Você está na página 1de 120

VIVENDO NO CORAÇÃO

1
VIVENDO NO CORAÇÃO

Como entrar no espaço sagrado dentro do coração

Com dois capítulos da

relação entre o coração e

a Mer-Ka-Ba

Drunvalo Melchizedek
Light Technology Publishing

2
Dedicado ao meu Amor, minha esposa Claudette

Quando eu conheci minha esposa, sabia que ela mantinha uma tradição de
compreender o coração que tinha mais de quatro mil anos. Suas professoras
Catherine Shainberg e Kolette de Jerusalém a treinaram em Imagens do Coração.

A linhagem de Kolette vem das primeiras pessoas que escreveram sobre a Mer-Ka-Ba
(Merkavah em hebreu) neste ciclo da Terra. Porém, os homens da tribo que estavam
ensinando a Mer-Ka-Ba acharam que seu povo não estava pronto para uma
experiência interdimensional direta e tornaram-se emocionalmente perturbados, uma
vez que interagiram com outros mundos diretamente. Para resolver esse problema, as
mulheres desta tribo criaram um sistema de conhecimento para preparar as pessoas
para outros mundos utilizando o mistério feminino das Imagens do Coração.

Quando minha esposa me expôs pela primeira vez a estas imagens, eu não pude
achar nada que me explicasse o que elas eram ou como elas estavam trabalhando na
alma humana. Tudo o que sabia era que elas funcionavam.

Mais de oito anos estudando o trabalho de Claudette finalmente levou-me na direção


da pesquisa deste livro. Tenho a certeza que sem a influência dela eu ainda estaria
procurando por respostas dentro da mente. Então, eu sou grato a ela pelas Imagens

do Coração que finalmente me encaminharam para esta experiência que eu prestes a


compartilhar com você. Claudette, eu a amo e agradeço do fundo do meu coração.

Drunvalo

3
Se alguém lhe diz:
"Na cidade fortificada do imperecível,
Nosso corpo, há uma flor de lótus

e neste lótus existe um espaço minúsculo:


O que ele contém para que alguém
deva desejar conhecê-lo? "

Você deve responder:


"Tão vasto quanto este espaço exterior
é o espaço minúsculo dentro do seu coração:
o céu e a terra são lá encontrados,
fogo e ar, do sol e da lua,
iluminação e as constelações,
seja lá o que pertence a você aqui em baixo
e tudo o que não te pertence,
tudo isso está reunido nesse espaço minúsculo
dentro do seu coração. "

* Chandogya Upanishad 8.1.2-3

Dado a mim por Ron LaPlace um dia após o término deste livro.

Drunvalo

4
Prefácio

Desde 1971, eu tenho intensamente estudado meditação e o corpo de luz humano


chamado Mer-Ka-Ba e meu ser tem sido absorvido por esta antiga tradição na maior
parte da minha vida adulta. Para mim, isso sempre pareceu a tudo abranger e a
resposta para as inúmeras questões sobre a vida. Minha orientação interior ensinou-
me as sagradas geometrias que levaram à minha descoberta do corpo de luz e a
própria sagrada geometria pareceu estar completa e manter todo o conhecimento e
mistérios do universo. Foi realmente incrível.

Contudo, após tantos anos de experiência com esses campos de luz, aos poucos se
tornou claro para mim que havia mais, embora eu não conseguisse articular o que era
por muito tempo. Como normalmente acontece, Deus (a) Se revela de maneiras
inusitadas e frequentemente de formas crípticas. Em algum lugar dentro dos mundos
internos dos meus espaços, uma joia esotérica de imenso valor espiritual que vai além
da Mer-Ka-Ba fez gradualmente o caminho para dentro da minha vida. E por qual
razão? Eu só posso deduzir que era para ser usada.

Então, essas palavras são meu presente para você, pois na verdade sei quem você é
e eu o/a amo como a Terra ama o Sol. Eu acredito em você, e acredito que usará este
conhecimento sabiamente – eu também não estou preocupado que talvez faça mau
uso desta informação, pois ela não consegue ser mal utilizada.

Drunvalo Melchizedek

5
SUMÁRIO

Introdução.................................................................................................................................................. ....................9.

Capítulo 1 – Começar com a Mente ......................................................................................................... ..................12

Limpando o Ar com Tecnologia................................................................................................................... ..................13

Limpando o Ar com o Corpo de Luz Humano................................................................................................. ..............23

Encontrando o Mundo Interno no Coração.............................................................................................. .....................25

Capítulo 2 – Enxergar na Escuridão.. .............................................................................................. .........................29

Uma mulher cega pode enxergar............................................................................................................. .....................30

Crianças psíquicas da China................................................................................................................... ......................34

Inge Bardor – Enxergando com as mãos e pés.................................................................................... ........................35

As crianças super-psíquicas na China........................................................................................................... ...............39

A Academia Internacional de Desenvolvimento Humano em Moscou...................................................... ....................41

Jimmy Twyman e as crianças superpsíquicas da Bulgária................................................................... .......................42

Capítulo 3 – Aprender co m as tribos indíg enas........................................................................ ...............................44

Anciães aborígines compartilham suas energias.............................................................................. ............................45

O Poder da Oração Maori vinda do coração ......................................................................................... ........................46

A experiência Kogi........................................................................................................................................ .................51

A mulher colombiana............................................................................................................................................... .......57

Tornando-se Um com os cavalos.............................................................................................................................. .....60

Levando outra pessoa para dentro do Espaço Sagrado................................................................... ..............................61

Capítulo 4 – O Espa ço Sagrado do Coração...............................................................................................................65

Estudando e ensinando Vivendo no Coração.................................................................................................................68

A Vibração do coração – um jeito fácil de voltar....................................................................................... .......................69

6
Minha experiência pessoal do Sagrado Espaço do Coração................................................................. .......... ........ .70

Voltando para Casa................................................................................................................................ ........... ......... 74

O que é T empo?.................................................................................................................................. ............ ............76

Outros Espaços Sagrados – Alguns exemplos.................................................................................... .. .....................78

O que pode pará-lo de ter essa experiência............................................................................................ .................. .80

Capítulo 5 –A Unidade d o Céu e da Terra ..................................................................................................................82

A respiração da Unidade................................................................................................................................................84

Entrando no Palco..........................................................................................................................................................87

É Tão Simples................................................................................................................................................................88

Capítulo 6 – Deixar a mente e entrar no Coração......................................................................................................89

Primeiro exercício – mover ao r edor do Corpo...............................................................................................................92

Segundo exercício – Entrar no C oração.........................................................................................................................95

Terceiro exercício – A cabeça “Om” e o Coração “Aah”.................................................................................................96

Dois caminhos para dentro do Espaço Sagrado do C oração.........................................................................................97

Capítulo 7 – A meditação do Espaço Sagrado do Coração......................................................................................99

Preparando para a meditação.......................................................................................................................................100

O Sopro da Unidade.......................................................................................................................................................101

Escolha seu caminho para dentro do Coração..............................................................................................................102

Retornando ao Espaço Sagrado do Coração.................................................................................................................103

Capítulo 8 – A Mer-Ka-Ba e o Sagrado Espaço do Coração.....................................................................................105

Combinando o Espaço Sagrado do Coração com a Mer-K a-Ba....................................................................................106

Os anjos explicam...........................................................................................................................................................109

Capítulo 9 – Cocriação consciente do Coração conectado com a Mente...............................................................111

Thoth fala.........................................................................................................................................................................112

Criando a partir do C oração............................................................................................................................................114


7
Criando a partir da Mente..............................................................................................................................................116

Lógica versus Sentimentos e Emoções.........................................................................................................................117

Sonhe um sonho do Novo Mundo..................................................................................................................................118

Quando nós criamos o Mundo – um Poema..................................................................................................................119

Para ler mais...................................................................................................................................................................120

8
Introdução

Há muito, muito tempo nós, humanos, éramos bastante diferentes. Nós podíamos nos

comunicar e experimentar maneiras que somente alguns começam a compreender no


mundo moderno atual. Nós podíamos utilizar uma forma de comunicação e percepção
que não envolve qualquer função cerebral, mas provém do espaço sagrado dentro do
coração humano.

Na Austrália, os aborígenes ainda estão conectados com a antiga trama da vida que
eles chamam de tempo do sonho. Neste sonho coletivo ou estado de consciência eles
continuam a existir dentro de seus corações, vivendo e respirando num mundo que se
tornou quase completamente perdido para mente ocidental de hoje. Próximo deles, na
Nova Zelândia, os Maoris podem ver através da vastidão do espaço até os Estados
Unidos em suas meditações. Desta forma, eles podem realizar a comunicação efetiva
com os Hopis para marcar reuniões de trocas de profecias. Sem enviar qualquer tipo
comunicação tecnológica, os arranjos são feitos. No Havaí, os Kahunas comungam
com a Mãe Terra para pedir pelo local onde os peixes estão nadando para alimentar
seu povo. As crescentes nuvens brancas no primitivo céu azul se transformam na
forma de uma mão humana que aponta para os abundantes peixes abaixo. No vale de
uma montanha de alta profundidade nas montanhas de Sierra Nevada da Colômbia,
América do Sul, mora uma tribo de pessoas indígenas que conhece a linguagem que
não há palavras. Esta linguagem vem do espaço sagrado de seus corações.

Se pelo menos pudéssemos lembrar! Antes da Babilônia, diz a Bíblia Sagrada, a


humanidade foi abençoada com uma única linguagem que todos os povos da terra
sabiam. Todavia, depois fomos divididos em centenas de línguas faladas criando
barreiras entre nós, mantendo-nos separados uns dos outros, cada um em seu próprio
pequeno mundo introvertido.

A desconfiança nascida do equívoco foi nosso destino involuntário. Desta maneira,


nós estávamos destinados a sermos confrontados uns pelos outros. Não
conseguíamos falar uns com os outros. Era a separação na sua forma mais fria. Ainda
que tivéssemos nascido da mesma Fonte cósmica, irmãos e irmãs estavam
impossibilitados de expressar seus pensamentos e sentimentos e logo se tornaram
inimigos. Conforme os séculos foram empilhando-se uns sobre os outros, o antigo
9
modo de entrar no coração para experimentar o sonho comum se perdeu na isolação
da mente humana.

Este é um livro de lembranças. Você sempre teve este local dentro do coração e ainda
está ali agora. Existiu antes da criação e ainda existirá após a última estrela reluzir sua
luz brilhante. À noite, quando você adentrar seus sonhos, você deixa sua mente e
entra no sagrado espaço do seu coração. Porém, você se lembra? Ou você apenas se
recorda do sonho?

Por que eu estou contando sobre “algo” que está apagando de nossas memórias?
Que benefício isso faria para encontrar este lugar novamente num mundo onde a
grande religião é a ciência e a lógica da mente? Eu não sei que este é um mundo
onde emoções e sentimentos são cidadãos de segunda classe?

Sim, eu sei. Mas meus professores pediram-me para recordá-lo de quem realmente é.

Você é mais do que somente um ser humano, muito mais. Para dentro do seu coração
é um lugar, um lugar sagrado onde o mundo pode literalmente ser refeito por meio da
co criação consciente. Se realmente deseja paz de espírito e quer retornar para casa,
eu o convido para dentro da beleza de seu próprio coração. Com sua permissão, eu
lhe apresentarei o que foi apresentado a mim. Eu lhe darei as instruções exatas para o
atalho para dentro do seu coração, onde você e Deus são intimamente um.

É uma escolha. Contudo, eu devo avisá-lo: dentro dessa experiência reside grande
responsabilidade. A vida sabe quando um espírito nasce para os mundos superiores e
ela o usará como todos os grandes mestres que já viveram foram usados. Se você ler
o livro e fizer a meditação e então espera que nada mude em sua vida, você pode ser
pego dormindo espiritualmente. Uma vez que você entrou na “Luz das Grandes
Trevas”, sua vida mudará – afinal, você lembrará quem realmente é e sua vida se
transformará uma vida de serviço à humanidade.

Nos últimos dois capítulos encontram-se uma surpresa e um vislumbre de grande


esperança. O corpo de luz humano que rodeia o corpo por volta de 16 a 18 metros de
diâmetro, e a Mer-Ka-Ba (sobre a qual eu escrevi nos meus primeiros dois livros, O
Antigo Segredo da Flor da Vida, volumes I e II), tem um segredo inerentemente
conectado a este sagrado espaço do coração. Se você está praticando a meditação
Mer-Ka-Ba em sua vida, eu acredito que achará primordial a informação contida nesse
livro para sua jornada de ascensão nos mundos superiores da luz. Se estiver apenas
10
interessado no sagrado espaço do coração, talvez essas palavras sejam uma dádiva
em sua vida e o auxilie a relembrar sua verdadeira natureza.

Um último comentário. Esse livro foi escrito com o mínimo de palavras possível para
transmitir o significado e manter a integridade da essência desta experiência. As
imagens são propositadamente simples. É escrito pelo coração, não pela mente.

11
Capítulo 1

Começar com a Mente

Limpando o Ar com Tecnologia

Limpando o Ar com o Corpo de Luz humano

Encontrando o Mundo Interno no Coração

12
Quase ao acaso, eu escolhi um ponto aparentemente arbitrário em minha vida para
começar minha história: não enquanto eu estava em meditação dos mundos
superiores da sagrada geometria da Mer-Ka-Ba, mas numa cena simples do cotidiano
onde eu tomei a decisão de ajudar a Terra curar seu meio-ambiente utilizando a
tecnologia da mente. Eu senti que todos nós temos esta responsabilidade e se eu
estava indo falar sobre isso como fiz em algumas das minhas palestras públicas, teria
que vivê-la. Então, eu me abri para todas as possibilidades que poderiam vir na minha
direção de como eu poderia pessoalmente auxiliar a curar as condições climáticas da
nossa querida Terra.

Porém, para que você compreenda– não é a temática de limpar o meio-ambiente em


si que é o motivo pelo qual eu estou contando-lhe essa história. É o que aconteceu a
mim e como minha vida se modificou enquanto estava experimentando uma máquina

chamada de R-2, que começou a abrir o meu espírito para uma nova e diferente
maneira de experimentar a vida.

Pouco eu sabia na época que esses experimentos tecnológicos poderiam conduzir-me


além da mente e para dentro de partes desconhecidas da minha consciência e em
profundidade no lugar secreto dentro do meu coração.

Limpando o Ar com Tecnologia

A história começa em maio de 1996, quando um velho amigo me telefonou e


perguntou se eu estava interessado em ajudar um projeto de limpeza da poluição
atmosférica que ele estava envolvido em Denver, Colorado. Eu manterei seu nome em
sigilo, pois acredito que ele gostaria que assim eu fizesse. Eu apenas o chamarei de
Jon. Esse homem era um cientista renegado que estudava todos os aspectos da vida
e o mundo físico num pequeno, mas sofisticado laboratório domestico.

Eu duvido que seu QI pudesse ser medido e, certamente, ele era um mestre genial.
Ele criou uma nova forma de “ver” a realidade usando emissões de micro-ondas, o que
deu ale uma vantagem tremenda na busca de respostas em nosso mundo. Mesmo
nosso governo, conhecendo o trabalho dele, não foi capaz de duplicá-lo até muito
recentemente.
13
Jon disse que ele e seus associados, um dos quais era Slim Spurling com suas
incríveis bobinas, descobriram a natureza que poderia curar os problemas ambientais
do planeta e ele queria que eu visse o que era. Ele disse que eles tinham limpado o ar
poluído de Denver e que o ar estava primitivo agora. Ele me convidou para ir e ver por
mim mesmo.

Eu dificilmente podia acreditar nisso, uma vez que eu costumava morar em Boulder,
Colorado, apenas algumas milhas de Denver, que no final da década de 70 tinha a
pior qualidade do ar na América – até pior que Los Angeles. Em primeiro lugar, foi um
dos motivos que me levou a sair de Boulder. Na realidade, eu achava que Jon estava
exagerando, porém conhecendo seu intelecto e genialidade, qualquer coisa era
possível. Então eu pensei, por que não? Eu precisava sair de qualquer maneira e isso
parecia algo que seria, no mínimo, interessante.

Eu decidi ir com a mente aberta e sem expectativas. Mesmo que ele dissesse algo que
não fosse verdadeiro, essa viagem me levaria mais próximo para as montanhas
cobertas de neve das Rockies, as quais sempre me fizeram sentir mais vivo.

Uma semana depois, eu saía de um avião em Denver para uma atmosfera virginal da

qual eu raramente vi na minha vida. Era quase como se não houvesse atmosfera. Eu
podia ver as árvores nas montanhas de uma grande distância, por volta de 32
quilômetros.

Eu apenas parei lá como um turista perdido em uma terra estranha, boquiaberto com a
pureza que eu nunca vi nos cinco anos nos quais morei em Denver. Dizer que meu
interesse foi despertado é muito pouco. Eu estava entusiasmado. Poderia Jon
realmente ter feito isso?

Um táxi do aeroporto rastejou-se para perto de mim, o motorista exalando um estado

mental leve e relaxado. Ele acenou para que eu sentasse no banco dianteiro como se
eu fosse seu velho amigo e dentro de alguns minutos nós estávamos silenciosamente

14
deslizando em direção da casa e laboratório de Slim Spurling, um local onde eu nunca
tinha visto antes, mas do qual já ouvira grandes histórias.

Eu me lembro de olhar dentro dos olhos do motorista de táxi e ele pareceu estar
completamente livre de estresse, uma qualidade incomum para um motorista de táxi.
Eu perguntei a ele se gostava de seu trabalho. Olhando para a estrada à frente, ele
disse que amava o que fazia. Para ele, as pessoas eram como livros abertos
contando-lhe histórias de suas experiências enquanto viajavam ao redor do mundo.

Ao dizer isso, ele me perguntou por que estava em Denver. Eu contei a ele que estava
ali para achar a resposta para os problemas da poluição mundial. Ele me olhou, dessa
vez com uma inocência infantil, e disse: “Acabou tudo, agora. Veja, não há poluição”.
Eu disse-lhe que podia ver o quanto o ar estava incrivelmente limpo. “Mais do que
isso”, ele disse. “Toda pessoa que conheço se sente tão bem! Você sabe o que
aconteceu?”

Eu não tinha resposta para a pergunta dele, então logo nós chegamos a uma série de
prédios antigos de dois andares na rua comprida que finalmente termina na Escola de
Minas do Colorado. Ali que eu encontraria Slim Spurling, um dos pesquisadores que
compilavam a informação experimental de um novo instrumento de redução da
poluição chamado de R-2.

Essa era uma invenção mágica que, de alguma maneira, capturava a forma de onda
da nuvem de chuva quando ela estava a ponto de clarear e a enviava para uma área
de 56 mil quilômetros, quebrando os hidrocarbonetos em moléculas inofensivas,
oxigênio e vapor de água. Isso era realmente verdadeiro? Eu definitivamente senti que
sim ao respirar o ar da rua de Slim.

Eu bati à porta e ouvi Slim gritar para que eu entrasse e então, eu entrei. Sua casa era
definitivamente um laboratório e não um lugar para morar, dormir ou comer. Tornou-se
logo evidente que sua casa era no andar superior, separado do seu mundo de
pesquisa.

Bobinas estranhas de cobre de diversos tamanhos estavam colocadas no chão e

havia outras coisas que somente Deus e Slim sabiam o que eram. Para esse homem,
que parecia um cruzamento entre Merlin com sua barba branca e longa e seu velho

15
cowboy procurando a vaca perdida do rebanho, essas velhas bobinas estavam
realmente fazendo algo para auxiliar limpar a poluição do ar de Denver.

Jon não estava ali no primeiro dia, porém estavam Slim, seu co-inventor, e outros dois
pesquisadores que estavam testando o equipamento. Logo os dois saíram e eu estava
sozinho com Slim e pude começar a compreender esse homem, tornando-se
rapidamente perceptível que se tratava de outro gênio. Eu fiquei com Slim e seus
colegas por alguns dias, aprendendo o que eles sentiram que podiam compartilhar
comigo.

Aqui está como um R-2 funciona – na verdade, há muito mais que isso, mas a
explicação seguinte é uma aproximação: A forma de onda que uma nuvem de chuva
emite exatamente quando ela está a ponto de descarregar relâmpago é duplicada
numa máquina especial (essa não é a R-2). Depois, ela é colocada num chip de
computador no R-2 cujo sistema de alto-falantes a envia para atmosfera por meio de
uma bobina chamada de um harmonizador. A forma de onda então cresce e expande-
se para a forma de campo toroidal (como um donut), afetando as ondas de gravidade
para limpar a poluição à distância. O R-2 tem quatro botões ligados no final das roscas
de hastes metálicas, formando um tetraedro. Esses botões podem ser girados para
sintonizar o campo toroidal até que ele “se torne vivo”.

O coração do R-2, duas da bobinas de Slim Spurling:

O Harmonizador (esquerda) e o Acu-Vac (direita)

Jon e Slim ambos consideraram que os campos energéticos toroidais estavam “vivos”

(e eu também após ter testemunhado como eles interagiam com a natureza). Eu tentei
manter a mente aberta, visto que tudo isso era novo para mim na época.

16
Primeiro, eu aprendi como sintonizar um R-2 com um sentimento no meu terceiro olho
enquanto eu girava os quatro botões da unidade. Isso era realmente muito fácil; como
eu já tinha muita experiência no campo da física, fazer isso parecia completamente
natural para mim. (Depois, eu percebi que somente alguns podiam fazer isso direito,
mas quase todo sensitivo pode ser treinado).

Eu continuei meu treinamento até chegar o dia no qual Slim e Jon sentiram que eu
estava pronto para testar minhas habilidades. Eu estava a sintonizar um R-2 na
natureza e trazer uma pequena área de Denver que estava “fora de sintonia” de volta
ao equilíbrio. (Se um R-2 sair de sintonia, a área no qual está trabalhando volta para
seu estado srcinal de poluição muito rapidamente, normalmente dentro de duas
semanas). Até esse ponto, eu dificilmente podia acreditar que alguma área de Denver
pudesse ser suja, mas ambos me disseram que era verdade.

Nós dirigimos por volta de 32 quilômetros na parte sudeste de Denver, uma área a
qual não estava familiarizado e depois até o local mais distante da cidade;
estacionamos o carro um pouco antes da rodovia e começamos a caminhar para lado
de uma colina inclinada em direção ao cume. Conforme subíamos a colina, uma
pequena floresta emergiu em direção ao topo.

Eu jamais esquecerei o que eu vi quando alcancei o topo da colina e olhei para baixo o
vale amplo e de baixo nível do outro lado. O vale inteiro estava preenchido por uma
nuvem marrom-avermelhada de pura poluição que se estendia por muitos quilômetros.
Embaixo de um pequeno álamo, escondido da visão de qualquer que estivesse

apenas casualmente passando por ali, estava uma unidade R-2 operando
silenciosamente sua melodia da nuvem de chuva. O problema que ela estava fora de
sintonia.

Jon e Slim disseram-me para sentar em frente ao R-2 e eles veriam se eu havia
aprendido as minhas lições. Imbuído de interesse intenso e com um sentimento infantil
de admiração, eu sentei, cruzei as pernas em frente à unidade e fechei meus olhos,
começando a meditação e sentindo o que sintonizaria unidade.

Assim que eu comecei a girar os botões, Jon me pareou e disse: “Mantenha seus
olhos abertos e observe a nuvem de poluição.” Isso não era como eu havia sido
treinado, porém eu obedeci, observei a nuvem e mais uma vez iniciei a justar os
botões. Jon me parou novamente e disse: “Também escute os pássaros”.
17
Eu virei para ele e disse: “O quê?” Ninguém mencionara pássaros durante todo o
treinamento para mim.

Ele repetiu, “Apenas escute os pássaros. Você compreenderá.”

Eu não tinha ideia do que ele estava falando, mas comecei de qualquer maneira.
Assim que eu girei o primeiro botão, eu senti a mudança da área ao redor de
quilômetros – no entanto, nada acontecei com o mundo visível. Uma vez que ajustei o
quarto botão, contudo, duas coisas aconteceram simultaneamente – e ambas me
surpreenderam e me chocaram.

Instantaneamente, a nuvem marrom-avermelhada de poluição desapareceu, deixando


uma atmosfera clara e limpa. Era quase como um milagre. E, no mesmo momento que
a nuvem desapareceu, cerca de cem pássaros começaram a descontroladamente piar
e cantar em volta de mim. Eu nem sabia que eles estavam ali! Os dois eventos juntos

tiveram o efeito estranho sobre mim fisicamente. Eu tinha visto e sentido om pode do
R-2 e naquele instante eu soube que esta nova ciência era real e que eu
simplesmente tinha que aprender mais por experiência direta.

Durante esse tempo, especialmente em 1995 e no começo de 1996, o ar de Denver


tornou-se extremamente limpo enquanto o R-2 estava circulando, contudo a EPA
(Environmental Protection Agency) da cidade tomou todos os créditos por esse
fenômeno. A agência disse que as medidas que realizaram eram as razões pelas
quais o ar de Denver havia se tornado tão limpo. Contudo, como pude observar
diretamente diante de meus olhos grandes áreas de Denver serem instantaneamente
limpas, eu concluí que a EPA de Denver estava simplesmente levando o mérito por
algo que ela não tinha feito.

Além do mais, Jon e Slim tinham testado o R-2 num laboratório independente em Fort
Collins, Colorado, que comprovou que o R-2 estava fazendo exatamente o que eles
afirmavam que fazia. Os testadores tinham uma unidade que colocavam para
funcionar por um período de tempo e depois a desligavam. Eles fizeram isso diversas
vezes por um período, seu eu me lembro, de três meses. A Força Área dos Estados
Unidos da Base Área de Kirkland também estava observando esse experimento bem
como aquele que eu começara em Phoenix, do qual falarei em breve, e perguntaram
se nós cederíamos nossos equipamentos e nós mesmos para seu exame científico

18
minucioso. Nós concordamos e aqueles testes provaram conclusivamente que o R-2
realmente limpando a poluição do ar.

Quando nós voltamos para o laboratório, Jon e Slim sentaram-me e ofereceram-me


meu próprio R-2 para levara para minha casa no Arizona para experimentá-lo. Eu
tenho que admitir, eu me senti como uma criança a quem tinha sido dado um longo e
esperado brinquedo. Eu pacientemente esperei para estar em casa, sozinho, para
iniciar a explorar ainda mais essa máquina inacreditável.

Eu cheguei em casa para as manchetes do Arizona Republic de 30 de maio de 1996,

descrevendo o problema horrível da poluição atmosférica que havia se desenvolvido


em Phoenix. O governador do Arizona, Fife Symington, estava dizendo que a poluição
em Phoenix estava tão ruim que a classificação da cidade estava para ser elevada
para “grave”. Alertas eram emitidos com intervalo de poucos dias e a situação estava
piorando diariamente.

Em resposta, o governador Symington tinha criado uma força-tarefa “Estratégias de


Ozônio”, liderada pelo advogado Roger Ferland. Para encontrar uma solução para o
problema da poluição, o Sr. Ferland disse no artigo do Arizona Republic: “Quero dizer
tudo. Não há nada que nós não consideraremos, não importa quão radical ou maluco,
difícil ou caro. Nós consideraremos tudo”.

Sr. Ferland disse que eles tinham que, absolutamente, limpar Phoenix; a poluição
atmosférica estava destruindo o turismo e afetando quase todos os negócios, além de
todos os problemas de saúde que causariam.

Então eu escrevi uma carta para o Sr. Ferland pedindo auxílio para estabelecer a
unidade R-2 em Phoenix. Visto que nós tínhamos provas cientificas que isso
funcionava, ambas provindas de um laboratório independente e da Força Área e uma

vez que não estávamos solicitando por ajuda financeira, eu presumi que eles nos
escutariam. Rapaz, eu estava errado! Nessa carta que eu simplesmente pedi à cidade
de Phoenix dar-nos a oportunidade de demonstrar que podíamos fazê-lo. Pagaríamos

19
por todos os custos e tudo que eles precisavam fazer era admitir nossa presença e
monitorar o que nós estivéssemos fazendo.

Recebi uma ligação da Prefeitura de um homem chamado Joe Gibbs, que me contou
que eles não estavam interessados em nosso R-2 e não ajudariam de forma alguma
para fazer qualquer coisa. Você deve entender o quão perplexo eu estava com essa
resposta. Foi então que eu comecei a perceber que o artigo de jornal fora somente
para exposição e política e eles não tinham qualquer intenção de realmente limpar a
poluição atmosférica em Phoenix. Eles me rejeitaram em todos os níveis.

Felizmente, ninguém pode me interromper de pesquisar, porque o R-2 funciona com


uma bateria de nove volts e utiliza milivolt para operar e a lei federal diz que nada que
usa menos que um volt é desregulado.

Portanto, em 4 de junho de 1996, eu mesmo liguei o primeiro R-2 em Cave Creek,

extremo norte de Scottsdale. O ar estava tão sujo e seco naquele dia que estava
realmente difícil de respirar. Não chovia por meses e meses e até mesmo alguns
cactos estavam morrendo. Nada acontecera nos primeiros três dias. Então, no quarto
dia, uma pequena nuvem preta apareceu em cima da minha casa. Não havia uma
nuvem em todo o sudeste do Arizona, exceto por esta pequena em cima da minha
casa e pequena unidade R-2. Em seguida, a nuvem começou a expandir e cresceu de
tamanho.

Lá pelo décimo dia, uma nuvenzinha havia crescido por volta de 24 quilômetros de
diâmetro e pela primeira vez num longo período de espera, começou a chover e tinha
relâmpagos. E cara, tinha relâmpago – como eu apenas vi uma ou duas vezes antes
na minha vida. A tempestade continuou por horas a fio, com raios se movimentando
lateralmente pelo céu. O ar tinha um perfume sensível de ozônio. Lentamente, o céu
se abriu para um aguaceiro. Daquele momento em diante, continuou a chover quase
todos os dias, limpando a poluição do ar e enchendo os rios e lagos com água fresca.

Em 1º de Setembro de 1996, o campo em forma de onda criado pelo R-2 estava


estabelecido e desse dia em diante, não houve mais alertas de poluição atmosférica–
nenhuma até a Força Aérea americana nos solicitar o desligamento do R-2 para ver o
que aconteceria.

20
Nós desligamos a máquina em 12 de maio de 1998 e já pelo fim do mês a poluição do
ar retornou e a Prefeitura deu o primeiro alerta desde 1996. Durante o tempo do teste
(na verdade, nós tínhamos colocado um segundo R-2 na própria cidade de Phoenix
em março de 1997 e foi quando começou a demonstrar resultados), as medições de
hidrocarboneto na cidade de Phoenix ficaram quase sempre em um único digito. Às

vezes, no meio do centro de Phoenix, os hidrocarbonetos chegavam a zero. Não havia


absolutamente nada, nada de poluição de hidrocarboneto. Infelizmente, o R-2 não
parou os nitratos, que são aqueles que causam a poluição de ozônio, mas ele
realmente auxiliou com os hidrocarbonetos. Tudo isso é matéria de registro público.

No final desse teste, eu tinha certeza que o R-2 era um sucesso, porém a Força Aérea
– que estava monitorando minhas ações– entrou em cena e pediu-me para encerrar a
operação. Eles queriam ver o que aconteceria e ao mesmo tempo informaram-me que
a EPA americana jamais permitiria o que estava acontecendo; sugeriam que eu fosse
para fora dos Estados Unidos. Portanto, com as bênçãos da Força Aérea americana,
comecei a experimentar em terras estrangeiras.

De junho de 1996 a maio de 1998, eu tinha realizado um trabalho com R-2 e


alcançado resultados incríveis, nenhum dos quais a cidade de Phoenix reconheceria.

Finalmente, eu enviei outra carta para a cidade de Phoenix:

7 de Maio de 1998.

Cidade de Phoenix

Ao Senhor Prefeito Skip Rimsza


200 W. Washington

Phoenix, Arizona 85003

Prezado Prefeito Rimsza:

Em maio de 1996m um artigo foi escrito pelo Arizona Republic descrevendo o quanto estava péssima a poluição
atmosférica em Phoenix e como o futuro da cidade estava comprometido por esse problema. Nesse artigo, dizia-se que
o governador Fife Symington tinha criado uma força-tarefa chamada Estratégias de Ozônio, na qual foi liderada pelo
procurador Roger Ferland. Esse artigo está em anexo. O senhor Ferland disse, ao referir-se ao problema da poluição,
“Quero dizer tudo. Não há nada que nós não consideraremos, não importa quão radical ou maluco, difícil ou caro. Nós
consideraremos tudo”.

21
Naquele ponto, eu conversei com Sr. Joe Gibbs que estava na força-tarefa Estratégias de Ozônio sobre o sistema de
poluição atmosférica que estávamos utilizando em Denver, Colorado durante o ano de 1995. Como foi comprovado,
Denver, durante o tempo que estava usando nosso sistema, teve o ano mais limpo jamais registrado antes.

Sr.Gibbs contou-nos que ele não estava interessado em nosso sistema, porém porque ele utiliza menos que um watt
de energia, não havia leis que pudesse nos interromper de conduzir um teste se nós quiséssemos. Nós dissemos ao
Sr.Gibbs que faríamos esse teste inteiramente às nossas custas. Ainda assim ele disse não. Nós solicitamos se ele

poderia ao menos monitorar o que estávamos fazendo e ele recusou a proposta. Eu senti que não estava prestativo de
forma alguma. Eu notei uma postura do Sr.Gibbs muito diferente daquela que ele expressou no supramencionado
artigo. Meses depois, quando tentamos compartilhar com ele um teste científico de um laboratório independente de
Fort Collins em Colorado, ele estava muito ocupado. Mesmo quando a Força Aérea, que também esteve trabalhando
conosco, ligou para conversar com ele, ainda assim ele não estava interessado.

Em 4 de julho de 1996, nós criamos um sistema diminuto em Cave Creek que tem um alcance de quase 56 mil
quilômetros. Levou três dias para o sistema ligasse e depois, três meses para que se tornasse estável. Nós estávamos
plenamente operacionais em 1º de Setembro de 1996. Uma cidade como Phoenix deveria ter, pelo menos, dez
unidades operando, todavia não poderíamos pagar para fazer isso. Executar uma unidade é como ter um lindo carro
novo com força de apenas 25 cavalos, ainda que isso seja melhor do que nada.

Antes de 1º de Setembro de 1996, Phoenix estava tendo dias com um elevado número de alertas bem atípicos e
prestes a entrar na classificação “grave” da EPA. Porém, após 1º de Setembro de 1996, acredito que não tivemos
algum dia com algum alerta. E a poluição tem constantemente caído. Em março de 1997, outra unidade foi instalada
próxima ao aeroporto. Isso proporcionou um sistema mais forte e afetou profundamente Phoenix.

A base da Força Aérea de Kirkland no Novo México esteve interessada no que estávamos fazendo por um tempo. Eles
executaram testes em alguns dos nossos equipamentos e se vocês estiverem interessados no que eles sabem, podem
ligar. Coronel Pam Burr no telefone 505-XXXXXXXX.

O motivo que me fez escrever esta carta é informá-lo que estaremos desmontando nosso sistema em 12 de maio de
1998. Temos deixado nosso sistema sair de sintonia já faz três semanas agora. Nos próximos 90 a 120 dias ou mais,
a poluição do ar poderá retornar da maneira que estava antes de junho de 1996. Julgando pela forma que a cidade de
Phoenix respondeu a essa ciência até agora, não esperamos qualquer comunicação. Contudo, se acharem que talvez

nós possamos ajudá-los a manter nossa cidade limpa da poluição, por favor nos telefone.

Cuidando da terra,

Dru Melchizedek

Gerente Geral

Cc: Lt.Col.Pam Burr

Arizona Pam Burr

QED Research, lie

Giv.Jane Hull

22
Durante o período de testes, eu vagarosamente comecei a compreender o que estava
realmente acontecendo e como a consciência humana estava interagindo com o
campo do R-2. Descobri que o R-2 foi criado fisicamente na imagem do corpo de luz
humano ou a Mer-Ka-Ba. Por consequência, deve ser possível para uma pessoa que
conhece a meditação da Mer-Ka-Ba e também a vibração de uma nuvem de chuva,
combinar esses dois componentes e então duplicar a ação do R-2 utilizando somente
pura consciência sem o auxílio da máquina.

Eu pensei sobrei isso por horas a fio. E um ida, eu me encontrei na Austrália


ensinando sobre a Mer-Ka-Ba quando um dos alunos disse, “Bem, se o R-2 pode
modificar a atmosfera sobre uma área, por que uma pessoa que conhece a Mer-Ka-Ba
não pode modificá-lasozinha?” Meus próprios pensamentos...

Limpando o Ar com o Corpo de Luz Humano

Houve uma terrível seca na parte norte da costa leste da Austrália. Eu não me lembro
da época exata, mas deve ter sido em 97 ou 98. Incêndios florestais estavam em
todos os lugares sem qualquer intervalo e o ar estava muito pesado com as fumaças
dos vários incêndios. Estava tão inacreditavelmente seco!

Então, com esse aluno e outras pessoas testemunhando, eu comecei a meditação da


Mer-Ka-Ba e enviei o som de uma forma de onda da nuvem de chuva por meio da
Mer-Ka-Ba para os arredores atmosféricos de vários quilômetros.

Nada aconteceu naquela tarde, porém na manhã seguinte nós acordamos com o
barulho da chuva batendo no telhado metálico da nossa cabine e céu estava repleto
de neblina e nuvens altas. Eu pulei da cama e corri à janela para observar a força da
chuva caindo como uma cachoeira ao redor daquela pequena casa. O entusiasmo no
meu coração me fez sentir como uma criança.

Eu sabia que tinha funcionado, mas ao mesmo tempo era uma única vez – e uma vez
poderia ser simplesmente uma coincidência. A chuva continuou por três dias e não
parou quando eu voltei para a América. Depois, quando eu voltei para casa, eu recebi
uma ligação de um amigo na Austrália que disse ainda estava chovendo forte após
duas semanas. Ele disse que todos os incêndios nas florestas tinham apagado e o
governo declarou que a seca terminara.
23
Meu interesse tinha despertado. Seria realmente verdade? Poderia um ser humano
comum modificar o clima por meio da meditação? Dois meses depois, eu estava na
Cidade do México ensinando um grupo sobre a Mer-Ka-Ba quando eu contei a história
da chuva na Austrália. Um dos ouvintes disse, “Bem, se você pôde fazer isso na
Austrália, poderá fazer aqui na Cidade do México? Nosso ar está tão poluído que nós

mal podemos respirar”.

Tenho que admitir, eu estive ao redor do mundo e nunca vi um lugar onde o ar


estivesse tão poluído quanto estava naquela cidade. Eu podia ver não mais que dois
quarteirões antes dos edifícios desaparecerem. Na verdade, eu não podia ver sequer
o céu no meio do dia. Parecia que eu estava vivendo dentro de uma cúpula marrom e
cada respiração cheirava como se estivesse atrás de caminhão a diesel. Esse
definitivamente seria um bom teste.

Acompanhado por mais de quarenta testemunhas, eu fui para o meio da cidade, para
as antigas pirâmides que estavam localizadas próximas a diversas rodovias. Nós
subimos para o topo onde pudéssemos ver a cidade em todas as direções, porém
somente numa curta distância devido à espessura da poluição.

Nós sentamos em círculo, encarando um ao outro numa área coberta pela grama,
plana e grande que havia no alto da pirâmide. Todo mundo sabia o que eu estava
prestes a fazer: começar a meditação usando meu campo natural da Mer-Ka-Ba como
uma antena para enviar uma vibração na forma de onda de uma nuvem de chuva
exatamente como ela faz para enviar um relâmpago de seu ventre. Olhei para o meu

relógio, como outros também fizeram, e comecei a meditar.

A Pirâmide na Cidade do México


24
Quinze minutos na meditação, um buraco azul abriu-se no céu, diretamente acima da
minha cabeça. Todos olharam para cima e apontaram. O buraco começou a crescer e
crescer. Após outros quinze minutos, ele se expandiu para cerca de 3 a 5 quilômetros
de diâmetro. Criou-se um buraco perfeitamente redondo na poluição atmosférica
acima da cidade que parecia como se alguém tivesse usado um cortador de cookies e

colocado para fora a poluição de cima e simplesmente a jogado fora.

Uma muralha de nuvem marrom foi deixada em todas as direções ao redor de nós,
mas onde nós estávamos, no meio, o ar estava limpo e claro. Cheirava a rosas e uma
bela nuvem rosa se formou no céu acima de nossas cabeças. Era impressionante.

Por três horas e quinze minutos, como nós registramos, a muralha não se moveu. O
governo mandou helicópteros acima do buraco para ver por que ele estava lá, porém
eu nunca ouvi que eles pensaram disso. Então, no final desse período, eu contei ao
grupo que eu pararia a meditação para observar o que aconteceria. Imediatamente
após ter interrompido a meditação, a muralha de poluição atmosférica começou a
correr em direção ao nosso grupo. Dentro de quinze minutos, ela nos alcançou,
fechando-nos novamente no fedor terrível dos gases que despejavam na Cidade do
México. Mais uma vez, nós estávamos na cúpula de poluição que escondia a cidade
de nossa visão.

Eu me lembrei como eu me senti no coração enquanto estava voltando de volta para


os Estados Unidos. Sabia, além de qualquer dúvida, que a consciência humana era a
resposta para todos os nossos problemas. Continha, com dificuldade, meu entusiasmo

durante o longo voo para casa. Depois disso, eu executei o mesmo feito novamente,
duas vezes na Inglaterra e duas na Holanda. Funcionou perfeitamente todas as vezes
e cada vez em frente a uma audiência de cinquenta pessoas ou mais, no mínimo. A
segunda vez na Inglaterra mudou a minha vida dramaticamente.

Encontrando o Mundo Interno no Coração

Não me lembro exatamente onde eu estava na Inglaterra, mas estávamos num


pântano onde o Sol não brilhava por mais de seis meses. Toda a paisagem estava
mergulhada em névoa interminável, que fez tudo ficar úmido e encharcado. Eu estava
ensinando a Mer-Ka-Ba à cinquenta e cinco pessoas e o último dia de um workshop
de quatro dias, eu sugeri que nós tentássemos a meditação para limpar a poluição

25
atmosférica – mas não havia poluição, apenas neblina. Minha orientação interna disse:
“Não se preocupe. Faça a meditação e observe o que acontecerá”.

O Pântano

Não era fácil convencer um grupo inglês para sair e entrar na neblina e na chuva para
criar um círculo de meditação no campo coberta de grama molhada, mas eles
finalmente concordaram. Acho que eles pensaram que eu era um pouco maluco,
porém, de alguma forma, acreditaram em mim.

Todos eles levaram seus guarda-chuvas e sacos de plástico preto para sentar.
Estávamos ali, cinquenta e cinco pessoas incluindo a mim mesmo, sentados num
circulo na neblina e na chuva, segurando nossos guarda-chuvas para repelir todos os
elementos, parecendo uns tolos.

Em silêncio, comecei a fazer a meditação, esperando completamente que algo


ocorresse, mas sem saber o quê. Após quinze minutos, um buraco azul se formou
acima de nossas cabeças e começou a se expandir como havia feito na Cidade do
México. Dessa vez, porém, ele se expandiu mais rápido e mais distante, continuando
até chegar por volta de 12 quilômetros de diâmetro. Estávamos agora sob um céu
claro e azul com o sol vespertino atrás da muralha de neblina que permaneceu como
uma cerca de quase um quilômetro ao redor do círculo. E então, aconteceu.

Um sentimento tomou conta de todos no círculo enquanto todos nós podíamos sentir a
presença de Deus. Isso causou arrepios nos meus braços. Nós olhamos para os céus,
e estava a Lua cheia brilhando vivamente à frente. Apenas era diferente. O céu estava
tão claro que, mais uma vez, parecia que não havia qualquer atmosfera. Ao redor da

26
Lua tinha alguma coisa que eu nunca vi, mas já tinha ouvido antes: estrelas...estrelas
ao redor da Lua, no meio do dia! Foi incrível.

Repentinamente, minha atenção estava voltada em direção à Terra e eu percebi que


havia pequenos animais – esquilos, roedores, cachorros – todos a nossa volta,
observando. Muitos e muitos pássaros estavam empoleirados nas arvores próximas,
cantando suavemente. Eu olhei para as pessoas no circulo e estava evidente que elas
estavam num estado alterado de consciência. Eu sorri, pensando em St. Francis e
observei os animais tentando todos se aproximarem o quanto podiam de nós,
humildes seres humanos.

Lembrei-me de um pensamento que pipocava na minha cabeça: “Queria que nós


estivéssemos na luz do sol; está um pouco frio”. Imediatamente, o círculo inteiro
estava iluminado. Eu rapidamente me virei em direção da fonte de luz e vi um pequeno
milagre em progresso. A muralha de neblina tinha escondido o Sol, mas no momento
que o meu desejo por calor veio à tona, um buraco se formou no banco de nevoeiro
exatamente onde o Sol estava, permitindo que um raio entrasse como uma lanterna na
noite de neblina. E o buraco manteve o ritmo do Sol por uma hora e meia. Nosso
pequenino círculo foi banhado pela luz brilhante enquanto rezávamos.

Finalmente, decidi que nós tínhamos visto o suficiente e o Sol estava indo se por em
vinte minutos de qualquer maneira. Disse a todos que eu iria interromper a meditação.
E quando eu fiz isso, o círculo de neblina densa imediatamente correu de volta para
onde estávamos. Dentro de minutos, nós estávamos fechados novamente na neblina e

chuva do pântano.
E enquanto levantávamos, um verdadeiro milagre pelo padrão de qualquer pessoa
ocorreu. Um homem tinha vindo ao workshop com sua esposa e estava numa cadeira
de rodas há mais de dez anos. Ele pôde se levantar, mas apenas por alguns
segundos, tempo bastante para mudar de posição ou de cadeira e sua esposa a
ajudou o tempo todo. Quando todos começaram a deixar o círculo, o homem levantou
de sua cadeira de rodas e começou a andar de volta para o alojamento com o grupo,
deixando a cadeira de rodas para trás! Ele estava andando! Era impossível! Ele estava
um pouco vacilante, mas estava andando.

Sua esposa estava praticamente atônita com a experiência, mas ela me contou depois
que não somente ele estava andando, como sua espinha tinha endireitado e ele
27
estava seis polegadas mais alto do que era antes. Alegria inundou nossos corações e
subjugou o que tinha acabado de acontecer no campo.

Como curador, eu tinha visto milagres por várias vezes na minha vida, mas
frequentemente a doença retorna no dia seguinte. Contudo, na manhã seguinte, o
homem entrou na sala do café da manhã com sua radiante esposa ao seu lado. Além
disso, eu conhecia uma senhora que amiga deles e todo ano ela me ligava e contava
as atualizações sobre o caso. Depois de cinco anos, ele ainda estava andando
normalmente.

Aqui está um caso de um homem que viu a verdadeira natureza da realidade como o
resultado de uma experiência nesse campo inglês. Eu acredito que ele percebeu que
tudo é somente luz e que o mundo é criado de dentro da alma humana; ele soube,
sem sombra de dúvida, que poderia curar sua doença com sua própria consciência e
assim o fez.

Essa experiência na Inglaterra mudou a minha vida também e deu uma guinada na
direção de um ainda desconhecido despertar. Eu comecei a perceber que dentro da
alma humana estava “algo” muito maior que nenhuma ciencia ou a mente lógica havia

jamais considerado. O mundo exterior é criado pelo mundo interno que eu, de alguma
maneira, sabia estar no coração humano– disso eu estava certo.

Eu sabia que esse “algo” estava no coração humanom porque assim que sentei em
meu campo da Mer-Ka-Ba enviando a vibração da nuvem de chuva, eu pude sentir o
local da fonte da vibração – e era o meu coração; era alcançado pelo amor que eu
tinha pela Mãe Terra. Aos poucos, eu estava sendo preparado para uma nova
compreensão de meu relacionamento com a vida.

28
Capítulo Dois

ENXERGAR NA ESCURIDÃO

Uma mulher cega pode enxergar.

Crianças psíquicas da China

Inge Bardor – Enxergando com as mãos e pés

As crianças superpsíquicas na China

A Academia Internacional de Desenvolvimento Humano em Moscou

Jimmy Twyman e as crianças superpsíquicas da Bulgária

29
Uma mulher cega pode enxergar
Há pouco anos, eu era amigo de Pete Carrol, que era o principal treinador dos New
YorkJets na época. Ele continuava a me dizer que eu precisava conhecer essa mulher
que sabia ser muito incomum, que ele sentia que tinha algo a compartilhar que eu
acharia importante. Eu estava muito ocupado e protelei por vários meses. Até que um
dia, ele pediu se poderia dar meu número de telefone para ela para que pudesse me
ligar. Eu concordei e foi assim que encontrei Mary Ann Schinfield, uma mulher
certamente incomum. (Eu a mencionei brevemente no primeiro volume do livro O
antigo segredo da Flor da Vida).

Mary Ann era completamente cega e tecnicamente não tinha olhos, podendo ver
absolutamente nada. Contudo, ela capaz de realizar as tarefas cotidianas normais –

ela podia até ler um livro ou assistir televisão sem qualquer assistência externa.
Cientistas da NASA realizaram testes extensos para determinar como ela era capaz
de “ver”. Eles perguntaram a ela o que estava vendo dentro de sua cabeça enquanto
estava sentada num cômodo e ela – assim como me relatou posteriormente– contou-
lhes que estava se moendo através do espaço e estava continuadamente assistindo o
que estava acontecendo no sistema solar. Até mais interessante foi que ela disse que
estava restringida a esse sistema solar e não podia sair dele.

Claro que a NASA não acreditou que ela estava “se movendo pelo espaço”, então

fizeram um teste para ver se estava dizendo a verdade. Pediram-lhe que se movesse
ao lado de um de seus satélites e dessem a eles algum tipo de leitura sobre ele, um
número de série ou alguma coisa semelhante. Não tenho certeza o que foi, porém o
fez precisamente e a partir desse momento, Mary Ann pertencia à NASA. Eles nunca
permitiam que ela partisse e continuavam usando-a para seus próprios propósitos.
Não acho que teria feito esse jogo com eles, mas ela fez.

De qualquer maneira, um dia ela me telefonou e nós começamos uma conversa


semanal que mantivemos por volta de quatro meses. Achei que ela era
inacreditavelmente interessante na sua abordagem à natureza da realidade em que
vivemos, a qual ela percebia como uma série de imagens que se srcinaram dentro de
sua mente. Ela nunca pensou nessa realidade como “verdadeira” na forma que a
maioria de nós pensa. Nós conversamos pelo telefone todo final de semana sobre
30
quase todos os assuntos que alguém pode pensar, sempre do ponto de vista de suas
“imagens”.

Um dia, após mais ou menos dois meses, Mary Ann me pediu se eu gostaria de “ver”
pelos seus olhos. Eu não hesitei e perguntei-lhe o que eu deveria fazer. Ela disse:
“Simplesmente deite na cama e torne o quarto o mais escuro possível.”

Minha esposa, Claudette, estava escutando nossa conversa, então ela abaixou as
persianas e desligou as luzes. Era tarde da noite, semana da Lua Nova, por isso, ficou
extremamente escuro de qualquer forma. Quando Claudette terminou, eu não
conseguia ver minha mão na frente do meu rosto.

Então, Mary Ann falou para pegar um travesseiro para apoiar o telefone e deixar
minhas mãos livres. Fiz como ela pediu. Eu estava agora completamente num espaço
escuro com meus olhos fechados, esperando para que algo acontecesse. Lembro de

sentir nervoso por antecipação, sabendo que eu estava prestes a experimentar algo
novo.

Depois de um minuto, ela me perguntou se eu via alguma coisa. Mas não havia nada;
estava simplesmente escuro como normalmente fica quando fecho meus olhos. Após
talvez de outros cinco minutos, ela perguntou novamente e não havia nada ainda.
Contudo, logo em seguida, como se uma luz tivesse sido ligada, uma imagem
apareceu de repente na minha visão interior. Era como uma tela de televisão e era tão
real que dificilmente podia acreditar.

Estava lá, e meus olhos internos continuaram explorando essa TV interna, porque era
algo que eu nunca tinha visto antes em toda a minha vida. De alguma forma, Mary Ann
sabia que eu havia me conectado à sua visão, pois ela disse: “Você pode ver agora,
não pode?” Tudo que conseguia responder era: “ Sim, o que é isso?” “Somente uma
outra maneira de ver. Você enxergar as pequenas telas ao redor da grande?”

No centro, eu vi uma grande trela que aparecia estar uns 36 centímetros dos meus
olhos. Muitas pequenas telas estavam enfileiradas ao longo do seu perímetro, talvez
sete pequenas telas ao longo da parte superior e inferior e seis de cada lado. As

pequenas telas tinham imagens que se moviam muito rapidamente, cada uma
fornecendo informação sobre a tela central.

31
A TV interna

Mary Ann me pediu para olhar para a tela no alto do lado direito e olhar somente para

essa. Fiz como ela solicitou. Essa tela mostrou imagens de seres vivos misturados
com formas geométricas. Ela continuou dessa maneira em tanta velocidade que minha
mente apenas escassamente decifrar as imagens.

Mary Ann me contou que essa pequena tela mostrava a ela o que estava na
proximidade imediata do seu corpo físico – ela permitia que “visse” mesmo que ela
fosse cega. Incrível!

Mary Ann convidou-me, então, para olhar para uma pequena tela embaixo do lado
esquerdo. Novamente, havia imagens que se moviam rapidamente, porém elas eram
muito estranhas. Elas mostravam pessoas que não pareciam humanas e algumas
vezes, golfinhos apareciam na tela. Mary Ann disse que esse era seu sistema de
comunicação com seus “irmãos e irmãs” do espaço e outras dimensões. O que ela
queria dizer era: Ets!

Antes que eu pudesse pensar sobre o que estava vendo, ela me pediu para olhar na
tela central e dizer o que eu enxergava. Eu me encontrei olhando pela janela – era
perfeitamente real, nada parecido como olhar para um monitor de TV– e vi o espaço
profundo e milhares e milhares de estrelas por todos os lugares. Eu nunca tinha visto

antes as estrelas dessa forma, eu podia sentir a profundidade extrema do espaço no


meu corpo. Era emocionante, divertido.

32
Naquele momento, cientistas da NASA estavam trabalhando com Mary Ann. Eles a
tinham feito localizar os vinte e um fragmentos do cometa Shoemaker-Levy e 9
estavam prestes a colidir em Júpiter. Isso foi em 1994. Os fragmentos do cometa
estavam se movimentando atrás do Sol naquele momento e estavam prestes a ter o
encontro final com seu destino trágico na história astronômica pela colisão na

superfície de Júpiter.

Mary Ann me disse: “Drunvalo, nós estamos prestes a virar à direita. Nós sentiremos
isso no nosso corpo, mas não fique preocupado”. Instantaneamente, comecei a sentir
com se eu estivesse virando meu corpo, porém obviamente ainda estava deitado na
minha cama. A visão dentro da tela começou a mudar enquanto eu estava na cápsula
espacial que estava rodando no sentido horário.

E ali, diretamente na minha frente, estava um dos fragmentos do cometa que o mundo
inteiro estava assistindo de tão longe. Acho que não estávamos a mais de 12 metros
dessa bola de fogo brilhante de poeira e gelo. Era extremamente brilhante e parecia
permanecer imóvel. Eu apenas encarei essa “coisa” como se estivesse assistindo um
filme.

Finalmente, Mary Ann começou a falar. “Estou trabalhandopara a NASA no momento.


Querem que eu responda algumas de suas perguntas sobre esses fragmentos de
cometa, mas agora mesmo eu gostaria que você visse como eu vejo. O que você
acha?”

Imediatamente, meu foco foi para outro nível dessa experiência. Eu percebi que Mary
Ann e eu estávamos enxergando da mesma maneira que todos os humanos fazem:
estávamos olhando para frente, porém não podíamos enxergar atrás de nós, a não ser
que nos virássemos. De experiências passadas com outras formas de vida, eu sabia
que algumas vezes ETs podiam ver esfericamente, em todas as direções de uma vez.

“Mary Ann, o que está atrás de você? Não na realidade que você está monitorando,
mas na realidade maior?” Ela não sabia. “Sabe, eu nunca olhei. Eu nunca pensei
sobre isso.” Eu perguntei-lhe se estaria tudo bem se eu olhasse e visse e ela não
colocou qualquer objeção. Ela me concedeu permissão e então, contei-lhe para
permanecer imóvel enquanto eu olhava para trás.

33
Eu me virei para olhar para o que estava atrás dela e o que eu vi me chocou tanto que,
depois de todo esse tempo, eu me sinto estranho ao relatar essa experiência. Mary
Ann tinha uma consciência que não era humana; atrás dela estava a quarta dimensão
e na frente dela, a quinta. Ela tinha consciência que fazia a interface com ambas
dimensões. Até então, eu não sabia que isso era possível.

Para descrever essa experiência seria quase impossível a menos que alguém tivesse
tido a experiência com a quarta dimensão. Porém, tudo o que eu posso dizer é que
atrás de consciência dela era completamente única. Ali estava uma mulher que era
incomum de muitas maneiras além de ser uma pessoa cega que podia “enxergar”. Ela
definitivamente não vinha da Terra, isso estava muito claro. Eu senti a certeza que se
alguém tirasse uma amostra de seu DNA, anomalias surgiriam que apontariam para
suas srcens fora da história biológica da Terra.

Eu continuei a conversar com Mary Ann por outros dois meses. Após ter
experimentado as telas, ela queria apenas conversar em imagens e símbolos, os quais
ela me pediu para escrever. Assim como a pequena tela no alto do lado direito da tela
central, suas comunicações eram imagens de seres vivos misturados com formas
geométricas. De alguma forma, eu sempre soube o que ela estava dizendo, embora
minha mente consciente estava encontrando problemas em compreender.

Até que um dia pareceu que nosso relacionamento estava completo e nós dois
dissemos adeus. Lembro-me de pensar que essa experiência não se encaixava com
qualquer outra coisa que eu conhecesse e então eu a arquivei no que eu chamo de

“arquivo estranho”, esperando para maiores informações que me permitissem


novamente adquirir conhecimento para conectar com outras informações.
Verdadeiramente, porém, eu não tinha quaisquer expectativas. Eu apenas adicionei
essa experiência a todas as outras coisas do meu arquivo estranho e continuei com a
minha vida.

As crianças psíquicas da China

Eu percebi que eu falei sobre isso nos livros da Flor da Vida, mas eu senti que isso é
importante relatar isso de novo para aqueles que não os leram. De volta a janeiro de
1985, eu encontrei um artigo da Omni Magazine falando sobre as crianças
superpsíquicas da China que possuem habilidades extraordinárias. Uma vez que o
artigo estava na Omni, eu escutei o que eles tinham a dizer.
34
Aparentemente, o governo chinês tinha solicitado que os repórteres da Omni fossem e
estudasse algumas crianças psíquicas da China. A China estava afirmando que essas
crianças podiam ver com diferentes partes de seus corpos enquanto seus olhos
estavam vedados; que elas podiam enxergar com suas orelhas, a ponta de seus
narizes, suas bocas e às vezes com suas línguas, cabelos, axilas, mãos e pés.

Em 1947, a China descobriu que o primeiro rapazinho que podia “ver” com suas
orelhas. Quando os olhos do menino estavam hermeticamente cobertos, ele ainda
podia “enxergar” ao virar suas orelhas na direção que queria ver. Aos poucos, eles
começaram a encontrar outras crianças, a maioria abaixo dos quatorze anos, que
podiam ver com partes variadas de seus corpos.

Obviamente, isso intrigou os editores da Omni e em 1984, eles enviaram uma equipe
de pesquisadores para a China com a finalidade de estudarem essas crianças. O
governo chinês forneceu a eles um grupo de crianças para teste. O artigo da Omni
enfatizou que os testes eram conduzidos muito cuidadosamente para que não fossem
enganados enquanto o governo secretamente observava cada movimento deles.

Um dos testes que o grupo da Omni realizou foi levar uma pilha alta de livros e
selecionar um aleatoriamente. Então, novamente ao acaso, alguém rasgava uma
página e imediatamente a amassava em forma de uma bola antes que qualquer um
pudesse ver ou ler. Essa página amassada era colocada embaixo da axila de uma das
crianças, selecionada aleatoriamente. Várias vezes seguidas, as crianças chinesas
podiam ler cada palavra naquelas páginas perfeitamente! Como era possível? O

grupo da Omni não tinha ideia. Tudo que eles puderam dizer após testar as crianças
de muitas maneiras era que o fenômeno aparentava ser verdadeiro e não
prestidigitação.

Inge Bardor – Vendo com Mãos e Pés

No segundo volume do Antigo segredo da Flor da Vida, eu relatei como Inge Bardor
demonstrou sua habilidade em enxergar com suas mãos e pés durante a palestra que
eu realizei em Denver, Colorado, em 1999.

Eu tinha conhecido Inge durante uma aula de meditação da Mer-Ka-Ba que eu estava
ensinando no México. Era um workshop de quatro dias e no terceiro dia, eu me

35
encontrei falando sobre as crianças chinesas que podiam ver com diferentes partes de
seus corpos.

Repentinamente, uma jovem de dezoito anos de idade levantou e diss e: “Drunvalo, eu


posso fazer isso. Eu posso enxergar com minhas mãos e pés quando estou
completamente vendada. Você gostaria que eu mostrasse a vocês?” Isso era
completamente inesperado, mas é claro que eu queria que ela me mostrasse e a esse
grupo de quase cem pessoas.

Então Inge, toda vestida de branco e muito bonita, andou até área onde eu estava
ensinando. Ela imediatamente perguntou se havia algum cético no grupo que não
acreditasse que ela poderia ver quando seus olhos estivessem completamente
cobertos. Dois jovens se levantaram.

Inge convidou-os para ir ao palco com ela e mandou-lhes que dobrassem dois lenços

e os colocassem sobre seus olhos de certa maneira. Depois, ela embrulhou longos
cachecóis em volta de suas cabeças para selar completamente de qualquer luz e
ambos confirmaram que estava 100 por cento, totalmente escuro. Os dois homens
retiraram os cachecóis e lenços ao mesmo tempo que Inge fazia a mesma coisa em si
mesma, e ela os manteve ali tempo suficiente para que verificassem e tivessem
certeza que não estava trapaceando. Uma vez satisfeitos que Inge não poderia ver
nada, ela começou.

Ela sentou numa cadeira de costas retas com seus pés no chão e perguntou se
alguém no recinto tinha uma foto na carteira ou bolsa que ela poderia usar. Uma
mulher pegou uma foto da bolsa e a entregou a Inge.

Inge imediatamente virou a foto com o lado correto para cima. As pontas de seus
dedos correram a superfície da fotografia por uns três segundos e ela começou a
descrevê-la para o grupo como ela enxergava o que lhe era mostrado. Era uma foto de
uma sala de estar, onde quatro pessoas estavam sentadas num sofá. Um grande
quadro estava pendurado na parede atrás do sofá e não havia muito mais. Era uma
foto comum e simples.

Inge perguntou: “Você gostaria que eu contasse a você alguma coisa sobre as
pessoas ou a casa?” Isso também era algo inesperado. A mulher que deu a foto a Inge
perguntou sobre as pessoas e Inge elencou seus nomes e se me recordo

36
perfeitamente, suas idades. A mulher estava surpresa que Inge pudesse saber tantas
coisas e então perguntou-lhe se ela poderia se mover pela sua casa.

“Eu estou indo para o final do corredor à direita. A primeira porta da esquerda é seu
quarto.” Inge “foi” para o quarto e descreveu exatamente o cômodo inteiro, até dizendo
à mulher o que estava no seu criado-mudo. Então, ela atravessou o corredor até o
banheiro e novamente descreveu-o perfeitamente. A mulher estava maravilhada e
verificou que tudo estava correto.

Nesse ponto, um dos dois céticos pulou de seu assento e começou a afirmar que a
coisa toda era um embuste e que ele iria provar. Ele colocou a mão em seu bolso
traseiro para pegar sua carteira, tirou sua carteira de motorista e passou-a na frente e
atrás de Inge e perguntou: “Muito bem, o que é isso?”

Sem hesitação, Inge virou a licença e colocou-a no lado correto. “Essa é sua carta de

motorista, o que você deseja saber?” O homem disse: “Leia o número”. E Inge leu o
número, seu endereço e outras informações básicas de sua licença. Ele ainda não
estava convencido.

Ele disse a Inge: “Diga algo que somente eu saiba e então eu acreditarei em você”.
Com um pequeno sorriso, Inge respondeu: “Você está aqui com sua namorada, mas
tem outra em casa e o nome dela é....” (Inge falou o nome para o auditório). “e você as
tem mantido secretamente separadas, então uma não sabe sobre a outra.” O jovem
arrancou a licença de motorista das mãos de Inge voltou para sua namorada que
estava chateada após essa revelação. Ele não disse nenhuma outra palavra.

Inge continuou a demonstrar suas habilidades até que se tornou francamente obvio
que suas habilidades iam muito além de simplesmente ver o que estava em fotos que
ela segurava nas mãos. Ela podia fornecer nomes das pessoas que tiraram as fotos e
o que elas estavam vestindo ou pensando no momento em que pressionaram o botão.
Nós todos nos perguntávamos sobre o que tínhamos presenciado. Era verdadeiro,
mas como poderia ser? O que estava acontecendo?

(Através da Inge, eu descobri que existiam duas escolas próximas da Cidade do

México, dedicadas a ensinar crianças como “ver” com partes diferentes de seus
corpos assim como outras habilidades psíquicas. Inge conhecia, pelo menos, mil
crianças mexicanas que podiam enxergar e conhecer da mesma maneira que ela.)

37
Inge e sua mãe, Emma, viajaram para visitar minha família e a mim no Arizona por
alguns poucos dias. Nós decidimos tentar alguns testes psíquicos e era divertido
explorar o potencial humano tão diretamente. O que muitas pessoas pensavam ser
fingimento, eu estava testemunhando e também minhas duas filhas, Mia e Marlee, que
tinham sete e oito anos de idade na época.

Mia estivera calmamente observando Inge “enxergar” sem seus olhos por diversas
horas. Finalmente, ela não podia segurar mais nem mais um momento e disse: “Eu
também quero fazer o que você está fazendo, por favor”. Inge virou-se para ela, olhou
em seus olhos e disse: “Mia, todo mundo pode fazer isso. Você gostaria de ver como
eu faço?”

Mia pulava para cima e para baixo, cheia de entusiasmo: “Sim, sim, sim!” Então, Inge
tirou os lenços dobrados que vendavam seus olhos e cuidadosamente os colocou em
Mia. Ela continuou perguntou-lhe se ela podia ver qualquer coisa e continuou
ajustando os lenções até que Mia dissesse que estava completamente escuro.

Então, Inge folheou uma pilha de revistas por alguns minutos até encontrar
exatamente a foto certa, uma página inteira repleta de rinocerontes cruzando um rio

azul que parecia ter sido tirada na África. Ela colocou a revista no colo de Mia e
colocou suas mãos na borda da foto para que ela soubesse onde estava. Então, ela
simplesmente disse a Mia para olhar dentro da escuridão.

Após alguns minutos, Inge perguntou-lhe o que ela via e Mia respondeu: “Eu não
consigo ver nada. Está tudo preto”. Inge pediu-lhe que continuasse olhando. Depois de
outros cinco minutos, ela aproximou-se de Mia e colocou seus dedos no ombro dela.
Instantaneamente, Mia exclamou: “Inge, eu posso ver. É uma fotografia de
rinocerontes cruzando um rio grande e azul!” Mia não conseguia falar direito, mas
todos nós sabíamos o que ela estava dizendo.

Estava claro que Mia podia agora “enxergar” como Inge.Perguntei a Inge se ela tinha
tocado o ombro de Mia num lugar específico. Ela confirmou isso e disse que
38
acreditava ter se tornado um tipo de antena para que Mia conseguisse “ver”. Na escola
onde ela aprendeu a fazer isso, eles a tinham auxiliado a “enxergar” pela primeira vez
da mesma maneira.

Outra vez, quando Inge e eu estávamos apenas conversando, eu perguntei-lhe como


era dentro de sua cabeça quando estava “vendo”. Por alguma ra zão, ela hesitou, eu
continuei incitando-a, até que finalmente ela explicou: “Ok, mas é um pouco estranho e
era por isso que eu não queria falar. O que eu vejo é algo como uma tela de televisão
com pequenas telas todas em volta de uma tela no centro. As pequenas telas me
dizem que está na tela central”.

Essa era a última coisa que eu esperava que ela dissesse. Isso me atingiu como uma
frigideira de ferro fundido sobre a minha cabeça e a lembrança de Mary Ann voltou
inundando meus pensamentos. Eu sabia exatamente sobre o que Inge estava falando,
porém eu nunca tinha ligado a tela interna de Mary Ann às crianças superpsíquicas.
Eu não consegui falar por alguns minutos.

Isso significava que eu tinha que reanalisar tudo o que pensava que eu sabia sobre
essas crianças. Era verdade? Todas essas crianças superpsíquicas viam uma tela
interna de TV? De acordo com Inge, pelo menos mil crianças no México viam.

As crianças superpsíquicas na China

Durante o tempo que estava trabalhando com Inge Bardor, estava lendo uma pesquisa
de Paul Dong e Thomas E. Rafill, coautores do livro Superpsíquicos na China. De
acordo com eles, o governo chinês testou mais de cem mil crianças que acreditavam
ser superpsíquicas e podiam “ver” sem utilizar seus olhos.

O governo chinês tinha construído escolas para receber essas crianças quando elas
fossem encontradas para treinamento especial. Na verdade, eles tanto ensinavam
quanto estudavam as crianças para entender esse grande mistério que estava se
desdobrando diante de seus olhos.

O Sr.Dong reportou como essas crianças chinesas estavam realizando feitos

extraordinários de habilidades psíquicas enquanto os cientistas governamentais


estudavam e controlavam cada experimento para certificar que não havia nenhuma
fraude.

39
Aqui está um exemplo de um desses experimentos: uma mesa descoberta foi montada
numa área aberta; câmeras de vídeo estavam prontas para gravar o experimento; e
cientistas treinados estavam lá para monitorar todo e qualquer movimento. Um dos
cientistas colocou um frasco de comprimidos selado e fechado, como vitaminas, no
centro da mesa e uma moeda ou algo pequeno como isso, talvez uma pedra, em

direção da borda da mesa. Uma criança pequena aproximaria-se da mesa, mas não
chegaria muito perto, para assegurar que ele ou ela não tocasse em nada. Com as
habilidades psíquicas da criança, os comprimidos passariam pela parede de vidro do
frasco e terminaria no tampo da mesa. Então o outro objeto, a moeda ou a pedrinha
que estava na borda da mesa, flutuaria para o vazio, mas frasco selado. Essa façanha
evidentemente não é tão difícil, uma vez que cinco mil crianças chinesas eram
capazes de realizar esse experimento sob o exame minucioso do governo.

Uma garotinha chinesa de seis anos deu uma demonstração incomum de suas
habilidades psíquicas, com milhares de pessoas no auditório. Antes de entrar no
anfiteatro, a cada pessoa foi dado um botão de rosa na haste com folhas. Então, a
garotinha entraria no palco, agitava suas mãoes e todos os botões de rosa do recinto
se abririam e tornariam-se completamente rosas maduras em apenas alguns minutos.
Isso era um truque, mas era realmente um dos bons.

Houve muitos diferentes tipos de demonstração dessas habilidades das crianças, mas
o fato era muito fácil de compreender: algo extraordinário estava acontecendo na
China e no México. Agora, eu tinha que descobrir se era um fenômeno planetário ou
restrito a esses dois países.

Visto que tanto Mary Ann e Inge utilizavam a mesma tela interna para enxergar, eu
tinha que perguntar para Paul Dong, que estudara essas crianças extensivamente,
sobre as crianças superpsíquicas na China. (Desde 1985, há uma pesquisa extensa
na China a cerca da ideia da consciência maior e o fenômeno psíquico nas crianças e
acabou encontrando caminho nas revistas científicas de prestígio como Nature Journal

e muitas outras. Isso é algo que foi bem pesquisado e documentado).


Eu liguei para Paul na Califórnia, onde ele estava morando. Nós conversamos por
duas horas e perto do final da conversa eu perguntei a ele a questão que estava tão
40
ansioso para descobrir: “Paul, o que as crianças chinesas superpsíquicas veem
quando elas estão com os olhos fechados? Quero dizer, o que elas veem em suas
mentes?”

Paul começou agindo como a Inge quando eu a tinha interrogado, dizendo que era um
pouco estranho e mudando de assunto. Finalmente, após uns dez minutos de
estímulo, Paul aventurou-se a dizer: “Drunvalo, eu nuca vi o que elas veem, mas as
crianças me contaram que veem algum tipo de uma tela interna de TV na qual as
imagens vêm a elas.” Eu imediatamente perguntei se era havia umas telas menores
de TV em volta da borda de uma tela central. Paul disse que não sabia sobre isso; as
crianças nunca disseram contaram a ele.

Então, agora que sabia que as crianças chinesas superpsíquicas também viam algum
tipo de tela de TV, mas não estava certo se era o mesmo. Sim, isso era muito
emocionante. Talvez no que eu tivesse tropeçado fosse um fenômeno universal e
estava agora ainda mais determinado a encontrar a verdade.

A Academia Internacional de

Desenvolvimento Humano próxima a Moscou

Um dos repórteres russos e escritores da revista eletrônica The Spirit of Ma’at, Kostya
Kovalenko, tinha lido um dos artigos sobre as crianças superpsíquicas e a tela interna
e ele contou-me que havia uma escola psíquica próxima a Moscou onde as crianças

eram ensinadas a ver a tela interna e ir ainda mais além. A escola estava fazendo
algumas afirmações, que se verdadeiras, poderiam modificar o mundo para sempre,
em última instância.

Essas crianças não somente podiam ver a tela interna e ver sem usar seus olhos,
como podiam simplesmente segurar um livro por alguns minutos e o livro inteiro
aparecer na sua tela interna. Uma vez lá dentro, as crianças podiam rolar as páginas
como um computador e ler e ver todos os textos e fotografias que estavam no livro
srcinal. Além disso, elas sabiam imediatamente o conteúdo do livro inteiro.

O homem que iniciou e dirige essa escola, chamada de Academia Internacional de


Desenvolvimento Humano, é Viacheslav Bronnikov. A fama e realizações da escola
evidentemente alcançaram Washington D.C. quando Hillary Clinton, durante o
41
mandato de seu marido, viajou a Moscou para observar a escola em primeira mão. Ela
aprendeu alguma coisa? Talvez seja como ela tornou-se a Senadora de Nova York!

Ao longo dos meses seguintes, Kostya me contou que mais duas escolas na Rússia
estavam ensinando uma concepção psíquica similar, porém usando métodos
diferentes de ensino. Foi quando comecei a perceber que estava em algo muito maior
do que eu pensei srcinalmente.

Em 1999, eu mesmo fui à Moscou e fui levado para Kremlin para falar com a
Academia Russa de Ciências em Moscou sobre o corpo de luz humano, a Mer-Ka-Ba.
Enquanto eu perguntava das crianças superpsíquicas, os membros da Academia
admitiram que havia milhares dessas crianças na Rússia e que muitas estavam agora
com quase trinta anos de idade. O governo russo conheceu sobre os superpsíquicos
na mesma época que o governo chinês, desde o começo da década de 70. Que
despertar! E eu primeiramente havia pensado que Mary Ann era apenas uma
causalidade.

Jimmy Twyman e as crianças superpsíquicas da Bulgária

A maioria de vocês conhece James Twyman, frequentemente chamado de “Trovador


da Paz”. Ele estava viajando ao redor do mundo cantando canções de paz. Muitas
vezes quando Jimmy cantava suas canções de paz, movimentos maiores entre
governos para encontrar a paz começavam. Eu conheci James Twyman quando ele
veio para minha casa com Gregg Braden, um velho amigo, uns dois anos atrás. Nós

conversamos sobre as crianças superpsíquicas, mas Jimmy não tinha qualquer


conhecimento ou experiência com essas crianças na época. E o tempo passou.

Então, num único dia, Jimmy foi atraído para as vidas das crianças superpsíquicas.
Ele estava dando uma palestra para um grupo pequeno de pessoas na casa de
alguém. Somente adultos estava presentes no início, mas não demorou muito, um
garoto de doze anos apareceu no recinto e sentou em frente ao Jimmy enquanto ele
estava falando.

O garoto cativou a atenção de Jimmy e depois de um tempo, ele se viu dando sua
palestra diretamente para esse menino. Mais tarde, os dois tiveram uma conversa,
durante a qual Marcos, o garoto, fez algo com Jimmy e ele viu a tela interna. Jimmy

42
nunca vira nada assim antes, contudo ele se lembrou do que eu tinha contado a ele e
me telefonou mais tarde naquela noite para discutir esse evento extraordinário.

Esse começo humilde levou Jimmy para uma aventura incrível, que ele descreve em
seu livro chamado Emissary of Love. Ele escreve sobre quando foi à Bulgária, de onde
veio o Marcos, e finalmente encontrou um monastério no alto das montanhas onde os
monges estavam treinando crianças para ver a tela interna e ver com diferentes partes
de seus corpos.

Essas crianças da Bulgária estão falando agora com Jimmy telepaticamente sobre
como o mundo chegar à paz. Sua mensagem primordial é que a paz reside dentro de
cada um de nós e que nós somos, na verdade, emissários do amor. Dessa
compreensão, eles querem nos fazer uma pergunta: “Se nós enxergamos a nós
mesmos como emissários de amor, então, como viveremos nossas vidas sabendo
dessa verdade?” E eles nos dizem: “Comecem agora”.

Aos poucos, foi tornando-se claro para mim que de alguma forma enxergar na
escuridão era um fato, embora eu ainda não tivesse compreendido. Eu estava
aprendendo que nós podíamos ver com a luz utilizando nossos olhos e nossa mente
ou podíamos ver com outra parte de nós mesmos usando a escuridão; estava
aprendendo que nós ainda conseguimos ver e conhecer muito mais que a superfície
das coisas. Onde isso estava nos guiando, eu realmente não sabia, mas eu sempre
confiei no Grande Espírito e sei que qualquer coisa é o todo, completo e perfeito como
tem Ele é. Eu sabia que eu apenas tinha que esperar e manter minha consciência

aberta e a verdade se revelaria por si só.

43
Capítulo três

APRENDENDO COM AS TRIBOS IND ÍGENAS

Anciães aborígines compartilham suas energias

O Poder da Oração Maori vinda do coração

A experiência Kogi

A mulher colombiana

Tornando-se Um com os cavalos

Levando outra pessoa para dentro do Espaço Sagrado

44
Enquanto todas essas experiências em torno das crianças superpsíquicas estavam
ocorrendo na minha vida, outra vertente encontrou uma forma de estar nos meus
estudos sobre ver na escuridão. Ela foi muito sutil, mas de sobremaneira fundamental
para a experiência de onde tudo isso se direcionando - o lugar secreto, oculto dentro
do coração que gerou essas imagens incríveis que as crianças estavam vendo e deu-

lhes seus conhecimentos.

Vagarosamente, as tribos indígenas de todo mundo surgiram com outra parte do


grande mistério, cutucando-me para lembrar algo antigo sobre meu espírito. Membros
de muitas tribos contaram-me que eles estavam esperando que através de mim,
mudanças começassem dentro do mundo tecnológico que conduziria à paz mundial e
ao equilíbrio ambiental.

Anciães aborígines compartilham suas energias

Em meados de 1990, eu fui convidado para falar na Conferência de Golfinhos e


Baleias na Austrália. Cheguei a Queensland para ser imerso na beleza dessa terra
com sua grande barreira de recifes, que mede mais de mil milhas de comprimento.
Que lugar fantástico de se viver!

Centenas de pessoas de todo o mundo estavam lá para discutir sobre golfinhos e


baleias, mas também para falar sobre assuntos relacionados como o meio-ambiente
mundial. (Obviamente, os golfinhos, as baleias e o resto da vida não iam sobreviver a
não ser que nós humanos modificássemos o curso de como estávamos vivendo).

Na época, estava experimentando o R-2 e tinha finalmente descoberto que uma única
pessoa, conectada com a Mãe Terra, podia mudar o meio-ambiente ao utilizar seu
corpo de luz ou a Mer-Ka-Ba. Estava muito animado com esse conceito e quando foi
minha vez de subir no palco, sabendo quem era o público, eu falei sobre isso do ponto
de vista muito pessoal. Eu enfatizei que nossos pensamentos e emoções podiam criar
o mundo ao nosso redor e ao ficarmos conectados com a Mãe Terra dentro do
coração, todas as coisas eram possíveis – até limpar o meio-ambiente com apenas o
corpo de luz humano.

Ao final do meu discurso, eu saí do palco, voltei para o recinto e esperei para ouvir o
próximo palestrante. Contudo, fui interceptado por um grupo de cinco ou seis anciães

45
aborígines. Eles gesticularam para eu fosse para o círculo deles, para o qual me dirigi
sem pensar muito sobre isso.

Esses homens idosos levaram-me para o meio deles e contaram-me que eu era o
primeiro homem branco que ouviram falar a verdade como a conheciam. Disseram-me
como a Mãe Terra fornecia-lhes tudo sem que tivessem que lutar, que o mundo era
somente luz e que a consciência humana era mais do que os brancos normalmente
compreendiam. (Eles nos consideram uma mutação de sua consciência, como bebês
que estão ainda aprendendo sobre o mundo exterior). O velho homem contou-me que
iriam me apoiar enquanto estivesse na Austrália se eu permitisse o auxílio deles. Não
compreendi verdadeiramente o que eles quiseram dizer por “apoio”, porém, é claro
que concordei – afinal, eram verdadeiramente nossos anciães.

Depois disso, decidi falar em outras cidades australianas, tais como Brisbane,
Melbourne e Sydney. E cada vez que iniciava meu discurso, eu olhava para o auditório
e lá estavam esses anciães sentados no final do recinto num círculo, cantando
baixinho. Algumas das minhas palestras consistiam numa audiência de mais de mil
pessoas, mas as energias provindas desses anciães eram tão fortes que eu podia
senti-las quase pulsando no local. Não sabia como eles me acharam ou mesmo com
eram capazes de viajar essas grandes distâncias - visto não possuírem carros - porém
sempre estavam lá.

Eles me disseram uma última coisa antes que eu deixasse o seu círculo na
Conferência dos Golfinhos e Baleias: “Lembre-se da escuridão e do coração quando

você criar”. Na época, isso nada significava para mim.


O Poder da Oração Maori vinda do coração

Logo após, retornei para minha casa e o líder espiritual de Waitaha Maori, um povo
indígena da Nova Zelândia, pediu-me permissão para vir à minha casa na América e
conversar comigo. Macki Ruka fez sua solicitação através de Mary Thunder, uma
anciã americana que me ligou e o trouxe até a minha casa. Isso era muito
interessante, uma vez que não tinha tido nenhum contato com esse povo; todavia, de
maneira alguma eu iria recusá-lo, embora não tivesse a mínima ideia do que ele queria
falar comigo. Mary Thunder trouxe Macki Ruka acompanhado de vários assistentes
para a minha casa. Mary é uma avó maravilhosa da tribo Cheyenne e nós
permanecemos amigos desde então.
46
Macki Ruka era um homem impressionante que pesava por volta de cento e sessenta
quilos. Trouxe diversos rapazes de sua tribo consigo para que carregassem todos os
itens dos cerimoniais sagrados que sentiu serem necessários para a sua visita a mim.
Alguns desses itens pesavam mais de cinquenta quilos! Não consigo recordar
exatamente o que eles eram, exceto que eram tão pesados, às vezes precisando de

mais de uma pessoa para movê-los. Os artigos cerimoniais foram colocados todos ao
nosso redor assim que começamos a falar.

Nossa conversa logo levou a uma discussão sobre a sobrevivência do mundo e como
nós, membros da civilização moderna, precisávamos recordar a antiga sabedoria para
sobreviver. Ele disse claramente que havia formas de comunicação que, se
lembradas, poderiam modificar tudo no mundo. Por algum motivo, estava claro que
essa era sua mensagem primordial. Nós conversamos por quatro horas sobre muitos
assuntos, porém antes de partir, ele me contou que enviaria alguém de sua tribo para
mim e que eu esperasse essa pessoa. Não entendi porque ele faria isso, contudo eu
concordei.

Poucos anos depois, estava morando com minha família no Arizona e estávamos no
meio da mudança de Sedona para Cave Creek. Eu tinha alugado um furgão e estava

lutando para levantar uma caixa e colocá-la no furgão. (Você não acreditaria quanta
coisa eu adquiri desde que me casei. Quando nos conhecemos, Claudette tinha uma
casa repleta de tudo que é necessário para a vida e eu também).

Enquanto eu me arrastava indo e voltando entre nossa casa e o furgão, deslocando


mais e mais coisas fora da casa e colocando-as no veículo, um jovem eu que nunca vi
antes se aproximou de mim. “Oi”, ele me cumprimentou, “Você precisa de ajuda para
carregar seu caminhão?” Ele tinha uns vinte e oito anos de idade e falava com um
sotaque perfeitamente californiano. Vestia um velho jeans azul e uma camiseta branca
limpa, além de um grande sorriso. Na verdade, ele podia ser um dos meus vizinhos na
época que morava na Califórnia na minha infância e adolescência.

47
Eu respondi: “Não, está tudo bem. Não falta muita coisa agora.” Na verdade, eu
realmente precisava da ajuda dele, mas não queria me aproveitar de sua amizade. Ele
me olhou diretamente nos olhos e de seu coração gentilmente insistiu:“ Na verdade,
eu não tenho nada para fazer e adoraria ajudá-lo.” Como eu poderia recusar?

Então começamos a trabalhar. Ele não tinha muito a dizer, mas parecia simplesmente
focar no trabalho e fazê-lo. E assim, quase em silêncio, trabalhamos juntos. Quando o
furgão estava completamente lotado, eu o agradeci e perguntei se havia alguma coisa
que poderia fazer por ele. Ele disse: “ Não, mas eu realmente gostaria de ajudá -lo a
descarregar o furgão na sua nossa casa. Tudo bem?”

Não podia acreditar em tanta generosidade. “Não, isto é pedir muito. Porém, obrigado
por tudo que fez.” Novamente, ele olhou diretamente nos meus olhos e disse: “ Por
favor, deixe-me ajudá-lo. Você precisa do meu auxílio e não tenho absolutamente
nada mais para fazer. É verdade mesmo, está tudo bem.” De alguma maneira,
comecei a sentir como se o conhecesse de algum lugar. Sentia, no meu coração,
como se ele fosse meu irmão, portanto cedi ao seu argumento. “Tá bom, sobe aí. Mas
você é louco.”

Era um percurso de duas horas e meia até minha nova casa e tive uma ampla
oportunidade de perguntar-lhe muitas coisas sobre si mesmo. Enquanto ele esteve me
ajudando a carregar as coisas, não disse quase nada sobre si mesmo, mas agora
estava preso nessa caminhonete velha e alugada.

Nós tínhamos acabado de sair de Sedona quando eu lhe perguntei de onde era.
Esperava que dissesse “Califórnia”, porém ao invés disso ele respondeu: “Da Nova
Zelândia”. Sem mais explicações. Olhei para ele, surpreso. “Achei que fosse da
Califórnia. Você morou lá por um tempo?” Sem me olhar, ele disse: “Não, essa é a
primeira vez que venho à América. Cheguei aqui há duas semanas”
.

Imediatamente, virei para ele e o inqueri: “Bem, onde você aprendeu a falar inglês com
sotaque californiano tão perfeitamente?” Sua resposta me chocou até os ossos. “Oh,
Faz apenas três semanas que eu aprendi. Minha tribo me ensinou.” Minha curiosidade
transformou-se em consciência. “O quê? Você aprendeu um inglês perfeito em menos
de um mês?” “Sim, é fácil”.

48
No entanto, antes que pudesse me recuperar de sua afirmação inacreditável, ele
disse: “Você se lembra de Macki Ruka? Foi ele que me enviou aqui.” Eu tinha me
esquecido completamente da promessa de Macki Ruka de enviar alguém a mim, então
isso me pegou completamente desprevenido. Não conseguia seq
uer dizer: “Você está
brincando comigo.” O que teria sido ridículo de qualquer maneira. Ninguém poderia

chegar e dizer essas palavras sobre ter sido enviado por Macki Ruka a não ser que
elas fossem verdadeiras. Ninguém sabia disso, somente eu.

Instantaneamente, percebi que estava no meio de uma profunda experiência espiritual;


a energia no meu corpo mudou. Virei para ele e perguntei: “Como você me
encontrou?” Sua resposta era tão óbvia: “Fácil, eu segui meu coração”.

Após uma pausa, ele continuou: “Na verdade, eu primeiro tive que ir aos Hopis. Fui
instruído que minha tribo e os Hopis iriam compartilhar profecias e fui eleito para ir até
eles. Depois, disseram-me para encontrá-lo. Fui direto aos Hopis. Posso te contar o
que aconteceu lá?” Como se eu fosse interrompê-lo! Ele me contou uma história que
poucos acreditariam, porém afirmo que isso é exatamente o que ele disse:

Ele se ajustou no assento da velha caminhonete e virou-se levemente na minha


direção. “Cheguei na Third Mesa tarde da noite. Eles (os Hopi s) sabiam, de alguma
forma, que eu viria e um lugar foi preparado para que eu ficasse. No dia seguinte, eles
me levaram para dentro de uma de suas kivas e mantiveram-me ali por três dias e
noites. Estávamos em completa escuridão”.

Para transmitir pedidos simples, eles falavam em espanhol, que eu também sei, mas
na maioria das vezes eles falavam comigo por meio de visões e imagens, revelando
suas profecias. Em troca, revelei-lhes as nossas verdades sobre o que o futuro trará.
Então, na terceira noite, entregaram-me um pote de barro e perguntaram-me como eu
me sentia sobre ele.

“Na verdade, primeiramente ele nada significou para mim, porém depois de segurá-lo
por algumas horas, uma onda de conhecimento veio sobre mim e uma visão tremenda
se seguiu. Podia ver que eu fui um dos Hopis há centenas de anos e que tinha sido a
pessoa que fez aquele pote. Também recordei que havia colocado uma imagem
dentro dele para que eu me lembrasse centenas de anos no futuro”.

49
“Nessa visão, lembrei-me de tudo sobre mim e minha vida com os Hopis. Era tão
satisfatório e incrível me lembrar de tudo. Instantaneamente, recordei como falar a
língua Hopi. Daquele momento em diante, nós falamos somente em Hopi. Isso
aconteceu há apenas três dias”.

O que você consegue dizer para algo assim? Depois de uma pausa, eu perguntei:
“Poderia me contar o que foi compartilhado nas profecias?” Ele me olhou como se
quisesse responder, mas respondeu: “Lamento, mas não estou autorizado a falar
sobre as profecias com ninguém”.

Então, a conversa mudou para suas experiências rotineiras nos Estados Unidos desde
sua chegada. Ele achava que era um local fora do comum para morar. Sentia que nós
estávamos distanciados demais da natureza e da realidade e considerava que a TV
era uma “masturbação mental”.

Logo chegamos ao nosso destino e estacionei a caminhonete até a parada da nossa


nova garagem. Novamente, pouco falamos e muito trabalhamos enquanto
descarregávamos nossas coisas. Quando terminamos, ele pediu permissão para
executar uma cerimônia no novo terreno antes de retornarmos para Sedona. Na
época, essa cerimônia tornou-se uma grande lição do poder da oração, especialmente
quando sua oração vem do coração.

O terreno que compramos tinha um formato quase perfeito de um pentágono. Meu


amigo Maori pediu se poderia rezar em cada uma de suas cinco pontas e claro que dei
minha permissão. Juntos, fomos a cada uma das pontas e ele orou com reverência
profunda: “Amado Criador, por favor ouça minha oração pelo meu amigo Drunvalo.”
Ele continuou pedindo que todos os animais encontrassem refúgio naquele terreno;
que todos que ali morassem seriam saudáveis, felizes e nunca se machucariam; e
finalmente, que ninguém jamais tiraria aquele terreno de mim. Havia mais em suas
palavras, mas essa era a essência.

Depois disso, voltamos para Sedona onde ele me deu um grande abraço, olhou dentro
dos meus olhos uma última vez e partiu. Eu nunca mais o vi novamente.

Quando nós mudamos para nossa nova casa, minha esposa e eu observamos que
animais estavam dormindo por todo nosso terreno. Nós tínhamos apenas um acre e
cerca de metade dele foi utilizado para construir a casa. Mesmo havendo tão pouco

50
espaço, animais que normalmente não ficam próximos um do outro, tais como veados,
javalis e chacais, dormiam em plena proximidade. De fato, chacais normalmente
dormem dentro da Terra, mas não ali – dormiam somente a poucos metros uns dos
outros. Nós frequentemente riamos sobre a oração maori que trouxe tantos tipos
diferentes de animais até nós. Ainda que houvesse um vasto número de escorpiões,

cascavéis e lagarto de Gila por todo o terreno, ninguém jamais foi picado ou
machucado.

Após três anos e meio, decidimos mudar para outra casa. Nossa casa estava
localizada numa área extremamente popular e o corretor de imóveis tinha certeza que
a venderíamos em duas semanas ou no máximo, num mês. Contudo, depois que
quase um ano e centenas de possíveis compradores, ainda não tínhamos vendido
nossa bela casa. Não sabíamos o que fazer.

Uma noite, Claudette acordou de um sonho e disse: “Drunvalo, lembra o que o Maori
disse que ninguém jamais tiraria nossa propriedade? Precisamos quebrar essa oração
ou nossa casa nunca será ouvida.” No dia seguinte, fomos juntos a cada uma das
cinco pontas do terreno e oramos para modificar as palavras do Maori. Nossa casa foi
vendida cinco dias depois.

A experiência Kogi

Foi com os Kogis que minhas experiências com os povos indígenas começaram a
manifestar mais do que lições na espiritualidade e no potencial humano. O que eles
ensinaram-me e mostraram-me iluminou a ideia espiritual de ser capaz de enxergar
dentro da escuridão. Sem o auxílio deles, talvez eu nunca tivesse achado esse espaço
secreto dentro do coração. Por sua assistência amorosa, serei estarei eternamente em
débito com eles.

Eu tinha acabado um workshop Earth/Sky em Maryland/EUA, quando um rapaz


branco aproximou-se de mim e disse que tinha sido enviado pelos maias da
Guatemala para me dar um recado da tribo Kogi da Sierra Nevada da Colômbia,
América do Sul. Eu lhe escutei, porém jamais ouvira sobre a tribo Kogi.

51
A aldeia Koge

Ele explicou que os Kogis eram uma das poucas tribos que fugiu, a maioria, da
Inquisição Espanhola em 1500, mudando para o alto de Sierra Nevada de Santa
Marta. Eles estavam ali inacessíveis e, portanto, capazes de manter algumas de
culturas srcinais e crenças religiosas. Mesmo agora, eles moravam quase da mesma
forma que viviam muitos anos atrás.

Dentro de sua tribo, existe um grupo chamado os Mamas, a quem os Kogis acreditam
não serem realmente humanos, mas parte da consciência da Terra que mantem o
equilíbrio do sistema ecológico mundial. Os Kogis acreditam que sem os Mamas, a
Terra morreria.

Os Mamas são também líderes religiosos da tribo Kogi e são respeitados da mesma
maneira que Jesus é respeitado pelos cristãos ou Maomé pelos mulçumanos. De
acordo com esse jovem que me contava essa história, os Mamas eram capazes de ver
na escuridão completa e eles observavam o mundo inteiro pela sua visão interna e sua
conexão íntima com a Mãe Terra, a quem chamavam Aluna.

52
Kogis

O que é incrivelmente interessante é que quando um bebê que é ou se tornará um


Mama é descoberto dentro da tribo Kogi, ele é levado para um local incomum para
treinamento e educação especiais. Nos dias antigos, isso era uma caverna
completamente escura, mas hoje o bebê é levado para um prédio especialmente
construído de materiais naturais onde não nenhuma luz pode entrar. Em quase
completa escuridão, esse bebê especial será alimentado somente de alimentos
brancos enquanto cresce e será ofertada somente luz suficiente para não ficar cego. O
bebê também recebe um treinamento espiritual incomum. Pelos primeiros nove anos,
esse bebê permanecerá na escuridão completa, aprendendo a enxergar sem utilizar
seus olhos, assim como as crianças superpsíquicas que estão emergindo em todo
mundo. Que experiência deve ser! Pode imaginar como seria ver esse planeta incrível
pela primeira vez quando você tem nove anos de idade?

O jovem que estava me contando sobre os Kogis e os Mamas começou a contar outra
história, sobre porque ele foi mandado para mim. Ele disse que os Kogi Mamas não
eram somente capazes de ver qualquer lugar do mundo, mas eram também podiam
ver o futuro, como os Hopis, os Maoris e muitas outras tribos indígenas ao redor do
mundo. Ele disse que os Kogi Mamas nunca haviam errado nas duas previsões sobre
o futuro em toda a sua história.

De acordo com os Kogi Mamas, no último eclipse solar do século XX, em 11 de


Agosto de 1999, todos os povos técnico-culturais do mundo deveriam ter alcançado
uma outra dimensão da consciência da Terra, deixando para trás os povos naturais e

53
indígenas do mundo herdarem o planeta físico. ( Isso nos recorda as palavras da
Bíblia que “os mansos herdarão a terra”. Essa previsão é bastante similar à de Edgar
Cayce, o profeta adormecido, dizendo que pelo inverno de 1998 os polos da Terra
modificariam e uma enorme mudança aconteceria na Terra. Muitas pessoas da Nova
Era pensaram que isso significava que a maioria da consciência do mundo

transladaria para a quarta dimensão).

O rapaz se moveu para mais perto de mim como para enfatizar o que ele estava para
me contar. Ele abaixou sua voz e sussurrou: “Em 12 de Agosto de 1999, os Kogi
Mamas viram que nós, os técnicos-culturais, ainda estávamos aqui na Terra. Entraram
em meditação profunda para ver por que, visto que era a primeira vez em sua longa
história de predições que não se tornou verdade”.

Conforme o jovem, na escuridão os Kogi Mamas podiam ver luzes por toda superfície
do planeta – e elas não estavam lá antes. Ao investigar essas luzes, os Mamas
descobriram que eram luzes de pessoas que aprenderam sobre seus corpos de luz,
chamados nos eras antigas de “Mer-Ka-Bas”. A crença dos Mamas eram que essas
pessoas com seus corpos de luz que modificaram o curso da história.

Como professor da ciência da Mer-Ka-Ba, sabia que ao lembrarmos da nossa Mer-Ka-


Ba, podemos – com certo treinamento – alterar o mundo exterior com o que pensamos
e sentimos. De acordo com os Kogi Mamas, alguns de nós modificaram tanto o mundo
externo que uma nova realidade foi criada. E isso era algo que os Kogi Mamas não
tinham visto, porque tinha sua srcem no futuro e não no passado. É claro, que se isso

é verdade, começou a revelar um nível ainda mais profundo da natureza do potencial


humano. (Apenas para que você saiba, os Kogi Mamas não tinham pensado que nós
sabíamos utilizar essa habilidade dentro de nós).

Aqui está uma parte interessante de informação. A Força Aérea dos Estados Unidos
tinham me contatado quando eu estava trabalhando em limpar a poluição atmosférica,
primeiro com o R-2 e depois, utilizando a minha Mer-Ka-Ba e em discussões pessoais,
eles revelaram algo muito interessante. Muitos dos meus alunos da Mer-Ka-Ba tinham
me contado – e eu mesmo tinha visto isso – que no momento que você ativa sua Mer-
Ka-Ba pela primeira vez, às vezes eram cercados por helicópteros pretos. E,
frequentemente, os helicópteros não iam embora e os seguiam e ficavam com eles por
semanas ou até meses. Um major da Força Aérea contou-me que quando o disco da
Mer-Ka-ba expande, uma pessoa em seu campo da Mer-Ka-Ka expele quase a
54
mesma energia (pulso magnético) de uma cidade de quinze mil pessoas. Disse que
seus satélites podiam ver o corpo de luz de uma pessoa e mostrar a imagem nas telas
dos computadores da Força Aérea. Por muitos anos, isso causou uma grande
preocupação no exército americano, mas agora eles entendem que isso faz
simplesmente parte da nova consciência que se desdobra na Terra nesse momento.

Portanto, se a Força Aérea americana podia “ver” o campo da Mer -Ka-Ba, por que não
os Kogi Mamas?

O rapaz olhou-me inocentemente e disse: “Os Kogi Mamas gostariam de agradecê-lo


por ensinar a Mer-Ka-Ba e mudar o mundo no processo”. Então, ele me entregou um
pequeno pacote de tabaco embrulhado num pano de algodão vermelho brilhante como
um presente dos Mamas para demonstrar sua apreciação. Não estava preparado para
essa cerimônia inesperada, por isso olhei em volta e dei a ele uma rosa vermelha de
um arranjo de flores próximo para que levasse de volta aos Mamas. E então, acabou.

Depois que ele partiu, pensei sobre essa experiência durante um tempo, mas logo eu
me esqueci dos Kogis a medida que meus pensamentos retornaram para o mundo
familiar da minha vida. Nunca pensei que ouviria algo sobre eles novamente.

Dois meses se passaram e após outro workshop, esse mesmo homem se aproximou
de mim, novamente com outra mensagem dos Kogi Mamas. Ele disse que os Kogi
Mamas queriam me encontrar e ensinar-me a “língua que não tem palavras”. Contou-
me que era muito incomum para eles irem aos Estados Unidos e apenas três deles
tinham saído da Colômbia, porém se eu pedisse, eles achariam uma maneira. Eles

realmente gostariam que eu fosse até Sierra Nevada de Santa Marta e encontrasse
com eles lá.

Pensei sobre essa mensagem por um tempo e então, entrei em meditação profunda
pedindo permissão aos meus dois anjos para embarcar nessa nova aventura. Ambos
olharam para mim e imediatamente concederam a permissão para seguir essa
experiência, fosse lá o que ela seria. Eu abri meus olhos e simplesmente disse: “ Sim,
eu permitirei isso”.

Eu tinha a opção de ir às montanhas da Colômbia ou deixar os Mamas me


encontrarem. Sabendo da minha agenda superlotada que estava reservada para o
próximo ano, eu pedi se eles poderiam vir a mim. Sem hesitação, ele me respondeu:
“Eu transmitirei a mensagem” e saiu sem dizer outra palavra.
55
No meu voo de volta para casa, eu finalmente tive tempo para pensar sobre isso.
Embora eu não soubesse como os Kogi Mamas iriam me achar, tinha certeza que eles
conseguiriam. Pessoalmente, eu tinha visto povos indígenas interagir com esse mundo
comum de maneira que muitas pessoas achariam difícil de acreditar. Aqui está um
exemplo:

O povo de Taos Pueblo no Novo México tinha me convidado para participar de uma
cerimônia para auxiliar a curar a dor entre o homem branco e o homem vermelho. A
cerimônia estava para ser realizada pelos seguidores do culto aos chacais, a Igreja
dos Americanos Nativos, dentro de Taos Pueblo e estava marcada para o início do
nascer do sol de um determinado dia no futuro.

O dia chegou e o Sol estava a ponto de começar a cruzar o limite do horizonte,


quando três índios xamãs Huichol chegaram no nosso círculo cerimonial e pediram
permissão para participar. Eles estavam vestidos completamente com roupas
cerimoniais, com penas em seus cabelos e pintaram seus rostos e corpos.

Jimmy Reyna, um nativo de Taos Pueblo, que estava liderando a cerimônia,


perguntou-lhes como sabiam sobre a cerimônia, visto que todos os envolvidos foram
orientados a não contar nada sobre aquilo. Eles disseram que tinha estado numa
cerimônia peyote no México e visto uma visão dessa cerimônia. Seus líderes
determinaram que esses três homens iriam até nossa cerimônia, então eles se
vestiram para a ocasião e andaram até Taos Pueblo.

Bastante impressionante, uma vez que moravam a quase 483 quilômetros da fronteira
americana e depois de cruzarem-na, eles ainda teriam que andar outros 483
quilômetros para alcançar Taos Pueblo – mais de novecentos quilômetros e ninguém
os parou! Eles atravessaram o Rio Grande, ele andaram nas rodovias, subiram cercas
de arame farpado; chegaram somente cinco minutos antes de começar a cerimônia–
tudo isso em seus trajes cerimoniais. Vida e potencial humano são muito maiores que
a maioria das pessoas aceita.

Então, esperei que os Kogi Mamas me contatassem de alguma maneira, embora eu


não pudesse imaginar como isso aconteceria.

56
A mulher colombiana

Dois ou três meses depois, encontrei a mim mesmo em Cuernavaca, México, não
muito distante da Cidade do México, dando outro workshop Earth/Sky. Um pouco mais
de cem pessoas estavam presentes e por volta de vinte delas vinham da Colômbia.

Um desses colombianos, uma mulher com seus quarenta e poucos anos, aparentava
ser como qualquer outra mulher moderna até nosso grupo realizar uma cerimônia,
uma dança ou um canto que era “verdadeiro”, significando algo que fazia com que as
pessoas ficassem conscientes da presença de Deus. Nesse ponto, a personalidade
dela mudaria completamente. Ela se tornou desinibida e primitiva; ela dançou com os
movimentos, abandono e intensidade de alguém que tinha entregado a si mesmo ao
canto e à música – não era algo que você esperaria de uma mulher moderna.

Para mim, era bonito observá-la, porém os outros colombianos estavam constrangidos
pelas suas ações. Enquanto essa mulher continuava com seus “maneirismos
incomuns” em cada dia dos quatro dias do workshop, os demais membros de seu
grupo tornaram-se mais e mais impacientes com ela.

No terceiro dia, o grupo estava num grande círculo segurando as mãos e cantarolando
certos sons para elevar a consciência. Na sua natureza incomum, a mulher quebrou o
círculo e foi para o centro, dançando selvagemente ao canto. Após uns quinze
minutos, os colombianos não podiam suportar mais isso e acenaram para que eu a
interrompesse. Eu mesmo não queria porque seus movimentos eram tão belos para

mim. Contudo, em respeito a eles, entrei no círculo para trazê-la de volta ao grupo.
Assim que me aproximei dela, estava de costas para mim. Eu suavemente a toquei no
ombro e ela se virou. Ela olhou-me nos olhos até minha alma, e seu corpo emitiu esse
som estranho que parecia estar em volta do meu. Instantaneamente, não estava mais
num corpo em Cuernavaca. Estava num lugar exterior com cabanas de palha e
pessoas vestidas de branco em pé ao redor, olhando-me. Era real como a realidade.
Até um cachorro passou correndo.

Não estava mais em meu próprio corpo, mas num corpo feminino observando os
arredores. Um estranho e desconhecido sentimento surgiu através de mim que parecia
quase sexual, mas não era. Vamos dizer que apenas era muito, muito bom. Então,
quando estava começando a aceitar essa minha nova realidade, repentinamente eu
57
percebi a mim mesmo de volta à Cuernavaca, olhando para os olhos dessa mulher
estranha. Nunca tinha tido uma experiência como essa antes – e já tive algumas
experiências bastante incomuns.

Naquele momento, tudo que eu sabia era que queria me sentir daquela maneira
novamente. Então, inteiramente desistindo do meu lugar como líder do grupo e no
meio do canto, peguei a mulher pela mão e dirigi-me para um canto do grande recinto.
Eu a sentei no chão, olhei para seus olhos abertos e castanhos e disse: “Por favor,
faça isso de novo”.

A mulher sorriu e fez o som novamente e mais uma vez, eu não estava mais em
Cuernava, México – eu estava na Colômbia. Por duas horas, conforme as pessoas do
grupo, que pararam de cantar e ficaram observando, eu estava num alterado estado
de consciência.

No curto período de tempo que passei com ela, aprendi e compreendi o que estava
acontecendo de verdade. Tornou-se muito claro para mim. Na verdade, dois anciães
Kogi Mamas me explicaram enquanto estava nesse corpo feminino na Colômbia.

Eles disseram: “Nós fomos para baixo das montanhas, para outra tribo próxima, para
uma mulher que possui habilidades especiais. Pedimos-lhe que nos ajudassem a
alcançá-lo e ela concordou”.

Aparentemente, a mulher cujo nome era Ema, deitou-se numa cama feita de grama
grossa em uma cabana de palha redonda. Seu espírito deixou seu corpo e viajou
desceu ainda mais as montanhas até o final onde uma mulher colombiana estava
morando numa casa espanhola de tijolos. Ema entrou no corpo da mulher – eu não
sabia se ela tinha permissão para fazer isso – e colocou a ideia em sua mente de
participar do meu workshop no México aonde ela, Ema, poderia ensinar-me sobre a “a
língua que não tem palavras”.

O que era mais interessante é que a mulher colombiana não tinha dinheiro, passaporte
ou visto, certidão de nascimento ou qualquer outra maneira de provar sua identidade e
não tinha passagem de avião. Ainda assim, ela conseguiu encontrar o caminho para o

México para comparecer ao workshop. Alguns compraram sua passagem de volta e


antes de sair dos Estados Unidos, os anjos tinham me dito para não cobrar dela o
workshop. Ainda assim, como ela tinha conseguido passar pela alfândega sem

58
qualquer identificação? Como ela conseguiu viajar de avião da Colômbia ao México
sem qualquer complicação? Eu acho que eles apenas não conseguiam enxergá-la.

O que eu estava aprendendo com a Ema com seus sons estranhos no canto do salão
era muito mais do que apenas como os Kogi Mamas fizeram essa transformação
espacial comigo. Com minhas novas habilidades, eu estava andando em volta do
verdadeiro mundo dos Kogi Mamas, num corpo feminino, com velhos xamãs Mamas
ao redor de mim. Sabia que eles tinham conhecimento que era eu nesse corpo e um
desses xamãs aproximou-se muito perto do meu rosto e fez sons estranhos.

Cada vez que o som era feito, eu imediatamente desaparecia nessa outra realidade
onde eles começaram a me ensinar sobre sua história, cultura e crenças espirituais.
No momento que essa experiência verdadeira acabou, eu sabia tudo sobre essa
mulher cujo corpo estava usando, conhecia seu marido e os três filhos como se eles
fossem meus. Dois anciães Mamas estavam ao meu lado durante toda a experiência e
cheguei a conhecê-los como se fossem da família.

Um deles era Mamos Bernardo e tornou-se meu guia durante alguns meses seguintes.
Eu sentia como se tivesse renascido num mundo novo e incrível, onde todas as regras
tinham sido jogadas fora. Meu mundo velho e familiar parecia mais com um sonho do
que realidade onde aquele novo mundo era verdadeiro.

Minha sessão com Ema terminou tão repentinamente quanto começou e eu estava de
volta ao meu próprio corpo no México, dando um workshop sobre algo que, na época,
eu pensava que não tinha qualquer relação.

Aos poucos, durante as semanas seguintes, comecei a compreender minha nova


experiência e comecei a aceitar a forma como os Kogi Mamas estavam me ensinando
tão graciosamente. Aprendi que os sons não vem da mente, pelo pensamento ou
palavras, mas do coração, do espaço sagrado dentro do coração; eles eram
direcionados pelos sonhos, sentimentos e emoções. (Tanto a mente quanto o coração
produzem imagens no corpo, mas somente o coração cria imagens que parecem
completamente reais).

Aquilo era definitivamente um meio de comunicação que ia muito além de qualquer


coisa que a mente era capaz. Eu tinha acabado de experimentar a “língua que não
tinha palavras” e nunca seria o mesmo novamente. Eu me senti simultaneamente

59
honrado e animado pelas possibilidades. A língua que não tinha palavras também
podia ser utilizada como comunicação entre todas as formas de vida – e não somente
entre humanos. The Kogi Mamas disseram-me para tentar comunicar com animais
para que pudesse ver a verdade por mim mesmo.

Tornando-me Um com os cavalos

Claudette tinha três cavalos que viviam num área enorme e aberta. No dia após ter
retornado do México, eu peguei a mão dela e empurrei-a para ir lá fora e vê-los. Eu já
tinha contado a ela sobre minhas experiências com Ema e nós dois queríamos ver o
que aconteceria.

Chegamos ao campo para encontrar cavalos preguiçosamente parados próximos da

cerca, separados por volta de trinta metros e ignorando uns aos outros. Devagar,
andei até o meio do campo enquanto Claudette preparava-se para alimentá-los. Todos
os três pareciam estar adormecidos sob o quente e seco sol do Arizona.

Silenciosamente, eu saí da mente para o meu coração como fui ensinado esse som
muito agudo saiu do meu corpo. Eu não tinha feito o som – ele apenas veio para fora e
a imagem de um potrinho apareceu na minha visão interna.

Instantaneamente, os três cavalos sacudiram suas cabeças e fixaram seus olhos em


mim. Então, na mesma hora, todos começaram a correr tão rápido quanto podiam na
minha direção. Quando me alcançaram, um depois de outro, impulsionaram suas
caras contra o meu rosto. Em questão de segundos, eu estava rodeado por um mundo
de cavalos, preso no meio. Como se fosse um sinal secreto, eles abaixaram suas
cabeças juntos e eu não tive escolha a não ser seguir sua liderança.

Pelos trinta minutos seguintes, eu me tornei um cavalo. Fizemos poucos sons uns
com os outros, intercalado com relinchos tranquilos. Imagens de cavalos e bandos
preencheram meu ser e a mesmo sentir “sexual” que tinha experimenta do antes com
Ema inundou meu corpo. Não posso explicar completamente, mas foi um dos

momentos mais gratificantes da minha vida e estava inundado de alegria de estar


falando com esses cavalos.

60
Então, tão rápido quanto começou, terminou. Porém, eu estava mudado para sempre
e também os cavalos. A partir daquele momento em diante, minha relação com eles
não era mais de homem e cavalo – era de um membro da família para outro. Que
dádiva! Naquele momento eu soube, com certeza absoluta, que minha experiência no
México tinha sido real. A vida estava ficando realmente boa!

Para aqueles que conhecem a Bíblia Cristã, lembram-se da história da Babilônia? De


acordo com a bíblia, antes da Babilônia o mundo inteiro falava uma língua e os
humanos podiam até falar com os animais usando essa linguagem. Depois da
Babilônia, Deus separou-nos em muitas línguas, que nos manteve separados porque
não podíamos entender um ao outro. Contudo, arqueólogos nunca tinham descoberto
algum traço dessa língua única em nenhum lugar do mundo. Por quê?

Acredito que seja porque essa língua única não é uma língua escrita ou falada com
palavras, porém criadas por sons provenientes do coração. Somente quando o
coração da humanidade abrir novamente nós nos lembraremos dessa linguagem e
estaremos reconectados – não apenas entre nós e com os animais, mas com toda a
vida em qualquer lugar.

Levando outra pessoa para o Espaço Sagrado

Depois de quase duas semanas da minha experiência com os cavalos de Claudette,


estava na costa leste dando outro workshop Earth/Sky. O que eu tinha aprendido com
os Kogi Mamas ainda estava quase o tempo todo na minha mente. Minha facilitadora,
que estava me ajudando a organizar o workshop, escutou atentamente o que eu
estava dizendo sobre o espaço sagrado dentro do coração e finalmente, não
conseguia mais se conter. Ela perguntou: “Poderia me mostrar, por favor?”

A princípio, eu estava relutante porque nós humanos temos tanto lixo emocional e
restrições de controle, que torna assustador deixar a mente para a maioria de nós.
Porém, ela era persistente e finalmente, consenti em tentar, não esperando realmente
que nada acontecesse.

Nós sentamos com as pernas cruzada, de frente um para o outro, e começamos com
uma meditação simples de observar nossas respirações, mais para relaxar do que

61
para qualquer coisa. Então, como os Kogi Mamas me mostraram, meu espírito
literalmente deixou o espaço da minha mente e se moveu para o meu coração e quase
imediatamente sons estranhos saíram do meu corpo e uma visão interna apareceu.

Encontrei a mim mesmo apenas alguns metros de um verde-barrento rio amazônico e


de uma sólida árvore da selva à minha esquerda. A árvore tinha um galho enorme que
corria paralelo ao chão e se estendia seis metros do tronco principal. O meu espírito
estava a cerca de um metro e oitenta do chão e observava abaixo de mim um puma
macho andando rapidamente e com determinação. O animal saltou para o enorme
galho e andou até o final dele. Dali, ele pulou agilmente para o chão e continuou
andando ao longo do rio.

No momento seguinte, estava de volta ao recinto com a minha facilitadora. Eu abri


meus olhos e ela abriu os dela ao mesmo tempo. Olhei para ela para ver o que ela
tinha experimentado, mas nada esperava. Para minha total surpresa, ela descreveu
minha experiência, recordando minúsculos detalhes. Eu mal podia acreditar.
Funcionou! Sem deixar que tivesse tempo para pensar sobre o que tinha acabado de
acontecer, ela animadamente me pediu para fazer de novo. Ela me lembrou de como
me senti quando Ema tinha feito os sons para mim na primeira vez.

Então fechamos os olhos novamente e num instante, outro som saiu do meu corpo.
Imediatamente, eu estava no teto de um cômodo da casa da mulher colombiana,
olhando para ela enquanto dormia em sua cama. Era de manhã muito cedo e sua casa
era velha e feita de tijolos.

O espírito de Ema desenrolou-se do corpo da mulher colombiana e subiu para unir-se


a mim no teto. Nós nos misturamos e juntos fomos através da parede para fora.
Subimos alto no céu onde podíamos ver a selva abaixo de nós e as montanhas ao
nosso redor.

Aí, como um jato, começamos a nos mover rapidamente sobre os topos das árvores e
das montanhas. Nós voamos numa velocidade tremenda, parando talvez a quarenta
metros acima das árvores agarradas aos lados da subida das montanhas até que
finalmente chegarmos do cume para o vale das montanhas altas, onde uma aldeia de
cabanas redondas de palha estavam aninhadas.

62
Voamos diretamente para uma das cabanas e passamos através das paredes onde o
corpo de Ema estava deitado nu na cama de grama. (Normalmente, os Kogis e outras
tribos nessa montanha dormiam em redes, mas estavam preocupados em deixar Ema
numa rede por um período estendido de tempo sem sua consciência).

Ela enrolou-se em seu corpo e acordou com sua família de pé ao seu redor. Seus três
filhos vieram correndo, animadamente gritando seu nome para dar-lhe um abraço de
retorno. O mais novo, que tinha apenas um pouco mais que um ano de idade, foi
imediatamente para seu seio esquerdo e começou a sugar. O marido dela e os dois
anciães Mamas ali estavam. Olhei para eles e eles reconheceram minha presença. E,
então, acabou.

Estava de volta ao recinto na costa leste dos Estados Unidos com minha facilitadora.
Novamente, abrimos nossos olhos ao mesmo tempo. Sem que eu dissesse uma
palavra, ela começou a descrever a experiência em perfeitos detalhes, com uma
exceção, que nesse dia não compreendi. Ela viu o espírito de Ema sair do corpo da
mulher colombiana como se fosse um inseto. Quem sabe? Talvez isso tenha algo
relacionado aos sistemas de crenças dela. A não ser por essa exceção, ela tinha tido
experiência idêntica a que eu tive.

Dizer que estava animado não chega nem perto de descrever como eu me sentia.
Agora não havia qualquer dúvida da validade do lugar secreto no coração. A
experiência sustentava tanto potencial humano e podia verdadeiramente modificar o
curso da história humana longe da extinção. E o que os Kogi Mamas queriam que eu

fizesse era ensinar ou transmitir essa habilidade para outras pessoas. Por quê?
Porque como guardiães do equilíbrio do mundo, os Kogi Mamas acreditam que nós
lembrarmos o que ou quem está em nossos corações, não seremos mais capazes de
matar a Terra com nossa tecnologia inconsciente. Creio que eles estão certos.

Pelas duas semanas seguintes, os Kogi Mamas apareceram nos meus sonhos todas
as noites, a noite inteira. Eles continuaram a me ensinar e revelar aspectos de si
mesmos que achavam que eu deveria saber. Estava claro, muito claro nesses sonhos
que eles queriam que eu revelasse essa informação para as culturas tecnológicas do
mundo.
63
No final, eu tive um encontro pessoal com os Kogis. Mas eu não aprendi nada além do
que eles já tinham me ensinado. Eles, contudo, fizeram sugestões e estou usando
alguns de seus conselhos para ensinar o que aprendi, porém alguns dos seus
conselhos eu não posso utilizar. Por exemplo: os Kogi Mamas disseram para manter
meus alunos em pé num recinto completamente escuro sem dormir ou comer durante

nove dias e noites, eles seriam capazes de entrar no espaço sagrado do coração. Isso
pode ser verdade, mas não funciona no mundo moderno. Usando minha experiência
pessoal como guia, eu encontrei duas formas de substituir essa técnica, que
compartilharei com vocês antes que esse livro termine.

64
Capítulo Quatro

O ESPAÇO SAGRADO DO CORAÇÃO

Estudando e ensinando Vivendo No Coração

A Vibração do coração – um jeito fácil de voltar

Minha experiência pessoal do Sagrado Espaço do Coração

Voltando para Casa

O que é Tempo

Outros Espaços Sagrados – Alguns exemplos

O que pode pará-lo de ter essa experiência

65
O espaço sagrado do coração, às vezes referido como câmera secreta do coração, é
uma dimensão atemporal da consciência onde todas as coisas são possíveis, aqui e
agora. Em todas as antigas escrituras e tradições orais há referências ao secreto ou
espaço especial dentro do coração. Um curto verso do Chandoya Upanishad no início
desse livro é um exemplo. Outro exemplo é o livro associado ao Torá chamado “As
câmeras secretas do Coração”.

Talvez agora a ciência esteja começando cautelosamente se aproximar dessa


compreensão. Um grupo de pesquisa, o Instituto do Coração em Boulder Creek,
Califórnia, conectado com a Universidade de Stanford, descobriu alguns dados novos
muito interessantes. Essa informação pode ser útil para alguns de vocês que tentam
entender o coração. Não é um empreendimento fácil, mas quando a mente colabora, o
coração responde.

Sempre houve esse paradoxo: quando um bebê é concebido, o coração humano


começa a bater antes do cérebro estar formado. Isso levou médicos a perguntarem
onde a inteligência começa e regular de onde as batidas do coração são provenientes.
Para a surpresa do mundo médico, cientistas no instituto descobriram que o coração
possui seu próprio cérebro – sim, um cérebro verdadeiro com células cerebrais reais.
É muito pequeno, tem apenas por volta de quarenta células, porém é um cérebro e
obviamente, e é tudo do que o coração necessita. Essa é uma descoberta enorme e
fornece autenticidade para aqueles que durante séculos falaram ou escreveram sob re

a inteligência do coração.
Os cientistas do Instituto talvez tenham feito uma descoberta ainda maior sobre o
coração. Eles provaram que o coração humano gera um maior e mais poderoso
campo de energia que qualquer outro órgão no corpo, incluindo o cérebro dentro do
crânio. Eles descobriram que esse campo eletromagnético mede entre 2 metros e
meio a três metros de diâmetro, com seu eixo centrado no coração. Sua forma
assemelha-se ao formato do donut de m toros, que é frequentemente considerado o
mais srcinal e forma primária no universo.

Aqueles que estudaram os dois volumes de “O antigo segredo da Flor da Vida”


encontrará algo muito familiar sobre o campo toroidal do coração. No cubo de
Metraton, você pode achar os cinco sólidos platônicos dentro um do outro, e cada um
66
tem uma pequena réplica da forma srcinal contida dentro dela – um cubo dentro de
um cubo, um octaedro dentro de um octaedro e assim por diante.

Aqui, emergindo do espaço sagrado do coração, está um campo toroidal


eletromagnético com outro campo similiar menor dentro e ambos estão centrados no
mesmo eixo, como os sólidos platônicos no Cubo de Metraton.

Eu encontrei dois aspectos muito importantes neste campo toroidal. Primeiro, pode
ser usado como porta para encontrar e entrar na câmera secreta do coração.
Instruções sobre como entrar no espaço sagrado usando esse vórtice podem ser
encontradas ao final desse livro. O segundo aspecto está relacionado ao toro interno,
o menor. Esse não é o momento de explicar o quão importante é esse campo interno,
mas retornarei a ele quando falarmos sobre a criação do coração.

O espaço sagrado do coração é criado de maneira similar ao toro dentro do toro. Aí


está um espaço sagrado em si mesmo, porém como você verá, o espaço sagrado é
outro, muito menor, mas espaço especial que é diferente e tem aplicações únicas.

Cirurgiães cardíacos têm aprendido outras partes de informação que poderiam estar
relacionadas, mas não estou certo da importância. Eles encontraram um lugar
pequenino no coração que nunca dever ser tocado por motivo algum ou a pessoa
imediatamente morrerá, sem qualquer chance de revivê-la. Seja onde for esse lugar,
certamente ele é importante para a vida.

67
Estou convencido que o campo magnético toroidal passa exatamente por ali e é
gerado pelo espaço sagrado do coração, mas ainda não está claro o que é “o cérebro
do coração” e “o local que não pode ser tocado ou você morre”. Se compreender ou
descobrir uma relação, por favor me diga.

Estudando e ensinando “Vivendo no cora ção”


Desde o final de 1999, tenho estudado e dado workshops “Vivendo no coração”. Na
época que estava escrevendo este livro, tinha explorado essa experiência com quatro
mil pessoas. Eu tinha aprendido tanto e continuava a aprender. Sinto que certamente
haverá outras partes deste livro no futuro, que agora nós começamos a compreender
as próprias imagens que são geradas pelo coração.

O que segue é algo que aprendi, mas primeiro gostaria de fazer uma ressalva. O que
sei até esse momento, aprendi da experiência direta e das experiências de alguns dos
meus alunos e às vezes, não compreendemos o que estava acontecendo por longos
períodos. Estou prestes a dizer algo que acredito ser verdadeiro agora e posso mudar
de ideia sobre algumas das informações. Você deve seguir seu próprio coração e ser
verdadeiro consigo mesmo. Se algo neste livro não funciona para você, apenas
desconsidere-o. Estou certo que há outra forma para que encontre seu espaço
sagrado do coração.

Nos primeiros dois anos que ministrei o workshop Vivendo no Coração, eu achei que
poderia alcançar apenas metade dos participantes; metade das pessoas em cada

grupo completamente “conseguia”, enquanto que a outra metade passava longe


completamente da mente (do coração) nesse ponto do workshop. Eu finalmente
comecei a mencionar antes de cada workshop que isso poderia acontecer, que
metade das pessoas experimentaria o espaço sagrado dentro do coração e suas vidas
seriam modificadas pela experiência, enquanto a outra metade poderia não ter
experimentar praticamente nada. Por que isso era assim? Perguntei a mim mesmo.

Gastei muitas horas meditando nessa questão. Baseada nas respostas de centenas
de pessoas que não conseguiram encontrar o espaço sagrado, parece agora que a
maior parte das razões está em seus corpos emocionais. Aqueles que
experimentaram traumas emocionais em algum momento de suas vidas sentem a dor
novamente quando entram no espaço sagrado e querem sair imediatamente. Isso
significa que talvez seja necessário que você limpe esses resíduos emocionais através
68
de terapia antes de começar. Aqueles que encontraram uma maneira de libertar sua
energia emocional, não importando como o fizeram, estão aptos a entrar no coração
com pouco ou nenhum desconforto. Uma vez no coração – ainda que somente por
quinze minutos – tudo aquilo que os tinha impedido de entrar parece se dissolver e
não tem qualquer problema em retornar para o espaço sagrado.

Outro problema que tenho encontrado são as diferentes maneiras que as pessoas
“veem”. Alguns enxergam usando a instalação interna de ver na forma de visões e
sonhos; outros utilizam o som e escutam para perceber os mundos internos; e outros
usam os sentidos como o olfato, o paladar e sensações corporais para enxergar.
Como resultado, as expectativas sobre como essa experiência deveria acontecer
acabam atrapalhando. Uma curta história pode tornar isso mais claro.

Ao final de um recente workshop, um casal foi para casa e um deles tinha entrado no
espaço sagrado do coração e outro sentia que tinha fracassado. (Ainda que eu
prepare as pessoas para essa possibilidade, ainda poderá se sentir desencorajado
quando estiver acontecendo com você). O marido, que sentia não ter tido a
experiência, diz à esposa: “Sinto-me mal por nada ter acontecido enquanto estava na
meditação. Não vi nada. Mas tenho que admitir que o CD que o Drunvalo colocou para
tocar, com golfinhos e baleias, era incrível. A música estava tão boa que eu quase
podia sentir a água no meu corpo”. Abismada, sua mulher contou -lhe que eu não
toquei nenhum CD. Esse homem era músico e essa era sua forma de ver. Ele tinha
esperado ver uma visão, mas, ao invés disso, ele viu pelos ouvidos.

Agora estamos descobrindo que muitas pessoas que acharam não ter tido a
experiência, na verdade tiveram, contudo porque ela não correspondia às suas
expectativas, eles descartaram toda a experiência de estar no espaço do coração.

A vibração do Coração – Um jeito fácil de voltar

Uma das primeiras coisas que notei quando entrei no espaço sagrado do coração foi a
vibração que parecia vir de todos os lugares. Obviamente, a vibração não eram as
batidas do coração, uma vez que o som era contínuo– como o som do Om, ainda que
diferente. (Nas duas vezes que estava na Câmara do Rei na Grande Pirâmide do
Egito, eu experimentei uma vibração que parecia estar em todos os lugares dentro da
pirâmide, até em todas as pedras que eu tocava. Falei disso commuitas pessoas que

69
experimentaram a mesma vibração ali e acredito que seja quase exatamente a
vibração do coração.)

Quando você entra no espaço sagrado do coração, uma das primeiras coisas que
gostaria que fizesse quando ouvisse a vibração do coração é, na verdade, duplicar
esse som interno com sua voz física. Não precisa ser perfeito, somente o mais
próximo que conseguir. Isso conecta o mundo interno do coração ao mundo exterior
da mente.

Minha mulher estudou esses ensinamentos antigos do caminho para o coração em


Israel, com a Madame Kolette de Jerusalém, que diz que isso sempre é importante – e
eu concordo, despois de testemunhar tantas pessoas entrando no espaço. Essa ação
ancora a experiência do sussurro interno do coração nesse mundo físico e apresenta
outro motivo para fazê-la: é um meio de retornar.

Uma vez que tenha experimentado o espaço sagrado do coração e queira retornar,
pode simplesmente sintonizar a vibração do coração pelo sussurrar do som e . é claro,
sair da mente para o coração. A vibração direciona-o diretamente para o espaço
sagrado do coração e retornar se tornar cada vez mais fácil. Finalmente, essa
mudança da mente para o coração poder ser alcançada em dois ou três segundos.

Minha experiência pessoal no Espaço Sagrado do Coração

Antes de começar, por favor compreenda que sua experiência e a minha podem ser
completamente diferentes e aparentemente parecerem até não ter absolutamente
nada em comum. Embora existam muitas correlações entre duas pessoas quaisquer,
como flocos de neve, cada pessoa é única. Então, por favor, não estabeleça
expectativas. Quanto mais você entra no coração como uma criança com olhos e
sentidos abertos, mais fácil e mais direta serão suas experiências. Eu estou contando
outras experiências para que as utilize como referências e não como “regras”.

Nos meados da década de 80, estava meditando com a Mer-Ka-Ba, o corpo de luz
humano e repentinamente, muito inesperadamente, encontrei a mim mesmo numa
caverna esculpida em pedra maciça que parecia a mim completamente real.

Uma extremidade da caverna era redonda como uma cúpula, com nada exceto uma
área circular com abas levantadas por pedras e media doze polegadas de altura e um

70
metro e oitenta de diâmetro, repleta de areia de silicone branco e puro. Ao longo da
parede esquerda da área principal estavam cerca de vinte fotografias de pessoas, que
pareciam estar, de alguma forma, incorporadas na pedra maciça. Não reconheci
nenhuma das pessoas nem compreendi porque aquelas fotos estavam ali. Na parede
oposta estava uma entrada grosseira de quase três metros e meio de largura e quase

cinco de altura. Uma parede de luz branca bloqueava a visão do que estava atrás da
abertura. Sabia instintivamente que seja lá o que estivesse atrás da parede de luz era
algo que estava escondido de mim por eu mesmo. Sabia que tinha criado essa parede
de luz, mas não a menor ideia do motivo.

Minha caverna

Enquanto andava na caverna, tudo parecia muito familiar e ao mesmo tempo, parecia
que estava ali pela primeira vez. Na extremidade mais distante, uma escada fora
esculpida em pedra maciça, rodeando para outro nível abaixo. Nesse novo nível tinha
uma luz verde que não produzia sombras; ela simplesmente parecia vir do próprio ar.
Eu vi muitos cômodos fechados – acredito que havia centenas deles. Minha orientação
interna me disse que essa parte da caverna era para momentos posteriores da minha
vida, então retornei para o cômodo principal.

Continuei retornando para a caverna nas minhas meditações, ainda que não estivesse
tentando fazer isso acontecer. A cada dois meses ou quase isso, eu me via de volta a
esse espaço. Nada mudou nem descobri nada novo até quase um ano depois que
encontrei a caverna.

71
Estava sentado com as pernas cruzadas na área de areia de silicone, olhando para a
parede de pedra maciça (Descobri que depois que entrei nesse espaço, eu
frequentemente não conseguia sair até que a meditação estive naturalmente
terminada e acostumei-me a passar pelo anel e sentar na areia porque, de alguma
maneira, era muito bom sentar ali), quando eu me tornei consciente dessa incrível

vibração que, uma vez sentida, estava em todo o lugar. Contudo, logo que eu saísse
do anel, a vibração caía o tom. Com o passar do tempo, ficou claro que essa vibração
era a mesma em todo o lugar na caverna, exceto no anel de areia de silicone. A
mudança de tom era a primeira indicação que área de areia era única nesse espaço
onde eu meditaria por horas. Mas na verdade, na época eu tinha a menor ideia do que
isso significava.

Um dia enquanto eu ainda estava meditando novamente dentro do anel, de frente para
a parede de pedra, percebi que a parede começou a se tornar transparente. Para
minha grande surpresa, quando eu tocava a parede na área transparente, minha mão
passava diretamente através dela. Animadamente, eu me inclinei para frente fora do
anel e empurrei minha mão tão distante quanto era possível na pedra. Meu corpo
inteiro meio que caiu através da parede e achei-me fora da caverna, na superfície de
um planeta, profundamente dentro de uma fenda ao lado de uma montanha muito alta.

Escalei para fora da fenda até que conseguisse olhar em volta. Era noite e vi os céus
repletos das familiares estrelas. Porém, eu não conseguia ver qualquer tipo de vida em
lugar algum, apenas pedra; não podia achar sequer alguma sujeira. Após alguns
minutos, subi de volta para dentro da fenda e tentei retornar para dentro da caverna,

mas não consegui da primeira vez. Era uma parede de pedra maciça. Eu não sabia o
que fazer. Lembro que senti medo por um momento.

Fiquei parado em frente à aparentemente impenetrável parede de pedra, quando


então recordei da vibração do anel de areia. Assim que eu comecei a fazer o som e o
som passou pelo meu corpo, a parede de pedra começou a se tornar transparente e
então pude atravessá-la e retornar para o anel de areia na caverna. Toda vez que fiz
isso, eu dificilmente acreditava que isso estava realmente acontecendo, visto que tudo
parecia tão real.

Depois que descobri esse truque, durante um ano eu passaria pela parede de pedra
maciça para fora e faria longas caminhadas para explorar o local. Essa realidade era
tão real quando minha realidade comum aqui na Terra– ao menos, não conseguia
72
dizer qualquer diferença. Eu sentia a mim mesmo respirando; se eu tocasse uma
pedra, sentia a mesma coisa que sentiria no mundo normal. Tudo era exatamente o
mesmo – exceto pela vibração que nunca parava e a luz que não produzia sombras.

Durante esse período da minha vida, eu estava morando com uma família nativa
americana nas altas planícies desérticas fora do Taos, Novo México. Minha casa era
composta por um velho ônibus escolar Chevrolet 1957 e uma cabana branca e
tradicional dos nativos americanos que estava aninhada ao lado do ônibus. Por dois
anos e meio, minha vida centrou-se em volta dessa simples herdade.

Numa noite escura, durante uma tempestade de neve fria e cruel, teve uma batida na
porta do ônibus. Eu estava admirado que qualquer um estivesse na minha porta
porque estava nevasca furiosa e completamente marrom lá fora e estava a mais de
um quilômetro e meio da rodovia pavimentada mais próxima. Uma jovem de vinte anos
estava em pé congelando e pedindo abrigo e é claro que a convidei para entrar.

Assim que ela tirou o capuz e pude ver completamente o seu rosto, tive uma grande
sensação de deja vu. Mas não consegui imediatamente localizar onde a tinha visto
antes, então comecei a perguntar sobre os possíveis lugares onde poderíamos ter nos
conhecido. Então, eu entendi. Ela estava na primeira fotografia na parede da caverna!
Na primeira oportunidade, entrei em meditação na minha caverna e certamente, sua
foto estava bem ali na parede. Ela ficou comigo por volta de um ano e teve uma
influência enorme na minha vida com compreensões espirituais que me apresentou.

Durante anos, uma a uma das pessoas nas fotos da parede entraram na minha vida
com informação e experiências que eram – e ainda são – inestimáveis para mim.
Contudo, na época que conheci essa moça, não tinha a minha ideia que a caverna
era, de alguma forma, extremamente importante para meu motivo de estar na Terra.

73
Voltando para Casa

A abertura de três metros e meio com a parede de luz nunca se modificou durante

anos, quer dizer, não mudou até Janeiro de 2002. Estava na Alemanha ministrando
num workshop Vivendo no Coração e o grupo tinha acabado de entrar no espaço
sagrado no coração pela primeira vez. Eu também entrei no espaço sagrado e, como
sempre, encontrei-me dentro de minha caverna. Já tinha compreendido que esse era
um espaço interno do meu coração, porém enquanto eu andava em direção à parede
de luz, pela primeira vez a luz opaca que ocultava a abertura estava levemente
transparente. Fiquei animado, porque isso nunca tinha acontecido antes e perguntava-
me o que viria a seguir.

Nós saímos de nossos espaços sagrados e dispensei o grupo para um breve intervalo
de meia hora. Comecei a voltar para minha sala quando uma mulher se aproximou de
mim e disse que tinha um presente para mim.

Ela me contou que estava caminhando numa praia na Grécia, em nada pensando
além do belo lugar onde estava quando olhou para a areia e vi essa pedra incomum.
Ela a pegou e imediatamente a pedra disse: “Leve-me para Drunvalo”. E foi
exatamente o que ela fez. Enrolou-a num pedaço de pano, então não pude
verdadeiramente ver a pedra assim que ela me entregou. Agradeci e levei-a para
minha sala. Quando eu a desenrolei, estava assustado. Nunca tinha visto nada
parecido, nem que se aproximasse disso. Sentia que era extraterrena.

74
A pedra

A primeira coisa que fiz foi sentar para meditar segurando a pedra no meu terceiro
olho. Sem nenhum pensamento pré-determinado, achei a mim mesmo em frente da
parede de luz da minha caverna interna. Dentro de um pouco tempo, a parede de luz
desapareceu completamente e pude agora ver dentro da abertura que tinha segurado
minha curiosidade por tantos anos.

Ali, em sua total beleza, estavam os céus. Diretamente no centro da abertura estava a
constelação de Órion, proeminentemente mostrando as três estrelas de seu cinturão.
Repentinamente, um feixe de luz brilhante, espiralada e dourada veio da região da

estrela central do Cinturão de Órion e expandiu-se rapidamente até englobou todo o


meu corpo.

75
Naquele momento, lembrei tudo que meu Pai tinha me contado quando eu deixei a 13ª
dimensão de como meu espírito deveria se mover para encontrar meu caminho para a
Terra. Com a diferença que agora eu lembrava como se mover para encontrar meu
caminho de volta para casa! Eu estava tanto feliz – feliz por recordar tanto que havia
propositadamente esquecido – quanto apreensivo. Isso significava que estava prestes

a deixar a Terra e voltar para casa? Um dos meus anjos apareceu imediatamente para
assegurar-me que eu não estava indo embora, mas que o vértice, “o feixe dourado d e
luz em espiral”, tinha aberto outra forma de comunicação para mim que seria usado no
futuro e seria de suma importância na minha vida. Lembrando que o movimento do
Espírito era importante por outra razão que logo entenderia.

Saí da meditação ainda segurando a pedra mais incomum do meu terceiro olho e
comecei a chorar. As emoções que experimentei ao estar reconectado com meu Pai
dessa forma era uma liberação e tanto.

Assim que retornei do intervalo e estava prestes a começar a ensinar novamente, a


mesma jovem veio correndo a mim antes que começasse: “Esqueci-me de uma coisa.
Quando eu te dei a pedra, eu não disse a mensagem inteira. Ela disse: „Leve -me para
Drunvalo. É por mim que ele lembrará como voltar para casa.‟”

Em retrospecto, eu não tinha ficado completamente consciente que a caverna que

entrei durante minha meditação Mer-Ka-Ba estava relacionada com o espaço sagrado
do coração até eu encontrar os Kogis da Colômbia. Eles eram aqueles que iluminaram
essa relação e por isso, serei eternamente agradecido.

O que é tempo?

Agora a mágica realmente começa....Durante outro workshop Vivendo no Coração em


2002, estava em meditação e entrei no espaço sagrado. Como sempre, andei até meu
espaço especial para sentar na areia e meditar dentro da minha meditação quando vi
que o anel estava cheio de água até as bordas, como uma banheira. Também podia
ver que a água tinha transbordado e estava correndo pelo chão da caverna, onde
desaparecia dentro de um espaço entre o chão e a parede.

76
O anel repleto de areia tinha se tornou uma grande banheira,

cheio e transbordante de água limpa.

Ver isso me deu uma emoção engraçada. Eu não esperava isso e estava desnorteado,
então apenas fiquei em pé olhando para a água, sem saber o que fazer ou o porquê
disso estar acontecendo. De repente, uma onda de água começou a subir um metro
ou dois acima do aro, derramando-a e fazendo-a fluir como um rio em direção a
parede onde a abertura no chão alargou-se para receber a água abundante.

O volume de água continuou crescendo até apresentar uma exibição verdadeiramente


alarmante. Não tinha ideia do que fazer, então por um tempo eu apenas fiquei próximo
do que tinha se tornado uma fonte e cascata de água, pensando comigo mesmo: “Meu
Deus, o que está acontecendo?” Apenas fiquei ali sem saber o que fazer. Finalmente,
eu simplesmente saí da meditação, um pouco desnorteado.

No dia seguinte, durante a aula, entrei no coração de novo para ter uma experiência
que alteraria minha vida meditativa para sempre. O fluxo da água continuava, mas
parecia que tinha se acalmado para um contínuo, porém intenso fluxo. A borda do
círculo de pedra tinha aumentado e tinha quase um metro, criando algo parecido com
ofurô.

Queria entrar no meu espaço sagrado interno, porém continuei ali, contemplando se
isso era algo que deveria – ou não – fazer. Finalmente, senti que deveria ir em frente e
assim proceder como sempre fiz, então subi na banheira repleta com o turbilhão de

77
água. A água estava fresca e confortável, da mesma temperatura da caverna e
extremamente pura e transparente. Com esse fluxo de água correndo ao meu redor,
eu logo comecei a meditar, meus olhos abertos e observando a parede de pedra na
minha frente. A parede vagarosamente começou a se tornar transparente como eu
tinha visto tantas vezes antes e segui o desejo avassalador de passar através dela.

Assim que subi para fora da fenda de pedra familiar para onde podia ver o planeta
estéril, parei no caminho por causa do espetáculo que estava observando. O planeta
“imaginário” não era mais estéril! Em todo lugar, tanto quanto eu podia ver, tinha uma
vida vegetal abundante; uma selva virtual estendia-se diante de mim em todas as
direções, por todo o caminho até horizonte. Como isso podia ser?

Mal terminei o pensamento, quando a imagem da água corrente do meu espaço


sagrado interno apareceu e percebi que essa água tinha fornecido vida ao planeta.
Mas as plantas estavam tão maduras! Poderia isso significar que o tempo naquele
mundo não era como eu pensava? Eu tinha tantas perguntas.

Após um longo tempo de contemplação e reverência, voltei para meu espaço sagrado
interno e reentrei no meu corpo. Uma vez que estava de volta ao mundo, levei dias
considerando o significado da minha última experiência. Realmente, o que isso
representa? Minha orientação interna, os anjos, permaneceram silenciosos e
próximos, deixando-me encontrar sozinho minhas próprias conclusões.

Outros Espaços Sagrados – Alguns Exemplos

Eu escutei mais de mil pessoas contarem as histórias de suas experiências dentro de


seus corações. Embora algumas existam algumas similaridades, está claro que as
imagens do coração são como sonhos do que a realidade estruturada e constante na
qual todos nós vivemos.

A natureza da experiência das pessoas cobre um largo espectro. Seja cuidadoso com
quaisquer expectativas pré-determinadas. Seja como uma criança, com o coração

aberto ao entrar no espaço interno. Sua experiência será certamente única para você
somente. Aqui estão alguns exemplos de o que as pessoas experimentam para que
possa ter uma ideia do quão diversos são nossos espaços sagrados do coração.

78
“Quando pedi que meu espaço sagrado fosse preenchido com luz, isso aconteceu
instantaneamente. Estava tão feliz quando isso aconteceu porque geralmente nada aconteceu
quando peço alguma coisa. Era uma luz leve e incandescente– e não brilhante como era em
casa. Olhei em volta e descobri um templo de aparência egípcia grande e trabalhado. Contudo,
as pedras pareciam ser elétricas e emitiam luz também. Havia hieróglifos nas paredes e assim
que cheguei mais perto para vê-los melhor, eles começaram a dançar como se estivessem
vivos. De alguma forma, uma linha com vinte imagens fizeram o maior sentido para mim. Não
posso dizer o que significava, mas eu sabia o sentido no meu coração e comecei a chorar.”

“Eu me virei e vi uma porta muito alta. Passei por ela para outro cômodo, on
de tinha essa
mulher real e bonita com cabelos e olhos escuros e com um manto dourado e comprido. Ela
parecia egípcia. Ela pegou minha mão dizendo uma palavra e guiou-me até um cômodo
pequeno e simples. Ela me conduziu para dentro dele e desapareceu. Sabia instantaneamente
que tinha acabado de entrar no meu espaço sagrado interno. Tinha certeza disso.”

“De repente, o cômodo começou a mudar de forma e continuou a crescer em tamanho até que
tivesse mais de um quilômetro e meio de largura; continuou crescendo até as paredes
desaparecerem. Então, percebi que estava no espaço profundo. Aí, você (Drunvalo) pediu que
voltássemos.

Um rapaz afirmava que nada poderia acontecer com ele, pois “nunca acontecia”, e resolveu
compartilhar sua experiência:

“Quando eu pedi que se fizesse luz, nada aconteceu. Então comecei a ver se eu podia sentia o
meu caminho como você (Drunvalo) tinha sugerido. De alguma maneira, sabia onde estava;
tudo era muito familiar. Virei à esquerda e quase como quadro impressionista, podia enxergar

esboços fracos de algo que parecia estar próximo.

Aos poucos, comecei a decifrar figuras e formas, e as formas logo começaram a se tornar mais
brilhantes até que eu estava num mundo de apenas luz– significando que ele não era sólido,
79
mas como um holograma. A luz começou a se mover, formando padrões de formas
geométricas. Senti que eu mesmo estava me movimentando, seguindo o fluxo corrente de luz
de volta para a fonte. A beleza era intensa e o sentido do movimento muito veloz era
emocionante. Seja lá o que fosse, continuou me empurrando e eu pude ver. Linhas de luz
estavam vindo de todo o universo para essa único lugar do qual eu estava rapidamente me
aproximando. Naquela altura, o tamanho e a grandeza desse evento eram em escala galáctica.
Senti-me como uma pequenina partícula no meio desse todo.

Assim que fluí como mercúrio para dentro do centro desse campo de luz, sabia que estava em
Casa – com letra maiúscula! Já tinha estado ali antes. No centro dessa experiência incrível
estava uma esfera de água viva. Escorreguei para o meio dessa esfera de água e luz quando
você nos pediu para retornar. Sabia que voltaria ali. Não queria interromper essa experiência.
Não queria retornar. Eu estava tão vivo.”

As histórias continuam – sempre diferentes, sempre intimamente pessoais para quem


está meditando com o coração. Após ouvir centenas dessas histórias, tornou-se claro
que há outra realidade no coração que é tão importante e talvez mais primordial que
esse mundo estruturado da mente no qual parecemos todos viver.

O que pode impedi-lo de ter essa experiência

Há motivos pelos quais as pessoas não podem entrar no coração ou, se elas
encontrarem esse lugar especial, sentem-se compelidas a deixá-lo imediatamente.
Levei quase dois anos ensinando e ouvindo aqueles que não conseguiam entrar antes
de compreender porque isso acontecia.

Como já mencionei anteriormente, aqueles que tiverem experiências emocionais


traumáticas, especialmente experiências negativas com relacionamentos e amor,
frequentemente vivem novamente a dor quando entram no espaço sagrado do
coração e é tão doloroso que eles sentem que precisam sair. Esse é o problema mais
predominante.

Existe também o problema do medo – o medo do desconhecido. Algumas pessoas


percebem instantaneamente o quanto são “reais” as imagens do coração quando
começam a experimentá-las e o medo entra em seus espíritos e os direcionam para

fora de lá. Descobri que se for esse o caso, se a pessoa conseguir ficar um pouco
mais, o medo frequente vai embora e tudo fica bem. O segredo está em como fazer
com que alguém permaneça o tempo suficiente para dissolver o medo.
80
O terceiro problema, que também mencionei anteriormente no livro, está quando as
pessoas têm expectativas de serem capazes de “ver” de determinada maneira e não
percebem que podem “ver” de outras formas – pela audição, pelo tato, olfato ou
paladar.

Como eu disse, no começo eu conseguia alcançar apenas 50% das pessoas. Mas em
janeiro de 2002, tinha aprendido sobre esses problemas que impediam as pessoas de
entrarem em seus espaços sagrados do coração. No workshop da Alemanha, 174 das
180 pessoas estavam prontas de entrar no espaço sagrado interno de seus corações,
ainda que nós estejamos ensinando e relembrando.

81
Capítulo Cinco

A UNIDADE DO CÉU E DA TERRA

A MEDITAÇÃO DA UNIDADE

ENTRANDO NO PALCO

ISSO É TÃO SIMPLES

82
Uma coisa que os povos indígenas do mundo me ensinou foi que antes de uma
cerimônia importante, você deve conectar-se com o amor da Mãe Terra, depois com o
Pai Céu e através dessa experiência, por último, conectar-se com o Grande Espírito
ou Deus. Não é diferente quando alguém está prestes a entrar no espaço sagrado do
coração, senão esse espaço permanecerá escondido.

Aprendi srcinariamente o que estou a ponto de partilhar em 1981 com um dos meus
mentores de Taos Pueblos, Jimmy Reyna, e conhecia de forma muito simples e não
refinada. Porém, aqui entra um dos grandes professores espirituais das tradições da
Kriya yoga, falando em termos elegantes.

Estava prestes a subir no palco durante um evento chamado “O coração solar” em


Jekyll Island, Geórgia, em meados de 1994. Muitos professores espirituais estavam se

revezando para liderar a audiência para uma unidade cada vez mais superior com o
Espírito. Eu seria o próximo. Estava atrás do palco num quarto pequeno, sentado em
frente a um altar de meditação onde alguém tinha colocado uma única vela e várias
fotografias da Self-Realization Fellowship. Havia quadros de Krishna, Jesus, Babaji,
Lahiri Maharshi, Sri Yukteswar e Yogananda. Sabia para ir realmente ao palco, alguém
viria e me levaria até lá. Já sabia sobre o que falaria, então nada havia a fazer além de
me centrar. Para mim, não há maneira melhor de fazer isso do que entrar em
meditação.

Reconheci os professores por grandeza que eram e fechei meus olhos para começar a
meditação. Vagarosamente, o mundo ao meu redor começou a sumir a distância
enquanto a energia começou a aumentar e eu tive uma visão. Um momento único que
alteraria o curso daquela noite com a audiência e depois, o curso de quase tudo do
meu mundo espiritual.

Num curto período de tempo, Sri Yukteswar apareceu a mim com essa expressão
nobre no rosto. Embora eu tivesse tido um relacionamento próximo com Yogananda, o
discípulo de Sri Yukteswar, eu nunca tinha pensado realmente sobre Sri Yukteswar.
Porém, ali estava ele.

83
Sri Yukteswar

A meditação da Unidade

Sri Yukteswar foi diretamente ao ponto, assim eu farei agora. Ele me contou que na
Índia ninguém sequer consideraria aproximar-se da divindade sem determinado
estado de mente e coração e ele me deu instruções muito específicas sobre como
exatamente conectar-se conscientemente com o divino e finalmente, com Deus. Aqui
está o que ele me disse:

“Você pode estar em qualquer lugar, mas para mim, utilizo um altar com uma única vela para
focar minha atenção mental. Sinto e sei da presença dos meus professores e nós todos
começamos a respirar juntos como se fossemos um.”

Unificar-se com a Mãe Divina

“Deixe sua atenção mudar para um lugar na Terra que você sinta que é o local mais bonito do

mundo. Pode ser qualquer lugar– uma cena de montanhas com árvores, lagos e rios; ou um
deserto arenoso e árido sem quase nenhuma vida– um local que perceba como belo. Veja
com todos os detalhes que puder.”

84
“Por exemplo, se o seu local é uma cena de montanhas, veja as montanhas e as nuvens
brancas e ondulantes. Veja e sinta a floresta e as árvores movimentando-se com o vento. Veja
os animais – o veado e o alce, pequenos coelhos e esquilos. Olhe para baixo e veja a água
límpida dos rios. Comece a sentir amor por esse lugar e por toda a natureza. Continue a
crescer dentro desse espaço de amor com a natureza até seu coração estar batendo com o
calor de seu amor.

Quando sentir que é o momento certo, envie seu amor para o centro da Terra usando sua
intenção, então a Mãe Terra pode diretamente sentir seu amor por ela. Você pode colocar seu
amor numa pequena esfera e enviá-la para a Mãe assim que desejar, mas sua intenção que é
mais importante. Então, espere como uma criança. Espere até que a Mãe Terra envie o amor
dela de volta para você até que possa senti-lo. Você é seu filho e sei que ela o ama.

Enquanto o amor da Mãe entra em seu corpo, abra-se completamente, permitindo que esse
amor movimente-se em qualquer lugar pelo seu corpo. Deixe-o entrar totalmente em suas
células. Deixe-o movimentar-se pelo seu corpo de luz. Deixe-o movimentar-se por onde queira

se movimentar. Sinta esse lindo amor que a Mãe Terra o tem rodeado e permaneça nessa
união com a Mãe Terra até sentir essa união completa.”

Unificar-se com o Pai Divino

“No momento certo, que somente você saberá, sem interromper a união de amor com sua
Mãe, olhe para seu Pai, seu Pai Celestial. Olhe para o resto da criação além da Terra. Coloque
sua atenção no céu noturno. Veja a Via Láctea enquanto ela serpenteia pelos céus. Observe a
espiral dos planetas e da Lua ao seu redor e da Terra. Sinta o Sol escondido abaixo da Terra.
Perceba essa inacreditável profundeza do espaço.

Sinta o amor que você tem por esse Pai, pelo Pai Divino que é o espírito de toda a criação,
exceto a Mãe Divina. E quando esse amor ficar tão grande que simplesmente não consegue
ficar dentro de você nem mais um segundo, deixe-o mover-se para os céus com sua intenção.
Novamente, pode enviar seu amor para os Céus dentro de uma pequena esfera, se desejar.”

Sri Yukteswar disse para colocar seu amor numa pequena esfera e com sua intenção,
mandá-la para os céus. Disse para enviá-la para a rede de consciência da unidade ao
redor da Terra. Se você não sabe o que é essa rede, não se preocupe, apenas faça
como a maioria dos povos indígenas do mundo: envie seu amor para o Sol. Como as
redes, o Sol está conectado com todos os outros sóis ou estrelas e todas as vidas em
todos os lugares. Alguns povos, como os Hopis do sudoeste dos Estados Unidos,
mandam seu amor para o Grande Sol Central, que é outro conceito que nem todos

85
tem, mas igualmente válido. Escolha um – qual deles não importa. O objetivo é que
seu amor alcance toda a vida em todos os lugares.

Sri Yukteswar continuou: “ Uma vez que seu amor tenha sido enviado para os Céus do Pai
Divino, novamente aguarde; espere que o Pai envie seu amor de volta a você. E é claro, ele
sempre faz isso. Você será seu filho para sempre e o Pai Divino sempre, sempre o amará. E
assim como o amor da Mãe, quando você sentir o amor do Pai Divino entrar no seu ser, deixe-
o movimentar-se onde quer que deseje. É o amor de seu Pai e é puro.”

A Tríade Sagrada está Viva

“Nesse momento, algo que raramente acontece está manifestando


-se: a Tríade Sagrada está
viva na Terra. A Divina Mãe e o Pai Divino estão unidos com você em puro amor e você, a
Criança Divina, completa o conjunto.”

De acordo com Sri Yukteswar, somente nesse estado de consciência em particular


que Deus pode ser conhecido diretamente. E o passo final dessa meditação é tornar-
se consciente da presença de Deus – ao redor e dentro de você.

Para essa parte da meditação, Sri Yukteswar srcinalmente me deu uma forma muito
complexa de estar consciente de Deus, mas depois de falar com vários anciães de
muitas tribos ao redor do mundo, senti que nós podemos simplificar o caminho para
alcançar esse estado final de consciência. É realmente simples: assim que você
estiver na Tríade Sagrada, pode alcançar essa experiência apenas abrindo seu
coração para a presença de Deus. Por alguma razão que somente Deus sabe, no
estado da Tríade Sagrada a presença de Deus é facilmente perceptível.

Sri Yukteswar disse-me o nome dessa meditação: a Respiração da Unidade. Deus


está sempre em todos os lugares, mas os humanos nem sempre percebem Deus. A
meditação da Respiração da Unidade leva-o diretamente e conscientemente para
dentro da presença de Deus.

Para alguns, esse estado de consciência é tudo que necessitamos para completar
todos os ciclos criados pela vida, ou outra maneira de dizer isso é uma porta que
aproxima todas as cerimônias sagradas da vida, como o nosso nascimento nesse

mundo, o casamento sagrado e até mesmo a morte. De acordo com os Nativos


Americanos, até as cerimônias de plantio e colheita das culturas requerem essa

86
conexão particular com o Grande Espírito para que as culturas cresçam e sejam
saudáveis.

O estado natural é o de criar conjuntamente com Deus, ou Grande Espírito, para


assistir todos os ciclos da natureza e trazer equilíbrio para a vida. De acordo com a
Bíblia, somos os mantenedores do Jardim (ou natureza) como descrito na história de
Adão e Eva, e nesse tempo moderno, nós ainda somos, mas esquecemos do nosso
propósito. Sem a conexão interna com Deus, estamos separados e perdidos e,
portanto, essa meditação de Sri Yukteswar é uma abertura para lembrar de Deus e
lembrar do espaço sagrado do coração.

Entrando no palco

Nesse ponto, sri Yukteswar tornou-se bastante austero. Ele me olhou diretamente nos
olhos e disse: “Drunvalo, quero que você vá até o palco hoje e ensine essa meditação
para a audiência exatamente como eu o ensinei.” Ele me olhou como se confirmasse
suas palavras e achei melhor não lhe desobedecer. Então, ele se curvou e
desapareceu.

Lembro que ouvi uma batida na porta que me disse que era minha vez. Lembro que
me levantei, confuso. Não sabia o que fazer. Eu já tinha um plano do que iria fazer e
dizer, porém isso parecia ter ultrapassado qualquer coisa. Disse ao assistente de
palco que seguiria em apenas um minuto, fechei a porta e rapidamente os anjos se
interpuseram ante ela. Eles aconselharam-me a fazer como Sri Yukteswar tinha

pedido e que entenderia isso depois. E assim eu fiz e somente muito depois, eu
compreendi.

Assim que estava de frente para a plateia, contei-lhes o que tinha acabado de
acontecer e que nós entraríamos num estado de meditação no qual Sri Yukteswar
tinha fortemente sugerido que todos nós experimentássemos. Todos no salão, exceto
aqueles que estavam cuidando do grupo, estavam profundamente em meditação.
Encontrei muitos que estavam tão profundamente mergulhados na meditação que não
conseguiam ou não queriam sair dela.

Após várias tentativas de acordar a todos, ainda tinham quase trinta pessoas que
simplesmente não queriam retornar. Nós mandamos pessoas individualmente para
tirá-los de sua meditação e todos eles finalmente voltaram – com exceção de um
87
rapaz que pensávamos ter que levar para o hospital. Após talvez mais vinte minutos,
enquanto todos os outros estavam lanchando, ele finalmente abriu os olhos.

Tudo que eu pensava era: “O que aconteceu?” Eu tinha tido uma experiência que ficou
comigo além da meditação. Ainda podia sentir o amor da minha Mãe e do meu Pai e a
presença de Deus em todos os lugares e em tudo. Era delicioso. Era lindo.

Ao longo dos anos, eu aprendi a ser cauteloso com a meditação Respiração da


Unidade. Uma vez dentro desse estado, ninguém quer sair prematuramente; senti-lo é
tão bom. Então, se você praticar essa meditação, permita bastante tempo para si
mesmo. Desligue os telefones e faça o que for necessário para não ser perturbado
durante um longo período. Deixe a experiência abrir-se como uma flor de verão.

É tão simples

Agora que conhece a Respiração da Unidade, sempre entre nesse estado de


consciência antes de entrar no espaço sagrado do coração. Caso contrário, não
importa o quanto tente achar o espaço sagrado, ele correrá de você; ele se esconderá,
sem deixar qualquer vestígio.

Assim que alcançar o nível de consciência elevado pela Respiração da Unidade,


talvez encontre um jeito mais fácil e mais fácil ainda até que finalmente esteja todo o
tempo nesse local. Esse é o ideal, de acordo com todos os mentores que conhece
essa meditação.

Acredito que a Respiração da Unidade cria uma vibração dentro de você que lhe
permite encontrar o santo graal, o espaço sagrado do coração, o lugar onde Deus
srcinariamente criou tudo o que é. É tão simples. O que você sempre esteve
procurando está dentro de seu próprio coração.

88
Capítulo Seis

DEIXAR A MENTE E ENTRAR NO CORAÇÃO

Primeiro exercício – mover ao redor do Corpo

Segundo exercício – Entrar no Coração

Terceiro exercício – A cabeça “Om” e o Coração “Aah”

Dois caminhos para dentro do Espaço Sagrado do Coração

89
A Respiração da Unidade é o pré-requisito para entrar no espaço sagrado do coração.
Contudo, ainda existem dois obstáculos principais para verdadeiramente entrar nesse
espaço sagrado.

Primeiro, para a consciência ocidental, a Respiração da Unidade sozinha não é


suficiente para encontrar onde está o sagrado espaço do coração. Por quê? Porque
sua mente sempre criará uma ilusão que o guiará para longe da verdade; sua mente
sempre lhe dirá: “Não escute o seu coração. Somente eu conheço a Fonte. Siga a mim
e a minha lógica e tudo será perfeito. Minha ciência é a única forma de conhecer a
verdade.” Utilizando o processo do pensamento e da lógica, a mente o manterá
dentro de sua cabeça.” Enquanto permanecer dentro de sua cabeça, dentro do crânio,
você nunca, nunca mesmo, encontrará o espaço sagrado do coração. A mente tem
escondido o poder do coração de muitos por milhares de anos.

Segundo, você deve saber da mobilidade do espírito dentro do corpo humano. Sem
esse conhecimento, nenhuma quantidade de esforço para alcançar o espaço sagrado
do coração pode produzir resultados. Precisa descobrir que o espírito pode
movimentar-se dentro do corpo e então, literalmente, deixar a localidade da cabeça e
da mente para entrar num estado completamente alterado de consciência e
inteligência que é encontrado dentro do coração.

Pela minha experiência pessoal e de milhares de pessoas, descobri que superar o


processo do pensamento humano é algo fácil de fazer se fica claro o que se deve
fazer. Se apenas sentar-se e escutar e/ou responder aos seus pensamentos,
continuará preso na cabeça e seus pensamentosd continuarão perpetuamente e irão
interrompê-lo.

Há poucos sistemas de meditação que o auxiliam a superar ou contornar a mente,


como a meditação Vipassana, onde a pessoa senta em meditação por muitas horas
até que o ponto do silêncio seja alcançado. Porém, há uma maneira mais simples e
ela consiste em fazer apenas o espírito sair da cabeça e da mente ao mesmo tempo.
E para entrar no espaço sagrado do coração, esse é a única maneira que eu conheço.

Raramente encontro alguém que saiba que o espírito humano pode se movimentar
dentro do corpo humano. A maioria das pessoas olha para mim como se eu fosse

90
maluco quando falo sobre isso. Contudo, a maioria dos povos indigenas compreende
completamente o conceito. Nos seus processos espirituais, eles experimentam
exatamente isso.

O espírito humano é separado de seu corpo. Quando nós morremos, nós (nosso
espírito) deixamos o corpo e retornamos a um mundo que parece separado desse. O
corpo humano é como um casaco – que colocamos para sermos humanos e deixamos
para ser outra coisa. Nos meus estudos, descobri que nesse período da história
humana é normalmente focalizado na glândula pineal, no centro da cabeça. O espírito
localizar-se na glândula pineal significa experimentar o corpo humano do ponto de
vista de olhar para o mundo através dos olhos e sentir como se o mundo externo fosse
separado de si mesmo.

Parece que estamos diretamente atrás dos olhos, embora nós possamos experimentar
outras partes de nossos corpos. Agora, a maioria de nós tem a experiência de colocar
nossa atenção em outras partes do corpo – a mão ou o pé, por exemplo – mas ainda
fazemos isso com o espírito localizado na glândula pineal.

Há outras maneiras de experimentar o corpo humano e é uma delas que eu desejo


ensinar a você agora. Você deve entender e experimentar essa parte antes de
encontrar o espaço sagrado do coração.

Primeiro exercício – Movendo-se pelo corpo

Será muito mais fácil fazer esse exercício se pensar que ele é um jogo – e ainda mais
fácil se olhar para si mesmo como uma criança. Não leve isso a sério – a seriedade,
proveniente da mente, somente interferirá com o resultado do exercício. Apenas
divirta-se! Para tanto, a sua natureza infantil permitirá que facilmente entre no coração
– não o adulto, calculando os processos de pensamentos da mente.

 Coloque sua atenção na sua mão direita. Sinta o interior dela e esteja ali tanto
quanto conseguir. O seu espírito ainda está na sua cabeça, sentindo sua mão?

Essa seria a forma mais comum. (Estou pedindo que faça isso porque essa
não é a maneira da qual eu estou falando, focalizando a mão e mantendo-se
na cabeça.)

91
 Pense no seu espírito, você, como algo separado de seu corpo. Veja seu
espírito talvez como uma pequena esfera de luz, mais ou menos do tamanho
de uma bola de gude.

No próximo passo, iremos nos movimentar para fora da cabeça, na forma de

pequenina esfera de luz, em direção ao chacra laríngeo. Primeiro, vamos ter uma
discussão intelectual para preparar a mente.

Pense em um alto edificio com um elevator externo. O elevator é completamente feito


de vidro e, portanto, pode enxergar o exterior enquanto está dentro dele; você
consegue enxergar o edifício inteiro enquanto viaja do alto do edifício até o térreo. No
caminho para baixo, você pode ver o alto do edifício aparentemente mover-se para
longe de si. Sua posição relativa modifica e você verdadeiramente vê o edifício de uma
localidade diferente, certo?


Agora feche seus olhos (isso é importante) e utilize apenas sua imaginação
para enxergar. “Veja” a si mesmo como uma pequena esfera de luz movendo-
se para fora da glândula pineal ou área cerebral e desça, assim como um
elevador, para o chakra laríngeo (da garganta).
Enquanto estiver movendo-se para fora da cabeça, verá, na sua imaginação,
sua cabeça física afastando-se de você, como o alto de um edificio. Não pense
sobre o processo – isso definitivamente interferirá com que está fazendo.
Apenas jogue o jogo.
 Assim que alcançar o chakra laríngeo, verá ou sentirá, na sua visão interna,

sua cabeça acima de si, como se estivesse olhando para fora na altura de sua
garganta. Esteja consciente da suavidade da garganta ao redor de si. Parecerá
que está no mesmo nível de seus ombros. Você consegue fazer isso!
Se não conseguir da primeira vez, então pare, relaxe e lembre-se de fazer o
exercício como se fosse um jogo. Continue fazendo isso até que, com sua
visão interior, possa ver ou sentir a si mesmo, seu espírito movendo-se para
fora da cabeça e entrando em sua garganta.
 Retorne para sua cabeça. Com sua visão interna, verá ou sentirá seu corpo
movendo-se para baixo enquanto seu espírito aproximar-se do interior da

cabeça ou crânio.
Assim que entrar na cabeça novamente, certifique-se que está olhando para a
direção correta, através dos olhos. (Talvez pense que isso soe engraçado ou

92
algo parecido, porém algumas pessoas verdadeiramente retornam para suas
cabeças olhando para a direção errada e isso as desorienta. Isso
provavelmente não acontecerá com você, mas se acontecer, simplesmente vire
em direção aos seus olhos e tudo voltará ao normal bem rapidamente.)
 Agora, novamente saia da cabeça e mova-se para a garganta. Quando chegar

lá, tome consciência dos tecidos macios ao redor da garganta.


 Retorne de novo para a cabeça, vendo a mudança na sua visão interna. Na
sua cabeça, será o momento de perceber o sólido e rígido osso do crânio
envolvendo-o. Sinta a diferença.
 Novamente, mova-se para a garganta e perceba os tecidos macios dela
envolvendo-o. Sinta a diferença.
 Nesse momento, vamos adiante. Movimente-se de sua garganta para seu
ombro direito. Na sua visão interna, presumindo que ainda estava olhando
através da frente de seu corpo, observe como sua cabeça está fora de

alinhamento em direção ao esquerdo. Sinta os ossos de seu ombro.


 Agora continue movendo-se parao braço e dele para a mão direita e entre na
área da palma de sua mão. Veja os dedos todos ao seu redor. Frequentemente
eles parecem ser muito grandes, uma vez que está muito pequeno. Sinta os
dedos todos ao seu redor.
 Retorne para o ombro, então volte para a garganta. Sempre pare na garganta
como um ponto de referência antes de entrar na cabeça. Agora, mova-se de
volta para a cabeça, certificando-se que está olhando para frente, através dos
olhos. Sinta a rigidez do crânio ao seu redor.

Você completou o primeiro exercício. Pode continuar, se desejar, a prática de


movimentar-se para diferentes partes do seu corpo. Escolha qualquer parte do corpo,
menos o coração nesse ponto. É seu corpo. Sempre retorne pela garganta e pare
tempo suficiente para orientar a si mesmo antes de reentrar na cabeça.

93
Segundo exercício – Entrando no coração

Nesse momento, estamos prontos para entrar no coração, mas ainda não iremos nos
movimentar para o espaço sagrado do coração. Primeiro, precisa sentir a diferença
entre a cabeça e o coração.

 Comece como aprendeu, fechando os olhos e movendo-se para fora de sua


cabeça para a garganta.
 Espere até sentir-se bem e então movimente-se para o seu coração físico e
não para o chakra cardíaco. Sinta ou veja em sua visão interior o seu coração
e sinta-se movimentando em sua direção. Quando alcançar o coração,
continue a mover-se através da mebrana para dentro dele.
 Ouça e sinta o coração batendo. Sinta a suavidade dos tecidos ao seu redor.
Sinta quão diferente eles são quando comparados a rigidez do crânio. O
coração é feminino e a cabeça é masculina. Isso é tão óbvio.
 Embora possa ficar aqui o quanto quiser, provavelmente é melhor não
permanecer mais do que cinco minutos. Não se preocupe como o Espaço
Sagrado nesse momento. Apenas sinta como é estar no coração.
 Quando o momento parecer adequado, movimente-se para fora do coração,
através da membrana e continue até a garganta. Pare por um momento para
sentir a garganta e continue a voltar até a cabeça. Certifique-se que esteja
alinhado com seus olhos.
 Sinta como é voltar para a cabeça novamente e compare com estar no
coração. Sinta a rigidez do crânio e compare a suavidade dos tecidos
cardíacos.

Você terminou o segundo exercício.

Terceiro exercício – A Cabeça “Om” e o Coração “ Aah”

Estamos iremos fazer o último exercício três vezes. Quando está na cabeça
entoe o cântico “Om” e quando estiver no coração, cante o som de “Aah”. Para ser
claro, estou pedindo que utilize sua voz para fazer esses sons nos lugares
94
apropriados. Esse exercício é sutil, contudo realmente auxilia a compreender, em
nossas celulas, tudo que fez até esse momento.

 Inicie fechando os olhos e sentindo o crânio duro ao seu redor. Faça o som de
“Om” uma vez com sua voz. Enquanto faz o som, sinta com ele ressoa dentro

do crânio. Sinta.
 Agora movimente-se para baixo até a garganta e pare aí por um momento:
então mova-se para o seu coração, vendo em sua visão interna, o coração
aproximando-se. Entre no coração e sinta o espaço.
 Faça o som “Aah” uma vez e sinta como ele ressoa dentro da suavidade do
coração. Novamente, sinta.
 Deixe o coração e mova-se para a garganta. Espere um momento, então
continue para a cabeça. Sinta a rigidez do crânio e faça o som de “Om”.
 Repita esses passos mais duas vezes e então, apenas sente-se e sinta como
os dois locais são tão diferentes – diversos como o masculino e o feminino.

Você completou o terceiro exercício.

Dois caminhos para dentro do Espaço Sagrado do Coração

Quando os Kogis da América do Sul me ensinaram, eles disseram que a melhor forma
de entrar no espaço sagrado do coração era ficar num quarto ou espaço escuro, com
os olhos fechados, sem nada comer ou beber e sem dormir – por nove dias e nove
noites. Disseram que fazendo isso, a Mãe Terra viria e o caminho seria mostrado.

Sua maneira de viver permite uma meditação dessas, porém isso seria um enorme
abismo a atravessar para nós. Os Kogis, que pouco compreendem nossa sociedade
tecnológica, pediram-me que ensinasse entrar no coração dessa forma, porém sabia
que apresentaria um problema real. Contei-lhes que uma meditação de nove dias seria
impossível para quase todos do mundo moderno. Haveria talvez algumas pessoas que
poderiam fazê-lo, mas como queriam alcançar o mundo, teriam que achar outro
caminho.
95
Então, perguntei a minha orientação interna e vagarosamente duas outras maneiras
foram descobertas. Tenho certeza que existem mais caminhos para entrar no espaço
sagrado do coração, porém essas duas formas funcionam. Não importa realmente
como você encontra sua maneira de entrar desde que seu coração esteja puro, então
será capaz de nele ficar.

Entrar no espaço sagrado do coração não envolve um processo de aprendizado; Ao


contrário, é um processo de relembrar, pois sempre estivemos nesse espaço desde o
começo. Escolhemos desviar nossa atenção para essa forma de consciência da
polaridade, mas quando aprendemos a lição, estamos certos que retornaremos ao
estado primário de unidade.

O primeiro caminho que tentei foi baseado nas descobertas do Instituto HeartMath
sobre o campo toroidal ao redor do coração – em particular, a descoberta de um
pequeno torus dentro de um grande torus. A premissa era que a atual fonte desse
enorme campo eletromagnético estivesse dentro do espaço sagrado do coração.
Portanto, se era trajetória de linhas geométricas de energia desse campo, poderíamos
pegar uma delas e ir diretamente para o espaço sagrado. E o que descobri é que isso
pode ser verdadeiro.

Esse primeiro método é de natureza masculina, significando que poder transmitido a


outras pessoas e se uma pessoa fizer exatamente as instruções, os resultados sempre
serão os mesmos. Infelizmente, métodos masculinos não funcionam muito bem para
as mulheres. O segundo método, de natureza feminina, é tão simples que levou um

tempo para que eu pudesse ver.


No capítulo seguinte, colocaremos todas as instruções juntas num método completo
para alcançar o espaço sagrado do coração. Agora, precisa apenas compreender
mentalmente o que está sendo pedido. A experiência real logo virá – nós iremos para
um lugar onde o coração físico está na nossa frente e naquele momento nós iremos
ver ou sentir o campo toroidal com nossa visão interna enquanto ele se movimenta ao
redor do coração e iremos focalizar o interno e pequenino torus.

A forma masculina de en trar no coração

Aqui está a forma masculina de entrar: enquando você se movimenta em direção ao


coração e ver o pequeno campo toroidal, eleve-se acima do campo até ver o torus do

96
alto. Essa energia é um vórtice, como expliquei antes, movendo-se circularmente
como água escorrendo para um ralo. Movimenta-se mais vagarosamente na borda
externa e fica mais rápida e veloz em direção ao centro, então cai através do centro –
novamente como água caindo no ralo. Para algumas pessoas, o vórtice movimenta-se
no sentido horário e para outras, no sentido anti-horário. A direção relaciona-se a

preferência sexual e não parece importar.

Para essa meditação, quando olhar para o topo do campo toroidal, veja ou sinta a
forma de movimentação. Então, como uma folha flutuante num rio, deixe seu espírito
descansar nessa energia espiral.

Comece a experimentar a si mesmo rodando e rodando– devagar a princípio, porém


quando se aproximar do centro, comece a mover-se mais rápido até finalmente entrar
no centro e começar a cair. Não há nada a temer. Apenas, permita-se ir e cair. Num
momento, perceberá que tudo está muito, muito quieto. Como estar no olho do
furacão, está agora dentro do espaço sagrado do coração. Está realmente ali.

A forma feminina para entrar no coração

Aqui está a forma feminina de entrar: como mencionei, essa forma é tão simples que
não consegui ver de primeira. As instruções eram fáceis e a experiência será diferente
para cada um de vocês quando utilizar esse método. Não é importante se o seu corpo

97
é feminino ou masculino, mas se seguir seu coração é a sua maneira, então esse
caminho é o seu.

Para a forma feminina, tudo o que faz é ver ou sentir a si mesmo aproximando-se do
coração e então permitir-se entrar em sua membrana, assim como fez antes. Exceto
que dessa vez, você deixa sua física natureza feminina tomar o controle e deixe sua
intuição guiá-lo para o espaço sagrado do coração. Permita-se e movimente-se,
sabendo que irá mover-se direto para o espaço sagrado.

Tente uma das maneiras e se ela não funcionar, então tente a outra. Lembre-se que
você é uma criança de Deus. Conhece esse lugar, pois Deus e você sempre foram Um
lá. Sempre.

98
Capítulo Sete

A MEDITAÇÃO DO ESPAÇO SAGRADO DO CORAÇÃO

Preparando-se para a Meditação

A meditação da Unidade

Escolha sua maneira de entrar no coração

Explorando o Espaço Sagrado do Coração pela primeira vez

Retornando para o Espaço Sagrado do Coração

99
Acompanhe sua respiração por alguns minutos até estar relaxado e confortável. Não
há pressa. Para o lugar que está prestes a ir, não há tempo.

Quando sentir que tudo está certo, altere sua atenção de sua respiração para sua
visão interna e comece a Meditação da Unidade, o ponto inicial de todas as cerimônias
sagradas.

A meditação da Unidade

Para uma descrição expandida da Meditação da Unidade, volte ao Capítulo 5.

 Veja um lugar na natureza que sinta que é bonito e visualize-o com todos os
detalhes que conseguir. Se você é daqueles que não veem, mas experiencia
de outras formas, então utilize as outras maneiras de ver: nós todos temos
nosso próprio jeito. Sinta o amor que tem pela natureza e a Mãe Terra. Deixe

esse amor crescer no seu coração até que sinta em todo o seu corpo.
 Quando sentir que é o momento correto, pegue seu amor e coloque-o numa
pequena esfera e com sua intenção envie-o profundamente para baixo, para o
centro da terra. Deixe sua Mãe Divina saber o quanto você a ama. Permita que
ela sinta seu amor. Então, espere que a Mãe terra mande o amor dela de volta
para você.
 Quando sentir esse amor vindo de sua Mãe entrar no seu corpo energético,
apenas permita que o amor se movimente de qualquer maneira para qualquer
lugar. Apenas permita-o. Sinta esse fluxo de amor entre você e a Terra. Você

pode ficar aí o quanto desejar.


 Quando perceber que é o momento, sem interromper o fluxo de amor entre
você e sua Mãe Divina, modifique sua atenção para o seu Pai Divino. Na sua
visão interna, veja ou sinta um céu noturno, a Via Láctea, as profundezas do
espaço. Veja os planetas e a Lua brilhando no céu noturno e sinta a presença
do Sol, escondido distante e atrás da Terra.
 Permita a si mesmo sentir o amor que tem por todo o resto da criação e seu
Pai Divino. Quando sentir que é a hora certa, coloque seu amor numa pequena
esfera e envie-a para os céus com a intenção que vá direto para o Pai Divino.

Envie-o para as redes ao redor da Terra, o Sol ou o Grande Sol Central. Deixe
que seu Pai saiba como se sente...e espere.

100
 Espere pelo amor de seu Pai Divino voltar para a Terra e entrar no seu corpo.
Quando acontecer, permita-o movimentar-se de qualquer maneira e em
qualquer lugar. Não tente controlar esse amor; apenas sinta-o.
 Nesse momento, a Tríade Sagrada está viva na terra. A Mãe Divina e o Pai
Divino e você, a criança Divina, estarão unidos em amor puro. Isso é o

momento sagrado por direito próprio, então apenas esteja com seus pais
divinos e sinta o amor.
 Desse lugar de puro amor abra a consciência para a presença de Deus, que
está ao seu redor e mora dentro de você. Simplesmente esteja ciente e sinta
essa união das forças cósmicas e respire o sopro da vida.

Escolha sua maneira de entrar no Coração

Escolha de que maneira deseja entrar no espaço sagrado do Coração –


utilizando o vórtice masculino do campo toroidal ouo caminho feminino de usar
somente sua intuição. Não importa qual método escolherá; isso depende
somente de você mesmo.
 Com sua intenção e força de vontade, deixe sua mente e mova-se para sua
garganta. Sinta sua garganta toda ao seu redor e então, movimente-se para o
seu coração físico.
 Se escolher a forma masculina toroidal, eleve-se acima do coração até que sua
visão interna possa ver ou sentir o campo toroidal interno, o vórtice. Então,
como uma folha num rio, permita que seu espírito flutue no redemoinho em

movimento, seja lá qual for a direção que esteja rodando. Sinta a si mesmo
circulando até cair no centro do vórtice. Continue a cair até que sinta a
quietude. Você está no espaço sagrado do coração.
 Se você escolher a maneira feminina, a intuitiva, veja ou sinta o coração
aproximando-se e movimente-se através da membrana do coração para o seu
interior. Uma vez dentro dele, entregue seus movimentos para sua intuição e
permita a si mesmo ser guiado para o espaço sagrado do Coração.
 Você está lá.
A primeira coisa que faz é olhar em volta. Se está escuro, o que provavelmente

estará, diga em seu mundo interno: “Haja luz” e observe ou sinta como a
escuridão modifica-se para um mundo de luz.

101
 Uma vez que consiga ver ou sentir o espaço sagrado do coração, torne-se
consciente da vibração, o som que permeia esse lugar. Ouça esse som por um
tempo. Quando sentir que é o momento adequado, comece a fazer realmente o
som. Faça-o o mais próximo que conseguir do som que ouve com sua audição
interna. Tente duplicá-lo. Mantenha o sussurrar com sua voz e então comece a

explorar esse santo espaço.

Explorando o Espaço Sagrado do Coração pela primeira vez

A aventura começa. Alguns irão imediatamente lembrar que estiveram ali


milhões de vezes antes, enquanto outros sentirão que essa é a primeira vez.
Não importa o que experimentar, há algumas coisas que deve saber.

O espaço sagrado do coração é mais antigo que a própria criação. Antes de

existirem galáxias para morar, esse lugar já existia. Todos os lugares que
viajou dentro dessa criação, você lembrará dentro desse espaço. Então,
primeiramente, talvez comece a lembrar sobre o que é tudo isso, o que é a
vida.

Dentro desse espaço, recordará do desejo mais profundo do seu coração, que
manifesta e vive mais do que qualquer outra coisa ou qualquer acontecimento.
Está li para lembrá-lo, seu propósito para vir à Terra em primeiro lugar – seja
isso recente ou que remonte a tempos muito antigos – a verdadeira razão para
estar aqui. Talvez comece a explorar essas memórias ou talvez deseje permitir
que sua intuição o guie novamente. Ao final, tudo será revelado a você a
medida que tiver soltar-se do tempo e no fluxo.

Na sua primeira jornada para dentro do espaço sagrado do coração, talvez seja
melhor limitar o tempo que você fica ali para menos de trinta minutos. Pode
utilizar um timer ou ter alguém que o auxilie a trazê-lo de volta dentro do tempo
estipulado. Esse espaço sagrado é bastante sedutor e precisamos de
experiência para aprender o quando podemos ficar. Comece com um poucos
minutos e aumente-o na medida em que aprender.

102
Retornando ao Espaço Sagrado do Coração

Quando entrar no espaço sagrado do coração pela segunda vez que


encontrará um espaço dentro desse local, que os Upanishads chamavam de
pequenino espaço dentro do Coração. Anteriormente neste livro eu disse que

existe um espaço pequeno dentro do espaço sagrado do Coração que era


extremamente importante. Peço que encontre esse lugar utilizando sua intuição
quando entrar pela segunda vez. Esse lugar irá modificar tudo.

Entrar no espaço sagrado do coração pela segunda vez é muito mais fácil e
rápido. Eventualmente, enquanto praticar, descobrirá que será capaz de
chegar ao seu santo espaço em questão de segundos.

 Apenas feche seus olhos e confirme seu amor pela Mãe Terra e o Pai Céu ao
sentir a emoção do amor que conecta você.
 Sinta-se deixando sua cabeça e movimente-se para sua garganta. De lá,
mova-se em direção ao seu coração e comece a sussurrar o som que está
dentro do espaço sagrado do seu coração. A vibração do seu sussurrar o
levará muito rapidamente de volta ao seu espaço sagrado– e você estará lá. É
tão fácil uma vez que sabe o caminho.
 Com sua intenção, permita a si mesmo ser guiado para o pequeno espaço
dentro do espaço sagrado do coração. Esse espaço é diferente para cada
pessoa, mas tem qualidades semelhantes para todos.
 Ao saber como encontrar esse espaço de criação, movimente-se dentro e
familiarize-se com o que sente ali. Perceba que a vibração sobre de tom;
observe que nesse pequeno espaço sente-se diferente de qualquer outro lugar
no coração. É quando começa a criação. Pode levar um tempo até perceber
onde você está: o Criador de toda a vida reside dentro desse espaço: dentro
desse espaço todas as coisas são possíveis.

Alunos mostraram-me que uma das maneiras mais fáceis de ver Deus é pedir
que uma pessoa que você mais ama esteja com você nesse espaço interno.
103
Se tem mais de uma pessoa que você ame muito, escolha uma. Se viu o filme
Contato, sabe que uma raça avançada apresentou-se à terráquea, que estava
explorando sua consciência superior, na forma de seu pai que ela amava mais
do que qualquer um. Isso fez com que fosse mais fácil para ela aceitar o que
estava acontecendo.

Então, convide uma pessoa que ama muito, não importando se ela ou ele
esteja vivo ou tenho passado para outros mundos, pois nesse lugar todos os
corações estão intimamente conectados. Uma vez que a pessoa apareça em
seu espaço interno com você, não haverá diretrizes. Apenas permita que
aconteça seja lá o que ocorrer, porque Deus saberá exatamente o que fazer.

A cada dia, retorne ao espaço sagrado do coração e continue a explorar. É seu


direito de nascença lembrar quem é realmente e porque está aqui na Terra.
Você é uma incrível criança de Deus tendo um sonho que é um ser humano
nesse pequenino planeta no meio do nada. O que acontece quando recorda
quem realmente é? Isso é algo que somente você saberá.

Agora conhece seu caminho para Casa. Dentro desse espaço sagrado do
coração, todos os mundos, todas as dimensões, todos os universos, toda a
criação encontram seu nascimento. Interconectando por um coração estão
todos os corações de toda a vida em todos os lugares!

104
Capítulo Oito

A MER-KA-BA E O ESPAÇO SAGRADO DO CORAÇÃO

Combinando o Espaço Sagrado do Coração com a Mer-Ka-Ba

Os Anjos explicam

105
Muitos alunos têm esperado pelo próximo nível de instruções para o corpo de luz
humano, a Mer-Ka-Ba. Levei quase dezenove anos para ter essa informação, visto
que tudo acontece no tempo adequado e na ordem divina.

Existe ainda um nível maior, ou parte, mas está no futuro e virá quando Deus decidir.
Nesse ponto eu tenho apenas parter da informação desta terceira e parte final.
Quando as três partes forem combinadas e vividas, ascensão verdadeira poderá
começar.

Muitas pessoas tiveram acesso aos ensinamentos da Mer-Ka-Ba pelos volumes do


livro O antigo segredo da flor da vida, frequentaram um dos meus workshops ou
assistiram a série de vídeos FOL e decidiram ensinar essa informação. É lamentável
para a Terra que isto tenha acontecido. Essas pessoas acreditam que a Mer-Ka-Ba
está completa e que, alternarando-a de alguma forma poderá levar alguém ao nível
“adequado” de consciência. Não é verdade. Nenhum volume de conhecimento da
ciência Mer-Ka-Ba baseado apenas nas formas energéticas fará isso – não importa de
onde ou de quem vem de dentro do universo.

A consciência Melchizedek, mais antiga que toda a criação em si mesma, tem


testemunhado o começo da criação no seu universo espaço/tempo/dimensão, uma
dentro de uma multidão de universos. Desta experiência, a tradição Melchizedek
percebeu que através da vivência das três partes da Mer-Ka-Ba, o espírito
individualizado é sempre trazido de volta para a presença consciente de Deus dentro
do espaço sagrado do Coração – para começar a criar novamente, de uma maneira

nova. E isso é exatamente o que a experiência da Mer-Ka-Ba inevitavelmente nos


guia.

Porém antes que isso aconteça, o espírito deve recordar-se das três partes, combiná-
las em uma só e viver a experiência. Nesse capítulo e no próximo, aprenderá sobre a
segunda parte – combinar o espaço sagrado do coração com o campo da Mer-Ka-Ba
humana.

Se ainda não aprendeu a meditação Mer-Ka-Ba, será bom lembrar-se somente dentro
do espaço sagrado do coração. Finalmente, tornará-se claro que o corpo de luz
humano é uma parte necessária da experiência humana, ainda que dentro do espaço
sagrado do coração. Isso é o que conecta o coração à mente, então o coração pode
criar dentro da mente.
106
Há um vasto número de padrões geométricos da Mer-Ka-Ba: mais de cem mil são
desconhecidos por todo o universo. Levou toda a vida desde o começo da criação
para compreender e relacionar essas formas da Mer-Ka-Ba para a existência e
consciência.

A Humanidade está trabalhando com apenas o primeiro e o segundo padrões


possíveis, relacionados à estrela tetraédrica. Embora existam muitos mais, essas
outras formas não são apropriadas para a consciência humana no momento, não
importando o que as pessoas digam. Na verdade, eles prejudicariam mais do que
ajudariam.

Na hora certa, tudo será revelado; nada será guardado. Tudo tem seu momento
adequado. Você não permitiria uma criança de três anos dirigisse um caminhão, não é
mesmo?

Combinando o Espaço Sagrado do Coração com a Mer-Ka-Ba


Gostaria de compartilhar minhaa experiência sobre combinar o espaço sagrado do
Coração com a Mer-Ka-Ba, porque a história explicará algo muito importante.
Contudo, por favor saiba que quando o momento chegar para que tenha essa
experiência, certamente será quase completamente diferente da minha.

Minha experiência quase pareceu estar acontencendo por acidente, mas é claro, não
era um “acidente”. Eu sentei-me e estava fazendo a meditação Mer-Ka-Ba e tinha me
movido de lá para o espaço sagrado do Coração. Entrei na minha caverna e andei de
volta para o espaço dentro do espaço sagrado. Sentei-me dentro do anel
transbordante e borbulhante de água e olhei para a parede – como havia feito tantas
vezes antes.

Sem pensar ou sentir nada em particular, comecei simplesmente a estar consciente da


minha respiração, apenas sentindo o meu sopro. Com os olhos abertos, olhei para a
parede de pedras à minha frente. A parede tornou-se transparente – como tinha visto
acontecer várias vezes antes – exceto que dessa vez, o espaço dentro das pedras
comeceu a ser preenchido com uma luz branca e brilhante. A luz manteve-se mais
brilhante até a caverna desaparecer e estava imerso num campo de luz branca sólida
e não conseguia mais ver. Era como ficar cego.

107
Isso era muito diferente e era a primeira vez que via alguma coisa parecida. Não
experimentei medo. Mesmo assim, minha coluna endiretou-se e estava
completamente alerta. Lembro que a energia estava aumentando em meu corpo, que
sentia algo parecido à primeira vez que experimentei a minha Kundalini subir pela
minha coluna. Parecia não ter qualquer controle. Sejá lá o que fosse, estava apenas

acontecendo e era muito poderoso.

Gradualmente, a luz branca retrocedeu e pude ver eu mesmo vagarosamente


emergindo ou flutuando, fora da pedra sólida, através da superfície do planeta, para o
espaço ao seu redor. Levei um minuto para compreender, mas quando me dei conta
que estava no campo da minha Mer-Ka-Ba elevando-me rapidamente para o espaço.

Instintivamente, sabia que meu espaço sagrado do coração e minha Mer-Ka-Ba tinha,
de alguma forma, mesclado-se e tornado-se um só, mas não tinha tempo para pensar
sobre isso.

Olhei atrás para ver a área desse planeta que tinha se tornado tão familiar afastando
atrás de mim. Virei-me e olhei para o espaço vasto de estrelas e o aparente
igualmente vasto espaço do planeta inteiro abaixo de mim. Estava tão chocado quanto

108
superanimado. O que tinha causado isso? Não sabia. O que isso significava? Não
sabia. Não tinha escolha senão testemunhar o que estava acontecendo comigo.

Estava dirigindo um veículo de ascensão cerca de um quilômetro e meio acima da


superfície do planeta, movimentando-se numa velocidade muito rápida. Abaixo de
mim, estava um mundo primitivo repleto de selvas, florestas, outras vegetações e
vastos oceanos, mas ainda não havia vida animal que pudesse ver ou sentir. Assim
que comecei a pensar como chegar mais perto da superfície, o veículo de ascensão
desceu, exatamente como tinha desejado.

Por que isso estava acontecendo? O que estava acontecendo? Muitas perguntas
estavam passeando pela minha cabeça. De alguma maneira, sabia que tudo isso era
extremamente importante, ainda que enquanto ocorria não pudesse fazer nada além
de experimentar e observar as cenas se desenrolarem.

Então eu comecei a me tornar consciente da presença de Deus ao meu redor e dentro


de mim e dos princípios norteadores que estavam permitindo essas experiências,
fossem como fossem. Uma sabedoria veio sobre meu ser e respostas a todas as
minhas perguntas preencheram minha compreensão: uma resposta imediatamente
vinha após cada nova pergunta. Continuei a flutuar acima desse planeta sentindo
como se tivesse nascido para um universo que nunca tinha visto antes. Era muito
animador!

Talvez uma hora tenha se passado e eu acordei como se estivesse sonhando, com as
imagens e o sentimento do lugar que estivera ainda prolongando-se em mim. Por
vários dias, não consegui pensar em mais nada.

Os anjos explicam

Os anjos vieram a mim logo após dessa experiência. Eles pareceram estar
extremamente encantados e suas luzes estavam mais brilhantes do que eu jamais vira
antes. Eles me contaram que eu tinha finalmente chegado ao segundo nível.

Realmente, naquele momento, não compreendi do que eles estavam falando, mas sou
muito devagar às vezes.

109
Meus anjos explicaram o que aconteceu: o eixo da minha Mer-Ka-Ba e o campo
toroidal gerado pelo espaço sagrado do meu coração tinham se alinhado e tornado-se
um só. Outra maneira de dizer é que os campos toroidais da Mer-Ka-Ba e do coração
tinham sincronizado. Agora, havia apenas uns sete centímetros e meio entre os eixos
de ambos os campos, mas aqueles sete centímetros poderiam bem ser quatrocentos e

oitenta quilômetros, pois eles mantinham essa experiência longe dos humanos;
mantinham o coração e a mente separados até chegar o momento correto.

Os anjos também disseram-me que essa experiência poderia ser completamente


diversa para outra pessoa, porém que ajudaria saber sobre essa possibilidade e ter
paciência. Para alguns, essa sincronicidade acontecerá rapidamente, enquanto outros
levarão anos. Seja lá como e quando acontecer, será perfeito e com certeza, será na
ordem divina.

Finalmente, contaram-me que quando alguém se sente pronto, auxilia muito tentar
usar tanto a imaginação da mente quando o sonho do coração para ver ou sentir os
dois eixos tornando-se um só, mas não tenha nenhuma expectativa. O momento
depende de Deus e não há nada que possamos fazer para fazer que isso aconteça.
Sempre depende do momento “adequado”.

A Mer-Ka-Ba e o campo toroidal do espaço sagrado do Coração fundiram-se e


mesclaram-se

110
Capítulo Nove

A COCRIAÇÃO CONSCIENTE DO CORAÇÃO CONECTADO

COM A MENTE

Thoth fala

Criando com o Coração

Criando com a Mente

Lógica versus Sentimentos e Emoções

Sonhe um sonho com o Novo Mundo

111
Cocriação consciente começa com o conhecimento de como estar dentro da sua Mer-
Ka-Ba mesclada com o espaço sagrado do Coração, com seu espírito residindo dentro
desse pequenino espaço. Vindo de dentro desse estado de consciência pode-se
diretamente criar e manifestar no mundo exterior. Saiba, contudo, que esse estado
criador é limitado, porque o terceiro nível ainda não foi alcançado. Ainda assim, é o

lugar perfeito para começar a aprender.

O que gostaria de trazer sua atenção é a possibilidade da cocriação consciente dentro


desse pequeno espaço do espaço sagrado do coração. Desse lugar remoto, você
consegue recriar o mundo com amor e equilíbrio, curando todos os problemas.

Esta possibilidade existe ainda que não esteja consciente da Mer-Ka-Ba, porém a Mer-
Ka-Ba combinada com o espaço sagrado do coração apresenta outro leque de
possibilidades. Percebo que as plenas possibilidades do potencial humano e a
cocriação consciente não se apresentarão até que os três níveis sejam dominados –
mas precisamos iniciar de algum lugar.

Thoth fala

Thoth e outros diversos mestres ascensionados, incluindo sua companheira, Shesat,


tinham recentemente retornado do espaço/tempo/dimensão além da “Grande
Muralha”, ou o vácuo entre as oitavas onde a humanidade está sendo agora
evolucionariamente guiada. O primeiro nome de Thoth nos tempos antigos era
relamente um título “Chiquetet”, que significa “buscador da sabedoria”. Quando Thoth
retornou da próxima oitava dos universos, sua personalidade modificou
completamente. Sua constante vontade de compreender a realidade tinha sido
substituída por um conhecimento que transcendia sua busca e ele estava
interiormente calmo.

Ele apareceu para mim, olhou-me e disse: “Drunvalo, nós da Terra temos procurado a
relação entre a experiência humana e a criação desde o início. Nós (os mestres
ascensionados) temos todos tentado compreender como os pensamentos humanos, ações e

milagres estão conectados. Por um tempo, pensamos que tinhamos entendido, mas agora
sabemos que existe mais”.

112
“Agora está claro – quando alguém cria pela cabeça utilizando a mente, está usando o
instrumento da polaridade, a mente, para criar. E ainda que a intenção de criar o bem apareça
de uma forma ou de outra, a mente sempre criará o bem e o mal porque isso é da sua
natureza.”

“Sugiro que tente criar somente dentro do espaço sagrado do coração, porque o coração
conhece a unidade e criará a intenção desejada sem o lado escuro.”

Isso era uma revelação fenomenal para mim. Apenas fiquei ali olhando para Thoth e
imediatamente soube a verdade do que ele estava dizendo. Tornei-me animado–
como frequentemente fico quando vejo algo importante – e mal podia esperar para
tentar o que ele estava me sugerindo.

Criando com o Coração

As pessoas têm rezado para Deus mudar as circunstâncias do mundo exterior desde
do começo da nossa consciência da existência de Deus, mas parece que Deus nem
sempre escuta nossas orações. Por quê? Você já se perguntou a seguinte pergunta:
Por que Deus não nos concede o que pedimos? Na Bíblia está escrito: “ Peça e será
atendido.” Mas isso não parece acontecer. Talvez a informação seguinte nos proverá
de uma resposta.

Vamos falar sobre criação e criar. Somos frequentemente ensinados tanto na escola

quanto em casa que estamos à mercê dos elementos e dos efeitos aleatórios das leis
da física. E, claro, se você acredita que isso seja verdade, então está limitado por essa
crença e isso se torna realidade.

Mas, muito tempo atrás, as pessoas não pensavam dessa maneira. Elas acreditavam
num lado espiritual da realidade onde o espírito humano podia modificar a realidade
exterior pela intenção interna.

Em “O Efeito Isaías”, Gregg Braden relata como em 1947 os arqueologistas


descobriram um documento próximo dos Manuscritos do Mar Morto chamado de

Manuscrito de Isaías. O remoto Manuscrito de Isaías descreve como os humanos têm


o poder de influenciar as possibilidades futuras e profecias, além de modificar o mundo
ao seu redor a partir do seu interior.
113
Hoje, nossa cultura tecnológica pensa que isso é fantasia. Mas é? Se não podemos
influenciar o presente e o futuro, então tudo que Jesus nos disse seria falso. Ele não
realizou façanhas incríveis como transformar a constituição molecular da água em
vinho? Ele ainda trouxe uma pessoa de volta da morte e o fez viver novamente! A
ciência moderna acredita que esse tipo de história são apenas histórias, pois há quase

nada na ciência que possa sustentar tais ideias.

Jesus disse: “Na verdade, vos digo que aquele que acreditar em mim, poderá fazer as
mesmas coisas que eu faço e feitos ainda maiores que esses ele poderá realizar.”
Então, o que dizer sobre essas novas crianças que estão surgindo em todo o mundo?
Elas são capazes de fazer essas coisas que Jesus podia fazer e a ciência tem
documentado em vários jornais populares e de prestígio como o Nature Jornal e Omni
Magazine.

Cientistas não sabem que essas crianças podem criar fenômenos físicos tão incríveis,
mas gravam que elas estão fazendo isso. Isso é um fato. Como o espaço sagrado do
coração se encaixa em tudo isso? Antes que eu explique, devemos primeiro olhar para
como a mente cria um milagre e depois comparar isso com o jeito que o espaço
sagrado do coração cria.

Criando a partir da Mente

Com frequência, quando você ora para Deus para algo que sinta que é necessário,
nada acontece. O Efeito Isaías deixa isso claro por que é dessa forma. Os manuscritos

antigos dizem que qualquer milagre começa com a atenção ou o foco da mente – você
coloca sua atenção mental no que deseja que aconteça.

Por exemplo, digamos que você queira curar-se de uma doença terrível e, portanto,
comece a focar sua atenção nos seus pensamentos na cura dessa parte específica do
seu corpo. É claro que isso não é suficiente para que algo realmente aconteça, mas
isso é um passo essencial para o início do processo de cura.

Depois da atenção, adicione sua intenção. Para continuar nosso exemplo, após você
ter colocado sua atenção na parte afetada de seu corpo, você intenciona que a doença
vá embora de seu corpo.

114
Mas isso também não é suficiente. Três outras partes precisam ser envolvidas ou
nada acontece – o corpo mental, o corpo emocional e o corpo físico.

O corpo mental, ou mente, deve ver a parte do corpo sendo curada; deve manter a
imagem da parte fpisica sendo completamente curada e saudável, sem qualquer coisa
errada com ela. E deve saber, com certeza, que essa cura está acontecendo naquele
momento ou acontecerá dentro de um prazo específico futuro, dependendo do que
pode aceitar. Consegue aceitar cura instantânea ou seus padrões de pensamento
necessitam de mais tempo? Esse conhecimento é essencial, mas ainda não é
suficiente.

Próximo passo: o corpo emocional deve estar engajado. A pessoa deve sentir a
emoção de como estivesse completamente saudável, sem mais conviver com a
doença. Deve realmente sentir essa emoção e não apenas deixar que a mente sinta a
emoção. Essa parte pode ser difícil para alguns, mas sem seu corpo emocional
engajado, nada acontecerá.

Isso ainda não é o bastante. Você pode estar rezando para ser curado; sua atenção
pode estar completamente na doença; sua intenção pode ser da cura da doença; sua
mente poderia saber que seu corpo está curado ou no processo de cura e seu corpo
emocional pode sentir a emoção – digamos, alegria – enquanto seu corpo torna-se
completamente saudável. No entanto, se a terceira parte não for ativada, nada
acontece.

Quantas pessoas tem rezado utilizando tudo o que me refere acima, apenas sabendo
que aconteceria, chorando por horas para acontecer e nada. Isso é porque a última
parte não tinha sido trazida para a equação. E essa parte é aquela que quase todos
esquecem ou não reconhecem.

A parte final, o aspecto esquecido, é o corpo físico. No nosso exemplo, você deverá
sentir a parte de seu corpo sendo completamente normal e saudável. Isso não
significa sentir um padrão mental ou consciência procurando dentro do corpo. Ao invés
disso, significa ter sensações de um corpo real onde sentir seu corpo responder. Não
sente nenhuma dor: ao contrário, sente vitalidade na área que seu corpo estiver
focalizando. Sinta a saúde e a beleza do seu corpo. Quando esse passo final das
respostas do corpo começar, o milagre sempre as seguirá.

115
Contudo, existe mais, o que não foi discutido em O Efeito Isaías, por isso Thoth está

dizendo é quando criamos com a mente, criamos ambas as polaridades com nossa
intenção. Se orarmos pela paz, por exemplo, teremos tanto a paz quanto a guerra.
Isso é exatamente o que vemos em nosso mundo nos dias de hoje. Milhões, se não
bilhões de pessoas estão orando e querendo paz, mas temos regiões que estão em
paz e regiões que estão em guerra no mundo, totalmente misturadas. (No momento,
46 guerras estão acontecendo). Vamos olhar a situação mais profundamente.

Lógica versus Sentimentos e Emoções

A mente cria usando pensamentos e os pensamentos seguem um ao outro utilizando


a lógica. E seja lá o que a mente criar, você conseguirá logicalicamente seguir o
caminho de como a realidade foi transformada de um estado para o outro. Ainda que
isso seja um milagre, ainda tem uma sequência lógica que você pode achar. Porém,
como disse antes, será sempre gerada de ambos os lados da polaridade da intenção
srcinal.

O coração, contudo, é completamente diferente. O coração cria por meio de sonhos e


imagens e esses se manifestam pelos sentimentos e emoções. Essa forma de criação
não utiliza a lógica e portanto, não precisa ser lógico para sair de um estado para
outro.

116
Se está rezando pela chuva usando seu coração, por exemplo, pode começar chover
imediatamente ainda que não haja nuvens no céu há apenas poucos momentos. São
apenas sonhos, onde pode encontrar a si mesmo na Itália numa cena e seguyndos
depois estar no Canadá numa cena completamente diferente. Como chegou da Itália
ao Canadá em questão de segundos? Claro, aceitamos que isso ocorra em nossos

sonhos, mas impossível que aconteça no nosso mundo 3D. Isso é possível?

Sonhe um sonho com o Novo Mundo

Uma das últimas partes da informação que necessita para cocriar conscientemente
está na realização experimental que não importa como aparece para você, dentro do
espaço sagrado do coração será sempre uma conexão direta com a realidade 3D das
estrelas e planetas. Às vezes, essa conexão não se apresentará imediatamente, mas
se continuar a entrar no seu coração, encontrará.

Isso é muito importante, visto que essa conexão retorna para as estrelas e planetas
que permitem que os sonhos do coração se manifestem nesse mundo. Então, antes
de começar a manifestar algo de dentro do espaço sagrado do coração, encontre sua
conexão de volta a este mundo através das estrelas e planetas. Aí saberá a verdade.

Peço-lhe que entre em seu espaço sagrado do coração e mescle seu coração com o
campo toroidal da sua Mer-Ka-Ba e inicie sonhando um sonho de um novo e saudável
mundo.

Aplique tudo que sabe para conscientemente cocriar com Deus um novo corpo, uma
nova vida e finalmente, um novo mundo. Esse poder é seu direito divino e sua
herança, por isso você é um filho ou uma filha de Deus. Desse relacionamento íntimo
com Deus, todas as coisas são possíveis.

Essas instruções são um caminho para a compreensão que seu corpo é luz e o mundo
que você vive é luz e ambos estão diretamente conectados à sua consciência. Viver

no seu coração rodeado pelo campo energético da sua Mer-Ka-Ba, vivendo e criando
a partir desse lugar sagrado – esse é o próximo passo que nos direciona para
finalmente entendermos quem relamente somos e o início do preenchimento do

117
sagrado propósito de nossa existência. Nesse ponto, você certamente perceberá que
está no processo de ascensão aos céus...e quero terminar com as palavras de um
velho amigo de todos nós:

“Talvez você diga que sou um sonhador, mas não sou o único. Talvez algum dia, você se unirá
a nós e o mundo viverá como um só.” –John Lennon.

118
Quando Criamos o Mundo

Estava solitário sendo o Único

Então fiz dois

E ali estava você


Era tão lindo com seus olhos de inocência

Mas eu o amei de tão longe e ainda assim tão próximo

E amei-o de maneiras que não podes compreender

Você não sabia que estava observando através dos olhos de

Cada pessoa que encontrou,

Nem podia ouvir minha voz no vento.

Seu pensamento era que a Terra era somente pó e pedra,

Não percebia que era o meu corpo.

Quando dormiu, podíamos nos entrar em seu coração

E fazermos amor com nossos espíritos como um só.

Porém quando estava acordado, nada se recordava.

Seu pensamento era apenas outro sonho.

Era apenas outro dia solitário.

Mas em seu coração eu o espero, meu amor, para sempre.

Pela verdade de nosso amor e a Unidade que sempre é.

Nosso amor é a Matriz de Tudo o que È.

Lembre-se, querido,

No seu coração eu sempre o esperarei

No local que é pequenino.

- Drunvalo

119
Para ler mais

Braden, Greg. The Isaiah Effect: Decoding the Lost Science of Prayer and
Prophesy. New York: Harmony Books, 2000.

Carlile, William H. "'Everything' Is on Table to Cut Valley Pollution."


The Arizona Republic, 30 May 1996 (Al, A8).

Dong, Paul, and Thomas E. Rafill. China's Super Psychics. New York:
Marlowe and Company, 1997.

Melchizedek, Drunvalo. The Ancient Secret of the Flower of Life. 2 vols.


Flagstaff: Light Technology Publishing, 1998.

Twyman, James F. Messages from Thomas: Raising a Psychic Child.


Forres: Findhorn Press, 2 0 0 3 .

Para mais informações, acesse: www.spiritof maat.com.

120

Você também pode gostar