Você está na página 1de 16

ADEP-BAHIA

INTRODUÇÃO ÀS SAGRADAS ESCRITURAS

(BIBLIOLOGIA)

INTRODUÇÃO 
A Bíblia é o manual de vida para o cristão. Sem a Bíblia é impossível sabermos o
padrão de vida que devemos seguir para agradarmos ao SENHOR. Nela encontramos o
verdadeiro caminho a ser seguido ante a um mundo cheio de atalhos que nos aprisiona
em nossas próprias vidas. Você com certeza está aqui porque quer de fato aprender mais
sobre esse livro, essa suma revelação de Deus. Há movimentos carismáticos (citaremos
o significado de “carismático” mais a frente) que prometem trazer uma grande revelação
à sua vida. Nós cremos na manifestação do Espírito e que o SENHOR fala por
intermédio de Seus profetas, mas a maior revelação que você e eu podemos ter é ouvir
o SENHOR falar por intermédio de Sua Palavra.

A Palavra é o próprio SENHOR (Jo 1.1), portanto, o fundamento primário e principal da


nossa vida, deve, impreterivelmente, ser a Bíblia, a Palavra de Deus.

Nessa breve introdução quero expor uma carência que está afetando grandemente as
igrejas no tocante as pregações e os estudos das Sagradas Escrituras: A
INTERPRETAÇÃO. A tecnologia tem como propósitos principais facilitar o acesso e
a conectividade em quaisquer esferas atuais, sejam elas religiosas, sociais, culturais,
educacionais, profissionais e afins; há uma infinidade de facilidades que cooperam para
uma vida mais dinâmica, afinal, tempo é valioso demais para ser perdido. Mediante a
essa dinâmica, abreviamos palavras, pulamos páginas sem as termos lidas por completo
e isso tem criado uma deficiência em nossa leitura e principalmente em nossa
interpretação
ocasionando uma conclusão falha e não verdadeira do que lemos, portanto, no início
deste estudo sugiro a você que em nossas próximas leituras e estudos leia cada versículo
e passagem respeitando pontuações e as ordens gramaticais. Você verá como isso lhe
auxiliará na interpretação bíblica e facilitará na extração dos mais profundos
ensinamentos do SENHOR.

O Que é a Bíblia Sagrada?


A Bíblia é a Palavra de Deus revelada e registrada em uma coleção de livros
escritos durante séculos
.A Bíblia também é o livro mais lido no mundo. Porém, ela não é um livro comum. Os
leitores da Bíblia precisam saber que ela possui duas naturezas: humana e divina.
A natureza humana da Bíblia significa que ela foi escrita por homens. Já sua natureza
divina significa que apesar de ter sido escrita por homens, ela foi inspirada pelo próprio
Deus. Assim, ela é a divina Palavra de Deus em todos os sentidos.

O significado da palavra “Bíblia”

DEFININDO O CONCEITO DE BÍBLIA

O termo “bíblia” tem uma multiplicidade em sua etimologia. A palavra vem de um


termo grego que é escrito no plural, “Biblíon”, que é o diminutivo de “Byblos”,
provavelmente do nome da cidade de onde esse material era exportado para a Grécia,
Biblos, hoje a atual Gebal, uma cidade localizada na costa mediterrânea do Líbano, 42
km ao norte de Beirut. O termo “Biblíon” significa “pequeno livro” e em seu original
“Byblos”, “conjunto de livros” ou “grande livro” (essa proporção provém da junção de
muitos livros).

É interessante notar que da forma com que esse termo é aplicado, ele transmite um
sentido muito especial. Ele indica que entre milhões de livros existentes, apenas um tem
importância e autoridade suficiente para ser chamado simplesmente de “O Livro”.
Antes de o termo “Bíblia” ser amplamente utilizado, essa coleção de livros era chamada
mais frequentemente de  “As Sagradas Escrituras”.

Quando a Bíblia foi escrita e quem a escreveu?


A coleção de livros que formam a Bíblia foi escrita por diversos autores num
espaço de tempo que compreende entre 1.500 e 2.000 anos.
Provavelmente os primeiros livros que foram escritos datam de aproximadamente 3.500
anos atrás. Já os últimos, foram escritos há cerca de 2.000 anos.
No entanto, a história registrada na Bíblia abrange um período muito maior. Ela recua à
data mais remota possível, visto que ela narra a própria criação do mundo.

Quantos livros formam a Bíblia?

A Bíblia é formada originalmente por 66 livros aceitos como sendo inspirados por


Deus. Esses 66 livros correspondem aos 39 livros do Antigo Testamento, e aos 27 livros
do Novo Testamento.
Os livros do Antigo Testamento são os livros sagrados dos judeus escritos em hebraico.
Apenas alguns pequenos trechos foram escritos em aramaico. Já os livros do Novo
Testamento foram aqueles escritos em grego já na era Cristã, depois do ministério de
Cristo.

As Bíblias Católica e Ortodoxa possuem uma quantidade diferente de livros em relação


à Bíblia Protestante. Isso ocorre porque tais tradições passaram a considerar e incluir
ao Antigo Testamento alguns livros e textos que foram inclusos na Septuaginta. Porém,
tais livros não aparecem no Canôn original do Antigo Testamento hebraico. Assim
como os judeus, a Igreja Reforma não os considerou como inspirados.
No entanto, as Bíblias Católica e Ortodoxa também possuem os 66 livros que formam a
Bíblia Protestante. Quanto à tradução dessas Bíblias, não há qualquer diferença
realmente significativa.

Como os livros bíblicos estão organizados?

O Antigo Testamento conta a história do período antes de Cristo. Já o Novo


Testamento registra os acontecimentos a partir do nascimento de Jesus.

Os livros do Antigo e do Novo Testamento também são classificados por suas
características e assuntos. A classificação é a seguinte:

ANTIGO TESTAMENTO (39 livros)

Pentateuco ou Torá – Os cinco primeiros livros da Bíblia

 Gênesis, Êxodo, Levítico, Número e Deuteronômio. são os cinco primeiros


livros da Bíblia. Eles contam a origem de todas as coisas e a forma com que
Deus escolheu para si um povo (de Gênesis a Deuteronômio).

Livros Históricos: Os livros que descrevem o nascimento e a trajetória do povo de


Israel, bem como a transação do período teocrático para o monárquico.

 Josué, Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias


Ester (sobre esse último, ressaltarei um ponto sobre ele logo abaixo).
são os livros que registram, principalmente, a história do povo de Israel. Essa história é
contada desde que eles chegaram à Terra Prometida (de Josué a Ester).

Livros históricos - deuterocanônicos ou Apócrifos – Livros que foram


escritos mais que não entraram no cânon bíblico protestante (decisão
tomada pelos concílios eclesiásticos, no tocante a isto, falaremos mais a
frente).

Tobias, Judite, I e II Macabeus, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico e Baruque.

Nota: Há adições no livro de Ester que são deuterocanônicas, bem como no livro do
profeta Daniel nomeadamente os episódios do Salmo de Azarias, da História de Susana
e de Bel e o dragão. Essas respectivas adições são encontradas somente nas Bíblias
católicas e ortodoxas, assim como na Septuaginta grega.

Livros sapienciais ou Poéticos – exposições de esferas sociais e pessoais, em uma


linguagem informal podemos dizer que tratam sobre coisas da vida do dia a dia do povo
e engloba a sabedoria popular e a sabedoria culta. Revelam as características do
SENHOR no agir cotidiano na vida do homem.

 Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cânticos dos Cânticos (ou Catares de


Salomão).
Livros de Profecias: registram as mensagens dadas por Deus sobre o futuro de seu
povo. Seus escritores foram homens que Ele escolheu como seus porta-vozes na terra
(de Isaías a Malaquias).

Profetas maiores – Um conjunto de livros que retratam as vidas dos profetas, as


sentenças proferidas por Deus por intermédio do ministério profético, a exposição da
vergonha e dos pecados de Israel e a revelação da grande promessa redentora que viria
para a salvação: Jesus.

 Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel, Daniel.

NOVO TESTAMENTO (27 livros)

Evangelhos ou Narrativa da vida de Cristo – Descrevem a biografia e o ministério de


Jesus Cristo, desde o nascimento até sua ressureição, expondo seus ensinamentos e
parábolas, bem como a recepção Messiânica negligente dos judeus.

 Mateus, Marcos, Lucas, João.

Nota: Os três primeiros, Mateus, Marcos e Lucas são considerados sinóticos por


possuírem diversas narrativas iguais (mesmo acontecimento). O termo “sinótico”
significa “mesma visão”, portanto, imputa-se esse termo aos três primeiros evangelhos.
O evangelho segundo João é bem diferente e por isso recebe o nome “sinótico”.

 Livro Histórico – Único livro considerado histórico do novo testamento. Sua


consideração histórica provém de que o livro retrata a descida do Espírito Santo,
o início e a expansão da igreja, estruturação eclesiástica, a ordenação diaconal, o início
da perseguição da igreja e os feitos dos apóstolos.
 Ele informa em detalhes como o Evangelho foi propagado rapidamente pelo Oriente.

 Atos dos Apóstolos

Epístolas - são cartas escritas por líderes da Igreja. Esses homens foram levantados por
Deus para ensinar a Igreja do Senhor. Essas cartas contêm as doutrinas fundamentais da
fé Cristã (da Epístola de Romanos a Epístola de Judas).
Cartas ou Epístolas paulinas – Cartas ou Epístolas que tem por autor o apóstolo Paulo.
São epistolas que em sua maioria trazem a estruturação eclesiástica e o fundamento da
boa doutrina.

 Romanos, I e II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I e


IITessalonicenses, I e II Timóteo, Tito, Filemom.

Cartas gerais ou Epístolas universais – Diferentemente das epístolas paulinas, não


eram destinadas especificamente a um (pessoa) ou uma (igreja) destinatário (a).
O destino dessas respectivas cartas era para a igreja universal e os cristãos espalhados
pelas nações e todo aquele que buscava professar a fé em Jesus.

 Hebreus, Tiago, I e II Pedro, I, II e III João, Judas.

Livro de Profecia do Novo Testamento-


 nessa categoria se enquadra apenas o livro do Apocalipse escrito pelo apóstolo João.
Esse livro contém uma série de revelações que João recebeu diretamente da parte de
Cristo. Essas revelações são primordiais para a Igreja, independentemente de sua época.
Saiba mais sobre quais são os livros bíblicos.

 Apocalipse – Um livro profético que foi entregue ao apóstolo João em uma


visão como um fim bem específico: trazer ao conhecimento do leitor o porvir da
Glória e da Ira do SENHOR. Também tem como propósito mostrar
sucintamente a gloriosa estrutura celestial em que se encontrarão os que serão
salvos e o terrível fim do que serão condenados.

O que a Bíblia realmente é?


Muito pode ser dito sobre o que é a Bíblia.
 Ao longo do tempo, ela teve sua circulação proibida. Ela sofreu diversas tentativas de
homens que tentaram destruí-la. Também foi contestada por céticos e desprezada
por muitos que acreditaram que seus dias estavam contados. Muitas pessoas já
afirmaram que devido a evolução cientifica, intelectual e tecnológica, chegaria o dia em
que a Bíblia não passaria de um simples livro esquecido e sem qualquer valor espiritual.
Apesar disso, a Bíblia permanece absoluta como o livro mais lido de todos os
tempos. Suas características e propósitos continuam intactos. Resumidamente, podemos
dizer que a Bíblia é:

1. A Bíblia é a única regra de fé e prática


Apenas a Bíblia Sagrada possui autoridade absoluta para nos revelar o modo com
que devemos viver, de forma que possamos nos enquadrar nos preceitos divinos e
agradar o nosso Deus.
Na Bíblia encontramos a verdadeira sabedoria que molda nosso comportamento e nos
conduz em nossas decisões.
Não é necessário ser um teólogo para poder compreender de forma bastante simples e
esclarecida os pontos fundamentais da nossa fé. Através de uma leitura natural
e atenciosa, qualquer leitor entenderá que o Deus revelado na Bíblia é o único
e verdadeiro Deus, criador de todas as coisas. Também entenderá que apenas através de
Cristo o homem pode ser salvo. Além disso terá ciência sobre quais são os
mandamentos de Deus para que possamos viver uma vida que o agrade.

2. A Bíblia é totalmente inspirada por Deus


Tudo o que está registrado na Bíblia foi inspirado pelo Espírito de Deus.
Isso significa que não há uma parte mais inspirada e outra menos inspirada. Mesmo a
Bíblia contendo diversos autores, a fonte de todos eles foi o Espírito Santo. Assim, o
próprio Deus é o Autor primário das Escrituras Sagradas.

3. A Bíblia é inerrante
A Bíblia é a verdade acima de qualquer suspeita.
 Apesar de ter sido escrita por homens falíveis, a Bíblia não possui qualquer erro ou
contradição. Como ela foi inspirada por Deus, tudo aquilo que foi escrito nela pelos
autores humanos teve a supervisão e a aprovação divina. No entanto, a Bíblia também
possui passagens difíceis que aparentemente podem soar até mesmo como possíveis
contradições. Mas a dificuldade ou a falha na interpretação dessas passagens está em
nós e não na Bíblia. Inclusive, tais dificuldade podem ser motivadas por alguns fatores,
como por exemplo, possíveis problemas em algumas traduções bíblicas e copias que
foram feitas ao longo dos tempos.

A INERRÂNCIA DA BÍBLIA

A palavra “inerrância” e a característica do que é inerrante, incapaz de errar ou de estar


errado. Há exposições que dizem que a inerrância é uma doutrina e que não pode ser
imputada como adjetivo singular para a Palavra de Deus. Não é possível crer na bíblia
como a única e perfeita palavra de Deus sem crer em sua inerrância. Bíblia é livre de
qualquer erro em tudo o que ensina e afirma, não importa se no campo é histórico ou
científico. Nessa ideia entende-se a participação divina e humana e que a linguagem
usada é para que haja compreensão nos leitores. Significa que a Bíblia não é um tratado
científico nem histórico, mas naquilo que trata desses assuntos é verídico. E para isso é
usado a linguagem humana, por exemplo, quando Josué pediu para o Sol e a Lua
pararem, estavam usando a visão humana, pois para quem está na Terra quem está se
movimentando é o Sol e a Lua. E não há nenhum problema nisso, pois até hoje, onde se
sabe que é a terra que se movimenta em torno do Sol (conforme diz a ciência) ainda se
diz que o sol nasce e se põe.

IMPLICAÇÕES DA INERRÂNCIA

Toda a palavra é fruto da inspiração divina, ou seja, diretamente inspirada por Deus.
OSENHOR nos deixou escrito a Sua Vontade e não há nada que frustre e plano divino
que é revelar o único e verdadeiro Deus ao homem. Vejamos as implicações de crer
na inerrância bíblica, Usarei aqui duas passagens bíblicas paras refutar essa exposição
que diz que a palavra de Deus não é inerrante, ou seja, incapaz de estar errada.

Mt 5.48: “Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.”

Primeira premissa, Deus é perfeito e sendo perfeito, tudo o que faz é perfeito. A
perfeição do Senhor carrega a capacidade de não mudar, ou seja, ser imutável.
A imutabilidade é um dom incomunicável de Deus, não compartilhado com o homem.
Somente o SENHOR tem a capacidade de ser imutável seja por vontade própria ou
ações externas. Veja: Ml 3.6: “Porque eu sou o Senhor e não mudo...”. Sendo perfeito
e imutável, suas palavras não podem sofrer mudanças ou frustrações. É claro que
existem as interpretações errôneas, mas no tocante a isso, refere-se à interpretação de
quem ouve (homem) e não de quem fala (Deus). Portanto os erros parte da interpretação
humana e não da perfeição Divina.

2 Tm 3.16: “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar,


para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça”.

Partindo da segunda premissa que TODA A ESCRITURA é inspirada por Deus


podemos determinar que nada do que está escrito na Bíblia é fruto de pensamentos
helenistas ou filosóficos do mundo antigo. Apesar de a bíblia trazer linguagens pessoais,
haja vista que, possui mais de 40 escritores, tudo o que está contido nela é fruto da
revelação do SENHOR ao homem, este, selecionado e inspirado pelo próprio Deus por
intermédio do seu Espírito para cumprir o propósito de escrever a vontade Imutável e
Soberana de Deus.

 A junção dessas duas premissas, DEUS É PERFEITO E IMUTÁVEL EM TUDO O


QUE FAZ E DIZ e TODA A ESCRITURA É INSPIRADA POR DEUS,  nos resulta
uma conclusão:

A BÍBLIA É A FIEL E INERRANTE PALAVRA DE DEUS, A PERFEITA


VONTADE DOSENHOR, Sl 19.7: “A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o
testemunho do Senhor é fiel .”.Nela não há contradições, ficções ou mentiras a cerca
da Suma Revelação, a saber, O Deus revelado ao homem.

4. A Bíblia é a resposta para os grandes questionamentos da


humanidade
Na Bíblia podemos encontrar a resposta para as grandes questões levantadas pelo
homem durante toda sua existência. Por exemplo, a Bíblia responde quem somos, de
onde viemos, quem criou todas as coisas, por que existimos, como devemos viver e para
onde vamos.

5. A Bíblia é a revelação de Deus

Deus se revela de várias formas ao homem, seja pela criação ou mesmo pela
consciência moral que todo ser humano possui. Mas é na Bíblia que encontramos a
auto-revelação especial de Deus. É através das Escrituras que tomamos conhecimento
de forma clara sobre seus mandamentos, sobre seus propósitos e sobre o plano redentor
através do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.

OS NOMES DA BÍBLIA.

Apesar do termo “bíblia” ter sido escolhido como um nome para representar a Palavra
de Deus, esse termo não se encontra nas Sagradas Escrituras. A bíblia ante a ela
mesma possui diversos nomes, vejamos:

1 . Escrituras  – M t 2 1 . 4 2 2
2 . Sagradas Escrituras  – R m 1 . 2 3
3 . Livro do Senhor –   I s   3 4 . 1 6 4
4. A Palavra de Deus –   M c 7 . 1 3 ; H b 4 . 1 2
5 . Os oráculos de Deus  – R m 3 . 2 6
6. Livro da Lei  – Dt 31.267.
7 . Evangelho –   R m 1 . 2 8
8 . Lei do Senhor –   S l   1 9 . 7 9
9. Palavras vivas – A t 7 . 3 8 10
10. Palavra de Cristo – Cl 3.1611
11. Escritura – 2 Tm 3.161 2 .
12. O Rolo –   S l 4 0 . 7 13
13. Espada do Espírito – Ef 6.1714
14. Verdade – Jo 17.17

6. A Bíblia é Cristocêntrica

Centenas de personagens bíblicos são citados nela, mas Jesus é o personagem central
das Sagradas Escrituras. O Antigo Testamento aponta para sua vinda, e o Novo
Testamento mostra o cumprimento do que foi predito no Antigo Testamento. O
Novo Testamento descreve em detalhes o ministério do Filho de Deus na terra e a
realidade de sua segunda vinda em breve.

7. A Bíblia é a informação clara, precisa e confiável acerca do futuro de todas as


coisas

A Bíblia revela de forma incontestável como será a consumação de todas as coisas. Ela
informa sobre a condenação eterna que aguarda os ímpios. Também revela as promessas
de um futuro glorioso para aqueles que foram redimidos através da obra de Cristo na
cruz do Calvário. De tantas coisas que possamos dizer sobre o que é a Bíblia, tudo se
resume na plena compreensão da verdade de que ela não apenas contém a Palavra de
Deus, mas é a própria Palavra de Deus revelada a nós.

O Livro de Gênesis
 

O livro de Gênesis é o primeiro livro da Bíblia. Ele serve de forma perfeita como
introdução a todo conteúdo. A palavra “Gênesis”, do grego
gêneseos, significa “origem” ou “fonte”. Essa palavra traduz o hebraico
bereshith, que é a primeira palavra do livro. Essa palavra hebraica significa “no
principio”.

O autor e a data do livro de Gênesis

Em nenhum lugar do livro o autor é mencionado, mas a própria Bíblia testemunha que


Moisés escreveu os cinco primeiros livros da Bíblia, incluindo Gênesis. Portanto, a
tradição judaica e a tradição cristã aceitam que Moisés é o autor desse livro. Mas
mesmo ainda existe alguma discussão em relação à autoria do livro e o período em que
foi escrito. Alguns acreditam que Gênesis foi escrito após a época de Moisés, enquanto
outros acreditam que o livro foi escrito antes dele.

Priorizando o que a própria Bíblia testifica, o mais certo é que realmente tenha sido
Moisés o autor do livro de Gênesis. Ele recebeu a palavra inspirada pelo Espírito de
Deus, e possivelmente teve revelações especiais da parte do Senhor sob determinados
pontos. Além disso, sob a supervisão divina, provavelmente ele reuniu registros escritos
e tradições orais na composição dessa obra.

Isso explica como ele relatou acontecimentos que ocorreram antes de seu tempo. Um
exemplo disto é a expressão “estas são as gerações de” . Esta expressão comum em Gênesis
pode ser traduzida como “estas são as histórias por” .

Com relação a uma data, não é possível determinar com exatidão o ano em que o livro
de Gênesis foi escrito. A data mais aceita entre os estudiosos para a composição
de Gênesis é algo em torno de1400 a.C. Essa data é estipulada com base em alguns
detalhes internos do próprio livro, e de outros livros bíblicos que mencionam eventos
narrados em Gênesis.

Mas isso não significa que o livro como o conhecemos ficou pronto nessa data.
Certamente o livro de Gênesis passou por algumas atualizações posteriores. Saiba mais
sobre quem escreveu Gênesis.

Os destinatários do livro de Gênesis


Sem dúvida o público original do livro de Gênesis foi o povo de Israel. Provavelmente
Gênesis foi escrito para encorajá-los durante o difícil período do êxodo. Os israelitas
estavam deixando o seu passado no Egito e partindo para conquistar a terra prometida
pelo Senhor.

Por isso o livro de Gênesis explica verdades fundamentais ao povo de Israel. Ele relata a
criação de todas as coisas, o início da história da humanidade e a origem do
próprio provo de Israel. O livro de Gênesis mostra como Deus escolheu os israelitas
para um relacionamento exclusivo com Ele.

Os propósitos do Livro de Gênesis


Com base no tópico anterior, podemos dizer que os principais propósitos do livro
de Gênesis são:

 Revelar a soberania de Deus na criação do universo.


 Ensinar ao povo de Israel sobre os propósitos eternos de Deus.
 Explicar a origem da humanidade e do pecado.
 Relatar como foi a vida dos patriarcas do povo de Israel.
 Revelar o início da história da redenção, apresentando um conceito totalmente
monoteísta. Gênesis fala de um único Deus, Soberano e Criador de todas
as coisas.

Resumo, conteúdo e organização do Livro de Gênesis


Existem diferentes formas de organizar o conteúdo de Gênesis. Aqui vamos destacar
três formas diferentes. A primeira delas divide o livro de Gênesis em três seções. A
primeira seção conta a história primitiva (capítulos 1:1-11:9). A segunda seção fala
sobre a antiga história patriarcal (capítulos 11:10-37:1). A seção parte conta a história
de José (capítulos 37:2-50:26). Essa última seção também é um tipo de transição entre o
primeiro e o segundo livro da Bíblia. Ela fornece detalhes fundamentais para a
compreensão do livro de Êxodo.

Também é possível organizar o conteúdo do livro de Gênesis em duas grandes partes


principais. A primeira parte reúne o conteúdo dos capítulos 1:1 ao 11:26. Essa primeira
parte é uma introdução geral. Ela começa em Adão e termina em Abraão. É dentro
dessa seção que temos: a criação do mundo, aqueda do homem com a desobediência de
Adão e Eva, dando início ao pecado na humanidade. Nessa seção também lemos sobre
Caim e Abel, e sobre a grande depravação da humanidade após a Queda. Essa depravação
resultou no juízo de Deus através do grande Dilúvio. Naquela ocasião apenas Noé e sua
família foram poupados por Deus. Essa seção termina com os relatos da desobediência
do homem na construção da Torre de Babel já após o Dilúvio. A segunda parte começa
em Gênesis 11:27 e vai até o final do livro. Essa segunda grande parte registra o inicio
do povo hebreu. Nela também é desenvolvida de forma mais clara a introdução do
propósito divino para a redenção da humanidade. Os personagens principais desta
segunda parte do livro são: Abraão, Isaque, Jacó e José. A última sugestão de
organização do livro de Gênesis também divide o livro em três partes. A primeira parte
relata a criação do mundo, e se concentra entre os capítulos 1:1 e 2:25. A segunda parte
relata a degeneração da humanidade (capítulos 3:1-11:32). A terceira e última parte trata
da ideia de regeneração através da redenção providenciada por Deus (capítulos 12:1-
50:26).

Esboço do livro de Gênesis


Podemos sugerir um esboço simples do livro de Gênesis da seguinte forma:

1. . A História Primitiva (capítulos 1:1-11:9): Essa seção contempla o prólogo com a


descrição da criação do universo, da Queda do homem, e do aumento do pecado.
Também relata a genealogia de Adão, e as gerações de Noé.
2. . A História Patriarcal (capítulos 11:10-37:1): Essa seção inicia com o registro das
gerações de Sem e introduz a história de Abrão. Ela também fala sobre
as gerações de Ismael, Isaque e Esaú.

3. . A História de José (capítulos 37:1-50:26): Essa seção mostra especialmente o


desenvolvimento e a organização do povo de Israel através da descendência dos
patriarcas.

Curiosidades sobre o livro de Gênesis

 Existe uma dúvida se foi Gênesis ou Jó o primeiro livro da Bíblia a ser escrito.

 O período de tempo descrito em Gênesis abrange um intervalo de tempo maior


do que todo o restante da Bíblia.

 Deus é apresentado como Criador pelo menos 50 vezes apenas nos dois
primeiros capítulos de Gênesis.

 O livro de Gênesis explica aos israelitas a origem da circuncisão.

 O livro de Gênesis mostra a origem das 12 tribos de Israel.

 O concerto de Deus com Abraão descrito nesse livro é fundamental para o


entendimento de toda a Bíblia.

 Gênesis revela como os hebreus foram para o Egito. Essa migração explica um
dos eventos mais importantes da história da humanidade: O Êxodo
Cristo em Gênesis
O livro de Gênesis claramente aponta para Cristo. Logo no capítulo 3 lemos que o
próprio Deus anunciou que o descendente da mulher destruiria Satanás (Gênesis 3:15).
A genealogia iniciada em Gênesis encontra seu final no Novo Testamento com o
nascimento de Cristo (cf. Gênesis 5; 11;Mateus 1; Lucas 3).

Noé profetizou que os descendentes de Jafé seriam abençoados encontrando a salvação


por meio dos descendentes de Sem. No Novo Testamento vemos o cumprimento dessa
profecia na expansão do Evangelho pelo mundo (Romanos 11).O escritor da Epístola
aos Hebreus aponta para o fato de que o sacerdócio de Melquisedeque tipificou o
sacerdócio de Cristo (Hebreus 7; cf. Gênesis 14:18-20).

Por fim, também percebemos que logo no começo de Gênesis o paraíso foi perdido
pelo primeiro Adão e o pecado passou a assolar a humanidade. Já no Novo Testamento
vemos o último Adão restaurando o paraíso e garantindo ao seu povo a vitória sobre
o pecado. A Bíblia começa em Gênesis mostrando o homem sendo privado da presença
de Deus. Porém, ela termina mostrando o homem desfrutando da salvação eterna através
dos méritos de Cristo. O homem não mais voltará ao Éden, mas habitará com o Senhor
no novo céu e nova terra.

O Esboço do Livro de Gênesis


Quase todo estudante do livro de Gênesis concorda que nele cabem duas divisões
lógicas: dos capítulos 1 a 11 e de 12 a 50. Os onze primeiros capítulos dão ênfase à
progressiva ruína do homem, caído de sua criação perfeita e sujeito ao julgamento do
Criador. Os capítulos 12 a 50 descrevem o progressivo e estreito plano de Deus para
a redenção do homem. A primeira divisão do livro, do capítulo 1 ao 11, pode
ser resumida em quatro acontecimentos principais: a criação (capítulos 1 e 2), a queda
(capítulos 3 a 5), o dilúvio (capítulos 6 a 9) e a confusão de línguas da torre de Babel. A
última divisão, do capítulo 12 ao 50, pode ser lembrada por seus quatro personagens
principais: Abraão (12:1 a 25:18), Isaque (25:19 a 26:35), Jacó (27 a 36) e José (37-50).

Embora existam esquemas mais complicados para o livro, este simples esboço deve
ajudá-lo a pensarem termos do livro como um todo. Cada evento, cada capítulo deve ser
entendido como contribuição ao argumento do livro.

A Importância do Livro de Gênesis


De modo especial, Gênesis é crucial do ponto de vista da doutrina da revelação
progressiva. Essa doutrina tenta definir o fenômeno que ocorre no processo da revelação
divina. Basicamente, a revelação inicial é geral, enquanto a revelação subsequente tende
a ser mais particular e específica.

Deixe-me tentar ilustrar a revelação progressiva, examinando a doutrina da


redenção. Em Gênesis3:15, a primeira promessa de redenção é clara, mas bastante
indefinida: “Ele pisará a tua cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar.

Mais adiante, aprendemos que o mundo será abençoado por meio de Abraão (Gênesis
12:3). A linhagem pela qual viria o Messias estava em Isaque, não em Ismael; em Jacó,
não em Esaú. Finalmente, em Gênesis, vemos que o futuro soberano de Israel será da
tribo de Judá: “O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de autoridade dentre seus
pés, até que venha aquele a quem pertence; e a ele obedecerão os povos” (Gênesis
49:10).

Posteriormente, ficamos sabendo que o Messias virá da descendência de Davi (2


Samuel. 7:14-16) e irá nascer na cidade de Belém (Miqueias 5:2). Literalmente,
centenas de profecias contam em maiores detalhes a vinda do Messias.

O mais surpreendente é compreender que Gênesis (e o Pentateuco) contém,


praticamente, as linhas gerais de todas as principais áreas da teologia. Para quem tende a
perder o senso de perspectiva entre verdades fundamentais e verdades secundárias, o
estudo de Gênesis o fará lembrar das áreas mais básicas e fundamentais da teologia.

Gênesis também lança luz sobre eventos contemporâneos. A amarga luta travada


atualmente no Oriente Médio é explicada no livro de Gênesis. Abrão, querendo dar uma
mãozinha ao plano de Deus, tentou resolver as coisas sozinho. O resultado foi a
concepção de um filho com a criada de Sarai, Agar. Os árabes atuais alegam serem
descendentes de Ismael.

Neste artigo Esboço e Divisão do Livro de Gênesis I nós temos uma riqueza


de detalhes. Dividir e esboçar o livro nos permite uma extrema facilidade
de memorização e aprendizado.

PALCO UM: CRIAÇÃO E QUEDA

Parte 1: A Criação do Mundo Visível – Gn 1a2.19I.

O TRABALHO ORGANIZADO DE DEUS (1a2.19)

Primeiro dia: criação da luz (1.3-5): “Disse Deus: Haja luz. E houve luz“.

Então ele faz a separação entre a luz e as trevas. Segundo dia: criação do firmamento e das
águas (1.6-8):Deus separa as águas sobre o firmamento, as águas da atmosfera, as águas
terrenas e as que estão debaixo do firmamento.

Terceiro dia: criação da flora (1.9-13):Primeiro, ele separa as águas da porção seca.
A terra, então, produz a relva, as ervas, as árvores e a vegetação de toda a espécie.

Quarto dia: criação do sol, da lua e das estrelas (14-19)


Quinto dia: criação dos peixes e das aves (1.20-23)

Sexto dia: criação dos animais terrestres e das pessoas (1.24-31; 2.7-20)

As criaturas irracionais: animais domésticos e selvagens (1.24-25)

A criatura abençoada, a quem foram dadas três coisas: A imagem de Deus (1.26-27)

A Semelhança de Deus (1.26-27)

Os trabalhos da terra (1.26-31; 2.15-19)

As pessoas devem reinar sobre toda a natureza (1.26,28),

encher a terra, conforme sua espécie (1.28),

cultivar e cuidar de seu lindo lar, o Jardim do Éden (2.15),

comer o fruto de qualquer árvore, exceto da árvore do conhecimento do bem e do


mal (2.16-1 7)

e dar nomes a todas as demais criaturas (2.19-20).

Sétimo dia: Deus termina sua obra e descansa (2.1-6): Sua obra de criação está completa
e é declarada boa. Deus abençoa e santifica o sétimo dia.

O CASAMENTO COMO PROJETO DE DEUS (2.20-25)

A criação de Eva (2.20-22):

O casamento de Eva (2.23-25): Eva é apresentada a Adão. “Portanto, deixará o homem


a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão uma só carne.” Este evento
marca o primeiro casamento da história.

Parte 2: A Queda da Humanidade – Gn 3a5

Esta parte 2 mostra a corrupção de todas as coisas com a queda do homem e pode ser
dividida da seguinte forma:

I. A TRANSGRESSÃO DO PRIMEIRO HOMEM (3.1-24)

Adão entra em desobediência (3.1-6)

O Ataque da Serpente (3.1-5)

Satanás coloca dúvidas sobre a Palavra de Deus (3.1-3): “É assim que Deus disse:
Não comereis de toda árvore do jardim?“.

Satanás os desafia a rejeitar a Palavra de Deus (3.4-5): “Disse a serpente à mulher:


Certamente não morrereis … sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal“.
A Queda (3.6): Adão decide morrer com sua esposa do que guardar a Palavra de
obediência recebida de Deus – ambos comem do fruto proibido.

A Atitude Paliativa de Adão (3.7-8): Ele procura cobrir a sua nudez, fazendo cintas de


folhas de figueira; esconde-se entre as árvores quando Deus chega.

O Pecado de Adão traz o Medo (3.9-11): Ele reconhece seu medo e sua nudez diante de
Deus. O homem prova pela primeira vez esse sentimento horrendo.

Adão culpa sua esposa (3.12-19): Adão culpa Eva, mas esta joga toda a culpa em cima
da serpente

Adão atrai o juízo de Deus (3.14-19): O justo Deus não pode aceitar o pecado e monta
seu tribunal divino no Éden e impõe as seguintes penas:

Maldição sobre a serpente (3.14-15): ser maldita entre os animais e rastejar sobre seu
ventre, comendo pó. Sua cabeça também será ferida pela semente da mulher

Maldição sobre a mulher (3.16): dar à luz em meio a dores e ser governada por seu
marido

Maldição sobre o homem (3.17-19): arcar com o trabalho árduo de cultivar alimento a
partir de um solo improdutivo e finalmente morrer, no sentido físico.

Maldição sobre a natureza (3.18): ser tomada por cardos e abrolhos.

A primeira profecia (3.15,20-21)

A promessa (3.15): Algum dia, um Salvador derrotará Satanás, a serpente!

A provisão (3.20-21): Depois que Adão dá nome à sua mulher, Deus os veste com
peles, ou seja, com a derme.

Adão perde o Éden (3.22-24)

A graça (3.22-23): Deus os remove do jardim para que não comam da árvore da vida e
vivam eternamente em seu pecado.

Os guardiões (3.24): Deus coloca seres angelicais com espadas reluzentes à entrada
oriental do Éden para manter Adão e Eva fora dali.

II DE ABEL PARA SETE (4.1-26)

O piedoso Abel (4.1-2,4): Ele é um pastor que, de forma obediente, oferece um
animal como sacrifício a Deus

A impiedade de Caim (4.3-26)


O apóstata (4.3): Ele oferece a Deus um sacrifício com um coração indiferente e
pretensioso.

O irado (4.5-7): Deus recusa o sacrifício de Caim, mas insta com ele para que ofereça
sacrifício aceitável.

O assassino (4.8-16)

Caim se torna homicida (4.8): Num repente de raiva e inveja, Caim mata seu irmão

Caim é punido com maldição (4.9-12): Ele se torna um fugitivo e errante pela terra

Caim recorre de sua sentença (4.13-16): Ele teme que quem o encontre o mate! Para
evitar isto, Deus coloca um sinal de advertência aos que poderiam tentar matá-lo. Aí,
Caim casa-se com uma mulher que, provavelmente, é uma de suas irmãs.

Caim se torna edificador (4.17-24).

Você também pode gostar