regular está doente. Scarlett levantou a cabeça do computador para olhar para a mãe. — Claro, mãe, elas estão identificadas com os endereços? A mãe de Scarlett, Janet, era a proprietária da Grimm's Goodies, a padaria da família. Scarlett cuidava de toda a contabilidade e ocasionalmente brincava com a assadeira quando sua mãe precisava. Eles eram famosos por suas tortas frescas, que podiam ser encomendadas e entregues no mesmo dia. Janet deu um sorriso cansado para sua filha mais velha, Scarlett. Sabia que Scarlett queria deixar essa pequena cidade, mas após a morte de seu marido e pai dela. Scarlett assumiu as responsabilidades dele na padaria. Isso fora há mais de dois anos. Agora, Scarlett tinha vinte e oito anos e Janet temia que ela estivesse jogando sua vida fora. Scarlett não saía com as amigas, nem namorava com muita frequência. E quando o fazia, sempre tinha um milhão de razões pelas quais nunca daria certo. Janet apreciava muito a ajuda que a filha lhe dava. Mas já era tempo de Scarlett encontrar uma vida própria. E se ela não fizesse isso, Janet daria à filha o pequeno empurrão que ela precisava. Havia apenas uma pessoa que poderia fazer o trabalho. Conhecida por suas habilidades em encontros, Janet ligou para a vovó Mara e explicou a situação. A mulher mais velha não era parente de Janet, mas todos na cidade chamavam a mulher idosa de vovó Mara. Seu conselho chocou Janet a princípio. Certamente não era convencional. Mas depois de conversar com a vovó Mara, que garantiu a Janet que esse era o destino de Scarlett, Janet consentiu. Scarlett, sem saber nada sobre as maquinações de sua mãe, terminou a contabilidade e desligou o computador. Ela se levantou e se esticou, permitindo que seus cabelos ruivos caíssem pelas costas. Que quase alcançavam sua bunda. Ela apertou as mãos nos jeans skinny e flexionou os dedos, tentando sentir alguma sensação neles depois de todas as horas que ficou no teclado. — Você está pronto para sair? — Janet perguntou da cozinha. — Essas entregas que preciso que você faça já estão embaladas no banco de trás do carro. Scarlett sorriu, sua mãe era uma organizadora permanente. — Obrigada mãe! Te vejo de manhã! — Parece bom, Red! Te amo! Scarlett vestiu um suéter de cashmere vermelho com um capuz que parecia fantástico contra sua pele pálida. Ela usava um par de botas com jeans skinny rasgados e seu suéter vermelho. Scarlett pode não saber, mas vários homens da cidade a observaram enquanto ela se aproximava do carro. Ela era muito sexy. Scarlett deslizou atrás do volante de seu corveta vermelha e começou as entregas. Havia apenas quatro delas que não levariam muito tempo. O primeiro foi para a sra. Abernathy e o segundo para a família de Holing. O terceiro foi entregue no hospital infantil, restando apenas um pacote. Trevor Kingsley. Scarlett franziu a testa, nunca ouvira falar em Trevor Kingsley, morara nesta pequena cidade a vida inteira. Quando ela colocou o endereço no GPS, Scarlett gemeu. O homem morava no meio da floresta. Levaria pelo menos uma hora do hospital infantil. Sem outra escolha, Scarlett ligou o carro e saiu do estacionamento. Quanto antes chegasse a esse Kingsley, mais cedo chegaria em casa e tomaria um belo banho quente. Isso parecia incrível, e conseguia até imaginar o vapor saindo da água perfumada. Scarlett ligou o rádio e abaixou as janelas. Ela quase nunca se soltava, mas algo dentro dela estava implorando para ser libertado, e tinha a sensação de que essa noite seria única e mudaria sua vida para sempre. A viagem pelas estradas solitárias da montanha fez Scarlett relembrar a visita à floresta com o pai. Ele sempre amou o ar livre e passou o mesmo amor para Scarlett. Ela estava dirigindo rápido demais e provavelmente não prestava atenção quando algo brilhou na frente de seu carro, e pisou no freio. — Porra! — Ela gritou, quando seu carro deslizou para um lado e depois para o outro. Scarlett estava com medo de que deslizasse direto para uma árvore ou pior, para a beira de um penhasco. O carro finalmente parou, e o silêncio sinistro da floresta a cobriu. Tremendo, Scarlett abriu a porta e foi investigar. Mas o que viu quando abriu a porta era suficiente para fazê-la acreditar que estava sonhando ou, pelo menos, alucinando. Bem diante de seus olhos havia um lobo preto gigante, dentes afiados expostos, com seu corpo enorme cheio de raiva. Ela ia morrer aqui no meio da floresta! Sua frequência cardíaca parecia triplicar, e então a coisa mais estranha aconteceu. Em vez de o lobo atacar, ele inclinou a cabeça para o lado para analisá-la. Scarlett ficou o mais imóvel possível, desejando a Deus que tivesse escutado quando o pai explicara o que fazer nesses tipos de situações. Scarlett não conseguia se lembrar se deveria correr, ficar quieta, fazer o máximo de barulho possível ou subir em uma árvore. Quando essas diferentes opções passaram por sua mente, o lobo se inclinou e avançou em sua direção. Scarlett não poderia ter se mexido, mesmo que quisesse. O medo paralisante foi quase o suficiente para nocauteá-la. Nunca em sua vida ficou tão aterrorizada que se viu sussurrando besteiras para o lobo. — Por favor, não me machuque. Eu só preciso entregar um pacote para minha mãe. Merda, não me importo se for entregue, apenas por favor não me coma! O lobo sorriu, era assustador ao extremo. Todos os dentes afiados e gengivas pretas, Scarlett sabia que não era páreo para o lobo. — Por favor, me deixe ir, por favor! — Ela não sabia por que estava implorando a um animal que não entenderia o que dissera. Scarlett já havia deixado de lado toda a aparência da realidade. Ela deu um passo hesitante para trás, e o lobo rosnou ameaçadoramente para ela. E seria assim que morreria, e ninguém saberia por dias, porque sua mãe não a esperava na padaria até a segunda-feira. O lobo deu outro passo em sua direção e depois outro. Em vez de aumentar seu medo, Scarlett começou a se sentir estranhamente confortada pela presença do lobo. — Você não vai me matar, vai? — Seu sussurro atravessou o breve espaço entre eles. De repente, um grande flash de luz fez Scarlett cobrir os olhos. Quando ela os reabriu, um homem alto e moreno, estava nu como no dia em que nasceu, no mesmo lugar que o lobo preto estivera. Scarlett não pôde evitar deixar seu olhar vagar. Havia tanta coisa nele, que parecia uma pena ignorar essa perfeição. Seu peito e seu abdômen duro tinham várias cicatrizes estragando sua pele profundamente bronzeada. Ele tinha coxas como troncos de árvores e entre as coxas estava o maior pau flácido que já tinha visto. Quanto mais ela olhava, ele parecia crescer mais. — Porra... — Ela sussurrou — Você é de verdade? Sua voz sombria provocou arrepios em sua espinha. — Eu espero que sim, porque em cerca de três minutos estarei profundamente dentro de você até as bolas. — Que diabos? — Scarlett sentiu algo cortá-la. Ela deu um passo para trás. Seu sorriso perigoso de derreter calcinhas não fez nada para amenizar seus medos. — As garotas não devem sair para a floresta à noite. — Ele lambeu o lábio inferior e Scarlett viu seus afiados dentes brancos. Ela sentiu um aperto no estômago e uma onda de calor — Eu estava entregando um pacote para Trevor Kingsley. V-você o conhece? Scarlett odiava ter tropeçado em algumas das palavras. Mas o homem era enorme, tudo nele gritava perigo. O sorriso do homem deveria ser proibido — Eu sou Trevor Kingsley, mas amor, ninguém me enviaria um pacote a menos que fosse você. Scarlett puxou a borda de sua blusa, sentindo-se praticamente nua, o que era ridículo em uma blusa com capuz e jeans. — Eu posso ver de quem é. — Scarlett voltou para o carro e puxou a cesta cuidadosamente preparada que cheirava a baunilha e canela. — Aqui diz que é de Mara Kingsley. Scarlett esperava que o nome acalmasse o lobo/homem, mas isso apenas parecia causar uma tensão entre eles. — Olha — Scarlett engoliu sem jeito — Vou embora. Você está certo. Isso foi um erro. O homem a pressionou contra o carro em segundos. A caixa quebrou entre eles. — Você está estragando o presente! — Scarlett lamentou, logo antes de perceber que toda a pele nua dele estava pressionada firmemente contra ela. — Amor... — Sua risada baixa estava arruinando sua calcinha — Você é o presente, obrigado vovó Mara. — Bem, Trevor, o que você encontrou? Trevor olhou para seu melhor amigo, Evan, Scarlett estava pendurada por cima de seu ombro e batia nas costas dele, enquanto gritava. — Evan — Trevor cumprimentou seu amigo — Parece que a avó Mara nos enviou uma companheira. — Barulhenta, não é? — Evan olhou para a mulher frágil, mas, na verdade, tudo o que ele podia ver eram as pernas bem torneadas e a bunda fantástica. Trevor assentiu para Evan, concordando. Evan era alguns centímetros mais baixo e um pouco mais magro que Trevor. Trevor olhou em volta e depois foi até o sofá e sem cerimônia largou Scarlett no couro macio. Imediatamente ela tentou correr, mas Trevor se moveu com velocidade sobre-humana e a jogou de volta no sofá antes que pudesse piscar. Os olhos de Scarlett estavam frenéticos. — Esse homem está tentando me seqüestrar! Você tem que me ajudar! Evan ergueu a sobrancelha apreciativamente, quando viu as maçãs do rosto delicadas e os longos cabelos ruivos. Mas ele não se dirigiu a ela. Os homens ignoraram Scarlett como se não tivesse falado. — Ela tem um nome? — Evan perguntou, estreitando os olhos em sua presa. Trevor deu de ombros — Tenho certeza que sim, mas eu a chamo de amor, e ela parece responder a isso. Evan sorriu — Merda, você acha que toda mulher deveria se chamar amor. Você perguntou a ela? Trevor pareceu um pouco envergonhado — Bem, não. — Meu nome é Scarlett Grimm. Eu trabalho com minha mãe no Grimm's Goodies. É uma padaria na cidade. Você não pode me aprisionar, ouça, posso conseguir dinheiro, se é isso que você procura! Isso era uma mentira descarada. A padaria funcionava bem no que dizia respeito aos negócios da cidade, mas não havia muito dinheiro perambulando pela conta bancária. A verdade era que eles mal estavam fora do vermelho. — Scarlett — Trevor murmurou seu nome, e ela sentiu calafrios percorrer sua espinha. — Eu gosto disso. Seu coração estava batendo forte, e ela estava tendo dificuldade em se concentrar nas coisas que estavam ao seu redor. A cabana que Trevor a levara estava bem mobiliada. Esses homens não precisavam de dinheiro. Scarlett começava a notar um cheiro fantástico flutuando sobre eles da cozinha. O que quer que Evan cozinhara no fogão, cheirava maravilhosamente bem e a barriga de Scarlett roncou alto. — Coma conosco, Scarlett, passe um pouco de tempo comigo e Trevor. Se você ainda quiser voltar para a cidade, eu a levo. Trevor rosnou para o amigo. — Ela é nossa companheira! Nós não vamos deixá-la ir. Evan suspirou — Estes não são tempos antigos, Trevor. Você não pode simplesmente levar uma mulher contra a vontade dela. Scarlett percebeu que Evan era o mais sensato dos dois homens. — Você promete? Evan foi até onde ela estava sentada. Scarlett não podia acreditar que Trevor ainda estava nu e não parecia se importar. Ela não tinha esquecido, nem por um segundo de merda. Pelo menos Evan usava jeans! Mas seu peito estava nu e terrivelmente perturbador. Esses homens eram lindos, mais do que esperava quando chegou aqui. Seus olhos não puderam deixar de passear apreciativamente sobre seus corpos. Não faziam mais homens assim. Seus hormônios estavam agitados, pois estava a ponto de lamber um deles. Evan estendeu a mão e pegou a dela. Era apenas a mão dela, mas parecia estranhamente íntimo. Scarlett sentiu uma onda de calor subir pelo braço. — Prometo a você, Scarlett Grimm, que, se você ainda quiser voltar para a vila depois de nos conhecer, eu a levarei. Scarlett notou que Evan não disse depois do jantar. Mas esse acordo era muito melhor do que o de Trevor, e ela estava bastante confiante de que poderia convencer Evan a devolvê-la mais cedo ou mais tarde. Pesando suas opções, Scarlett finalmente fez sua escolha. Ela apertou a mão dele com firmeza. — Temos um acordo. Houve um flash de luz e sua mão ficou quente por um breve momento. Ela a puxou do alcance de Evan. — O que diabos foi isso? — ela embalou a palma da mão contra o peito. Os olhos de Trevor estavam iluminados com algo poderoso — Você passou no primeiro teste de uma companheira shifter. As sobrancelhas de Scarlett se ergueram — Como diabos um aperto de mão pode ser um teste? Trevor balançou a cabeça com tristeza. — Vocês mortais realmente não têm ideia do que estão fazendo aqui. Scarlett franziu o cenho para o homem maior. Seus olhos traidores deslizaram para aquele abdômen firme como pedra e ficou com água na boca. — O primeiro teste é a honestidade. Quando você fez esse pacto com Evan, concordou em um julgamento justo. A Deusa da Lua abençoou nosso namoro, esse foi o flash da luz. Scarlett empalideceu. — Isso foi um truque! — Ela se virou para Evan cutucando um dedo comprido em seu peito duro. — Você deveria ser o legal! Evan a pegou, pressionando seus seios grandes contra ele. — Eu posso ser muito legal — e então ele a beijou. Seus lábios eram firmes e exigentes contra os mais macios dela. Ele a beijou com um propósito e com o conhecimento de que estava reivindicando o que era dele por direito. Scarlett sabia no fundo de sua mente que ela deveria estar empurrando-o para longe. Mas no momento em que seus lábios tocaram os dela, sentiu um desejo líquido disparando em suas veias. Não era como se ela não tivesse sido beijada antes, mas Scarlett nunca tinha sido beijada assim. Suas pernas estavam instáveis enquanto tentava se agarrar a ele. Tinha que haver magia na maneira como o corpo dela estava respondendo ao dele, como se, se conhecessem há anos. Era quase como se eles fossem feitos um para o outro. A língua dele roçou seus lábios, tentando convencer os dela a se abrirem. Scarlett não conseguia pensar com clareza, seu processo de pensamento fora jogado ao vento por esse grande lobo mau que parecia querer devorá-la. Ela ofegou quando as mãos dele agarraram sua bunda e apertou-a firmemente. Evan aproveitou seu suspiro para aprofundar o beijo. A língua dele se enredou com a dela e sentiu o calor entre as pernas se transformar em uma dor poderosa. Ela queria que ele a fodesse, precisava que a penetrasse profundamente e fizesse tudo isso desaparecer. Os pensamentos eram tão crus e incomuns para ela que o afastou com as mãos trêmulas. Evan permitiu que ela escapasse de suas mãos. Seus olhos roçaram a aparência dela, e ele notou o modo como o coração dela estava disparado, o desejo selvagem que ainda o chamava nos olhos. Os lábios de Scarlett estavam vermelhos e inchados, e seus seios subiam e desciam rapidamente enquanto tentava recuperar o fôlego. Trevor rosnou para Evan. — Por que você conseguiu beijá-la primeiro? Evan deu de ombros. — Houve uma oportunidade, e eu a aproveitei. É melhor entrarmos e comermos antes que a comida queime. Trevor entrou em algum lugar no corredor e voltou com um par de shorts de exercícios cobrindo seu pau impressionante. Ele ainda estava sem camisa, mas Scarlett sentiu que poderia lidar com isso, desde que não tivesse que lidar com seu pau enorme. O jantar consistiu de bifes saudáveis, batatas e ervilhas. Os vegetais foram cultivados no jardim, Evan explicou a ela, e os bifes era um alce que fora capturado na semana passada. Parecia tão normal, que Scarlett mal conseguia entender que jantava com esses dois lobos que pensavam que ela era sua companheira. — Eu preciso ligar para minha mãe. — Scarlett afirmou depois que os pratos foram lavados. — Ela vai se preocupar se eu não voltar amanhã. Trevor levantou uma sobrancelha. — Ninguém está parando você, Little Red1. Scarlett franziu a testa. — Somente minha mãe me chama de Red. Como você pode saber disso? Trevor tocou o suéter de cashmere vermelho. Ele gentilmente puxou o capuz para cima, cobrindo seus longos cabelos ruivos. — Olha, você é a Chapeuzinho Vermelho. — Seu sorriso lupino fez com que o estômago de Scarlett desse uma reviravolta. — E eu suponho que você é o grande lobo mau? — ela provocou de volta. Evan soltou uma risada do outro lado da sala. — Não exatamente, Red. Nós somos os grandes lobos maus e você Little Red, bem, você é nossa companheira. Scarlett sentiu o queixo cair. — Como posso me acasalar com dois lobos? Trevor a pressionou contra ele, e ela sentiu o comprimento dele contra a parte inferior das 1 Chapeuzinho Vermelho, deixei no original porque a mãe da personagem a chama também de “Red”, na tradução literal “Vermelha”, preferi deixar no original mesmo. costas. Sua respiração fez cócegas no ouvido dela quando ele sussurrou — É assim que acontece com a nossa espécie, Red. Cada matilha tem uma Luna e você é a nossa. — Eu nunca ouvi falar de uma matilha com apenas dois lobos. — Scarlett deixou escapar. — Seja grata, Little Red — Evan disse com um olhar caloroso — Vamos mantê-la ocupada o suficiente com nós dois. Se houvesse quatro ou cinco, você acharia um pouco esmagador. Esse foi o eufemismo do ano, Scarlett pensou enquanto discava o número da mãe. Scarlett bufou quando desligou o telefone com a mãe. Janet não apenas sabia muito bem no que estava enviando a filha, como também implorou a Scarlett que desse uma chance. — Mas há dois deles! — Scarlett tinha sussurrado no telefone. — Você honestamente não pode esperar que eu esteja com dois homens. Janet explicou sua ligação para a avó Mara e pediu que olhasse para os homens com a mente aberta. Isso estava além de qualquer razão, e Scarlett se perguntou se ela realmente havia perdido suas bolas de gude. Janet havia dito a Scarlett para parar de se preocupar com o que a sociedade acha certo e ouvir seu coração. Scarlett não confiava em seu coração. A coisa estúpida tentou sair do peito no momento em que aqueles lobos sensuais chegaram perto dela. Havia algo tão travesso na situação que deixava Scarlett molhada e dolorida. Ela também não gostou disso. — Tudo bem, Little Red? — Evan perguntou, entrando na sala. Até o som da voz dele deixava os joelhos dela fracos. — Sim, está tudo bem. Minha mãe estava nisso com sua vovó Mara. Evan ergueu uma sobrancelha. — Parece uma mulher inteligente. Scarlett sentiu seus lábios se curvarem em um pequeno sorriso, antes que pudesse detê-los. — Isso não significa que aceito você e Trevor como meus companheiros — ela foi rápida em acrescentar. — Só prometi tentar. Trevor entrou atrás de seu amigo, e a sala parecia muito menor para Scarlett. Os homens eram tão altos e musculosos que se sentia pequena ao lado deles. — E agora? — ela perguntou em voz baixa. — Você quer assistir um filme? — Evan sugeriu. Era tão normal que Scarlett relaxou um pouco. — Sim, isso seria muito bom. — Podemos baixar algo online. Que tal aquela nova comédia ou uma aventura? — Evan sugeriu. Scarlett decidiu tentar a sorte. – Que tal “Envolvido em Amor”? Era um filme do mais alto grau, com muitas cenas de amor e diálogo pegajoso para assustar a maioria dos homens heterossexuais a correr para as montanhas. Os homens nem sequer piscaram. — Parece bom. — Disse Trevor e caminhou até o sofá ajeitando a almofada ao lado dele para Scarlett se sentar. Momentos depois, Evan voltou e sentou-se do outro lado. O filme estava começando na TV de tela plana, mas Scarlett não poderia ter lhe contado o que estava acontecendo. O calor desses dois homens a dominou. Scarlett se mexia inquieta, tentanto fugir, mas quando se movia para a direita, se deparava com Trevor, e se deslizava para a esquerda, estava Evan. Para piorar a situação, Trevor passou um braço em volta das costas do sofá. De repente, sentiu calor em todos os lugares e desejou que eles colocassem uma camisa para que ela não tivesse a extrema tentação de tocá- los. Evan pegou a mão dela e acariciou a palma com o polegar. A sensação a lembrou de outros lugares que ele poderia estar acariciando. Trevor passou os dedos levemente pela pele do pescoço dela, e Scarlett não pôde evitar o pequeno gemido que escapou de seus lábios. Os dedos de Trevor pararam e permaneceram como se ele estivesse avaliando suas opções. Qualquer que fosse a batalha que estava travando dentro de si, ele deve ter resolvido, porque começou a acariciar sua pele de novo. Quando o filme terminou, Scarlett estava uma bagunça de desejo e necessidade. Os homens continuaram a tocá-la de leve aqui e ali, até que ela teve certeza de que não aguentaria mais. Seu sexo estava doendo com a necessidade, sua calcinha molhada e seu temperamento estava começando a queimar. Evan se levantou para desligar a televisão e Trevor traçou a concha da orelha dela com a ponta do dedo. Algo dentro dela explodiu, e ela agarrou o rosto de Trevor com as duas mãos. — Pare de me provocar! — Sua voz era rouca e carente. Ele levantou uma sobrancelha. — Ou o quê? Scarlett colou os lábios nos de Trevor . Não era o beijo suave que havia compartilhado com Evan. Isso era feroz e apaixonado, todo lábios, línguas e dentes se chocando. Houve outro flash de luz que assustou Scarlett, fazendo-a se afastar abruptamente. — O que foi isso? — Ela sibilou. Os olhos de Trevor continuaram colados aos lábios inchados. — O segundo teste. Nosso cônjuge precisa iniciar o contato físico por vontade própria. A Deusa da Lua mostrou sua aprovação. Você tem duas tarefas restantes, Little Red. — Eu não gosto de fazer testes! — Scarlett rosnou. Evan voltou ao sofá. — Não é algo que possamos controlar, Scarlett. Mas mesmo que pudéssemos, não acredito que nenhum de nós pararia. Trevor assentiu. — Há algo em você que parece certo. — Como pode ser? — Scarlett gritou. — Você nem me conhece! — Então diga-nos algo — o tom reconfortante de Evan ajudou a trazer Scarlett de volta da razão. — Queremos saber tudo sobre você. Scarlett balançou a cabeça. — Eu não saberia por onde começar. — Diga-nos por que você tem tristeza em seus olhos. — Trevor solicitou. Scarlett piscou. — Do que você está falando? Evan segurou o queixo dela. — Trevor está certo, você conheceu a perda. Para horror de Scarlett, ela sentiu uma emoção travando sua garganta. Seus olhos ficaram vidrados enquanto lutava para encontrar as palavras. — Meu pai, ele faleceu há alguns anos atrás. Nós estávamos muito perto. Eu sempre quis deixar a padaria da minha família, mas quando papai morreu, sabia que não podia deixar minha mãe sozinha. Trevor se inclinou e limpou uma lágrima da bochecha dela. — Você é uma boa filha, Little Red. Você tem um grande coração que compartilha facilmente. Scarlett se viu dizendo aos homens mais coisas sobre si. Como ela havia nadado na equipe de natação do ensino médio e que sua cor favorita era vermelha. Também contou a eles como ela e o pai haviam amado esses bosques. Ela contou a eles sobre os alimentos que gostava e os vegetais que não comia. Scarlett riu com eles quando Evan disse que não encontrara nada que Trevor não comesse, incluindo lama. Trevor fingiu ser insultado e disse que não comia uma torta de lama desde que era criança. Scarlett adorava ver os meninos se provocando. Eles eram confortáveis em sua própria pele, mas muito diferentes um do outro. Trevor era grande e pensativo, já Evan era mais aberto e tinha uma abordagem mais suave. Eles discutiram como todos os amigos, mas não pareciam se importar com o fato de ambos quererem a mesma coisa - ela. Scarlett ficou um pouco decepcionada quando chegou a hora de dormir, e eles a ajudaram a arrumar um lugar para ela no sofá. Não tinha certeza do que estava esperando, mas não era isso. Evan notou sua consternação. — Nós nunca iremos forçar você, Scarlett. Esse não é o nosso caminho. Nós queremos você em nossa cama, não se engane. Mas será sua decisão, não nossa. Trevor parecia querer discutir com Evan, mas segurou sua língua. Evan mostrou a ela onde Scarlett poderia tomar banho e escovar os dentes e depois a deixou ir para a cama. Scarlett ficou deitada em sua cama improvisada no sofá por aproximadamente 26 minutos antes de concluir que queria aqueles homens. Scarlett queria ver se isso realmente poderia funcionar. Então, ela se levantou e marchou pelo corredor em direção aos dois quartos nos fundos. Evan foi o primeiro a cumprimentá-la à sua porta. — Está tudo bem, Scarlett? Trevor agarrou seu pulso e a puxou para dentro de seu quarto. Evan foi rápido e os seguiu. Com olhos brilhantes, Trevor levantou-a e jogou-a em sua cama enorme. — Pelo amor de Deus, já era hora! Scarlett gritou quando os dois homens subiram na cama enorme, cada um ao seu lado. O calor de seus corpos fez seu sexo contorcer na calcinha. Ambos eram tão grandes com músculos por toda parte e seus olhos grudados nela. Trevor estava olhando atentamente para o rosto dela. — Você veio aqui por vontade própria? Scarlett sabia que sua resposta seria o momento decisivo. Se ela recusasse, poderia voltar à sua antiga vida. Mas trabalhar na Grimm's Goodies não a fazia feliz. Scarlett estava em uma depressiva rotina repetitiva com os mesmos clientes. Ela namorou os mesmos homens na cidade, e nenhum deles foi capaz de satisfazê-la. Valia a pena desistir dessa chance, dessa oportunidade louca que poderia ser exatamente o que buscava sem saber? Pela primeira vez em sua vida, ela se sentiu confiante. Scarlett estava indo atrás do que queria e para o inferno com as consequências. — Vim por vontade própria — suas palavras foram apressadas, e cada uma delas confirmada pelo clarão da luz diante dela. — Esse foi o terceiro teste? — ela perguntou ofegante. Os dedos de Evan deslizaram por baixo da camiseta e esfregaram a pele delicada enquanto Trevor respondia. — Esse foi o terceiro teste. Resta apenas um para o acasalamento. Já faz muito tempo, Little Red, tentarei ser gentil, mas temo que quando eu começar, será difícil me conter. Scarlett agarrou a barra da blusa e a puxou por cima da cabeça. Ela havia tirado o sutiã e estava vestida apenas com uma calcinha fina de renda. — Puta merda! — Evan murmurou exatamente quando Trevor segurou suas bochechas e tomou seus lábios nos dele. Scarlett se viu sendo selvagemente beijada por um mestre, a língua dele mergulhando em sua boca, exigindo sua submissão, e ela a deu. Ele inclinou os lábios e abriu a boca ainda mais. Era como se quisesse cada pedaço dela, sem faltar nada. Ela choramingou baixo na garganta, as sensações que atravessavam seu corpo eram familiares e estranhas para ela. Havia uma fome profunda que foi inflamada em seu âmago. Scarlett sentiu as mãos de Evan alcançarem e segurarem seus seios. Era tão fodidamente bom que ela gemeu no beijo de Trevor. Seu profundo grunhido de aprovação levou Evan a continuar seu ministério. Ele começou a moldar os globos perfeitos, traçar levemente a aréola antes de beliscar e torcer suas pontas macias até os mamilos de Scarlett ficarem duros. A multidão de sensações fez Scarlett se sentir como se estivesse em outro mundo, outra vida, onde era desinibida e poderia ter o que quisesse. Mãos desceram para rasgar sua calcinha, e ela não tinha certeza de quem o havia feito, nem se importava. Seus lábios estavam sensíveis e inchados pelo beijo de Trevor quando ele parou para lamber a curva delgada de sua garganta. Ele virou Scarlett então, e Evan estava agora na frente dela. Scarlett viu que ele havia tirado a roupa e era tão abençoado quanto Trevor. — Prove ela — Trevor rosnou — Diga-me como é a nossa Little Red. Evan separou suas coxas e ambos gemeram quando o cheiro de sua excitação encheu o ar. Era rico e doce e chamava por eles. Ele abaixou a cabeça beliscando e mordendo sua barriga lisa e seus quadris arredondados. Trevor colocou Scarlett entre as pernas e inclinou a cabeça para o lado para que ele pudesse chupar e lamber o pescoço dela enquanto brincava com seus seios generosos. Ele também queria assistir Evan lamber sua companheira. Ela era deles, e queria que ela soubesse disso de todas as formas. Evan a lambeu timidamente através de sua vagina inchada, e Scarlett gemeu baixo em sua garganta. — Separe as dobras dela — exigiu Trevor — quero ver sua linda buceta rosa enquanto você dá prazer a ela. Evan fez como lhe foi dito, e o cheiro dela engrossou no ar. A língua larga dele lambia suas dobras ensopadas, acariciando-a languidamente como se ele tivesse todo o tempo do mundo. Evan estimulou seu clitóris, mas não deu o suficiente para fazê-la voar. Apenas o suficiente para fazer seu núcleo chorar de necessidade. — Por favor! — Scarlett ficou chocada quando ouviu sua própria voz. Ela nunca tinha sido muito vocal durante o sexo. Mas aqui, agora, ela queria desesperadamente que Evan fosse mais bruto, mergulhar mais fundo. Ela não o queria doce e brincalhão. Queria ser fodida. Os dedos de Evan brincaram com sua fenda. — O que você quer Scarlett? A voz dele se aprofundou e ela viu o animal logo abaixo da superfície. — Coma-me! — Ela gritou — Foda-me, preciso de mais! Trevor rosnou, apertando as mãos nos seios dela e puxando-os até quase doer. Outro jorro do líquido de sua vagina cobriu o rosto de Evan quando fez o que ela pediu. Desta vez, ele estava decidido, com movimentos insistentes, imitando o que queria fazer com seu pau. Enquanto Evan fodia sua vagina, Trevor se abaixou e esfregou seu clitóris. Ela se contorceu em seus braços, convulsionando e gritando seus nomes enquanto cavalgava pelo melhor orgasmo de sua vida. Em segundos, Scarlett ficou de quatro. O pau de Evan estava perto de seu rosto, e ela colocou a língua para fora instintivamente para tentar lambê-lo. Ele gemeu e trouxe seu pau enorme para mais perto da boca dela. Trevor usou o dedo comprido para verificar se Scarlett estava pronta para ele e não ficou desapontado com o que encontrou. — Você está tão molhada, Little Red, você nos quer e quer muito. — Sim, Trevor! — Ela gritou — Por favor, me foda! Deixe-me provar o pau de Evan, preciso tanto de vocês dois dentro de mim! Ele não precisou de mais incentivo, Evan enfiou o pau na boca dela, fazendo-a se esticar enquanto seu comprimento era quase demais para ela suportar. No mesmo momento, Trevor penetrou em sua boceta encharcada. Ela estava molhada, mas nada poderia prepará-la para o tamanho dele enquanto ele a alargava dolorosamente. Scarlett gritou e chupou mais forte o pau dentro de sua boca. Ela sentiu as lágrimas começarem a se formar nos olhos e tentou esvaziar a garganta para poder tomar Evan ainda mais fundo. Trevor não perdeu tempo. Ele agarrou seus quadris e começou a estocar. O aperto de sua boceta o fez ver estrelas enquanto entrava e saía dela, de novo e de novo. Ele nunca tinha sentido algo assim antes em sua vida. Evan tinha enrolado seus longos cabelos vermelhos em torno de seu punho para que pudesse vê-la chupando-o. Ele não tinha certeza de quanto tempo mais duraria. Sua boca estava tão quente, e os sons que ela fazia enquanto Trevor a fodia eram mais do que Evan podia suportar. Scarlett sentiu sua boceta começar a apertar ainda mais em torno do pênis de Trevor. Numa friccão forte e severa, e ela sabia que estava à beira de outra liberação. O aperto de Trevor em seus quadris era punitivo. Ele amava o jeito que as costas dela arqueavam enquanto a fodia. Ele amava o jeito que seus peitos saltavam a cada impulso e ele amava especialmente o jeito que sua boceta parecia ser feita para ele. Ela seria a companheira perfeita para os amigos. Isso era óbvio. Ele localizou o pequeno buraco enrugado da bunda dela e a sentiu estremecer de surpresa. E então, para sua surpresa, ela empurrou seus quadris com mais força contra seu pênis. Trevor esfregou o botão rosado e seus impulsos se tornaram selvagens. Evan não conseguiu mais se conter e gozou na boca de Scarlett. Ela tentou engolir o máximo que podia, mas sua própria libertação estava sobre ela, e de repente se contorcia em torno de Trevor, sua boceta se lançando em um orgasmo violento, que os dois viram estrelas. Jatos de esperma jorraram do pau enorme de Trevor, profundamente dentro de seu ventre. Evan assistiu com os olhos cerrados enquanto Trevor estocava contra ela mais duas vezes antes de sair. Scarlett era tão fodidamente sexy com a porra de Evan no rosto e Trevor saindo de sua boceta. Houve um flash final de luz. A Deusa da Lua havia aceitado o acasalamento. Little Red agora pertencia aos grandes lobos maus. Evan tomou um banho com ela e Trevor ficou no banheiro, observando enquanto Evan a ajudava a se lavar. Seu corpo estava dolorido por toda parte, mas de uma maneira deliciosa que Scarlett nunca havia sentido antes. Seus olhos estavam começando a se fechar por vontade própria, e ela deitou-se com gratidão na cama enorme de Trevor. Scarlett estava tão cansada que mal percebeu que os dois homens haviam subido ao lado dela. Ela sorriu sonolenta para eles e o sono a levou Haveria histórias na vila sobre o que aconteceu naquela noite. Quando questionada, a mãe de Scarlett, Janet, apenas sorria e dizia que Scarlett tinha saído para presentear a avó de alguém. Não durou muito tempo, até que Scarlett foi vista na cidade, que a verdade do assunto veio à tona. Os aldeões olhavam chocados quando Scarlett, muito grávida, era escoltada por dois homens enormes e lindos que a atendiam a cada capricho. Alguns diriam que ela estava se envolvendo em algo ilícito, que seus olhos eram grandes demais, diriam. Ela ficou muito gananciosa, outros sussurraram. Alguns belos amantes a haviam enganado, alguns acrescentariam, embora secretamente todos assistissem o trio com melancolia. A felicidade que irradiava de Scarlett era quase uma coisa tangível. Ela não era mais a filha do padeiro triste. E Little Red não se importava mais com o que as convenções ou a sociedade consideravam certo ou errado. Sua pequena família de três filhos logo cresceu para quatro e, um ano depois, cinco. Três verões após o segundo filho, os gêmeos chegaram. O último bebê deles nasceu oito anos depois daquela noite fatídica. Cada filhote era um menino, algo que Scarlett aprendeu mais tarde, era comum em lobisomens. À medida que cresciam e saíam em busca de companheiras, alguns ficavam juntos, e outros viajavam por toda parte. Mas, nos próximos anos, todos os membros da família voltariam para casa para celebrar a noite em que sua mãe, a Little Red, conheceu seus pais, os grandes lobos maus. Vovó Mara chegaria com seus três companheiros e contaria sobre como ela havia arranjado a coisa toda com Janet. Trevor diria algo inapropriado sobre querer devorá-la, e Evan lhe roubaria tantos beijos quanto Scarlett permitiria. Trevor, para não ser superado, beijaria Scarlett apaixonadamente, fazendo os meninos revirariam os olhos diante das travessuras de seus pais. Alguns diriam que Little Red fora arruinada naquele dia, todos aqueles anos atrás, mas Scarlett sabia a verdade. Essa foi a noite em que ela foi realmente encontrada. Olhando para o céu, Scarlett agradeceu à Deusa da Lua, e um flash final de luz inundou o céu.