MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL/CAPES
Centro de Educação Aberta e a Distância – CEAD
Coordenação do Curso de Letras/Português

Disciplina: Literatura Latina I

Ano: 2019.1 Duração: Início -
Coordenador de Disciplina: Prof. Ma. Raimunda Maria dos Santos
Aluno: Joabe da Silva Souza
Matricula: 20179104580

Cultura e Literatura Latina

A literatura grega foi a primeira surgir na Europa sendo responsável por lançar os
fundamentos de quase de todos os gêneros. Os romanos, com seus clássicos latinos,
juntamente com os escritores gregos, passaram a ser considerados modelos universais e deles
provém certamente toda a tradição literária ocidental.
A literatura grega pode ser dividida em três grandes períodos:
1.Antiguidade
2.Bizantino
3.Moderno
Abrangendo as áreas do teatro a poesia, na filosofia e no texto religioso, servindo de
referência a literatura universal, como cinema, a psicanálise e a educação.
Foi Aristóteles o primeiro a elaborar uma poética sobre os gêneros literários,
considerando a arte como mimese. Tal mimese realiza-se, em primeiro lugar, de acordo com
os meios em que se realiza.

Gêneros 
Poesia Épica
Nos seus primórdios, a literatura grega se situa entre duas grandes epopeias : a Ilíada e
a Odisséia, ambas de autoria atribuída a Homero, datada de cerca do século VIII a.C. Essas
obras marcam o ponto mais alto da forma literária.
Poesia Didática
 Hesíodo, que viveu na Beócia por volta de 700 a.C., escreveu Os trabalhos,
descrevendo a vida de um agricultor beócio atormentado pela seca e opressão, escreveu
também Teogonia, que narra a genealogia dos deuses.
Poesia lírica
Poemas cantados individualmente ou acompanhados pelo coral.
Existem gêneros que se utilizam de todos os meios de expressão de ritmo, de canto, de
metro são eles:

- Ditirambos (poesia coral para honrar Dionísio).

- Nomos (canto religioso hierático).

- Tragédias, e comédias. No caso destes gêneros, diferenciam-se na forma como

empregam estes meios, se em conjunto ou separado.

Escrita na forma narrativa a dramática grega era composta por dois gêneros: a comédia
e a tragédia.

A comédia era a representação dos maus costumes, defeitos e situações relacionadas

ao ridículo

A tragédia, que significa canto ao bode, do grego "tragoidía" ("tragos" = bode e "oidé"
= canto), tratava-se de uma festa ao deus Dioniso, que se transformava em bode para fugir da
perseguição da deusa Hera. A tragédia apresentava como principais características o terror e a
piedade que despertava no público. Para os autores clássicos, era o mais nobre dos gêneros
literários.

Processo de preservação e transmissão da Literatura Clássica

Em se tratando de literatura clássica, alguns textos se conservaram mais ou menos
íntegros, outros nos chegaram mutilados mais ou menos gravemente e outros permaneceram
somente alguns pequenos fragmentos, outros desapareceram por completo, dos quais sabemos
só por testemunhas indiretas que existiram um dia. Compreende-se então a importância do
trabalho dos filólogos e dos historiadores, pois se não tivessem procurado pesquisar e
reconstruir o que existia, provavelmente muitos autores importantes não teriam sequer
mencionados os nomes. Os textos foram conservados e chegaram até nós graças a papiros e a
manuscritos em pergaminhos ou em papel. Na Idade Média muitos foram perdidos por razões
diversas: mudança de gosto, transformações culturais e obras particularmente longas.
Como os textos chegaram até nós?
Tradição Direta. Por definição, trata-se de qualquer cópia de textos que foram
reproduzidos por si sós, levando-se em consideração possíveis gastos, cochilos do copista,
omissões, infidelidades, acréscimos e ajustes.
Tradição Indireta. São textos que nos são legados de “segunda mão”,ou seja, trata-se
de pequenos trechos, de fragmentos recordados habitualmente por razões lingüísticas ou
gramaticais.
A Era Augusto. (de 44 ou 43 a.C. a 17 d.C. e epopeia greco-romana.

Época de ouro da literatura latina onde surgiram os mais variados gêneros literários: a
historiografia, com Tito Lívio e Salústio, a poesia épica, com Vergílio (Eneida), o lirismo,
com Horácio, Vergílio, Ovídio, Tibulo e Propércio.
Epopéia. Na literatura clássica, a poesia épica é um gênero da literatura que se refere a
um poema narrativo relativamente curto. A epopéia eterniza lendas a um texto em versos, tais
como a Ilíada e a Odisseia, os quais têm a sua origem nas lendas sobre a Guerra de Troia.
A Ilíada
A Ilíada é um poema épico cuja autoria é atribuída a Homero, poeta grego, do século
VIII a.C. Nesta obra, o autor descreve a Guerra de Troia (entre gregos e troianos) em vinte
cantos.
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Diferentemente de Ilíada, a Odisseia não narra feitos bélicos, mas trata das viagens e
aventuras extraordinárias de Ulisses, um dos heróis da guerra de Troia.
Ulisses – ou Odisseu – tenta voltar para a sua casa, em Ítaca, após a Guerra de Troia,
mas não consegue, pois foi submetido a provas em sua viagem de retorno, que tem a duração
de dez anos.
A esposa Penélope acreditava na volta do seu rei e marido, mas estava sendo
pressionada por um grupo de pessoas que diziam que Ulisses estava morto e que ela deveria
escolher um dos “pretendentes” ao cargo de rei e se casar. Vários participantes da Guerra,
causada pelo sequestro de Helena, esposa de Menelau, já haviam retornado para casa, na
Grécia, mas Ulisses foi retido por uma tempestade no mar, que o desviou de seu rumo.
Na primeira parte da narrativa, aparece a Assembleia dos Deuses e a partida de
Ulisses. São muitos os pretendentes da mão de sua esposa Penélope, e Atena encoraja
Telêmaco a proteger a sua mãe. Com o passar dos dias, o desespero de Telêmaco aumenta e
ele decide ir em busca de seu pai, porém sem êxito.
Na segunda parte, há outra reunião dos deuses que resulta na permissão da partida de
Ulisses, após sete anos de retenção. O herói constrói uma jangada e, quando nela navegada, é
atingido por uma tormenta que o atira na Ilha dos Feaces.
Na terceira parte de Odisseia, é encontrado o relato de Ulisses sobre as suas aventuras,
a partida de Troia e os seus seis companheiros devorados.
Enquanto Ulisses passa por muitas aventuras incríveis, Penélope engana os seus
candidatos a marido, propondo-lhes que escolherá um deles quando terminar de tecer uma
mortalha, a qual ela borda durante o dia, e desfaz à noite.
Na quarta parte do épico, há o retorno de Ulisses à Ítaca, com a ajuda de alguns
deuses. Ele se disfarça de mendigo, é reconhecido pelo seu filho Telêmaco e, com a ajuda
deste, elimina os seus inimigos.