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Vivendo No Coração - Drunvalo Melchizedek
Vivendo No Coração - Drunvalo Melchizedek
1
VIVENDO NO CORAÇÃO
a Mer-Ka-Ba
Drunvalo Melchizedek
Light Technology Publishing
2
Dedicado ao meu Amor, minha esposa Claudette
Quando eu conheci minha esposa, sabia que ela mantinha uma tradição de
compreender o coração que tinha mais de quatro mil anos. Suas professoras
Catherine Shainberg e Kolette de Jerusalém a treinaram em Imagens do Coração.
A linhagem de Kolette vem das primeiras pessoas que escreveram sobre a Mer-Ka-Ba
(Merkavah em hebreu) neste ciclo da Terra. Porém, os homens da tribo que estavam
ensinando a Mer-Ka-Ba acharam que seu povo não estava pronto para uma
experiência interdimensional direta e tornaram-se emocionalmente perturbados, uma
vez que interagiram com outros mundos diretamente. Para resolver esse problema, as
mulheres desta tribo criaram um sistema de conhecimento para preparar as pessoas
para outros mundos utilizando o mistério feminino das Imagens do Coração.
Quando minha esposa me expôs pela primeira vez a estas imagens, eu não pude
achar nada que me explicasse o que elas eram ou como elas estavam trabalhando na
alma humana. Tudo o que sabia era que elas funcionavam.
Drunvalo
3
Se alguém lhe diz:
"Na cidade fortificada do imperecível,
Nosso corpo, há uma flor de lótus
Dado a mim por Ron LaPlace um dia após o término deste livro.
Drunvalo
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Prefácio
Contudo, após tantos anos de experiência com esses campos de luz, aos poucos se
tornou claro para mim que havia mais, embora eu não conseguisse articular o que era
por muito tempo. Como normalmente acontece, Deus (a) Se revela de maneiras
inusitadas e frequentemente de formas crípticas. Em algum lugar dentro dos mundos
internos dos meus espaços, uma joia esotérica de imenso valor espiritual que vai além
da Mer-Ka-Ba fez gradualmente o caminho para dentro da minha vida. E por qual
razão? Eu só posso deduzir que era para ser usada.
Então, essas palavras são meu presente para você, pois na verdade sei quem você é
e eu o/a amo como a Terra ama o Sol. Eu acredito em você, e acredito que usará este
conhecimento sabiamente – eu também não estou preocupado que talvez faça mau
uso desta informação, pois ela não consegue ser mal utilizada.
Drunvalo Melchizedek
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SUMÁRIO
Introdução.................................................................................................................................................. ....................9.
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Minha experiência pessoal do Sagrado Espaço do Coração................................................................. .......... ........ .70
A respiração da Unidade................................................................................................................................................84
Entrando no Palco..........................................................................................................................................................87
É Tão Simples................................................................................................................................................................88
O Sopro da Unidade.......................................................................................................................................................101
Os anjos explicam...........................................................................................................................................................109
Thoth fala.........................................................................................................................................................................112
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Introdução
Há muito, muito tempo nós, humanos, éramos bastante diferentes. Nós podíamos nos
Na Austrália, os aborígenes ainda estão conectados com a antiga trama da vida que
eles chamam de tempo do sonho. Neste sonho coletivo ou estado de consciência eles
continuam a existir dentro de seus corações, vivendo e respirando num mundo que se
tornou quase completamente perdido para mente ocidental de hoje. Próximo deles, na
Nova Zelândia, os Maoris podem ver através da vastidão do espaço até os Estados
Unidos em suas meditações. Desta forma, eles podem realizar a comunicação efetiva
com os Hopis para marcar reuniões de trocas de profecias. Sem enviar qualquer tipo
comunicação tecnológica, os arranjos são feitos. No Havaí, os Kahunas comungam
com a Mãe Terra para pedir pelo local onde os peixes estão nadando para alimentar
seu povo. As crescentes nuvens brancas no primitivo céu azul se transformam na
forma de uma mão humana que aponta para os abundantes peixes abaixo. No vale de
uma montanha de alta profundidade nas montanhas de Sierra Nevada da Colômbia,
América do Sul, mora uma tribo de pessoas indígenas que conhece a linguagem que
não há palavras. Esta linguagem vem do espaço sagrado de seus corações.
Este é um livro de lembranças. Você sempre teve este local dentro do coração e ainda
está ali agora. Existiu antes da criação e ainda existirá após a última estrela reluzir sua
luz brilhante. À noite, quando você adentrar seus sonhos, você deixa sua mente e
entra no sagrado espaço do seu coração. Porém, você se lembra? Ou você apenas se
recorda do sonho?
Por que eu estou contando sobre “algo” que está apagando de nossas memórias?
Que benefício isso faria para encontrar este lugar novamente num mundo onde a
grande religião é a ciência e a lógica da mente? Eu não sei que este é um mundo
onde emoções e sentimentos são cidadãos de segunda classe?
Sim, eu sei. Mas meus professores pediram-me para recordá-lo de quem realmente é.
Você é mais do que somente um ser humano, muito mais. Para dentro do seu coração
é um lugar, um lugar sagrado onde o mundo pode literalmente ser refeito por meio da
co criação consciente. Se realmente deseja paz de espírito e quer retornar para casa,
eu o convido para dentro da beleza de seu próprio coração. Com sua permissão, eu
lhe apresentarei o que foi apresentado a mim. Eu lhe darei as instruções exatas para o
atalho para dentro do seu coração, onde você e Deus são intimamente um.
É uma escolha. Contudo, eu devo avisá-lo: dentro dessa experiência reside grande
responsabilidade. A vida sabe quando um espírito nasce para os mundos superiores e
ela o usará como todos os grandes mestres que já viveram foram usados. Se você ler
o livro e fizer a meditação e então espera que nada mude em sua vida, você pode ser
pego dormindo espiritualmente. Uma vez que você entrou na “Luz das Grandes
Trevas”, sua vida mudará – afinal, você lembrará quem realmente é e sua vida se
transformará uma vida de serviço à humanidade.
Um último comentário. Esse livro foi escrito com o mínimo de palavras possível para
transmitir o significado e manter a integridade da essência desta experiência. As
imagens são propositadamente simples. É escrito pelo coração, não pela mente.
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Capítulo 1
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Quase ao acaso, eu escolhi um ponto aparentemente arbitrário em minha vida para
começar minha história: não enquanto eu estava em meditação dos mundos
superiores da sagrada geometria da Mer-Ka-Ba, mas numa cena simples do cotidiano
onde eu tomei a decisão de ajudar a Terra curar seu meio-ambiente utilizando a
tecnologia da mente. Eu senti que todos nós temos esta responsabilidade e se eu
estava indo falar sobre isso como fiz em algumas das minhas palestras públicas, teria
que vivê-la. Então, eu me abri para todas as possibilidades que poderiam vir na minha
direção de como eu poderia pessoalmente auxiliar a curar as condições climáticas da
nossa querida Terra.
chamada de R-2, que começou a abrir o meu espírito para uma nova e diferente
maneira de experimentar a vida.
Eu duvido que seu QI pudesse ser medido e, certamente, ele era um mestre genial.
Ele criou uma nova forma de “ver” a realidade usando emissões de micro-ondas, o que
deu ale uma vantagem tremenda na busca de respostas em nosso mundo. Mesmo
nosso governo, conhecendo o trabalho dele, não foi capaz de duplicá-lo até muito
recentemente.
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Jon disse que ele e seus associados, um dos quais era Slim Spurling com suas
incríveis bobinas, descobriram a natureza que poderia curar os problemas ambientais
do planeta e ele queria que eu visse o que era. Ele disse que eles tinham limpado o ar
poluído de Denver e que o ar estava primitivo agora. Ele me convidou para ir e ver por
mim mesmo.
Eu dificilmente podia acreditar nisso, uma vez que eu costumava morar em Boulder,
Colorado, apenas algumas milhas de Denver, que no final da década de 70 tinha a
pior qualidade do ar na América – até pior que Los Angeles. Em primeiro lugar, foi um
dos motivos que me levou a sair de Boulder. Na realidade, eu achava que Jon estava
exagerando, porém conhecendo seu intelecto e genialidade, qualquer coisa era
possível. Então eu pensei, por que não? Eu precisava sair de qualquer maneira e isso
parecia algo que seria, no mínimo, interessante.
Eu decidi ir com a mente aberta e sem expectativas. Mesmo que ele dissesse algo que
não fosse verdadeiro, essa viagem me levaria mais próximo para as montanhas
cobertas de neve das Rockies, as quais sempre me fizeram sentir mais vivo.
Uma semana depois, eu saía de um avião em Denver para uma atmosfera virginal da
qual eu raramente vi na minha vida. Era quase como se não houvesse atmosfera. Eu
podia ver as árvores nas montanhas de uma grande distância, por volta de 32
quilômetros.
Eu apenas parei lá como um turista perdido em uma terra estranha, boquiaberto com a
pureza que eu nunca vi nos cinco anos nos quais morei em Denver. Dizer que meu
interesse foi despertado é muito pouco. Eu estava entusiasmado. Poderia Jon
realmente ter feito isso?
mental leve e relaxado. Ele acenou para que eu sentasse no banco dianteiro como se
eu fosse seu velho amigo e dentro de alguns minutos nós estávamos silenciosamente
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deslizando em direção da casa e laboratório de Slim Spurling, um local onde eu nunca
tinha visto antes, mas do qual já ouvira grandes histórias.
Eu me lembro de olhar dentro dos olhos do motorista de táxi e ele pareceu estar
completamente livre de estresse, uma qualidade incomum para um motorista de táxi.
Eu perguntei a ele se gostava de seu trabalho. Olhando para a estrada à frente, ele
disse que amava o que fazia. Para ele, as pessoas eram como livros abertos
contando-lhe histórias de suas experiências enquanto viajavam ao redor do mundo.
Ao dizer isso, ele me perguntou por que estava em Denver. Eu contei a ele que estava
ali para achar a resposta para os problemas da poluição mundial. Ele me olhou, dessa
vez com uma inocência infantil, e disse: “Acabou tudo, agora. Veja, não há poluição”.
Eu disse-lhe que podia ver o quanto o ar estava incrivelmente limpo. “Mais do que
isso”, ele disse. “Toda pessoa que conheço se sente tão bem! Você sabe o que
aconteceu?”
Eu não tinha resposta para a pergunta dele, então logo nós chegamos a uma série de
prédios antigos de dois andares na rua comprida que finalmente termina na Escola de
Minas do Colorado. Ali que eu encontraria Slim Spurling, um dos pesquisadores que
compilavam a informação experimental de um novo instrumento de redução da
poluição chamado de R-2.
Essa era uma invenção mágica que, de alguma maneira, capturava a forma de onda
da nuvem de chuva quando ela estava a ponto de clarear e a enviava para uma área
de 56 mil quilômetros, quebrando os hidrocarbonetos em moléculas inofensivas,
oxigênio e vapor de água. Isso era realmente verdadeiro? Eu definitivamente senti que
sim ao respirar o ar da rua de Slim.
Eu bati à porta e ouvi Slim gritar para que eu entrasse e então, eu entrei. Sua casa era
definitivamente um laboratório e não um lugar para morar, dormir ou comer. Tornou-se
logo evidente que sua casa era no andar superior, separado do seu mundo de
pesquisa.
havia outras coisas que somente Deus e Slim sabiam o que eram. Para esse homem,
que parecia um cruzamento entre Merlin com sua barba branca e longa e seu velho
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cowboy procurando a vaca perdida do rebanho, essas velhas bobinas estavam
realmente fazendo algo para auxiliar limpar a poluição do ar de Denver.
Jon não estava ali no primeiro dia, porém estavam Slim, seu co-inventor, e outros dois
pesquisadores que estavam testando o equipamento. Logo os dois saíram e eu estava
sozinho com Slim e pude começar a compreender esse homem, tornando-se
rapidamente perceptível que se tratava de outro gênio. Eu fiquei com Slim e seus
colegas por alguns dias, aprendendo o que eles sentiram que podiam compartilhar
comigo.
Aqui está como um R-2 funciona – na verdade, há muito mais que isso, mas a
explicação seguinte é uma aproximação: A forma de onda que uma nuvem de chuva
emite exatamente quando ela está a ponto de descarregar relâmpago é duplicada
numa máquina especial (essa não é a R-2). Depois, ela é colocada num chip de
computador no R-2 cujo sistema de alto-falantes a envia para atmosfera por meio de
uma bobina chamada de um harmonizador. A forma de onda então cresce e expande-
se para a forma de campo toroidal (como um donut), afetando as ondas de gravidade
para limpar a poluição à distância. O R-2 tem quatro botões ligados no final das roscas
de hastes metálicas, formando um tetraedro. Esses botões podem ser girados para
sintonizar o campo toroidal até que ele “se torne vivo”.
Jon e Slim ambos consideraram que os campos energéticos toroidais estavam “vivos”
(e eu também após ter testemunhado como eles interagiam com a natureza). Eu tentei
manter a mente aberta, visto que tudo isso era novo para mim na época.
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Primeiro, eu aprendi como sintonizar um R-2 com um sentimento no meu terceiro olho
enquanto eu girava os quatro botões da unidade. Isso era realmente muito fácil; como
eu já tinha muita experiência no campo da física, fazer isso parecia completamente
natural para mim. (Depois, eu percebi que somente alguns podiam fazer isso direito,
mas quase todo sensitivo pode ser treinado).
Eu continuei meu treinamento até chegar o dia no qual Slim e Jon sentiram que eu
estava pronto para testar minhas habilidades. Eu estava a sintonizar um R-2 na
natureza e trazer uma pequena área de Denver que estava “fora de sintonia” de volta
ao equilíbrio. (Se um R-2 sair de sintonia, a área no qual está trabalhando volta para
seu estado srcinal de poluição muito rapidamente, normalmente dentro de duas
semanas). Até esse ponto, eu dificilmente podia acreditar que alguma área de Denver
pudesse ser suja, mas ambos me disseram que era verdade.
Nós dirigimos por volta de 32 quilômetros na parte sudeste de Denver, uma área a
qual não estava familiarizado e depois até o local mais distante da cidade;
estacionamos o carro um pouco antes da rodovia e começamos a caminhar para lado
de uma colina inclinada em direção ao cume. Conforme subíamos a colina, uma
pequena floresta emergiu em direção ao topo.
Eu jamais esquecerei o que eu vi quando alcancei o topo da colina e olhei para baixo o
vale amplo e de baixo nível do outro lado. O vale inteiro estava preenchido por uma
nuvem marrom-avermelhada de pura poluição que se estendia por muitos quilômetros.
Embaixo de um pequeno álamo, escondido da visão de qualquer que estivesse
apenas casualmente passando por ali, estava uma unidade R-2 operando
silenciosamente sua melodia da nuvem de chuva. O problema que ela estava fora de
sintonia.
Jon e Slim disseram-me para sentar em frente ao R-2 e eles veriam se eu havia
aprendido as minhas lições. Imbuído de interesse intenso e com um sentimento infantil
de admiração, eu sentei, cruzei as pernas em frente à unidade e fechei meus olhos,
começando a meditação e sentindo o que sintonizaria unidade.
Assim que eu comecei a girar os botões, Jon me pareou e disse: “Mantenha seus
olhos abertos e observe a nuvem de poluição.” Isso não era como eu havia sido
treinado, porém eu obedeci, observei a nuvem e mais uma vez iniciei a justar os
botões. Jon me parou novamente e disse: “Também escute os pássaros”.
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Eu virei para ele e disse: “O quê?” Ninguém mencionara pássaros durante todo o
treinamento para mim.
Eu não tinha ideia do que ele estava falando, mas comecei de qualquer maneira.
Assim que eu girei o primeiro botão, eu senti a mudança da área ao redor de
quilômetros – no entanto, nada acontecei com o mundo visível. Uma vez que ajustei o
quarto botão, contudo, duas coisas aconteceram simultaneamente – e ambas me
surpreenderam e me chocaram.
tiveram o efeito estranho sobre mim fisicamente. Eu tinha visto e sentido om pode do
R-2 e naquele instante eu soube que esta nova ciência era real e que eu
simplesmente tinha que aprender mais por experiência direta.
Além do mais, Jon e Slim tinham testado o R-2 num laboratório independente em Fort
Collins, Colorado, que comprovou que o R-2 estava fazendo exatamente o que eles
afirmavam que fazia. Os testadores tinham uma unidade que colocavam para
funcionar por um período de tempo e depois a desligavam. Eles fizeram isso diversas
vezes por um período, seu eu me lembro, de três meses. A Força Área dos Estados
Unidos da Base Área de Kirkland também estava observando esse experimento bem
como aquele que eu começara em Phoenix, do qual falarei em breve, e perguntaram
se nós cederíamos nossos equipamentos e nós mesmos para seu exame científico
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minucioso. Nós concordamos e aqueles testes provaram conclusivamente que o R-2
realmente limpando a poluição do ar.
Sr. Ferland disse que eles tinham que, absolutamente, limpar Phoenix; a poluição
atmosférica estava destruindo o turismo e afetando quase todos os negócios, além de
todos os problemas de saúde que causariam.
Então eu escrevi uma carta para o Sr. Ferland pedindo auxílio para estabelecer a
unidade R-2 em Phoenix. Visto que nós tínhamos provas cientificas que isso
funcionava, ambas provindas de um laboratório independente e da Força Área e uma
vez que não estávamos solicitando por ajuda financeira, eu presumi que eles nos
escutariam. Rapaz, eu estava errado! Nessa carta que eu simplesmente pedi à cidade
de Phoenix dar-nos a oportunidade de demonstrar que podíamos fazê-lo. Pagaríamos
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por todos os custos e tudo que eles precisavam fazer era admitir nossa presença e
monitorar o que nós estivéssemos fazendo.
Recebi uma ligação da Prefeitura de um homem chamado Joe Gibbs, que me contou
que eles não estavam interessados em nosso R-2 e não ajudariam de forma alguma
para fazer qualquer coisa. Você deve entender o quão perplexo eu estava com essa
resposta. Foi então que eu comecei a perceber que o artigo de jornal fora somente
para exposição e política e eles não tinham qualquer intenção de realmente limpar a
poluição atmosférica em Phoenix. Eles me rejeitaram em todos os níveis.
extremo norte de Scottsdale. O ar estava tão sujo e seco naquele dia que estava
realmente difícil de respirar. Não chovia por meses e meses e até mesmo alguns
cactos estavam morrendo. Nada acontecera nos primeiros três dias. Então, no quarto
dia, uma pequena nuvem preta apareceu em cima da minha casa. Não havia uma
nuvem em todo o sudeste do Arizona, exceto por esta pequena em cima da minha
casa e pequena unidade R-2. Em seguida, a nuvem começou a expandir e cresceu de
tamanho.
Lá pelo décimo dia, uma nuvenzinha havia crescido por volta de 24 quilômetros de
diâmetro e pela primeira vez num longo período de espera, começou a chover e tinha
relâmpagos. E cara, tinha relâmpago – como eu apenas vi uma ou duas vezes antes
na minha vida. A tempestade continuou por horas a fio, com raios se movimentando
lateralmente pelo céu. O ar tinha um perfume sensível de ozônio. Lentamente, o céu
se abriu para um aguaceiro. Daquele momento em diante, continuou a chover quase
todos os dias, limpando a poluição do ar e enchendo os rios e lagos com água fresca.
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Nós desligamos a máquina em 12 de maio de 1998 e já pelo fim do mês a poluição do
ar retornou e a Prefeitura deu o primeiro alerta desde 1996. Durante o tempo do teste
(na verdade, nós tínhamos colocado um segundo R-2 na própria cidade de Phoenix
em março de 1997 e foi quando começou a demonstrar resultados), as medições de
hidrocarboneto na cidade de Phoenix ficaram quase sempre em um único digito. Às
No final desse teste, eu tinha certeza que o R-2 era um sucesso, porém a Força Aérea
– que estava monitorando minhas ações– entrou em cena e pediu-me para encerrar a
operação. Eles queriam ver o que aconteceria e ao mesmo tempo informaram-me que
a EPA americana jamais permitiria o que estava acontecendo; sugeriam que eu fosse
para fora dos Estados Unidos. Portanto, com as bênçãos da Força Aérea americana,
comecei a experimentar em terras estrangeiras.
7 de Maio de 1998.
Cidade de Phoenix
Em maio de 1996m um artigo foi escrito pelo Arizona Republic descrevendo o quanto estava péssima a poluição
atmosférica em Phoenix e como o futuro da cidade estava comprometido por esse problema. Nesse artigo, dizia-se que
o governador Fife Symington tinha criado uma força-tarefa chamada Estratégias de Ozônio, na qual foi liderada pelo
procurador Roger Ferland. Esse artigo está em anexo. O senhor Ferland disse, ao referir-se ao problema da poluição,
“Quero dizer tudo. Não há nada que nós não consideraremos, não importa quão radical ou maluco, difícil ou caro. Nós
consideraremos tudo”.
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Naquele ponto, eu conversei com Sr. Joe Gibbs que estava na força-tarefa Estratégias de Ozônio sobre o sistema de
poluição atmosférica que estávamos utilizando em Denver, Colorado durante o ano de 1995. Como foi comprovado,
Denver, durante o tempo que estava usando nosso sistema, teve o ano mais limpo jamais registrado antes.
Sr.Gibbs contou-nos que ele não estava interessado em nosso sistema, porém porque ele utiliza menos que um watt
de energia, não havia leis que pudesse nos interromper de conduzir um teste se nós quiséssemos. Nós dissemos ao
Sr.Gibbs que faríamos esse teste inteiramente às nossas custas. Ainda assim ele disse não. Nós solicitamos se ele
poderia ao menos monitorar o que estávamos fazendo e ele recusou a proposta. Eu senti que não estava prestativo de
forma alguma. Eu notei uma postura do Sr.Gibbs muito diferente daquela que ele expressou no supramencionado
artigo. Meses depois, quando tentamos compartilhar com ele um teste científico de um laboratório independente de
Fort Collins em Colorado, ele estava muito ocupado. Mesmo quando a Força Aérea, que também esteve trabalhando
conosco, ligou para conversar com ele, ainda assim ele não estava interessado.
Em 4 de julho de 1996, nós criamos um sistema diminuto em Cave Creek que tem um alcance de quase 56 mil
quilômetros. Levou três dias para o sistema ligasse e depois, três meses para que se tornasse estável. Nós estávamos
plenamente operacionais em 1º de Setembro de 1996. Uma cidade como Phoenix deveria ter, pelo menos, dez
unidades operando, todavia não poderíamos pagar para fazer isso. Executar uma unidade é como ter um lindo carro
novo com força de apenas 25 cavalos, ainda que isso seja melhor do que nada.
Antes de 1º de Setembro de 1996, Phoenix estava tendo dias com um elevado número de alertas bem atípicos e
prestes a entrar na classificação “grave” da EPA. Porém, após 1º de Setembro de 1996, acredito que não tivemos
algum dia com algum alerta. E a poluição tem constantemente caído. Em março de 1997, outra unidade foi instalada
próxima ao aeroporto. Isso proporcionou um sistema mais forte e afetou profundamente Phoenix.
A base da Força Aérea de Kirkland no Novo México esteve interessada no que estávamos fazendo por um tempo. Eles
executaram testes em alguns dos nossos equipamentos e se vocês estiverem interessados no que eles sabem, podem
ligar. Coronel Pam Burr no telefone 505-XXXXXXXX.
O motivo que me fez escrever esta carta é informá-lo que estaremos desmontando nosso sistema em 12 de maio de
1998. Temos deixado nosso sistema sair de sintonia já faz três semanas agora. Nos próximos 90 a 120 dias ou mais,
a poluição do ar poderá retornar da maneira que estava antes de junho de 1996. Julgando pela forma que a cidade de
Phoenix respondeu a essa ciência até agora, não esperamos qualquer comunicação. Contudo, se acharem que talvez
nós possamos ajudá-los a manter nossa cidade limpa da poluição, por favor nos telefone.
Cuidando da terra,
Dru Melchizedek
Gerente Geral
Giv.Jane Hull
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Durante o período de testes, eu vagarosamente comecei a compreender o que estava
realmente acontecendo e como a consciência humana estava interagindo com o
campo do R-2. Descobri que o R-2 foi criado fisicamente na imagem do corpo de luz
humano ou a Mer-Ka-Ba. Por consequência, deve ser possível para uma pessoa que
conhece a meditação da Mer-Ka-Ba e também a vibração de uma nuvem de chuva,
combinar esses dois componentes e então duplicar a ação do R-2 utilizando somente
pura consciência sem o auxílio da máquina.
Houve uma terrível seca na parte norte da costa leste da Austrália. Eu não me lembro
da época exata, mas deve ter sido em 97 ou 98. Incêndios florestais estavam em
todos os lugares sem qualquer intervalo e o ar estava muito pesado com as fumaças
dos vários incêndios. Estava tão inacreditavelmente seco!
Nada aconteceu naquela tarde, porém na manhã seguinte nós acordamos com o
barulho da chuva batendo no telhado metálico da nossa cabine e céu estava repleto
de neblina e nuvens altas. Eu pulei da cama e corri à janela para observar a força da
chuva caindo como uma cachoeira ao redor daquela pequena casa. O entusiasmo no
meu coração me fez sentir como uma criança.
Eu sabia que tinha funcionado, mas ao mesmo tempo era uma única vez – e uma vez
poderia ser simplesmente uma coincidência. A chuva continuou por três dias e não
parou quando eu voltei para a América. Depois, quando eu voltei para casa, eu recebi
uma ligação de um amigo na Austrália que disse ainda estava chovendo forte após
duas semanas. Ele disse que todos os incêndios nas florestas tinham apagado e o
governo declarou que a seca terminara.
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Meu interesse tinha despertado. Seria realmente verdade? Poderia um ser humano
comum modificar o clima por meio da meditação? Dois meses depois, eu estava na
Cidade do México ensinando um grupo sobre a Mer-Ka-Ba quando eu contei a história
da chuva na Austrália. Um dos ouvintes disse, “Bem, se você pôde fazer isso na
Austrália, poderá fazer aqui na Cidade do México? Nosso ar está tão poluído que nós
Acompanhado por mais de quarenta testemunhas, eu fui para o meio da cidade, para
as antigas pirâmides que estavam localizadas próximas a diversas rodovias. Nós
subimos para o topo onde pudéssemos ver a cidade em todas as direções, porém
somente numa curta distância devido à espessura da poluição.
Nós sentamos em círculo, encarando um ao outro numa área coberta pela grama,
plana e grande que havia no alto da pirâmide. Todo mundo sabia o que eu estava
prestes a fazer: começar a meditação usando meu campo natural da Mer-Ka-Ba como
uma antena para enviar uma vibração na forma de onda de uma nuvem de chuva
exatamente como ela faz para enviar um relâmpago de seu ventre. Olhei para o meu
Uma muralha de nuvem marrom foi deixada em todas as direções ao redor de nós,
mas onde nós estávamos, no meio, o ar estava limpo e claro. Cheirava a rosas e uma
bela nuvem rosa se formou no céu acima de nossas cabeças. Era impressionante.
Por três horas e quinze minutos, como nós registramos, a muralha não se moveu. O
governo mandou helicópteros acima do buraco para ver por que ele estava lá, porém
eu nunca ouvi que eles pensaram disso. Então, no final desse período, eu contei ao
grupo que eu pararia a meditação para observar o que aconteceria. Imediatamente
após ter interrompido a meditação, a muralha de poluição atmosférica começou a
correr em direção ao nosso grupo. Dentro de quinze minutos, ela nos alcançou,
fechando-nos novamente no fedor terrível dos gases que despejavam na Cidade do
México. Mais uma vez, nós estávamos na cúpula de poluição que escondia a cidade
de nossa visão.
durante o longo voo para casa. Depois disso, eu executei o mesmo feito novamente,
duas vezes na Inglaterra e duas na Holanda. Funcionou perfeitamente todas as vezes
e cada vez em frente a uma audiência de cinquenta pessoas ou mais, no mínimo. A
segunda vez na Inglaterra mudou a minha vida dramaticamente.
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atmosférica – mas não havia poluição, apenas neblina. Minha orientação interna disse:
“Não se preocupe. Faça a meditação e observe o que acontecerá”.
O Pântano
Não era fácil convencer um grupo inglês para sair e entrar na neblina e na chuva para
criar um círculo de meditação no campo coberta de grama molhada, mas eles
finalmente concordaram. Acho que eles pensaram que eu era um pouco maluco,
porém, de alguma forma, acreditaram em mim.
Todos eles levaram seus guarda-chuvas e sacos de plástico preto para sentar.
Estávamos ali, cinquenta e cinco pessoas incluindo a mim mesmo, sentados num
circulo na neblina e na chuva, segurando nossos guarda-chuvas para repelir todos os
elementos, parecendo uns tolos.
Um sentimento tomou conta de todos no círculo enquanto todos nós podíamos sentir a
presença de Deus. Isso causou arrepios nos meus braços. Nós olhamos para os céus,
e estava a Lua cheia brilhando vivamente à frente. Apenas era diferente. O céu estava
tão claro que, mais uma vez, parecia que não havia qualquer atmosfera. Ao redor da
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Lua tinha alguma coisa que eu nunca vi, mas já tinha ouvido antes: estrelas...estrelas
ao redor da Lua, no meio do dia! Foi incrível.
Finalmente, decidi que nós tínhamos visto o suficiente e o Sol estava indo se por em
vinte minutos de qualquer maneira. Disse a todos que eu iria interromper a meditação.
E quando eu fiz isso, o círculo de neblina densa imediatamente correu de volta para
onde estávamos. Dentro de minutos, nós estávamos fechados novamente na neblina e
chuva do pântano.
E enquanto levantávamos, um verdadeiro milagre pelo padrão de qualquer pessoa
ocorreu. Um homem tinha vindo ao workshop com sua esposa e estava numa cadeira
de rodas há mais de dez anos. Ele pôde se levantar, mas apenas por alguns
segundos, tempo bastante para mudar de posição ou de cadeira e sua esposa a
ajudou o tempo todo. Quando todos começaram a deixar o círculo, o homem levantou
de sua cadeira de rodas e começou a andar de volta para o alojamento com o grupo,
deixando a cadeira de rodas para trás! Ele estava andando! Era impossível! Ele estava
um pouco vacilante, mas estava andando.
Sua esposa estava praticamente atônita com a experiência, mas ela me contou depois
que não somente ele estava andando, como sua espinha tinha endireitado e ele
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estava seis polegadas mais alto do que era antes. Alegria inundou nossos corações e
subjugou o que tinha acabado de acontecer no campo.
Como curador, eu tinha visto milagres por várias vezes na minha vida, mas
frequentemente a doença retorna no dia seguinte. Contudo, na manhã seguinte, o
homem entrou na sala do café da manhã com sua radiante esposa ao seu lado. Além
disso, eu conhecia uma senhora que amiga deles e todo ano ela me ligava e contava
as atualizações sobre o caso. Depois de cinco anos, ele ainda estava andando
normalmente.
Aqui está um caso de um homem que viu a verdadeira natureza da realidade como o
resultado de uma experiência nesse campo inglês. Eu acredito que ele percebeu que
tudo é somente luz e que o mundo é criado de dentro da alma humana; ele soube,
sem sombra de dúvida, que poderia curar sua doença com sua própria consciência e
assim o fez.
Essa experiência na Inglaterra mudou a minha vida também e deu uma guinada na
direção de um ainda desconhecido despertar. Eu comecei a perceber que dentro da
alma humana estava “algo” muito maior que nenhuma ciencia ou a mente lógica havia
jamais considerado. O mundo exterior é criado pelo mundo interno que eu, de alguma
maneira, sabia estar no coração humano– disso eu estava certo.
Eu sabia que esse “algo” estava no coração humanom porque assim que sentei em
meu campo da Mer-Ka-Ba enviando a vibração da nuvem de chuva, eu pude sentir o
local da fonte da vibração – e era o meu coração; era alcançado pelo amor que eu
tinha pela Mãe Terra. Aos poucos, eu estava sendo preparado para uma nova
compreensão de meu relacionamento com a vida.
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Capítulo Dois
ENXERGAR NA ESCURIDÃO
29
Uma mulher cega pode enxergar
Há pouco anos, eu era amigo de Pete Carrol, que era o principal treinador dos New
YorkJets na época. Ele continuava a me dizer que eu precisava conhecer essa mulher
que sabia ser muito incomum, que ele sentia que tinha algo a compartilhar que eu
acharia importante. Eu estava muito ocupado e protelei por vários meses. Até que um
dia, ele pediu se poderia dar meu número de telefone para ela para que pudesse me
ligar. Eu concordei e foi assim que encontrei Mary Ann Schinfield, uma mulher
certamente incomum. (Eu a mencionei brevemente no primeiro volume do livro O
antigo segredo da Flor da Vida).
Mary Ann era completamente cega e tecnicamente não tinha olhos, podendo ver
absolutamente nada. Contudo, ela capaz de realizar as tarefas cotidianas normais –
ela podia até ler um livro ou assistir televisão sem qualquer assistência externa.
Cientistas da NASA realizaram testes extensos para determinar como ela era capaz
de “ver”. Eles perguntaram a ela o que estava vendo dentro de sua cabeça enquanto
estava sentada num cômodo e ela – assim como me relatou posteriormente– contou-
lhes que estava se moendo através do espaço e estava continuadamente assistindo o
que estava acontecendo no sistema solar. Até mais interessante foi que ela disse que
estava restringida a esse sistema solar e não podia sair dele.
Claro que a NASA não acreditou que ela estava “se movendo pelo espaço”, então
fizeram um teste para ver se estava dizendo a verdade. Pediram-lhe que se movesse
ao lado de um de seus satélites e dessem a eles algum tipo de leitura sobre ele, um
número de série ou alguma coisa semelhante. Não tenho certeza o que foi, porém o
fez precisamente e a partir desse momento, Mary Ann pertencia à NASA. Eles nunca
permitiam que ela partisse e continuavam usando-a para seus próprios propósitos.
Não acho que teria feito esse jogo com eles, mas ela fez.
Um dia, após mais ou menos dois meses, Mary Ann me pediu se eu gostaria de “ver”
pelos seus olhos. Eu não hesitei e perguntei-lhe o que eu deveria fazer. Ela disse:
“Simplesmente deite na cama e torne o quarto o mais escuro possível.”
Minha esposa, Claudette, estava escutando nossa conversa, então ela abaixou as
persianas e desligou as luzes. Era tarde da noite, semana da Lua Nova, por isso, ficou
extremamente escuro de qualquer forma. Quando Claudette terminou, eu não
conseguia ver minha mão na frente do meu rosto.
Então, Mary Ann falou para pegar um travesseiro para apoiar o telefone e deixar
minhas mãos livres. Fiz como ela pediu. Eu estava agora completamente num espaço
escuro com meus olhos fechados, esperando para que algo acontecesse. Lembro de
sentir nervoso por antecipação, sabendo que eu estava prestes a experimentar algo
novo.
Depois de um minuto, ela me perguntou se eu via alguma coisa. Mas não havia nada;
estava simplesmente escuro como normalmente fica quando fecho meus olhos. Após
talvez de outros cinco minutos, ela perguntou novamente e não havia nada ainda.
Contudo, logo em seguida, como se uma luz tivesse sido ligada, uma imagem
apareceu de repente na minha visão interior. Era como uma tela de televisão e era tão
real que dificilmente podia acreditar.
Estava lá, e meus olhos internos continuaram explorando essa TV interna, porque era
algo que eu nunca tinha visto antes em toda a minha vida. De alguma forma, Mary Ann
sabia que eu havia me conectado à sua visão, pois ela disse: “Você pode ver agora,
não pode?” Tudo que conseguia responder era: “ Sim, o que é isso?” “Somente uma
outra maneira de ver. Você enxergar as pequenas telas ao redor da grande?”
No centro, eu vi uma grande trela que aparecia estar uns 36 centímetros dos meus
olhos. Muitas pequenas telas estavam enfileiradas ao longo do seu perímetro, talvez
sete pequenas telas ao longo da parte superior e inferior e seis de cada lado. As
pequenas telas tinham imagens que se moviam muito rapidamente, cada uma
fornecendo informação sobre a tela central.
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A TV interna
Mary Ann me pediu para olhar para a tela no alto do lado direito e olhar somente para
essa. Fiz como ela solicitou. Essa tela mostrou imagens de seres vivos misturados
com formas geométricas. Ela continuou dessa maneira em tanta velocidade que minha
mente apenas escassamente decifrar as imagens.
Mary Ann me contou que essa pequena tela mostrava a ela o que estava na
proximidade imediata do seu corpo físico – ela permitia que “visse” mesmo que ela
fosse cega. Incrível!
Mary Ann convidou-me, então, para olhar para uma pequena tela embaixo do lado
esquerdo. Novamente, havia imagens que se moviam rapidamente, porém elas eram
muito estranhas. Elas mostravam pessoas que não pareciam humanas e algumas
vezes, golfinhos apareciam na tela. Mary Ann disse que esse era seu sistema de
comunicação com seus “irmãos e irmãs” do espaço e outras dimensões. O que ela
queria dizer era: Ets!
Antes que eu pudesse pensar sobre o que estava vendo, ela me pediu para olhar na
tela central e dizer o que eu enxergava. Eu me encontrei olhando pela janela – era
perfeitamente real, nada parecido como olhar para um monitor de TV– e vi o espaço
profundo e milhares e milhares de estrelas por todos os lugares. Eu nunca tinha visto
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Naquele momento, cientistas da NASA estavam trabalhando com Mary Ann. Eles a
tinham feito localizar os vinte e um fragmentos do cometa Shoemaker-Levy e 9
estavam prestes a colidir em Júpiter. Isso foi em 1994. Os fragmentos do cometa
estavam se movimentando atrás do Sol naquele momento e estavam prestes a ter o
encontro final com seu destino trágico na história astronômica pela colisão na
superfície de Júpiter.
Mary Ann me disse: “Drunvalo, nós estamos prestes a virar à direita. Nós sentiremos
isso no nosso corpo, mas não fique preocupado”. Instantaneamente, comecei a sentir
com se eu estivesse virando meu corpo, porém obviamente ainda estava deitado na
minha cama. A visão dentro da tela começou a mudar enquanto eu estava na cápsula
espacial que estava rodando no sentido horário.
E ali, diretamente na minha frente, estava um dos fragmentos do cometa que o mundo
inteiro estava assistindo de tão longe. Acho que não estávamos a mais de 12 metros
dessa bola de fogo brilhante de poeira e gelo. Era extremamente brilhante e parecia
permanecer imóvel. Eu apenas encarei essa “coisa” como se estivesse assistindo um
filme.
Imediatamente, meu foco foi para outro nível dessa experiência. Eu percebi que Mary
Ann e eu estávamos enxergando da mesma maneira que todos os humanos fazem:
estávamos olhando para frente, porém não podíamos enxergar atrás de nós, a não ser
que nos virássemos. De experiências passadas com outras formas de vida, eu sabia
que algumas vezes ETs podiam ver esfericamente, em todas as direções de uma vez.
“Mary Ann, o que está atrás de você? Não na realidade que você está monitorando,
mas na realidade maior?” Ela não sabia. “Sabe, eu nunca olhei. Eu nunca pensei
sobre isso.” Eu perguntei-lhe se estaria tudo bem se eu olhasse e visse e ela não
colocou qualquer objeção. Ela me concedeu permissão e então, contei-lhe para
permanecer imóvel enquanto eu olhava para trás.
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Eu me virei para olhar para o que estava atrás dela e o que eu vi me chocou tanto que,
depois de todo esse tempo, eu me sinto estranho ao relatar essa experiência. Mary
Ann tinha uma consciência que não era humana; atrás dela estava a quarta dimensão
e na frente dela, a quinta. Ela tinha consciência que fazia a interface com ambas
dimensões. Até então, eu não sabia que isso era possível.
Para descrever essa experiência seria quase impossível a menos que alguém tivesse
tido a experiência com a quarta dimensão. Porém, tudo o que eu posso dizer é que
atrás de consciência dela era completamente única. Ali estava uma mulher que era
incomum de muitas maneiras além de ser uma pessoa cega que podia “enxergar”. Ela
definitivamente não vinha da Terra, isso estava muito claro. Eu senti a certeza que se
alguém tirasse uma amostra de seu DNA, anomalias surgiriam que apontariam para
suas srcens fora da história biológica da Terra.
Eu continuei a conversar com Mary Ann por outros dois meses. Após ter
experimentado as telas, ela queria apenas conversar em imagens e símbolos, os quais
ela me pediu para escrever. Assim como a pequena tela no alto do lado direito da tela
central, suas comunicações eram imagens de seres vivos misturados com formas
geométricas. De alguma forma, eu sempre soube o que ela estava dizendo, embora
minha mente consciente estava encontrando problemas em compreender.
Até que um dia pareceu que nosso relacionamento estava completo e nós dois
dissemos adeus. Lembro-me de pensar que essa experiência não se encaixava com
qualquer outra coisa que eu conhecesse e então eu a arquivei no que eu chamo de
Eu percebi que eu falei sobre isso nos livros da Flor da Vida, mas eu senti que isso é
importante relatar isso de novo para aqueles que não os leram. De volta a janeiro de
1985, eu encontrei um artigo da Omni Magazine falando sobre as crianças
superpsíquicas da China que possuem habilidades extraordinárias. Uma vez que o
artigo estava na Omni, eu escutei o que eles tinham a dizer.
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Aparentemente, o governo chinês tinha solicitado que os repórteres da Omni fossem e
estudasse algumas crianças psíquicas da China. A China estava afirmando que essas
crianças podiam ver com diferentes partes de seus corpos enquanto seus olhos
estavam vedados; que elas podiam enxergar com suas orelhas, a ponta de seus
narizes, suas bocas e às vezes com suas línguas, cabelos, axilas, mãos e pés.
Em 1947, a China descobriu que o primeiro rapazinho que podia “ver” com suas
orelhas. Quando os olhos do menino estavam hermeticamente cobertos, ele ainda
podia “enxergar” ao virar suas orelhas na direção que queria ver. Aos poucos, eles
começaram a encontrar outras crianças, a maioria abaixo dos quatorze anos, que
podiam ver com partes variadas de seus corpos.
Obviamente, isso intrigou os editores da Omni e em 1984, eles enviaram uma equipe
de pesquisadores para a China com a finalidade de estudarem essas crianças. O
governo chinês forneceu a eles um grupo de crianças para teste. O artigo da Omni
enfatizou que os testes eram conduzidos muito cuidadosamente para que não fossem
enganados enquanto o governo secretamente observava cada movimento deles.
Um dos testes que o grupo da Omni realizou foi levar uma pilha alta de livros e
selecionar um aleatoriamente. Então, novamente ao acaso, alguém rasgava uma
página e imediatamente a amassava em forma de uma bola antes que qualquer um
pudesse ver ou ler. Essa página amassada era colocada embaixo da axila de uma das
crianças, selecionada aleatoriamente. Várias vezes seguidas, as crianças chinesas
podiam ler cada palavra naquelas páginas perfeitamente! Como era possível? O
grupo da Omni não tinha ideia. Tudo que eles puderam dizer após testar as crianças
de muitas maneiras era que o fenômeno aparentava ser verdadeiro e não
prestidigitação.
No segundo volume do Antigo segredo da Flor da Vida, eu relatei como Inge Bardor
demonstrou sua habilidade em enxergar com suas mãos e pés durante a palestra que
eu realizei em Denver, Colorado, em 1999.
Eu tinha conhecido Inge durante uma aula de meditação da Mer-Ka-Ba que eu estava
ensinando no México. Era um workshop de quatro dias e no terceiro dia, eu me
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encontrei falando sobre as crianças chinesas que podiam ver com diferentes partes de
seus corpos.
Então Inge, toda vestida de branco e muito bonita, andou até área onde eu estava
ensinando. Ela imediatamente perguntou se havia algum cético no grupo que não
acreditasse que ela poderia ver quando seus olhos estivessem completamente
cobertos. Dois jovens se levantaram.
Inge convidou-os para ir ao palco com ela e mandou-lhes que dobrassem dois lenços
e os colocassem sobre seus olhos de certa maneira. Depois, ela embrulhou longos
cachecóis em volta de suas cabeças para selar completamente de qualquer luz e
ambos confirmaram que estava 100 por cento, totalmente escuro. Os dois homens
retiraram os cachecóis e lenços ao mesmo tempo que Inge fazia a mesma coisa em si
mesma, e ela os manteve ali tempo suficiente para que verificassem e tivessem
certeza que não estava trapaceando. Uma vez satisfeitos que Inge não poderia ver
nada, ela começou.
Ela sentou numa cadeira de costas retas com seus pés no chão e perguntou se
alguém no recinto tinha uma foto na carteira ou bolsa que ela poderia usar. Uma
mulher pegou uma foto da bolsa e a entregou a Inge.
Inge imediatamente virou a foto com o lado correto para cima. As pontas de seus
dedos correram a superfície da fotografia por uns três segundos e ela começou a
descrevê-la para o grupo como ela enxergava o que lhe era mostrado. Era uma foto de
uma sala de estar, onde quatro pessoas estavam sentadas num sofá. Um grande
quadro estava pendurado na parede atrás do sofá e não havia muito mais. Era uma
foto comum e simples.
Inge perguntou: “Você gostaria que eu contasse a você alguma coisa sobre as
pessoas ou a casa?” Isso também era algo inesperado. A mulher que deu a foto a Inge
perguntou sobre as pessoas e Inge elencou seus nomes e se me recordo
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perfeitamente, suas idades. A mulher estava surpresa que Inge pudesse saber tantas
coisas e então perguntou-lhe se ela poderia se mover pela sua casa.
“Eu estou indo para o final do corredor à direita. A primeira porta da esquerda é seu
quarto.” Inge “foi” para o quarto e descreveu exatamente o cômodo inteiro, até dizendo
à mulher o que estava no seu criado-mudo. Então, ela atravessou o corredor até o
banheiro e novamente descreveu-o perfeitamente. A mulher estava maravilhada e
verificou que tudo estava correto.
Nesse ponto, um dos dois céticos pulou de seu assento e começou a afirmar que a
coisa toda era um embuste e que ele iria provar. Ele colocou a mão em seu bolso
traseiro para pegar sua carteira, tirou sua carteira de motorista e passou-a na frente e
atrás de Inge e perguntou: “Muito bem, o que é isso?”
Sem hesitação, Inge virou a licença e colocou-a no lado correto. “Essa é sua carta de
motorista, o que você deseja saber?” O homem disse: “Leia o número”. E Inge leu o
número, seu endereço e outras informações básicas de sua licença. Ele ainda não
estava convencido.
Ele disse a Inge: “Diga algo que somente eu saiba e então eu acreditarei em você”.
Com um pequeno sorriso, Inge respondeu: “Você está aqui com sua namorada, mas
tem outra em casa e o nome dela é....” (Inge falou o nome para o auditório). “e você as
tem mantido secretamente separadas, então uma não sabe sobre a outra.” O jovem
arrancou a licença de motorista das mãos de Inge voltou para sua namorada que
estava chateada após essa revelação. Ele não disse nenhuma outra palavra.
Inge continuou a demonstrar suas habilidades até que se tornou francamente obvio
que suas habilidades iam muito além de simplesmente ver o que estava em fotos que
ela segurava nas mãos. Ela podia fornecer nomes das pessoas que tiraram as fotos e
o que elas estavam vestindo ou pensando no momento em que pressionaram o botão.
Nós todos nos perguntávamos sobre o que tínhamos presenciado. Era verdadeiro,
mas como poderia ser? O que estava acontecendo?
México, dedicadas a ensinar crianças como “ver” com partes diferentes de seus
corpos assim como outras habilidades psíquicas. Inge conhecia, pelo menos, mil
crianças mexicanas que podiam enxergar e conhecer da mesma maneira que ela.)
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Inge e sua mãe, Emma, viajaram para visitar minha família e a mim no Arizona por
alguns poucos dias. Nós decidimos tentar alguns testes psíquicos e era divertido
explorar o potencial humano tão diretamente. O que muitas pessoas pensavam ser
fingimento, eu estava testemunhando e também minhas duas filhas, Mia e Marlee, que
tinham sete e oito anos de idade na época.
Mia estivera calmamente observando Inge “enxergar” sem seus olhos por diversas
horas. Finalmente, ela não podia segurar mais nem mais um momento e disse: “Eu
também quero fazer o que você está fazendo, por favor”. Inge virou-se para ela, olhou
em seus olhos e disse: “Mia, todo mundo pode fazer isso. Você gostaria de ver como
eu faço?”
Mia pulava para cima e para baixo, cheia de entusiasmo: “Sim, sim, sim!” Então, Inge
tirou os lenços dobrados que vendavam seus olhos e cuidadosamente os colocou em
Mia. Ela continuou perguntou-lhe se ela podia ver qualquer coisa e continuou
ajustando os lenções até que Mia dissesse que estava completamente escuro.
Então, Inge folheou uma pilha de revistas por alguns minutos até encontrar
exatamente a foto certa, uma página inteira repleta de rinocerontes cruzando um rio
azul que parecia ter sido tirada na África. Ela colocou a revista no colo de Mia e
colocou suas mãos na borda da foto para que ela soubesse onde estava. Então, ela
simplesmente disse a Mia para olhar dentro da escuridão.
Após alguns minutos, Inge perguntou-lhe o que ela via e Mia respondeu: “Eu não
consigo ver nada. Está tudo preto”. Inge pediu-lhe que continuasse olhando. Depois de
outros cinco minutos, ela aproximou-se de Mia e colocou seus dedos no ombro dela.
Instantaneamente, Mia exclamou: “Inge, eu posso ver. É uma fotografia de
rinocerontes cruzando um rio grande e azul!” Mia não conseguia falar direito, mas
todos nós sabíamos o que ela estava dizendo.
Estava claro que Mia podia agora “enxergar” como Inge.Perguntei a Inge se ela tinha
tocado o ombro de Mia num lugar específico. Ela confirmou isso e disse que
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acreditava ter se tornado um tipo de antena para que Mia conseguisse “ver”. Na escola
onde ela aprendeu a fazer isso, eles a tinham auxiliado a “enxergar” pela primeira vez
da mesma maneira.
Essa era a última coisa que eu esperava que ela dissesse. Isso me atingiu como uma
frigideira de ferro fundido sobre a minha cabeça e a lembrança de Mary Ann voltou
inundando meus pensamentos. Eu sabia exatamente sobre o que Inge estava falando,
porém eu nunca tinha ligado a tela interna de Mary Ann às crianças superpsíquicas.
Eu não consegui falar por alguns minutos.
Isso significava que eu tinha que reanalisar tudo o que pensava que eu sabia sobre
essas crianças. Era verdade? Todas essas crianças superpsíquicas viam uma tela
interna de TV? De acordo com Inge, pelo menos mil crianças no México viam.
Durante o tempo que estava trabalhando com Inge Bardor, estava lendo uma pesquisa
de Paul Dong e Thomas E. Rafill, coautores do livro Superpsíquicos na China. De
acordo com eles, o governo chinês testou mais de cem mil crianças que acreditavam
ser superpsíquicas e podiam “ver” sem utilizar seus olhos.
O governo chinês tinha construído escolas para receber essas crianças quando elas
fossem encontradas para treinamento especial. Na verdade, eles tanto ensinavam
quanto estudavam as crianças para entender esse grande mistério que estava se
desdobrando diante de seus olhos.
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Aqui está um exemplo de um desses experimentos: uma mesa descoberta foi montada
numa área aberta; câmeras de vídeo estavam prontas para gravar o experimento; e
cientistas treinados estavam lá para monitorar todo e qualquer movimento. Um dos
cientistas colocou um frasco de comprimidos selado e fechado, como vitaminas, no
centro da mesa e uma moeda ou algo pequeno como isso, talvez uma pedra, em
direção da borda da mesa. Uma criança pequena aproximaria-se da mesa, mas não
chegaria muito perto, para assegurar que ele ou ela não tocasse em nada. Com as
habilidades psíquicas da criança, os comprimidos passariam pela parede de vidro do
frasco e terminaria no tampo da mesa. Então o outro objeto, a moeda ou a pedrinha
que estava na borda da mesa, flutuaria para o vazio, mas frasco selado. Essa façanha
evidentemente não é tão difícil, uma vez que cinco mil crianças chinesas eram
capazes de realizar esse experimento sob o exame minucioso do governo.
Uma garotinha chinesa de seis anos deu uma demonstração incomum de suas
habilidades psíquicas, com milhares de pessoas no auditório. Antes de entrar no
anfiteatro, a cada pessoa foi dado um botão de rosa na haste com folhas. Então, a
garotinha entraria no palco, agitava suas mãoes e todos os botões de rosa do recinto
se abririam e tornariam-se completamente rosas maduras em apenas alguns minutos.
Isso era um truque, mas era realmente um dos bons.
Houve muitos diferentes tipos de demonstração dessas habilidades das crianças, mas
o fato era muito fácil de compreender: algo extraordinário estava acontecendo na
China e no México. Agora, eu tinha que descobrir se era um fenômeno planetário ou
restrito a esses dois países.
Visto que tanto Mary Ann e Inge utilizavam a mesma tela interna para enxergar, eu
tinha que perguntar para Paul Dong, que estudara essas crianças extensivamente,
sobre as crianças superpsíquicas na China. (Desde 1985, há uma pesquisa extensa
na China a cerca da ideia da consciência maior e o fenômeno psíquico nas crianças e
acabou encontrando caminho nas revistas científicas de prestígio como Nature Journal
Paul começou agindo como a Inge quando eu a tinha interrogado, dizendo que era um
pouco estranho e mudando de assunto. Finalmente, após uns dez minutos de
estímulo, Paul aventurou-se a dizer: “Drunvalo, eu nuca vi o que elas veem, mas as
crianças me contaram que veem algum tipo de uma tela interna de TV na qual as
imagens vêm a elas.” Eu imediatamente perguntei se era havia umas telas menores
de TV em volta da borda de uma tela central. Paul disse que não sabia sobre isso; as
crianças nunca disseram contaram a ele.
Então, agora que sabia que as crianças chinesas superpsíquicas também viam algum
tipo de tela de TV, mas não estava certo se era o mesmo. Sim, isso era muito
emocionante. Talvez no que eu tivesse tropeçado fosse um fenômeno universal e
estava agora ainda mais determinado a encontrar a verdade.
A Academia Internacional de
Um dos repórteres russos e escritores da revista eletrônica The Spirit of Ma’at, Kostya
Kovalenko, tinha lido um dos artigos sobre as crianças superpsíquicas e a tela interna
e ele contou-me que havia uma escola psíquica próxima a Moscou onde as crianças
eram ensinadas a ver a tela interna e ir ainda mais além. A escola estava fazendo
algumas afirmações, que se verdadeiras, poderiam modificar o mundo para sempre,
em última instância.
Essas crianças não somente podiam ver a tela interna e ver sem usar seus olhos,
como podiam simplesmente segurar um livro por alguns minutos e o livro inteiro
aparecer na sua tela interna. Uma vez lá dentro, as crianças podiam rolar as páginas
como um computador e ler e ver todos os textos e fotografias que estavam no livro
srcinal. Além disso, elas sabiam imediatamente o conteúdo do livro inteiro.
Ao longo dos meses seguintes, Kostya me contou que mais duas escolas na Rússia
estavam ensinando uma concepção psíquica similar, porém usando métodos
diferentes de ensino. Foi quando comecei a perceber que estava em algo muito maior
do que eu pensei srcinalmente.
Em 1999, eu mesmo fui à Moscou e fui levado para Kremlin para falar com a
Academia Russa de Ciências em Moscou sobre o corpo de luz humano, a Mer-Ka-Ba.
Enquanto eu perguntava das crianças superpsíquicas, os membros da Academia
admitiram que havia milhares dessas crianças na Rússia e que muitas estavam agora
com quase trinta anos de idade. O governo russo conheceu sobre os superpsíquicos
na mesma época que o governo chinês, desde o começo da década de 70. Que
despertar! E eu primeiramente havia pensado que Mary Ann era apenas uma
causalidade.
Então, num único dia, Jimmy foi atraído para as vidas das crianças superpsíquicas.
Ele estava dando uma palestra para um grupo pequeno de pessoas na casa de
alguém. Somente adultos estava presentes no início, mas não demorou muito, um
garoto de doze anos apareceu no recinto e sentou em frente ao Jimmy enquanto ele
estava falando.
O garoto cativou a atenção de Jimmy e depois de um tempo, ele se viu dando sua
palestra diretamente para esse menino. Mais tarde, os dois tiveram uma conversa,
durante a qual Marcos, o garoto, fez algo com Jimmy e ele viu a tela interna. Jimmy
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nunca vira nada assim antes, contudo ele se lembrou do que eu tinha contado a ele e
me telefonou mais tarde naquela noite para discutir esse evento extraordinário.
Esse começo humilde levou Jimmy para uma aventura incrível, que ele descreve em
seu livro chamado Emissary of Love. Ele escreve sobre quando foi à Bulgária, de onde
veio o Marcos, e finalmente encontrou um monastério no alto das montanhas onde os
monges estavam treinando crianças para ver a tela interna e ver com diferentes partes
de seus corpos.
Essas crianças da Bulgária estão falando agora com Jimmy telepaticamente sobre
como o mundo chegar à paz. Sua mensagem primordial é que a paz reside dentro de
cada um de nós e que nós somos, na verdade, emissários do amor. Dessa
compreensão, eles querem nos fazer uma pergunta: “Se nós enxergamos a nós
mesmos como emissários de amor, então, como viveremos nossas vidas sabendo
dessa verdade?” E eles nos dizem: “Comecem agora”.
Aos poucos, foi tornando-se claro para mim que de alguma forma enxergar na
escuridão era um fato, embora eu ainda não tivesse compreendido. Eu estava
aprendendo que nós podíamos ver com a luz utilizando nossos olhos e nossa mente
ou podíamos ver com outra parte de nós mesmos usando a escuridão; estava
aprendendo que nós ainda conseguimos ver e conhecer muito mais que a superfície
das coisas. Onde isso estava nos guiando, eu realmente não sabia, mas eu sempre
confiei no Grande Espírito e sei que qualquer coisa é o todo, completo e perfeito como
tem Ele é. Eu sabia que eu apenas tinha que esperar e manter minha consciência
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Capítulo três
A experiência Kogi
A mulher colombiana
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Enquanto todas essas experiências em torno das crianças superpsíquicas estavam
ocorrendo na minha vida, outra vertente encontrou uma forma de estar nos meus
estudos sobre ver na escuridão. Ela foi muito sutil, mas de sobremaneira fundamental
para a experiência de onde tudo isso se direcionando - o lugar secreto, oculto dentro
do coração que gerou essas imagens incríveis que as crianças estavam vendo e deu-
Na época, estava experimentando o R-2 e tinha finalmente descoberto que uma única
pessoa, conectada com a Mãe Terra, podia mudar o meio-ambiente ao utilizar seu
corpo de luz ou a Mer-Ka-Ba. Estava muito animado com esse conceito e quando foi
minha vez de subir no palco, sabendo quem era o público, eu falei sobre isso do ponto
de vista muito pessoal. Eu enfatizei que nossos pensamentos e emoções podiam criar
o mundo ao nosso redor e ao ficarmos conectados com a Mãe Terra dentro do
coração, todas as coisas eram possíveis – até limpar o meio-ambiente com apenas o
corpo de luz humano.
Ao final do meu discurso, eu saí do palco, voltei para o recinto e esperei para ouvir o
próximo palestrante. Contudo, fui interceptado por um grupo de cinco ou seis anciães
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aborígines. Eles gesticularam para eu fosse para o círculo deles, para o qual me dirigi
sem pensar muito sobre isso.
Esses homens idosos levaram-me para o meio deles e contaram-me que eu era o
primeiro homem branco que ouviram falar a verdade como a conheciam. Disseram-me
como a Mãe Terra fornecia-lhes tudo sem que tivessem que lutar, que o mundo era
somente luz e que a consciência humana era mais do que os brancos normalmente
compreendiam. (Eles nos consideram uma mutação de sua consciência, como bebês
que estão ainda aprendendo sobre o mundo exterior). O velho homem contou-me que
iriam me apoiar enquanto estivesse na Austrália se eu permitisse o auxílio deles. Não
compreendi verdadeiramente o que eles quiseram dizer por “apoio”, porém, é claro
que concordei – afinal, eram verdadeiramente nossos anciães.
Depois disso, decidi falar em outras cidades australianas, tais como Brisbane,
Melbourne e Sydney. E cada vez que iniciava meu discurso, eu olhava para o auditório
e lá estavam esses anciães sentados no final do recinto num círculo, cantando
baixinho. Algumas das minhas palestras consistiam numa audiência de mais de mil
pessoas, mas as energias provindas desses anciães eram tão fortes que eu podia
senti-las quase pulsando no local. Não sabia como eles me acharam ou mesmo com
eram capazes de viajar essas grandes distâncias - visto não possuírem carros - porém
sempre estavam lá.
Eles me disseram uma última coisa antes que eu deixasse o seu círculo na
Conferência dos Golfinhos e Baleias: “Lembre-se da escuridão e do coração quando
Logo após, retornei para minha casa e o líder espiritual de Waitaha Maori, um povo
indígena da Nova Zelândia, pediu-me permissão para vir à minha casa na América e
conversar comigo. Macki Ruka fez sua solicitação através de Mary Thunder, uma
anciã americana que me ligou e o trouxe até a minha casa. Isso era muito
interessante, uma vez que não tinha tido nenhum contato com esse povo; todavia, de
maneira alguma eu iria recusá-lo, embora não tivesse a mínima ideia do que ele queria
falar comigo. Mary Thunder trouxe Macki Ruka acompanhado de vários assistentes
para a minha casa. Mary é uma avó maravilhosa da tribo Cheyenne e nós
permanecemos amigos desde então.
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Macki Ruka era um homem impressionante que pesava por volta de cento e sessenta
quilos. Trouxe diversos rapazes de sua tribo consigo para que carregassem todos os
itens dos cerimoniais sagrados que sentiu serem necessários para a sua visita a mim.
Alguns desses itens pesavam mais de cinquenta quilos! Não consigo recordar
exatamente o que eles eram, exceto que eram tão pesados, às vezes precisando de
mais de uma pessoa para movê-los. Os artigos cerimoniais foram colocados todos ao
nosso redor assim que começamos a falar.
Nossa conversa logo levou a uma discussão sobre a sobrevivência do mundo e como
nós, membros da civilização moderna, precisávamos recordar a antiga sabedoria para
sobreviver. Ele disse claramente que havia formas de comunicação que, se
lembradas, poderiam modificar tudo no mundo. Por algum motivo, estava claro que
essa era sua mensagem primordial. Nós conversamos por quatro horas sobre muitos
assuntos, porém antes de partir, ele me contou que enviaria alguém de sua tribo para
mim e que eu esperasse essa pessoa. Não entendi porque ele faria isso, contudo eu
concordei.
Poucos anos depois, estava morando com minha família no Arizona e estávamos no
meio da mudança de Sedona para Cave Creek. Eu tinha alugado um furgão e estava
lutando para levantar uma caixa e colocá-la no furgão. (Você não acreditaria quanta
coisa eu adquiri desde que me casei. Quando nos conhecemos, Claudette tinha uma
casa repleta de tudo que é necessário para a vida e eu também).
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Eu respondi: “Não, está tudo bem. Não falta muita coisa agora.” Na verdade, eu
realmente precisava da ajuda dele, mas não queria me aproveitar de sua amizade. Ele
me olhou diretamente nos olhos e de seu coração gentilmente insistiu:“ Na verdade,
eu não tenho nada para fazer e adoraria ajudá-lo.” Como eu poderia recusar?
Então começamos a trabalhar. Ele não tinha muito a dizer, mas parecia simplesmente
focar no trabalho e fazê-lo. E assim, quase em silêncio, trabalhamos juntos. Quando o
furgão estava completamente lotado, eu o agradeci e perguntei se havia alguma coisa
que poderia fazer por ele. Ele disse: “ Não, mas eu realmente gostaria de ajudá -lo a
descarregar o furgão na sua nossa casa. Tudo bem?”
Não podia acreditar em tanta generosidade. “Não, isto é pedir muito. Porém, obrigado
por tudo que fez.” Novamente, ele olhou diretamente nos meus olhos e disse: “ Por
favor, deixe-me ajudá-lo. Você precisa do meu auxílio e não tenho absolutamente
nada mais para fazer. É verdade mesmo, está tudo bem.” De alguma maneira,
comecei a sentir como se o conhecesse de algum lugar. Sentia, no meu coração,
como se ele fosse meu irmão, portanto cedi ao seu argumento. “Tá bom, sobe aí. Mas
você é louco.”
Era um percurso de duas horas e meia até minha nova casa e tive uma ampla
oportunidade de perguntar-lhe muitas coisas sobre si mesmo. Enquanto ele esteve me
ajudando a carregar as coisas, não disse quase nada sobre si mesmo, mas agora
estava preso nessa caminhonete velha e alugada.
Nós tínhamos acabado de sair de Sedona quando eu lhe perguntei de onde era.
Esperava que dissesse “Califórnia”, porém ao invés disso ele respondeu: “Da Nova
Zelândia”. Sem mais explicações. Olhei para ele, surpreso. “Achei que fosse da
Califórnia. Você morou lá por um tempo?” Sem me olhar, ele disse: “Não, essa é a
primeira vez que venho à América. Cheguei aqui há duas semanas”
.
Imediatamente, virei para ele e o inqueri: “Bem, onde você aprendeu a falar inglês com
sotaque californiano tão perfeitamente?” Sua resposta me chocou até os ossos. “Oh,
Faz apenas três semanas que eu aprendi. Minha tribo me ensinou.” Minha curiosidade
transformou-se em consciência. “O quê? Você aprendeu um inglês perfeito em menos
de um mês?” “Sim, é fácil”.
48
No entanto, antes que pudesse me recuperar de sua afirmação inacreditável, ele
disse: “Você se lembra de Macki Ruka? Foi ele que me enviou aqui.” Eu tinha me
esquecido completamente da promessa de Macki Ruka de enviar alguém a mim, então
isso me pegou completamente desprevenido. Não conseguia seq
uer dizer: “Você está
brincando comigo.” O que teria sido ridículo de qualquer maneira. Ninguém poderia
chegar e dizer essas palavras sobre ter sido enviado por Macki Ruka a não ser que
elas fossem verdadeiras. Ninguém sabia disso, somente eu.
Após uma pausa, ele continuou: “Na verdade, eu primeiro tive que ir aos Hopis. Fui
instruído que minha tribo e os Hopis iriam compartilhar profecias e fui eleito para ir até
eles. Depois, disseram-me para encontrá-lo. Fui direto aos Hopis. Posso te contar o
que aconteceu lá?” Como se eu fosse interrompê-lo! Ele me contou uma história que
poucos acreditariam, porém afirmo que isso é exatamente o que ele disse:
Para transmitir pedidos simples, eles falavam em espanhol, que eu também sei, mas
na maioria das vezes eles falavam comigo por meio de visões e imagens, revelando
suas profecias. Em troca, revelei-lhes as nossas verdades sobre o que o futuro trará.
Então, na terceira noite, entregaram-me um pote de barro e perguntaram-me como eu
me sentia sobre ele.
“Na verdade, primeiramente ele nada significou para mim, porém depois de segurá-lo
por algumas horas, uma onda de conhecimento veio sobre mim e uma visão tremenda
se seguiu. Podia ver que eu fui um dos Hopis há centenas de anos e que tinha sido a
pessoa que fez aquele pote. Também recordei que havia colocado uma imagem
dentro dele para que eu me lembrasse centenas de anos no futuro”.
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“Nessa visão, lembrei-me de tudo sobre mim e minha vida com os Hopis. Era tão
satisfatório e incrível me lembrar de tudo. Instantaneamente, recordei como falar a
língua Hopi. Daquele momento em diante, nós falamos somente em Hopi. Isso
aconteceu há apenas três dias”.
O que você consegue dizer para algo assim? Depois de uma pausa, eu perguntei:
“Poderia me contar o que foi compartilhado nas profecias?” Ele me olhou como se
quisesse responder, mas respondeu: “Lamento, mas não estou autorizado a falar
sobre as profecias com ninguém”.
Então, a conversa mudou para suas experiências rotineiras nos Estados Unidos desde
sua chegada. Ele achava que era um local fora do comum para morar. Sentia que nós
estávamos distanciados demais da natureza e da realidade e considerava que a TV
era uma “masturbação mental”.
Depois disso, voltamos para Sedona onde ele me deu um grande abraço, olhou dentro
dos meus olhos uma última vez e partiu. Eu nunca mais o vi novamente.
Quando nós mudamos para nossa nova casa, minha esposa e eu observamos que
animais estavam dormindo por todo nosso terreno. Nós tínhamos apenas um acre e
cerca de metade dele foi utilizado para construir a casa. Mesmo havendo tão pouco
50
espaço, animais que normalmente não ficam próximos um do outro, tais como veados,
javalis e chacais, dormiam em plena proximidade. De fato, chacais normalmente
dormem dentro da Terra, mas não ali – dormiam somente a poucos metros uns dos
outros. Nós frequentemente riamos sobre a oração maori que trouxe tantos tipos
diferentes de animais até nós. Ainda que houvesse um vasto número de escorpiões,
cascavéis e lagarto de Gila por todo o terreno, ninguém jamais foi picado ou
machucado.
Após três anos e meio, decidimos mudar para outra casa. Nossa casa estava
localizada numa área extremamente popular e o corretor de imóveis tinha certeza que
a venderíamos em duas semanas ou no máximo, num mês. Contudo, depois que
quase um ano e centenas de possíveis compradores, ainda não tínhamos vendido
nossa bela casa. Não sabíamos o que fazer.
Uma noite, Claudette acordou de um sonho e disse: “Drunvalo, lembra o que o Maori
disse que ninguém jamais tiraria nossa propriedade? Precisamos quebrar essa oração
ou nossa casa nunca será ouvida.” No dia seguinte, fomos juntos a cada uma das
cinco pontas do terreno e oramos para modificar as palavras do Maori. Nossa casa foi
vendida cinco dias depois.
A experiência Kogi
Foi com os Kogis que minhas experiências com os povos indígenas começaram a
manifestar mais do que lições na espiritualidade e no potencial humano. O que eles
ensinaram-me e mostraram-me iluminou a ideia espiritual de ser capaz de enxergar
dentro da escuridão. Sem o auxílio deles, talvez eu nunca tivesse achado esse espaço
secreto dentro do coração. Por sua assistência amorosa, serei estarei eternamente em
débito com eles.
51
A aldeia Koge
Ele explicou que os Kogis eram uma das poucas tribos que fugiu, a maioria, da
Inquisição Espanhola em 1500, mudando para o alto de Sierra Nevada de Santa
Marta. Eles estavam ali inacessíveis e, portanto, capazes de manter algumas de
culturas srcinais e crenças religiosas. Mesmo agora, eles moravam quase da mesma
forma que viviam muitos anos atrás.
Dentro de sua tribo, existe um grupo chamado os Mamas, a quem os Kogis acreditam
não serem realmente humanos, mas parte da consciência da Terra que mantem o
equilíbrio do sistema ecológico mundial. Os Kogis acreditam que sem os Mamas, a
Terra morreria.
Os Mamas são também líderes religiosos da tribo Kogi e são respeitados da mesma
maneira que Jesus é respeitado pelos cristãos ou Maomé pelos mulçumanos. De
acordo com esse jovem que me contava essa história, os Mamas eram capazes de ver
na escuridão completa e eles observavam o mundo inteiro pela sua visão interna e sua
conexão íntima com a Mãe Terra, a quem chamavam Aluna.
52
Kogis
O jovem que estava me contando sobre os Kogis e os Mamas começou a contar outra
história, sobre porque ele foi mandado para mim. Ele disse que os Kogi Mamas não
eram somente capazes de ver qualquer lugar do mundo, mas eram também podiam
ver o futuro, como os Hopis, os Maoris e muitas outras tribos indígenas ao redor do
mundo. Ele disse que os Kogi Mamas nunca haviam errado nas duas previsões sobre
o futuro em toda a sua história.
53
indígenas do mundo herdarem o planeta físico. ( Isso nos recorda as palavras da
Bíblia que “os mansos herdarão a terra”. Essa previsão é bastante similar à de Edgar
Cayce, o profeta adormecido, dizendo que pelo inverno de 1998 os polos da Terra
modificariam e uma enorme mudança aconteceria na Terra. Muitas pessoas da Nova
Era pensaram que isso significava que a maioria da consciência do mundo
O rapaz se moveu para mais perto de mim como para enfatizar o que ele estava para
me contar. Ele abaixou sua voz e sussurrou: “Em 12 de Agosto de 1999, os Kogi
Mamas viram que nós, os técnicos-culturais, ainda estávamos aqui na Terra. Entraram
em meditação profunda para ver por que, visto que era a primeira vez em sua longa
história de predições que não se tornou verdade”.
Conforme o jovem, na escuridão os Kogi Mamas podiam ver luzes por toda superfície
do planeta – e elas não estavam lá antes. Ao investigar essas luzes, os Mamas
descobriram que eram luzes de pessoas que aprenderam sobre seus corpos de luz,
chamados nos eras antigas de “Mer-Ka-Bas”. A crença dos Mamas eram que essas
pessoas com seus corpos de luz que modificaram o curso da história.
Aqui está uma parte interessante de informação. A Força Aérea dos Estados Unidos
tinham me contatado quando eu estava trabalhando em limpar a poluição atmosférica,
primeiro com o R-2 e depois, utilizando a minha Mer-Ka-Ba e em discussões pessoais,
eles revelaram algo muito interessante. Muitos dos meus alunos da Mer-Ka-Ba tinham
me contado – e eu mesmo tinha visto isso – que no momento que você ativa sua Mer-
Ka-Ba pela primeira vez, às vezes eram cercados por helicópteros pretos. E,
frequentemente, os helicópteros não iam embora e os seguiam e ficavam com eles por
semanas ou até meses. Um major da Força Aérea contou-me que quando o disco da
Mer-Ka-ba expande, uma pessoa em seu campo da Mer-Ka-Ka expele quase a
54
mesma energia (pulso magnético) de uma cidade de quinze mil pessoas. Disse que
seus satélites podiam ver o corpo de luz de uma pessoa e mostrar a imagem nas telas
dos computadores da Força Aérea. Por muitos anos, isso causou uma grande
preocupação no exército americano, mas agora eles entendem que isso faz
simplesmente parte da nova consciência que se desdobra na Terra nesse momento.
Portanto, se a Força Aérea americana podia “ver” o campo da Mer -Ka-Ba, por que não
os Kogi Mamas?
Depois que ele partiu, pensei sobre essa experiência durante um tempo, mas logo eu
me esqueci dos Kogis a medida que meus pensamentos retornaram para o mundo
familiar da minha vida. Nunca pensei que ouviria algo sobre eles novamente.
Dois meses se passaram e após outro workshop, esse mesmo homem se aproximou
de mim, novamente com outra mensagem dos Kogi Mamas. Ele disse que os Kogi
Mamas queriam me encontrar e ensinar-me a “língua que não tem palavras”. Contou-
me que era muito incomum para eles irem aos Estados Unidos e apenas três deles
tinham saído da Colômbia, porém se eu pedisse, eles achariam uma maneira. Eles
realmente gostariam que eu fosse até Sierra Nevada de Santa Marta e encontrasse
com eles lá.
Pensei sobre essa mensagem por um tempo e então, entrei em meditação profunda
pedindo permissão aos meus dois anjos para embarcar nessa nova aventura. Ambos
olharam para mim e imediatamente concederam a permissão para seguir essa
experiência, fosse lá o que ela seria. Eu abri meus olhos e simplesmente disse: “ Sim,
eu permitirei isso”.
O povo de Taos Pueblo no Novo México tinha me convidado para participar de uma
cerimônia para auxiliar a curar a dor entre o homem branco e o homem vermelho. A
cerimônia estava para ser realizada pelos seguidores do culto aos chacais, a Igreja
dos Americanos Nativos, dentro de Taos Pueblo e estava marcada para o início do
nascer do sol de um determinado dia no futuro.
Bastante impressionante, uma vez que moravam a quase 483 quilômetros da fronteira
americana e depois de cruzarem-na, eles ainda teriam que andar outros 483
quilômetros para alcançar Taos Pueblo – mais de novecentos quilômetros e ninguém
os parou! Eles atravessaram o Rio Grande, ele andaram nas rodovias, subiram cercas
de arame farpado; chegaram somente cinco minutos antes de começar a cerimônia–
tudo isso em seus trajes cerimoniais. Vida e potencial humano são muito maiores que
a maioria das pessoas aceita.
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A mulher colombiana
Dois ou três meses depois, encontrei a mim mesmo em Cuernavaca, México, não
muito distante da Cidade do México, dando outro workshop Earth/Sky. Um pouco mais
de cem pessoas estavam presentes e por volta de vinte delas vinham da Colômbia.
Um desses colombianos, uma mulher com seus quarenta e poucos anos, aparentava
ser como qualquer outra mulher moderna até nosso grupo realizar uma cerimônia,
uma dança ou um canto que era “verdadeiro”, significando algo que fazia com que as
pessoas ficassem conscientes da presença de Deus. Nesse ponto, a personalidade
dela mudaria completamente. Ela se tornou desinibida e primitiva; ela dançou com os
movimentos, abandono e intensidade de alguém que tinha entregado a si mesmo ao
canto e à música – não era algo que você esperaria de uma mulher moderna.
Para mim, era bonito observá-la, porém os outros colombianos estavam constrangidos
pelas suas ações. Enquanto essa mulher continuava com seus “maneirismos
incomuns” em cada dia dos quatro dias do workshop, os demais membros de seu
grupo tornaram-se mais e mais impacientes com ela.
No terceiro dia, o grupo estava num grande círculo segurando as mãos e cantarolando
certos sons para elevar a consciência. Na sua natureza incomum, a mulher quebrou o
círculo e foi para o centro, dançando selvagemente ao canto. Após uns quinze
minutos, os colombianos não podiam suportar mais isso e acenaram para que eu a
interrompesse. Eu mesmo não queria porque seus movimentos eram tão belos para
mim. Contudo, em respeito a eles, entrei no círculo para trazê-la de volta ao grupo.
Assim que me aproximei dela, estava de costas para mim. Eu suavemente a toquei no
ombro e ela se virou. Ela olhou-me nos olhos até minha alma, e seu corpo emitiu esse
som estranho que parecia estar em volta do meu. Instantaneamente, não estava mais
num corpo em Cuernavaca. Estava num lugar exterior com cabanas de palha e
pessoas vestidas de branco em pé ao redor, olhando-me. Era real como a realidade.
Até um cachorro passou correndo.
Não estava mais em meu próprio corpo, mas num corpo feminino observando os
arredores. Um estranho e desconhecido sentimento surgiu através de mim que parecia
quase sexual, mas não era. Vamos dizer que apenas era muito, muito bom. Então,
quando estava começando a aceitar essa minha nova realidade, repentinamente eu
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percebi a mim mesmo de volta à Cuernavaca, olhando para os olhos dessa mulher
estranha. Nunca tinha tido uma experiência como essa antes – e já tive algumas
experiências bastante incomuns.
Naquele momento, tudo que eu sabia era que queria me sentir daquela maneira
novamente. Então, inteiramente desistindo do meu lugar como líder do grupo e no
meio do canto, peguei a mulher pela mão e dirigi-me para um canto do grande recinto.
Eu a sentei no chão, olhei para seus olhos abertos e castanhos e disse: “Por favor,
faça isso de novo”.
A mulher sorriu e fez o som novamente e mais uma vez, eu não estava mais em
Cuernava, México – eu estava na Colômbia. Por duas horas, conforme as pessoas do
grupo, que pararam de cantar e ficaram observando, eu estava num alterado estado
de consciência.
No curto período de tempo que passei com ela, aprendi e compreendi o que estava
acontecendo de verdade. Tornou-se muito claro para mim. Na verdade, dois anciães
Kogi Mamas me explicaram enquanto estava nesse corpo feminino na Colômbia.
Eles disseram: “Nós fomos para baixo das montanhas, para outra tribo próxima, para
uma mulher que possui habilidades especiais. Pedimos-lhe que nos ajudassem a
alcançá-lo e ela concordou”.
Aparentemente, a mulher cujo nome era Ema, deitou-se numa cama feita de grama
grossa em uma cabana de palha redonda. Seu espírito deixou seu corpo e viajou
desceu ainda mais as montanhas até o final onde uma mulher colombiana estava
morando numa casa espanhola de tijolos. Ema entrou no corpo da mulher – eu não
sabia se ela tinha permissão para fazer isso – e colocou a ideia em sua mente de
participar do meu workshop no México aonde ela, Ema, poderia ensinar-me sobre a “a
língua que não tem palavras”.
O que era mais interessante é que a mulher colombiana não tinha dinheiro, passaporte
ou visto, certidão de nascimento ou qualquer outra maneira de provar sua identidade e
não tinha passagem de avião. Ainda assim, ela conseguiu encontrar o caminho para o
58
qualquer identificação? Como ela conseguiu viajar de avião da Colômbia ao México
sem qualquer complicação? Eu acho que eles apenas não conseguiam enxergá-la.
O que eu estava aprendendo com a Ema com seus sons estranhos no canto do salão
era muito mais do que apenas como os Kogi Mamas fizeram essa transformação
espacial comigo. Com minhas novas habilidades, eu estava andando em volta do
verdadeiro mundo dos Kogi Mamas, num corpo feminino, com velhos xamãs Mamas
ao redor de mim. Sabia que eles tinham conhecimento que era eu nesse corpo e um
desses xamãs aproximou-se muito perto do meu rosto e fez sons estranhos.
Cada vez que o som era feito, eu imediatamente desaparecia nessa outra realidade
onde eles começaram a me ensinar sobre sua história, cultura e crenças espirituais.
No momento que essa experiência verdadeira acabou, eu sabia tudo sobre essa
mulher cujo corpo estava usando, conhecia seu marido e os três filhos como se eles
fossem meus. Dois anciães Mamas estavam ao meu lado durante toda a experiência e
cheguei a conhecê-los como se fossem da família.
Um deles era Mamos Bernardo e tornou-se meu guia durante alguns meses seguintes.
Eu sentia como se tivesse renascido num mundo novo e incrível, onde todas as regras
tinham sido jogadas fora. Meu mundo velho e familiar parecia mais com um sonho do
que realidade onde aquele novo mundo era verdadeiro.
Minha sessão com Ema terminou tão repentinamente quanto começou e eu estava de
volta ao meu próprio corpo no México, dando um workshop sobre algo que, na época,
eu pensava que não tinha qualquer relação.
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honrado e animado pelas possibilidades. A língua que não tinha palavras também
podia ser utilizada como comunicação entre todas as formas de vida – e não somente
entre humanos. The Kogi Mamas disseram-me para tentar comunicar com animais
para que pudesse ver a verdade por mim mesmo.
Claudette tinha três cavalos que viviam num área enorme e aberta. No dia após ter
retornado do México, eu peguei a mão dela e empurrei-a para ir lá fora e vê-los. Eu já
tinha contado a ela sobre minhas experiências com Ema e nós dois queríamos ver o
que aconteceria.
cerca, separados por volta de trinta metros e ignorando uns aos outros. Devagar,
andei até o meio do campo enquanto Claudette preparava-se para alimentá-los. Todos
os três pareciam estar adormecidos sob o quente e seco sol do Arizona.
Silenciosamente, eu saí da mente para o meu coração como fui ensinado esse som
muito agudo saiu do meu corpo. Eu não tinha feito o som – ele apenas veio para fora e
a imagem de um potrinho apareceu na minha visão interna.
Pelos trinta minutos seguintes, eu me tornei um cavalo. Fizemos poucos sons uns
com os outros, intercalado com relinchos tranquilos. Imagens de cavalos e bandos
preencheram meu ser e a mesmo sentir “sexual” que tinha experimenta do antes com
Ema inundou meu corpo. Não posso explicar completamente, mas foi um dos
60
Então, tão rápido quanto começou, terminou. Porém, eu estava mudado para sempre
e também os cavalos. A partir daquele momento em diante, minha relação com eles
não era mais de homem e cavalo – era de um membro da família para outro. Que
dádiva! Naquele momento eu soube, com certeza absoluta, que minha experiência no
México tinha sido real. A vida estava ficando realmente boa!
Acredito que seja porque essa língua única não é uma língua escrita ou falada com
palavras, porém criadas por sons provenientes do coração. Somente quando o
coração da humanidade abrir novamente nós nos lembraremos dessa linguagem e
estaremos reconectados – não apenas entre nós e com os animais, mas com toda a
vida em qualquer lugar.
A princípio, eu estava relutante porque nós humanos temos tanto lixo emocional e
restrições de controle, que torna assustador deixar a mente para a maioria de nós.
Porém, ela era persistente e finalmente, consenti em tentar, não esperando realmente
que nada acontecesse.
Nós sentamos com as pernas cruzada, de frente um para o outro, e começamos com
uma meditação simples de observar nossas respirações, mais para relaxar do que
61
para qualquer coisa. Então, como os Kogi Mamas me mostraram, meu espírito
literalmente deixou o espaço da minha mente e se moveu para o meu coração e quase
imediatamente sons estranhos saíram do meu corpo e uma visão interna apareceu.
Então fechamos os olhos novamente e num instante, outro som saiu do meu corpo.
Imediatamente, eu estava no teto de um cômodo da casa da mulher colombiana,
olhando para ela enquanto dormia em sua cama. Era de manhã muito cedo e sua casa
era velha e feita de tijolos.
Aí, como um jato, começamos a nos mover rapidamente sobre os topos das árvores e
das montanhas. Nós voamos numa velocidade tremenda, parando talvez a quarenta
metros acima das árvores agarradas aos lados da subida das montanhas até que
finalmente chegarmos do cume para o vale das montanhas altas, onde uma aldeia de
cabanas redondas de palha estavam aninhadas.
62
Voamos diretamente para uma das cabanas e passamos através das paredes onde o
corpo de Ema estava deitado nu na cama de grama. (Normalmente, os Kogis e outras
tribos nessa montanha dormiam em redes, mas estavam preocupados em deixar Ema
numa rede por um período estendido de tempo sem sua consciência).
Ela enrolou-se em seu corpo e acordou com sua família de pé ao seu redor. Seus três
filhos vieram correndo, animadamente gritando seu nome para dar-lhe um abraço de
retorno. O mais novo, que tinha apenas um pouco mais que um ano de idade, foi
imediatamente para seu seio esquerdo e começou a sugar. O marido dela e os dois
anciães Mamas ali estavam. Olhei para eles e eles reconheceram minha presença. E,
então, acabou.
Estava de volta ao recinto na costa leste dos Estados Unidos com minha facilitadora.
Novamente, abrimos nossos olhos ao mesmo tempo. Sem que eu dissesse uma
palavra, ela começou a descrever a experiência em perfeitos detalhes, com uma
exceção, que nesse dia não compreendi. Ela viu o espírito de Ema sair do corpo da
mulher colombiana como se fosse um inseto. Quem sabe? Talvez isso tenha algo
relacionado aos sistemas de crenças dela. A não ser por essa exceção, ela tinha tido
experiência idêntica a que eu tive.
Dizer que estava animado não chega nem perto de descrever como eu me sentia.
Agora não havia qualquer dúvida da validade do lugar secreto no coração. A
experiência sustentava tanto potencial humano e podia verdadeiramente modificar o
curso da história humana longe da extinção. E o que os Kogi Mamas queriam que eu
fizesse era ensinar ou transmitir essa habilidade para outras pessoas. Por quê?
Porque como guardiães do equilíbrio do mundo, os Kogi Mamas acreditam que nós
lembrarmos o que ou quem está em nossos corações, não seremos mais capazes de
matar a Terra com nossa tecnologia inconsciente. Creio que eles estão certos.
Pelas duas semanas seguintes, os Kogi Mamas apareceram nos meus sonhos todas
as noites, a noite inteira. Eles continuaram a me ensinar e revelar aspectos de si
mesmos que achavam que eu deveria saber. Estava claro, muito claro nesses sonhos
que eles queriam que eu revelasse essa informação para as culturas tecnológicas do
mundo.
63
No final, eu tive um encontro pessoal com os Kogis. Mas eu não aprendi nada além do
que eles já tinham me ensinado. Eles, contudo, fizeram sugestões e estou usando
alguns de seus conselhos para ensinar o que aprendi, porém alguns dos seus
conselhos eu não posso utilizar. Por exemplo: os Kogi Mamas disseram para manter
meus alunos em pé num recinto completamente escuro sem dormir ou comer durante
nove dias e noites, eles seriam capazes de entrar no espaço sagrado do coração. Isso
pode ser verdade, mas não funciona no mundo moderno. Usando minha experiência
pessoal como guia, eu encontrei duas formas de substituir essa técnica, que
compartilharei com vocês antes que esse livro termine.
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Capítulo Quatro
O que é Tempo
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O espaço sagrado do coração, às vezes referido como câmera secreta do coração, é
uma dimensão atemporal da consciência onde todas as coisas são possíveis, aqui e
agora. Em todas as antigas escrituras e tradições orais há referências ao secreto ou
espaço especial dentro do coração. Um curto verso do Chandoya Upanishad no início
desse livro é um exemplo. Outro exemplo é o livro associado ao Torá chamado “As
câmeras secretas do Coração”.
a inteligência do coração.
Os cientistas do Instituto talvez tenham feito uma descoberta ainda maior sobre o
coração. Eles provaram que o coração humano gera um maior e mais poderoso
campo de energia que qualquer outro órgão no corpo, incluindo o cérebro dentro do
crânio. Eles descobriram que esse campo eletromagnético mede entre 2 metros e
meio a três metros de diâmetro, com seu eixo centrado no coração. Sua forma
assemelha-se ao formato do donut de m toros, que é frequentemente considerado o
mais srcinal e forma primária no universo.
Eu encontrei dois aspectos muito importantes neste campo toroidal. Primeiro, pode
ser usado como porta para encontrar e entrar na câmera secreta do coração.
Instruções sobre como entrar no espaço sagrado usando esse vórtice podem ser
encontradas ao final desse livro. O segundo aspecto está relacionado ao toro interno,
o menor. Esse não é o momento de explicar o quão importante é esse campo interno,
mas retornarei a ele quando falarmos sobre a criação do coração.
Cirurgiães cardíacos têm aprendido outras partes de informação que poderiam estar
relacionadas, mas não estou certo da importância. Eles encontraram um lugar
pequenino no coração que nunca dever ser tocado por motivo algum ou a pessoa
imediatamente morrerá, sem qualquer chance de revivê-la. Seja onde for esse lugar,
certamente ele é importante para a vida.
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Estou convencido que o campo magnético toroidal passa exatamente por ali e é
gerado pelo espaço sagrado do coração, mas ainda não está claro o que é “o cérebro
do coração” e “o local que não pode ser tocado ou você morre”. Se compreender ou
descobrir uma relação, por favor me diga.
O que segue é algo que aprendi, mas primeiro gostaria de fazer uma ressalva. O que
sei até esse momento, aprendi da experiência direta e das experiências de alguns dos
meus alunos e às vezes, não compreendemos o que estava acontecendo por longos
períodos. Estou prestes a dizer algo que acredito ser verdadeiro agora e posso mudar
de ideia sobre algumas das informações. Você deve seguir seu próprio coração e ser
verdadeiro consigo mesmo. Se algo neste livro não funciona para você, apenas
desconsidere-o. Estou certo que há outra forma para que encontre seu espaço
sagrado do coração.
Nos primeiros dois anos que ministrei o workshop Vivendo no Coração, eu achei que
poderia alcançar apenas metade dos participantes; metade das pessoas em cada
Gastei muitas horas meditando nessa questão. Baseada nas respostas de centenas
de pessoas que não conseguiram encontrar o espaço sagrado, parece agora que a
maior parte das razões está em seus corpos emocionais. Aqueles que
experimentaram traumas emocionais em algum momento de suas vidas sentem a dor
novamente quando entram no espaço sagrado e querem sair imediatamente. Isso
significa que talvez seja necessário que você limpe esses resíduos emocionais através
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de terapia antes de começar. Aqueles que encontraram uma maneira de libertar sua
energia emocional, não importando como o fizeram, estão aptos a entrar no coração
com pouco ou nenhum desconforto. Uma vez no coração – ainda que somente por
quinze minutos – tudo aquilo que os tinha impedido de entrar parece se dissolver e
não tem qualquer problema em retornar para o espaço sagrado.
Outro problema que tenho encontrado são as diferentes maneiras que as pessoas
“veem”. Alguns enxergam usando a instalação interna de ver na forma de visões e
sonhos; outros utilizam o som e escutam para perceber os mundos internos; e outros
usam os sentidos como o olfato, o paladar e sensações corporais para enxergar.
Como resultado, as expectativas sobre como essa experiência deveria acontecer
acabam atrapalhando. Uma curta história pode tornar isso mais claro.
Ao final de um recente workshop, um casal foi para casa e um deles tinha entrado no
espaço sagrado do coração e outro sentia que tinha fracassado. (Ainda que eu
prepare as pessoas para essa possibilidade, ainda poderá se sentir desencorajado
quando estiver acontecendo com você). O marido, que sentia não ter tido a
experiência, diz à esposa: “Sinto-me mal por nada ter acontecido enquanto estava na
meditação. Não vi nada. Mas tenho que admitir que o CD que o Drunvalo colocou para
tocar, com golfinhos e baleias, era incrível. A música estava tão boa que eu quase
podia sentir a água no meu corpo”. Abismada, sua mulher contou -lhe que eu não
toquei nenhum CD. Esse homem era músico e essa era sua forma de ver. Ele tinha
esperado ver uma visão, mas, ao invés disso, ele viu pelos ouvidos.
Agora estamos descobrindo que muitas pessoas que acharam não ter tido a
experiência, na verdade tiveram, contudo porque ela não correspondia às suas
expectativas, eles descartaram toda a experiência de estar no espaço do coração.
Uma das primeiras coisas que notei quando entrei no espaço sagrado do coração foi a
vibração que parecia vir de todos os lugares. Obviamente, a vibração não eram as
batidas do coração, uma vez que o som era contínuo– como o som do Om, ainda que
diferente. (Nas duas vezes que estava na Câmara do Rei na Grande Pirâmide do
Egito, eu experimentei uma vibração que parecia estar em todos os lugares dentro da
pirâmide, até em todas as pedras que eu tocava. Falei disso commuitas pessoas que
69
experimentaram a mesma vibração ali e acredito que seja quase exatamente a
vibração do coração.)
Quando você entra no espaço sagrado do coração, uma das primeiras coisas que
gostaria que fizesse quando ouvisse a vibração do coração é, na verdade, duplicar
esse som interno com sua voz física. Não precisa ser perfeito, somente o mais
próximo que conseguir. Isso conecta o mundo interno do coração ao mundo exterior
da mente.
Uma vez que tenha experimentado o espaço sagrado do coração e queira retornar,
pode simplesmente sintonizar a vibração do coração pelo sussurrar do som e . é claro,
sair da mente para o coração. A vibração direciona-o diretamente para o espaço
sagrado do coração e retornar se tornar cada vez mais fácil. Finalmente, essa
mudança da mente para o coração poder ser alcançada em dois ou três segundos.
Antes de começar, por favor compreenda que sua experiência e a minha podem ser
completamente diferentes e aparentemente parecerem até não ter absolutamente
nada em comum. Embora existam muitas correlações entre duas pessoas quaisquer,
como flocos de neve, cada pessoa é única. Então, por favor, não estabeleça
expectativas. Quanto mais você entra no coração como uma criança com olhos e
sentidos abertos, mais fácil e mais direta serão suas experiências. Eu estou contando
outras experiências para que as utilize como referências e não como “regras”.
Nos meados da década de 80, estava meditando com a Mer-Ka-Ba, o corpo de luz
humano e repentinamente, muito inesperadamente, encontrei a mim mesmo numa
caverna esculpida em pedra maciça que parecia a mim completamente real.
Uma extremidade da caverna era redonda como uma cúpula, com nada exceto uma
área circular com abas levantadas por pedras e media doze polegadas de altura e um
70
metro e oitenta de diâmetro, repleta de areia de silicone branco e puro. Ao longo da
parede esquerda da área principal estavam cerca de vinte fotografias de pessoas, que
pareciam estar, de alguma forma, incorporadas na pedra maciça. Não reconheci
nenhuma das pessoas nem compreendi porque aquelas fotos estavam ali. Na parede
oposta estava uma entrada grosseira de quase três metros e meio de largura e quase
cinco de altura. Uma parede de luz branca bloqueava a visão do que estava atrás da
abertura. Sabia instintivamente que seja lá o que estivesse atrás da parede de luz era
algo que estava escondido de mim por eu mesmo. Sabia que tinha criado essa parede
de luz, mas não a menor ideia do motivo.
Minha caverna
Enquanto andava na caverna, tudo parecia muito familiar e ao mesmo tempo, parecia
que estava ali pela primeira vez. Na extremidade mais distante, uma escada fora
esculpida em pedra maciça, rodeando para outro nível abaixo. Nesse novo nível tinha
uma luz verde que não produzia sombras; ela simplesmente parecia vir do próprio ar.
Eu vi muitos cômodos fechados – acredito que havia centenas deles. Minha orientação
interna me disse que essa parte da caverna era para momentos posteriores da minha
vida, então retornei para o cômodo principal.
Continuei retornando para a caverna nas minhas meditações, ainda que não estivesse
tentando fazer isso acontecer. A cada dois meses ou quase isso, eu me via de volta a
esse espaço. Nada mudou nem descobri nada novo até quase um ano depois que
encontrei a caverna.
71
Estava sentado com as pernas cruzadas na área de areia de silicone, olhando para a
parede de pedra maciça (Descobri que depois que entrei nesse espaço, eu
frequentemente não conseguia sair até que a meditação estive naturalmente
terminada e acostumei-me a passar pelo anel e sentar na areia porque, de alguma
maneira, era muito bom sentar ali), quando eu me tornei consciente dessa incrível
vibração que, uma vez sentida, estava em todo o lugar. Contudo, logo que eu saísse
do anel, a vibração caía o tom. Com o passar do tempo, ficou claro que essa vibração
era a mesma em todo o lugar na caverna, exceto no anel de areia de silicone. A
mudança de tom era a primeira indicação que área de areia era única nesse espaço
onde eu meditaria por horas. Mas na verdade, na época eu tinha a menor ideia do que
isso significava.
Um dia enquanto eu ainda estava meditando novamente dentro do anel, de frente para
a parede de pedra, percebi que a parede começou a se tornar transparente. Para
minha grande surpresa, quando eu tocava a parede na área transparente, minha mão
passava diretamente através dela. Animadamente, eu me inclinei para frente fora do
anel e empurrei minha mão tão distante quanto era possível na pedra. Meu corpo
inteiro meio que caiu através da parede e achei-me fora da caverna, na superfície de
um planeta, profundamente dentro de uma fenda ao lado de uma montanha muito alta.
Escalei para fora da fenda até que conseguisse olhar em volta. Era noite e vi os céus
repletos das familiares estrelas. Porém, eu não conseguia ver qualquer tipo de vida em
lugar algum, apenas pedra; não podia achar sequer alguma sujeira. Após alguns
minutos, subi de volta para dentro da fenda e tentei retornar para dentro da caverna,
mas não consegui da primeira vez. Era uma parede de pedra maciça. Eu não sabia o
que fazer. Lembro que senti medo por um momento.
Depois que descobri esse truque, durante um ano eu passaria pela parede de pedra
maciça para fora e faria longas caminhadas para explorar o local. Essa realidade era
tão real quando minha realidade comum aqui na Terra– ao menos, não conseguia
72
dizer qualquer diferença. Eu sentia a mim mesmo respirando; se eu tocasse uma
pedra, sentia a mesma coisa que sentiria no mundo normal. Tudo era exatamente o
mesmo – exceto pela vibração que nunca parava e a luz que não produzia sombras.
Durante esse período da minha vida, eu estava morando com uma família nativa
americana nas altas planícies desérticas fora do Taos, Novo México. Minha casa era
composta por um velho ônibus escolar Chevrolet 1957 e uma cabana branca e
tradicional dos nativos americanos que estava aninhada ao lado do ônibus. Por dois
anos e meio, minha vida centrou-se em volta dessa simples herdade.
Numa noite escura, durante uma tempestade de neve fria e cruel, teve uma batida na
porta do ônibus. Eu estava admirado que qualquer um estivesse na minha porta
porque estava nevasca furiosa e completamente marrom lá fora e estava a mais de
um quilômetro e meio da rodovia pavimentada mais próxima. Uma jovem de vinte anos
estava em pé congelando e pedindo abrigo e é claro que a convidei para entrar.
Assim que ela tirou o capuz e pude ver completamente o seu rosto, tive uma grande
sensação de deja vu. Mas não consegui imediatamente localizar onde a tinha visto
antes, então comecei a perguntar sobre os possíveis lugares onde poderíamos ter nos
conhecido. Então, eu entendi. Ela estava na primeira fotografia na parede da caverna!
Na primeira oportunidade, entrei em meditação na minha caverna e certamente, sua
foto estava bem ali na parede. Ela ficou comigo por volta de um ano e teve uma
influência enorme na minha vida com compreensões espirituais que me apresentou.
Durante anos, uma a uma das pessoas nas fotos da parede entraram na minha vida
com informação e experiências que eram – e ainda são – inestimáveis para mim.
Contudo, na época que conheci essa moça, não tinha a minha ideia que a caverna
era, de alguma forma, extremamente importante para meu motivo de estar na Terra.
73
Voltando para Casa
A abertura de três metros e meio com a parede de luz nunca se modificou durante
anos, quer dizer, não mudou até Janeiro de 2002. Estava na Alemanha ministrando
num workshop Vivendo no Coração e o grupo tinha acabado de entrar no espaço
sagrado no coração pela primeira vez. Eu também entrei no espaço sagrado e, como
sempre, encontrei-me dentro de minha caverna. Já tinha compreendido que esse era
um espaço interno do meu coração, porém enquanto eu andava em direção à parede
de luz, pela primeira vez a luz opaca que ocultava a abertura estava levemente
transparente. Fiquei animado, porque isso nunca tinha acontecido antes e perguntava-
me o que viria a seguir.
Nós saímos de nossos espaços sagrados e dispensei o grupo para um breve intervalo
de meia hora. Comecei a voltar para minha sala quando uma mulher se aproximou de
mim e disse que tinha um presente para mim.
Ela me contou que estava caminhando numa praia na Grécia, em nada pensando
além do belo lugar onde estava quando olhou para a areia e vi essa pedra incomum.
Ela a pegou e imediatamente a pedra disse: “Leve-me para Drunvalo”. E foi
exatamente o que ela fez. Enrolou-a num pedaço de pano, então não pude
verdadeiramente ver a pedra assim que ela me entregou. Agradeci e levei-a para
minha sala. Quando eu a desenrolei, estava assustado. Nunca tinha visto nada
parecido, nem que se aproximasse disso. Sentia que era extraterrena.
74
A pedra
A primeira coisa que fiz foi sentar para meditar segurando a pedra no meu terceiro
olho. Sem nenhum pensamento pré-determinado, achei a mim mesmo em frente da
parede de luz da minha caverna interna. Dentro de um pouco tempo, a parede de luz
desapareceu completamente e pude agora ver dentro da abertura que tinha segurado
minha curiosidade por tantos anos.
Ali, em sua total beleza, estavam os céus. Diretamente no centro da abertura estava a
constelação de Órion, proeminentemente mostrando as três estrelas de seu cinturão.
Repentinamente, um feixe de luz brilhante, espiralada e dourada veio da região da
75
Naquele momento, lembrei tudo que meu Pai tinha me contado quando eu deixei a 13ª
dimensão de como meu espírito deveria se mover para encontrar meu caminho para a
Terra. Com a diferença que agora eu lembrava como se mover para encontrar meu
caminho de volta para casa! Eu estava tanto feliz – feliz por recordar tanto que havia
propositadamente esquecido – quanto apreensivo. Isso significava que estava prestes
a deixar a Terra e voltar para casa? Um dos meus anjos apareceu imediatamente para
assegurar-me que eu não estava indo embora, mas que o vértice, “o feixe dourado d e
luz em espiral”, tinha aberto outra forma de comunicação para mim que seria usado no
futuro e seria de suma importância na minha vida. Lembrando que o movimento do
Espírito era importante por outra razão que logo entenderia.
Saí da meditação ainda segurando a pedra mais incomum do meu terceiro olho e
comecei a chorar. As emoções que experimentei ao estar reconectado com meu Pai
dessa forma era uma liberação e tanto.
entrei durante minha meditação Mer-Ka-Ba estava relacionada com o espaço sagrado
do coração até eu encontrar os Kogis da Colômbia. Eles eram aqueles que iluminaram
essa relação e por isso, serei eternamente agradecido.
O que é tempo?
76
O anel repleto de areia tinha se tornou uma grande banheira,
Ver isso me deu uma emoção engraçada. Eu não esperava isso e estava desnorteado,
então apenas fiquei em pé olhando para a água, sem saber o que fazer ou o porquê
disso estar acontecendo. De repente, uma onda de água começou a subir um metro
ou dois acima do aro, derramando-a e fazendo-a fluir como um rio em direção a
parede onde a abertura no chão alargou-se para receber a água abundante.
No dia seguinte, durante a aula, entrei no coração de novo para ter uma experiência
que alteraria minha vida meditativa para sempre. O fluxo da água continuava, mas
parecia que tinha se acalmado para um contínuo, porém intenso fluxo. A borda do
círculo de pedra tinha aumentado e tinha quase um metro, criando algo parecido com
ofurô.
Queria entrar no meu espaço sagrado interno, porém continuei ali, contemplando se
isso era algo que deveria – ou não – fazer. Finalmente, senti que deveria ir em frente e
assim proceder como sempre fiz, então subi na banheira repleta com o turbilhão de
77
água. A água estava fresca e confortável, da mesma temperatura da caverna e
extremamente pura e transparente. Com esse fluxo de água correndo ao meu redor,
eu logo comecei a meditar, meus olhos abertos e observando a parede de pedra na
minha frente. A parede vagarosamente começou a se tornar transparente como eu
tinha visto tantas vezes antes e segui o desejo avassalador de passar através dela.
Assim que subi para fora da fenda de pedra familiar para onde podia ver o planeta
estéril, parei no caminho por causa do espetáculo que estava observando. O planeta
“imaginário” não era mais estéril! Em todo lugar, tanto quanto eu podia ver, tinha uma
vida vegetal abundante; uma selva virtual estendia-se diante de mim em todas as
direções, por todo o caminho até horizonte. Como isso podia ser?
Após um longo tempo de contemplação e reverência, voltei para meu espaço sagrado
interno e reentrei no meu corpo. Uma vez que estava de volta ao mundo, levei dias
considerando o significado da minha última experiência. Realmente, o que isso
representa? Minha orientação interna, os anjos, permaneceram silenciosos e
próximos, deixando-me encontrar sozinho minhas próprias conclusões.
A natureza da experiência das pessoas cobre um largo espectro. Seja cuidadoso com
quaisquer expectativas pré-determinadas. Seja como uma criança, com o coração
aberto ao entrar no espaço interno. Sua experiência será certamente única para você
somente. Aqui estão alguns exemplos de o que as pessoas experimentam para que
possa ter uma ideia do quão diversos são nossos espaços sagrados do coração.
78
“Quando pedi que meu espaço sagrado fosse preenchido com luz, isso aconteceu
instantaneamente. Estava tão feliz quando isso aconteceu porque geralmente nada aconteceu
quando peço alguma coisa. Era uma luz leve e incandescente– e não brilhante como era em
casa. Olhei em volta e descobri um templo de aparência egípcia grande e trabalhado. Contudo,
as pedras pareciam ser elétricas e emitiam luz também. Havia hieróglifos nas paredes e assim
que cheguei mais perto para vê-los melhor, eles começaram a dançar como se estivessem
vivos. De alguma forma, uma linha com vinte imagens fizeram o maior sentido para mim. Não
posso dizer o que significava, mas eu sabia o sentido no meu coração e comecei a chorar.”
“Eu me virei e vi uma porta muito alta. Passei por ela para outro cômodo, on
de tinha essa
mulher real e bonita com cabelos e olhos escuros e com um manto dourado e comprido. Ela
parecia egípcia. Ela pegou minha mão dizendo uma palavra e guiou-me até um cômodo
pequeno e simples. Ela me conduziu para dentro dele e desapareceu. Sabia instantaneamente
que tinha acabado de entrar no meu espaço sagrado interno. Tinha certeza disso.”
“De repente, o cômodo começou a mudar de forma e continuou a crescer em tamanho até que
tivesse mais de um quilômetro e meio de largura; continuou crescendo até as paredes
desaparecerem. Então, percebi que estava no espaço profundo. Aí, você (Drunvalo) pediu que
voltássemos.
Um rapaz afirmava que nada poderia acontecer com ele, pois “nunca acontecia”, e resolveu
compartilhar sua experiência:
“Quando eu pedi que se fizesse luz, nada aconteceu. Então comecei a ver se eu podia sentia o
meu caminho como você (Drunvalo) tinha sugerido. De alguma maneira, sabia onde estava;
tudo era muito familiar. Virei à esquerda e quase como quadro impressionista, podia enxergar
Aos poucos, comecei a decifrar figuras e formas, e as formas logo começaram a se tornar mais
brilhantes até que eu estava num mundo de apenas luz– significando que ele não era sólido,
79
mas como um holograma. A luz começou a se mover, formando padrões de formas
geométricas. Senti que eu mesmo estava me movimentando, seguindo o fluxo corrente de luz
de volta para a fonte. A beleza era intensa e o sentido do movimento muito veloz era
emocionante. Seja lá o que fosse, continuou me empurrando e eu pude ver. Linhas de luz
estavam vindo de todo o universo para essa único lugar do qual eu estava rapidamente me
aproximando. Naquela altura, o tamanho e a grandeza desse evento eram em escala galáctica.
Senti-me como uma pequenina partícula no meio desse todo.
Assim que fluí como mercúrio para dentro do centro desse campo de luz, sabia que estava em
Casa – com letra maiúscula! Já tinha estado ali antes. No centro dessa experiência incrível
estava uma esfera de água viva. Escorreguei para o meio dessa esfera de água e luz quando
você nos pediu para retornar. Sabia que voltaria ali. Não queria interromper essa experiência.
Não queria retornar. Eu estava tão vivo.”
Há motivos pelos quais as pessoas não podem entrar no coração ou, se elas
encontrarem esse lugar especial, sentem-se compelidas a deixá-lo imediatamente.
Levei quase dois anos ensinando e ouvindo aqueles que não conseguiam entrar antes
de compreender porque isso acontecia.
fora de lá. Descobri que se for esse o caso, se a pessoa conseguir ficar um pouco
mais, o medo frequente vai embora e tudo fica bem. O segredo está em como fazer
com que alguém permaneça o tempo suficiente para dissolver o medo.
80
O terceiro problema, que também mencionei anteriormente no livro, está quando as
pessoas têm expectativas de serem capazes de “ver” de determinada maneira e não
percebem que podem “ver” de outras formas – pela audição, pelo tato, olfato ou
paladar.
Como eu disse, no começo eu conseguia alcançar apenas 50% das pessoas. Mas em
janeiro de 2002, tinha aprendido sobre esses problemas que impediam as pessoas de
entrarem em seus espaços sagrados do coração. No workshop da Alemanha, 174 das
180 pessoas estavam prontas de entrar no espaço sagrado interno de seus corações,
ainda que nós estejamos ensinando e relembrando.
81
Capítulo Cinco
A MEDITAÇÃO DA UNIDADE
ENTRANDO NO PALCO
82
Uma coisa que os povos indígenas do mundo me ensinou foi que antes de uma
cerimônia importante, você deve conectar-se com o amor da Mãe Terra, depois com o
Pai Céu e através dessa experiência, por último, conectar-se com o Grande Espírito
ou Deus. Não é diferente quando alguém está prestes a entrar no espaço sagrado do
coração, senão esse espaço permanecerá escondido.
Aprendi srcinariamente o que estou a ponto de partilhar em 1981 com um dos meus
mentores de Taos Pueblos, Jimmy Reyna, e conhecia de forma muito simples e não
refinada. Porém, aqui entra um dos grandes professores espirituais das tradições da
Kriya yoga, falando em termos elegantes.
revezando para liderar a audiência para uma unidade cada vez mais superior com o
Espírito. Eu seria o próximo. Estava atrás do palco num quarto pequeno, sentado em
frente a um altar de meditação onde alguém tinha colocado uma única vela e várias
fotografias da Self-Realization Fellowship. Havia quadros de Krishna, Jesus, Babaji,
Lahiri Maharshi, Sri Yukteswar e Yogananda. Sabia para ir realmente ao palco, alguém
viria e me levaria até lá. Já sabia sobre o que falaria, então nada havia a fazer além de
me centrar. Para mim, não há maneira melhor de fazer isso do que entrar em
meditação.
Reconheci os professores por grandeza que eram e fechei meus olhos para começar a
meditação. Vagarosamente, o mundo ao meu redor começou a sumir a distância
enquanto a energia começou a aumentar e eu tive uma visão. Um momento único que
alteraria o curso daquela noite com a audiência e depois, o curso de quase tudo do
meu mundo espiritual.
Num curto período de tempo, Sri Yukteswar apareceu a mim com essa expressão
nobre no rosto. Embora eu tivesse tido um relacionamento próximo com Yogananda, o
discípulo de Sri Yukteswar, eu nunca tinha pensado realmente sobre Sri Yukteswar.
Porém, ali estava ele.
83
Sri Yukteswar
A meditação da Unidade
Sri Yukteswar foi diretamente ao ponto, assim eu farei agora. Ele me contou que na
Índia ninguém sequer consideraria aproximar-se da divindade sem determinado
estado de mente e coração e ele me deu instruções muito específicas sobre como
exatamente conectar-se conscientemente com o divino e finalmente, com Deus. Aqui
está o que ele me disse:
“Você pode estar em qualquer lugar, mas para mim, utilizo um altar com uma única vela para
focar minha atenção mental. Sinto e sei da presença dos meus professores e nós todos
começamos a respirar juntos como se fossemos um.”
“Deixe sua atenção mudar para um lugar na Terra que você sinta que é o local mais bonito do
mundo. Pode ser qualquer lugar– uma cena de montanhas com árvores, lagos e rios; ou um
deserto arenoso e árido sem quase nenhuma vida– um local que perceba como belo. Veja
com todos os detalhes que puder.”
84
“Por exemplo, se o seu local é uma cena de montanhas, veja as montanhas e as nuvens
brancas e ondulantes. Veja e sinta a floresta e as árvores movimentando-se com o vento. Veja
os animais – o veado e o alce, pequenos coelhos e esquilos. Olhe para baixo e veja a água
límpida dos rios. Comece a sentir amor por esse lugar e por toda a natureza. Continue a
crescer dentro desse espaço de amor com a natureza até seu coração estar batendo com o
calor de seu amor.
Quando sentir que é o momento certo, envie seu amor para o centro da Terra usando sua
intenção, então a Mãe Terra pode diretamente sentir seu amor por ela. Você pode colocar seu
amor numa pequena esfera e enviá-la para a Mãe assim que desejar, mas sua intenção que é
mais importante. Então, espere como uma criança. Espere até que a Mãe Terra envie o amor
dela de volta para você até que possa senti-lo. Você é seu filho e sei que ela o ama.
Enquanto o amor da Mãe entra em seu corpo, abra-se completamente, permitindo que esse
amor movimente-se em qualquer lugar pelo seu corpo. Deixe-o entrar totalmente em suas
células. Deixe-o movimentar-se pelo seu corpo de luz. Deixe-o movimentar-se por onde queira
se movimentar. Sinta esse lindo amor que a Mãe Terra o tem rodeado e permaneça nessa
união com a Mãe Terra até sentir essa união completa.”
“No momento certo, que somente você saberá, sem interromper a união de amor com sua
Mãe, olhe para seu Pai, seu Pai Celestial. Olhe para o resto da criação além da Terra. Coloque
sua atenção no céu noturno. Veja a Via Láctea enquanto ela serpenteia pelos céus. Observe a
espiral dos planetas e da Lua ao seu redor e da Terra. Sinta o Sol escondido abaixo da Terra.
Perceba essa inacreditável profundeza do espaço.
Sinta o amor que você tem por esse Pai, pelo Pai Divino que é o espírito de toda a criação,
exceto a Mãe Divina. E quando esse amor ficar tão grande que simplesmente não consegue
ficar dentro de você nem mais um segundo, deixe-o mover-se para os céus com sua intenção.
Novamente, pode enviar seu amor para os Céus dentro de uma pequena esfera, se desejar.”
Sri Yukteswar disse para colocar seu amor numa pequena esfera e com sua intenção,
mandá-la para os céus. Disse para enviá-la para a rede de consciência da unidade ao
redor da Terra. Se você não sabe o que é essa rede, não se preocupe, apenas faça
como a maioria dos povos indígenas do mundo: envie seu amor para o Sol. Como as
redes, o Sol está conectado com todos os outros sóis ou estrelas e todas as vidas em
todos os lugares. Alguns povos, como os Hopis do sudoeste dos Estados Unidos,
mandam seu amor para o Grande Sol Central, que é outro conceito que nem todos
85
tem, mas igualmente válido. Escolha um – qual deles não importa. O objetivo é que
seu amor alcance toda a vida em todos os lugares.
Sri Yukteswar continuou: “ Uma vez que seu amor tenha sido enviado para os Céus do Pai
Divino, novamente aguarde; espere que o Pai envie seu amor de volta a você. E é claro, ele
sempre faz isso. Você será seu filho para sempre e o Pai Divino sempre, sempre o amará. E
assim como o amor da Mãe, quando você sentir o amor do Pai Divino entrar no seu ser, deixe-
o movimentar-se onde quer que deseje. É o amor de seu Pai e é puro.”
Para essa parte da meditação, Sri Yukteswar srcinalmente me deu uma forma muito
complexa de estar consciente de Deus, mas depois de falar com vários anciães de
muitas tribos ao redor do mundo, senti que nós podemos simplificar o caminho para
alcançar esse estado final de consciência. É realmente simples: assim que você
estiver na Tríade Sagrada, pode alcançar essa experiência apenas abrindo seu
coração para a presença de Deus. Por alguma razão que somente Deus sabe, no
estado da Tríade Sagrada a presença de Deus é facilmente perceptível.
Para alguns, esse estado de consciência é tudo que necessitamos para completar
todos os ciclos criados pela vida, ou outra maneira de dizer isso é uma porta que
aproxima todas as cerimônias sagradas da vida, como o nosso nascimento nesse
86
conexão particular com o Grande Espírito para que as culturas cresçam e sejam
saudáveis.
Entrando no palco
Nesse ponto, sri Yukteswar tornou-se bastante austero. Ele me olhou diretamente nos
olhos e disse: “Drunvalo, quero que você vá até o palco hoje e ensine essa meditação
para a audiência exatamente como eu o ensinei.” Ele me olhou como se confirmasse
suas palavras e achei melhor não lhe desobedecer. Então, ele se curvou e
desapareceu.
Lembro que ouvi uma batida na porta que me disse que era minha vez. Lembro que
me levantei, confuso. Não sabia o que fazer. Eu já tinha um plano do que iria fazer e
dizer, porém isso parecia ter ultrapassado qualquer coisa. Disse ao assistente de
palco que seguiria em apenas um minuto, fechei a porta e rapidamente os anjos se
interpuseram ante ela. Eles aconselharam-me a fazer como Sri Yukteswar tinha
pedido e que entenderia isso depois. E assim eu fiz e somente muito depois, eu
compreendi.
Assim que estava de frente para a plateia, contei-lhes o que tinha acabado de
acontecer e que nós entraríamos num estado de meditação no qual Sri Yukteswar
tinha fortemente sugerido que todos nós experimentássemos. Todos no salão, exceto
aqueles que estavam cuidando do grupo, estavam profundamente em meditação.
Encontrei muitos que estavam tão profundamente mergulhados na meditação que não
conseguiam ou não queriam sair dela.
Após várias tentativas de acordar a todos, ainda tinham quase trinta pessoas que
simplesmente não queriam retornar. Nós mandamos pessoas individualmente para
tirá-los de sua meditação e todos eles finalmente voltaram – com exceção de um
87
rapaz que pensávamos ter que levar para o hospital. Após talvez mais vinte minutos,
enquanto todos os outros estavam lanchando, ele finalmente abriu os olhos.
Tudo que eu pensava era: “O que aconteceu?” Eu tinha tido uma experiência que ficou
comigo além da meditação. Ainda podia sentir o amor da minha Mãe e do meu Pai e a
presença de Deus em todos os lugares e em tudo. Era delicioso. Era lindo.
É tão simples
Acredito que a Respiração da Unidade cria uma vibração dentro de você que lhe
permite encontrar o santo graal, o espaço sagrado do coração, o lugar onde Deus
srcinariamente criou tudo o que é. É tão simples. O que você sempre esteve
procurando está dentro de seu próprio coração.
88
Capítulo Seis
89
A Respiração da Unidade é o pré-requisito para entrar no espaço sagrado do coração.
Contudo, ainda existem dois obstáculos principais para verdadeiramente entrar nesse
espaço sagrado.
Segundo, você deve saber da mobilidade do espírito dentro do corpo humano. Sem
esse conhecimento, nenhuma quantidade de esforço para alcançar o espaço sagrado
do coração pode produzir resultados. Precisa descobrir que o espírito pode
movimentar-se dentro do corpo e então, literalmente, deixar a localidade da cabeça e
da mente para entrar num estado completamente alterado de consciência e
inteligência que é encontrado dentro do coração.
Raramente encontro alguém que saiba que o espírito humano pode se movimentar
dentro do corpo humano. A maioria das pessoas olha para mim como se eu fosse
90
maluco quando falo sobre isso. Contudo, a maioria dos povos indigenas compreende
completamente o conceito. Nos seus processos espirituais, eles experimentam
exatamente isso.
O espírito humano é separado de seu corpo. Quando nós morremos, nós (nosso
espírito) deixamos o corpo e retornamos a um mundo que parece separado desse. O
corpo humano é como um casaco – que colocamos para sermos humanos e deixamos
para ser outra coisa. Nos meus estudos, descobri que nesse período da história
humana é normalmente focalizado na glândula pineal, no centro da cabeça. O espírito
localizar-se na glândula pineal significa experimentar o corpo humano do ponto de
vista de olhar para o mundo através dos olhos e sentir como se o mundo externo fosse
separado de si mesmo.
Parece que estamos diretamente atrás dos olhos, embora nós possamos experimentar
outras partes de nossos corpos. Agora, a maioria de nós tem a experiência de colocar
nossa atenção em outras partes do corpo – a mão ou o pé, por exemplo – mas ainda
fazemos isso com o espírito localizado na glândula pineal.
Será muito mais fácil fazer esse exercício se pensar que ele é um jogo – e ainda mais
fácil se olhar para si mesmo como uma criança. Não leve isso a sério – a seriedade,
proveniente da mente, somente interferirá com o resultado do exercício. Apenas
divirta-se! Para tanto, a sua natureza infantil permitirá que facilmente entre no coração
– não o adulto, calculando os processos de pensamentos da mente.
Coloque sua atenção na sua mão direita. Sinta o interior dela e esteja ali tanto
quanto conseguir. O seu espírito ainda está na sua cabeça, sentindo sua mão?
Essa seria a forma mais comum. (Estou pedindo que faça isso porque essa
não é a maneira da qual eu estou falando, focalizando a mão e mantendo-se
na cabeça.)
91
Pense no seu espírito, você, como algo separado de seu corpo. Veja seu
espírito talvez como uma pequena esfera de luz, mais ou menos do tamanho
de uma bola de gude.
pequenina esfera de luz, em direção ao chacra laríngeo. Primeiro, vamos ter uma
discussão intelectual para preparar a mente.
Agora feche seus olhos (isso é importante) e utilize apenas sua imaginação
para enxergar. “Veja” a si mesmo como uma pequena esfera de luz movendo-
se para fora da glândula pineal ou área cerebral e desça, assim como um
elevador, para o chakra laríngeo (da garganta).
Enquanto estiver movendo-se para fora da cabeça, verá, na sua imaginação,
sua cabeça física afastando-se de você, como o alto de um edificio. Não pense
sobre o processo – isso definitivamente interferirá com que está fazendo.
Apenas jogue o jogo.
Assim que alcançar o chakra laríngeo, verá ou sentirá, na sua visão interna,
sua cabeça acima de si, como se estivesse olhando para fora na altura de sua
garganta. Esteja consciente da suavidade da garganta ao redor de si. Parecerá
que está no mesmo nível de seus ombros. Você consegue fazer isso!
Se não conseguir da primeira vez, então pare, relaxe e lembre-se de fazer o
exercício como se fosse um jogo. Continue fazendo isso até que, com sua
visão interior, possa ver ou sentir a si mesmo, seu espírito movendo-se para
fora da cabeça e entrando em sua garganta.
Retorne para sua cabeça. Com sua visão interna, verá ou sentirá seu corpo
movendo-se para baixo enquanto seu espírito aproximar-se do interior da
cabeça ou crânio.
Assim que entrar na cabeça novamente, certifique-se que está olhando para a
direção correta, através dos olhos. (Talvez pense que isso soe engraçado ou
92
algo parecido, porém algumas pessoas verdadeiramente retornam para suas
cabeças olhando para a direção errada e isso as desorienta. Isso
provavelmente não acontecerá com você, mas se acontecer, simplesmente vire
em direção aos seus olhos e tudo voltará ao normal bem rapidamente.)
Agora, novamente saia da cabeça e mova-se para a garganta. Quando chegar
93
Segundo exercício – Entrando no coração
Nesse momento, estamos prontos para entrar no coração, mas ainda não iremos nos
movimentar para o espaço sagrado do coração. Primeiro, precisa sentir a diferença
entre a cabeça e o coração.
Estamos iremos fazer o último exercício três vezes. Quando está na cabeça
entoe o cântico “Om” e quando estiver no coração, cante o som de “Aah”. Para ser
claro, estou pedindo que utilize sua voz para fazer esses sons nos lugares
94
apropriados. Esse exercício é sutil, contudo realmente auxilia a compreender, em
nossas celulas, tudo que fez até esse momento.
Inicie fechando os olhos e sentindo o crânio duro ao seu redor. Faça o som de
“Om” uma vez com sua voz. Enquanto faz o som, sinta com ele ressoa dentro
do crânio. Sinta.
Agora movimente-se para baixo até a garganta e pare aí por um momento:
então mova-se para o seu coração, vendo em sua visão interna, o coração
aproximando-se. Entre no coração e sinta o espaço.
Faça o som “Aah” uma vez e sinta como ele ressoa dentro da suavidade do
coração. Novamente, sinta.
Deixe o coração e mova-se para a garganta. Espere um momento, então
continue para a cabeça. Sinta a rigidez do crânio e faça o som de “Om”.
Repita esses passos mais duas vezes e então, apenas sente-se e sinta como
os dois locais são tão diferentes – diversos como o masculino e o feminino.
Quando os Kogis da América do Sul me ensinaram, eles disseram que a melhor forma
de entrar no espaço sagrado do coração era ficar num quarto ou espaço escuro, com
os olhos fechados, sem nada comer ou beber e sem dormir – por nove dias e nove
noites. Disseram que fazendo isso, a Mãe Terra viria e o caminho seria mostrado.
Sua maneira de viver permite uma meditação dessas, porém isso seria um enorme
abismo a atravessar para nós. Os Kogis, que pouco compreendem nossa sociedade
tecnológica, pediram-me que ensinasse entrar no coração dessa forma, porém sabia
que apresentaria um problema real. Contei-lhes que uma meditação de nove dias seria
impossível para quase todos do mundo moderno. Haveria talvez algumas pessoas que
poderiam fazê-lo, mas como queriam alcançar o mundo, teriam que achar outro
caminho.
95
Então, perguntei a minha orientação interna e vagarosamente duas outras maneiras
foram descobertas. Tenho certeza que existem mais caminhos para entrar no espaço
sagrado do coração, porém essas duas formas funcionam. Não importa realmente
como você encontra sua maneira de entrar desde que seu coração esteja puro, então
será capaz de nele ficar.
O primeiro caminho que tentei foi baseado nas descobertas do Instituto HeartMath
sobre o campo toroidal ao redor do coração – em particular, a descoberta de um
pequeno torus dentro de um grande torus. A premissa era que a atual fonte desse
enorme campo eletromagnético estivesse dentro do espaço sagrado do coração.
Portanto, se era trajetória de linhas geométricas de energia desse campo, poderíamos
pegar uma delas e ir diretamente para o espaço sagrado. E o que descobri é que isso
pode ser verdadeiro.
96
alto. Essa energia é um vórtice, como expliquei antes, movendo-se circularmente
como água escorrendo para um ralo. Movimenta-se mais vagarosamente na borda
externa e fica mais rápida e veloz em direção ao centro, então cai através do centro –
novamente como água caindo no ralo. Para algumas pessoas, o vórtice movimenta-se
no sentido horário e para outras, no sentido anti-horário. A direção relaciona-se a
Para essa meditação, quando olhar para o topo do campo toroidal, veja ou sinta a
forma de movimentação. Então, como uma folha flutuante num rio, deixe seu espírito
descansar nessa energia espiral.
Aqui está a forma feminina de entrar: como mencionei, essa forma é tão simples que
não consegui ver de primeira. As instruções eram fáceis e a experiência será diferente
para cada um de vocês quando utilizar esse método. Não é importante se o seu corpo
97
é feminino ou masculino, mas se seguir seu coração é a sua maneira, então esse
caminho é o seu.
Para a forma feminina, tudo o que faz é ver ou sentir a si mesmo aproximando-se do
coração e então permitir-se entrar em sua membrana, assim como fez antes. Exceto
que dessa vez, você deixa sua física natureza feminina tomar o controle e deixe sua
intuição guiá-lo para o espaço sagrado do coração. Permita-se e movimente-se,
sabendo que irá mover-se direto para o espaço sagrado.
Tente uma das maneiras e se ela não funcionar, então tente a outra. Lembre-se que
você é uma criança de Deus. Conhece esse lugar, pois Deus e você sempre foram Um
lá. Sempre.
98
Capítulo Sete
A meditação da Unidade
99
Acompanhe sua respiração por alguns minutos até estar relaxado e confortável. Não
há pressa. Para o lugar que está prestes a ir, não há tempo.
Quando sentir que tudo está certo, altere sua atenção de sua respiração para sua
visão interna e comece a Meditação da Unidade, o ponto inicial de todas as cerimônias
sagradas.
A meditação da Unidade
Veja um lugar na natureza que sinta que é bonito e visualize-o com todos os
detalhes que conseguir. Se você é daqueles que não veem, mas experiencia
de outras formas, então utilize as outras maneiras de ver: nós todos temos
nosso próprio jeito. Sinta o amor que tem pela natureza e a Mãe Terra. Deixe
esse amor crescer no seu coração até que sinta em todo o seu corpo.
Quando sentir que é o momento correto, pegue seu amor e coloque-o numa
pequena esfera e com sua intenção envie-o profundamente para baixo, para o
centro da terra. Deixe sua Mãe Divina saber o quanto você a ama. Permita que
ela sinta seu amor. Então, espere que a Mãe terra mande o amor dela de volta
para você.
Quando sentir esse amor vindo de sua Mãe entrar no seu corpo energético,
apenas permita que o amor se movimente de qualquer maneira para qualquer
lugar. Apenas permita-o. Sinta esse fluxo de amor entre você e a Terra. Você
Envie-o para as redes ao redor da Terra, o Sol ou o Grande Sol Central. Deixe
que seu Pai saiba como se sente...e espere.
100
Espere pelo amor de seu Pai Divino voltar para a Terra e entrar no seu corpo.
Quando acontecer, permita-o movimentar-se de qualquer maneira e em
qualquer lugar. Não tente controlar esse amor; apenas sinta-o.
Nesse momento, a Tríade Sagrada está viva na terra. A Mãe Divina e o Pai
Divino e você, a criança Divina, estarão unidos em amor puro. Isso é o
momento sagrado por direito próprio, então apenas esteja com seus pais
divinos e sinta o amor.
Desse lugar de puro amor abra a consciência para a presença de Deus, que
está ao seu redor e mora dentro de você. Simplesmente esteja ciente e sinta
essa união das forças cósmicas e respire o sopro da vida.
movimento, seja lá qual for a direção que esteja rodando. Sinta a si mesmo
circulando até cair no centro do vórtice. Continue a cair até que sinta a
quietude. Você está no espaço sagrado do coração.
Se você escolher a maneira feminina, a intuitiva, veja ou sinta o coração
aproximando-se e movimente-se através da membrana do coração para o seu
interior. Uma vez dentro dele, entregue seus movimentos para sua intuição e
permita a si mesmo ser guiado para o espaço sagrado do Coração.
Você está lá.
A primeira coisa que faz é olhar em volta. Se está escuro, o que provavelmente
estará, diga em seu mundo interno: “Haja luz” e observe ou sinta como a
escuridão modifica-se para um mundo de luz.
101
Uma vez que consiga ver ou sentir o espaço sagrado do coração, torne-se
consciente da vibração, o som que permeia esse lugar. Ouça esse som por um
tempo. Quando sentir que é o momento adequado, comece a fazer realmente o
som. Faça-o o mais próximo que conseguir do som que ouve com sua audição
interna. Tente duplicá-lo. Mantenha o sussurrar com sua voz e então comece a
existirem galáxias para morar, esse lugar já existia. Todos os lugares que
viajou dentro dessa criação, você lembrará dentro desse espaço. Então,
primeiramente, talvez comece a lembrar sobre o que é tudo isso, o que é a
vida.
Dentro desse espaço, recordará do desejo mais profundo do seu coração, que
manifesta e vive mais do que qualquer outra coisa ou qualquer acontecimento.
Está li para lembrá-lo, seu propósito para vir à Terra em primeiro lugar – seja
isso recente ou que remonte a tempos muito antigos – a verdadeira razão para
estar aqui. Talvez comece a explorar essas memórias ou talvez deseje permitir
que sua intuição o guie novamente. Ao final, tudo será revelado a você a
medida que tiver soltar-se do tempo e no fluxo.
Na sua primeira jornada para dentro do espaço sagrado do coração, talvez seja
melhor limitar o tempo que você fica ali para menos de trinta minutos. Pode
utilizar um timer ou ter alguém que o auxilie a trazê-lo de volta dentro do tempo
estipulado. Esse espaço sagrado é bastante sedutor e precisamos de
experiência para aprender o quando podemos ficar. Comece com um poucos
minutos e aumente-o na medida em que aprender.
102
Retornando ao Espaço Sagrado do Coração
Entrar no espaço sagrado do coração pela segunda vez é muito mais fácil e
rápido. Eventualmente, enquanto praticar, descobrirá que será capaz de
chegar ao seu santo espaço em questão de segundos.
Apenas feche seus olhos e confirme seu amor pela Mãe Terra e o Pai Céu ao
sentir a emoção do amor que conecta você.
Sinta-se deixando sua cabeça e movimente-se para sua garganta. De lá,
mova-se em direção ao seu coração e comece a sussurrar o som que está
dentro do espaço sagrado do seu coração. A vibração do seu sussurrar o
levará muito rapidamente de volta ao seu espaço sagrado– e você estará lá. É
tão fácil uma vez que sabe o caminho.
Com sua intenção, permita a si mesmo ser guiado para o pequeno espaço
dentro do espaço sagrado do coração. Esse espaço é diferente para cada
pessoa, mas tem qualidades semelhantes para todos.
Ao saber como encontrar esse espaço de criação, movimente-se dentro e
familiarize-se com o que sente ali. Perceba que a vibração sobre de tom;
observe que nesse pequeno espaço sente-se diferente de qualquer outro lugar
no coração. É quando começa a criação. Pode levar um tempo até perceber
onde você está: o Criador de toda a vida reside dentro desse espaço: dentro
desse espaço todas as coisas são possíveis.
Alunos mostraram-me que uma das maneiras mais fáceis de ver Deus é pedir
que uma pessoa que você mais ama esteja com você nesse espaço interno.
103
Se tem mais de uma pessoa que você ame muito, escolha uma. Se viu o filme
Contato, sabe que uma raça avançada apresentou-se à terráquea, que estava
explorando sua consciência superior, na forma de seu pai que ela amava mais
do que qualquer um. Isso fez com que fosse mais fácil para ela aceitar o que
estava acontecendo.
Então, convide uma pessoa que ama muito, não importando se ela ou ele
esteja vivo ou tenho passado para outros mundos, pois nesse lugar todos os
corações estão intimamente conectados. Uma vez que a pessoa apareça em
seu espaço interno com você, não haverá diretrizes. Apenas permita que
aconteça seja lá o que ocorrer, porque Deus saberá exatamente o que fazer.
Agora conhece seu caminho para Casa. Dentro desse espaço sagrado do
coração, todos os mundos, todas as dimensões, todos os universos, toda a
criação encontram seu nascimento. Interconectando por um coração estão
todos os corações de toda a vida em todos os lugares!
104
Capítulo Oito
Os Anjos explicam
105
Muitos alunos têm esperado pelo próximo nível de instruções para o corpo de luz
humano, a Mer-Ka-Ba. Levei quase dezenove anos para ter essa informação, visto
que tudo acontece no tempo adequado e na ordem divina.
Existe ainda um nível maior, ou parte, mas está no futuro e virá quando Deus decidir.
Nesse ponto eu tenho apenas parter da informação desta terceira e parte final.
Quando as três partes forem combinadas e vividas, ascensão verdadeira poderá
começar.
Porém antes que isso aconteça, o espírito deve recordar-se das três partes, combiná-
las em uma só e viver a experiência. Nesse capítulo e no próximo, aprenderá sobre a
segunda parte – combinar o espaço sagrado do coração com o campo da Mer-Ka-Ba
humana.
Se ainda não aprendeu a meditação Mer-Ka-Ba, será bom lembrar-se somente dentro
do espaço sagrado do coração. Finalmente, tornará-se claro que o corpo de luz
humano é uma parte necessária da experiência humana, ainda que dentro do espaço
sagrado do coração. Isso é o que conecta o coração à mente, então o coração pode
criar dentro da mente.
106
Há um vasto número de padrões geométricos da Mer-Ka-Ba: mais de cem mil são
desconhecidos por todo o universo. Levou toda a vida desde o começo da criação
para compreender e relacionar essas formas da Mer-Ka-Ba para a existência e
consciência.
Na hora certa, tudo será revelado; nada será guardado. Tudo tem seu momento
adequado. Você não permitiria uma criança de três anos dirigisse um caminhão, não é
mesmo?
Minha experiência quase pareceu estar acontencendo por acidente, mas é claro, não
era um “acidente”. Eu sentei-me e estava fazendo a meditação Mer-Ka-Ba e tinha me
movido de lá para o espaço sagrado do Coração. Entrei na minha caverna e andei de
volta para o espaço dentro do espaço sagrado. Sentei-me dentro do anel
transbordante e borbulhante de água e olhei para a parede – como havia feito tantas
vezes antes.
107
Isso era muito diferente e era a primeira vez que via alguma coisa parecida. Não
experimentei medo. Mesmo assim, minha coluna endiretou-se e estava
completamente alerta. Lembro que a energia estava aumentando em meu corpo, que
sentia algo parecido à primeira vez que experimentei a minha Kundalini subir pela
minha coluna. Parecia não ter qualquer controle. Sejá lá o que fosse, estava apenas
Instintivamente, sabia que meu espaço sagrado do coração e minha Mer-Ka-Ba tinha,
de alguma forma, mesclado-se e tornado-se um só, mas não tinha tempo para pensar
sobre isso.
Olhei atrás para ver a área desse planeta que tinha se tornado tão familiar afastando
atrás de mim. Virei-me e olhei para o espaço vasto de estrelas e o aparente
igualmente vasto espaço do planeta inteiro abaixo de mim. Estava tão chocado quanto
108
superanimado. O que tinha causado isso? Não sabia. O que isso significava? Não
sabia. Não tinha escolha senão testemunhar o que estava acontecendo comigo.
Por que isso estava acontecendo? O que estava acontecendo? Muitas perguntas
estavam passeando pela minha cabeça. De alguma maneira, sabia que tudo isso era
extremamente importante, ainda que enquanto ocorria não pudesse fazer nada além
de experimentar e observar as cenas se desenrolarem.
Talvez uma hora tenha se passado e eu acordei como se estivesse sonhando, com as
imagens e o sentimento do lugar que estivera ainda prolongando-se em mim. Por
vários dias, não consegui pensar em mais nada.
Os anjos explicam
Os anjos vieram a mim logo após dessa experiência. Eles pareceram estar
extremamente encantados e suas luzes estavam mais brilhantes do que eu jamais vira
antes. Eles me contaram que eu tinha finalmente chegado ao segundo nível.
Realmente, naquele momento, não compreendi do que eles estavam falando, mas sou
muito devagar às vezes.
109
Meus anjos explicaram o que aconteceu: o eixo da minha Mer-Ka-Ba e o campo
toroidal gerado pelo espaço sagrado do meu coração tinham se alinhado e tornado-se
um só. Outra maneira de dizer é que os campos toroidais da Mer-Ka-Ba e do coração
tinham sincronizado. Agora, havia apenas uns sete centímetros e meio entre os eixos
de ambos os campos, mas aqueles sete centímetros poderiam bem ser quatrocentos e
oitenta quilômetros, pois eles mantinham essa experiência longe dos humanos;
mantinham o coração e a mente separados até chegar o momento correto.
Finalmente, contaram-me que quando alguém se sente pronto, auxilia muito tentar
usar tanto a imaginação da mente quando o sonho do coração para ver ou sentir os
dois eixos tornando-se um só, mas não tenha nenhuma expectativa. O momento
depende de Deus e não há nada que possamos fazer para fazer que isso aconteça.
Sempre depende do momento “adequado”.
110
Capítulo Nove
COM A MENTE
Thoth fala
111
Cocriação consciente começa com o conhecimento de como estar dentro da sua Mer-
Ka-Ba mesclada com o espaço sagrado do Coração, com seu espírito residindo dentro
desse pequenino espaço. Vindo de dentro desse estado de consciência pode-se
diretamente criar e manifestar no mundo exterior. Saiba, contudo, que esse estado
criador é limitado, porque o terceiro nível ainda não foi alcançado. Ainda assim, é o
Esta possibilidade existe ainda que não esteja consciente da Mer-Ka-Ba, porém a Mer-
Ka-Ba combinada com o espaço sagrado do coração apresenta outro leque de
possibilidades. Percebo que as plenas possibilidades do potencial humano e a
cocriação consciente não se apresentarão até que os três níveis sejam dominados –
mas precisamos iniciar de algum lugar.
Thoth fala
Ele apareceu para mim, olhou-me e disse: “Drunvalo, nós da Terra temos procurado a
relação entre a experiência humana e a criação desde o início. Nós (os mestres
ascensionados) temos todos tentado compreender como os pensamentos humanos, ações e
milagres estão conectados. Por um tempo, pensamos que tinhamos entendido, mas agora
sabemos que existe mais”.
112
“Agora está claro – quando alguém cria pela cabeça utilizando a mente, está usando o
instrumento da polaridade, a mente, para criar. E ainda que a intenção de criar o bem apareça
de uma forma ou de outra, a mente sempre criará o bem e o mal porque isso é da sua
natureza.”
“Sugiro que tente criar somente dentro do espaço sagrado do coração, porque o coração
conhece a unidade e criará a intenção desejada sem o lado escuro.”
Isso era uma revelação fenomenal para mim. Apenas fiquei ali olhando para Thoth e
imediatamente soube a verdade do que ele estava dizendo. Tornei-me animado–
como frequentemente fico quando vejo algo importante – e mal podia esperar para
tentar o que ele estava me sugerindo.
As pessoas têm rezado para Deus mudar as circunstâncias do mundo exterior desde
do começo da nossa consciência da existência de Deus, mas parece que Deus nem
sempre escuta nossas orações. Por quê? Você já se perguntou a seguinte pergunta:
Por que Deus não nos concede o que pedimos? Na Bíblia está escrito: “ Peça e será
atendido.” Mas isso não parece acontecer. Talvez a informação seguinte nos proverá
de uma resposta.
Vamos falar sobre criação e criar. Somos frequentemente ensinados tanto na escola
quanto em casa que estamos à mercê dos elementos e dos efeitos aleatórios das leis
da física. E, claro, se você acredita que isso seja verdade, então está limitado por essa
crença e isso se torna realidade.
Mas, muito tempo atrás, as pessoas não pensavam dessa maneira. Elas acreditavam
num lado espiritual da realidade onde o espírito humano podia modificar a realidade
exterior pela intenção interna.
Jesus disse: “Na verdade, vos digo que aquele que acreditar em mim, poderá fazer as
mesmas coisas que eu faço e feitos ainda maiores que esses ele poderá realizar.”
Então, o que dizer sobre essas novas crianças que estão surgindo em todo o mundo?
Elas são capazes de fazer essas coisas que Jesus podia fazer e a ciência tem
documentado em vários jornais populares e de prestígio como o Nature Jornal e Omni
Magazine.
Cientistas não sabem que essas crianças podem criar fenômenos físicos tão incríveis,
mas gravam que elas estão fazendo isso. Isso é um fato. Como o espaço sagrado do
coração se encaixa em tudo isso? Antes que eu explique, devemos primeiro olhar para
como a mente cria um milagre e depois comparar isso com o jeito que o espaço
sagrado do coração cria.
Com frequência, quando você ora para Deus para algo que sinta que é necessário,
nada acontece. O Efeito Isaías deixa isso claro por que é dessa forma. Os manuscritos
antigos dizem que qualquer milagre começa com a atenção ou o foco da mente – você
coloca sua atenção mental no que deseja que aconteça.
Por exemplo, digamos que você queira curar-se de uma doença terrível e, portanto,
comece a focar sua atenção nos seus pensamentos na cura dessa parte específica do
seu corpo. É claro que isso não é suficiente para que algo realmente aconteça, mas
isso é um passo essencial para o início do processo de cura.
Depois da atenção, adicione sua intenção. Para continuar nosso exemplo, após você
ter colocado sua atenção na parte afetada de seu corpo, você intenciona que a doença
vá embora de seu corpo.
114
Mas isso também não é suficiente. Três outras partes precisam ser envolvidas ou
nada acontece – o corpo mental, o corpo emocional e o corpo físico.
O corpo mental, ou mente, deve ver a parte do corpo sendo curada; deve manter a
imagem da parte fpisica sendo completamente curada e saudável, sem qualquer coisa
errada com ela. E deve saber, com certeza, que essa cura está acontecendo naquele
momento ou acontecerá dentro de um prazo específico futuro, dependendo do que
pode aceitar. Consegue aceitar cura instantânea ou seus padrões de pensamento
necessitam de mais tempo? Esse conhecimento é essencial, mas ainda não é
suficiente.
Próximo passo: o corpo emocional deve estar engajado. A pessoa deve sentir a
emoção de como estivesse completamente saudável, sem mais conviver com a
doença. Deve realmente sentir essa emoção e não apenas deixar que a mente sinta a
emoção. Essa parte pode ser difícil para alguns, mas sem seu corpo emocional
engajado, nada acontecerá.
Isso ainda não é o bastante. Você pode estar rezando para ser curado; sua atenção
pode estar completamente na doença; sua intenção pode ser da cura da doença; sua
mente poderia saber que seu corpo está curado ou no processo de cura e seu corpo
emocional pode sentir a emoção – digamos, alegria – enquanto seu corpo torna-se
completamente saudável. No entanto, se a terceira parte não for ativada, nada
acontece.
Quantas pessoas tem rezado utilizando tudo o que me refere acima, apenas sabendo
que aconteceria, chorando por horas para acontecer e nada. Isso é porque a última
parte não tinha sido trazida para a equação. E essa parte é aquela que quase todos
esquecem ou não reconhecem.
A parte final, o aspecto esquecido, é o corpo físico. No nosso exemplo, você deverá
sentir a parte de seu corpo sendo completamente normal e saudável. Isso não
significa sentir um padrão mental ou consciência procurando dentro do corpo. Ao invés
disso, significa ter sensações de um corpo real onde sentir seu corpo responder. Não
sente nenhuma dor: ao contrário, sente vitalidade na área que seu corpo estiver
focalizando. Sinta a saúde e a beleza do seu corpo. Quando esse passo final das
respostas do corpo começar, o milagre sempre as seguirá.
115
Contudo, existe mais, o que não foi discutido em O Efeito Isaías, por isso Thoth está
dizendo é quando criamos com a mente, criamos ambas as polaridades com nossa
intenção. Se orarmos pela paz, por exemplo, teremos tanto a paz quanto a guerra.
Isso é exatamente o que vemos em nosso mundo nos dias de hoje. Milhões, se não
bilhões de pessoas estão orando e querendo paz, mas temos regiões que estão em
paz e regiões que estão em guerra no mundo, totalmente misturadas. (No momento,
46 guerras estão acontecendo). Vamos olhar a situação mais profundamente.
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Se está rezando pela chuva usando seu coração, por exemplo, pode começar chover
imediatamente ainda que não haja nuvens no céu há apenas poucos momentos. São
apenas sonhos, onde pode encontrar a si mesmo na Itália numa cena e seguyndos
depois estar no Canadá numa cena completamente diferente. Como chegou da Itália
ao Canadá em questão de segundos? Claro, aceitamos que isso ocorra em nossos
sonhos, mas impossível que aconteça no nosso mundo 3D. Isso é possível?
Uma das últimas partes da informação que necessita para cocriar conscientemente
está na realização experimental que não importa como aparece para você, dentro do
espaço sagrado do coração será sempre uma conexão direta com a realidade 3D das
estrelas e planetas. Às vezes, essa conexão não se apresentará imediatamente, mas
se continuar a entrar no seu coração, encontrará.
Isso é muito importante, visto que essa conexão retorna para as estrelas e planetas
que permitem que os sonhos do coração se manifestem nesse mundo. Então, antes
de começar a manifestar algo de dentro do espaço sagrado do coração, encontre sua
conexão de volta a este mundo através das estrelas e planetas. Aí saberá a verdade.
Peço-lhe que entre em seu espaço sagrado do coração e mescle seu coração com o
campo toroidal da sua Mer-Ka-Ba e inicie sonhando um sonho de um novo e saudável
mundo.
Aplique tudo que sabe para conscientemente cocriar com Deus um novo corpo, uma
nova vida e finalmente, um novo mundo. Esse poder é seu direito divino e sua
herança, por isso você é um filho ou uma filha de Deus. Desse relacionamento íntimo
com Deus, todas as coisas são possíveis.
Essas instruções são um caminho para a compreensão que seu corpo é luz e o mundo
que você vive é luz e ambos estão diretamente conectados à sua consciência. Viver
no seu coração rodeado pelo campo energético da sua Mer-Ka-Ba, vivendo e criando
a partir desse lugar sagrado – esse é o próximo passo que nos direciona para
finalmente entendermos quem relamente somos e o início do preenchimento do
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sagrado propósito de nossa existência. Nesse ponto, você certamente perceberá que
está no processo de ascensão aos céus...e quero terminar com as palavras de um
velho amigo de todos nós:
“Talvez você diga que sou um sonhador, mas não sou o único. Talvez algum dia, você se unirá
a nós e o mundo viverá como um só.” –John Lennon.
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Quando Criamos o Mundo
Lembre-se, querido,
- Drunvalo
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Para ler mais
Braden, Greg. The Isaiah Effect: Decoding the Lost Science of Prayer and
Prophesy. New York: Harmony Books, 2000.
Dong, Paul, and Thomas E. Rafill. China's Super Psychics. New York:
Marlowe and Company, 1997.
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