@heronLemos_

DICA DE PROVA

A Arquivologia, também conhecida como Arquivística, é a disciplina


que estuda as funções dos arquivos e seus documentos. Então cabe à
Arquivologia, ou Arquivística, estudar os princípios e técnicas a serem
observados na produção, organização, guarda, preservação e
utilização dos arquivos e seus documentos: suas atividades, seus
processos, seus usuários, suas ferramentas, enfim, tudo o que se
refere aos depósitos de documentos funcionais.

Arquivologia é uma ciência

Conceito de Arquivo :

A palavra arquivo é um termo polissêmico(vários sentidos), com


quatro significados. São eles:

1º - Conjunto de documentos produzidos ou recebidos por uma


entidade no decorrer de suas funções; Conceito de Arquivo

2º - Móvel destinado à guarda desses documentos (armário, estante,


etc);

3º - Edifício, ou parte dele (sala, andar) destinado à guarda de


documentos;

4º - Unidade administrativa, prevista em organograma institucional,


com a responsabilidade de gerenciar e guardar documentos (setor de
arquivo, divisão de arquivo, etc).

Para a Lei nº 8.159/1991 – que dispõe sobre a política nacional de


arquivos públicos e privados:

Art. 2º Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei, os conjuntos


de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos,
instituições de caráter público e entidades privadas, em decorrência
do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física,
qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos
documentos.

Arquivo Privado
Arquivo

- Conjunto de documentos (Informação + suporte)

- Produzido e recebido (Atividade do Protocolo)

Gestão do documento

- É uma atividade específica (aspectos fins do órgão)

Administrativa / Funcional

- Entidade Pública e Privada

O manual de Arquivologia publicado pela Direção dos Arquivos de


França, em conjunto com a Associação dos Arquivistas Franceses
define arquivos como sendo “o conjunto de documentos, de qualquer
natureza, que qualquer corpo administrativo, qualquer pessoa física
ou jurídica, tenha automática e organicamente reunido, em razão
mesmo de suas funções e atividades” (1970, p. 23)

Arquivo --> Atividade específica

Estrutura

Função Organicidade Funções

Atividades

FINALIDADE DO ARQUIVOS

Podemos destacar como finalidades do arquivo:

1 – Guarda dos documentos que circulam na instituição, utilizando


para isso técnicas que permitam um arquivamento ordenado e
eficiente;

2 – Garantir a preservação dos documentos, utilizando formas


adequadas de acondicionamento, levando em consideração
temperatura, umidade e demais aspectos que possam danificar os
mesmos;
3 – Atendimento aos pedidos de consulta e desarquivamento de
documentos pelos diversos setores da instituição, de forma a atender
rapidamente à demanda pelas informações ali depositadas;

Além destas funções principais podemos destacar outras, de relativa


importância, como a expedição da correspondência, criação dos
modelos para documentos e criação das normas de gestão
documental da instituição.

CARACTERÍSTICAS BÁSICAS QUE DISTINGUEM OS


ARQUIVOS (PROVA)

− Exclusividade de criação e recepção por uma repartição, firma ou


instituição. Não se considera arquivo uma coleção de manuscritos
históricos, reunidos por uma pessoa.

A PF cria documentos de atividades específicas. (Ligadas a atribuição)

A PRF cria documentos de atividades específicas. (Ligadas a


atribuição)

Arquivo <> Museu

− Origem no curso de suas atividades. Os documentos devem servir


de prova de transações realizadas.

− Caráter orgânico que liga o documento aos outros do mesmo


conjunto.

CLASSIFICAÇÃO DOS ARQUIVOS

Quanto à entidade mantenedora : podem ser públicos ou


privados.

➢ Os arquivos públicos, conforme determina a Lei de Arquivos (Lei


nº 8.159/91), são “conjuntos de documentos produzidos e recebidos
por instituições de caráter público, por entidades privadas
encarregadas da gestão de serviços públicos no exercício de suas
atividades”. Assim, os arquivos de todas as instituições e pessoas que
estejam realizando atividades de gestão de serviços públicos, são
considerados públicos.
Obs: Não tem pessoas Físicas

Os arquivos públicos são aqueles produzidos por documentos de


caráter público. São de responsabilidade do Estado e devem estar
disponíveis para consulta por parte dos cidadãos, exceto os
documentos de caráter sigilosos.

➢ Os arquivos privados são conjuntos de documentos acumulados


por pessoas físicas ou instituições de caráter particular, contanto que
estas não estejam executando atividades de gestão de serviços
públicos.

Os arquivos privados são aqueles mantidos por pessoas físicas ou por


instituições de caráter privado. São documentos que dizem respeito a
suas atividades particulares, e, portanto, não é obrigatória a sua
disponibilidade para consulta da sociedade. Contudo, existe a
possibilidade de esses arquivos serem declarados de interesse
público, por meio de decreto presidencial através de parecer
favorável do CONARQ. Caso isso ocorra, seu mantenedor terá o dever
de zelar pelos documentos e deixá-los à disposição do Estado.

Existem ainda, de acordo com a autora Marilena Leite Paes, outras


classificações quanto à entidade mantenedora, quais sejam:

➢ Públicos: mantidos por órgãos públicos, em qualquer esfera de


atuação (União, DF, estados e municípios). - PÚBLICOS

➢ Comerciais: mantidos por instituições ou grupos com fins


lucrativos (empresas, corporações, holdings, etc) - PRIVADO

➢ Institucionais: mantidos por instituições, organizações ou grupos


sem fins lucrativos (igrejas, sindicatos, associações, partidos
políticos, etc) - PRIVADO

➢ Pessoais ou familiares: mantidos por uma pessoa ou grupo


familiar. - PRIVADO
Quanto à Natureza dos Documentos: podem ser especiais ou
especializados.

➢ Os arquivos especiais são aqueles que guardam documentos dos


mais variados suportes, e por isso precisam de cuidados especiais.
Esse tipo de arquivo deve ser utilizado quando os suportes são feitos
de materiais diferentes, pois facilita a conservação dos mesmos.

➢ Os arquivos especializados ou arquivos técnicos são aqueles que


guardam documentos dos mais variados assuntos. Nesse tipo de
arquivo os documentos são agrupados considerando primeiramente o
assunto e depois se utiliza outros critérios para sua organização.

Especiais : SUPORTE - Papel, HD, CD

Arquivos

Especializados : ASSUNTOS = Medicina,


Administração, Direitos

Quanto a Extensão de sua Atuação: podem ser setoriais ou


centrais (ou gerais).

➢ Os arquivos setoriais são aqueles que estão localizados próximos


aos seus produtores. Esse arquivo guarda os documentos próximos
aos interessados diretos para facilitar e agilizar a sua localização e
utilização. Se encontram principalmente em empresas, órgãos e
entidades de grande porte.

➢ Os arquivos centrais ou gerais são aqueles que guardam todos


os documentos de uma entidade em um só lugar. É utilizado
principalmente por empresas e órgãos de médio e pequeno porte.

Setorial - Descentralização - Arquivo Corrente

Arquivo

Central ou Geral - Centralizado - Arquivos Corrente


ou Arquivos Intermediários
Quanto aos Estágios de sua Evolução: podem ser correntes,
intermediários e permanentes.

➢ Os arquivos correntes são aqueles que guardam documentos que


são constantemente utilizados por seus produtores, ou que sejam
objeto de consultas frequentes.

➢ Os arquivos intermediários são aqueles que guardam


documentos que não são mais objeto de consultas frequentes, mas
aguardam cumprimento de prazos legais, ou que ainda sejam prova
de direitos e obrigações.

➢ Os arquivos permanentes são aqueles que guardam documentos


que não tem mais valor administrativo, mas pelo seu conteúdo ou
pelo assunto de que tratam, tem grande relevância para a História ou
para a Cultura, e por isso devem ser guardados por tempo
indeterminado. (ELE NÂO POSSUI PRAZO)

LEI 8.159/91 – POLÍTICA NACIONAL DE ARQUIVOS PÚBLICOS E


PRIVADOS

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º - É dever do Poder Público a gestão documental e a proteção


especial a documentos de arquivos, como instrumento de apoio à
administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e como
elementos de prova e informação.

Art. 2º - Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei, os conjuntos


de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos,
instituições de caráter público e entidades privadas, em decorrência
do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física,
qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos
documentos. (Conceito de Arquivo)

Art. 3º - Considera-se gestão de documentos o conjunto de


procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção,
tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e
intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda
permanente. (Conceito de gestão de documentos)

Art. 4º - Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações


de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou geral, contidas
em documentos de arquivos, que serão prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujos sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, bem como à
inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem
das pessoas.

Art. 5º - A Administração Pública franqueará a consulta aos


documentos públicos na forma desta Lei.

Art. 6º - Fica resguardado o direito de indenização pelo dano material


ou moral decorrente da violação do sigilo, sem prejuízo das ações
penal, civil e administrativa.

DOS ARQUIVOS PÚBLICOS

Art. 7º - Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos


produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos
públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal
em decorrência de suas funções administrativas, legislativas e
judiciárias. Regulamento

§ 1º - São também públicos os conjuntos de documentos produzidos


e recebidos por instituições de caráter público, por entidades privadas
encarregadas da gestão de serviços públicos no exercício de suas
atividades.
§ 2º - A cessação de atividades de instituições públicas e de caráter
público implica o recolhimento de sua documentação à instituição
arquivística pública ou a sua transferência à instituição sucessora.

Art. 8º - Os documentos públicos são identificados como correntes,


intermediários e permanentes.

§ 1º - Consideram-se documentos correntes aqueles em curso ou


que, mesmo sem movimentação, constituam objeto de consultas
freqüentes.

§ 2º - Consideram-se documentos intermediários aqueles que,


não sendo de uso corrente nos órgãos produtores, por razões de
interesse administrativo, aguardam a sua eliminação ou recolhimento
para guarda permanente.

§ 3º - Consideram-se permanentes os conjuntos de documentos de


valor histórico, probatório e informativo que devem ser
definitivamente preservados.

Art. 9º - A eliminação de documentos produzidos por instituições


públicas e de caráter público será realizada mediante autorização da
instituição arquivística pública, na sua específica esfera de
competência.

Art. 10º - Os documentos de valor permanente são inalienáveis e


imprescritíveis.

DOS ARQUIVOS PRIVADOS

Art. 11 - Consideram-se arquivos privados os conjuntos de


documentos produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas,
em decorrência de suas atividades. Regulamento
Art. 12 - Os arquivos privados podem ser identificados pelo Poder
Público como de interesse público e social, desde que sejam
considerados como conjuntos de fontes relevantes para a história e
desenvolvimento científico nacional.

Art. 13 - Os arquivos privados identificados como de interesse público


e social não poderão ser alienados com dispersão ou perda da
unidade documental, nem transferidos para o exterior. Regulamento
Parágrafo único - Na alienação desses arquivos o Poder Público
exercerá preferência na aquisição.

Art. 14 - O acesso aos documentos de arquivos privados identificados


como de interesse público e social poderá ser franqueado mediante
autorização de seu proprietário ou possuidor. Regulamento

Art. 15 - Os arquivos privados identificados como de interesse público


e social poderão ser depositados a título revogável, ou doados a
instituições arquivísticas públicas. Regulamento

Art. 16 - Os registros civis de arquivos de entidades religiosas


produzidos anteriormente à vigência do Código Civil ficam
identificados como de interesse público e social. Regulamento

DA ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE INSTITUIÇÕES


ARQUIVÍSTICAS PÚBLICAS

Art. 17 - A administração da documentação pública ou de caráter


público compete às instituições arquivísticas federais, estaduais, do
Distrito Federal e municipais.

§ 1º - São Arquivos Federais o Arquivo Nacional os do Poder


Executivo, e os arquivos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário.
São considerados, também, do Poder Executivo os arquivos do
Ministério da Marinha, do Ministério das Relações Exteriores, do
Ministério do Exército e do Ministério da Aeronáutica.

§ 2º - São Arquivos Estaduais os arquivos do Poder Executivo, o


arquivo do Poder Legislativo e o arquivo do Poder Judiciário.

§ 3º - São Arquivos do Distrito Federal o arquivo do Poder Executivo,


o Arquivo do Poder Legislativo e o arquivo do Poder Judiciário.

§ 4º - São Arquivos Municipais o arquivo do Poder Executivo e o


arquivo do Poder Legislativo.

§ 5º - Os arquivos públicos dos Territórios são organizados de


acordo com sua estrutura político-jurídica.

Art. 18 - Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o recolhimento dos


documentos produzidos e recebidos pelo Poder Executivo Federal,
bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua
guarda, e acompanhar e implementar a política nacional de arquivos.
Parágrafo único - Para o pleno exercício de suas funções, o Arquivo
Nacional poderá criar unidades regionais.

Os arquivos da PF irão ser incluído no Arquivo Nacional

Art. 19 - Competem aos arquivos do Poder Legislativo Federal a


gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo
Poder Legislativo Federal no exercício das suas funções, bem como
preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda.

Art. 20 - Competem aos arquivos do Poder Judiciário Federal a gestão


e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder
Judiciário Federal no exercício de suas funções, tramitados em juízo e
oriundos de cartórios e secretarias, bem como preservar e facultar o
acesso aos documentos sob sua guarda.

Art. 21 - Legislação estadual, do Distrito Federal e municipal definirá


os critérios de organização e vinculação dos arquivos estaduais e
municipais, bem como a gestão e o acesso aos documentos,
observado o disposto na Constituição Federal e nesta Lei.
DO ACESSO E DO SIGILO DOS DOCUMENTOS PÚBLICOS

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 25 - Ficará sujeito à responsabilidade penal, civil e


administrativa, na forma da legislação em vigor, aquele que
desfigurar ou destruir documentos de valor permanente ou
considerado como de interesse público e social.

Art. 26 - Fica criado o Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ),


órgão vinculado ao Arquivo Nacional, que definirá a política nacional
de arquivos, como órgão central de um Sistema Nacional de Arquivos
(SINAR).

§ 1º - O Conselho Nacional de Arquivos será presidido pelo Diretor-


Geral do Arquivo Nacional e integrado por representantes de
instituições arquivísticas e acadêmicas, públicas e privadas. §

2º - A estrutura e funcionamento do conselho criado neste artigo


serão estabelecidos em regulamento.

Art. 27 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 28 -


Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, 8 de janeiro de
1991; 170º da Independência e 103º da República. FERNANDO

CONCEITO DE DOCUMENTO
O Documento, em seu conceito mais básico, é a informação
registrada em um suporte. Então, para termos um documento, são
necessários dois elementos:

✓ Informação: é o conhecimento, a mensagem, a ideia que se


deseja transmitir.

✓ Suporte: é o material físico onde está inserida a informação.

Assim podemos concluir, por uma fórmula bem simples:


INFORMAÇÃO + SUPOTE = DOCUMENTO

ÓRGÂOS DE DOCUMENTOS

Arquivo

O arquivo guarda documentos com finalidades funcionais. Os


documentos de arquivo são ACUMULADOS de forma orgânica e
natural, geralmente em exemplar único ou limitado número de cópias
ou vias. Os documentos que tratam do mesmo assunto ou assuntos
correlatos são mantidos como um conjunto, e não como peças
isoladas. Por isso o documento de arquivo possui muito mais valor
quando inserido em seu conjunto do que fora dele (caráter orgânico).
Os documentos são unidos pela sua origem ou proveniência, tem
como principal suporte utilizado o papel e principal gênero o textual.
O arquivo é órgão receptor e seu público são os administradores (ou
quem tenha produzido seus documentos) e pesquisadores. Sua
função é provar e testemunhar.

Biblioteca

A biblioteca conserva documentos com finalidades educativas e


culturais. Seus documentos são obtidos por compra, doação ou
permuta de diversas fontes, e tratados como peças isoladas. Esses
documentos existem em vários exemplares, são unidos pelo seu
conteúdo e, em sua maior parte, são impressos. Os documentos da
biblioteca são COLECIONADOS, e seu público é formado por
pesquisadores, estudantes e cidadão comuns. Sua função é instruir e
educar.

Museu (COLECIONADO)
O museu é órgão de interesse público, guarda documentos com
finalidades de informar e entreter. Suas peças são dos mais variados
tipos e dimensões, dependendo de sua especialização. Por serem
objetos, são classificados como documentos tridimensionais.

Centro de Documentação / Informação

O centro de documentação ou de informação agrupa qualquer tipo de


documento de qualquer fonte, sendo necessária uma especialização
para que funcionem de forma eficiente. Seus documentos são
geralmente reproduções (audiovisuais) ou referências (bases de
dados). Sua finalidade é simplesmente informar.

Dica de Prova

Atenção: O Cespe/UnB costuma pedir, na maioria de suas questões,


diferenças entre os documentos de arquivo e biblioteca. Então, para
acertar o item, basta ter em mente os termos destacados: toda vez
que o item mencionar “colecionados”, ou algum semelhante, será
documento de biblioteca; e se mencionar “acumulado”, ou
semelhante, será documento de arquivo.

CARACTERÍSTICA DO DOCUMENTO (Prova)


➢ Unicidade: cada documento de arquivo tem lugar único na
estrutura documental a qual pertence. Esse aspecto está relacionado
com à função “única” que os documentos executam dentro do
contexto organizacional e, não está ligado ao número de cópias
produzidas;

➢ Naturalidade: os documentos são acumulados de acordo com as


atividades da instituição, ou seja, sua acumulação ocorre dentro das
transações por ela executadas;

➢ Imparcialidade: está relacionada ao fato de que a produção


documental ocorre em determinado contexto e para determinado fim.
Embora os documentos sejam redigidos por meio de uma ação
humana eles são imparciais, pois são criados para atender um
objetivo específico, como por exemplo, a compra de um material;

➢ Autenticidade: o documento de arquivo é autêntico quando é o


que diz ser, sendo livre de adulterações ou qualquer outro tipo de
corrupção. Um documento autêntico é aquele que se mantém da
forma como foi produzido e, portanto, apresenta o mesmo grau de
confiabilidade que tinha no momento de sua produção;

➢ Inter-relacionamento: os documentos estabelecem relação entre


si e com as atividades que os geraram. Desta forma, o documento de
arquivo deve ser analisado dentro do seu conjunto e não como peça
isolada.

CLASSIFICAÇÂO DOS DOCUMENTOS

TIPOLOGIAS DOCUMENTAIS E SUPORTES FÍSICOS

ELEMENTOS CARACTERÍSTICOS DOS DOCUMENTOS

Suporte

Entende-se por suporte o material físico empregado para


confeccionar o documento, ou seja, o meio no qual o documento foi
escrito/impresso.

Hoje, com o advento dos meios digitais de armazenamento de


informações, é comum a utilização de suportes eletrônicos, como
disquete, CD-ROM, HD, pendrive, DVD, Blue-ray, fita magnética,
disco ótico etc.
Forma: A forma é o estágio de preparação do documento, o seu
estado de produção atual.

✓ Minuta ou rascunho é a definição dada à primeira versão de um


documento, ainda sujeita a alterações.

✓ Original é a versão definitiva e final de um documento,


devidamente assinada e reconhecida pela autoridade que a produziu.

✓ Cópia, por sua vez, é a reprodução do documento original,


geralmente criada para efeito de consulta ou divulgação de um
documento (fotocópia, digitalização ou fax).

Formato

Entende-se por formato a configuração física do documento, de


acordo com a natureza e o modo como foi confeccionado.

Os documentos em papel, por exemplo, podem se apresentar em


diversos formatos: como cartão, ficha, livro, caderno, folha, folder,
mapa, cartaz etc.

Gênero

Os documentos podem ser textuais (ou escritos), iconográficos,


sonoros, filmográficos, informáticos (ou digitais), cartográficos e
micrográficos.

Os documentos textuais ou escritos são aqueles que apresentam


a informação de modo escrito ou em forma de texto. Exemplo: carta,
relatórios, certidões, atas, etc.

Os documentos iconográficos são aqueles que apresentam a


informação em forma de imagem estática. Exemplo: fotografia,
desenhos, gravuras, diapositivos (slides), etc.
Os documentos sonoros são aqueles que apresentam a informação
em foram de som ou áudio. Exemplo: disco de vinil, escuta
telefônica, sons gravados em fitas cassete.

Os documentos filmográficos são aqueles que apresentam a


informação em forma de imagens dinâmicas ou em movimento (sem
som). Exemplo: filmes de cinema mudo.

Os documentos audiovisuais são aqueles que apresentam a


informação em forma de imagens dinâmicas ou em movimento (com
som). Exemplo: filmes em VHS.

Notem que a diferença entre estes e os filmográficos é sutil, sendo


apenas a presença ou ausência de som!

Os documentos informáticos, eletrônicos ou digitais são aqueles


gravados em meio digital, e por isso necessitam de equipamentos
eletrônicos para serem lidos. Exemplo: som no formato MP3, arquivo
de texto do Word, filmes em formato DVD, etc.

Os documentos cartográficos são aqueles que cuja informação


representa, de forma reduzida, uma área maior. Exemplo: mapas,
plantas, perfis, etc.

Os documentos micrográficos são aqueles apresentados no


suporte microfichas, resultados do processo de microfilmagem.

Cai em prova

Quanto à Espécie/Tipologia Documental: os documentos são


classificados de acordo com seu aspecto formal (aparência que
assume de acordo com as informações) e sua função (o objetivo para
o qual o documento foi produzido).

Como exemplo, temos o Contrato. O contrato apresenta as


informações de forma que se possa identificá-lo como contrato:
possui identificação das partes, do objeto, das condições, cláusulas,
etc. O contrato então é uma espécie documental (considerando o
aspecto formal).

Para saber a tipologia documental, ou simplesmente tipo,


acrescentamos a função. No caso do contrato, acrescentamos, por
exemplo, aluguel de imóvel. Então a função do contrato é realizar um
acordo de aluguel de imóvel.

O contrato (puro) é uma espécie

O Contrato de aluguel de Imóvel é um Tipo/Tipologia

Em resumo, temos o contrato (espécie) de aluguel


(função/atividade). Essa ideia pode ser aplicada a vários outros
documentos. Vejamos alguns exemplos:

Alvará (espécie) / Alvará de funcionamento (tipo)

Declaração (espécie) / Declaração de bens (tipo)

Relação (espécie) / Relação de bens patrimoniais (tipo)

Quanto à Espécie

A espécie dos documentos está ligada ao seu aspecto formal. Existem


vários atos que dão origem às espécies, além da maneira de se
registrar as informações nos documentos (como estão dispostas).

De acordo com Heloísa Bellotto, são eles:

➢ Atos normativos – ditam regras e normas expedidas por


autoridades administrativas (de cumprimento obrigatório). Exemplos:
leis, decretos, medidas provisórias, regulamentos, portarias.

➢ Atos enunciativos – emitem uma opinião, esclarecendo sobre


certo assunto. Exemplos: pareceres, votos, relatórios.

➢ Atos de assentamento – formados por registros, firmando fatos


ou ocorrências. Exemplos: atas, autos de infração, termos.
➢ Atos comprobatórios – comprovam assentamentos, decisões,
apontamentos. Exemplos: certidões, atestados, traslados, cópias
autenticadas.

➢ Atos de ajuste – representam acordos firmados (entre duas ou


mais partes). São representados pelos documentos pactuais.
Exemplos: convênios, contratos, ajustes.

➢ Atos de correspondência – são criados com o propósito de os


atos normativos serem executados. Exemplos: editais, avisos,
memorandos, telegramas, notificações, ofícios, cartas.

Quanto à Natureza do Assunto:

➢ Os documentos ostensivos ou ordinários são aqueles cuja


informação não é prejudicial quando for de conhecimento geral. São
documentos que não possuem informações estratégicas, nem de teor
pessoal, e sua divulgação não causa nenhum tipo de problema à
administração ou a terceiros.

➢ Os documentos sigilosos são aqueles que possuem conteúdo


que só podem ser de conhecimento restrito, e por isso requerem
medidas de segurança especiais para sua custódia e divulgação.
LEI 12.527/11 – LEI DE ACESSO A INFORMAÇÃO

Seção II
Da Classificação da Informação quanto ao Grau e Prazos
de Sigilo

Art. 23. São consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade


ou do Estado e, portanto, passíveis de classificação as informações
cuja divulgação ou acesso irrestrito possam:

I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do


território nacional;
II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as
relações internacionais do País, ou as que tenham sido fornecidas em
caráter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais;

III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população;

IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou


monetária do País;

V - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos das


Forças Armadas;

VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e


desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como a sistemas,
bens, instalações ou áreas de interesse estratégico nacional;

VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades


nacionais ou estrangeiras e seus familiares; ou

VIII - comprometer atividades de inteligência, bem como de


investigação ou fiscalização em andamento, relacionadas com a
prevenção ou repressão de infrações.

Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidades públicas,


observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à
segurança da sociedade ou do Estado, poderá ser classificada como
ultrassecreta, secreta ou reservada.

§ 1 o Os prazos máximos de restrição de acesso à informação,


conforme a classificação prevista no caput, vigoram a partir da data
de sua produção e são os seguintes:

I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;

II - secreta: 15 (quinze) anos; e

III - reservada: 5 (cinco) anos. (grifo nosso)

§ 2 o As informações que puderem colocar em risco a segurança do


Presidente e Vice-Presidente da República e respectivos cônjuges e
filhos(as) serão classificadas como reservadas e ficarão sob sigilo
até o término do mandato em exercício ou do último mandato, em
caso de reeleição.
§ 3 o Alternativamente aos prazos previstos no § 1 o , poderá ser
estabelecida como termo final de restrição de acesso a ocorrência de
determinado evento, desde que este ocorra antes do transcurso do
prazo máximo de classificação.

§ 4 o Transcorrido o prazo de classificação ou consumado o evento


que defina o seu termo final, a informação tornar-se-á,
automaticamente, de acesso público.

§ 5 o Para a classificação da informação em determinado grau de


sigilo, deverá ser observado o interesse público da informação e
utilizado o critério menos restritivo possível, considerados:

I - a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e do


Estado; e

II - o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que defina


seu termo final.

Da Proteção e do Controle de Informações Sigilosas

Art. 25. É dever do Estado controlar o acesso e a divulgação de


informações sigilosas produzidas por seus órgãos e entidades,
assegurando a sua proteção. (Regulamento)

§ 1 o O acesso, a divulgação e o tratamento de informação


classificada como sigilosa ficarão restritos a pessoas que tenham
necessidade de conhecê-la e que sejam devidamente credenciadas na
forma do regulamento, sem prejuízo das atribuições dos agentes
públicos autorizados por lei.

§ 2 o O acesso à informação classificada como sigilosa cria a


obrigação para aquele que a obteve de resguardar o sigilo.

§ 3 o Regulamento disporá sobre procedimentos e medidas a serem


adotados para o tratamento de informação sigilosa, de modo a
protegê-la contra perda, alteração indevida, acesso, transmissão e
divulgação não autorizados.

Art. 26. As autoridades públicas adotarão as providências


necessárias para que o pessoal a elas subordinado hierarquicamente
conheça as normas e observe as medidas e procedimentos de
segurança para tratamento de informações sigilosas. Parágrafo único.
A pessoa física ou entidade privada que, em razão de qualquer
vínculo com o poder público, executar atividades de tratamento de
informações sigilosas adotará as providências necessárias para que
seus empregados, prepostos ou representantes observem as medidas
e procedimentos de segurança das informações resultantes da
aplicação desta Lei.

Dos Procedimentos de Classificação, Reclassificação e


Desclassificação

Art. 27. A classificação do sigilo de informações no âmbito da


administração pública federal é de competência: (Regulamento)

I - no grau de ultrassecreto, das seguintes autoridades:

a) Presidente da República;

b) Vice-Presidente da República;

c) Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerrogativas;

d) Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; e

e) Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes no


exterior;

II Prova - no grau de secreto, das autoridades referidas no inciso I,


dos titulares de autarquias, fundações ou empresas públicas e
sociedades de economia mista; e

III - no grau de reservado, das autoridades referidas nos incisos I e II


e das que exerçam funções de direção, comando ou chefia, nível DAS
101.5, ou superior, do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores,
ou de hierarquia equivalente, de acordo com regulamentação
específica de cada órgão ou entidade, observado o disposto nesta Lei.

§ 1 o A competência prevista nos incisos I e II, no que se refere à


classificação como ultrassecreta e secreta, poderá ser delegada pela
autoridade responsável a agente público, inclusive em missão no
exterior, vedada a subdelegação.

§ 2 o A classificação de informação no grau de sigilo ultrassecreto


pelas autoridades previstas nas alíneas “d” e “e” do inciso I deverá
ser ratificada pelos respectivos Ministros de Estado, no prazo previsto
em regulamento.
§ 3 o A autoridade ou outro agente público que classificar informação
como ultrassecreta deverá encaminhar a decisão de que trata o art.
28 à Comissão Mista de Reavaliação de Informações, a que se refere
o art. 35, no prazo previsto em regulamento.

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 35. (VETADO).

§ 1 o É instituída a Comissão Mista de Reavaliação de Informações,


que decidirá, no âmbito da administração pública federal, sobre o
tratamento e a classificação de informações sigilosas e terá
competência para:

I - requisitar da autoridade que classificar informação como


ultrassecreta e secreta esclarecimento ou conteúdo, parcial ou
integral da informação;

II - rever a classificação de informações ultrassecretas ou secretas,


de ofício ou mediante provocação de pessoa interessada, observado o
disposto no art. 7 o e demais dispositivos desta Lei; e

III - prorrogar o prazo de sigilo de informação classificada como


ultrassecreta, sempre por prazo determinado, enquanto o seu acesso
ou divulgação puder ocasionar ameaça externa à soberania nacional
ou à integridade do território nacional ou grave risco às relações
internacionais do País, observado o prazo previsto no § 1 o do art.
24.

§ 2 o O prazo referido no inciso III é limitado a uma única renovação.


(grifo nosso)

§ 3 o A revisão de ofício a que se refere o inciso II do § 1 o deverá


ocorrer, no máximo, a cada 4 (quatro) anos, após a reavaliação
prevista no art. 39, quando se tratar de documentos ultrassecretos
ou secretos.

§ 4 o A não deliberação sobre a revisão pela Comissão Mista de


Reavaliação de Informações nos prazos previstos no § 3 o implicará a
desclassificação automática das informações.

§ 5 o Regulamento disporá sobre a composição, organização e


funcionamento da Comissão Mista de Reavaliação de Informações,
observado o mandato de 2 (dois) anos para seus integrantes e
demais disposições desta Lei. (Regulamento)
Art. 36. O tratamento de informação sigilosa resultante de tratados,
acordos ou atos internacionais atenderá às normas e recomendações
constantes desses instrumentos.

Art. 37. É instituído, no âmbito do Gabinete de Segurança


Institucional da Presidência da República, o Núcleo de Segurança e
Credenciamento (NSC), que tem por objetivos: (Regulamento)

I - promover e propor a regulamentação do credenciamento de


segurança de pessoas físicas, empresas, órgãos e entidades para
tratamento de informações sigilosas; e

II - garantir a segurança de informações sigilosas, inclusive aquelas


provenientes de países ou organizações internacionais com os quais a
República Federativa do Brasil tenha firmado tratado, acordo,
contrato ou qualquer outro ato internacional, sem prejuízo das
atribuições do Ministério das Relações Exteriores e dos demais órgãos
competentes.

Parágrafo único. Regulamento disporá sobre a composição,


organização e funcionamento do NSC.

Art. 38. Aplica-se, no que couber, a Lei no 9.507, de 12 de novembro


de 1997, em relação à informação de pessoa, física ou jurídica,
constante de registro ou banco de dados de entidades
governamentais ou de caráter público.

Art. 39. Os órgãos e entidades públicas deverão proceder à


reavaliação das informações classificadas como ultrassecretas e
secretas no prazo máximo de 2 (dois) anos, contado do termo inicial
de vigência desta Lei.

§ 1 o A restrição de acesso a informações, em razão da reavaliação


prevista no caput, deverá observar os prazos e condições previstos
nesta Lei.

§ 2 o No âmbito da administração pública federal, a reavaliação


prevista no caput poderá ser revista, a qualquer tempo, pela
Comissão Mista de Reavaliação de Informações, observados os
termos desta Lei.

§ 3 o Enquanto não transcorrido o prazo de reavaliação previsto no


caput, será mantida a classificação da informação nos termos da
legislação precedente.
§ 4 o As informações classificadas como secretas e ultrassecretas não
reavaliadas no prazo previsto no caput serão consideradas,
automaticamente, de acesso público.

Art. 40. No prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da vigência desta


Lei, o dirigente máximo de cada órgão ou entidade da administração
pública federal direta e indireta designará autoridade que lhe seja
diretamente subordinada para, no âmbito do respectivo órgão ou
entidade, exercer as seguintes atribuições:

I - assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso a


informação, de forma eficiente e adequada aos objetivos desta Lei;

II - monitorar a implementação do disposto nesta Lei e apresentar


relatórios periódicos sobre o seu cumprimento;

III - recomendar as medidas indispensáveis à implementação e ao


aperfeiçoamento das normas e procedimentos necessários ao correto
cumprimento do disposto nesta Lei; e

IV - orientar as respectivas unidades no que se refere ao


cumprimento do disposto nesta Lei e seus regulamentos.

Art. 41. O Poder Executivo Federal designará órgão da administração


pública federal responsável:

I - pela promoção de campanha de abrangência nacional de fomento


à cultura da transparência na administração pública e conscientização
do direito fundamental de acesso à informação;

II - pelo treinamento de agentes públicos no que se refere ao


desenvolvimento de práticas relacionadas à transparência na
administração pública;

III - pelo monitoramento da aplicação da lei no âmbito da


administração pública federal, concentrando e consolidando a
publicação de informações estatísticas relacionadas no art. 30;

IV - pelo encaminhamento ao Congresso Nacional de relatório anual


com informações atinentes à implementação desta Lei. Art. 42. O
Poder Executivo regulamentará o disposto nesta Lei no prazo de 180
(cento e oitenta) dias a contar da data de sua publicação.
Art. 43. O inciso VI do art. 116 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro
de 1990, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art.
116. ................................................................... ......................
......................................................................

VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo


ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita
de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade
competente para
apuração; .................................................................................”
(NR)

Art. 44. O Capítulo IV do Título IV da Lei no 8.112, de 1990, passa a


vigorar acrescido do seguinte art. 126-A: “Art. 126-A. Nenhum
servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou
administrativamente por dar ciência à autoridade superior ou, quando
houver suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade
competente para apuração de informação concernente à prática de
crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, ainda que em
decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pública.

Art. 45. Cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, em


legislação própria, obedecidas as normas gerais estabelecidas nesta
Lei, definir regras específicas, especialmente quanto ao disposto no
art. 9o e na Seção II do Capítulo III.

Art. 46. Revogam-se: I - a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005; e II


- os arts. 22 a 24 da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991.

Art. 47. Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após a
data de sua publicação. Brasília, 18 de novembro de 2011; 190o da
Independência e 123o da República.
1 - CESPE/MPE-PI/2018

Conjuntos de documentos acumulados por entidades privadas


encarregadas da gestão de serviços públicos são considerados
documentos privados.

( ) CORRETO (x ) ERRADO

Arquivo é acumulados; Documentos públicos; Arq.Públicos: U, E, DF


e M.

2 - CESPE/PF/2018

Uma das características básicas do arquivo é que o significado do


acervo documental não depende da relação que os documentos
tenham entre si.

( ) CORRETO (x ) ERRADO

3 - CESPE/PF/2018

Os arquivos não são colecionados, mas sim agrupados por um


processo natural.

(x ) CORRETO ( ) ERRADO

Arquivo --> Acumulado, Organicidade

Museu/Biblioteca --> São colecionados

4 - CESPE/PF/2018

Os objetivos primários do arquivo são jurídicos, funcionais e


administrativos.

(x ) CORRETO ( ) ERRADO

Primários = Atividades específicas do órgão ==> Seguem a seguinte


ideia (jurídico, funcional, administrativo e fiscal)

5 - CESPE/MPE-PI/2018

O documento de arquivo tem como característica ser produzido e


conservado com objetivos históricos e culturais.

( ) CORRETO (x ) ERRADO
Nenhum arquivo nasce como histórico e cultural. (arquivo
Permanente)

6 - CESPE/ANVISA/2018

Em uma agência reguladora, como a ANVISA, por exemplo, os


documentos que compõem o arquivo do setor de trabalho são
aqueles produzidos e(ou) recebidos no desenvolvimento das
atividades administrativas da agência.

(x ) CORRETO ( ) ERRADO

Atividade Administrativa = Específica

7 - CESPE/PC-PE/2018

Os documentos de arquivo distinguem-se de outros conjuntos


documentais em razão de a sua finalidade original ser Parte superior
do formulário

a) política.

b) cultural.

c) administrativa.

d) histórica.

e) social.

8 - CESPE/TELEBRÁS/2015

Independentemente do suporte ou do gênero, o arquivo da TELEBRAS


é formado por documentos produzidos e recebidos, resultantes do
desenvolvimento de atividades dessa empresa.

(x ) CORRETO ( ) ERRADO

9 - CESPE/STJ/2015

Os documentos arquivísticos de caráter técnico produzidos e


recebidos em uma instituição são resultado do desenvolvimento de
sua atividade finalística.

(x ) CORRETO ( ) ERRADO

10 - CESPE/STJ/2015
Uma instituição pública ou de caráter público, após cessar suas
atividades, não poderá transferir sua documentação a outra
instituição.

( ) CORRETO (x ) ERRADO

11 - CESPE/MPOG/2015

Informação sigilosa é aquela submetida temporariamente à restrição


de acesso público.

(x ) CORRETO ( ) ERRADO

12 - CESPE/MPOG/2015

Com relação ao grau de sigilo, os documentos podem ser


classificados como ostensivos, reservados, secretos ou ultrassecretos.

( ) CORRETO (x ) ERRADO

Não tem ostensivo

reservado - 5 anos e não pode ser prorrogado

secreto - 15 anos e não pode ser prorrogado

ultrasecreto - 25 anos e pode ser prorrogado unica vez

13 - CESPE/FUB/2015

Os documentos de um arquivo são produzidos e conservados com


objetivos funcionais e a essência da documentação não é o
documento propriamente dito, mas sim a informação contida nele.

(x ) CORRETO ( ) ERRADO

14 - CESPE/FUB/2015

Uma coleção de documentos manuscritos, reunida por uma pessoa,


que contenha a história da origem do povoado de um município é
denominada arquivo.

( ) CORRETO (x) ERRADO

Manuscrito = Biblioteca

Museu = Os objetos estão em 3D; Coleção pode ser biblioteca ou


Museu
15 - CESPE/FUB/2015

Os arquivos da UnB são formados, também, pelos livros colecionados,


utilizados por professores da universidade na elaboração de suas
aulas.

( ) CORRETO (X ) ERRADO

Os arquivos são atividades específicas da UNB; Arquivo não se


coleciona

16 - CESPE/FUB/2015

Os documentos de arquivo servem de prova ou evidência das


transações, rotinas e tarefas realizadas pela organização.

(x) CORRETO ( ) ERRADO

17 - CESPE/FUB/2015

Inicialmente, os documentos de arquivo são mantidos e conservados


pelas razões funcionais e administrativas que lhes deram origem.

(x ) CORRETO ( ) ERRADO

18 - CESPE/FUB/2015

A legislação em vigor estabelece um limite para documentos


produzidos em suporte papel.

( ) CORRETO (x ) ERRADO

19 - CESPE/CADE/2014

Se um cidadão solicitar informações acerca das atividades do CADE


mediante uma carta recebida e protocolada por este órgão, então
essa carta será considerada um documento de arquivo do órgão.

(x) CORRETO ( ) ERRADO

Arquivo - conjunto de documentos produzidos ou recebidos.

20 - CESPE/SUFRAMA/2014

Razões administrativas e funcionais motivam, originariamente, a


manutenção e conservação dos arquivos da SUFRAMA.

(x) CORRETO ( ) ERRADO


21 - CESPE/PF/2014

Os documentos de arquivo são colecionados com finalidades culturais


e sociais.

( ) CORRETO (x) ERRADO

Colecionados só biblioteca e Museu

22 - CESPE/PF/2014

Um conjunto de documentos em suporte papel produzidos e(ou)


recebidos por determinado órgão, durante o desenvolvimento de suas
atividades específicas ou atividades de suporte, consiste em um
arquivo.

(x) CORRETO ( ) ERRADO

23 - CESPE/PF/2014

A função de prova do documento de arquivo evidencia-se não só pelo


fato de o documento poder ser levado a juízo para comprovar
determinada informação, mas, também, pela capacidade desse
material de testemunhar as atividades que lhe deram origem.

(x) CORRETO ( ) ERRADO

24 - CESPE/PF/2014

Documentos produzidos e(ou) recebidos pelos setores de atividades-


meio da organização são considerados documentos de arquivo,
apesar da vinculação indireta entre esses documentos e a missão da
organização.

(x) CORRETO ( ) ERRADO

25 - CESPE/PF/2014

A autenticidade dos documentos de arquivo, característica


fundamental para destaque da função de prova, é obtida mediante
adequação da espécie à função do documento.

(x) CORRETO ( ) ERRADO


26 - CESPE/PF/2014

Ao desenvolver atividades regimentais, a organização produz


documentos que servem para registrar, provar e testemunhar essas
atividades, o que constitui, de forma natural, um arquivo.

(x) CORRETO ( ) ERRADO

27 - CESPE/PF/2014

Os arquivos da organização incluem os documentos utilizados como


material de referência nos setores de trabalho.

( ) CORRETO (x) ERRADO

Material de referência não

28 - CESPE/PF/2014

Entre a Lei de Acesso à Informação e os arquivos organizados há uma


relação direta, visto que a organização dos documentos de arquivo é
condição necessária para o cumprimento dessa lei.

(x) CORRETO ( ) ERRADO

Se o arquivo traz uma informação sigilosa ..

29 - CESPE/STF/2013

A autenticidade do documento de arquivo precisa ser garantida


independentemente do suporte documental. Uma das formas de
verificar essa autenticidade é a rastreabilidade.

(x) CORRETO ( ) ERRADO

30 - CESPE/TRT 17R/2013

O documento de arquivo pode se distinguir dos demais existentes no


ambiente organizacional pela característica da autenticidade.

(x) CORRETO ( ) ERRADO

Arquivo - Atividade específica.

31 - CESPE/TRT 17R/2013

Um documento é identificado como pertencente a uma instituição ou


empresa se mantiver relação direta ou indireta com a missão dessa
organização.
(x) CORRETO ( ) ERRADO

Documento está direto a uma atividade meio/fim

32 - CESPE/MPU/2018

A classificação de documentos de arquivo é feita a partir do plano de


classificação, que pode ser o mesmo utilizado na biblioteca do órgão.

( ) CORRETO (x) ERRADO

Biblioteca e diferente de arquivo

Não pode ser o mesmo utilizado na biblioteca do órgão.

33 - CESPE/MPE-PI/2018

Coleção de manuscritos históricos reunidos por uma instituição


também constitui um arquivo. (BIBLIOTECA)

( ) CORRETO (x) ERRADO

Coleção de manuscritos não é arquivo

34 - CESPE/MPE-PI/2018

A existência de um sentido orgânico no arquivo é o que o distingue


da biblioteca e do museu.

(x) CORRETO ( ) ERRADO

Organico está certo, no arquivo ele vai ser Acumulado

E na biblioteca ele vai ser colecionado.

35 - CESPE/IPHAN/2018

Em comum, arquivos, bibliotecas e museus possuem fontes


geradoras únicas de documentos.

( ) CORRETO (x) ERRADO

Arquivo de uma atividade específica do órgao.

Biblioteca e Museu podem ter de várias fontes.


36 - CESPE/IPHAN/2018

Os arquivos são órgãos receptores, enquanto bibliotecas e museus


são colecionadores.

(x ) CORRETO () ERRADO

Arquivos são receptores/produtores

37 - CESPE/IPHAN/2018

Os documentos (ou objetos) tornam-se museológicos no momento


de sua criação, por meio de representações construídas.

( ) CORRETO (x) ERRADO

Nenhum arquivo é criado com um contexto cultural.

38 - CESPE/FUB/2016

Os documentos textuais normalmente presentes nos arquivos são


também encontrados nas bibliotecas.

( ) CORRETO (x) ERRADO

documentos textuais - gênero

Só podem estar dentro do Arquivo

39 - CESPE/TC-DF/2014

O arquivo é um órgão colecionador cujos conjuntos documentais


estão reunidos segundo a sua origem e função.

( ) CORRETO (x) ERRADO

O arquivo é acumulador

40 - CESPE/PF/2014

Os documentos de arquivo são colecionados com finalidades culturais


e sociais.

( ) CORRETO (x) ERRADO

Colecionado somente Museu e Biblioteca


****CAI 41 - CESPE/MDIC/2014

Diferentemente da biblioteca, o arquivo não é uma coleção de


documentos, mas uma acumulação natural de documentos

(x) CORRETO ( ) ERRADO

Princípio da acumularidade e naturalidade

42 - CESPE/MDIC/2014

Os documentos de interesse da instituição que tenham sido


adquiridos por meio de compra, doação ou permuta devem ser
considerados como arquivos.

( ) CORRETO (x) ERRADO

O arquivo não é comprado e sim produzido e recebido

A biblioteca pode ser comprada.

43 - CESPE/STF/2013 ((BOA))

A diferença entre os arquivos e as bibliotecas pode ser reconhecida


na função administrativa que os arquivos têm para uma organização
pública ou privada, diferentemente da função cultural das bibliotecas.

(x) CORRETO ( ) ERRADO

44 - CESPE/TRT 17R/2013

O documento de arquivo pode se distinguir dos demais existentes no


ambiente organizacional pela característica da autenticidade.

(x ) CORRETO ( ) ERRADO

45 - CESPE/SEE-AL/2013

Os documentos de arquivo são aqueles em suporte papel, enquanto


os documentos elaborados em meios digitais são próprios de centros
de documentação e de bibliotecas.

( ) CORRETO (x) ERRADO

Ele não deixa de ser arquivo pelo suporte.

O meio digital também pode ser arquivo.


46 - CESPE/TJ-AM/2019

Ata, correspondência e portaria são exemplos de espécies


documentais.

( ) CORRETO (x) ERRADO

47 - CESPE/TJ-AM/2019

Requerimento de informações é uma espécie documental comum em


arquivos universitários.

( ) CORRETO (x) ERRADO

Tipologia = Tipo documental

Tipo documenta = especie + atividade especifica.

48 - CESPE/PGE-PE/2019

Os documentos públicos são identificados como correntes,


intermediários ou permanentes.

(x) CORRETO ( ) ERRADO

49 - CESPE/IPHAN/2018

De acordo com a Lei n.º 8.159/1991, que dispõe sobre a política


nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências,
julgue o item que se segue. Os arquivos correntes são sempre
autênticos, naturais, verdadeiros e imparciais, porém sua fixidez
permanece desconhecida enquanto em fase de tramitação.

( ) CORRETO (x) ERRADO

fixidez = não sabe a localização

50 - CESPE/SEDF/2017

Os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por instituições


de caráter público e por entidades privadas encarregadas da gestão
de serviços públicos não são considerados arquivos públicos.

( ) CORRETO (x) ERRADO


51 - CESPE/FUB/2016

Uma justificativa para se conservarem os documentos na unidade de


trabalho ou na instituição é o poder de prova que eles podem
apresentar.

(x) CORRETO ( ) ERRADO

Vai depender do assunto deste documento.

52 - CESPE/DPU/2016

Os arquivos são classificados em institucionais, pessoais ou


familiares. (comerciais e públicos).

(x) CORRETO ( ) ERRADO

53 - CESPE/EBC/2011

Os arquivos setoriais cumprem funções de arquivo permanente e


arquivo histórico.

( ) CORRETO (x) ERRADO

Arquivo Setorial - Arquivo corrente

Arquivo central / Geral - Arquivo Intermediário (p/o cespe)

54 - CESPE/EBC/2011

Os arquivos gerais, em um sistema de arquivo, recebem os


documentos correntes das diversas unidades de uma organização.

(x ) CORRETO ( ) ERRADO

55 - CESPE/EBC/2011

Arquivo de engenharia é considerado um tipo de arquivo


especializado.

(x) CORRETO ( ) ERRADO

Arquivo Especial - Vários Suportes

Arquivo Especializado - Vários Assuntos


56 - CESPE/EBC/2011

Os documentos fotográficos (ampliações, negativos, eslaides) são


considerados arquivos especiais.

(x) CORRETO ( ) ERRADO

ampliações, negativos, eslaides = Vários suportes

57 - CESPE/MDIC/2014

Os arquivos gerais são localizados nas unidades político-


administrativas de uma organização e cumprem a função de arquivos
correntes

( ) CORRETO (x) ERRADO

Ele é setorial : Localizado nos setores/nas unidades político -


administrativo

Central : Recebem os documentos correntes das diversas unidades

58 - CESPE/ANP/2013 (Errei)

Com base na Lei de Acesso à Informação, Lei n.º 12.527/2011,


julgue os itens seguintes. No âmbito da administração pública
federal, a reavaliação das informações classificadas como
ultrassecretas e secretas poderá ser revista a qualquer tempo.

(x ) CORRETO ( ) ERRADO

Ultrassecreto - 25 anos

Secreto - 15 anos

Se finalizar o prazo acima , os arquivos passam a ser ostensivo. Eles


não passam de ultrassecreto para secreto ou de secreto para
reservado. Isso não acontece.

59 - CESPE/IPHAN/2018

Documento arquivístico é um conjunto de dados estruturados,


apresentados em uma forma fixa, representando um conteúdo
estável, produzido ou recebido por pessoa física ou jurídica (pública
ou privada), no exercício de uma atividade, em observância aos
requisitos normativos da atividade à qual esteja relacionado, e
preservado como evidência da realização dessa atividade. Vanderlei
Batista dos Santos. A arquivística como disciplina científica:
princípios, objetivos e objetos. Salvador: Bravos, 2015 (com
adaptações). A partir do fragmento de texto apresentado, julgue o
item a seguir, acerca de noções de arquivística.

Filme, fotografia, disco, planta, microficha e relatório são os gêneros


em que se diferem os documentos arquivísticos

. ( ) CORRETO (x) ERRADO

Relatório é espécie, os demais todos são gêneros.

60 - CESPE/IPHAN/2018

Uma fotografia classificada quanto a sua natureza como ostensiva


deve ser armazenada em ambiente de acesso restrito.

( ) CORRETO (x) ERRADO

O acesso é restrito --Então ele é sigiloso.

61 - CESPE/IPHAN/2018

A tipologia documental pode ser empregada na avaliação documental.

(x ) CORRETO ( ) ERRADO

Tipologia = Espécie + atividade

62 - CESPE/STJ/2015

A espécie documental textual é a mais encontrada nos acervos


arquivísticos brasileiros.

( ) CORRETO (x ) ERRADO

Espécie é um aspecto formal

O documental textual - é o Gênero

63 - CESPE/FUB/2015

Documentos cartográficos, filmográficos, textuais e informáticos são


exemplos de classificação de documentos quanto ao gênero.

(x) CORRETO ( ) ERRADO

64 - CESPE/ANATEL/2014

Os mapas e plantas encontrados nos arquivos da ANATEL pertencem


ao gênero documental iconográfico, sendo classificados e avaliados
de forma diferenciada e específica, conforme esse gênero
documental.

( ) CORRETO (x) ERRADO

Mapas e Plantas são cartográficos

65 - CESPE/TC-DF/2014

O tipo documental está relacionado à fusão da espécie documental


com a função do documento.

(x ) CORRETO ( ) ERRADO

função de documento = atividade especializada

66 - CESPE/TC-DF/2014

Um relatório de atividades, uma ata de reunião de diretoria e um


processo de compra de material são exemplos de tipos documentais.

(x ) CORRETO ( ) ERRADO

Se fosse para ser espécie..era só tirar a parte específica.

67 - CESPE/TC-DF/2014

Planilhas eletrônicas, mensagens de correio eletrônico, sítios na


Internet, bases de dados e de textos, imagens fixas e em movimento,
gravações sonoras são exemplos de documentos arquivísticos
digitais.

(x ) CORRETO ( ) ERRADO

68 - CESPE/MTE/2014

Os microfilmes fazem parte do gênero documental conhecido como


filmográfico.

( ) CORRETO (x ) ERRADO

Não é filmográficos e sim micrográficos

69 - CESPE/CADE/2014

A categoria textual é um dos principais tipos documentais presentes


nos órgãos públicos brasileiros.
( ) CORRETO (x ) ERRADO

A categoria textual é gênero , não é tipo

Tipos documental = espécie + atividade

70 - CESPE/PF/2014

O ofício, o memorando e o processo são exemplos de tipos


documentais.

( ) CORRETO (x ) ERRADO

Eles são espécie documental

71 - CESPE/PF/2014

A autenticidade dos documentos de arquivo, característica


fundamental para destaque da função de prova, é obtida mediante
adequação da espécie à função do documento.

(x ) CORRETO ( ) ERRADO

Príncipios Arquivísticos

A Arquivologia enquanto ciência possui princípios que devem orientar


seus trabalhos e estudos. Esses princípios são utilizados desde o final
do século XIX e constituem a própria base da Arquivística Moderna.

Em poucas palavras, princípios são os mandamentos básicos e


fundamentais nos quais se alicerça uma ciência. São as diretrizes que
orientam uma ciência e dão subsídios à aplicação das suas normas.

Princípio da Proveniência ou do Respeito aos Fundos: Este é o


mais importante princípio da Arquivologia. Ele afirma que os
documentos e arquivos originários de uma pessoa ou instituição
devem manter sua individualidade, não podendo ser misturados com
os arquivos de origem diversa.
Ex: Os arquivos da PF não podem ser misturados com os da PRF

O arquivo deve refletir a organização e funcionamento de seu


produtor, razão pela qual não deve ser alterado (ter documentos
retirados ou acrescidos de forma indevida, ou misturados com os de
outras pessoas ou instituições). Ao conjunto arquivístico de uma
pessoa ou entidade chamamos de “fundo arquivístico”.

OBSERVAÇÃO: O respeito aos fundos consiste em manter os arquivos


agrupados, sem misturá-los aos outros provenientes de uma
administração, instituição ou de uma pessoa física ou jurídica. É
fundamental o respeito à origem dos documentos. Ou seja, os
arquivos devem ser organizados por fundos ou núcleos de uma
mesma fonte produtora/geradora, não devendo ser misturados aos
de outras fontes.

✓ Fundo é o conjunto de documentos de uma mesma


proveniência.

O termo “respeito aos fundos” é muito cobrado. Alguns autores dizem


que o princípio de respeito aos fundos é o mesmo que princípio da
proveniência. De fato, os dois falam da mesma coisa só que de jeitos
diferentes. O princípio da proveniência diz que os devem ser
mantidos, num mesmo fundo, os documentos provenientes de uma
mesma fonte geradora. Já o princípio do respeito aos fundos diz que
os documentos de uma fonte geradora não devem ser misturados aos
documentos de outra fonte geradora.

Fundo fechado: fundo que não recebe acréscimos de documentos,


em função de a entidade produtora não se encontrar mais em
atividade. (EM REGRA). Tem uma exceção, no exercício de
questões.

Fundo Aberto: quando ainda podem ser acrescentados novos


documentos em função do fato de a entidade produtora continuar em
atividade.

Princípio da Organicidade: Este deriva do princípio da


Proveniência. A organicidade é a qualidade segundo a qual os
documentos devem manter uma organização que reflita fielmente a
estrutura, funcionamento e relações internas e externas de seu
produtor.

Segundo Heloísa Bellotto os arquivos refletem a estrutura, as funções


e as atividades da entidade produtora/acumuladora, em suas relações
internas e externas.

Princípio da Ordem Original: Princípio segundo o qual o arquivo


deve conservar o arranjo dado pela entidade coletiva, pessoa ou
família que o produziu. Este princípio enuncia que, considerando as
relações estruturais e funcionais que presidem a origem dos
arquivos, a sua ordem original deve ser mantida quando o mesmo
for recolhido, pois garante sua organicidade.

Ele é um desmembramento do princípio da proveniência.

Segundo o DBTA, a ordem original é o princípio segundo o qual o


arquivo deveria conservar o arranjo dado pela entidade coletiva,
pessoa ou família que o produziu.

A ordem original deve ser mantida materialmente (física) e


intelectualmente.

O que é considerado ordem material: ordem material é a ordem


física em que os documentos foram acumulados. Essa folha vem
atrás dessa que vem atrás dessa e por aí vai.

O que é considerado ordem intelectual: a ordem em que os


documentos foram produzidos dentro de uma sequência lógica, de
um contexto. Um bom exemplo são os processos de tribunais.

Princípio da Unicidade: É a qualidade pela qual os documentos de


arquivo, independentemente de sua forma, espécie, tipo ou suporte,
preserva seu caráter único, pelo contexto de sua produção. Os
documentos são criados por uma atividade específica e para atender
à necessidade determinada; portanto, mesmo que haja outro
documento igual no arquivo, ainda assim eles serão únicos, pois
as atividades e necessidades que motivaram sua produção são
únicas.

O documento tem caráter único, ideia de atividade especifica, não é


relacionado a quantidade de cópias.
Os arquivos conservam um caráter único em função do contexto em
que foram produzidos.

ATENÇÃO: A regra é que os documentos são únicos dentro do seu


contexto de produção mas existem os originais múltiplos, como as
circulares, por exemplo, que são produzidas em várias vias mas cada
via vai para um setor, portanto, continuam sendo únicos dentro do
contexto no qual foram produzidos.vias mas cada via vai para um
setor, portanto, continuam sendo únicos dentro do contexto no qual
foram produzidos.

Princípio da Indivisibilidade ou Integridade Arquivística:


Também derivado do princípio da Proveniência, É a qualidade pela
qual os fundos devem manter-se preservados sem dispersão,
mutilação, alienação, destruição não autorizada ou acréscimos
indevidos de peças documentais. Os fundos de arquivo devem
refletir a estrutura e o funcionamento da instituição, e os documentos
que o compõem têm muito mais valor quando no seu conjunto do
que fora dele. Portanto, os fundos devem manter-se completos para
refletir o mais fielmente possível o seu produtor, o que não ocorrerá
se o mesmo não estiver íntegro.

Princípio da Cumulatividade/Naturalidade: Este princípio afirma


que os arquivos são uma formação progressiva, natural e orgânica.
Diferente da biblioteca e de outros órgãos de documentação, em que
a cumulação de documentos se dá de forma gradativa (com a
aquisição dos documentos por compra, permuta ou doação), o
arquivo acumula seus documentos conforme seu produtor realiza
suas atividades. Os documentos de arquivo são, então, um produto
imediato, natural e direto dessas atividades.

Princípio da Territorialidade: Este princípio, nascido de questões


políticas pelas fronteiras do Canadá, é utilizado no sentido de definir
o domicílio legal dos documentos, ou seja, a “jurisdição”, o local onde
serão produzidos seus efeitos. Essa jurisdição do documento deve ser
definida conforme a área territorial, a esfera de poder e o âmbito
administrativo onde foi produzido ou recebido o documento. O
documento deve se manter o mais próximo possível do local onde foi
produzido, seja uma instituição, uma região específica ou uma nação.

Como exceção, não se aplica este princípio a documentos


produzidos por acordos diplomáticos ou por ações militares.
Teoria das Três Idades: Também conhecida como Ciclo Vital dos
Documentos, ou Estágio de Evolução dos Arquivos, esta teoria
constitui um verdadeiro marco na história da Arquivística. Ela afirma
que os documentos de um arquivo passam por estágios conforme
seus valores mudam. Quando um documento é produzido, ele possui
um valor primário, que é sua importância para a atividade que o
gerou. Contudo, esse valor é temporário: cessa logo que a atividade
acaba.

Princípio da Reversibilidade: É a ideia de que as atividades


realizadas nos arquivos podem ser revertidas, se necessário.
Significa dizer que nenhuma ação realizada nos arquivos ou
documentos é definitiva. Claro que isso se trata de uma ideia, pois
algumas atividades não podem ser revertidas em função da lógica,
como por exemplo, a eliminação de documentos; uma vez que se
destrói um documento, é impossível recuperá-lo. Outro caso seria o
envio de documentos; aqui o máximo que se pode fazer é pedi-lo de
volta, ou enviar um segundo pedindo que se desconsidere o primeiro.

Mas para nossa prova, considerem que todas as atividades


podem ser revertidas.

Atenção

Princípio da Pertinência ou Temático: É a qualidade pela qual os


documentos, quando recolhidos a uma instituição arquivística, devem
ser reclassificados e reorganizados por assuntos, independentemente
da sua proveniência e organização originais. Este conceito não é
mais adotado na Arquivística por ir de encontro ao Princípio
da Proveniência. Se todos os documentos são classificados e
reorganizados de acordo com um plano geral, desprezando a
organização original, o conjunto perderá sua razão de ser, que é
refletir e mostrar as atividades e organização das instituições.

PF e PRF juntando os arquivos.

Atenção: Existem ainda outros princípios que aparecerão em provas.


São eles:

Princípio da Pertinência Funcional ou Proveniência Funcional: Este


princípio determina que os documentos devam ser transferidos de
uma autoridade a outra quando ocorrer mudanças políticas ou
administrativas, para garantir a continuidade administrativa.
Também está em desuso.

Princípio da Pertinência Territorial: Este princípio afirma que os


documentos deveriam ser transferidos para a custódia de arquivos
com jurisdição arquivística sobre o território ao qual se reporta o seu
conteúdo (assunto), sem levar em conta o lugar em que foram
produzidos.

Princípio da Proveniência Territorial: Este princípio, afirma que os


documentos deveriam ser conservados em serviços de arquivos do
território no qual foram produzidos, com exceção daqueles
produzidos por operações militares ou representações diplomáticas.

Princípio da Autenticidade - diz que os documentos devem ser


criados, guardados e conservados respeitando as normas, técnicas e
processos que garantam sua veracidade e confiabilidade.

Princípio da Veracidade – diz que o conteúdo do documento


corresponde verdadeiramente aos fatos.

Princípio do Inter-relacionamento – os documentos de arquivo


possuem relações entre si, ou seja, são conexos.

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