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RESUMO - REUNIÃO DE DISCUSSÃO 15/09/2021

FGV – FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS

DISCIPLINA: COMPLIANCE

ALUNA: ERICA GUEDES SERPA


TÓPICOS:

1.Startups e compliance.
2. Compliance e LGPD no caso de investigação da vida pregressa do sócio.
3. Lei de licitações
4. Compliance no cenário desportivo e gestão de pessoas.
1.STARTUPS E COMPLIANCE

As startups são pequenas empresas em estágio inicial de atividade. Esse tipo de


empresa é tendência no contexto atual do país.

Para que possam se desenvolver, expandir e se destacar é de grande relevância


para estas empresas que possuam um setor de compliance consistente.
Uma empresa que já nasce estando compliance tem mais chances de crescer de
forma saudável, e uma empresa saudável tem mais competitividade no mercado.
Além disso, uma patrocinadora vai procurar investir numa empresa confiável,
pois não é interessante para nenhuma empresa, já estabelecida no mercado, ter seu
nome vinculado a uma outra que demonstre não possuir uma estrutura sólida,
tendente a se envolver em questões antiéticas, ilegais, ou que possa trazer qualquer
prejuízo a sua imagem.
Ademais, incorrer em falhas que gerem penalidades pode trazer graves
consequências ao progresso da startup, impedindo que alcance seus objetivos.

2. COMPLIANCE E LGPD NO CASO DE INVESTIGAÇÃO DE VIDA PREGRESSA DO SÓCIO


No exemplo em questão, um dos sócios da Startup teve sua vida pregressa
investigada. Como já havia sido réu em processo penal, foi solicitado deixar a
sociedade para que o contrato fosse assinado.
Neste caso existe um conflito legal. De um lado, se o processo não foi julgado
ao tempo da investigação, deveria haver sigilo sobre os dados, pois em conformidade
com o art 5º da Constituição Federal, ninguém poderá sofrer penalidades sem o devido
processo legal.
Por outro lado, a execução de contratos ou diligências pré-contratuais são
hipóteses que permitem o tratamento de dados e está previsto na LGPD.

3. LEI DE LICITAÇÕES
A nova lei de licitações, nº 14.133/2021, traz uma mudança legislativa relevante,
pois prevê a implementação do compliance ao tempo que estabelece a necessidade do
instituto para que as empresas participem de licitação, como critério de desempate e
condição para recuperação.
A Odebrecht é um exemplo de empresa que teve sua imagem modificada após
a implementação do compliance.
No entanto, como ter certeza que uma empresa estar em compliance ou
apenas possui um setor de compliance? A cultura de compliance exige cada vez mais a
transparência na conduta das empresas. Contudo, existe a necessidade de uma
fiscalização eficiente. No caso das empresas públicas a fiscalização é feita pelo Tribunal
de Contas da União.
Para se contratar com uma empresa, como a Caixa Econômica por exemplo,
todos os trâmites precisam estar em conformidade com as leis e regulamentações, se
não estiverem, não serão aprovados pelo TCU.

4. COMPLIANCE NO CENÁRIO DESPORTIVO E GESTÃO DE PESSOAS


O compliance tem conquistado espaço nos Clubes esportivos. Assim como no
caso das startups, um clube que trabalha em conformidade com a ética, de forma
saudável, tem mais possibilidade de obter patrocínios.
Numa reflexão mais aprofundada, o compliance deveria ser aplicado também
no cenário humano da área desportista. Não se trata aqui de compliance psicológico,
mas na forma ética e íntegra, por exemplo, de tratamento de um treinador para com
um esportista, ou de esportistas entre sim. Certamente, isso tornaria o ambiente
desportista mais saudável e evitaria problemas como a exaustão psicológica de muitos.
A boa conduta, a ética e a integridade cabem em todo e qualquer lugar.

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