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Escola Superior Náutica Infante D.

Henrique
Departamento de Engenharia Marítima

Licenciatura em
Engenharia de Máquinas
Marítimas - Diurno
(Programas das unidades curriculares)

ENIDH, Dezembro de 2019


Escola Superior Náutica Infante D. Henrique
Departamento de Engenharia Marítima

Plano de estudos da LEMM


(Ramo de Sistemas Marítimos)
(Curso diurno)
1º ANO
HC ECTS HC ECTS
Análise Matemática I 5 6 Análise Matemática II 5 6
Álgebra Linear 4 5 Electrotecnia 5 6
Física Geral 4 6 Química Aplicada 4 6
Programação 4 5 Desenho Técnico 4 5
Tecnologia Marítima 4 4 Materiais 4 4
Inglês 3 4 Inglês Técnico Marítimo 2 3

Totais 24 30 Totais 24 30

2º ANO
HC ECTS HC ECTS
Mecânica Aplicada 4 5 Mecânica dos Materiais 5 6
Termodinâmica 4 5 Transmissão de Calor 4 5
Máquinas Eléctricas e 4 5 Electrónica 5 6
Accionamentos
Tecnologia Mecânica 4 5 Prática Oficinal 4 4
Mecânica dos Fluidos 4 5 Probabilidades e Estatística 4 5
Métodos Numéricos 4 5 Psicossociologia 2 4

Totais 24 30 Totais 24 30

3º ANO
HC ECTS HC ECTS
Máquinas e Sistemas Auxiliares I 4 6 Máquinas e Sistemas 4 6
Auxiliares II
Máquinas de Combustão Interna 4 5 Operação de Instalações 4 5
Marítimas
Sistemas de Controlo 4 6 Automação 5 6
Estrutura e Estabilidade do Navio 4 5 Órgãos de Máquinas 4 5
Segurança Marítima I 4 4 Segurança Marítima II 5 5
Manutenção 4 4 Cuidados de Saúde 2 3

Totais 24 30 Totais 24 30
Legenda:
HC: Horas semanais de Contacto; ECTS: European Credits Transfer and Accumulation System

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Escola Superior Náutica Infante D. Henrique
Departamento de Engenharia Marítima
CERTIFICAÇÃO MARÍTIMA

A conclusão com aproveitamento da totalidade das unidades curriculares que integram a


licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas, Ramo de Sistemas Marítimos (primeiro
ciclo de estudos), satisfaz os requisitos obrigatórios para certificação de oficiais de máquinas,
chefes de quarto numa casa da máquina em condução atendida ou oficiais de máquinas de
serviço numa casa da máquina em condução desatendida, em navio cuja máquina principal
tenha uma potência propulsora igual ou superior a 750 kW, conforme previsto no parágrafo
2.3 da regra III/1 da Convenção STCW 1978 emendada em 1995, bem como no previsto pelo
D.L. n.º 280/2001, de 23 de Outubro com as alterações introduzidas pelo D.L. n.º 206/2005,
de 29 de Novembro e pelo D.L. n.º 226/2007, de 31 de Maio.
A conclusão desta licenciatura possibilita também a obtenção dos respectivos certificados de
competência, desde que estejam satisfeitos os restantes requisitos exigidos para a certificação,
bem como a obtenção dos seguintes certificados de qualificação e provas documentais
previstos na Convenção STCW e Emendas, desde que sejam também satisfeitos os restantes
requisitos exigidos para a sua emissão:
a) Certificado de segurança básica (tabelas A-VI/1-1, A-VI/1-2, A-VI/1-3 e A-VI/1-4 do
Código STCW);
b) Certificado de qualificação para o controlo de operações de combate a incêndios
(tabela A-VI/3 do Código STCW);
c) Certificado de qualificação para ministrar os primeiros socorros a bordo das
embarcações (parágrafo 1 da tabela A-VI/4 do Código STCW);
d) Certificado de qualificação para a condução de embarcações salva-vidas e de
salvamento (parágrafo 1 da tabela A-VI/2 do Código STCW);
e) Certificado de qualificação para a condução de embarcações de salvamento rápidas
(parágrafo 2 da tabela A-VI/2 do Código STCW);
f) Certificado de qualificação para o exercício de funções específicas nos navios tanque
(petroleiros, químicos e gás liquefeito) (parágrafo 1 da secção A-V/1 do Código
STCW);
g) Certificado de familiarização em navios ro-ro de passageiros (parágrafo 2 da secção
A-V/2 do Código STCW);
h) Certificado de controlo de multidões (parágrafo 1 das secções A-V/2 e A-V/3 do
Código STCW);
i) Certificado de segurança para tripulantes que prestem assistência directa aos
passageiros (parágrafo 3 das secções A-V/2 e A-V/3 do Código STCW);
j) Certificado de familiarização em navios de passageiros (parágrafo 2 da secção A-V/3
do Código STCW);
k) Certificado de segurança dos passageiros (parágrafo 4 da secção A-V/3 do Código
STCW);
l) Operador radiotelefonista VHF da classe A, de acordo com o regulamento constante da
Secção VI do Decreto-lei nº 280/2001 de 23 de Outubro e com o Regulamento das
Radiocomunicações da União Internacional de Telecomunicações - RR/UIT.

2
1.º ano de estudos
(1.º semestre)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Análise Matemática I
Área Científica: Matemática
Código: 3041 Tipo de unidade: Obrigatório
Início de vigência: 19 de Setembro 2011
Ano curricular: 1º Semestre curricular: 1º
ECTS: 6 Carga horária/Tipo de ensino: 75 h / TP
Prof. Resp.: Miguel Pedro Silva
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

Fornecer aos alunos os conhecimentos básicos da Análise Matemática com especial incidência no cálculo
diferencial e integral em R. Estes conhecimentos permitem a construção de modelos matemáticos a uma
dimensão para os problemas físicos abordados na engenharia bem como a simulação dos casos
estudados.

Programa:
1. Sucessões e séries
Sucessões. Conceitos gerais. Limites e convergência.
Séries numéricas. Exemplos. Critérios de convergência e divergência. Séries de funções. Séries de
potências. Intervalo de convergência.

2. Funções Reais de Variável Real


Domínio de funções reais. Limites e Continuidade. Assímptotas.
Cálculo Diferencial em R. Derivação e suas aplicações. Representação gráfica de funções. Fórmula de
Taylor.

3. Cálculo integral.
Primitivação. Conceitos gerais e métodos de cálculo.
Integração. Conceitos gerais e aplicações. Cálculo de áreas, comprimentos e volumes de sólidos de
revolução. Integrais impróprios.

Bibliografia:

Análise Matemática I – Apontamentos de apoio à disciplina, Luís Cruz-Filipe & Patrícia Engrácia, ENIDH.
Introdução à Análise Matemática - J. Campos Ferreira, Ed. Calouste Gulbenkian.
Calculus, Vol. 1,2 – T. M. Apostol, Wiley International Edition.

Métodos de ensino:

A leccionação será efectuada através de aulas teórico-práticas. Pretende-se que através da leitura da
bibliografia o aluno seja introduzido a cada tópico a tratar. As aulas funcionarão com breves exposições
sobre cada tema, seguidas de exemplos práticos, onde se pretende que o aluno consolide os conceitos
que estudou, e posteriormente resolução de exercícios onde os alunos aplicarão os conhecimentos
adquiridos. Haverá ainda semanalmente a indicação de exercícios para os alunos resolverem em casa.

Método de avaliação de conhecimentos:

Realização de 2 testes (NT1 e NT2) ao longo do semestre ou de 1 exame final (NE).


A nota final (NF) é o resultado de: NF = 0.5(NT1+NT2) ou NF=NE.

Língua utilizada: Português / Inglês

4 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Álgebra Linear
Área Científica: Matemática
Código: 3042 Tipo de unidade: Obrigatório
Início de vigência: 19 de Setembro 2011
Ano curricular: 1º Semestre curricular: 1º
ECTS: 5 Carga horária/Tipo de ensino: 60 h / TP
Prof. Resp.: Miguel Pedro Silva
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

Compreender e dominar conceitos básicos de Álgebra Linear necessários a outras cadeiras do curso.
Resolver sistemas de equações lineares usando o Método de Eliminação de Gauss e problemas que
conduzam à resolução dos mesmos. Dominar as operações algébricas sobre matrizes e o cálculo de
determinantes. Trabalhar com espaços lineares e transformações lineares e aplicar as técnicas
apresentadas à resolução de problemas em Engenharia. Resolver problemas de aproximação e
optimização recorrendo ao cálculo de projecções ortogonais.

Programa:
1. Sistemas de equações lineares:
Método de Gauss, resolução e classificação de sistemas e interpretação geométrica. Cálculo matricial:
operações algébricas e aplicação à resolução de sistemas. Inversão, determinantes e propriedades.

2. Espaços lineares:
Conceito de espaço vectorial como generalização de IRn. Exemplos: espaços de matrizes e espaços
de funções. Propriedades. Subespaços vectoriais. Dependência e independência linear, espaço gerado
por um conjunto de vectores, base, dimensão, vectores de coordenadas, mudanças de base.

3. Espaços definidos a partir de uma matriz:


Espaço das linhas, espaço das colunas, núcleo. Relação com a resolução de sistemas de equações.
Espaços euclideanos: produto interno, norma, ortogonalidade, método de Gram—Schmidt e
aplicações.

4. Transformações lineares:
Definição, propriedades, exemplos, operações algébricas e composição. Representação matricial.
Relação entre as propriedades duma transformação e as propriedades das matrizes que a
representam. Mudança de base. Vectores próprios, valores próprios e diagonalização.
Bibliografia:

Apontamentos de Álgebra Linear. Luís Cruz-Filipe & Patrícia Engrácia. Escola Superior Náutica Infante D.
Henrique, Setembro de 2010.
Elementary Linear Algebra. H. Anton & C. Rorres, John Wiley, 2000.
Algebra Linear. Luis T. Magalhães. Texto Editora, 1996.

Métodos de ensino:

Aulas teórico-práticas, incluindo uma exposição teórica de cada um dos temas abordados, exemplos
práticos de aplicação e resolução de exercícios. Como complemento, são indicados semanalmente
exercícios para os alunos resolverem em casa.

Método de avaliação de conhecimentos:

1. Modalidade de avaliação contínua, contendo:


(a) 12 Mini-testes de avaliação contínua, realizados semanalmente, com a duração de 10 minutos cada,
classificados na escala de 0 a 20 valores, sendo calculada a média aritmética simples dos 10 melhores
testes (MT). Cada teste não realizado é considerado como tendo a classificação de 0 (zero).
(b) Teste final sobre a matéria toda, com duração de duas horas, constituído por três grupos dos quais o
aluno deve resolver dois à escolha, classificado na escala de 0 a 20 valores (TF).
(c) Para obter aprovação o aluno deve satisfazer simultaneamente TF>=8.0 valores e 0.3*MT+0.7*TF
>= 9.5 valores, sendo a nota final calculada por (0.3*MT+0.7*TF) e arredondada às unidades.

5 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
(d) Os alunos que entreguem três mini-testes consideram-se como tendo escolhido a modalidade de
avaliação contínua, não lhes sendo permitido optar pela modalidade de exame senão na época de
recurso.

2. Modalidade de exame: exame final sobre a matéria toda, com duração de três horas, constituído por
três grupos, classificado na escala de 0 a 20 valores (E). Para obter aprovação, o aluno deve satisfazer E
>= 9.5, sendo a nota final o valor de E arredondado às unidades.

Língua utilizada: Português/Inglês

6 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Física Geral
Área Científica: Mecânica Aplicada
Código: 3043 Tipo de unidade: Obrigatório
Início de vigência: 19 de Setembro 2011
Ano curricular: 1º Semestre curricular: 1º
ECTS: 6 ECTS Carga horária/Tipo de ensino: 60 h / TP
Prof. Resp.: Luis Carlos Freire
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

O objectivo principal da disciplina consiste em apresentar ao aluno uma perspectiva clara e objectiva dos
princípios e conceitos da Física. A compreensão dos conceitos e princípios é reforçada através de
exemplos do “mundo real”. O aluno é também motivado por exercícios que evidenciam o papel da Física
noutras disciplinas da engenharia.

Programa:

1. Física e Medidas.
O que é a Física? Interesse prático do estudo dos fenómenos físicos. Perspectiva histórica. Divisão da
física nos seus vários ramos. Grandezas e sua medição.
Comprimento, Massa, e Tempo. Prefixos de unidades. Dimensões como quantidades algébricas –
análises de equações. Conversões de unidades. Notação científica.
Introdução ao cálculo vectorial: Sistemas de coordenadas. Quantidades escalares e vectoriais.
Propriedades dos Vectores. Componentes de vectores e vectores unitários.
Movimento em uma dimensão: Posição, deslocamento, velocidade, e rapidez. Velocidade e rapidez
instantânea. Aceleração.
Movimento em duas dimensões: Vectores de posição, velocidade e aceleração. Movimento em duas
dimensões com aceleração constante. Movimento de projéctil. Movimento circular uniforme.
Aceleração tangencial e normal.

2. Mecânica Aplicada.
As Leis de Movimento. O conceito de força. Primeira, Segunda e Terceira Lei de Newton. Lei de
Newton da Gravitação.
Energia e transferência de energia. Trabalho de uma força constante e o produto escalar. Energia
cinética e o teorema do trabalho-energia cinética. Conservação da energia. Potência. Rendimento.
Leis de atrito seco.
Energia potencial. Energia potencial de um sistema. O sistema Isolado - Conservação da energia
mecânica. Forças conservativas e não conservativas. Relação entre forças conservativas e a energia
potencial.
Impulso, momento linear e colisões. A lei da conservação do momento linear. Colisões a uma
dimensão e a duas dimensões. Posição, velocidade e aceleração angular. Movimento rotacional com
aceleração constante. Quantidades lineares e angulares.
Momento Angular. Torque e o produto vectorial. Lei da conservação do momento angular.
Equilíbrio estático. Condições de equilíbrio. Exemplos de objectos rígidos no equilíbrio estático.

3. Termodinâmica.
Temperatura e a Lei Zero da Termodinâmica. Equilíbrio térmico.
Expansão térmica de sólidos e líquidos.
Calor e energia Interna. Calor específico e calor latente. Mudanças de fase. Transferências de
energia. Trabalho em processos termodinâmicos. A Primeira Lei da Termodinâmica. Transmissão de
calor: convecção, condução e radiação.
Gases ideais. Constante de Boltzmann e as Lei de Boyle e Gay-Lussac.

4. Electromagnetismo.
Campo eléctrico. Propriedades das cargas eléctricas. Lei de Coulomb. Movimento de cargas num
campo eléctrico. Fluxo Eléctrico. Diferença de potencial e potencial eléctrico.
Condensadores e dieléctricos. Capacidade. Cálculo e combinação de capacidades.
Corrente e resistência. Corrente eléctrica. Resistência.
Campo magnético. Lei de Biot-Savart. Força magnética. Movimento de cargas num campo magnético
uniforme.
Fontes de campo magnético. Lei de Ampere. O campo magnético num solenóide. Fluxo magnético.

7 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Lei de Faraday. Lei de Faraday da indução. Lei de Lenz.
Ondas electromagnéticas. Propriedades das ondas electromagnéticas. Espectro electromagnético.
Absorção e reflexão de ondas electromagnéticas.
Bibliografia:

Serway R. and Jewett, Physics for Scientists and Engineers, Thomson, 6th ed.
Apontamentos da disciplina

Métodos de ensino:

Aulas teórico-práticas, incluindo uma exposição teórica de cada um dos temas abordados, exemplos
práticos de aplicação e resolução de exercícios.

Método de avaliação de conhecimentos:

Resolução de conjuntos de problemas individualmente e foras das aulas (NTP);


Realização de 3 testes ao longo do semestre ou de 1 exame final (NE);
A nota final (NF) é o resultado de: NF = 0.2NTP+0.8NE.

Língua utilizada: Português / Inglês

8 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Programação
Área Científica: Mecânica Aplicada
Código: 3044 Tipo de unidade: Obrigatório
Início de vigência: 19 de Setembro 2011
Ano curricular: 1º Semestre curricular: 1º
ECTS: 5 Carga horária/Tipo de ensino: 60 h / TP
Prof. Resp.: Luís Manuel Fernandes Mendonça
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

O objectivo principal da unidade curricular consiste em apresentar ao aluno uma perspectiva clara e
objectiva da programação assim como a sua utilização no contexto de trabalho. O conhecimento de
diversas funções elementares assim como de instruções de decisão e repetição. O aluno deverá ser
capaz de desenvolver programas de forma estruturada, utilizando algoritmos por si definidos.

Programa:
1. Introdução à programação
Introdução histórica sobre programação; Linguagens de alto nível e baixo nível. A programação e a
resolução de problemas. Fases de desenvolvimento de programas. Exemplos de aplicação.

2. Algoritmos
Algoritmos; Instruções básicas sobre algoritmia; Expressões aritméticas e lógicas; Estruturas de
sequência, de repetição e de selecção; Implementação de Algoritmos; Fluxogramas. Estruturas de
controlo de programação. Exemplos de aplicação.

3. Programação em Ambiente MatLab.


O ambiente de trabalho; Variáveis; Rotinas e Funções; Simulação de sistemas dinâmicos;
Desenvolvimento de um programa em Matlab aplicado a problemas de engenharia.

Bibliografia:

David McMahon, Matlab demystified, a self-teaching guide, McGrawHill


Andrew Knight, Basics of Matlab and Beyond, Chapman & Hall/CRC
Programação em MatLab, para Engenheiros.Stephen Chapman, Thomson Learning.
Matlab – Language of Technical Computing, The Mathworks Inc
Introdução ao Matlab, Folhas de Apoio às aulas, Luis Mendonça.
Documentação utilizada pelos docentes nas aulas

Métodos de ensino:

As aulas possuem um carácter teórico-prático.


No final de cada novo tópico leccionado são efectuados exemplos de aplicação, que poderão envolver a
sua implementação na aplicação informática em causa.
Os exemplos possuem sempre um carácter integrador de conhecimentos tendo o objectivo de preparar o
aluno para a execução do trabalho final.

Método de avaliação de conhecimentos:

1. AVALIAÇÃO CONTÍNUA a) A frequência das aulas teóricas é obrigatória. Deste modo, o aluno para ter
aproveitamento na avaliação contínua deverá assistir a um mínimo de 80% das aulas teóricas. b) O
aluno deverá realizar um teste escrito, não podendo ter uma nota inferior a 9,5 valores. c) Para obter
aprovação na componente prática, o aluno deverá efectuar um trabalho prático e apresentar o
respectivo relatório. A nota mínima deverá ser de 9,5 valores. d) A nota final da disciplina será atribuída
de acordo com a seguinte ponderação: Nota Final=0.5X Nota Teste+ 0.5xNota Trabalho f) Se o aluno
desejar obter uma nota superior a 16 valores, deverá submeter-se a uma prova oral. 2. AVALIAÇÃO POR
EXAME FINAL a) O aluno que não tenha realizado o teste, ou que tenha reprovado na respectiva
avaliação, pode concorrer a uma das datas de exame final de 1ª Época. O aluno que tiver reprovado na
1ª época, poderá concorrer ao exame de recurso. A nota mínima para ser aprovado em exame final é de
9.5 valores. b) A nota final será atribuída de acordo com a seguinte ponderação: Nota Final=0.5X Nota

9 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Exame Final+ 0.5xNota Trabalho c)Se o aluno desejar obter uma nota superior a 16 valores, deverá
submeter-se a uma prova oral.

Língua utilizada: Português / Inglês

10 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Tecnologia Marítima
Área Científica: Gestão Técnica
Código: 3045 Tipo de unidade: Obrigatório
Início de vigência: 2014/2015
Ano curricular: 1º Semestre curricular: 1º
ECTS: 4 Carga horária/Tipo de ensino: 60 h / TP
Prof. Resp.: Luís Filipe Baptista
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

Dar a conhecer o enquadramento regulamentar, legislativo e administrativo do transporte marítimo.


Promover o conhecimento dos vários tipos de navios como unidades de produção dotadas de elevada
autonomia. Ministrar os conceitos sobre as qualidades náuticas, as dimensões, e as capacidades dos
navios. Identificar os aspectos construtivos dos diversos tipos de navios de acordo com as suas
finalidades. Caracterizar os principais tipos de instalações propulsoras e auxiliares dos navios
identificando os seus componentes e as respectivas funções. Identificar os sistemas de governo e
manobra dos navios. Caracterizar os diversos sistemas de carga e descarga de navios. Desenvolver
aptidões no domínio da navegação e manobra de pequenas embarcações, nomeadamente as de
sobrevivência e salvamento, incluindo as manobras de atracar, de largar, de homem ao mar e de
reboque, conforme preconizado pela Convenção IMO-STCW e emendas.

Programa:

A. TECNOLOGIA MARÍTIMA
1. Regulamentação do Transporte Marítimo
Caracterização das entidades nacionais e internacionais que intervêm no transporte marítimo e na
actividade portuária. Regulamentação e fiscalização destas actividades. Classificação, registo,
certificação e inspecção dos navios mercantes. A IMO e as suas principais convenções
nomeadamente as que dizem respeito à segurança da vida humana no mar e a protecção do meio
ambiente marinho.

2. Navios Mercantes
Classificação dos navios de acordo com o modo de operação. Classificação dos navios quanto ao
modo como é acondicionada a carga; caracterização dos principais tipos. Outros tipos de navios que
prestam serviços específicos. Classificação dos navios quanto ao seu raio de acção.

3. Estrutura Geral dos Navios em Aço


Conhecimentos gerais sobre as estruturas principais do navio e as designações das suas diversas
partes. Nomenclatura e características da estrutura da proa, da zona intermédia do casco e da popa.
Nomenclatura e características das superstruturas e casario. Compartimentação dos navios.

4. Qualidades Náuticas, Posicionamento, Planos Geométricos, Dimensões e Capacidades de


Carga dos Navios
Qualidades náuticas dos navios, planos geométricos principais e auxiliares. Linhas de intercepção.
Comprimento, boca e pontal. Dimensões de sinal para registo. Imersão e centro de carena. Calados,
caimentos e marcas de bordo livre. Noções gerais sobre estabilidade de navios. Deslocamento e
porte do navio. Capacidade de carga. Unidades de carga.

5. Instalações Propulsoras dos Navios Mercantes


Classificação, constituição e comparação dos principais tipos de instalações de máquinas utilizadas na
propulsão marítima. Princípios básicos de construção e operação de instalações propulsoras:
caldeiras a vapor, turbinas a vapor, turbinas a gás e motores diesel (dois e quatro tempos).

6. Equipamentos de propulsão, Manobra e Governo de Navios


Sistemas de propulsão directa e indirecta. Elementos principais de um sistema de propulsão. Linhas
de veios e hélices propulsoras. Hélices de passo fixo e passo variável. Constituição e modo de
operação de hélices de passo fixo e variável. Impulsoras auxiliares de proa e popa para manobras.
Princípios básicos de construção e operação de sistemas de governo do navio. Sistemas de governo
com lemes e tubeiras.
7. Equipamentos de Amarração, Fundear, Carga e Descarga de Navios
Maquinaria de convés: cabrestantes, guinchos de amarração, molinetes, amarras e âncoras.

11 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Equipamentos de movimentação de contentores, granéis sólidos e líquidos. Equipamento de carga e
descarga de navios Ro-Ro de passageiros.

8. Sistemas auxiliares dos navios


Características dos sistemas de óleo de lubrificação, óleo combustível e de arrefecimento.
Dispositivos auxiliares, incluindo bombas, compressores de ar, depuradoras, geradores de água doce,
permutadores de calor, refrigeração, ar condicionado e sistemas de ventilação. Sistemas de produção
e distribuição de energia eléctrica. Sistema de produção de vapor de baixa pressão. Sistemas de
água de alimentação do serviço sanitário. Sistemas de esgoto. Separadores de águas oleosas.
Sistemas de tratamento dos esgotos negros. Sistema de incineração de resíduos. Sistemas de
baldeação e incêndio. Sistema de lastro.

B. NAVEGAÇÃO
9. A esfera terrestre
Forma e dimensões da terra, linhas e pontos na esfera terrestre. Meridiano de Greenwich e Equador.
Medidas de arco. Pontos cardeais. Latitude e longitude. Noção de milha.

10. A Direcção no Mar


Proa e rumo, abatimento, noção de nó. Medição de distâncias e velocidades. Odómetros.

11. Generalidades sobre Cartas


Carta de Mercator. Classificação das cartas. Escalas das cartas. Derrota loxodrómica e traçado na
carta de Mercator. Linhas de posição, enfiamento, alinhamento, azimute, batimétrica.

12. Magnetismo Terrestre


Declinação e desvio, causas e consequências. Agulha de governo, tabela de desvios.

13. Navegação Costeira


Ajudas à navegação, faróis e balizagem. Generalidades sobre radar e sua utilização na navegação.
Generalidades sobre sondas.

14. Navegação Estimada


Carteação e estima. Marés, correntes e vento. Determinação do ponto estimado. Navegação em
águas restritas.

15. Sextante
Nomenclatura e princípio óptico. Leitura de ângulos. Rectificação do sextante. Erro de índice e a sua
determinação. Utilização do sextante na determinação de ângulos verticais e horizontais.

16. Manobras
Fundear, atracar e largar. Manobra de homem ao mar e de reboque.

17. Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar (COLREG)

18. Meteorologia Náutica


A atmosfera terrestre. Elementos meteorológicos. Circulação geral da atmosfera. Massas de ar.
Superfícies frontais. Frentes. Análise sumária de uma carta de tempo. Elementos de previsão
meteorológica a bordo. O “weatherfax” e o “navtex”.

19. Noções básicas sobre primeiros socorros.


Bibliografia:
Textos de apoio à unidade curricular
Arte Naval Moderna – Rogério Castro Silva
Tecnologia Della Nave – Alberto Lomeo
Merchant Ship Construction – Pursey H. J.
Merchant Ship Types – Munro Smith
O Navio – Landstrom, Bjorn

Métodos de ensino:
Serão ministradas aulas teórico-práticas, as quais compreenderão breves exposições sobre cada tema,
seguidas de exemplos práticos e da resolução de problemas de modo a que os alunos apliquem os
conhecimentos adquiridos e consolidem os conceitos de que necessitam.

Método de avaliação de conhecimentos:

Esta unidade curricular é constituída pelos módulos autónomos de Máquinas Marítimas e Navegação
Marítima. A avaliação ao longo do semestre, será efectuada através de pelo menos um teste escrito em
cada um dos módulos. Para efeitos da classificação final desta disciplina, cada um dos módulos contribui
com 50%. A classificação final será determinada através da média aritmética das classificações obtidas
em cada um dos módulos, não podendo para efeitos de aprovação, a classificação de cada módulo ser
inferior a 9,5 valores. Caso o aluno na avaliação ao longo do semestre, obtenha uma classificação

12 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
inferior a 9,5 valores, em qualquer dos módulos, terá de efectuar o respectivo exame final. A avaliação
em exame final de cada módulo, incidirá sobre toda a matéria leccionada no mesmo, sendo obtida a
aprovação quando a respectiva classificação for igual ou superior a 10 valores.

Língua utilizada: Português / Inglês

13 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Inglês
Área Científica: Gestão Técnica
Código: 3046 Tipo de unidade: Obrigatório
Início de vigência: 19 de Setembro de 2011
Ano curricular: 1º Semestre curricular: 1º
ECTS: 4 Carga horária/Tipo de ensino: 45 h / TP
Prof. Resp.: Luis Manuel Fernandes Mendonça
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

O objectivo deste curso é preparar os estudantes para o desenvolvimento do conhecimento,


entendimento e proficiência em Inglês exigido pelo Código STCW. Para dar aos alunos uma ampla
oportunidade de praticar a comunicação em Inglês escrito e oral, tanto para fins profissionais marítimos
e em geral para obter um bom conhecimento do Inglês.

Programa:

Em simultâneo com a aprendizagem de determinados conjuntos de vocabulário técnico-marítimo


(respeitantes aos assuntos mais adiante detalhados), pretende-se efectuar uma revisão das estruturas
gramaticais mais importantes da língua inglesa, nomeadamente:
1. Substantivos, verbos, adjectivos, advérbios, pronomes, conjunções.
2. Tempos verbais; negativa e interrogativa;
3. Verbos não regulares e defectivos;
4. Discurso indirecto;
5. Preposições;
6. Graus dos adjectivos e comparações idiomáticas;
7. Voz Passiva e passivas idiomáticas;
8. Compreensão de leitura;
9. Conversação – Role-playing cenários profissionais;
10. Escrita - elaboração de relatórios, tradução e interpretação;
As áreas vocabulares abordadas são as seguintes:
1. Terminologia e vocabulário técnico do sector marítimo;
2. As diferentes actividades no sector marítimo;
3. Os tipos de navios, tipos de cargas, estiva, operações de descarregamento e
carregamento no navio, e terminologia das diferentes partes do navio
4. Organização e responsabilidades a bordo de um navio
5. Dimensões do navio, GRT, NRT, GT, etc
6. Conceitos de navegação
7. Regulamentos e convenções sobre segurança e a segurança da vida humana no mar

Bibliografia:

Improve Your Written English - Fifth Edition, Maion Field


Basic English Grammar – Third Edition, Betty Schrampfer Azar and Stacy A. Hagen
Fundamental of English Grammar – Third Edition, Betty Schrampfer Azar
Improve your written English – Fifth Edition, Marion Field
Elements of Shipping – Eighth Edition, Alan E. Branch
English for Maritime Studies – Second Edition, T N Blakey
Apontamentos e exercícios, Melany Martins 2010, Escola Superior Náutica Infante D. Henrique

Métodos de ensino:

A metodologia de ensino inclui aulas teórico-práticas. Nas aulas teóricas os alunos serão dadas
explicações detalhadas sobre os tópicos que serão aplicados em exemplos práticos e exercícios. Também
é esperado e importante que os alunos se preparam por auto-estudo e completar os exercícios
atribuídos.

Método de avaliação de conhecimentos:

14 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Realização de dois testes, um a meio do semestre e outro ao fim do semestre. Nota mínima: 8 com uma
média 10 ou>.
Os alunos podem optar por apenas fazer o exame final no fim do semestre.
Nota mínima: 10

Língua utilizada: Inglês

15 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
1.º ano de estudos
(2.º semestre)

16
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Análise Matemática II
Área Científica: Matemática
Código: 3047 Tipo de unidade: Obrigatório
Início de vigência: 19 de Setembro de 2011
Ano curricular: 1º Semestre curricular: 2º
ECTS: 6 Carga horária/Tipo de ensino: 75 h / TP
Prof. Resp.: Luis Manuel Fernandes Mendonça
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

Fornecer aos alunos os conhecimentos básicos da Análise Matemática com especial incidência no cálculo
diferencial e integral emRn. Estes conhecimentos permitem a construção de modelos matemáticos com
mais do que uma variável para os problemas físicos abordados na engenharia bem como a simulação
dos casos estudados.

Programa:

1. Cálculo Diferencial em n.


Campos escalares: limites, derivação parcial, derivadas dirigidas, gradiente, derivação da função
implícita, derivada da função composta, extremos livres e extremos condicionados.
Campos vectoriais: limites e continuidade, derivação: a matriz jacobiana, o jacobiano, divergência,
rotacional, laplaciano e invertibilidade.

2. Cálculo Integral.
Integrais duplos e triplos. Cálculo de áreas e volumes. Mudança de coordenadas. Coordenadas
cilíndricas e esféricas.
Integrais de linha. Campos conservativos e independência do caminho. Teorema de Green. Integrais
de superfície. Teoremas da divergência e de Stokes.

3. Equações Diferenciais.
Introdução e terminologia. Equações separáveis, lineares, exactas e redutíveis a exactas.

Bibliografia:

Calculus – H.Anton, I. Bivens, S. Davis, John Wiley & sons, 2002.

Métodos de ensino:

A leccionação será efectuada através de aulas teórico-práticas. Pretende-se que através da leitura da
bibliografia o aluno seja introduzido a cada tópico a tratar. As aulas funcionarão com breves exposições
sobre cada tema, seguidas de exemplos práticos, onde se pretende que o aluno consolide os conceitos
que estudou, e posteriormente resolução de exercícios onde os alunos aplicarão os conhecimentos
adquiridos. Haverá ainda semanalmente a indicação de exercícios para os alunos resolverem em casa.

Método de avaliação de conhecimentos:

Realização de 2 testes ao longo do semestre ou de 1 exame final (NE).


A nota final (NF) é o resultado de: NF = 0.5?(NT1+NT2) ou NF=NE.

Língua utilizada: Português / Inglês

17 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Química Aplicada
Área Científica: Instalações Térmicas
Código: 3048 Tipo de unidade: Obrigatório
Início de vigência: 2014/2015
Ano curricular: 1º Semestre curricular: 2º
ECTS: 6 Carga horária/Tipo de ensino: 60 h / TP
Prof. Resp.: Maria João dos Reis Matos Cebola
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

Fornecer aos alunos os fundamentos da Química na perspectiva de compreender a estrutura da matéria


e a sua organização atómica e molecular. Estudar a natureza da ligação química covalente com vista a
assegurar uma múltipla abordagem destas moléculas (estereometria, pares electrónicos isolados,
polaridades: de ligação e permanente e reactividade química). Estudar as forças intermoleculares como
complemento de ferramenta de análise de outras propriedades (solubilidade, pontos de fusão e de
ebulição).
Em síntese parcial: Pretende-se que os alunos estejam habilitados a aplicar os conhecimentos e as
ferramentas de análise, em termos de propriedades químico-físicas a qualquer substância constante no
Código das Cargas Perigosas da Organização Marítima Internacional.
Conhecer a nomenclatura IUPAC dos hidrocarbonetos e dos compostos orgânicos bem como as funções
orgânicas com vista a saber identificar os produtos derivados do petróleo, designadamente polímeros e
combustíveis. Em aplicação abordar as reacções de combustão nas múltiplas perspectivas: balanços
molares e ponderais, e relação combustível/ar.
Introduzir o conceito de equilíbrio químico como fundamento dos equilíbrios ácido-base e oxi-redução
por forma a atingir níveis práticos como a electroquímica a corrosão e os sistemas de protecção anti-
corrosiva ( protecção catódica por corrente imposta, ânodos sacrificados e tintas-esquema de pintura).
Compreender e aplicar os conhecimentos de ácido-base e de oxi-redução às caldeiras marítimas.
Adquirir competências em: controlo e tratamento de águas, análises de água e em sistema de produtos
de tratamento. Com as práticas laboratoriais pretende-se adquirir competências próprias nas
perspectivas: de interpretação dos resultados na definição dos níveis de mau funcionamento dos órgãos
da caldeira e na tomada de decisão quanto ao tipo e extensão do tratamento química a efectuar.
Constitui ainda objectivo da disciplina a compreensão dos conceitos fundamentais de Poluição Marítima.
Assegura-se como importante os alunos conhecerem alguns dos instrumentos de regulação e de
procedimento estipulados pela MARPOL 73/78 - Protocolo relativo à Convenção Internacional para a
prevenção da Poluição por Navios : Anexo I (por hidrocarbonetos em navios-tanque), Anexo II (por
substâncias nocivas) e Apêndices, conforme preconizado pela Convenção IMO-STCW e Emendas.

Programa:

1. Estrutura electrónica dos átomos (Código STCW – Secções A-V/1-1 e A-V/1-2)


Efeito foto-eléctrico. Dualismo onda-corpúsculo. Hipótese de De Broglie. Célula foto-eléctrica.
Espectroelectromagnético. Estrutura electrónica (números quânticos, orbitais). Tabela Periódica na
forma longa. Propriedades químicas e físicas dos elementos. Famílias de elementos e suas
características e perigosidade. Riscos associados ao manuseamento de produtos químicos e regras de
segurança.

2. Ligação Química (Código STCW – Secções A-V/1-1 e A-V/1-2)


Formação de iões. Energia de ionização. Cargas nucleares efectivas. Electroafinidade.
Electronegatividade. Números de oxidação. Ligação covalente. Teoria da ligação de valência.
Moléculas diatómicas heteronucleares. Hibridações: sp3, sp2 e sp.Estudo de moléculas : CH4,C2H4
,C2H2 ,H2O , NH3.Representação estereométrica de moléculas listadas como Cargas Perigosas ( IMDG
CODE ). Polaridade das ligações. Momento dipolar. Momento dipolar molecular.

3. Estados Físicos da matéria e Transições de Fase (Código STCW – Secções A-V/1-1 e A-V/1-
2)
Forças intermoleculares. Solubilidade. Estado gasoso. Leis dos gases. Misturas gasosas. Estado
líquido. Densidade e viscosidade. Transições de fase. Efeitos de pressão e temperatura. Pontos de
fusão e de ebulição. Ponto críitico.

4. Hidrocarbonetos e Química Orgânica (Código STCW – Secções A-V/1-1 e A-V/1-2)


Classificação geral dos hidrocarbonetos. Nomenclatura IUPAC. Propriedades gerais químico--físicas.

18 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Cadeias carbonadas. Isomeria (constituição, posição e estéreo-isomeria). Grupos funcionais. Funções
orgânicas. Matérias-primas. Petroquímica. Produtos derivados do “crude-oil”. Combustíveis (incluindo
óleos combustíveis) e Polimerização. Policondensação. Reacções de combustão (excesso de
comburente, estequiométrica, com deficiência e grande deficiência de comburente). Balanços
molares e ponderais. Relação combustível/ar. Aplicações a combustíveis (com emissão de gases
NOx, SOx).

5. Equilíbrio Químico
Características do equilíbrio químico. Equilíbrios homogéneos e heterogéneos. Constantes de
equilíbrio ( KP , KC ). Equilíbrio ácido-base. Protólise e Hidrólise. Produto iónico da água. Conceitos de
pH e pOH. Escala pH. Equilíbrio oxi-redução. Electroquímica. Pilhas (galvânica, electrolítica).
Potencial normal de eléctrodo (  0 ). Série electroquímica dos metais. Força electromotriz de uma
pilha (f.e.m.). Aspectos termodinâmicos numa pilha. Trabalho máximo útil de uma pilha. Energia
livre (de Gibbs). Energia livre e equação de Nernst. Pilha de concentração diferencial.
Comportamento redox da água. Electrólise. Leis de Faraday. Célula de combustão. Pilha de iões de
lítio.

6. Corrosão. Sistemas anti-corrosivos (Protecção Catódica)


Formas de corrosão. Uniforme e localizada. Erosão de cavitação. Centros de corrosão e velocidade de
corrosão. Factores que influenciam a corrosão. Inibição de corrosão. Fundamentos da Protecção
Catódica. Sistemas de protecção catódica por corrente imposta, por ânodos sacrificados e por tintas.
Bases gerais de um projecto de protecção catódica. Cálculo da intensidade de corrente de protecção.
Aplicação para cascos de navios. Galvanoplastia. Tipos de revestimento (esquema de pintura).
Aplicação ao casco de um navio. Eficiência de uma tinta entre docagens.

7. Tratamento e análise de água para instalações marítimas


Composição da água do mar. Água de caldeira, de alimentação e de condensado. Purga (contínua e
intermitente). Depósitos (incrustações e lamas). Reacções químicas de formação. Prevenção e
produtos para evitar os depósitos (Caldeiras (de baixa, média e alta pressão). Formas de corrosão.
Química de prevenção contra a corrosão. Condições de protecção a criar numa caldeira em serviço.
Protecção de uma caldeira inactiva. Protecção contra a corrosão nos encanamentos de vapor, de
condensado e de alimentação. Controlo e tratamento de água. Grupo de produtos químicos de
tratamento. Alcalinidade, pH e reserva de fosfatos. Produtos de desaerificação. Controlo de análise.
Interpretação dos resultados. Definição de níveis de mau funcionamento. Rectificação e ajuste de
quantidades dos produtos de tratamento. Análises laboratoriais de águas de uma caldeira (com
auxílio de kits). Contaminação do vapor (arrastamento, fermentação e espumação). Prevenção
química e física (purgas). Tratamento de água de refrigeração dos motores marítimos (prevenção
contra a corrosão). Análise e produtos de tratamento.

8. Prevenção da poluição do meio ambiente marinho (Código STCW – Secções A-V/1-1 e A-


V/1-2)
Conceito de Poluição Marítima segundo a IMO (International Maritime Organization). Poluentes
marinhos. Tipos de poluição: Químicos (hidrocarbonetos, organo-halogenados, detergentes, metais
pesados, nutrientes ); Físicos (calor, detritos sólidos ); Biológicos ( bactérias, vírus ). Efeitos da poluição
sobre seres humanos e vida marinha. Procedimentos a bordo para prevenir a poluição. Marpol73/78:
Protocolo de 1987 relativo à Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios. Anexo I
(Poluição por hidrocarbonetos). Sistemas anti-poluentes de navios ( C.O.W. , SBT, pavimento intermédio
). Procedimentos contra a poluição e todos os equipamentos associados.
Importância das medidas proativas para proteção do ambiente marinho. Medidas a serem tomadas
em caso de derrame. Transporte marítimo de produtos perigosos (códigos IMDG e IBC da IMO)
Anexo II ( Poluição de substâncias líquidas nocivas transportadas a granel. Lista de substâncias e
Categorias Poluentes: X, Y,Z ).

9. Riscos associados às operações em navios tanque (Código STCW – Secções A-V/1-1 e A-


V/1-2)
Conhecimento básico sobre: Riscos para a saúde; Riscos ambientais; Riscos de reatividade; Riscos da
corrosão; Riscos de explosão e inflamação; Fontes de ignição incluindo riscos relacionados do a
formação de cargas electrostáticas; Riscos de toxicidade; Fugas e nuvens de vapor.

Bibliografia:

Chemistry, molecules, matter and change, Peter Atkins e Loretta Jones, 3ª ed. W.H. Freeman and
Company
Química, Raymond Chang, 8ª ed.,2005, McGraw Hill
Physical Chemistry, P. W. Atkins , 6ª ed. Oxford University Press
Química Orgânica. R. Morrison, R. Boyd, 6ª ed. Fundação C. Gulbenkian
Petróleo & derivados, Caret Campos e Leontsinis, 2ª ed., JR editora técnica
Corrosão, Vicente Gentil, 3ª ed. Guanabara
Tratamento de água de instalações marítimas (apontamentos do docente)
Tanker Familiarization, IMO Model Course 1.01, 2013

Métodos de ensino:

19 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
A leccionação será efectuada através de aulas teórico-práticas e aulas prático-laboratoriais. As aulas
teórico-práticas funcionarão com breves exposições sobre cada tema e onde o aluno poderá confrontar-
se com a respectiva bibliografia, seguidas de exemplos práticos, onde se pretende que o aluno consolide
os conceitos, os métodos expostos procedendo-se à resolução de exercícios onde os alunos aplicarão os
conhecimentos adquiridos. As aulas prático-laboratoriais de tratamento de água de instalações
marítimas corresponderão aos momentos onde o aluno poderá verificar a correspondência dos processos
e métodos estudados de prevenção e de análise química com aperfeiçoamento de competências.

Método de avaliação de conhecimentos:

3 Fichas (célula foto-eléctrica, elemento químico e estudo de uma molécula listada no Código das Cargas
Perigosas): ( NF ). Realização de 2 trabalhos laboratoriais em grupo (em tratamento de água de
instalações marítimas): (NTP)
Realização de 1 teste, no final do semestre avaliando desde o Capítulo: Hidrocarbonetos e Química
Orgânica até ao Capítulo: Poluição (NT)
A nota final (NF) em avaliação contínua é o resultado de NF = 0.25(NF) +0.15x ( NTP)+ 0.60(NT)
Em Exame, é obrigatória a entrega das 3 fichas e dos resultados das análises de água.

Língua utilizada: Português / Inglês

20 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Electrotecnia

Área Científica: Controlo de Sistemas


Código: 3049 Tipo de unidade: Obrigatório
Início de vigência: 2014/2015
Ano curricular: 1º Semestre curricular: 2º
ECTS: 6 Carga horária/Tipo de ensino: 75 h / TP
Prof. Resp.: José Manuel Dores Costa
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

Fornecer aos alunos os fundamentos científicos do electromagnetismo e as suas aplicações. Os alunos


deverão estar aptos a compreender o comportamento dos circuitos eléctricos com componentes
passivos, em tensão contínua e alternada sinusoidal, em regime estacionário. Fornecem-se também
conhecimentos sobre regimes transitórios dos circuitos eléctricos. Referem-se circuitos malhados
monofásicos e trifásicos.
As aulas laboratoriais destinam-se ao ensino experimental no qual os alunos são incentivados a utilizar
equipamentos eléctricos e electrónicos de medida, teste e de diagnóstico de avarias.
Esta unidade curricular serve como preparação base para as disciplinas sequentes na área da
electrotecnia e máquinas eléctricas, electrónica e automação e controlo.

Programa:

1. Caracterização do campo electromagnético.


Circuitos eléctricos lineares em corrente contínua. Lei de Ohm, resistência eléctrica e suas
associações. Efeito de Joule. Potência eléctrica.

2. Análise de circuitos malhados.


Geradores de tensão e de corrente. Força electromotriz. Leis de Kirchhoff. Princípio da sobreposição.
Teoremas de Thevenin e de Norton. Potência máxima.

3. Circuitos com corrente alternada sinusoidal.


Caracterização das tensões e correntes sinusoidais: amplitude, valor eficaz, período e frequência.
Fasores. Bobinas e condensadores. Reactâncias, impedância e admitância. Potência activa, reactiva e
aparente. Factor de potência e sua compensação. Carga adaptada.

4. Circuitos ressonantes RLC.


Oscilador. Factor de qualidade. Noção de filtro. Respostas em frequência.

5. Circuitos com acoplamento magnético.


Lei geral da indução. Indução mútua e própria. O transformador ideal.

6. Sistemas trifásicos.
Sistema trifásico de tensões. Distribuição trifásica. Neutro e condutor neutro. Tensões simples e
composta. Correntes de linha e de fase. Potências trifásicas.

7. Regimes transitórios.
Regime livre e forçado. Constante de tempo e tempo de estabelecimento.

8. Componente prática/laboratorial
Requisitos para trabalhar em segurança com os sistemas eléctricos de bordo, incluindo o isolamento
em condições de segurança dos sistemas antes de ser autorizada a realização de trabalhos nesses
equipamentos.
Detecção e localização de avarias eléctricas e medidas de prevenção de danos.
Construção e operação de aparelhagem de testes e medição.
Interpretação de esquemas eléctricos simples.

Bibliografia:

Electricidade Aplicada para Engenheiros, L. Bessonov, Lopes da Silva Ed., 2000.


Basic Engineering Circuit Analysis, J. D. Irwin, Wiley Ed., 2002

21 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Apontamentos de Electrotecnia, J. Dores Costa, ENIDH
Fichas de laboratório dos docentes da disciplina

Métodos de ensino:

A leccionação será efectuada através de aulas teóricas, aulas teórico-práticas e laboratoriais. As aulas
teóricas destinam-se à introdução dos conceitos fundamentais, à fundamentação teórica das matérias e
à motivação do trabalho pessoal. Nas aulas teórico-práticas proceder-se-á à resolução de exercícios
onde os alunos aplicarão os conhecimentos adquiridos. As aulas laboratoriais destinam-se à realização
de trabalhos práticos experimentais, onde o aluno pode verificar a conformidade com a teoria do
electromagnetismo.

Método de avaliação de conhecimentos:

Realização de trabalhos laboratoriais em grupo e resolução de conjuntos de problemas individualmente e


foras das aulas (NTP);
Realização de 2 testes ao longo do semestre ou de 1 exame final (NE);
A nota final (NF) é o resultado de: NF = 0.4NTP+0.6NE. Nota mínima de qualquer das componentes: 7
valores.

Língua utilizada: Português / Inglês

22 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Desenho Técnico
Área Científica: Mecânica Aplicada
Código: 3050 Tipo de unidade: obrigatória
Início de vigência: 2014/2015
Ano curricular: 1º Semestre curricular: 2º
ECTS: 5 Carga horária/Tipo de ensino: 60 h / TP
Prof. Responsável: Manuel Afonso da Fonte
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

Ministrar ao aluno a necessária preparação teórico-prática para desenhar órgãos de máquinas,


estruturas e equipamentos, com vista à definição de um produto, ao seu projecto e fabrico, bem como
saber interpretar um desenho de acordo com as regras e as normas em vigor.

Programa:

1. Introdução
Objectivos do Desenho Técnico. Campos de aplicação.
Instrumentos de desenho e sua utilização.

2. Normalização - Normas
Normas associadas ao Desenho Técnico. Objectivos e vantagens da normalização. Normas europeias
aplicadas ao Desenho Técnico. Normas ISO. Folhas de desenho, margens, esquadrias e legendas.
Escalas. O desenho técnico nas várias fases do projecto.

3. Projecções ortogonais
A projecção ortogonal. O conceito de projecção. Sistema de projecção ortogonal. Método europeu e
método americano. Escolha e representação em múltiplas vistas. Zonas ocultas. Representação de
linhas. Leitura de projecções ortogonais. Regras básicas do esboço à mão livre de projecções
ortogonais.

4. Cortes e secções
Cortes – Definições e objectivos. Regras gerais em cortes. Secções – definições e objectivos.
Representações convencionais nos cortes. Exemplos de aplicação.

5. Perspectivas
Perspectiva rápida e rigorosa. Distribuição das projecções. Ordem a seguir no traço. Exemplos de
aplicação. Perspectivas oblíquas. Perspectivas axonométricas. Perspectivas dimétrica e trimétrica.
Perspectiva “explodida”.

6. Cotagem
Conceito. Elementos de cotagem. Inscrição das cotas nos desenhos. Escolha e disposição das cotas.
Cotagem dos corpos fundamentais.

7. Toleranciamento dimensional, geométrico e estados de superfície


Tolerâncias. Ajustamentos. Sistemas normalizados de tolerâncias e ajustamentos. Inscrição de cotas
toleranciadas. Indicação dos estados de superfície. Ajustamentos. Cotagem funcional. Desenho de
definição do produto acabado. Aplicação e interpretação das tolerâncias geométricas. Verificação de
tolerâncias. Exercícios de aplicação.

8. Desenho à mão livre de órgãos de máquinas


Leitura e interpretação de desenhos de máquinas.

9. Desenho Assistido por Computador - DAC


Uso de CAD aplicado ao Desenho Técnico moderno, em 2 D e 3D
Noções gerais de projecto em CAD. Definição do produto. Introdução à modelação por sólidos e
montagem de componentes. Exemplos de integração com CAE.

Bibliografia:

23 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Título: Desenho Técnico, Ed. da Fundação Calouste Gulbenkian
Autor: Veiga da Cunha, 1998
Título: Desenho Técnico Moderno, Ed. da LIDEL
Autores: Arlindo Silva/João Dias/ Luís Sousa, 2004

Métodos de ensino:

A leccionação será efectuada através de aulas teórico-práticas. As aulas funcionarão com breves
exposições sobre cada tema, seguidas de exemplos práticos, onde se pretende que o aluno consolide os
conceitos apreendidos. Depois de o aluno dominar as técnicas de execução de desenho de projecções
ortogonais e de perspectiva, passará ao treino em formato digital usando as ferramentas de CAD
disponíveis para o efeito.

Método de avaliação de conhecimentos:

Avaliação contínua: A aprovação na disciplina será feita em avaliação contínua em função da


realização de dois testes: um teste teórico-prático sobre tolerâncias e desenho à mão livre (T1); um
teste de desenho de projecções ortogonais (T2) em CAD e modelação sólida em SolidWorks. Trabalhos
em CAD para casa (W). Assiduidade e participação nas aulas (A). A aprovação na disciplina será
ponderada em função da participação nas aulas, desempenho nos trabalhos práticos, e classificação do
teste teórico-prático, de acordo com a fórmula: 0,2 T1 + 0,2 T2 + 0, 3 W + 0,1 A≥10 valores.
Exame: Teste teórico-prático (T) em desenho CAD, e entrega obrigatórios dos trabalhos para casa (W).
Aprovação, de acordo com a fórmula: 0,6 T+ 0,4 W ≥10 valores.

Língua utilizada: Português / Inglês

24 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Materiais
Área Científica: Mecânica Aplicada
Código: 3051 Tipo de unidade: Obrigatório
Início de vigência: 2014/2015
Ano curricular: 1º Semestre curricular: 2º
ECTS: 5 ECTS Carga horária/Tipo de ensino: 60 h / TP
Prof. Resp.: Manuel Afonso da Fonte
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

Fornecer aos alunos os conhecimentos indispensáveis ao estudo dos materiais usados em engenharia,
nomeadamente os metálicos (ferrosos e não ferrosos), os poliméricos, os compósitos e os cerâmicos. Os
conhecimentos são apoiados nas tecnologias de selecção, fabrico e processamento e nos ensaios
mecânicos. O estudante precisa do conhecimento científico sobre a estrutura interna dos materiais, suas
propriedades e processamento, com vista à sua correcta aplicação na engenharia.

Programa:

1. Introdução à ciência e engenharia de materiais.


Generalidades. Materiais, ciência e engenharia de materiais. Classes de materiais, competitividade e
tendência futura de utilização.

2. Estrutura e ligação atómica.


Estrutura dos átomos, números atómicos e massas atómicas. Estrutura electrónica dos átomos.
Ligações atómicas e moleculares. Ligações iónicas, covalentes, metálicas, ligações secundárias e
mistas.

3. Estruturas cristalinas e geometria dos cristais.


Rede espacial e células unitárias. Sistemas cristalográficos e redes de Bravais. Principais estruturas
cristalinas dos metais. Direcção de células unitárias cúbicas. Índices de Miller. Comparação entre
estruturas cristalinas CFC, CCC e HC. Densidades volúmicas, planares e lineares, em células
unitárias. Poliformismo e alotropia. Formas alotrópicas do ferro e do carbono. Determinação de
estruturas cristalinas. Difractómetro de Raios X.

4. Solidificação, defeitos cristalinos e difusão em sólidos.


Solidificação de ligas. Soluções sólidas e defeitos cristalinos. Defeitos pontuais e defeitos lineares.
Limites de grão. Tamanhos de grão. Microscópios ópticos. Microscópios electrónicos de varrimento
(SEM) e de transmissão (TEM). Processos cinéticos e difusão atómica em sólidos. Difusão não-
estacionária e estacionária. Efeito da temperatura na difusão em sólidos. Aplicações industriais de
processos de difusão.

5. Propriedades mecânicas dos materiais metálicos.


Tensão e deformação em materiais metálicos. Introdução ao ensaio de tracção e diagrama de tensão
nominal extensão nominal. Dureza e ensaios de dureza. Deformação plástica de monocristais
metálicos e de metais policristalinos. Introdução à fractura e fadiga de metais, fluência e ruptura sob
tensão.

6. Diagramas de fases.
Regra da alavanca. Solidificação de não-equilíbrio de ligas metálicas. Sistemas binários. Reacções
invariantes. Diagramas de fases com fases e compostos intermédios. Diagrama de fases ferro-
carbono.

7. Ligas metálicas de engenharia.


Produção de ferros e aços. Introdução aos processos de fundição, laminagem, extrusão, trefilagem e
forjamento. Tensões residuais. Tratamentos mecânicos e tratamentos superficiais dos aços.
Tratamentos térmicos de aços-carbono. Tratamentos térmicos de têmpera, revenido, recozimento e
de normalização. Diagramas TTT. Diagramas de transformação isotérmica e de arrefecimento
contínuo. Nitruração dos aços-carbono. Aços de construção e ferros fundidos – normas. Aços de
elevado limite elástico. Elementos de liga nos aços e sua influência. Aços de baixa liga e aços ligados.
Aços inoxidáveis. Ferros fundidos. Tratamentos térmicos aplicáveis a ferros fundidos. Ligas de
materiais não ferrosas: alumínio, cobre, magnésio, titânio e níquel. Selecção de materiais metálicos

25 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
para aplicações em engenharia.

8. Materiais poliméricos.
Processos industriais de polimerização. Elastómeros. Processamento de plásticos e termoplásticos.
Termoplásticos de uso geral e estruturais. Plásticos termoendurecíveis. Adesivos. Propriedades
mecânicas dos poliméricos.

9. Materiais compósitos.
Fibras para reforço de materiais plásticos - propriedades. Plásticos reforçados por fibras. Compósitos
laminados e do tipo sandwich. Compósitos de matriz metálica e compósitos de matriz cerâmica.

10. Materiais cerâmicos.


Introdução ao processamento de cerâmicos. Cerâmicos tradicionais e cerâmicos técnicos.
Propriedades mecânicas dos materiais cerâmicos.

Bibliografia:

Princípios de Ciência e Engenharia dos Materiais – 3ª edição, W. F. Smith, McGraw-Hill.


ISQ, Ensaios Mecânicos.
Engineering Materials Vol. I-II, Martin S. Ray. Pergamon Press.
Materials Science and Engineering: An Introduction- 6th edition - W. D. Callister, LTC

Métodos de ensino:

A leccionação será realizada através de aulas teóricas e práticas, em ligação com os laboratórios de
ensaios mecânicos e de metalografia. Será feita a preparação de amostras para observação e análise de
microestruturas de ligas metálicas. Serão realizadas visitas de estudo.

Método de avaliação de conhecimentos:

Avaliação contínua:
Realização de dois testes e questionários que abrange toda a matéria.
Visitas de estudo, seminários e demonstrações nos laboratórios de materiais, metalografia e ensaios
mecânicos.
Exame Final: Teste, obrigatoriedade na entrega de questionários, participação nas visitas de estudo e
participação nas demonstrações laboratoriais.

Língua utilizada: Português / Inglês

26 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Inglês Técnico Marítimo
Área Científica: Gestão Técnica
Código: 3052 Tipo de unidade: Obrigatória
Início de vigência: 2014/2015
Ano curricular: 1º Semestre curricular: 2º
ECTS: 4 Carga horária/Tipo de ensino: 30 h / TP
Prof. Resp.: Luis Manuel Fernandes Mendonça
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

O objectivo deste curso é preparar os estudantes para o desenvolvimento do conhecimento,


entendimento e proficiência em Inglês exigido pelo Código STCW. Para dar aos alunos uma ampla
oportunidade de praticar a comunicação no que diz respeito ao uso oral e escrito da língua inglesa, tanto
para fins profissionais marítimos e em geral para obter um bom conhecimento da língua inglesa.

Programa:

Em simultâneo com a aprendizagem do vocabulário das principais áreas de actuação do Oficial de


Máquinas (adiante detalhadas) a bordo de um navio mercante, são também consideradas as diferentes
técnicas de tradução, com especial ênfase nos seguintes aspectos:

1. Gramática:
 Ordem das palavras, tradução pelo equivalente e intraduzíveis, anglicismos e uso de palavras
inglesas em Português;
 Comparações, passivas e outras construções idiomáticas;
 Papel das conjunções;
 False meanings;
 Expressão das relações de ‘causa e efeito’;
 Descrevendo os tipos de máquinas e componentes;
 Reuniões: discutir questões técnicas;
 Comunicação e relações profissionais: socialização;
 Carta de negócios e elaboração de relatórios;
 Telefonar: Como fazer uma consulta e tomar nota de mensagens.

2. As áreas vocabulares abordadas são as seguintes:


 Instalações propulsoras: tipos de instalações propulsoras e suas vantagens e desvantagens; ciclos de
dois e quatro tempos; caldeiras; reguladores de velocidade; condução de instalações propulsoras;
indicadores de pressão, etc.
 Equipamentos auxiliares: bombas, geradores e sistemas de refrigeração; sistemas automáticos;
válvulas e outros componentes de máquinas; soldadura.
 Combustíveis e lubrificantes: combustíveis; bancas; lubrificantes; contaminação de combustíveis e
lubrificantes; tanques de combustível; depuradoras.
 Reparação Naval: diferentes exemplos de avarias e suas respectivas reparações; manutenção e
revisão geral no mar e nos estaleiros navais; contratos de reparação; reuniões e relatórios.

3. Comunicações internas e comunicações de emergência via rádio:


 Procedimentos de Socorro, Urgência e Segurança, vocabulário de comunicações marítimas e
equipamentos. Vocabulário utilizado na operação de todos os sistemas internos de comunicação a
bordo.
 Aptidão para utilizar a língua inglesa, tanto sob a forma escrita como falada, para poder realizar uma
troca satisfatória de comunicações relevantes para a segurança da vida no mar.

Introduction to Marine Engineering – Second Edition, D. A. Taylor


The Maritime Engineering Reference Book, Anthony F. Molland
Handbook if Correspondence , Oxford University Press, A. Ashely
MarEng Software
Apontamentos e exercícios, Melany Martins 2010, Escola Superior Náutica Infante D. Henrique

27 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Métodos de ensino:

A metodologia de ensino inclui aulas teórico-práticas. Nas aulas teóricas os alunos serão dadas
explicações detalhadas sobre os tópicos que serão aplicados em exemplos práticos e exercícios. Também
é esperado e importante que os alunos se preparam por auto-estudo e completar os exercícios
atribuídos.

Método de avaliação de conhecimentos:

Realização de dois testes, um a meio do semestre e outro ao fim do semestre. Nota mínima: 8 com uma
média 10 ou>.
Os alunos podem optar por apenas fazer o exame final no fim do semestre.
Nota mínima: 10

Língua utilizada: Inglês

28 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
2.º ano de estudos
(1.º semestre)

29
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Mecânica Aplicada
Área Científica: Mecânica Aplicada
Código: 3053 Tipo de unidade: Obrigatória
Início de vigência: 19 de Setembro de 2011
Ano curricular: 2º Semestre curricular: 1º
ECTS: 5 Carga horária/Tipo de ensino: 60 h / TP
Prof. Resp.: Victor Manuel Franco Correia
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

Fornecer aos alunos ferramentas e conceitos da Mecânica dos Corpos Rígidos que são utilizados para
modelar estruturas e sistemas mecânicos. Pretende-se que os alunos aprendam a aplicar a Mecânica
como ferramenta na análise de sistemas de engenharia, desenvolvendo as suas capacidades de estudo
de sistemas de múltiplos componentes.
Compreender e saber aplicar as condições de equilíbrio da estática em componentes estruturais e
mecânicos. Proceder à análise de estruturas reticuladas e compreender as aplicações do atrito de
escorregamento em sistemas mecânicos. Compreender a equação geral do equilíbrio dinâmico e suas
implicações na análise de sistemas mecânicos.
Constituem ainda objectivo da disciplina a compreensão dos conceitos fundamentais associados ao
fenómeno das vibrações.

Programa:

1. Estática das partículas


Vectores e resultante de forças. Equilíbrio de uma partícula. Diagramas de Corpo Livre. Forças no
espaço.

2. Equilíbrio estático de corpos rígidos


Forças equivalentes. Momento de uma força em relação a um ponto. Momento de um binário.
Sistemas equivalentes de forças. Diagrama de corpo livre. Forças e momentos de reacção em apoios
e forças de ligação a outros corpos. Equações de equilíbrio estático de corpos rígidos em 2D e 3D.

3. Centróides e centros de gravidade


Centro de gravidade de um corpo bidimensional. Centróide de superfícies. Momentos de primeira
ordem de superfícies. Cargas distribuídas. Centro de gravidade de um corpo tridimensional.

4. Análise de estruturas de corpos rígidos


Estruturas estaticamente determinadas e estaticamente indeterminadas. Análise estática de treliças,
estruturas e máquinas. Introdução ao estudo de engrenagens e transmissão de movimento.

5. Atrito
Definição de atrito, forças de atrito e as leis do atrito seco. Estudo de cunhas, parafusos,
chumaceiras, correias e cabos.

6. Dinâmica
Cinemática das partículas. Cinética das partículas: Segunda Lei de Newton. Cinemática dos corpos
rígidos. Equação fundamental da dinâmica. Momentos de inércia. Movimento plano de corpos rígidos:
forças e acelerações; métodos da energia. Energia cinética. Conservação de energia mecânica.
Aparelhos de elevação. Roldanas. Aplicações em cargas e descargas. Momento angular. Conservação
do momento angular.

7. Introdução ao estudo das vibrações


Vibrações livres sem amortecimento e com amortecimento. Vibrações forçadas sem amortecimento e
com amortecimento. Definição de frequência natural, ressonância e transmissibilidade.

Bibliografia:

Vector Mechanics for Engineers – Vol. I – Statics, Vol. II - Dynamics, F. P. Beer e E. R. Johnston Jr.,
McGraw-Hill.
Engineering Mechanics – Vol. I – Statics, Vol. II - Dynamics, R. C. Hibbeler, Prentice-Hall.

30 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Mechanical Vibrations: International 4th edition, S. S. Rao, Prentice-Hall.
Vibrações Mecânicas - Introdução, Textos de apoio, Victor Franco, ENIDH.

Métodos de ensino:

A leccionação será efectuada através de aulas teóricas e aulas teórico-práticas. As aulas teóricas
funcionarão com breves exposições sobre cada tema, seguidas de exemplos práticos, onde se pretende
que o aluno consolide os conceitos que estudou. Nas aulas teórico-práticas proceder-se-á à resolução de
exercícios onde os alunos aplicarão os conhecimentos adquiridos. Algumas destas aulas envolverão a
realização de trabalhos experimentais, onde o aluno pode verificar a coerência dos modelos estudados
com os resultados reais.

Método de avaliação de conhecimentos:

Realização de 2 trabalhos laboratoriais, obrigatórios (NL).


Realização de 2 testes ao longo do semestre ou de 1 exame final (NE).
Nota mínima num dos testes: 8 valores. Aprovação na disciplina com média aritmética nos testes ou
nota de exame a partir de 9,5 valores.
A nota final (NF) é o resultado de: NF = 0.15NL+0.85NE.

Língua utilizada: Português / Inglês

31 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Termodinâmica
Área Científica: Instalações Térmicas
Código: 3054 Tipo de unidade: Obrigatória
Início de vigência: 2014/2015
Ano curricular: 2º Ano Semestre curricular: 1º Semestre
ECTS: 5 Carga horária/Tipo de ensino: 60 h / TP
Prof. Resp.: Manuel Duarte Dias Mendes Nogueira
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

Proporcionar ao aluno a obtenção de conhecimentos em termodinâmica aplicada à engenharia, que


serão posteriormente necessários em diversas disciplinas de Ciências de Engenharia e de Especialidade,
tal como preconizado pela Convenção IMO-STCW/95 e emendas.

Programa:

1. Tabelas e diagramas das propriedades dos fluídos.


Vapor de água e gases perfeitos: propriedades e caraterísticas, zona de saturação e tabelas e
diagramas. Gases reais.

2. Primeira lei da termodinâmica.


Primeira Lei da Termodinâmica. Corolários. Equação da energia para sistemas fechados e abertos.
Processos. Ciclo de Carnot. Rendimento térmico.

3. Segunda lei da termodinâmica.


Formulação de Planck e Clausius. Corolários. Reversibilidade e irreversibilidade. Conceito de
temperatura absoluta e características da entropia. Parâmetros de eficiência de ciclos. Rendimento
isentrópico. Noção de exergia. Aplicações.

4. Relações termodinâmicas.
Pfaffianos e diferenciais exactas. Relações de Maxwell. Relações termodinâmicas generalizadas.
Aplicações a gás perfeito.

5. Ciclos de potência de vapor.


Ciclo de Rankine. Rendimento, trabalho e consumo específico. Pré-aquecimento, sobreaquecimento e
reaquecimento. Ciclo regenerativo. Turbinas de contra-pressão e de extracção. Ciclos de centrais
nucleares. Ciclos binários. Fluído ideal.

6. Ciclos de potência de gás.


Ciclos de Otto, Diesel e mistos. Pressão média efectiva.
Ciclo de Joule. Ciclo de turbina a gás. Com permutador de calor, compressão e expansão por andares
com arrefecedores e reaquecedores intermédios.

7. Ciclos de refrigeração e bomba de calor.


Ciclo de Carnot inverso. Eficiência, rendimento e potência específica. Ciclos práticos: laminagem,
compressão por andares, reservatório de separação, etc.. Refrigeradores de água. Refrigeradores de
absorção. Ciclos a gás.

Componente prática/laboratorial:
Principios básicos de operação de instalações de máquinas marítimas através de treino em simulador:
- motor diesel
- turbina de vapor
- turbina de gás
- caldeira a vapor
Princípios básicos de operação de sistemas de refrigeração e climatização através de ensaio prático de
uma instalação frigorífica.

Bibliografia:

Método das Áreas; Nogueira, Manuel D. D. M.

32 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Michael J. Moran, Howard N. Shapiro; Fundamentals of Engineering Thermodynamics; 2nd Edition, SI
Version, 1993, John Wiley & Sons, Inc..
Rogers, G. F. C., Mayhew, Y. R.; Engineering Thermodynamics, Work and Heat Transfer; 4 th Edition,
1992, Longman Inc., New York, U. S. A..
Faires, V. M., Simmang, C. M.; Thermodynamics; 6th Edition, 1978, Collier Macmillan, New York, U. S.
A..
Cengel, Y. A., Boles, M. A.; Termodinâmica; 2001, McGraw-Hill

Métodos de ensino:

A leccionação será efectuada através de aulas teórico-práticas.


Será realizado um trabalho prático de laboratório que consiste no ensaio de uma instalação frigorífica
com duas temperaturas de evaporação.

Método de avaliação de conhecimentos:

Realização de 1 trabalho prático (NTP);


Realização de 2 testes ao longo do semestre ou de 1 exame final (NE);
A nota final (NF) é o resultado de: NF = 0.2NTP+0.8NE.

Língua utilizada: Português / Inglês

33 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Mecânica de Fluídos
Área Científica: Instalações Térmicas
Código: 3055 Tipo de unidade: Obrigatória
Início de vigência: 19 de Setembro de 2011
Ano curricular: 2º Semestre curricular: 1º
ECTS: 5 Carga horária/Tipo de ensino: 60 h / 4 TP
Prof. Resp.: Manuel Duarte Dias Mendes Nogueira
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

Introduzir os principais conceitos básicos sobre fluídos e seus movimentos (escoamentos de fluídos),
bem como a sua caracterização. Apresentação das equações fundamentais da Mecânica dos Fluidos
(Continuidade, Navier-Stokes e de Energia). Aplicações a alguns escoamentos simples.

Programa:

1. Introdução e Conceitos Básicos


Perspectiva histórica da Mecânica dos Fluídos.
Propriedades dos fluídos.
Classificação do escoamento de fluídos. Noção de caudal e velocidade média.

2. Estática dos Fluídos (Hidrostática)


Generalidades. Pressão num ponto. Equação geral de equilíbrio.
Fluidos incompressíveis e compressíveis.
Forças em superfícies submersas. Superfícies planas, curvas e fechadas.

3. Equações Fundamentais (Integral e diferencial)


Equações da Continuidade.
Equações da conservação do momento. Equações de Navier-Stokes.
Equações de Transporte de Energia.
Equação de Bernoulli.

4. Análise Dimensional e Semelhança


Teoremas dos Pi’s.
Modelação e discrepâncias.

5. Escoamento Incompressível no Interior de Condutas


Generalidades. Regimes de escoamento: laminar e turbulento.
Número de Reynolds. Conceito de camada limite. Efeito da viscosidade.
Perda de carga. Perdas de carga uniformemente distribuídas e localizadas.
Tipos de condutas. Tipos de válvulas. Medidores de caudal em condutas.
Escoamentos em condutas. Dimensionamento de condutas.

6. Escoamento Compressível
Introdução. Onda de choque normal. Escoamento adiabático reversível. Variação das propriedades do
escoamento. Tubeira convergente-divergente.
Tubeiras reais. Escoamento com atrito em condutas de secção constante. Escoamento adiabático.
Escoamento isentrópico.

Bibliografia:

Fluid Mechanics - White, Frank, McGraw-Hill.


Mecânica dos Fluidos, Luís Adriano Oliveira, A. G. Lopes, LIDEL
Mecânica dos Fluidos - Streter, Victor L., McGraw-Hill.

Métodos de ensino:

A leccionação será efectuada através de aulas teóricas e aulas teórico-práticas. Pretende-se que através
da leitura da bibliografia o aluno seja introduzido a cada tópico a tratar. As aulas teóricas funcionarão

34 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
com breves exposições sobre cada tema, seguidas de exemplos práticos, onde se pretende que o aluno
consolide os conceitos que estudou. Nas aulas teórico-práticas proceder-se-á à resolução de exercícios
onde os alunos aplicarão os conhecimentos adquiridos. Algumas destas aulas envolverão a realização de
trabalhos laboratoriais, onde o aluno pode verificar a coerência dos modelos estudados com os
acontecimentos reais.

Método de avaliação de conhecimentos:

A avaliação de conhecimentos pode ser efectuada por uma de duas vias:


a) - dois testes escritos;
- um trabalho laboratorial
b) - exame final;
- um trabalho laboratorial.
A dispensa de exame final obtém-se com média mínima ponderada de 10 valores dos testes e do
trabalho de laboratório. Os pesos atribuídos a cada uma das componentes da avaliação são:
- teste escrito/exame final - 80%;
- trabalho laboratorial - 20%.

Língua utilizada: Português / Inglês

35 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Máquinas Eléctricas e Accionamentos
Área Científica: Controlo de Sistemas
Código: 3056 Tipo de unidade: Obrigatório
Início de vigência: 2014/2015
Ano curricular: 2º Semestre curricular: 1º
ECTS: 5 Carga horária/Tipo de ensino: 60 h / TP
Prof. Resp.: José Manuel Dores Costa
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

Fornecer aos alunos os fundamentos sobre transformadores, máquinas eléctricas convencionais e os


seus circuitos de arranque, de controlo e de regulação. São dados os fundamentos dos sistemas de
distribuição de energia eléctrica e de conversão electromecânica de energia. Interpretação de esquemas
eléctricos normalizados.
Fornecer a preparação base para matérias sequentes das áreas das instalações eléctricas e automação e
controlo.

Programa:

1. Revisão de sistemas trifásicos sinusoidais


Sistemas a três e a quatro fios. Ligações em estrela e em triângulo. Tensões simples e compostas.
Representação vectorial. Potências e factor de potência.

2. Conversão electromecânica de energia


Força e binário no campo magnético. Força de Lorentz.
Principio da conservação da energia.
Força de atracção do electroíman.
Força magnetomotriz.
Campo magnético girante de um sistema de correntes polifásicas.

3. Transformadores
Principio de funcionamento do transformador não ideal.
Perdas no ferro e no cobre.
Circuitos eléctricos equivalentes. Ensaios em vazio e em curto-circuito.
Potência, rendimento e correntes curto-circuito. Regulação de tensão.
Auto-transformador.

4. Máquinas eléctricas rotativas


Máquinas de corrente contínua (DC); constituição e funcionamento
Reacção do induzido.
Esquemas de ligação.
Características electromecânicas. Binário electromagnético e binário mecânico.
Arranque e variação de velocidade dos motores DC.

5. Máquinas de indução trifásicas


Campo magnético girante.
Rotor em gaiola e bobinado.
Escorregamento.
Esquema eléctrico equivalente.
Transito de potência e rendimento. Controlo do binário.
Características electromecânicas das máquinas assíncronas.
Arranque dos motores assíncronos; esquemas convencionais e arrancadores suaves electrónicos.
Funcionamento como gerador.

6. Máquina síncrona
Funcionamento como alternador e como motor.
Regulação da tensão e da frequência.
Máquinas sem escovas e circuito de excitação regulável.
Funcionamento de alternadores em paralelo. Regulação da frequência e da tensão.
Sincronoscópios.
Características electromecânicas e curvas V. Ensaios em vazio e em curto-circuito.

36 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Reactância síncrona. Circuito equivalente e trânsito de potências.

7. Accionamentos eléctricos
Circuitos de comando e de protecção de máquinas eléctricas
Protecção contra sobrecargas e curto-circuitos.
Arrancadores. Circuitos com contactores. Esquemas eléctricos.
Simbologia de esquemas eléctricos.
Noções sobre conversores electrónicos.

8. Máquinas especiais
Máquinas de relutância variável.
Motores passo-a-passo.
Motores lineares.

9. Instalações de alta tensão

Componente prática/laboratorial
Manutenção e reparação de equipamentos eléctricos, quadros, motores, geradores e sistemas e
equipamentos eléctricos de corrente contínua

Fitzgerald, A.E.; Kingsley Jr., C.; Kusko, “Máquinas eléctricas - conversão electromecânica da energia
processos, dispositivos e sistemas”, McGraw-Hill.
Syed A. Nasar, "Electric Energy systems”, Editora Prentice-Hall.
Apontamentos dos docentes da unidade curricular.
Fichas de laboratório dos docentes da unidade curricular.

Métodos de ensino:

A leccionação será efectuada através de aulas teóricas e laboratoriais. As aulas teóricas destinam-se aos
conceitos fundamentais, à exposição teórica das matérias e à motivação do trabalho pessoal. As aulas
laboratoriais destinam-se à realização de trabalhos práticos experimentais, onde o aluno pode verificar a
conformidade com a teoria, e a dar experiência prática de instalação e condução de máquinas eléctricas.

Método de avaliação de conhecimentos:

Realização de trabalhos laboratoriais em grupo e resolução de conjuntos de problemas individualmente e


foras das aulas (NTP);
Realização de 2 testes ao longo do semestre ou de 1 exame final (NE);
A nota final (NF) é o resultado de: NF = 0.4NTP+0.6NE. Nota mínima das componentes: 7 valores.

Língua utilizada: Português / Inglês

37 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Métodos Numéricos
Área Científica: Matemática
Código: 3057 Tipo de unidade: Obrigatório
Início de vigência: 19 de Setembro de 2011
Ano curricular: 2º Semestre curricular: 1º
ECTS: 5 Carga horária/Tipo de ensino: 60 h / TP
Prof. Resp.: Miguel Pedro Silva
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):


Reconhecer, prever e estimar os erros que afectam os resultados numéricos de um processamento no
âmbito de um algoritmo genérico, provenientes de hipóteses simplificadoras do método ou de limitações
existentes na representação da informação.
Compreender, escolher e utilizar métodos numéricos para resolver aproximadamente determinado tipo
de problemas em Engenharia, em situações em que o recurso aos métodos analíticos não se apresenta
como viável, quer devido à complexidade do problema em estudo, quer devido a limitações de carácter
computacional.
Programa:

1. Teoria de erros.
Operações, erro, tipos de erro, propagação de erros, condicionamento e estabilidade.

2. Resolução numérica de equações não lineares a uma variável:


Métodos da bissecção, da falsa posição, de Newton-Raphson, da secante e do ponto fixo. Aceleração
de Aitken. Zeros de Polinómios. Referência à resolução de sistemas de equações lineares.

3. Aproximação de funções.
Método dos Mínimos Quadrados: justificação algébrica e formas de cálculo. Interpolação polinomial:
motivação e Teorema de Weierstrass Método do sistema de equações, fórmula de Lagrange,
diferenças divididas e fórmulas de Newton. Polinómios de Chebychev. Interpolação de Hermite e por
splines. Erros de truncatura. Aplicações à integração numérica: fórmulas de Newton—Côtes, regras
do rectângulo, regra do trapézio, regra de Simpson e regra dos três-oitavos.

4. Resolução numérica de Equações Diferenciais de 1ª ordem.


Métodos de passo simples: método de Euler e métodos de Runge—Kutta.

Bibliografia:

Numerical Analysis, Richard L. Burden, J. Douglas Faires, Brooks Cole, 7th Edition
Numerical Methods for Engineers, S. Chapra, R. Canale, McGraw-Hill, 4th Edition
Métodos Numéricos, Heitor Pina, McGraw-Hill
Matlab – Language of Technical Computing, The Mathworks Inc

Métodos de ensino:

Aulas teórico-práticas, incluindo uma exposição teórica de cada um dos temas abordados, exemplos
práticos de aplicação e resolução de exercícios.

Método de avaliação de conhecimentos:

Realização de um projecto em grupos de três alunos, com discussão final (P) e de um teste final (T).
Para obter aprovação, o aluno tem de ter T>=8.0 e (0.3*P+0.7*T)>=9.5, sendo a nota final calculada
como 0.3*P+0.7*T arredondado às unidades. A fórmula de cálculo da nota final aplica-se em todas as
épocas de avaliação.

Língua utilizada: Português / Inglês

38 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Tecnologia Mecânica
Área Científica: Mecânica Aplicada
Código: 3058 Tipo de unidade: Obrigatório
Início de vigência: 19 de setembro de 2011
Ano curricular: 2º Semestre curricular: 1º
ECTS: 5 Carga horária/Tipo de ensino: 60 h / TP
Prof. Resp.: Manuel Afonso Fonte
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

Fornecer ao aluno os conceitos fundamentais sobre as propriedades mecânicas dos materiais mais
utilizados em engenharia, assim como os ensaios mecânicos mais comuns para obtenção das
propriedades mecânicas mais relevantes sob o ponto de vista da engenharia. Familiarizar os alunos com
alguns processos tecnológicos para processamento de materiais no âmbito do fabrico de ferramentas,
órgãos de máquinas e equipamentos mecânicos. Ministrar os conhecimentos teóricos e práticos
sobretudo no que se refere aos processos de corte por arranque de apara e aos processos de soldadura,
para aplicação na disciplina de Prática Oficinal.

Programa:

1. Propriedades dos Materiais e Ensaios Mecânicos


Propriedades físicas, químicas e mecânicas.
Elasticidade, plasticidade, ductilidade, maleabilidade, resiliência e tenacidade. Tensão e deformação.
Deformação elástica e deformação plástica. Ensaios de tracção uniaxial: Diagramas de tracção
nominal versus extensão nominal. Diagramas aparentes e diagramas verdadeiros. Tensão real e
extensão real. Análise dos diagramas de tracção-extensão. Tensão limite de elasticidade, tensão de
cedência e tensão de rotura. Tensão limite convencional de elasticidade a 0.2 %. Alongamento de
rotura e estricção. Módulo de elasticidade ou de Young. Ensaios de dureza.
Tenacidade à fractura. Ensaios de impacto Charpy e Izod. Ruptura dúctil e ruptura frágil.
Temperatura de transição.
Fenómeno da fadiga em materiais metálicos. Ensaios de Fadiga.
Fenómeno da fluência. Ensaios de Fluência.

2. Corte por arranque de apara


Tipos de máquinas ferramenta. Ferramentas de corte. Introdução ao comando numérico.
Modelos de corte ortogonal e de corte tridimensional. Tipos de apara.
Parâmetros de maquinagem e parâmetros de regulação: Velocidade de corte e velocidade de avanço;
Direcção efectiva de corte e velocidade efectiva de corte; Determinação da secção de corte; Pressão
específica de corte. Cálculo das potências de maquinagem. Influência da geometria da ferramenta na
forma e direcção de escoamento da apara. Apara aderente. Dissipação da energia calorífica na zona
de corte. Fluidos de corte.

3. Processos de soldadura e corte


Processos de corte térmico: Corte oxi-acetilénico; Corte por plasma; Corte por Laser. Processos
avançados de corte: Corte por jacto de água.
Introdução à tecnologia de soldadura; Terminologia e simbologia; Máquinas de soldar; Factor de
marcha da máquina ou taxa de utilização; Física do arco eléctrico; Taxa de diluição; Soldadura por
eléctrodos revestidos; Processo de soldadura TIG; Soldadura MIG/MAG; Soldadura com fios fluxados;
Soldadura por electroescória; Soldadura por electrogás; Soldadura por plasma; Soldadura por arco
submerso; Soldadura por resistência; Brasagem e soldobrasagem; Soldadura por aluminotermia;
Soldadura por pressão a frio; Soldadura por difusão; Soldadura por fricção e processo FSW;
Soldadura por laser e por feixe de electrões.
Empenos em soldadura. Taxa de deposição. Soldabilidade dos aços. Parâmetros de carbono
equivalente.
Controlo de qualidade em juntas soldadas. Métodos destrutivos e não-destrutivos.
Higiene e segurança em soldadura.

4. Outros processos tecnológicos de processamento de metais


Processos de enformação plástica.
Quinagem. Estampagem. Calandragem. Corte por arrombamento.
Electro-erosão.

39 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Bibliografia:

- Ensaios Mecânicos, Publicações ISQ - Instituto de Soldadura e Qualidade, 1992.


- Apontamentos sobre corte por arranque de apara, ENIDH.
- Metal Machining – Theory and Applications, Childs, Maekawa, Obikawa, Yamane, 2000.
- Oliveira Santos J.F., Quintino L, "Processos de Soldadura", Publicações ISQ - Instituto de Soldadura e
Qualidade, 1998.
- SAF - Guia do Utilizador de Soldadura Manual. 1ª Ed, 1981.
- Principles of Welding – Processes, Physics, Chemistry and Metallurgy, R. Messler Jr., Wiley-VCH Verlag,
2004.
- Principles of Metal Manufacturing Processes, J. Beddoes & M. Bibby, Elsevier, 2003.

Métodos de ensino:

A leccionação será efectuada através de aulas teóricas-práticas e Laboratoriais.


Demonstrações em ensaios laboratoriais, de presença obrigatória.
- Ensaios de tracção uniaxial para obtenção do diagrama tensão-extensão.
- Determinação de durezas Rockwell e Brinell.
Visitas de estudo no âmbito das matérias leccionadas.

Método de avaliação de conhecimentos:

Realização de 2 testes ao longo do semestre ou de 1 exame final (NE).


Realização de 2 trabalhos laboratoriais obrigatórios (NL).
Aprovação na disciplina com Nota Final (NF) superior ou igual a 9,5 valores, sendo a nota final (NF)
calculada pela expressão: NF=0.15NL+0.85NE.

Língua utilizada: Português / Inglês

40 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
2.º ano de estudos
(2.º semestre)

41
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Mecânica dos Materiais
Área Científica: Mecânica Aplicada
Código: 3059 Tipo de unidade: Obrigatório
Início de vigência: 19 de Setembro de 2011
Ano curricular: 2º Semestre curricular: 2º
ECTS: 6 Carga horária/Tipo de ensino: 75 h / TP
Prof. Resp.: Victor Manuel Franco Correia
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

Fornecer aos alunos metodologias de cálculo, a partir dos conceitos da mecânica dos corpos deformáveis
para a resolução de problemas de concepção e projecto de sistemas mecânicos.
Compreender e saber aplicar os conceitos fundamentais da teoria da elasticidade em regime linear
elástico e proceder à sua aplicação na análise do comportamento mecânico de componentes estruturais
e mecânicos sujeitos a esforços axiais, corte, torção, flexão, esforços combinados e análise da
instabilidade.

Programa:

1. Conceitos de base da teoria da elasticidade


Caracterização de acções externas. Análise de forças internas. Equilíbrio de um corpo deformável.
Método das secções. Tensões normais. Tensões de corte. Tensor das tensões. Deformações. Relações
entre tensões e deformações. Lei de Hooke.

2. Esforços axiais e de corte puro


Aplicação da teoria de elasticidade a problemas de barras sujeitas a tracção e compressão. Tensões
de origem térmica. Problemas hiperestáticos de tracção e compressão. Aplicação da teoria da
elasticidade a problemas de corte puro. Aplicações em estruturas simples com pinos e rebites.

3. Torção
Teoria da torção. Torção em veios de secção circular. Cálculo de tensões e deformações. Veios de
transmissão. Linhas de veios. Problemas hiperestáticos. Breve alusão à Torção de secções não-
circulares.

4. Flexão de vigas rectas


Tensões e deformações em vigas rectas sujeitas a flexão simétrica. Teorias clássicas da flexão de
vigas. Equações do esforço transverso e momento flector. Relação entre carga distribuída, esforço
transverso e momento flector. Equação diferencial da linha elástica. Cálculo de reacções nos apoios
em vigas hiperestáticas. Aplicação do método da sobreposição. Tensões de corte devidas ao esforço
transverso em vigas. Introdução à flexão não-simétrica.

5. Esforços combinados
Tensões em reservatórios cilíndricos e esféricos. Estados de tensão plana e deformação plana.
Tensões devidas a esforços combinados de flexão, torção e forças normais em estruturas. Lei de
Hooke generalizada para materiais isotrópicos.Transformação de tensões. Tensões principais e
tensão de corte máxima.Círculo de Mohr para tensão plana e para deformação plana.

6. Instabilidade elástica
Instabilidade elástica de colunas. Fórmulas de Euler. Cargas críticas e tensões críticas. Instabilidade
de colunas sujeitas a cargas descentradas.

Bibliografia:

Mechanics of Materials, F. P. Beer and E. R. Jonhston, McGraw-Hill.


Mechanics of Materials, R.C.Hibbeler, Prentice-Hall.
Engineering Mechanics of Solids, Egor Popov, Prentice-Hall.

42 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Métodos de ensino:

A leccionação será efectuada através de aulas teóricas e aulas teórico-práticas. As aulas teóricas
funcionarão com breves exposições sobre cada tema, seguidas de exemplos práticos, onde se pretende
que o aluno consolide os conceitos que estudou. Nas aulas teórico-práticas proceder-se-á à resolução de
exercícios onde os alunos aplicarão os conhecimentos adquiridos. Algumas destas aulas envolverão a
realização de trabalhos laboratoriais, de forma que o aluno possa verificar a coerência dos modelos
estudados.

Método de avaliação de conhecimentos:

Realização de 2 testes ao longo do semestre ou de 1 exame final (NE).


Realização de trabalhos laboratoriais obrigatórios (NL).
Nota mínima num dos testes: 7 valores. Aprovação na disciplina com Nota Final (NF) superior ou igual a
9,5 valores, sendo a nota final (NF) calculada pela expressão: NF=0.15NL+0.85NE.

Língua utilizada: Português / Inglês

43 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Transmissão de Calor
Área Científica: Instalações Térmicas
Código: 3060 Tipo de unidade: Obrigatória
Início de vigência: 19 de Setembro de 2011
Ano curricular: 2º Ano Semestre curricular: 2º
ECTS: 5 Carga horária/Tipo de ensino: 60 h / TP
Prof. Resp.: Manuel Duarte Dias Mendes Nogueira
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

Estabelecer as equações fundamentais, as condições de fronteira e as hipóteses simplificativas para


diferentes problemas típicos de condução, convecção e radiação. Métodos rigorosos e aproximados de
resolução de problemas de transmissão de calor típicos de engenharia.

Programa:

1. Transmissão de calor por condução. Conceitos básicos.


Equações fundamentais. Lei de Fourier. Condutibilidade térmica. Propriedades térmicas dos
materiais. Equação geral da condução. Condições aos limites. Parâmetros adimensionais.

2. Condução em regime estacionário. Modelo unidimensional.


Condução unidimensional sem fontes de calor. Condução unidimensional com fontes de calor. Alhetas
unidimensionais. Raio crítico de isolamentos.

3. Condução em regime não estacionário.


Generalidades. Corpos com movimento. Efeito convectivo. Corpos com gradientes internos de
temperatura desprezáveis. Corpos com gradientes internos de temperatura não desprezáveis.

4. Transmissão de calor por convecção.


Convecção natural e forçada em processos sem mudança de fase. Correlações adimensionais.
Escoamentos interiores e exteriores. Aplicação a permutadores de calor.

5. Transmissão de calor por radiação. Conceitos básicos.


Natureza da radiação térmica. Intensidade de radiação. Interacção da radiação com a matéria.
Superfícies radiantes. Leis da radiação.

6. Radiação em meios não absorventes.


Factor de forma. Equações da radiosidade. Radiação em espaços fechados. Análogo eléctrico.

Bibliografia:

Cengel, Y. A.; Heat Transfer – A Practical Approach; 2nd Edition, SI Version, 2003, McGraw-Hill
F.P. Incropera, D.P. de Witt, T.L Bergman e A.S. Lavine, Introduction to Heat Transfer, 2006, John Wiley
& Sons
Ozisik M. N., Basic Heat Transfer, 1981, McGraw-Hill

Métodos de ensino:

A leccionação será efectuada através de aulas teóricas e aulas teórico-práticas. Pretende-se que através
da leitura da bibliografia o aluno seja introduzido a cada tópico a tratar. As aulas teóricas funcionarão
com breves exposições sobre cada tema, seguidas de exemplos práticos, onde se pretende que o aluno
consolide os conceitos que estudou. Nas aulas teórico-práticas proceder-se-á à resolução de exercícios
onde os alunos aplicarão os conhecimentos adquiridos. Algumas destas aulas envolverão a realização de
trabalhos laboratoriais, onde o aluno pode verificar a coerência dos modelos estudados com os
acontecimentos reais.

Método de avaliação de conhecimentos:

44 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
A avaliação de conhecimentos pode ser efectuada por uma de duas vias:
a) - dois testes escritos;
- dois trabalhos laboratoriais;
b) - exame final;
- dois trabalhos laboratoriais.
A dispensa de exame final obtém-se com média mínima ponderada de 10 valores no teste e trabalhos de
laboratório. Os pesos atribuídos a cada uma das componentes da avaliação são:
- média dos testes escritos / exame final - 70%;
- trabalhos laboratoriais - 15% cada.

Língua utilizada: Português / Inglês

45 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Prática Oficinal
Área Científica: Mecânica Aplicada
Código: 3061 Tipo de unidade: Obrigatória
Início de vigência: 2014/2015
Ano curricular: 2º Semestre curricular: 2º
ECTS: 4 Carga horária/Tipo de ensino: 60 h / PL
Prof. Responsável: Manuel Afonso da Fonte
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):


Ministrar aos alunos os conhecimentos e a formação prática adequada que lhes permita reparar e
fabricar componentes mecânicos de instalações de máquinas marítimas, bem como adquirir
competências práticas no respeito pelas normas de higiene e segurança em serralharia, máquinas
ferramentas e soldadura.
Programa:
1. Metrologia
Medição e comparação. Instrumentos de medição e verificação. Sutas simples, graduadas e
universais. Calibres, compassos. Esquadros. Escalas, paquímetros e micrómetros. Exercícios de
aplicação. Tolerâncias e ajustamentos segundo as normas ISO. Instrumentos de traçagem e suas
técnicas operatórias. Plano, cabedal e graminho. Técnicas de utilização de instrumentos de medição.

2. Segurança em ambiente de oficina


Medidas de segurança e higiene a serem tomadas para garantir um ambiente de trabalho seguro e
para a utilização de ferramentas manuais, máquinas-ferramenta e instrumentos de medição.

3. Serralharia e trabalhos de bancada


Ferramentas manuais. Descrição e classificação. Ferramentas de corte por arranque de apara em
máquinas ferramentas. Brocas cilíndricas e mandris. Machos e caçonetes. Técnicas de roscados.
Execução de uma peça plana em aço macio, segundo o desenho proposto, que envolva diferentes
técnicas operatórias, tais como: corte com serrote mecânico e manual; desbaste no limador e na
fresadora. Desbaste no torno de bancada com diferentes tipos de limas bastardas e murças;
verificação de esquadria, paralelismo, ajustamento; medição e verificação; traçagem no plano com o
graminho; furação com brocas de diferentes diâmetros; abertura de roscas métricas e roscas
inglesas, com machos e caçonetes; acabamento e polimento com diferentes tipos de limas murças;
afiamento de ferramentas de corte.

4. Máquinas ferramentas
Nomenclatura e funcionamento das máquinas ferramentas. Serrote mecânico, engenho de furar,
torno mecânico, fresadora, limador, esmeril e guilhotina. Parâmetros de maquinagem e de regulação.
Demonstrações de utilização das máquinas ferramentas. Afiamento de brocas. Normas de segurança
e higiene.

5. Trabalhos no torno mecânico


Execução de uma peça cilíndrica em aço macio, segundo o desenho proposto, que envolva diferentes
técnicas operatórias tais como: facejamento e furação dos topos com brocas de ponto; torneamento
cilíndrico e cónico; abertura de caixas com ferros de sangrar para execução de roscas triangulares
métricas e roscas inglesas, e demonstração de execução de roscas rectangulares e trapezoidais;
abertura de roscas triangulares pelo método oblíquo e de compensação; afiamento de ferros de
corte.

6. Trabalhos na fresadora
Exercícios de demonstração sobre utilização do prato divisor. Técnicas operatórias de desbaste com
fresas cilíndricas e frontais; demonstração de execução de escatéis. Demonstração de execução de
uma roda dentada. Desbaste de quatro faces da peça plana, respeitante ao trabalho de bancada.

7. Soldadura por arco eléctrico


Descrição geral sobre máquinas de soldar, classificação e sua utilização. Fontes de alimentação.
Curvas características das máquinas de soldar. Chapas sinaléticas das máquinas de soldar. Taxas e
regimes de utilização. Selecção de equipamentos de soldadura por arco eléctrico. Eléctrodos e seus
revestimentos. Funções dos revestimentos. Codificação. Protecção gasosa em soldadura. Parâmetros
de soldadura e seu controlo. Entrega térmica. Taxa de diluição. Parâmetros de soldadura e sua
regulação. Polaridade directa e inversa nos eléctrodos revestidos. Sopro magnético e seus efeitos.

46 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Soldadura semi-automática MIG/MAG. Soldadura TIG. Soldadura de ligas de alumínio e materiais não
ferrosos. Corte por plasma e técnicas de montagem e técnicas operatórias em soldadura. Controlo de
qualidade em soldadura. Simbologia de juntas soldadas. Equipamento de protecção do soldador.
Normas de higiene e segurança. Sistemas de extracção de fumos. Tipos de juntas e sua preparação.
Factores a considerar na escolha de eléctrodos. Normalização em soldadura. Defeitos em soldadura.
Defeitos nos cordões de raiz. Posições de soldadura e qualificação dos soldadores. Soldadura de
metais. Causas e solução de problemas comuns em soldadura. Simbologia da soldadura. Controle de
qualidade em soldadura.

8. Soldadura e brasagem oxi-acetilénica


Constituição de um posto comum de soldadura oxi-acetilénica Estojo de soldadura oxi-acetilénica.
Equipamentos e acessórios de protecção. Potência dos maçaricos e sua regulação. Gases e suas
propriedades. Regulação dos gases e do tipo de chama. Temperatura e potência calorífica da chama.
Propriedades da chama oxi-acetilénica. Manuseamento das garrafas de gases e sua manutenção.
Brasagem e soldobrasagem. Propriedades dos decapantes e sua função. Cuidados a ter com o seu
uso. Normas de segurança e higiene.

9. Soldadura e brasagem. Exercícios práticos


Realização de trabalhos individuais que contemplem as matérias teóricas sobre soldadura e
brasagem. Cordões de soldadura ao baixo e ao horizontal. Cordões ascendentes e descendentes.
Cordões de soldadura ao tecto. Soldadura em juntas de canto interior e exterior. Corte por plasma.
Soldadura TIG e MIG/MAG. Oxi-corte. Soldadura e brasagem oxi-acetilénica. Linhas de fusão em
chapas de 1 mm, em aço. Cordões de soldadura em chapa de aço, de 1 mm. Brasagem com varetas
de latão. Uso de decapantes. Brasagem de tubos de cobre.
Bibliografia:
 Tecnologia Mecânica, J.M. Freire, Vol. 1-6, Biblioteca da Escola Náutica.
 Tecnologia do Corte, J.M. Freire, Biblioteca da Escola Náutica.
 Abertura de Roscas ao Torno, Segundo Estevez Biblioteca da Escola Náutica.
 Processos de soldadura – Instituto de Soldadura e Qualidade, José O. Santos e Luísa Quintino.
 Processos de Soldadura I e II, edição do ISQ, Biblioteca da Escola Náutica.
 Metalurgia da Soldadura, edição do ISQ.
 Ensaios Mecânicos, Publicações ISQ - Instituto de Soldadura e Qualidade, 1992.
 Apontamentos sobre corte por arranque de apara, ENIDH.
 Metal Machining – Theory and Applications, Childs, Maekawa, Obikawa, Yamane, 2000.
 Principles of Welding. Processes, Physics, Chemistry and Metallurgy, R. Messler Jr., Wiley-VCH
Verlag, 2004.
 SAF - Guia do Utilizador de Soldadura Manual. 1ª Ed, 1981.
Métodos de ensino:
A leccionação será efectuada através de aulas práticas, onde se pretende que o aluno apreenda as
técnicas operatórias relativas a cada operação de fabrico e manutenção de componentes mecânicos de
navios. Actividades complementares na disciplina:
Seminários. Visita de estudo ao ISQ, Instituto de Soldadura e Qualidade, em particular aos Laboratórios
de Soldadura, de Ensaios Mecânicos, de Metalurgia de Controlo de Qualidade.
Demonstrações de técnicas operatórias em soldadura e em brasagem, rebitagem por descarga de
condensadores, ligações mecânicas por rebites POP, enchimento de veios por projecção de partículas
metálicas a frio, protecção de superfícies metálicas por polímeros, realizadas por firmas convidadas, com
utilização dos materiais e equipamentos que comercializam.

Método de avaliação de conhecimentos:


Avaliação contínua:
Realização de trabalhos de bancada e máquinas ferramentas, de acordo com o desenho técnico
proposto; realização de trabalhos de soldadura e brasagem (W). Relatório dos trabalhos ®.
Realização de 1 questionário (Q) sobre soldadura e brasagem. Obrigatoriedade de presença às aulas de
90%; obrigatoriedade de presença nas visitas de estudo, demonstrações práticas e seminários (S).
A nota final (NF) é o resultado de: NF = 0,5W+0,2 R+0,2Q+0,1S ≥ 10 valores.
Exame Final:
Exame incluirá a realização de um trabalho (W) prático (2 horas), 1 teste (T) (30 min) sobre a matéria
em geral da UC. Obrigatoriedades da avaliação contínua, nomeadamente nas vistas de estudo,
demonstrações práticas e seminários. A nota final (NF) é o resultado de: NF=0.7 W+0,3 T ≥ 10 valores.

Língua utilizada: Português / Inglês

47 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Electrónica
Área Científica: Controlo de Sistemas
Código: 3062 Tipo de unidade: Obrigatória
Início de vigência: 2014/2015
Ano curricular: 2º Semestre curricular: 2º
ECTS: 6 Carga horária/Tipo de ensino: 75 h / TP+PL
Prof. Resp.: Victor Semedo Gonçalves
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

Proporcionar aos alunos os conhecimentos básicos sobre o funcionamento de dispositivos


semicondutores: díodos, transístores, amplificadores operacionais e tiristores. Analisar e conceber
circuitos baseados nesses dispositivos: rectificadores, estabilizadores (incluindo os reguladores de
tensão das séries 78xx e 79xx), amplificadores de baixo nível, circuitos básicos de instrumentação e
circuitos de controlo de potência. Para além da componente teórica, a disciplina é suportada por uma
componente laboratorial e será orientado no sentido de assegurar a satisfação dos requisitos da
indústria em geral e das instalações propulsoras marítimas em particular, conforme preconizado pela
Convenção IMO-STCW e Emendas

Programa:

1. Díodos. Circuitos com díodos


Introdução. A junção p-n. Característica I-V do díodo. Análise de circuitos com díodos. O díodo
Zener. Circuitos limitadores. Circuitos rectificadores. Filtros capacitivos. Circuitos reguladores de
tensão. Reguladores integrados em circuitos monolíticos

2. O Transístores de Junção Bipolar (TJB)


Introdução. Transístores NPN e PNP. Zonas de funcionamento. Análise de circuitos com transístores
em DC. Montagens básicas: emissor comum, colector comum e base comum. Características de
entrada e saída. Circuitos lógicos baseados em transístores.

3. O TJB em baixas frequências


O modelo híbrido. Os parâmetros h. Análise de circuitos com transístores. O par diferencial.

4. O Amplificador Operacional. Circuitos com Amplificadores Operacionais


O amplificador operacional ideal. Características de amplificadores operacionais. O seguidor de
tensão. O amplificador inversor. Montagem não inversora. Amplificador somador. O integrador. O
diferenciador.
O amplificador da diferença. O amplificador de instrumentação. O amplificador de ganho
programável. Comparadores analógicos.

5. Multivibradores
Conceito de multivibrador. O Timer 555. Funcionamento em modo astável. Funcionamento em modo
moneostável. Aplicações do 555

6. Introdução à electrónica de potência


Tiristores. SCRs, Diacs eTriacs. Características típicas. Modos de funcionamento. Circuitos
de controlo de potência em corrente contínua: controlo de motores de corrente contínua
(linear e por modulação da largura de impulsos - PWM). Circuitos de controlo de potência
em corrente alternada. Controlo de motores a.c. . Fontes de alimentação.

7. Componente prática/laboratorial
Princípios básicos de arquitectura e operação dos seguintes equipamentos e sistemas eléctricos,
electrónicos e de controlo:
I. Características dos componentes básicos dos circuitos electrónicos
II. Construção e operação de aparelhagem de testes e medição
III. Leitura e interpretação de esquemas eléctricos e electrónicos

48 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Bibliografia:

A. Sedra, Microelectronic Circuits, 5th Ed, Oxford University Press, 2004


M. Silva, Circuits com Transístores Bipolares e MOS, F. Calouste Glubenkian, Lisboa, 1999
Muhammad H. Rashid., Electrónica de potência, circuitos dispositivos e aplicações, Makron Books.
L. Mendonça, Fichas de trabalhos laboratoriais
V. Gonçalves, Electrónica, Apresentações em PowerPoint

Métodos de ensino:

Aulas teóricas e trabalhos laboratoriais

Método de avaliação de conhecimentos:

Dois testes e avaliação contínua baseada nas aulas laboratoriais (realização de trabalhos e apresentação
de relatórios). Nota mínima de oito valores em ambos testes e na componente laboratorial. Peso da
componente teórica (média aritmética dos testes) na classificação final: 70%. Peso da componente
laboratorial: 30%.
A componente teórica pode ser avaliada por exame final, em substituição dos testes, sendo também
neste caso obrigatória a aprovação na componente laboratorial. Quando a aprovação ocorre em exame
final, tem-se:
- peso da componente teórica (exame final) na classificação final: 70%
- Peso da componente laboratorial: 30%.

Língua utilizada: Português / Inglês

49 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Probabilidades e Estatística
Área Científica: Matemática
Código: 3063 Tipo de unidade: Obrigatório
Início de vigência: 19 de Setembro de 2011
Ano curricular: 2º Semestre curricular: 2º
ECTS: 5 Carga horária/Tipo de ensino: 60 h / TP
Prof. Resp.: Luis Manuel Fernandes Mendonça
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

Conhecer e aplicar as metodologias básicas da Estatística Descritiva, Inferência Estatística e


Teoria da Correlação. Compreender o fundamento teórico destas áreas científicas na Teoria
das Probabilidades. Conhecer e aplicar alguns modelos probabilísticos mais importantes e
estimar e testar os parâmetros necessários à sua aplicação. Aplicar estes conceitos e
metodologias à resolução de problemas na área da Engenharia.

Programa:

1. Estatística Descritiva
Representação de dados em gráficos e tabelas, estatísticas de localização, dispersão,
assimetria, achatamento e concentração, momentos. Técnicas de contagem.

2. Teoria das Probabilidades. Conceitos básicos


Experiência aleatória, espaço de resultados e acontecimento. Axiomática. Independência,
probabilidade condicionada, lei das probabilidades totais e teorema de Bayes. Variáveis aleatórias:
definição, variável discreta, contínua e mista. Função de distribuição e função de densidade de
probabilidade. Distribuições uniforme discreta, de Bernoulli, binomial, geométrica, hipergeométrica,
de Poisson, uniforme contínua, normal, exponencial e qui-quadrado. Teorema do Limite Central e
aplicações.

3. Inferência estatística
Objectivos, população, amostra e amostra aleatória. Planos de amostragem e distribuições por
amostragem. Estimação de parâmetros: método da máxima verosimilhança. Intervalos de confiança
e testes de hipóteses: metodologia e exemplos (intervalos/testes ao valor esperado, diferença de
valores esperados e variância).

4. Correlação e Regressão
Conceitos gerais de Estatística Multivariada. Medidas de correlação. Regressão linear e método dos
mínimos quadrados.

Bibliografia:

Textos de apoio às aulas teórico-práticas, Maria Elisa Cunha


Introduction to probability and statistics, W. Mendenhall, R. Beaver & B. Beaver. Duxbury Press, 1999
Estatística, R. C. Guimarães & J. S. Cabral. McGrawill, 1997.
Exercícios de Estatística Vol I e II, J. Fonseca & D. Torres. Edições Sílabo, 2000.

Métodos de ensino:

Aulas teórico-práticas, incluindo uma exposição teórica de cada um dos temas abordados, exemplos
práticos de aplicação e resolução de exercícios. Como complemento, são indicados semanalmente
exercícios para os alunos resolverem em casa.

Método de avaliação de conhecimentos:

Realização de três testes (T1, T2 e T3) ao longo do semestre, classificados na escala de 0 a 20 valores.
Para obter aprovação, o aluno deve satisfazer dois dos requisitos (T1 >= 8.0, T2>=8.0 e T3>=8.0) e
ainda (0.2*T1+0.4*T2+0.4*T3>=9.5). A nota final é calculada como (0.2*T1+0.4*T2+0.4*T3)

50 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
arredondado às unidades.
Os alunos que não obtiverem aprovação nesta modalidade podem repetir o segundo teste na data do
exame de época normal.

Língua utilizada: Português / Inglês

51 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Psicossociologia
Área Científica: Gestão Técnica
Código: 3064 Tipo de unidade: Obrigatório
Início de vigência: 2014/2015
Ano curricular: 2º Semestre curricular: 2º
ECTS: 4 Carga horária/Tipo de ensino: 30 h / TP
Prof. Resp.: Fernando José da Cruz Gonçalves
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

Dotar os alunos com os conhecimentos necessários sobre o controlo de multidões,


segurança para tripulantes que prestem assistência direta aos passageiros, liderança,
trabalho em equipa e responsabilidades sociais, em conformidade com as Tabelas A-III/1
e A-VI/1-4, e a Secção A-V/2 da Convenção IMO-STCW e Emendas, para uma efetiva
capacidade de liderança e trabalho em equipa, e resposta a situações de emergência a
bordo dos navios de passageiros.

Programa:
1. Familiarização em navios de passageiros e ro-ro de passageiros (Código
STCW-Secção A-V/2)
Esquema e arranjo geral dos navios. Limitações operacionais. Equipamentos de segurança. Legislação
aplicável.

2. Controlo de multidões (Código STCW-Secção A-V/2, Parágrafo 1)


Dispositivos salva-vidas e planos de emergência: Listas de reunião e instruções de emergência;
Saídas de emergência; Restrições ao uso dos elevadores.
Assistência aos passageiros que se dirigem para as estações de reunião e estações de
embarque: Dar ordens claras e animadoras; Controlo dos passageiros nos corredores, escadas e outros
locais de passagem; Manutenção das vias de escape (escape routes) desobstruídas; Métodos disponíveis
para a evacuação de pessoas incapacitadas ou com necessidades especiais; Busca dos espaços de
acomodação.
Procedimentos de reunião: A importância da manutenção da ordem; Procedimentos para reduzir e
evitar o pânico; Listas de passageiros e contagem na evacuação; Assegurar que os passageiros se
encontram adequadamente vestidos com o colete salva-vidas corretamente vestido.

3. Segurança para tripulantes que prestem assistência directa aos


passageiros (Código STCW-Secção A-V/2, Parágrafo 2)
Comunicação: Comunicação com os passageiros durante as emergências; Idioma apropriado para as
principais nacionalidades dos passageiros transportados em determinada rota; O uso do vocabulário
Inglês elementar para instruções básicas; Comunicação por outros meios durante uma emergência;
Extensão das instruções de segurança transmitidas; Idiomas nos quais os anúncios de emergência
podem ser transmitidos durante uma emergência ou um exercício.
Dispositivos salva-vidas: Demonstrar aos passageiros o uso de dispositivos salva vidas pessoais.
Procedimentos de embarque: Embarque e desembarque de passageiros, com especial atenção a
pessoas incapacitadas ou com necessidades especiais.

4. Segurança dos passageiros (Código STCW-Secção A-V/2, Parágrafo 4)


Procedimentos de embarque e desembarque de passageiros. Pessoas incapacitadas e com necessidades
especiais.

5. Liderança e trabalho de equipa


Gestão e instrução do pessoal de bordo.
Convenções marítimas internacionais, recomendações e legislação nacional
Gestão e distribuição de tarefas: Planeamento e coordenação; Designação de pessoal;
Constrangimentos de tempo e de recursos; Atribuição de prioridades.
Gestão eficaz de recursos: Distribuição, designação e priorização de recursos; Comunicação eficaz a
bordo e em terra; Decisões tendo em conta a experiência da equipa; Assertividade e liderança, inclusive

52 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
motivação; Obtenção e manutenção da consciência situacional.
Técnicas de tomada de decisão: Avaliação da situação e dos riscos; Identificação e consideração das
opções geradas; Seleção as linhas de ação; Avaliação da eficácia do resultado.

6. Responsabilidades sociais (Código STCW-Secção A-VI/1-4)


Princípios e barreiras para uma comunicação eficaz a bordo
Relacionamento humano a bordo: Responsabilidades sociais, condições de trabalho a bordo, direitos
e obrigações individuais, perigos decorrentes do abuso de álcool e estupefacientes.
Ações para controlar a fadiga.

Bibliografia:
- International Convention on Standards of Training and Certification and Watchkeeping for Seafarers,
1978, as amended (2011 Edition)
- Maritime Labour Convention 2006. International Labour Organization
- IMO Model Course 1.28 - Crowd management, passenger safety and safety training for personnel
providing direct services to passengers in passenger spaces (2000 Edition)
- International Safety Management (ISM) Code and Guidelines on the Implementation of the ISM Code
(2010 Edition)
- MSC Circular 1014: Guidelines on fatigue and management
- MSC Res A 890(21) & Res A 955(23): Principles of safe manning and amendments
- Res.A 770(18) - Minimum requirements for personnel nominated to assist passengers in emergency
situations on passenger ships
- MSC/Circ. 735 - Recommendations on the design and operation of passenger ships to respond to
elderly and disabled person's needs
- Accident prevention on board ship at sea and in port. An ILO code of practice. Geneva, International
Labour Office, 2nd edition, 1996
- Code of safe working practices for merchant seaman. Maritime Coastguard Agency. Consolidated
Edition 2010.
- Flin Rhona. Sitting in the Hot Seat. Leaders and Teams for Critical Incident Management.1996. John
Wiley & Sons
- Easingwold Papers No. 2. Crises and the Media. (The Emergency Planning College, 1994)
- Easingwold Papers No. 4. Lessons Learnt from Crowd-related Disasters. (The Emergency Planning
College, 1992)
- Easingwold Papers No. 5. Conference: Problems Associated with Large Scale Evacuations. (The
Emergency Planning College, 1994.)
- Easingwold Papers No. 6. Disaster Preparedness, Some Myths and Misconceptions. (The Emergency
Planning College, 1992)
- Easingwold Papers No. 7. Crises in a Complex Society. (The Emergency Planning College, 1994)
- Easingwold Papers No. 8. A Digest of Some Well Known Disasters. (The Emergency Planning College,
1994)
- Jeffery, R (2007) Leadership Throughout. London: The Nautical Institute
- Bass, B.M. (1990) Bass and Stodgill's Handbook of Leadership. Third Edition. London: The Free Press
- Goleman, D. (1996) Emotional Intelligence: Why It Can Matter More Than IQ. London, Bloomsbury
- Grint, K. (2005) Leadership: Limits and Possibilities. Basingstoke, Palgrave Macmillan
- Maritime & Coastguard Agency (MCA) UK (2010) The Human Element: A Guide to the Human
Behaviour in the Shipping Industry. London, The Stationery Office
- Western, S. (2008) Leadership: A Critical Test. London, Sage
- Alberoni, F. (2002) Saber Decidir. Lisboa, Bertrand Editora.
- Apontamentos do docente
Métodos de ensino:

O método de ensino pretende-se dinâmico e activo, privilegiando o contacto professor/aluno. Em


complemento à apresentação dos conteúdos programáticos, naturalmente de cariz mais expositivo, os
alunos serão incentivados a apresentar trabalhos de grupo (2 a 3 alunos) sobre Case Studies fornecidos
pelo Professor relativos situações reais da actividade marítima.

Método de avaliação de conhecimentos:

1 - Um Teste de Avaliação (95% - Nota Final);


2 - Trabalho Facultativo Individual ou de Grupo (preferencialmente de grupo) sobre um tema
relacionado com o conteúdo programático da disciplina. Este trabalho será avaliado em função do seu
conteúdo, capacidade de reflexão, grau de inovação, adequação aos formalismos académicos e
capacidade evidenciada pelos alunos na apresentação e discussão do tema perante os seus colegas.
3 - Participação, a qual envolve a participação na aula, capacidade de reflexão, assiduidade e postura
dos alunos durante as aulas (5% - Nota Final).
4 - Todos os alunos que obtenham uma média ponderada nos critérios definidos no âmbito da avaliação
contínua inferior a 9,5 valores serão submetidos a exame final da disciplina. O exame final da disciplina
constará de um teste escrito (2 horas, sem consulta), em que serão abordados os principais conteúdos
programáticos da disciplina.
Língua utilizada: Português / Inglês

53 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
54 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
3.º ano de estudos
(1.º semestre)

55
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Máquinas e Sistemas Auxiliares I
Área Científica: Instalações Térmicas
Código: 3065 Tipo de unidade: Obrigatória
Início de vigência: 2014/2015
Ano curricular: 3º Semestre curricular: 1º
ECTS: 6 Carga horária/Tipo de ensino: 60 h / TP+PL
Prof. Resp.: Manuel Duarte Dias Mendes Nogueira
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):


Proporcionar aos alunos a aplicação de conhecimentos anteriormente adquiridos, nomeadamente de
Termodinâmica, Transmissão de Calor e de Mecânica dos Fluidos à análise do funcionamento de bombas,
compressores e turbinas e demais sistemas auxiliares existentes a bordo, tal como preconizado pela
Convenção IMO-STCW e emendas ao nível das funções de:
- engenharia marítima ao nível operacional;
- manutenção e reparação ao nível operacional;
- engenharia marítima ao nível de comando;
- manutenção e reparação ao nível de comando.
Programa:

1. Condutas, válvulas e acessórios


1.1. Condutas. Generalidades. Condutas metálicas e não metálicas. Selecção de materiais. Instalação
de condutas. Escoamento de fluidos em condutas. Associação de condutas. Leitura e interpretação
de diagramas de encanamentos.

1.2. Válvulas. Generalidades. Classificação. Válvulas de controlo de caudal. Válvulas de controlo de


pressão. Válvulas automáticas. Válvulas telecomandadas. Válvulas de Regulação. Materiais de
construção.

2. Turbomáquinas
2.1. Introdução às turbomáquinas. Classificação. Equações gerais.

2.2. Bombas, compressores e ventiladores radiais. Características operacionais das bombas e


sistemas de encanamentos, incluindo os sistemas de controlo. Bombas radiais: carcaça, rotor e
difusor. Análise do escoamento no rotor. Análise do escoamento no difusor. Bombas centrífugas.
Rendimentos hidráulico, volumétrico, mecânico e global. Curvas características.

2.3. Turbomáquinas axiais. Introdução às turbomáquinas axiais. Turbinas axiais. Compressores,


ventiladores e bombas axiais. Turbinas a vapor e gás.

2.4. Regulação de turbomáquinas. Regulação de turbinas de gás. Regulação de turbinas de vapor.


Regulação de compressores radiais e axiais.

3. Máquinas volumétricas
3.1. Bombas volumétricas. Bombas volumétricas de caudal constante e de caudal variável.

3.2. Compressores volumétricos. Compressores alternativos e rotativos.

4. Componente prática/laboratorial
Ensaio laboratorial de bombas centrífugas em série e em paralelo.
Ensaio laboratorial de compressores alternativos, 2 estágios.
Operações de bombagem de rotina e de sistemas de esgoto, lastro e de carga através de treino em
simulador de máquinas marítimas.
Operação de sistemas de turbina a gás em simulador de máquinas marítimas.

Bibliografia:

Marques, A., Turbomáquinas, ENIDH, 2011


Marques, A., Condutas válvulas e acessórios, ENIDH, 2011
Hewitt, G. F., Shires, G. F., Bott, G. L., Process Heat Transfer, CRC Press, 1994
Tubular Exchanger Manufacturers Association-TEMA, 1988Kategurov, M., Marine Auxiliar Machinery and

56 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Systems, Peace Publishers, 1980
Dixon, S. l., Fluid Mechanics, Thermodynamics of Turbomachinery, Pergamon Press, 1978
Cherkassky, V. M., Pumps, Fans and Compressors, Mir Publishers, 1980

Métodos de ensino:

A leccionação será efectuada através de aulas teórico-práticas, práticas e laboratoriais. Pretende-se que
através da leitura da bibliografia o aluno seja introduzido em cada tópico a tratar. As aulas teórico-
práticas funcionarão com breves exposições sobre cada tema, seguidas de exemplos práticos, onde se
pretende que o aluno consolide os conceitos que estudou. Nas aulas teórico-práticas proceder-se-á à
resolução de exercícios onde os alunos aplicarão os conhecimentos adquiridos. Algumas destas aulas
envolverão a realização de trabalhos laboratoriais, onde o aluno pode verificar a coerência dos modelos
estudados com os problemas reais.

Método de avaliação de conhecimentos:

Realização de 2 trabalhos laboratoriais em grupo (NTP);


Realização de 2 testes ao longo do semestre ou de 1 exame final (NE);
A nota final (NF) é o resultado de: NF = 0.3NTP+0.7NE.

Língua utilizada: Português / Inglês

57 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Máquinas de Combustão Interna
Área Científica: Instalações Térmicas
Código: 3066 Tipo de unidade: Obrigatório
Início de vigência: 2014/2015
Ano curricular: 3º Semestre curricular: 1º
ECTS: 5 Carga horária/Tipo de ensino: 60 h / TP+PL
Prof. Resp.: Jorge Manuel Fernandes Trindade
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

Ministrar as matérias necessárias para que os alunos adquiram a linguagem típica de estudo e de
trabalho das máquinas de combustão interna em geral e dos motores diesel marítimos em particular,
bem como os conhecimentos indispensáveis para poderem analisar o seu comportamento mecânico e
termodinâmico durante a respectiva operação. Dotar os alunos com as ferramentas necessárias para
poderem detectar e corrigir as causas das anomalias resultantes das alterações das condições de
funcionamento dos motores diesel marítimos por forma a minimizarem as respectivas consequências e a
optimizarem o seu funcionamento Pretende-se ainda proporcionar uma fácil integração dos alunos após
a conclusão do curso, no Serviço de Máquinas dos navios mercantes, tal como preconizado na
Convenção IMO-STCW e Emendas.

Programa:

1. Aulas Teórico-Práticas
1. Introdução. Perspectiva histórica. Conceitos, princípios de funcionamento e classificação das
máquinas de combustão interna. Principais componentes. Definições.

2. Ciclos das máquinas de combustão interna. Ciclos teóricos. Rendimento térmico dos ciclos
teóricos. Ciclos práticos . Comparação com os ciclos teóricos. Propriedades termodinâmicas do fluido
motor. Admissão. Compressão. Combustão. Expansão. Evacuação.

3. Potência, rendimento e parâmetros de funcionamento. Diagramas de funcionamento. Potência


indicada e efectiva. Potência de perdas mecânicas. Rendimento mecânico indicado e efectivo.
Consumos específicos de combustível. Factores que influenciam a potência dos motores. Parâmetros
e curvas de funcionamento característicos de um motor.

4. Lavagem e sobrealimentação. Tipos básicos de lavagem em motores a dois tempos.


Caracterização do processo de lavagem. Evolução da pressão no interior do cilindro e no colector de
gases durante a lavagem. Sobrealimentação. Vantagens da sobrealimentação. Sistemas de
sobrealimentação. Consequências da sobrealimentação na potência desenvolvida e no rendimento.
Sobrealimentação em condições de carga parcial.

5. Injecção de combustível e combustão. Mistura ar/combustível. Sistemas de injecção de


combustível. Principais componentes do sistema de injecção. Bombas de injecção. Tubos de injecção
de combustível. Injectores. Unidades injector-bomba. Sistemas common-rail. Câmaras de
combustão. Diagramas de injecção. Pulverização do combustível. Consequências da composição da
mistura do ar com o combustível no funcionamento do motor. Diagramas de combustão. Atraso à
inflamação. Factores que influenciam o atraso à inflamação.

6. Principais componentes dos motores. Estrutura. Cilindros. Êmbolos. Tirantes. Cruzetas. Veios de
manivelas. Chumaceiras. Órgãos de distribuição. Válvulas.

7. Sistemas auxiliares. Sistemas de refrigeração. Sistemas de lubrificação. Sistemas de alimentação


de ar com e sem sobrealimentação. Sistemas de recuperação de energia. Sistemas de alimentação
de combustível. Sistemas de arranque e inversão. Sistemas de regulação de velocidade e de
segurança.

8. Emissão de poluentes. Natureza e extensão do problema. Legislação aplicável.


Normas de prevenção de poluição atmosférica para navios de acordo com o Anexo VI da MARPOL
73/78, Código Técnico NOx visando conhecer os critérios e os procedimento para o controlo de áreas
de emissão de SOx e de NOx.

58 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
9.Operação e manutenção. Preparação para arranque. Principais cuidados a observar durante a
operação dos motores. Análise das condições de funcionamento. Inspecções periódicas.

2. Aulas de Prática Laboratorial

PL01 - Familiarização com o banco de ensaio de motores.


PL02 - Familiarização com os simuladores de máquinas marítimas.
PL03 - Familiarização com os principais parâmetros de funcionamento dos motores diesel.
PL04 - Curvas características de binário, potência e consumo específico de combustível.
PL05 - Avaliação do rendimento mecânico de um motor diesel.
PL06 - Avaliação do rendimento volumétrico do motor.
PL07 - Avaliação da potência indicada (diagramas indicados).
PL08 - Influência do tempo de injecção nos parâmetros do ciclo.
PL09 - Diagnóstico de avarias.

Bibliografia:

Textos de Apoio à Unidade Curricular, Jorge Trindade, 2011.


J.B. Heywood. Internal Combustion Engines Fundamentals. Mc-Graw-Hill, 1988.
J. Martins. Motores de Combustão Interna, Publindústria, 2005.
D. Giacosa. Motores Endotermicos. Ed. Dossat, 1979.
K. Zinner. Supercharging of Internal Combustion Engines. Springer-Verlag, 1978.
M. Burghardt and G. Kingsley. Marine Diesels. Prentice-Hall, 1981.

Métodos de ensino:

Exposição da matéria, seguida sempre que possível por exemplos de aplicação, pelo professor, trabalho
independente e em grupo do aluno.

Método de avaliação de conhecimentos:

Testes escritos e relatórios dos trabalhos laboratoriais.

Língua utilizada: Português / Inglês

59 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Sistemas de Controlo

Área Científica: Controlo de Sistemas

Código: M313/3067 Tipo de unidade: Obrigatória

Início de vigência: 2014/2015

Ano curricular: 3º Semestre curricular: 1º

ECTS: 6 Carga horária/Tipo de ensino: 60 h / TP+PL

Prof. Resp.: Olímpia Maria Rafael Ótão Pereira


Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):


Esta unidade curricular pretende que o aluno alcance os seguintes objectivos, conforme preconizado pela
Convenção IMO-STCW e Emendas:
- identificar e caracterizar os sistemas de controlo e os elementos de que são compostos;
- analisar e caracterizar o modelo linear de um sistema físico nos domínios do tempo e da frequência;
- projectar controladores (PID) recorrendo a técnicas que envolvem o traçado do diagrama do lugar
geométrico das raízes, diagramas de Bode e critério de Nyquist;
- ter consciência das limitações existentes ao desempenho que é atingível com qualquer sistema de
controlo;
- interpretar diagramas de sistemas de controlo;
- analisar as funções, características e funcionalidades dos sistemas de controlo das máquinas, incluindo
a instalação propulsora principal.

Programa:

1. Introdução aos sistemas de controlo automático


Tipos de sistemas de controlo. Representação dos sistemas de controlo contínuo (SCC) e discretos:
anel aberto; anel fechado. Etapas do projecto de sistemas de controlo com retroacção: exemplo de
aplicação. Projecto assistido por computador: Matlab e as suas toolboxes dedicadas ao controlo.
Sistemas de controlo discreto: vantagens dos SCD; conversores A/D e D/A; dispositivos de
amostragem e retenção; amostragem de um sinal contínuo; teorema da Amostragem; reconstrução
de um sinal contínuo; comparação de um SCC com o seu equivalente discreto para várias
frequências de amostragem.

2. Modelos matemáticos de sistemas físicos


Transformada de Laplace: Pares de Transformadas de Laplace; Teoremas da Transformada de
Laplace; Transformada de Laplace Inversa; Expansão em Frações Parciais; Solução de Equações
Diferenciais Lineares e Invariantes no Tempo.
Representação dos modelos: Função de Transferência (F.T.); Espaço de Estados (E.E). Obtenção da
representação em E.E. a partir da F.T. e vice-versa. Linearização do modelo. Obtenção do modelo
através da resposta a entradas tipo. Exemplos de aplicação.

3. Análise dos sistemas no domínio do tempo


Regimes transitório e estacionário. Caracterização dos sistemas de 1ª e 2ª ordem em resposta a
entradas tipo. Critério de estabilidade de Routh-Hurwithz. Diagramas do Lugar Geométrico das
Raízes (L.G.R.) e respectivas regras de construção. Análise de sistemas de controlo contínuo através
do L.G.R.

4. Análise dos sistemas no domínio da frequência


Diagramas de Bode e Nyquist e respectivas regras de construção. Estabilidade relativa. Análise de
sistemas de controlo através dos diagramas.

5. Transdutores de medida
Conceitos fundamentais. Condicionamento do sinal. Linearização. Exemplos de aplicação.

60 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
6. Metodologias de controlo
Introdução: apresentação de diferentes metodologias de controlo e domínios de aplicação.
Reguladores. Acções de regulação (PID). Regras de ajuste óptimo de reguladores (Ziegler-Nichols).
Aplicações de reguladores nas instalações marítimas e na indústria: sistemas de controlo de
temperatura, caudal, pressão, altura, tensão, frequência, velocidade e posição (processos -
motores diesel marítimos, caldeiras, hélice, sistemas de refrigeração, ventilação, lastro, etc).
Detecção de avarias num anel de controlo e acções correctivas. Compensação (avanço, atraso,
avanço-atraso). Domínios de aplicação. Relação entre compensadores e reguladores industriais.
Procedimentos no projecto de compensadores através do L.G.R. e através dos Diagramas de Bode.
Introdução ao controlo por realimentação linear das variáveis de estado (conceitos de
controlabilidade e observabilidade).

Bibliografia:
Engenharia de Controlo Moderno - Katsuhiko Ogata; Pearson, Prentice Hall.
Control Systems Engineering - Norman S. Nise ; John Wiley & Sons, Inc.
Apontamentos da disciplina - Olímpia Ótão Pereira.

Métodos de ensino:
A leccionação será efectuada através de aulas teóricas e aulas práticas e laboratoriais. As aulas teóricas
funcionarão com breves exposições sobre cada tema, seguidas de exemplos práticos, onde se pretende
que o aluno consolide os conceitos. Nas aulas práticas e laboratoriais proceder-se-á à resolução de
exercícios onde os alunos aplicarão os conhecimentos adquiridos. Algumas destas aulas envolverão a
realização de trabalhos laboratoriais, onde o aluno pode verificar a coerência da teoria estudada com os
acontecimentos reais.

Método de avaliação de conhecimentos:


Realização de 4 a 6 trabalhos práticos em grupo, com a entrega dos relatórios de apenas três trabalhos
e resolução de um conjunto de problemas individualmente e fora das aulas (NPL);
Realização de 1 teste no final do semestre ou de 1 exame final (NT);
A nota final (NF) é o resultado de: NF = 0.3NPL+0.7NT.

Língua utilizada: Português / Inglês

61 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Estrutura e Estabilidade do Navio
Área Científica: Instalações Térmicas
Código: 3068 Tipo de unidade: Obrigatória
Início de vigência: 2014/2015
Ano curricular: 3º Semestre curricular: 1º
ECTS: 5 Carga horária/Tipo de ensino: 60 h / TP
Prof. Resp.: Rui Manuel Faustino Cabrita
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

Fornecer aos alunos a compreensão das teorias e dos factores que afectam a estabilidade e o caimento
da uma embarcação, bem como os métodos necessários para manter a estabilidade e o caimento dentro
dos limites de segurança. A aquisição de conhecimentos sobre o efeito na estabilidade e no caimento de
um navio originados por avaria no casco do mesmo, que provoque o alagamento de compartimentos
estanques é outro objectivo da unidade curricular. Constitui ainda objectivo da unidade curricular, a
aquisição do conhecimento sobre os aspectos estruturais e de construção dos diferentes tipos de navios
mercantes, conforme estipulado na Convenção IMO-STCW e emendas.

Programa:

1. Geometria do navio.
Dimensões principais e planos de referência. Coeficientes de forma. Cálculo das coordenadas do
centro de gravidade de um navio. Momentos de área e centro de área. Regras de
Simpson.Deslocamento, volume de querena, centro de querena e área da superfície molhada.
Deslocamento unitário e centro de flutuação. Gráfico de querenas direitas.

2. Tipos de navios
Especificação da construção do navio. Planos de construção e de classificação. Planos isométricos.
Estrutura do navio. Bordo livre. Características estruturais e de construção de vários tipos de navio.
Navios de carga geral. Navios frigoríficos. Navios porta-contentores. Navios ro-ro. Navios porta-
barcaças. Navios graneleiros.

3. Navios-tanque (Código STCW – Tabelas A-V/1-1-1, A-V/1-2-1)


Características estruturais e de construção dos navios-tanque petroleiros, químicos e de gás
liquefeito.

4. Flutuação e estabilidade.
Embarque, desembarque, deslocação e suspensão de cargas num navio. Estabilidade para pequenos
ângulos de inclinação. Raio e altura metacêntrica. Estabilidade positiva, indiferente e negativa. Efeito
da suspensão de carga na estabilidade. Efeito do espelho líquido na estabilidade. Movimentação
transversal de carga. Experiência de estabilidade. Estabilidade transversal a grandes ângulos de
inclinação Braço de estabilidade. Diagrama de querenas inclinadas. Curva de estabilidade. Factores
que afectam a estabilidade de um navio. Estabilidade dinâmica. Recomendações da IMO sobre a
estabilidade de navios. Estabilidade longitudinal. Noção de caimento. Momento de caimento unitário.
Centro de flutuação. Variação dos calados devido ao embarque e desembarque de cargas. Controlo
do caimento do navio. Estabilidade de uma embarcação em situação de avaria do casco.
Bibliografia:

Apontamentos da disciplina
Introduction to Naval Architecture, Eric C. Tupper, Elsevier, 2004
Basic Ship Theory, J. Rawson & E. C. Tupper, Elsevier, 2001
Arquitectura Naval, José P.F.S. Cabral, Centro de Livro Brasileiro, 1979

Métodos de ensino:

Exposição da matéria, seguida sempre que possível por exemplos de aplicação, pelo professor, trabalho
independente e em grupo do aluno.
Método de avaliação de conhecimentos:

62 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Testes e exames escritos.

Língua utilizada: Português / Inglês

63 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Segurança Marítima I
Área Científica: Gestão Técnica
Código: 3069 Tipo de unidade: Obrigatória
Início de vigência: 2014/2015
Ano curricular: 3º Semestre curricular: 1º
ECTS: 4 Carga horária/Tipo de ensino: 60 h / TP+PL
Prof. Resp.: João Miguel Afonso Parente
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):


O aluno deverá adquirir o conhecimento e as competências para:
-Prevenir e responder a situações de emergência.
-Responder a pedidos de socorro planeando e realizando operações de busca e salvamento.
-Prevenir, controlar e combater incêndios no navio.
-Organizar exercícios e simulacros de combate a incêndios e treinar equipas de combate a
incêndio.
-Inspeccionar e manter operacionais meios de detecção e combate a incêndios.
-Investigar incêndios e escrever relatórios.
-Operar meios de sobrevivência e salvamento.
-Organizar exercícios e simulacros de abandono do navio e recuperação de náufragos.
- Inspeccionar e manter operacionais meios de abandono.
-Contribuir para a segurança de pessoas e do navio.
-Sobreviver no mar em caso de abandono.
-Ser responsável pela condução de embarcações de sobrevivência e salvamento, incluindo
embarcações de salvamento rápidas (parte teórica).
-Utilizar sinais pirotécnicos e equipamentos de comunicações de emergência.
-Conhecer as obrigações decorrentes das Convenções, regulamentos e linhas orientadoras da
IMO e também da Legislação Nacional no âmbito da segurança marítima.
- Conhecer as matérias de comunicações marítimas para operador radiotelefonista da classe A.
Programa:

1. Convenções, códigos e regulamentos aplicáveis


1.1. Convenção STCW. Convenção SOLAS.
1.2. Código ISM.
1.3. Regulamento de Inscrição Marítima (RIM).

2. Prevenção, detecção e extinção de incêndios (Código STCW – Tabela A-VI/1-3)


2.1. Conceitos gerais e equipamento: Teoria do Fogo - triângulo do fogo, Inflamabilidade,
temperatura de inflamação, combustão e auto-ignição, evolução de um incêndio. Velocidade
de um incêndio. Comburente (oxigénio). Combustões incompletas. Reacção em cadeia.
Tetraedro do fogo. Fontes de Calor (Energia de activação). Transferência de calor. Métodos de
propagação de incêndios. Classes de fogos. Agentes extintores. Perigo de Incêndio, zonas
sujeitas a risco de incêndios. Práticas Seguras. Detecção de Incêndios. Sistemas de alarme.
Sistemas fixos e portáteis de combate a incêndios. Equipamentos de combate a incêndios.
Aparelhos respiratórios.
2.2. Construção e arranjos.
2.3. Análise de atmosferas: explosímetro, tankscope, analisador de oxigénio, analisador de gases
tóxicos, detectores multi-gás, detectores individuais, sistemas fixos de detecção de gases.
2.4. Espaços fechados ou confinados.
2.5. Procedimentos em caso de incêndios.
2.6. Registos e relatórios.

3. Organização da segurança a bordo. Situações de emergência (Código STCW – Tabela A-


VI/1-4)
3.1. Organização da Segurança a Bordo.
3.2. Código ISM.
3.3. Emergências e organização para resposta a situações de emergência: tipos de emergências,
acções imediatas de avaliação e controlo de danos, sinais de alarme, locais de reunião,
constituição dos grupos de emergência, rol de chamada.

4. Abandono do navio e sobrevivência no mar (Código STCW – Tabelas A-VI/2-1, A-VI/2-2,


A-VI/1-1, A-VI/1-4)

64 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
4.1. Equipamentos de sobrevivência
 Equipamentos de sobrevivência individuais: colete de salvação, Bóia de Salvação, Fato de
Imersão, Fato anti-exposição, ajudas térmicas.
 Equipamentos de sobrevivência colectivos: baleeiras, embarcação de salvamento, jangadas
insufláveis, sistemas de evacuação marítima (MES), equipamento de recolha (MOR)
4.2. Equipamentos de lançamento de embarcações de sobrevivência e salvamento: turcos de
baleeiras, turcos para jangadas de insuflar à borda, turcos de embarcações de salvamento,
sistemas de queda livre, libertadores hidrostáticos.
4.3. Sinais visuais de socorro.
4.4. Aparelho lança-cabos.
4.5. Aparelho de vai-vém e bóia calção.
4.6. Palamenta das embarcações de sobrevivência.
4.7. Abandono do navio: Procedimentos na chamada às estações de abandono. Procedimentos
quando é dada a ordem de abandono do navio. Deveres da tripulação para com os passageiros
e durante o lançamento das embarcações de sobrevivência. Lançamento e recuperação de
embarcações de sobrevivência e salvamento. Arriar as embarcações, incluindo em condições
de mar adversas. Afastar do navio. Reunião das jangadas insufláveis. Resgate de náufragos da
água. Recuperação de embarcações de sobrevivência e salvamento, incluindo em condições de
mar adversas. Procedimentos a ter quando afastados do navio. Rotinas de sobrevivência.
Perigos de beber água do mar. Recolha e conservação da água da chuva. Perigos de comer
alimentos que não sejam a ração de sobrevivência. Minimizar a desidratação em climas
quentes. Hipotermia: causas, sintomas, cuidados com os hipotérmicos.
5. Segurança Pessoal (Código STCW – Tabelas A-VI/1-4)
Operações potencialmente perigosas. Operações de carga e descarga. Operações de
amarração. Trabalho em altura.

6. Comunicações marítimas (operador radiotelefonista VHF de classe A)


6.1. Equipamento de radiocomunicações de emergência: radio-baliza de localização de sinistros
(EPIRB), respondedor de radar de localização de sinistros (SART), transreceptor portátil (VHF).
6.2. Procedimentos relativos a comunicações em situações de socorro, urgência e segurança.
Comunicações de socorro, urgência e segurança com navios não SOLAS que apenas utilizam
radiotelefonia (VHF).
6.3. Operações de Busca e Salvamento (SAR). Capacidades gerais e procedimentos operacionais
para comunicações em geral.
6.4. Práticas e procedimentos obrigatórios Conhecimento prático e teórico dos procedimentos
aplicáveis às comunicações em geral.
Bibliografia:

Apontamentos de Segurança Marítima I, J. Emílio, ENIDH, 2010.


International Safety Guide for Oil Tankers & Terminals, International Chamber of Shipping.
Storage and Handling of Petroleum Liquids, Hughes and Swindells, 3rd Ed., 1987.
Apontamentos de Segurança Marítima, A. Pais Lourenço, ENIDH.
A protecção contra incêndios em casas de máquinas de navios, M. Bouza Serrano, 1982.
SOLAS 1974-Protocolo 78 e posteriores Emendas (IMO)
ISM Code.
Code of safe working practices for the safety of merchant seamen, London.
Convenção e código STCW 95, emendas de 2010
RIM - Regulamento de Inscrição Marítima
Decreto-Lei 293/2001 (Regras sobre construção e equipamentos de Navios Passageiros e Embarcações
de Passageiros de alta velocidade),
Decreto-Lei 180/2003 (Regras Normas Segurança Navios Passageiros),
Decreto-Lei 106/2004 (Aplicação da SOLAS, Protocolo e Emendas em vigor no ordenamento jurídico
nacional)
Decreto-Lei 107/2004 (alterações as jangadas pneumáticas, embarcações socorro rápidas, MES e
coletes de salvação em navios Ro-Ro).
Maritime Communications and IMO SMCP, 2001
International Telecommunication Union, Radio Regulations, Geneve, 2004
Métodos de ensino:

A leccionação será efectuada através de aulas teóricas e aulas práticas. Pretende-se que através da
leitura da bibliografia o aluno seja introduzido a cada tópico a tratar. As aulas teóricas funcionarão com
exposições sobre cada tema, seguidas de exemplos práticos, onde se pretende que o aluno consolide os
conceitos que estudou. Nas aulas práticas proceder-se-á a exercícios onde os alunos aplicarão os
conhecimentos adquiridos.

Método de avaliação de conhecimentos:

Avaliação contínua
A avaliação contínua é constituída por:
- 2 Testes teóricos (T1 e T2) (classificação 0 a 20 valores);

65 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
- Trabalhos individuais ou de grupo de realização obrigatória, (TRABS) (classificação 0 a 20 valores);
- Questionário SOLAS - Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar (SOLAS)
(classificação 0 a 20 valores)
- Exercícios práticos de realização obrigatória (classificação APTO ou NÃO APTO)
A aprovação na avaliação contínua implica a satisfação cumulativa de:
- Classificação igual ou superior a 7 valores em qualquer dos testes;
- Obtenção de média igual ou superior a 9,5 valores;
- A classificação de APTO em todos os trabalhos ou exercícios práticos.
A classificação da avaliação contínua, será determinada pela seguinte expressão:
Média Final = 35% x T1 + 35% x T2 + 25% x Média TRABS + 5% x SOLAS
Exame Final
Os alunos que não tenham obtido aprovação na avaliação em frequência, apenas poderão candidatar-se
a exame final desde que tenham obtido a classificação de APTO em todos os exercícios práticos
individuais e de grupo anteriormente referidos. O exame final versará sobre toda a matéria constante do
programa da disciplina.

Língua utilizada: Português / Inglês

66 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Manutenção
Área Científica: Gestão Técnica
Código: 3070 Tipo de unidade: Obrigatório
Início de vigência: 2014/2015
Ano curricular: 3º Semestre curricular: 1º
ECTS: 4 Carga horária/Tipo de ensino: 60 h / TP+PL
Prof. Resp.: João Luís Gomes
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

Ministrar os conhecimentos básicos teóricos de Manutenção que permitam ao aluno a sua fácil
integração no Serviço de Máquinas de um navio. Sensibilizar o aluno para a importância do registo
histórico das intervenções de manutenção (reparações, inspecções, lubrificações, calibrações, etc.) e
respectivo enquadramento nas restantes actividades de manutenção (planeamento, preparação e
programação). Proporcionar ao aluno a obtenção de conhecimentos que lhe permitam interpretar
correctamente os manuais de manutenção de máquinas e equipamentos de navios, seleccionar os
materiais para fabrico e reparação de componentes mecânicos, de vedação de fluidos, etc., bem como
utilizar equipamentos, ferramentas e instrumentos de medida adequados às operações de fabrico, de
manutenção e de teste normalmente efectuados em instalações de máquinas marítimas. Conforme
preconizado pela Convenção IMO-STCW e Emendas.

Programa:

1. Fundamentos e organização da manutenção


Conceitos básicos de manutenção. Tipos de manutenção. Organização e documentação da
manutenção. Programas informáticos de gestão da manutenção.

2. Utilização adequada de ferramentas em operações de fabrico e reparação


Características e limitações dos processos tecnológicos de fabricação e reparação. Propriedades e
parâmetros considerados na fabricação e reparação de sistemas e componentes. Adequada
identificação dos parâmetros mais importantes para a fabricação dos componentes mais comuns.
Execução da fabricação com as necessárias tolerâncias. Implementação de normas de segurança no
local de trabalho. Utilização de equipamentos e ferramentas de modo adequado e em condições de
segurança. Medidas de segurança para a execução de trabalhos de reparação e manutenção,
incluindo o isolamento seguro de máquinas e equipamentos antes do pessoal ser autorizado à
realização dos referidos trabalhos.

3. Utilização de ferramentas manuais e instrumentos de medida em operações de


desmontagem, manutenção, reparação e montagem de máquinas e outros equipamentos
do navio.
Selecção dos materiais a utilizar. Interpretação de desenhos e manuais técnicos em português e
inglês. Adequada selecção de ferramentas, de sobressalentes e de aparelhos de medida. Utilização
de ferramentas especializadas e instrumentos de medição adequados.

4. Materiais e componentes de vedação


Juntas, empanques de vedação e bucins mecânicos. Rectificação de válvulas. Tipos e materiais
utilizados nos diferentes sistemas de fluidos.

5. Manutenção de sistemas mecânicos, incluindo os sistemas de controlo


Isolamento em condições de segurança dos equipamentos eléctricos e mecânicos. Execução de
intervenções de manutenção, reparação e teste na instalação propulsora e nos sistemas auxiliares de
acordo com as normas de segurança e as instruções do fabricante.

6. Tribologia.
Conceitos Fundamentais. Lubrificantes. Chumaceiras radiais. Chumaceiras axiais. Chumaceiras de
rolamentos.

67 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Bibliografia:

Apontamentos da disciplina.

Métodos de ensino:

A leccionação da disciplina será feita em aulas teórico-práticas.

Método de avaliação de conhecimentos:

Avaliação teórica: um teste ou exame;


Avaliação prática: exercícios práticos e relatórios dos trabalhos práticos.

Língua utilizada: Português / Inglês

68 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
3.º ano de estudos
(2.º semestre)

69
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Máquinas e Sistemas Auxiliares II
Área Científica: Instalações Térmicas
Código: 3071 Tipo de unidade: Obrigatória
Início de vigência: 2014/2015
Ano curricular: 3º Semestre curricular: 2º
ECTS: 6 Carga horária/Tipo de ensino: 60 h / TP
Prof. Resp.: Manuel Duarte Dias Mendes Nogueira
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

Proporcionar aos alunos a aplicação de conhecimentos anteriormente adquiridos, nomeadamente de


Termodinâmica, Transmissão de Calor e de Mecânica dos Fluidos à análise do funcionamento de
instalações frigoríficas, permutadores de calor, sistemas de separação mecânica de óleos e demais
sistemas auxiliares existentes a bordo, tal como preconizado pela Convenção IMO-STCW e emendas ao
nível das funções de:
- engenharia marítima ao nível operacional;
- manutenção e reparação ao nível operacional;
- engenharia marítima ao nível de comando;
- manutenção e reparação ao nível de comando.

Programa:

I. Refrigeração.
1. Produção de frio industrial. Sistemas de produção de frio industrial. Conservação do frio industrial.
Aplicação do frio industrial.

2. Agentes refrigerantes. Agentes refrigerantes primários e secundários, gases GPL e GNL,


propriedades e caraterísticas.

3. Sistemas de compressão de vapor. Ciclo ideal. Ciclo prático. Sistemas de mais que uma
temperatura de evaporação. Sistemas de compressão múltipla. Linhas de refrigerante.

4. Compressores. Classificação. Compressores alternativos. Compressores de parafuso. Compressores


dinâmicos. Rendimento. Caudal. Condições de funcionamento. Compressores abertos, semi-abertos e
herméticos.

5. Condensadores. Condensadores arrefecidos por água. Condensadores arrefecidos por ar.


Condensadores evaporativos. Capacidade do condensador. Curvas características. Selecção e
dimensionamento de condensadores. Condução e manutenção de condensadores.

6. Evaporadores. Evaporadores secos. Evaporadores inundados. Arrefecedores de ar. Arrefecedores de


líquidos. Capacidade de um evaporador. Curvas características. Sistemas de descongelação.

7. Dispositivos de laminagem. Tubo capilar. Válvulas expansoras manuais. Válvulas expansoras


automáticas. Válvulas expansoras termostáticas. Válvulas de injecção termostática. Reguladores de
nível.

8. Dispositivos de protecção, controlo e auxiliares. Termostatos. Pressostatos. Válvulas


modulantes. Válvulas não modulantes. Higrostatos. Manómetros e termómetros. Dispositivos
auxiliares.

9. Controlo da capacidade. Controlo da capacidade do compressor. Controlo da capacidade do


condensador. Controlo da capacidade do evaporador. Equilíbrio do sistema.

10. Cargas térmicas.

11. Condução e manutenção. Testes. Carga de refrigerante. Recepção. Condução. Anomalias,


sintomas e causas. Manutenção

12. Sistemas de climatização

70 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
II. Permutadores de calor.
1. Classificação e descrição geral. Processo de transferência de calor. Sentido e direcção relativa dos
escoamentos. Mecanismo de transmissão de calor. Funções desempenhadas. Concepção e geometria.

2. Equações gerais. Balanço de energia. Coeficiente global de transmissão de calor. Distribuição de


temperaturas. Grandezas adimensionais. Método ε-NTU. Associação de permutadores de calor.

3. Análise térmica e hidrodinâmica. Permutador de calor de tubos coaxiais. Permutador de calor de


corpo cilíndrico e feixe tubular. Permutador de calor de placas.

4. Avaliação e dimensionamento. Avaliação das características. Dimensionamento.

III. Separação mecânica.


Óleos combustíveis pesados. Óleos lubrificantes. Métodos de separação. Separação por gravidade.
Separação por centrifugação. Tratamento dos óleos combustíveis pesados. Sistemas de controlo
das centrifugadoras.

IV. Sistemas auxiliares de navios.


Sistema de arrefecimento da máquina principal e grupos electrogéneos. Sistema de arrefecimento
do óleo lubrificante. Sistemas de lastro. Sistemas de esgoto. Sistema de ar comprimido. Sistema de
incêndio. Outros sistemas auxiliares. Separadores de águas oleosas: Características, princípios de
funcionamento e modos de operação, incluindo o ODME (Oil Discharge Monitoring Equipment).

Bibliografia:
Marques, A., Refrigeração, ENIDH, 2003
Marques, A., Permutadores de calor, ENIDH, 2003
Marques, A., Separação mecânica, ENIDH, 2003
Hewitt, G. F., Shires, G. F., Bott, G. L., Process Heat Transfer, CRC Press, 1994
Tubular Exchanger Manufacturers Association-TEMA, 1988Kategurov, M., Marine Auxiliar Machinery and
Systems, Peace Publishers, 1980
Le Noveau Pohlmann - Manuel Techniquwe do froid, PYC Edition, 1991
Métodos de ensino:
A leccionação será efectuada através de aulas teórico-práticas, práticas e laboratoriais. Pretende-se que
através da leitura da bibliografia o aluno seja introduzido em cada tópico a tratar. As aulas teórico-
práticas funcionarão com breves exposições sobre cada tema, seguidas de exemplos práticos, onde se
pretende que o aluno consolide os conceitos que estudou. Nas aulas teórico-práticas proceder-se-á à
resolução de exercícios onde os alunos aplicarão os conhecimentos adquiridos. Algumas destas aulas
envolverão a realização de trabalhos laboratoriais, onde o aluno pode verificar a coerência dos modelos
estudados com os problemas reais.
Método de avaliação de conhecimentos:
Realização de 2 trabalhos laboratoriais em grupo (NTP);
Realização de 2 testes ao longo do semestre ou de 1 exame final (NE);
A nota final (NF) é o resultado de: NF = 0.3NTP+0.7NE.
Língua utilizada: Português / Inglês

71 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Operação de Instalações Marítimas
Área Científica: Instalações Térmicas
Código: 3072 Tipo de unidade: Obrigatório
Início de vigência: 2014/2015
Ano curricular: 3º Semestre curricular: 2º
ECTS: 5 Carga horária/Tipo de ensino: 60 h / PL
Prof. Resp.: Jorge Manuel Fernandes Trindade
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

Fornecer aos alunos conhecimento sobre os diagramas das diferentes instalações de um navio, bem
como o treino e aquisição de conhecimentos práticos na operação de uma instalação propulsora de um
navio bem como das máquinas auxiliares, incluindo sistemas de produção de energia eléctrica, sistemas
de bombagem, sistemas de separação de esgoto e incineração de óleos, sistemas de produção de água
doce e sistemas de trasfega e de depuração de combustíveis e de óleos de lubrificação, bem como, a
operação com caldeiras e turbinas a vapor. Constituem ainda objectivos da disciplina a apreensão do
serviço de quartos de vigia, ou no regime de UMS, na casa das máquinas de um navio.

Programa:

1. Introdução
Descrição dos simuladores. Caracterização das instalações simuladas. Instalação propulsora com
motor diesel. Instalação propulsora com turbina a vapor. Leitura e interpretação de esquemas
funcionais de Instalações de Máquinas Marítimas, incluindo a respectiva simbologia.
Operação

2. O serviço de máquinas.
Organização do serviço de máquinas. Serviço de quartos de vigia. UMS. Actividades associadas à
recepção, aceitação e entrega de um quarto de vigia de máquinas. Principais deveres e tarefas a
executar durante um quarto de vigia. Precauções de segurança que devem ser observadas durante
um quarto e acções imediatas que devem ser tomadas em caso de incêndio ou acidente,
especialmente os que envolvam sistemas hidráulicos. Diário de Máquinas e Livro de Registo de Óleos.
Regimes de prontidão. Atenção. Pronto/A navegar. Final de manobra.

3. Produção e consumo de energia eléctrica.


Energia "de terra". Grupos electrogéneos. Gerador de emergência. Geradores diesel. Geradores
acoplados ao motor principal. Turbo-geradoras. Preparação e entrada em funcionamento dos grupos
electrogéneos. Operação de equipamentos de produção de energia eléctrica, nomeadamente o
acoplamento e comutação de alternadores. Quadros eléctricos. Quadro eléctrico de emergência.
Quadro eléctrico principal. Quadros de alimentação e de distribuição. Grupo dos "Não-Essenciais".
Falhas de isolamento.

4. Sistemas auxiliares.
Vedação do veio propulsor. Ventilação da casa da máquina. Câmaras frigoríficas. Sistemas de
refrigeração dos equipamentos. Operação de bombas de circulação e dos refrigeradores. Sistemas de
água doce e de água do mar. Sistemas de ar comprimido. Ar de arranque. Ar de controlo. Ar de
serviço geral. Sistemas de esgoto e de tratamento de resíduos. Operação dos sistemas de esgoto de
porões. Operação dos sistemas de esgoto da casa da máquina, com separador e incinerador de
óleos. Sistema de tratamento de resíduos. Lastro do navio. Sistema de governo e manobra do navio.
Máquinas do leme. Propulsores de proa e popa. Máquinas do convés. Produção de água destilada.

5. Caldeiras e geradores de vapor.


Caldeiras de óleo térmico. Caldeiras de vapor. Condução de caldeiras a vapor, incluindo os
respectivos sistemas de alimentação de água e combustão. Métodos para verificação do nível de
água nas caldeiras e acções a tomar em caso de nível anormal. Caldeiras recuperativas. Sopragem
das caldeiras. Geradores de vapor a vapor. Sangria e escumação das caldeiras.

6. Transfega e tratamento de combustível.


Recepção e transfega de combustível. Decantação do combustível. Centrifugação do combustível.

7. Operação do motor principal.

72 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Preparação e entrada em funcionamento do motor principal. Operação dos sistemas de comando e
controlo. Sistema de controlo do passo do hélice. Funcionamento com a máquina principal, na
condição de navio a navegar. Registo e significado das leituras dos instrumentos de medida.
Procedimentos de segurança e de emergência. Passagem de todos os sistemas do modo de comando
remoto/automático para comando local/manual e vice-versa.

8. Operação de turbinas a vapor.


Instalações propulsoras. Turbinas principais. Caldeiras de alta pressão. Sistemas de vapor
sobreaquecido e dessobreaquecido. Sistema de alimentação das caldeiras. Sistemas de combustível e
ar de tiragem. Condensadores. Extracções de vapor. Máquinas auxiliares. Turbo-bombas de
alimentação. Turbo-geradoras. Turbo-bombas de carga.

9. Sistema de carga e descarga.

10. Procedimentos de segurança e de emergência na operação da instalação propulsora,


incluindo os sistemas de controlo associados.
Máquina principal e auxiliares associados
Caldeira a vapor, auxiliares associados e sistemas de vapor
Máquinas motrizes auxiliares e sistemas associados
Outros auxiliares, incluindo sistemas de refrigeração, ar condicionado e ventilação

Bibliografia:

Apontamentos e apresentações utilizadas nas aulas, Jorge Trindade, 2011.


ERS MAN B&W 5L90MC-L11 Machinery & Operation MC90-IV, Kongsberg Maritime, 2005.
ERS SP Dual Fuel Machinery & Operation, Kongsberg Maritime, 2007.

Métodos de ensino:

Exposição pelo professor e trabalho individual e em grupo dos alunos.

Método de avaliação de conhecimentos:

Teste escrito e exercícios práticos em simulador.

Língua utilizada: Português / Inglês

73 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Automação
Área Científica: Controlo de Sistemas
Código: 3073 Tipo de unidade: Obrigatório
Início de vigência: 2014/2015
Ano curricular: 3º Semestre curricular: 2º
ECTS: 6 Carga horária/Tipo de ensino: 75 h / TP + PL
Prof. Resp.: Luis Filipe Baptista
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

Apresentar aos alunos os conceitos fundamentais acerca dos sistemas de comando lógico mais utilizados
em instalações marítimas. É dado um particular ênfase às tecnologias pneumática e óleo-hidráulica, bem
como às tecnologias eléctrica e electrónica. São estudados os principais métodos de análise e de síntese
de sistemas de comando do tipo combinatório e sequencial. São igualmente introduzidos os conceitos
básicos sobre programação de autómatos industriais e sua aplicação a sistemas industriais e marítimos,
conforme preconizado pela Convenção IMO-STCW e emendas.

Programa:

1. Introdução à Automação
Objectivos da automação. Tipos e níveis de automação. Tecnologias dos sistemas de comando.
Sistemas de comando analógico e digital. Aplicação dos sistemas de comando na indústria e em
instalações marítimas.

2. Álgebra de Boole
Funções lógicas básicas. Tabela de verdade de uma função lógica. Postulados, propriedades e
teoremas da álgebra de Boole.
Forma canónica de uma função lógica. Simplificação de funções. Simplificação algébrica.
Simplificação de funções através do método gráfico de Karnaugh.

3. Sistemas pneumáticos e óleo-hidráulicos


Sistemas pneumáticos. Produção, tratamento, armazenamento e distribuição do ar comprimido.
Elementos de um circuito pneumático: compressores, válvulas, cilindros e motores. Simbologia
normalizada ISO-CETOP 1219. Análise de circuitos pneumáticos elementares. Sistemas óleo-
hidráulicos. Tratamento e armazenamento do óleo-hidráulico. Elementos de um circuito hidráulico:
Bombas de débito fixo e variável, válvulas direccionais, válvulas de regulação de pressão e caudal.
Actuadores: cilindros e motores hidráulicos. Análise de circuitos hidráulicos elementares.
Interpretação de diagramas de circuitos pneumáticos e hidráulicos de instalações marítimas.
Sistemas eléctricos. Simbologia normalizada IEC. Elementos básicos de seccionamento, protecção e
comando eléctrico. Circuitos básicos de comando eléctrico. Encravamento eléctrico e mecânico.
Contadores e temporizadores. Circuitos de comando de motores eléctricos. Procedimentos gerais de
manutenção e segurança utilizados em circuitos eléctricos de instalações marítimas.
Análise e simulação de circuitos pneumáticos, óleo-hidráulicos, eléctricos e electrónicos através dos
programas de simulação de circuitos (Bosh WebTrainer e Automation Studio).

4. Elementos básicos dos sistema de comando Lógico


Elementos de diálogo homem/máquina e sensores utilizados em circuitos de comando lógico.
Sensores de posição: mecânicos, electromecânicos, indutivos e capacitivos. Elementos lógicos
básicos realizados com tecnologia pneumática, óleo-hidráulica, eléctrica e electrónica. Elementos de
memória monoestáveis e biestáveis: assíncronos e síncronos. Biestável R/S assíncrono. Tabela
de funcionamento e de excitação. Biestáveis síncronos: Flip-Flop JK. Tabela de
funcionamento e de excitação. Aplicações típicas.

5. Sistemas de Comando Lógico Combinatório


Conceito de circuito combinatório. Métodos de análise e síntese de sistemas
combinatórios: analítico e gráfico baseado nos mapas de Karnaugh. Exemplos de síntese
de sistemas de comando combinatório (tecnologia eléctrica, pneumática e electrónica).

6. Sistemas de Comando Lógico Sequencial


Definição de sistema de comando sequencial. Sistemas sequenciais assíncronos, síncronos
e mistos. Métodos de análise e síntese de sistemas sequenciais. Método geral de síntese de

74 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
sistemas sequenciais assíncronos (Huffman). Método de Huffman simplificado. Método
totalmente gráfico aplicado a ciclos com cilindros pneumáticos. Circuitos de controlo
sequencial e dispositivos associados. Exemplos de aplicação.

7. Diagrama Funcional GRAFCET


Diagrama de fluxo de sistemas automáticos e de controlo. Diagrama funcional Grafcet.
Descrição do Grafcet. Grafcet de nível 1 e nível 2. Elementos do Grafcet. Etapas e
transições. Saltos de etapa e retomadas de sequência. Sequências múltiplas e sequências
simultâneas. Diagramas de fluxo de sistemas automáticos e de controlo. Exemplos de aplicação.

8. Autómatos Programáveis
Classificação dos autómatos programáveis. Arquitectura de um autómato programável.
Módulos de entrada e saída (E/S) de um autómato programável. Módulos de E/S especiais.
Tipos e metodologias de programação. Programação de autómatos através de listas de
instruções, diagramas de contactos (ladder diagrams), blocos funcionais e com base no
Grafcet. Aplicações dos autómatos programáveis em instalações industriais e marítimas
(sistemas digitais e analógicos).

9. Sistemas de comando em instalações marítimas


Funções, características e funcionalidades dos sistemas de controlo das máquinas, incluindo a
máquina principal. Sistema de regulação de velocidade e carga da máquina principal. Sistema
automáticos de controlo da operação da caldeira a vapor. Sistema de controlo de: hélice de
passo variável (CPP), máquina de leme, instalações frigoríficas e de ar condicionado e de
gás inerte. Sistemas de controlo de maquinaria de convés.

10. Sistemas de monitorização, controlo automático e protecção


Funções e testes de desempenho de equipamentos e sua configuração: Sistemas de
monitorização, dispositivos de controlo automático e de protecção.

Bibliografia:

Apontamentos de Automação, Luís F. Baptista, E.N.I.D.H, 2011


Transparências das aulas de Automação, Luís F. Baptista, E.N.I.D.H, 2011
Industrial Automation-Circuits, Design and Components, David W. Pessen, John Wiley and Sons, 1989.
Método sequencial para automatização electro-pneumática, José Novais, Fundação Calouste Gulbenkian.
Controlo de Processos - Tecnologia da Instrumentação, Curtis D. Johnson, Fundação Calouste
Gulbenkian, 1991
Sistemas Digitais, Mário Serafim Nunes, Editorial Presença.

Métodos de ensino:

A leccionação será efectuada através de aulas teórico-práticas e aulas laboratoriais. As aulas teórica-
práticas serão para a apresentação e esclarecimento dos conceitos de cada tópico, que devem ser
previamente estudados pelos alunos e para o projecto e análise de instalações de comando. As aulas
laboratoriais servirão para a aplicação e discussão dos conceitos teóricos de cada tópico a uma série de
exemplos práticos, recorrendo ao equipamento laboratorial.

Método de avaliação de conhecimentos:

Realização de 7 trabalhos práticos laboratoriais em grupo.


Discussão oral com os alunos para avaliação dos trabalhos práticos (NL): nota mínima de 9,5 valores.
Realização de 2 testes ao longo do semestre: nota mínima em cada teste igual ou superior a 7 valores. A
nota da componente teórica é obtida através da média da nota dos testes (NT).
A nota final (NF) é o resultado de: NF = 0.4NL+0.6NT.
Caso o aluno reprove nos testes, poderá ser avaliado em exame final (NE). Neste caso, a nota final é o
resultado de: NF = 0.4NL+0.6NE.

Língua utilizada: Português / Inglês

75 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Órgãos de Máquinas
Área Científica: Mecânica Aplicada
Código: 3074 Tipo de unidade: Obrigatório
Início de vigência: 2014/2015
Ano curricular: 3º Semestre curricular: 2º
ECTS: 5 Carga horária/Tipo de ensino: 60 h / TP
Prof. Resp.: Victor Manuel Franco Correia
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):

Fornecer aos alunos algumas das ferramentas básicas do projecto de componentes mecânicos, incluindo
o dimensionamento à fadiga e aos conceitos básicos da mecânica da fractura linear elástica, efectuando
ainda uma breve incursão pela utilização de programas comerciais de análise de tensões e deformações
por elementos finitos. Os alunos deverão consolidar os conhecimentos adquiridos ao nível do
comportamento mecânicos dos materiais com vista a uma adequada capacidade de selecção de
materiais para uma dada aplicação de engenharia e deverão adquirir as competências para um
adequado dimensionamento e/ou selecção de componentes de sistemas mecânicos.

Programa:

1. Introdução ao projecto órgãos de máquinas e equipamentos mecânicos


Noções gerais sobre especificações, normas e códigos de projecto. Noção de coeficientes de
segurança. Interpretação de desenhos de máquinas e manuais.

2. Revisão de conceitos da análise de tensões


Lei de Hooke generalizada. Análise de tensões em flexão simétrica e não-simétrica de vigas. Tensões
de corte transversal e tensões de corte em torção de perfils simétricos, não-simétricos e multi-
celulares. Concentração de tensões. Análise de tensões em reservatórios de parede fina e parede
espessa. Critérios de fractura: Von-Mises, Tresca, Coulomb, Mohr. Falha resultante de carregamentos
estáticos. Efeito de esforços combinados.

3. Materiais para construção mecânica e aplicações marítimas


Normalização e especificações comerciais de materiais para construção mecânica em geral e
aplicações marítimas em particular. Equivalência de normas e Certificados de Qualidade de materiais.
Breve referência a novos materiais como alternativa aos materiais clássicos em construções
mecânicas. Critérios para selecção de materiais na construção de estruturas mecânicas e aplicações
marítimas.

4. Fadiga de componentes mecânicos


Falha de componentes mecânicos sujeitos a carregamentos de amplitude constante e variável. Falha
por fadiga. Morfologia da fractura por fadiga. Curvas S-N e Tensão limite de fadiga. Critérios de
dimensionamento de componentes mecânicos sujeitos a fadiga. Aplicação a dimensionamento de
veios. Critérios de acumulação de dano.

5. Introdução à Mecânica da Fractura Linear Elástica


Teorias de Griffith e Irwin. Conceito de factor de intensidade de tensões. Modos de fractura.
Propagação de fissuras por fadiga. Lei de Paris-Erdogan.

6. Projecto e critérios de selecção de componentes mecânicos


Dimensionamento de Ligações aparafusadas. Dimensionamento de Ligações rebitadas.
Dimensionamento de Ligações soldadas e simbologia de soldaduras em desenhos de estruturas.
Dimensionamento de Molas. Selecção de Rolamentos. Transmissão de movimento através de
engrenagens, análise de forças e critérios de selecção de caixas redutoras. Uniões rígidas e flexíveis.
Tipos de Embraiagens e Freios e respectivos critérios de selecção. Características de projeto e
seleção de materiais na construção de equipamentos.
Análise de casos práticos e realização de um projecto individual.

7. Cálculo automático de componentes estruturais


Fundamentos do método dos elementos finitos para análise de tensões em componentes estruturais
com comportamento linear elástico. Referência ao software comercial para análise de estruturas.
Elaboração de um trabalho prático envolvendo a análise de deformações e tensões em regime linear

76 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
elástico de um componente estrutural com recurso a um programa comercial de análise por
elementos finitos.

Bibliografia:

Mechanical Engineering Design, Shigley & Mischke, McGraw-Hill, 2001.


Fundamentals of Machine Elements, B. Hamrock, B. Jacobson & S. Schmid, McGraw-Hill, 2000.
Mechanics of Materials – Volume 2 – E. J. Hearn, Butterworth Heinemann.
Fadiga de Estruturas Soldadas, C. Moura Branco, A. A. Fernandes, P. S. Tavares de Castro, Ed. Fundação
Calouste Gulbenkian, 1986
Linear Elastic Fracture Mechanics for Engineers, Theory and Applications, L.P. Pook, WIT Press, 2000.
Orgãos de Máquinas, Textos de Apoio, Victor Franco, ENIDH.

Métodos de ensino:

A leccionação será efectuada através de aulas teóricas e aulas teórico-práticas. As aulas teóricas
funcionarão com breves exposições sobre cada tema, seguidas de exemplos práticos, onde se pretende
que o aluno consolide os conceitos que estudou. Nas aulas teórico-práticas proceder-se-á à resolução de
exercícios tipo onde os alunos aplicarão os conhecimentos adquiridos.
Realização de um projecto individual envolvendo o dimensionamento de elementos estruturais e
integração de equipamentos e sistemas.

Método de avaliação de conhecimentos:

Avaliação contínua:
Realização de 2 Testes escritos ao longo do semestre e apresentação e discussão de um Projecto de um
equipamento mecânico envolvendo as matérias leccionadas.
Nota Final = Média dos dois Testes escritos x 0.6 + Nota do Projecto x 0.4
Exame final:
Realização de um Teste escrito global e discussão do Projecto.
Nota Final = Nota no Teste escrito x 0.6 + Nota do Projecto x 0.4

Língua utilizada: Português / Inglês

77 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Segurança Marítima II
Área Científica: Gestão Técnica
Código: 3075 Tipo de unidade: Obrigatório
Início de vigência: 2014/2015
Ano curricular: 3º Semestre curricular: 2º
ECTS: 5 Carga horária/Tipo de ensino: 75 h / TP+PL
Prof. Resp.: João Miguel Afonso Parente
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):


Ministrar formação básica sobre técnicas de sobrevivência pessoal e competências em embarcações de
sobrevivência e salvamento, habilitar os alunos com os conhecimentos e treino prático para sobreviver
no mar, agir como elemento competente da tripulação de embarcações de sobrevivência e salvamento
(incluindo embarcações de salvamento rápidas) e comandar embarcações de sobrevivência e salvamento
(incluindo embarcações de salvamento rápidas), de acordo com os requisitos das tabelas A-VI/2-1, A-
VI/2-2 e A-VI/1-1 da Convenção IMO-STCW e Emendas.
A formação em protecção do navio tem por objetivo habilitar os formandos com as competências
necessárias para desempenhar as funções específicas atribuídas pelo Ship Security Plan, incluindo
atividades relacionadas com o combate à pirataria e ao roubo à mão armada, de acordo com os
requisitos do Capítulo XI-2 da SOLAS 74 e suas emendas, do ISPS Code, e da tabela A-VI/6 da
Convenção IMO-STCW e Emendas.
Ministrar formação básica sobre navios-tanque petroleiros, químicos, de gás liquefeito e sobre outros
navios com características particulares. Dar a conhecer o enquadramento regulamentar, legislativo e
administrativo da operação segura dos navios, conforme preconizado pela Convenção IMO-STCW e
Emendas.
Programa:

1. Sobrevivência no mar (Código STCW – Tabelas A-VI/1-1 e A-VI/2-1)


1.1. Utilização do Equipamento de sobrevivência: coletes de salvação, bóias de salvação, fatos de
imersão, ajudas de protecção térmica.
1.2. Sobrevivência sem equipamento de sobrevivência: Manter a flutuação sem qualquer suporte.
Técnicas de salto para a água. Técnicas de natação.
1.3. Embarque em embarcações de sobrevivência: Saltar de uma altura de cerca de 3 metros para
uma jangada. Embarcar em embarcações de sobrevivência (embarque a partir do navio e da
água com e sem equipamento de sobrevivência). Assistência a náufragos conscientes ou
inconscientes; técnicas e equipamentos para recolher náufragos. Endireitar uma jangada.
Acções para sobreviver a bordo de uma jangada, demonstração de utilização de equipamento
de sobrevivência. Demostração de utilização de VHF de emergência, EPIRB, SART, dispositivos
pirotécnicos e espelho heliográfico. Sair de uma jangada voltada.
1.4. Postura de sobrevivência dos náufragos na água.
1.5. Salvamento por helicóptero.

2. Embarcações de sobrevivência e salvamento (Código STCW – Tabelas A-VI/2-1 e A-VI/2-


2)
2.1. Motor das embarcações de sobrevivência e salvamento e sistemas auxiliares.
2.2. Comando, governo e manobra: Actuar como elemento competente da tripulação para a
manobra de lançamento. Coordenar e atribuir funções para a manobra de lançamento e
recolha. Governar uma embarcação com propulsão a remos e a motor; utilizar a agulha
magnética. Remar. Utilizar boças e o drogue ou âncora flutuante. Manobrar embarcações a
motor em operações de reboque e reunião de jangadas insufláveis e embarcações sem
propulsão mecânica.
2.3. Embarcações de salvamento rápidas (ESR): Tipos de embarcações. Critérios construtivos,
equipamento e características. Funcionamento dos motores, tipos de propulsão e manutenção,
incluindo reparações de emergência. Coordenar o lançamento e recolha com segurança,
incluindo em condições de mar adversas. Endireitar uma embarcação de salvamento rápida
soçobrada. Governar uma embarcação de salvamento rápida em quaisquer condições de
tempo e mar; Manobrar a alta velocidade. Manobra e condução da ESR em condições de mar
aberto, áreas restritas, afastamento do navio, acompanhamento do navio e manobra a ré.
Manobra de reboque. Acompanhamento de outra embarcação e transferência de pessoas entre
embarcações. Utilizar as comunicações e equipamento de sinalização entre as embarcações de
salvamento rápidas e um helicóptero ou navio. Utilizar o equipamento de emergência da
embarcação. Recolher um náufrago da água. Executar processos de busca e salvamento tendo

78 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
em atenção os factores do meio ambiente. Padrões de busca.

3. Sensibilização e qualificação para o exercício de funções específicas de protecção do navio


(Código STCW – Tabela A-VI/6)
3.1. Introdução: Competências a serem adquiridas. Ameaças à protecção e padrões actuais.
Condições e operações do navio e do porto.
3.2. Política de protecção marítima: Familiarização com as convenções internacionais, códigos e
recomendações relevantes. Familiarização com a legislação e regras nacionais. Definições.
Tratamento de informação sensível e comunicações relacionadas com a protecção.
3.3. Responsabilidades de protecção: Governos contratantes. RSOs. A companhia. O navio. A
instalação portuária. SSO. CSO. PFSO. Tripulantes com funções específicas de protecção.
Trabalhadores portuários com funções específicas de protecção. Outros intervenientes.
3.4. Avaliação da protecção do navio: Meios e ferramentas de avaliação. Inspecções.
3.5. Equipamentos. Equipamentos e sistemas de protecção. Limitações operacionais dos
equipamentos e sistemas de protecção. Testes, calibração e manutenção dos equipamentos e
sistemas de protecção.
3.6. Identificação, reconhecimento e resposta a ameaças. Reconhecimento e detecção de armas,
dispositivos e substâncias perigosas. Métodos de busca física e inspecções não intrusivas.
Execução e coordenação de buscas. Reconhecimento, de forma não discriminatória, de pessoas
com potencial risco para a protecção. Técnicas usadas para contornar as medidas de
protecção. Técnicas de gestão e controlo de multidões.
3.7. Acções para a protecção do navio. Acções requeridas pelos diferentes níveis de protecção.
Manter a protecção da interface navio/porto. Familiarização com a declaração de protecção
(DoS). Reportar incidentes de protecção. Execução dos procedimentos de protecção.
3.8. Preparação para emergências, exercícios e simulacros. Execução dos planos de contingência.
Exercícios e simulacros de protecção.
3.9. Administração da protecção. Documentos e registos.

4. Navios-tanque petroleiros, químicos e de gás liquefeito (Código STCW – Tabela A-V/1)


4.1. Equipamentos de carga, descarga e transporte dos navios tanques: Sistemas de bombagem e
encanamentos. Sistema de esgoto e drenagem. Medição da quantidade de carga. Sistemas de
aquecimento, arrefecimento, ventilação e vaporização.
4.2. Operação de navios tanque petroleiros e químicos: Operação de carga/descarga de navios
petroleiros. Operação de carga/descarga de navios de produtos químicos. Operações de
trasfega de produtos. Sistemas de armazenamento e transporte. Lastre e deslastre.
Desgasificação e sistemas de purgas. Limpeza de tanques. Sistema de lavagem de tanques
com petróleo bruto (COW). Desgasificação e sistema de purgas. Sistema de gás inerte (IGS).
Controlo de descargas de óleos. Folha de dados dos materiais de seegurança (MSDS). Códigos
nacionais e internacionais.
4.3. Operação de navios tanque de gás liquefeito: Perigosidade do transporte de gases liquefeitos.
Equipamentos e instrumentação da carga. Sistema de bombagem e encanamentos. Sistema de
pressão. Medição da quantidade de carga. Sistemas de aquecimento e vaporização. Sistema de
gás inerte (IGS). Desgasificação e sistema de purgas.
4.4. Relação Navio/Terminal.
4.5. Operações de Emergência: Estrutura de Organização. Alarmes. Procedimentos de emergência.
4.6. Treino prático em simulador.
Bibliografia:

Apontamentos da disciplina.
SOLAS 1974-Protocolo e posteriores Emendas (IMO)
“Life Saving Appliances” (LSA Code) – IMO London.
“Tanker safety Guide” – International Chamber of Shipping – London 78
“IMDG Code” – IMO London.
“ISM Code” – IMO London.
Bo, Olav. Basic Safety Course: Sea Safety and Survival. Norwegian University Press, 1987.
Wright, C.H. Survival at Sea: The Lifeboat and Liferaft. Liverpool: The James Laver Printing Co. Ltd.,
1986.
C.H. Wright, Proficiency in Survival Craft Certificates (Glasgow, Brown, Son and Ferguson, 1988)
D.J. House, Marine Survival and Rescue Systems (London, Witherby & Co. 1997)
International Chamber of Shipping (2003) - Maritime Security: Guidance for Ship Operators on the IMO
International Ship and Port Facility Code. London. ICS.
I.L.O. (2003) - Seafarer's Identity Documents Convention (No. 185).
I.M.O (2003) - International Ship & Port Facility Security (ISPS) Code. London. IMO.
I.M.O (2010) - Seafarers Training, Certification and Watchkeeping (STCW) Code. London. IMO.
I.M.O (2009) - "Guidance to Shipowners and Ship Operators, Shipmasters and Crews on Preventing and
Suppressing Acts of Piracy and Armed Robbery Against Ships". MSC.1/Circ.1334
Métodos de ensino:
A leccionação da disciplina será feita em aulas teórico-práticas. Serão feitas demonstrações com
equipamentos e treino em embarcações de socorro e sobrevivência, bem como em embarcações de
salvamento rápidas. Nas aulas de demonstração prática será feito o uso e treino com equipamentos de
protecção individual. Serão realizados trabalhos de laboratório e oficina. Far-se-á treino básico em
simulador de operações de navios-tanque (VLCC, Product Carrier, LPG e CHT). Serão feitos ensaios de

79 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
utilização, teste e calibração de aparelhos de medição de gases e treino com fatos de protecção química.

Método de avaliação de conhecimentos:


Avaliação teórica: dois testes e exame.
Avaliação prática: trabalhos e exercícios práticos de segurança, individuais e colectivos. Exercícios
práticos na piscina, com demonstração de procedimentos e utilização de equipamentos. Aulas práticas
nas embarcações, em diversas condições de tempo e mar.
Língua utilizada: Português / Inglês

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Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas
Ficha da unidade curricular
Nome: Cuidados de Saúde
Área Científica: Gestão Técnica
Código: 3076 Tipo de unidade: Obrigatório
Início de vigência: 2014/2015
Ano curricular: 3º Semestre curricular: 2º
ECTS: 3 Carga horária/Tipo de ensino: 30 h / TP+PL
Prof. Resp.: Teresa Cardoso Pinto
Precedências:

Objectivos da unidade curricular (resultados esperados de aprendizagem e competências a adquirir):


Dotar os Oficiais de Máquinas Marítimas de conhecimentos teórico-práticos que lhes permitam aplicar e
supervisionar cuidados de saúde básicos a bordo, no estrito âmbito das suas competências, tomando-os
mais aptos a salvaguardar a vida humana e a implementar níveis de saúde adequados. (Código STCW –
Tabela A-VI/4-1 e emendas)
Programa:
1.TELEMEDICINA E CONSULTA RADIO-MÉDICA (3 horas)
1.1 CODU-MAR: Centro rádio - médico português
1.2 Contacto rádio médico - simulação de chamadas
1.3 A cadeia de socorro
1.4 Legislação nacional e internacional sobre cuidados de Saúde a bordo
1.5 Manuais de apoio

2.CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA (1 hora)


2.1 Os quatro elos da cadeia de sobrevivência

3.ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANAS (1 hora)


3.1 Aparelho locomotor
3.2 Aparelho circulatório
3.3 Aparelho respiratório

4.REANIMAÇÃO CARDIO-RESPIRATÓRIA (7 horas)


4.1 Algoritmo europeu de Suporte Básico de Vida
4.2 Paragem Cardiorrespiratória - Ventilação e Compressões torácicas
4.3 Obstrução da via aérea

5.EXAME DA VÍTIMA (3 horas)


5.1 Princípios ergonómicos do exame físico
5.2 Avaliação de parâmetros vitais

6.TRAUMATOLOGIA (6 horas)
6.1 Contusões: Tipos e tratamento
6.2 Feridas: Classificação, complicações e tratamento
6.3 Lesões articulares
6.3.1 Estiramento, Subluxação e Luxação
6.3.2 Complicações e tratamento
6.4 Fraturas
6.4.1 Classificação, complicações e tratamento
6.5 Imobilização, levantamento e rolamento.
6.6 Pensos, ligaduras e talas

7. LESOES PROVOCADAS PELO FRIO E CALOR (2 horas)


7.1 Queimaduras pelo calor e pelo frio

8. ACIDENTES DE SUBMERSÃO (1 hora)


8.1 Afogamentos - Fisiopatologia, quadro clínico e cuidados imediatos
8.2 Acidentes de mergulho – Quadro clínico e cuidados imediatos
9.TOXICOLOGIA (1 hora)
9.1 Classificação da intoxicação e do intoxicado

81 F-CTC-03/0 (09/11/2011)
9.2 Vias de intoxicação
9.3 Terapêutica geral das intoxicações

10. EMERGÊNCIAS MÉDICAS (3 horas)


10.1 Cardiopatia isquémica: angina de peito e enfarte do Miocárdio
10.2 Epilepsia e convulsão não epilética
10.3 Diabetes: Hipoglicemia e Hiperglicemia
10.4 Acidente Vascular Cerebral

11. AVALIAÇÃO TEÓRICA (2 horas)

Bibliografia:

Guia Médico Internacional para Barcos


Organização Mundial de Saúde (OMS)
Manual de Tripulante de Ambulância de Transporte
Manual de Suporte Básico de Vida do Conselho Português de Ressuscitação
Métodos de ensino:

Aulas teóricas e teórico-práticas.

Método de avaliação de conhecimentos:

Avaliação contínua ou Exame final.

Língua utilizada: Português/Inglês

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