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— Red, preciso que você faça essas entregas

a caminho de casa hoje à noite. Nosso motorista


regular está doente.
Scarlett levantou a cabeça do computador
para olhar para a mãe. — Claro, mãe, elas estão
identificadas com os endereços?
A mãe de Scarlett, Janet, era a proprietária
da Grimm's Goodies, a padaria da
família. Scarlett cuidava de toda a contabilidade
e ocasionalmente brincava com a assadeira
quando sua mãe precisava. Eles eram famosos
por suas tortas frescas, que podiam ser
encomendadas e entregues no mesmo dia.
Janet deu um sorriso cansado para sua filha
mais velha, Scarlett. Sabia que Scarlett queria
deixar essa pequena cidade, mas após a morte de
seu marido e pai dela. Scarlett assumiu as
responsabilidades dele na padaria.
Isso fora há mais de dois anos. Agora,
Scarlett tinha vinte e oito anos e Janet temia que
ela estivesse jogando sua vida
fora. Scarlett não saía com as amigas, nem
namorava com muita frequência. E quando o
fazia, sempre tinha um milhão de razões pelas
quais nunca daria certo.
Janet apreciava muito a ajuda que a filha lhe
dava. Mas já era tempo de Scarlett encontrar
uma vida própria. E se ela não fizesse isso, Janet
daria à filha o pequeno empurrão que ela
precisava.
Havia apenas uma pessoa que poderia fazer
o trabalho. Conhecida por suas habilidades em
encontros, Janet ligou para a vovó Mara e
explicou a situação. A mulher mais velha não era
parente de Janet, mas todos na cidade chamavam
a mulher idosa de vovó Mara.
Seu conselho chocou Janet a
princípio. Certamente não era
convencional. Mas depois de conversar com a
vovó Mara, que garantiu a Janet que esse era o
destino de Scarlett, Janet consentiu.
Scarlett, sem saber nada sobre as
maquinações de sua mãe, terminou a
contabilidade e desligou o computador. Ela se
levantou e se esticou, permitindo que seus
cabelos ruivos caíssem pelas costas. Que quase
alcançavam sua bunda. Ela apertou as mãos nos
jeans skinny e flexionou os dedos, tentando
sentir alguma sensação neles depois de todas as
horas que ficou no teclado.
— Você está pronto para sair? — Janet
perguntou da cozinha. — Essas entregas que
preciso que você faça já estão embaladas no
banco de trás do carro.
Scarlett sorriu, sua mãe era uma
organizadora permanente. — Obrigada mãe! Te
vejo de manhã!
— Parece bom, Red! Te amo!
Scarlett vestiu um suéter de cashmere
vermelho com um capuz que parecia fantástico
contra sua pele pálida. Ela usava um par de botas
com jeans skinny rasgados e seu suéter
vermelho. Scarlett pode não saber, mas
vários homens da cidade a observaram enquanto
ela se aproximava do carro. Ela era muito sexy.
Scarlett deslizou atrás do volante de seu
corveta vermelha e começou as entregas. Havia
apenas quatro delas que não levariam muito
tempo. O primeiro foi para a sra. Abernathy e o
segundo para a família de Holing. O terceiro foi
entregue no hospital infantil, restando apenas um
pacote.
Trevor Kingsley.
Scarlett franziu a testa, nunca ouvira falar
em Trevor Kingsley, morara nesta pequena
cidade a vida inteira. Quando ela colocou o
endereço no GPS, Scarlett gemeu. O homem
morava no meio da floresta. Levaria pelo menos
uma hora do hospital infantil.
Sem outra escolha, Scarlett ligou o carro e
saiu do estacionamento. Quanto antes chegasse a
esse Kingsley, mais cedo chegaria em casa e
tomaria um belo banho quente. Isso parecia
incrível, e conseguia até imaginar o vapor saindo
da água perfumada.
Scarlett ligou o rádio e abaixou as
janelas. Ela quase nunca se soltava, mas algo
dentro dela estava implorando para ser libertado,
e tinha a sensação de que essa noite seria única e
mudaria sua vida para sempre.
A viagem pelas estradas solitárias da
montanha fez Scarlett relembrar a visita à
floresta com o pai. Ele sempre amou o ar livre e
passou o mesmo amor para Scarlett. Ela estava
dirigindo rápido demais e provavelmente não
prestava atenção quando algo brilhou na frente
de seu carro, e pisou no freio.
— Porra! — Ela gritou, quando seu carro
deslizou para um lado e depois para o
outro. Scarlett estava com medo de que
deslizasse direto para uma árvore ou pior, para a
beira de um penhasco. O carro finalmente parou,
e o silêncio sinistro da floresta a cobriu.
Tremendo, Scarlett abriu a porta e foi
investigar. Mas o que viu quando abriu a porta
era suficiente para fazê-la acreditar que estava
sonhando ou, pelo menos, alucinando.
Bem diante de seus olhos havia um lobo
preto gigante, dentes afiados expostos, com seu
corpo enorme cheio de raiva.
Ela ia morrer aqui no meio da floresta! Sua
frequência cardíaca parecia triplicar, e então a
coisa mais estranha aconteceu. Em vez de o lobo
atacar, ele inclinou a cabeça para o lado para
analisá-la.
Scarlett ficou o mais imóvel possível,
desejando a Deus que tivesse escutado quando o
pai explicara o que fazer nesses tipos de
situações. Scarlett não conseguia se lembrar se
deveria correr, ficar quieta, fazer o máximo de
barulho possível ou subir em uma árvore.
Quando essas diferentes opções passaram
por sua mente, o lobo se inclinou e avançou em
sua direção. Scarlett não poderia ter se mexido,
mesmo que quisesse. O medo paralisante foi
quase o suficiente para nocauteá-la. Nunca em
sua vida ficou tão aterrorizada que se viu
sussurrando besteiras para o lobo.
— Por favor, não me machuque. Eu só
preciso entregar um pacote para minha
mãe. Merda, não me importo se for entregue,
apenas por favor não me coma!
O lobo sorriu, era assustador ao
extremo. Todos os dentes afiados e gengivas
pretas, Scarlett sabia que não era páreo para o
lobo.
— Por favor, me deixe ir, por favor! —
Ela não sabia por que estava implorando a um
animal que não entenderia o que
dissera. Scarlett já havia deixado de lado toda a
aparência da realidade. Ela deu um passo
hesitante para trás, e o lobo rosnou
ameaçadoramente para ela.
E seria assim que morreria, e ninguém
saberia por dias, porque sua mãe não a esperava
na padaria até a segunda-feira.
O lobo deu outro passo em sua direção e
depois outro. Em vez de aumentar seu medo,
Scarlett começou a se sentir estranhamente
confortada pela presença do lobo.
— Você não vai me matar, vai? — Seu
sussurro atravessou o breve espaço entre
eles. De repente, um grande flash de luz fez
Scarlett cobrir os olhos. Quando ela os reabriu,
um homem alto e moreno, estava nu como no dia
em que nasceu, no mesmo lugar que o lobo preto
estivera.
Scarlett não pôde evitar deixar seu olhar
vagar. Havia tanta coisa nele, que parecia uma
pena ignorar essa perfeição. Seu peito e seu
abdômen duro tinham várias cicatrizes
estragando sua pele profundamente
bronzeada. Ele tinha coxas como troncos de
árvores e entre as coxas estava o maior pau
flácido que já tinha visto.
Quanto mais ela olhava, ele parecia crescer
mais.
— Porra... — Ela sussurrou — Você é de
verdade?
Sua voz sombria provocou arrepios em sua
espinha. — Eu espero que sim, porque em cerca
de três minutos estarei profundamente dentro de
você até as bolas.
— Que diabos? — Scarlett sentiu algo
cortá-la. Ela deu um passo para trás.
Seu sorriso perigoso de derreter calcinhas
não fez nada para amenizar seus medos.
— As garotas não devem sair para a floresta
à noite. — Ele lambeu o lábio inferior e Scarlett
viu seus afiados dentes brancos.
Ela sentiu um aperto no estômago e uma
onda de calor — Eu estava entregando um pacote
para Trevor Kingsley. V-você o conhece?
Scarlett odiava ter tropeçado em algumas
das palavras. Mas o homem era enorme, tudo
nele gritava perigo.
O sorriso do homem deveria ser proibido —
Eu sou Trevor Kingsley, mas amor, ninguém me
enviaria um pacote a menos que fosse você.
Scarlett puxou a borda de sua blusa,
sentindo-se praticamente nua, o que era ridículo
em uma blusa com capuz e jeans.
— Eu posso ver de quem é. — Scarlett
voltou para o carro e puxou a cesta
cuidadosamente preparada que cheirava a
baunilha e canela. — Aqui diz que é de Mara
Kingsley.
Scarlett esperava que o nome acalmasse o
lobo/homem, mas isso apenas parecia causar
uma tensão entre eles.
— Olha — Scarlett engoliu sem jeito —
Vou embora. Você está certo. Isso foi um erro.
O homem a pressionou contra o carro em
segundos. A caixa quebrou entre eles.
— Você está estragando o presente!
— Scarlett lamentou, logo antes de perceber que
toda a pele nua dele estava pressionada
firmemente contra ela.
— Amor... — Sua risada baixa estava
arruinando sua calcinha — Você é o presente,
obrigado vovó Mara.
— Bem, Trevor, o que você encontrou?
Trevor olhou para seu melhor
amigo, Evan, Scarlett estava pendurada por cima
de seu ombro e batia nas costas dele, enquanto
gritava.
— Evan — Trevor cumprimentou seu
amigo — Parece que a avó Mara nos enviou uma
companheira.
— Barulhenta, não é? — Evan olhou para a
mulher frágil, mas, na verdade, tudo o que ele
podia ver eram as pernas bem torneadas e a
bunda fantástica.
Trevor assentiu para Evan,
concordando. Evan era alguns centímetros mais
baixo e um pouco mais magro que Trevor.
Trevor olhou em volta e depois foi até o
sofá e sem cerimônia largou Scarlett no couro
macio. Imediatamente ela tentou correr, mas
Trevor se moveu com velocidade sobre-humana
e a jogou de volta no sofá antes que pudesse
piscar.
Os olhos de Scarlett estavam frenéticos. —
Esse homem está tentando me seqüestrar! Você
tem que me ajudar!
Evan ergueu a sobrancelha
apreciativamente, quando viu as maçãs do rosto
delicadas e os longos cabelos ruivos. Mas ele
não se dirigiu a ela. Os homens ignoraram
Scarlett como se não tivesse falado.
— Ela tem um nome? — Evan perguntou,
estreitando os olhos em sua presa.
Trevor deu de ombros — Tenho certeza que
sim, mas eu a chamo de amor, e ela parece
responder a isso.
Evan sorriu — Merda, você acha que toda
mulher deveria se chamar amor. Você perguntou
a ela?
Trevor pareceu um pouco envergonhado —
Bem, não.
— Meu nome é Scarlett Grimm. Eu trabalho
com minha mãe no Grimm's Goodies. É uma
padaria na cidade. Você não pode me aprisionar,
ouça, posso conseguir dinheiro, se é isso que
você procura!
Isso era uma mentira descarada. A padaria
funcionava bem no que dizia respeito aos
negócios da cidade, mas não havia muito
dinheiro perambulando pela conta bancária. A
verdade era que eles mal estavam fora do
vermelho.
— Scarlett — Trevor murmurou seu nome,
e ela sentiu calafrios percorrer sua espinha. —
Eu gosto disso.
Seu coração estava batendo forte, e ela
estava tendo dificuldade em se concentrar nas
coisas que estavam ao seu redor. A cabana que
Trevor a levara estava bem mobiliada. Esses
homens não precisavam de dinheiro. Scarlett
começava a notar um cheiro fantástico flutuando
sobre eles da cozinha. O que quer que Evan
cozinhara no fogão, cheirava maravilhosamente
bem e a barriga de Scarlett roncou alto.
— Coma conosco, Scarlett, passe um pouco
de tempo comigo e Trevor. Se você ainda quiser
voltar para a cidade, eu a levo.
Trevor rosnou para o amigo. — Ela é nossa
companheira! Nós não vamos deixá-la ir.
Evan suspirou — Estes não são tempos
antigos, Trevor. Você não pode simplesmente
levar uma mulher contra a vontade dela.
Scarlett percebeu que Evan era o mais
sensato dos dois homens. — Você promete?
Evan foi até onde ela estava
sentada. Scarlett não podia acreditar que Trevor
ainda estava nu e não parecia se
importar. Ela não tinha esquecido, nem por um
segundo de merda.
Pelo menos Evan usava jeans! Mas seu peito
estava nu e terrivelmente perturbador. Esses
homens eram lindos, mais do que esperava
quando chegou aqui.
Seus olhos não puderam deixar de passear
apreciativamente sobre seus corpos. Não faziam
mais homens assim. Seus hormônios estavam
agitados, pois estava a ponto de lamber um deles.
Evan estendeu a mão e pegou a dela. Era
apenas a mão dela, mas parecia estranhamente
íntimo. Scarlett sentiu uma onda de calor subir
pelo braço.
— Prometo a você, Scarlett Grimm, que, se
você ainda quiser voltar para a vila depois de nos
conhecer, eu a levarei.
Scarlett notou que Evan não disse depois do
jantar. Mas esse acordo era muito melhor do que
o de Trevor, e ela estava bastante confiante de
que poderia convencer Evan a devolvê-la mais
cedo ou mais tarde. Pesando suas opções,
Scarlett finalmente fez sua escolha.
Ela apertou a mão dele com firmeza. —
Temos um acordo.
Houve um flash de luz e sua mão ficou
quente por um breve momento. Ela a puxou do
alcance de Evan.
— O que diabos foi isso? — ela embalou a
palma da mão contra o peito.
Os olhos de Trevor estavam iluminados com
algo poderoso — Você passou no primeiro teste
de uma companheira shifter.
As sobrancelhas de Scarlett se ergueram —
Como diabos um aperto de mão pode ser um
teste?
Trevor balançou a cabeça com tristeza. —
Vocês mortais realmente não têm ideia do que
estão fazendo aqui.
Scarlett franziu o cenho para o homem
maior. Seus olhos traidores deslizaram
para aquele abdômen firme como pedra e ficou
com água na boca.
— O primeiro teste é a honestidade. Quando
você fez esse pacto com Evan, concordou em um
julgamento justo. A Deusa da Lua abençoou
nosso namoro, esse foi o flash da luz.
Scarlett empalideceu. — Isso foi um truque!
— Ela se virou para Evan cutucando um dedo
comprido em seu peito duro. — Você deveria ser
o legal!
Evan a pegou, pressionando seus seios
grandes contra ele. — Eu posso ser muito legal
— e então ele a beijou.
Seus lábios eram firmes e exigentes contra
os mais macios dela. Ele a beijou com um
propósito e com o conhecimento de que estava
reivindicando o que era dele por direito. Scarlett
sabia no fundo de sua mente que ela deveria estar
empurrando-o para longe. Mas no momento em
que seus lábios tocaram os dela, sentiu um desejo
líquido disparando em suas veias.
Não era como se ela não tivesse sido beijada
antes, mas Scarlett nunca tinha sido beijada
assim. Suas pernas estavam instáveis enquanto
tentava se agarrar a ele. Tinha que haver magia
na maneira como o corpo dela estava
respondendo ao dele, como se, se conhecessem
há anos. Era quase como se eles fossem feitos
um para o outro.
A língua dele roçou seus lábios, tentando
convencer os dela a se abrirem. Scarlett não
conseguia pensar com clareza, seu processo de
pensamento fora jogado ao vento por esse grande
lobo mau que parecia querer devorá-la. Ela
ofegou quando as mãos dele agarraram sua
bunda e apertou-a firmemente. Evan aproveitou
seu suspiro para aprofundar o beijo.
A língua dele se enredou com a dela e sentiu
o calor entre as pernas se transformar em uma
dor poderosa. Ela queria que ele a fodesse,
precisava que a penetrasse profundamente e
fizesse tudo isso desaparecer. Os pensamentos
eram tão crus e incomuns para ela que o afastou
com as mãos trêmulas.
Evan permitiu que ela escapasse de suas
mãos. Seus olhos roçaram a aparência dela, e ele
notou o modo como o coração dela estava
disparado, o desejo selvagem que ainda o
chamava nos olhos. Os lábios de Scarlett
estavam vermelhos e inchados, e seus seios
subiam e desciam rapidamente enquanto tentava
recuperar o fôlego.
Trevor rosnou para Evan. — Por que você
conseguiu beijá-la primeiro?
Evan deu de ombros. — Houve uma
oportunidade, e eu a aproveitei. É melhor
entrarmos e comermos antes que a comida
queime.
Trevor entrou em algum lugar no corredor e
voltou com um par de shorts de exercícios
cobrindo seu pau impressionante. Ele ainda
estava sem camisa, mas Scarlett sentiu que
poderia lidar com isso, desde que não tivesse que
lidar com seu pau enorme.
O jantar consistiu de bifes saudáveis, batatas
e ervilhas. Os vegetais foram cultivados no
jardim, Evan explicou a ela, e os bifes era um
alce que fora capturado na semana passada.
Parecia tão normal, que Scarlett mal
conseguia entender que jantava com esses dois
lobos que pensavam que ela era sua
companheira.
— Eu preciso ligar para minha mãe. —
Scarlett afirmou depois que os pratos foram
lavados. — Ela vai se preocupar se eu não voltar
amanhã.
Trevor levantou uma sobrancelha. —
Ninguém está parando você, Little Red1.
Scarlett franziu a testa. — Somente minha
mãe me chama de Red. Como você pode saber
disso?
Trevor tocou o suéter de cashmere
vermelho. Ele gentilmente puxou o capuz para
cima, cobrindo seus longos cabelos ruivos.
— Olha, você é a Chapeuzinho Vermelho.
— Seu sorriso lupino fez com que o estômago de
Scarlett desse uma reviravolta.
— E eu suponho que você é o grande lobo
mau? — ela provocou de volta.
Evan soltou uma risada do outro lado da sala.
— Não exatamente, Red. Nós somos os grandes
lobos maus e você Little Red, bem, você é nossa
companheira.
Scarlett sentiu o queixo cair. — Como posso
me acasalar com dois lobos?
Trevor a pressionou contra ele, e ela sentiu o
comprimento dele contra a parte inferior das
1
Chapeuzinho Vermelho, deixei no original porque a mãe da personagem a chama também de “Red”,
na tradução literal “Vermelha”, preferi deixar no original mesmo.
costas. Sua respiração fez cócegas no ouvido
dela quando ele sussurrou — É assim que
acontece com a nossa espécie, Red. Cada
matilha tem uma Luna e você é a nossa.
— Eu nunca ouvi falar de uma matilha com
apenas dois lobos. — Scarlett deixou escapar.
— Seja grata, Little Red — Evan disse com
um olhar caloroso — Vamos mantê-la ocupada
o suficiente com nós dois. Se houvesse quatro ou
cinco, você acharia um pouco esmagador.
Esse foi o eufemismo do ano, Scarlett pensou
enquanto discava o número da mãe.
Scarlett bufou quando desligou o telefone
com a mãe. Janet não apenas sabia muito bem
no que estava enviando a filha, como também
implorou a Scarlett que desse uma chance.
— Mas há dois deles! — Scarlett tinha
sussurrado no telefone. — Você honestamente
não pode esperar que eu esteja com dois homens.
Janet explicou sua ligação para a avó Mara e
pediu que olhasse para os homens com a mente
aberta. Isso estava além de qualquer razão, e
Scarlett se perguntou se ela realmente havia
perdido suas bolas de gude. Janet havia dito a
Scarlett para parar de se preocupar com o que a
sociedade acha certo e ouvir seu coração.
Scarlett não confiava em seu coração. A
coisa estúpida tentou sair do peito no momento
em que aqueles lobos sensuais chegaram perto
dela. Havia algo tão travesso na situação que
deixava Scarlett molhada e
dolorida. Ela também não gostou disso.
— Tudo bem, Little Red? — Evan
perguntou, entrando na sala.
Até o som da voz dele deixava os joelhos
dela fracos. — Sim, está tudo bem. Minha mãe
estava nisso com sua vovó Mara.
Evan ergueu uma sobrancelha. — Parece
uma mulher inteligente.
Scarlett sentiu seus lábios se curvarem em
um pequeno sorriso, antes que pudesse detê-los.
— Isso não significa que aceito você e
Trevor como meus companheiros — ela foi
rápida em acrescentar. — Só prometi tentar.
Trevor entrou atrás de seu amigo, e a sala
parecia muito menor para Scarlett. Os homens
eram tão altos e musculosos que se sentia
pequena ao lado deles.
— E agora? — ela perguntou em voz baixa.
— Você quer assistir um filme? — Evan
sugeriu.
Era tão normal que Scarlett relaxou um
pouco. — Sim, isso seria muito bom.
— Podemos baixar algo online. Que tal
aquela nova comédia ou uma aventura?
— Evan sugeriu.
Scarlett decidiu tentar a sorte. – Que tal
“Envolvido em Amor”?
Era um filme do mais alto grau, com muitas
cenas de amor e diálogo pegajoso para assustar a
maioria dos homens heterossexuais a correr para
as montanhas.
Os homens nem sequer piscaram.
— Parece bom. — Disse Trevor e caminhou
até o sofá ajeitando a almofada ao lado dele para
Scarlett se sentar.
Momentos depois, Evan voltou e sentou-se
do outro lado. O filme estava começando na TV
de tela plana, mas Scarlett não poderia ter lhe
contado o que estava acontecendo. O calor
desses dois homens a dominou.
Scarlett se mexia inquieta, tentanto fugir,
mas quando se movia para a direita, se deparava
com Trevor, e se deslizava para a esquerda,
estava Evan. Para piorar a situação, Trevor
passou um braço em volta das costas do sofá. De
repente, sentiu calor em todos os lugares e
desejou que eles colocassem uma camisa para
que ela não tivesse a extrema tentação de tocá-
los.
Evan pegou a mão dela e acariciou a palma
com o polegar. A sensação a lembrou de outros
lugares que ele poderia estar acariciando. Trevor
passou os dedos levemente pela pele do pescoço
dela, e Scarlett não pôde evitar o pequeno
gemido que escapou de seus lábios.
Os dedos de Trevor pararam e
permaneceram como se ele estivesse avaliando
suas opções. Qualquer que fosse a batalha que
estava travando dentro de si, ele deve ter
resolvido, porque começou a acariciar sua pele
de novo.
Quando o filme terminou, Scarlett estava
uma bagunça de desejo e necessidade. Os
homens continuaram a tocá-la de leve aqui e ali,
até que ela teve certeza de que não aguentaria
mais. Seu sexo estava doendo com a
necessidade, sua calcinha molhada e seu
temperamento estava começando a queimar.
Evan se levantou para desligar a televisão e
Trevor traçou a concha da orelha dela com a
ponta do dedo. Algo dentro dela explodiu, e ela
agarrou o rosto de Trevor com as duas mãos.
— Pare de me provocar! — Sua voz era
rouca e carente.
Ele levantou uma sobrancelha. — Ou o quê?
Scarlett colou os lábios nos
de Trevor . Não era o beijo suave que havia
compartilhado com Evan. Isso era feroz e
apaixonado, todo lábios, línguas e dentes se
chocando. Houve outro flash de luz que assustou
Scarlett, fazendo-a se afastar abruptamente.
— O que foi isso? — Ela sibilou.
Os olhos de Trevor continuaram colados aos
lábios inchados. — O segundo teste. Nosso
cônjuge precisa iniciar o contato físico por
vontade própria. A Deusa da Lua mostrou sua
aprovação. Você tem duas tarefas restantes,
Little Red.
— Eu não gosto de fazer testes! — Scarlett
rosnou.
Evan voltou ao sofá. — Não é algo que
possamos controlar, Scarlett. Mas mesmo que
pudéssemos, não acredito que nenhum de nós
pararia.
Trevor assentiu. — Há algo em você que
parece certo.
— Como pode ser? — Scarlett gritou. —
Você nem me conhece!
— Então diga-nos algo — o tom
reconfortante de Evan ajudou a trazer Scarlett de
volta da razão. — Queremos saber tudo sobre
você.
Scarlett balançou a cabeça. — Eu não
saberia por onde começar.
— Diga-nos por que você tem tristeza em
seus olhos. — Trevor solicitou.
Scarlett piscou. — Do que você está
falando?
Evan segurou o queixo dela. — Trevor está
certo, você conheceu a perda.
Para horror de Scarlett, ela sentiu uma
emoção travando sua garganta. Seus olhos
ficaram vidrados enquanto lutava para encontrar
as palavras.
— Meu pai, ele faleceu há alguns anos
atrás. Nós estávamos muito perto. Eu sempre
quis deixar a padaria da minha família, mas
quando papai morreu, sabia que não podia deixar
minha mãe sozinha.
Trevor se inclinou e limpou uma lágrima da
bochecha dela. — Você é uma boa filha, Little
Red. Você tem um grande coração que
compartilha facilmente.
Scarlett se viu dizendo aos homens mais
coisas sobre si. Como ela havia nadado na
equipe de natação do ensino médio e que sua cor
favorita era vermelha. Também contou a eles
como ela e o pai haviam amado esses
bosques. Ela contou a eles sobre os alimentos
que gostava e os vegetais
que não comia. Scarlett riu com eles quando
Evan disse que não encontrara nada que
Trevor não comesse, incluindo lama.
Trevor fingiu ser insultado e disse
que não comia uma torta de lama desde que era
criança. Scarlett adorava ver os meninos se
provocando. Eles eram confortáveis em sua
própria pele, mas muito diferentes um do outro.
Trevor era grande e pensativo, já Evan era
mais aberto e tinha uma abordagem mais
suave. Eles discutiram como todos os amigos,
mas não pareciam se importar com o fato de
ambos quererem a mesma coisa - ela.
Scarlett ficou um pouco decepcionada
quando chegou a hora de dormir, e eles a
ajudaram a arrumar um lugar para ela no
sofá. Não tinha certeza do que estava esperando,
mas não era isso.
Evan notou sua consternação. — Nós nunca
iremos forçar você, Scarlett. Esse não é o nosso
caminho. Nós queremos você em nossa
cama, não se engane. Mas será sua decisão, não
nossa.
Trevor parecia querer discutir com Evan,
mas segurou sua língua. Evan mostrou a ela onde
Scarlett poderia tomar banho e escovar os dentes
e depois a deixou ir para a cama.
Scarlett ficou deitada em
sua cama improvisada no sofá por
aproximadamente 26 minutos antes de concluir
que queria aqueles homens. Scarlett queria ver
se isso realmente poderia funcionar. Então, ela
se levantou e marchou pelo corredor em direção
aos dois quartos nos fundos.
Evan foi o primeiro a cumprimentá-la à sua
porta. — Está tudo bem, Scarlett?
Trevor agarrou seu pulso e a puxou para
dentro de seu quarto. Evan foi rápido e os
seguiu. Com olhos brilhantes, Trevor levantou-a
e jogou-a em sua cama enorme. — Pelo amor de
Deus, já era hora!
Scarlett gritou quando os dois homens
subiram na cama enorme, cada um ao seu
lado. O calor de seus corpos fez seu sexo
contorcer na calcinha. Ambos eram tão grandes
com músculos por toda parte e seus olhos
grudados nela.
Trevor estava olhando atentamente para o
rosto dela. — Você veio aqui por vontade
própria?
Scarlett sabia que sua resposta seria o
momento decisivo. Se ela recusasse, poderia
voltar à sua antiga vida. Mas trabalhar na
Grimm's Goodies não a fazia feliz. Scarlett
estava em uma depressiva rotina repetitiva com
os mesmos clientes. Ela namorou os mesmos
homens na cidade, e nenhum deles foi capaz de
satisfazê-la.
Valia a pena desistir dessa chance, dessa
oportunidade louca que poderia ser exatamente o
que buscava sem saber? Pela primeira vez em
sua vida, ela se sentiu confiante. Scarlett estava
indo atrás do que queria e para o inferno com as
consequências.
— Vim por vontade própria — suas
palavras foram apressadas, e cada uma delas
confirmada pelo clarão da luz diante dela. —
Esse foi o terceiro teste? — ela perguntou
ofegante.
Os dedos de Evan deslizaram por baixo da
camiseta e esfregaram a pele delicada enquanto
Trevor respondia.
— Esse foi o terceiro teste. Resta apenas um
para o acasalamento. Já faz muito tempo, Little
Red, tentarei ser gentil, mas temo que quando eu
começar, será difícil me conter.
Scarlett agarrou a barra da blusa e a puxou
por cima da cabeça. Ela havia tirado o sutiã e
estava vestida apenas com uma calcinha fina de
renda.
— Puta merda! — Evan murmurou
exatamente quando Trevor segurou suas
bochechas e tomou seus lábios nos dele.
Scarlett se viu sendo selvagemente
beijada por um mestre, a língua dele
mergulhando em sua boca, exigindo sua
submissão, e ela a deu. Ele inclinou os lábios e
abriu a boca ainda mais. Era como se quisesse
cada pedaço dela, sem faltar nada.
Ela choramingou baixo na garganta, as
sensações que atravessavam seu corpo eram
familiares e estranhas para ela. Havia uma fome
profunda que foi inflamada em seu
âmago. Scarlett sentiu as mãos de Evan
alcançarem e segurarem seus seios.
Era tão fodidamente bom que ela gemeu no
beijo de Trevor. Seu profundo grunhido de
aprovação levou Evan a continuar seu
ministério. Ele começou a moldar os globos
perfeitos, traçar levemente a aréola antes de
beliscar e torcer suas pontas macias até os
mamilos de Scarlett ficarem duros.
A multidão de sensações fez Scarlett se
sentir como se estivesse em outro mundo, outra
vida, onde era desinibida e poderia ter o que
quisesse.
Mãos desceram para rasgar sua calcinha, e
ela não tinha certeza de quem o havia feito, nem
se importava. Seus lábios estavam sensíveis e
inchados pelo beijo de Trevor quando ele parou
para lamber a curva delgada de sua garganta.
Ele virou Scarlett então, e Evan estava agora
na frente dela. Scarlett viu que ele havia tirado a
roupa e era tão abençoado quanto Trevor.
— Prove ela — Trevor rosnou — Diga-me
como é a nossa Little Red.
Evan separou suas coxas e ambos gemeram
quando o cheiro de sua excitação encheu o
ar. Era rico e doce e chamava por eles. Ele
abaixou a cabeça beliscando e mordendo sua
barriga lisa e seus quadris arredondados.
Trevor colocou Scarlett entre as pernas e
inclinou a cabeça para o lado para que ele
pudesse chupar e lamber o pescoço dela
enquanto brincava com seus seios generosos. Ele
também queria assistir Evan lamber sua
companheira. Ela era deles, e queria que ela
soubesse disso de todas as formas.
Evan a lambeu timidamente através de sua
vagina inchada, e Scarlett gemeu baixo em sua
garganta.
— Separe as dobras dela — exigiu Trevor
— quero ver sua linda buceta rosa enquanto você
dá prazer a ela.
Evan fez como lhe foi dito, e o cheiro dela
engrossou no ar. A língua larga dele lambia suas
dobras ensopadas, acariciando-a languidamente
como se ele tivesse todo o tempo do
mundo. Evan estimulou seu clitóris,
mas não deu o suficiente para fazê-la
voar. Apenas o suficiente para fazer seu núcleo
chorar de necessidade.
— Por favor! — Scarlett ficou chocada
quando ouviu sua própria voz. Ela nunca tinha
sido muito vocal durante o sexo. Mas aqui,
agora, ela queria desesperadamente que Evan
fosse mais bruto, mergulhar mais
fundo. Ela não o queria doce e
brincalhão. Queria ser fodida.
Os dedos de Evan brincaram com sua fenda.
— O que você quer Scarlett?
A voz dele se aprofundou e ela viu o animal
logo abaixo da superfície.
— Coma-me! — Ela gritou — Foda-me,
preciso de mais!
Trevor rosnou, apertando as mãos nos seios
dela e puxando-os até quase doer. Outro jorro do
líquido de sua vagina cobriu o rosto de Evan
quando fez o que ela pediu.
Desta vez, ele estava decidido, com
movimentos insistentes, imitando o que queria
fazer com seu pau. Enquanto Evan fodia sua
vagina, Trevor se abaixou e esfregou seu
clitóris. Ela se contorceu em seus braços,
convulsionando e gritando seus nomes enquanto
cavalgava pelo melhor orgasmo de sua vida.
Em segundos, Scarlett ficou de quatro. O
pau de Evan estava perto de seu rosto, e ela
colocou a língua para fora instintivamente para
tentar lambê-lo. Ele gemeu e trouxe seu pau
enorme para mais perto da boca dela.
Trevor usou o dedo comprido para verificar
se Scarlett estava pronta para ele e não
ficou desapontado com o que encontrou. —
Você está tão molhada, Little Red, você nos quer
e quer muito.
— Sim, Trevor! — Ela gritou — Por favor,
me foda! Deixe-me provar o pau de Evan,
preciso tanto de vocês dois dentro de mim!
Ele não precisou de mais incentivo, Evan
enfiou o pau na boca dela, fazendo-a se esticar
enquanto seu comprimento era quase demais
para ela suportar. No mesmo momento, Trevor
penetrou em sua boceta encharcada. Ela estava
molhada, mas nada poderia prepará-la para o
tamanho dele enquanto ele a alargava
dolorosamente.
Scarlett gritou e chupou mais forte o pau
dentro de sua boca. Ela sentiu as lágrimas
começarem a se formar nos olhos e tentou
esvaziar a garganta para poder tomar Evan ainda
mais fundo.
Trevor não perdeu tempo. Ele agarrou seus
quadris e começou a estocar. O aperto de sua
boceta o fez ver estrelas enquanto entrava e saía
dela, de novo e de novo. Ele nunca tinha sentido
algo assim antes em sua vida.
Evan tinha enrolado seus longos cabelos
vermelhos em torno de seu punho para que
pudesse vê-la chupando-o. Ele não tinha certeza
de quanto tempo mais duraria. Sua boca estava
tão quente, e os sons que ela fazia enquanto
Trevor a fodia eram mais do que Evan podia
suportar.
Scarlett sentiu sua boceta começar a apertar
ainda mais em torno do pênis de Trevor. Numa
friccão forte e severa, e ela sabia que estava à
beira de outra liberação.
O aperto de Trevor em seus quadris era
punitivo. Ele amava o jeito que as costas dela
arqueavam enquanto a fodia. Ele amava o jeito
que seus peitos saltavam a cada impulso e ele
amava especialmente o jeito que sua boceta
parecia ser feita para ele. Ela seria a
companheira perfeita para os amigos. Isso era
óbvio.
Ele localizou o pequeno buraco enrugado da
bunda dela e a sentiu estremecer de surpresa. E
então, para sua surpresa, ela empurrou seus
quadris com mais força contra seu pênis. Trevor
esfregou o botão rosado e seus impulsos se
tornaram selvagens.
Evan não conseguiu mais se conter e gozou
na boca de Scarlett. Ela tentou engolir o máximo
que podia, mas sua própria libertação estava
sobre ela, e de repente se contorcia em torno de
Trevor, sua boceta se lançando em um orgasmo
violento, que os dois viram estrelas.
Jatos de esperma jorraram do pau enorme de
Trevor, profundamente dentro de seu
ventre. Evan assistiu com os olhos cerrados
enquanto Trevor estocava contra ela mais duas
vezes antes de sair.
Scarlett era tão fodidamente sexy com a
porra de Evan no rosto e Trevor saindo de sua
boceta. Houve um flash final de luz. A Deusa da
Lua havia aceitado o acasalamento. Little Red
agora pertencia aos grandes lobos maus.
Evan tomou um banho com ela e Trevor
ficou no banheiro, observando enquanto Evan a
ajudava a se lavar. Seu corpo estava dolorido por
toda parte, mas de uma maneira deliciosa que
Scarlett nunca havia sentido antes.
Seus olhos estavam começando a se fechar
por vontade própria, e ela deitou-se com gratidão
na cama enorme de Trevor. Scarlett estava tão
cansada que mal percebeu que os dois homens
haviam subido ao lado dela. Ela sorriu sonolenta
para eles e o sono a levou
Haveria histórias na vila sobre o que
aconteceu naquela noite. Quando questionada, a
mãe de Scarlett, Janet, apenas sorria e dizia que
Scarlett tinha saído para presentear a avó de
alguém. Não durou muito tempo, até que
Scarlett foi vista na cidade, que a verdade do
assunto veio à tona.
Os aldeões olhavam chocados
quando Scarlett, muito grávida, era escoltada por
dois homens enormes e lindos que a atendiam a
cada capricho. Alguns diriam que ela estava se
envolvendo em algo ilícito, que seus olhos eram
grandes demais, diriam. Ela ficou muito
gananciosa, outros sussurraram. Alguns belos
amantes a haviam enganado, alguns
acrescentariam, embora secretamente todos
assistissem o trio com melancolia.
A felicidade que irradiava de Scarlett era
quase uma coisa tangível. Ela não era mais a
filha do padeiro triste. E Little Red não se
importava mais com o que as convenções ou a
sociedade consideravam certo ou errado. Sua
pequena família de três filhos logo cresceu para
quatro e, um ano depois, cinco. Três verões após
o segundo filho, os gêmeos chegaram. O último
bebê deles nasceu oito anos depois daquela noite
fatídica.
Cada filhote era um menino, algo que
Scarlett aprendeu mais tarde, era comum em
lobisomens. À medida que cresciam e saíam em
busca de companheiras, alguns ficavam juntos, e
outros viajavam por toda parte. Mas, nos
próximos anos, todos os membros da família
voltariam para casa para celebrar a noite em que
sua mãe, a Little Red, conheceu seus pais, os
grandes lobos maus.
Vovó Mara chegaria com seus três
companheiros e contaria sobre como ela havia
arranjado a coisa toda com Janet.
Trevor diria algo inapropriado sobre querer
devorá-la, e Evan lhe roubaria tantos beijos
quanto Scarlett permitiria. Trevor, para não ser
superado, beijaria Scarlett apaixonadamente,
fazendo os meninos revirariam os olhos diante
das travessuras de seus pais. Alguns diriam que
Little Red fora arruinada naquele dia, todos
aqueles anos atrás, mas Scarlett sabia a verdade.
Essa foi a noite em que ela foi realmente
encontrada. Olhando para o céu, Scarlett
agradeceu à Deusa da Lua, e um flash final de
luz inundou o céu.

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