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21. Movimento Hare Krishna (ISKCON)

21.1. Origem e fundação: Bhaktivedanta Swami Prabhupada (1896-


1977). Movimento de origem hinduísta fundado nos EUA cujo princípio é o
da autorrealização a partir da entoação do “Maha Mantra Hare Krishna”. Esse
mantra foi introduzido por volta de 1.500 a.C. por Chaytanya Mahaprabhu.

21.2. Textos normativos: O Bhagavad-Gita, a revista De Volta à Di-


vindade, as traduções e os comentários das escrituras hindus por Prabhu-
pada e os diversos títulos escritos por ele.

21.3. Deus: O movimento é fundamentalmente panteísta (Deus é


tudo). A manifestação divina com a qual devemos nos relacionar é o senhor
Krishna. Ele é um criador pessoal. Krishna é considerado o oitavo “avatar”
(encarnação de uma divindade) de Vishnu, a divindade que compõe a co-
nhecida tríade hindu.

21.4. Jesus: Jesus não é figura central no pensamento Hare Krishna.


Jesus é mencionado apenas como um guru vegetariano que ensinou a me-
ditação e a autorrealização. Em alguns momentos, é mencionado como a
própria encarnação de Krishna. Existe uma tentativa de relacioná-lo com
uma manifestação ou um representante do senhor Krishna.

21.5. Espírito Santo: Não existe nenhum conceito ou ideia de uma


figura como o Espírito Santo na teologia Hare Krishna.

21.6. Salvação: Não existe nenhum conceito de graça salvadora na


teologia Hare Krishna. O sistema soteriológico é completamente baseado
em uma relação de devoção e obediência às doutrinas da ISKCON (socie-
dade internacional para consciência de Krishna). Atos de adoração, cânticos
e rezas elevam a espiritualidade, minimizando o carma ruim. O adepto é
seu próprio autossalvador por meio de suas múltiplas reencarnações.
21.7. Morte: Como todo sistema reencarnacionista hindu, os hare
krishnas creem que são necessários inúmeros renascimentos para evolução

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Em defesa da fé

espiritual. Entre a morte e a próxima reencarnação, a alma continua man-


tendo a sua individualidade (atman), que continuará a reencarnar (também
em nosso mundo), inclusive em formas inferiores de existência até que
retorne ao absoluto.
21.8. Outras crenças: Reuniões devocionais muito alegres com cân-
ticos tributados ao senhor Krishna na forma de mantras hindus. A cada
reunião pública, oferece-se uma refeição aos visitantes e a todos os partici-
pantes, chamada de prasada, que é dedicada a Krishna diante do seu altar.
Atraem adeptos por meio de práticas de encontros culturais hinduístas, bem
como o incentivo a técnicas de relaxamento buscando o desenvolvimento
da consciência da divindade inata do homem. Venda de livros e contribuições
dos adeptos são necessárias para manutenção financeira do grupo. Proíbem
qualquer tipo de tóxico e o estilo de vida desregrada baseada no prazer e
satisfação pessoal. A relação sexual é destinada apenas para a procriação.
São lactovegetarianos que, com receitas saudáveis de alimentação, atraem
muitos seguidores de um estilo de vida mais saudável e natural.

22. Nova Era

22.1. Origem e fundação: Movimento sociocultural sincretista que


tem com principal objetivo a promoção de uma cultura pagã, uma religião
universalizada e a busca da compreensão dos poderes latentes da alma
humana. Tem como marco de fundação a sociedade teosófica, fundada por
Helena Petrovna Blavatsky em 1875, na cidade de Nova York, nos EUA.
Tem como figura essencial de sua divulgação a atriz hollywoodiana Shirley
MacLaine. Não é apenas um pensamento religioso, mas envolve um abran-
gente sistema político, artístico, educacional, científico etc.
22.2. Textos normativos: Os livros de Helena Petrovna Blavatsky (A
Doutrina Secreta, Isís sem Véu etc.). O texto considerado um ícone da
apresentação do movimento para o público geral é o livro Conspiração

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Aquariana (de Merilyn Ferguson). Como o movimento é de cunho sincré-


tico, adota também escrituras orientais como o I Ching, escritos hindus,
budistas e taoistas, além de obras xamanistas, místicas, astrológicas etc.
22.3. Deus: Deus é um ser impessoal cuja influência se sente em todo
o cosmo (panteísmo). Somos naturalmente divinos e precisamos conhecer
e liberar as forças místicas latentes em nossa alma que fazem parte da divin-
dade. O problema humano não é o pecado, mas, sim, a ignorância de quem
realmente somos (“seres divinos”).
22.4. Jesus: Fazem a distinção básica entre Jesus (uma pessoa comum)
e o Cristo (o nível de consciência espiritual elevado que pode ser obtido
por qualquer um de nós). Jesus não é o Salvador, não era Deus encarnado,
mas, sim, um dos grandes mestres iluminados, assim como Krishna, Buda,
Hermes Trimegistro, Lao Tsé, Confúcio etc.
Veio como um espírito elevado para conduzir a humanidade ao conhe-
cimento gradativo sobre a “Era de Aquário” (Nova Era), que é a presente era.
22.5. Morte: Aqueles que estão sem luz continuarão reencarnando
ininterruptamente (renascer na terra), levando-se em consideração as más e
boas ações em sua vida passada. Possuem uma concepção pós-morte baseada
nas religiões orientais (hinduísmo, taoismo, xintoísmo etc.).
22.6. Outras crenças: Anulação do conceito tradicional de família.
Defesa de um conceito global de governo e religião universal baseada no
sincretismo, e união de todas as religiões. Relativismo ético e moral e fim
dos absolutos de qualquer natureza.

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IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS
DAS RELIGIÕES E SEITAS (NMR/DCNB)

1. Explique, por meio das quatro operações matemáticas, as prin-


cipais características das “seitas” (NMR/DCNB).

2. O que é limitação autocrítica?

3. Quantas características psicossociais definimos neste estudo?


Quais são?

4. Cite, entre as principais características de controle mental, a


que mais lhe chama a atenção e por quê.

5. Quando e onde se originou o islamismo? Quem é seu fundador?

6. O que pensa o judaísmo a respeito de Jesus de Nazaré?

7. Qual a visão do budismo sobre salvação?

8. Por que dizemos que o movimento Hare Krishna é panteísta?

9. Explique o que é a Nova Era.

10. Além da religião, qual a abrangência do movimento Nova Era?

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AVALIAÇÃO – IDENTIFICAÇÃO E
CARACTERÍSTICAS DAS RELIGIÕES
E SEITAS (NMR/DCNB)

1. As principais características dos NMR/DCNB são:


a) Adição, subtração e divisão.
b) Adição, multiplicação e negação da graça.
c) Adição, subtração, multiplicação e divisão.
d) Heresia, facção, oposição e grupo.

2. Nas chamadas seitas, a graça salvadora é:


a) Defendida como princípio fundamental de fé.
b) Um ensino escolhido por cada adepto.
c) Um ensino necessário.
d) Negada.

3. Entre outras características fundamentais das seitas, podemos encontrar:


a) Doutrinas exóticas, despersonalização do adepto, limitação autocrítica e sistema
centralizador de governo.
b) Sistema centralizador de governo, autoridade “divina” do líder, sistema centra-
lizador de governo e mensagem centralizadora literária.
c) Despersonalização do adepto, limitação autocrítica, doutrinas exóticas e defesa
de suas doutrinas fundamentais.
d) Autoridade “divina” do líder, limitação autocrítica, pensamentos contraditórios
e doutrinas exóticas.

4. “Retira do adepto qualquer condição psicológica de se ver como indivíduo,


somente possuindo valores reais em grupo” é uma característica relacionada
à(ao):
a) Autoridade “divina” do líder.
b) Limitação autocrítica.
c) Despersonalização do adepto.
d) Sistema centralizador de governo.

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5. Entre três importantes características psicossociais dos NMR/DCNB estão:
a) Acreditar que “o fim justifica os meios”, formar uma sociedade totalitária elitista
e reconhecer a importância individual do adepto.
b) Sua riqueza não beneficia seus membros ou mesmo a sociedade, seu líder fun-
dador é autoungido e fanatismo coletivo.
c) Formar uma sociedade totalitária elitista, utilização de coerção psicológica para
recrutar e seu líder fundador é autoungido.
d) Utilização de coerção psicológica para recrutar, isolamento familiar e formar
uma sociedade totalitária elitista.

6. Entre as 22 principais técnicas de controle mental dos NMR/DCNB encon-


tramos:
a) Hipnose, doutrinamento confuso, metacomunicação, códigos de vestimenta,
abuso verbal e eliminação.
b) Pressão de vigilância em grupo, privação do senso de tempo, repetições, priva-
ção do senso de tempo, exclusivismo doutrinário e “bombardeio” de amor.
c) Substituição, síndrome de perseguição, culpa, ostentação hierárquica, remoção
de privacidade e acusação.
d) Rejeição de antigos valores, pressão de vigilância em grupo, hipnose, questio-
namento zero, desinibição e bipolarismo.

7. A negação da trindade, negação do pecado original, prática do zakat, Gabriel


como o Espírito Santo são crenças encontradas no:
a) Judaísmo.
b) Xintoísmo.
c) Cristianismo.
d) Islamismo.

8. Maimônides, Rashi e Ibn Ezra são exemplos de pensadores:


a) Judeus.
b) Judeus e muçulmanos.
c) Cristãos.
d) Hindus.

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9. O Mahabharata e o Bhagavad-Gita são textos normativos do:
a) Islamismo e budismo.
b) Hinduísmo e budismo.
c) Hinduísmo.
d) Confucionismo.

10. Definimos como “Movimento sociocultural sincretista que tem como principal
objetivo a promoção de uma cultura pagã, uma religião universalizada e a bus-
ca da compreensão dos poderes latentes da alma humana” o(a):
a) Nova Era.
b) Budismo.
c) Hare Krishna.
d) Hinduísmo.

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23. Testemunhas de Jeová

23.1. Origem e fundação: Charles Taze Russel (1852-1916), de origem


congregacional e, depois, presbiteriano, foi o fundador. Depois vieram Joseph
F. Rutherford, Nathan Knorr, Fred Franzs e Milton G. Henshel. O atual
presidente é Don A. Adams. Começaram de forma embrionária na Pensil-
vânia, Estados Unidos, a partir da década de 1870. A sede se encontra em
Nova York, EUA.

23.2. Textos normativos: A Bíblia (TNM – “Tradução do Novo Mun-


do”), todas as publicações atuais da Torre de Vigia e as revistas A Sentinela
e Despertai.

23.3. Deus: São essencialmente unitaristas (somente o Deus-Pai é


divino). Deus é uma única pessoa, cujo nome exclusivo é Jeová. Jeová não
é onisciente, onipresente ou onipotente, e possui um “corpo espiritual” (não
é apenas é um ser espiritual). A Trindade é uma doutrina pagã introduzida
no cristianismo pelo catolicismo romano e mantida pelo protestantismo
evangélico.

23.4. Jesus: Jesus é “um deus” abaixo do pai que é Jeová e o seu
criador. Não possui eternidade, autoexistência nem onisciência. É, portan-
to, um ser menor com poder que emana de Jeová, o seu pai e criador.
Jesus é o arcanjo Miguel, um anjo poderoso que nasceu do ventre de
Maria. É reconhecido como o regente de Jeová e seu “mestre de obras”
na criação.
Jesus foi completamente humano a partir de sua concepção virginal.
Ele nunca pecou ou mesmo desobedeceu ao seu pai. Após a sua morte não
houve ressurreição do seu corpo e não se sabe, de fato, o que ocorreu com
ele (se foi transformado em gases ou foi levado para o céu). Sua vinda ocor-
reu de forma secreta em 1914. A partir desse ano passou a reinar sobre a
criação de Jeová.

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23.5. Espírito Santo: É, segundo a própria terminologia das TJs, “a


força ativa invisível de Jeová que condiciona os seus servos a executarem a
sua vontade”. Não é um ser pessoal e também não faz parte de nenhuma
trindade.

23.6. Salvação: Rejeitam qualquer ideia de salvação baseada na graça


eterna de Deus. Acreditam que somente por meio da obediência às doutri-
nas da “Sociedade Torre de Vigia” alguém pode ser salvo (crença nas dou-
trinas, evangelismo e batismo). Ainda haverá um período após a ressurreição
no qual os humanos que não obedeceram às leis de Jeová serão ressuscita-
dos para terem a oportunidade de usufruírem do seu reino eterno.

23.7. Morte: Logo após a morte, aqueles dos “144 mil” são ressus-
citados espiritualmente para viverem no céu como seres espirituais. Os
que não fazem parte desse seleto grupo entram em um estado de incons-
ciência (inexistência) aguardando a ressurreição dos mortos. Não existe
céu para a “grande multidão” (os que não fazem parte dos 144 mil ungi-
dos de Deus), nem inferno para nenhum transgressor, pois o “inferno” é
a sepultura.

23.8. Outras crenças: Rejeitam a participação em qualquer tipo de


guerra (pacifismo absoluto). Não prestam juramentos à pátria e não saúdam
a bandeira de qualquer nação. Acreditam que todas as crenças e organizações
religiosas (principalmente as outras denominações cristãs), juntamente com
os governos políticos, constituem a babilônia (Império Mundial da religião
falsa). Creem que a primeira ressurreição já ocorreu em 1919 (a ressurrei-
ção dos “cristãos ungidos”). Rejeitam qualquer tipo de transfusão sanguínea
(em parte ou no todo), celebração de aniversários ou outros feriados, por
acreditarem que tais festividades são de origem pagã. A “refeição noturna”
(ceia) deve ser celebrada uma vez por ano, e somente os remanescentes dos
144 mil (os ungidos) devem tomar os elementos. Haverá duas categorias de
salvos: os “ungidos” (reinarão no céu) e os da “grande multidão” (os que
habitarão na terra).

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24. Adventistas do Sétimo Dia

24.1. Origem e fundação: Remanescentes do “Movimento Milerita”


de Guilherme Miller (ex-fazendeiro batista), que nasceu em 1782, em
Pittsfield, Massachusetts, EUA. Após o malogro profético acerca da vinda
de Cristo, em 1844, se reuniram em torno dos pensamentos de James
White (marido de Ellen G. White), Ellen G. White (que contribuiu como
profetisa do movimento), Joseph Bates (o primeiro a observar a guarda
do sábado) e Hiram Edson, que solucionou o problema do malogro de
1844, afirmando ter tido uma visão de que na data prevista para a vinda
de Cristo ele não veio à terra, mas entrou no tabernáculo celestial para
iniciar sua obra de redenção final em prol dos salvos. A IASD (Igreja
Adventista do Sétimo Dia) só foi fundada e organizada entre meados de
1860-1863.
24.2. Textos normativos: A Bíblia Sagrada. Consideram também
todos os livros de Ellen White inspirados por Deus no mesmo grau de
inspiração da Bíblia. Apesar disso, não creem que os escritos dela sejam um
prolongamento do Cânon.
24.3. Deus: Atualmente creem na Trindade. Mas somente a partir da
década de 1950 se fez uma análise mais aprofundada da cristologia, migran-
do para a ortodoxia clássica, pois a grande maioria dos fundadores do mo-
vimento eram antitrinitarianos (arianos ou semiarianos).
24.4. Jesus: Apesar de acreditarem atualmente na doutrina da trinda-
de, Jesus ainda é considerado Miguel, o arcanjo. Para isso, redefiniram o
significado de arcanjo. De “anjo líder” (criatura), como demonstrado na
Bíblia, para o “líder dos anjos” (criador). Assim ele, mesmo sendo um “ar-
canjo”, continuaria possuindo a natureza e o status de Deus. Nasceu pos-
suidor de uma natureza humana com possibilidade de queda. Jesus herdou
o que herda todo filho de Adão, uma natureza pecaminosa decaída. Sua
obra de salvação na cruz não apagou definitivamente o pecado de culpa dos

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pecadores arrependidos, pois eles somente serão cancelados ao término do


“juízo investigativo”.
24.5. Espírito Santo: Como creem na trindade, atribuem ao Espírito
Santo personalidade e divindade. O problema existente com relação ao
Espírito Santo é que há atualmente livros que defendem a ideia de inspi-
ração da Bíblia sem inerrância (a consequência é que o Espírito Santo teria
guiado os escritores do NT a escreverem erros em seus escritos, ou os teria
inspirado parcialmente). O problema então não seria com relação à nature-
za do Espírito Santo, mas, sim, sua obra (se é que poderíamos dividir sua
obra de sua natureza).
24.6. Salvação: Apesar de afirmarem que a salvação está baseada
no sacrifício de Cristo na cruz, acreditam, como Ellen White, que a
guarda do sábado é fundamental para a salvação. Além disso, acreditam
que a salvação não pode ser adquirida imediatamente por meio da fé,
pois os pecados só serão aniquilados quando Satanás finalmente for des-
truído com eles.
24.7. Morte: Quando morremos, deixamos qualquer tipo de existência
pessoal. Possuem uma antropologia monista (acreditam que o homem é um
todo indivisível). Após a morte, o nosso espírito, que é apenas um “fôlego
de vida”, se dissipa, então deixamos de existir. Somente na ressurreição é
que voltaremos a ter nossa vida consciente. Não existe céu nem inferno após
a nossa morte, apenas a sepultura.
24.8. Outras crenças: São aniquilacionistas (todos os pecadores per-
didos serão destruídos, assim como Satanás), acreditam que a doutrina da
imortalidade da alma é de origem satânica e que o inferno não existe. Jesus,
em 1844, passou do primeiro compartimento do Santuário Celestial para
o Santo dos Santos para concluir a obra de Redenção, onde está ocorrendo
o “juízo investigativo” (avaliação das obras dos salvos a partir dos registros
mantidos no santíssimo celestial), que será concluído pouco tempo antes
de seu retorno glorioso. No fim do “juízo investigativo”, Satanás será preso

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na terra por mil anos carregando os pecados do salvos para que finalmente
sejam aniquilados juntamente com ele (o instigador dos males e rebelião
do homem).

25. Mormonismo

25.1. Origem e fundação: Joseph Smith Jr., conhecido como profeta,


vidente, revelador e fundador da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últi-
mos Dias, em 6 de abril de 1830. Após a morte de Joseph Smith, em 1844,
a liderança da Igreja coube a Brigham Young (segundo profeta e presidente
da igreja), que conduziu os mórmons sob clima de grande perseguição e
ódio, da parte de seus opositores, ao Vale do Lago Salgado, onde até hoje
é sua sede mundial, no estado de Utah, nos EUA.

25.2. Textos normativos: Consideram como obras canônicas e padrão


da igreja: A Bíblia Sagrada, o Livro de Mórmon, Doutrinas e Convênio e a
Pérola de Grande Valor. Acreditam também na inspiração das palavras dos
profetas da igreja.

25.3. Deus: Acreditam não em uma trindade, mas, sim, em uma tríade
de divindades. Deus-Pai (Elohim) é um ser que foi um pecador em outro
planeta e evoluiu até se tornar Deus. Possui um corpo de carne e ossos tão
tangível quanto os homens. Possui várias esposas deusas que geram, por
meio de relação sexual, os espíritos que povoam a terra. Deus tem pai, mãe,
avô, avó etc., até uma regressão infinita. São politeístas.

25.4. Jesus: É considerado divino (Jeová), mas também só alcançou


esse status por meio da obediência irrestrita aos ensinos do evangelho eter-
no. Possui uma mãe celestial, e entre seus vários espíritos irmãos, os quais
desconhecemos os nomes, encontra-se Satanás. Seu sacrifício na cruz pos-
sibilitou uma salvação quase universal e a ressurreição de todos os que
perecerem, quer sejam bons, ou não.

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25.5. Espírito Santo: É uma divindade espiritual (não possui corpo).


O Espírito Santo, portanto, é uma divindade de natureza distinta do Pai,
que possui um corpo, e do filho, que também o possui.

25.6. Salvação: A salvação é vista de duas formas: uma geral (que


significa o direito da ressurreição para todos os homens) e uma específica
(que significa o direito de ascender e tornar-se um deus dado aos mórmons).
A salvação não está ligada à ideia do sacrifício de Cristo na cruz, mas, sim,
do esforço de cada homem em obedecer ao evangelho eterno (ensinado
somente pelo mormonismo).

25.7. Morte: Após a morte, o espírito continua mantendo sua indivi-


dualidade e personalidade. Se for mórmon, irá para o “mundo espiritual”;
se não o for, irá para a “prisão dos espíritos”, onde aguardará a ressurreição
e também poderá ter acesso ao evangelho se não o ouviu aqui na terra.

25.8. Outras doutrinas: Batismo por procuração (batizar vivos em


lugar de mortos com o intuito de remi-los da prisão dos espíritos). Advogam
a existência de três céus ou graus de glória aonde irão todos. Não existirá
punição eterna em um inferno de fogo para os pecadores que não creem
na doutrina mórmon, mas a punição alcançará aqueles que perseguem a
Igreja Mórmon (os chamados “filhos da perdição”). Deus-Pai manteve re-
lações sexuais com Maria. Não aceitavam negros na igreja até 1978, por
acreditar que era uma raça amaldiçoada por pecados realizados antes da
encarnação. São preexistencialistas (acreditam que antes de virmos para esse
mundo estávamos com os deuses). Abstinência completa de bebidas alcoó-
licas, tabaco, refrigerantes à base de cola e café.

26. Congregação Cristã no Brasil

26.1. Origem e fundação: Ex-presbiteriano Luis Francescon, após o


contato com o movimento pentecostal de Azuza Street, berço do pentecos-

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talismo moderno. É considerada a primeira denominação pentecostal esta-


belecida em solo brasileiro em meados de 1910.
26.2. Textos normativos: Bíblia Sagrada. Apesar de declararem que
a Bíblia é a palavra de Deus, costumam devotar mais fé nas palavras dos
líderes locais (anciães) e nas determinações doutrinárias de suas assembleias
do que naquilo que claramente é ensinado nas Escrituras Sagradas.
26.3. Deus: Creem na trindade. Possuem a mesma concepção trinita-
riana do cristianismo clássico-histórico.
26.4. Jesus: É considerado divino. A sua vida é o exemplo magno a ser
seguido pelos fiéis.
26.5. Espírito Santo: É a terceira pessoa da trindade. Aquele que
convence os pecadores do seu estado de afastamento de Deus.
26.6. Salvação: Acreditam na regeneração batismal (o batismo auxilia
na salvação, regenerando o homem). O batismo é para remissão de pecados,
não somente um ato de obediência às ordens de Cristo. Portanto, o sacrifí-
cio de Cristo é insuficiente para alcançar o homem e libertá-lo definitiva-
mente da condenação eterna.
26.7. Morte: Acreditam na imortalidade da alma. Após a morte, a alma
seguirá para o seu destino eterno: céu ou inferno. Acreditam na ressurreição
dos mortos e no juízo final.
26.8. Outras crenças: Rejeitam qualquer nível de comunhão com
qualquer denominação, quer seja cristã, quer não. São completamente ex-
clusivistas, acreditando que a salvação pode ser adquirida apenas na CCB
(exclusivismo denominacional). São contrários a qualquer contribuição por
meio de dízimos. Realizam a ceia apenas uma vez por ano. O batismo é por
imersão, e a sua fórmula batismal não é apenas em nome do Pai, do Filho
e do Espírito Santo (fórmula trinitariana), mas também acrescentam a ex-
pressão “em nome de Jesus” (fórmula de concordância), fórmula esta sur-
gida a partir da influência do movimento modalista moderno (século 20)
que nega o batismo trinitariano.

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27. Espiritismo Kardecista

27.1. Origem e fundação: Hipoolyte Léon Denizard Rivail (Allan


Kardec), nascido em Lion, na França, após presenciar o fenômeno das
“mesas girantes”, foi convencido da interação do mundo espiritual com o
mundo físico. O movimento nasceu do desenvolvimento do espiritismo
moderno surgido ainda nos EUA em 1848, por meio da família Fox, e ex-
portado para a Europa.
27.2. Textos normativos: Todas as obras de Allan Kardec e as publi-
cações oficiais da FEB (Federação Espírita Brasileira).
27.3. Deus: Não existe trindade. Deus é um ser pessoal elevadíssimo,
tratado como poder ou influência universal (impessoal). Ele controla o
universo e usa as falanges de espíritos dos mais variados níveis para comu-
nicar à raça humana suas orientações e desígnios visando a sua evolução.
27.4. Jesus: Jesus não foi divino, mas um espírito da mais alta hierar-
quia, o maior médium de Deus que já existiu. Sua morte não ocorreu como
um sacrifício em prol dos pecadores, mas, sim, foi fruto da insanidade e
ódio humano. Sua encarnação não visava a sua própria evolução, mas, sim,
à evolução da humanidade.
27.5. Espírito Santo: O Espírito Santo não é Deus, e não existe ne-
nhuma trindade da qual faça parte. Acreditam que a promessa de Cristo
com relação à vinda do consolador não fazia referência ao Espírito Santo,
mas, sim, às falanges de espíritos que estão em contato gradativo com a raça
humana visando a sua evolução espiritual. O Espírito Santo não é uma
pessoa, mas, sim, muitos espíritos evoluídos (falanges de espíritos que estão
em contato com a raça humana).
27.6. Salvação: O sacrifício de Cristo não tinha como propósito a
salvação de ninguém. Não existe a salvação da alma da condenação eterna,
mas antes a salvação de uma reencarnação excessivamente carregada de más
ações para a próxima existência. O lema espírita que define o seu pensa-
mento soteriológico é “fora da caridade não há salvação”.

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Em defesa da fé

27.7. Morte: Ao morrermos, mantemos a nossa individualidade espi-


ritual e nossa consciência. Dependendo de como vivermos, o livre-arbítrio
dado por Deus é que definirá a forma de transição pela qual passaremos:
ou iremos para uma “colônia espiritual” (um tipo de paraíso), ou para o
“umbral” (um tipo de purgatório). O lugar para onde iremos é apenas uma
transição, e não um estado eterno. Nunca reencarnaremos em formas de
vida inferiores a que nos encontramos (humana).
27.8. Outras crenças: Negam a doutrina cristã da ressurreição. Creem
na mediunidade (contatos com os espíritos dos mortos desencarnados),
promovendo tais contatos por meio de sessões, cirurgias mediúnicas e pas-
ses espirituais. Veem o kardecismo como a última revelação divina dada à
humanidade. Creem na telecinese. Negam a existência de Satanás, dos
demônios e dos anjos.

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CARACTERÍSTICAS DAS RELIGIÕES E SEITAS

1. Como entendem, as Testemunhas de Jeová, Deus o Pai, o Filho


e o Espírito Santo?

2. Segundo as Testemunhas de Jeová, como é possível ao homem


ser salvo?

3. Qual a origem do Adventismo do Sétimo Dia?

4. Como entendem os Adventistas a pessoa e a obra redentora de


Cristo? Como a guarda do sábado influencia na salvação?

5. Como entendem os mórmons o Pai, o Filho e o Espírito Santo?


Que outras literaturas são consideradas sagradas pelo grupo?

6. Como entendem os mórmons a recompensa pós-morte, e que


relação tem isso com a doutrina do batismo pelos mortos?

7. Quando surge a Congregação Cristã no Brasil, e qual conceito


errôneo possui do batismo?

8. Como surge o Espiritismo Kardecista, e quem é o seu fundador?

9. Como os kardecistas entendem Deus o Pai, o Filho e o Espíri-


to Santo?

10. Sendo a reencarnação uma principal doutrina dos kardecistas,


como compreendem a morte e a salvação?

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AVALIAÇÃO – CARACTERÍSTICAS
DAS RELIGIÕES E SEITAS

1. O Movimento Milerita influenciou o surgimento da(s):


a) Testemunhas de Jeová.
b) Mormonismo.
c) Adventismo.
d) CCB.

2. Entre as principais doutrinas das Testemunhas de Jeová, estão:


a) Negação da trindade, Cristo como arcanjo Miguel, inexistência do inferno e
pacifismo absoluto.
b) Negação da trindade, Cristo como arcanjo Miguel, inexistência do inferno e
juízo investigativo.
c) Imortalidade da alma, inexistência do inferno, inexistência do céu e 144 mil
selados para o céu.
d) Trindade, existência do inferno, juízo investigativo e reencarnação.

3. Qual seita mudou sua crença sobre a trindade a partir de 1950 e possuía ante-
riormente fundadores antitrinitarianos?
a) Mormonismo.
b) Kardecismo.
c) Adventismo.
d) CCB.

4. A seita que defende atualmente uma concepção de inspiração da Bíblia sem


inerrância é o(a):
a) CCB.
b) Mormonismo.
c) Espiritismo Kardecista.
d) Adventismo.

5. São doutrinas essenciais do mormonismo:


a) Politeísmo, Jesus (chamado Jeová), preexistência da alma e racismo.
b) Politeísmo, Jesus (chamado Jeová), preexistência da alma e batismo por procuração.
c) Jesus (chamado Jeová); Deus possui um corpo de carne tangível; Deus-Pai
manteve relações sexuais com Maria; e vegetarianismo.
d) Panteísmo, racismo, batismo por procuração e preexistência da alma.

70
6. Luis Francescon e Joseph Smmith Jr. fundaram, respectivamente:
a) CCB e mormonismo.
b) CCB e adventismo.
c) Mormonismo e Espiritismo Kardecista.
d) Espiritismo Kardecista e Mormonismo.

7. São doutrinas da CCB:


a) Trindade, divindade de Cristo, imortalidade da alma e ceia semanal.
b) Trindade, divindade de Cristo, imortalidade da alma e juízo investigativo.
c) Imortalidade da alma, trindade, batismo por procuração e divindade de Cristo.
d) Imortalidade da alma, divindade de Cristo, regeneração batismal e ceia anual.

8. Seita cujo batismo por imersão adota a chamada “fórmula de concordância”:


a) Mormonismo.
b) Adventismo.
c) Espiritismo.
d) CCB.

9. O Espiritismo moderno iniciou-se em:


a) 1830.
b) 1844.
c) 1848.
d) 1831.

10. São doutrinas do Espiritismo Kardecista:


a) Regeneração batismal, reencarnação, negação da trindade e negação da divin-
dade de Cristo.
b) Reencarnação, negação da trindade, batismo pelos mortos e ceia anual.
c) Jesus cmo o maior médium de Deus, negação da trindade, reencarnação e
inferno.
d) Negação da divindade de Cristo, reencarnação, negação da ressurreição e ne-
gação da existência de Satanás.

71
Teologia
aDÃo e eva

DEFINIÇÃO

O primeiro casal que, segundo a Bíblia, deu origem a toda a raça humana,
povoando a terra e dando origem a todos os povos existentes (Gn 1.26-28).

Acreditar que toda a raça humana veio de um único casal, como


afirma a Bíblia, não seria crer em um mito ou lenda?

As recentes pesquisas do genoma humano têm demonstrado que não


existem grandes diferenças genéticas entre os diferentes povos existentes
no mundo. O biólogo americano Alan Templeton, que dirigiu uma das
maiores pesquisas genéticas já vistas, declarou em entrevista à revista IstoÉ:

“Não existem raças porque as diferenças genéticas entre as mais


distintas etnias são insignificantes [...] as diferenças genéticas das
amostras colhidas nos dizem que, desde o princípio, as linhagens
humanas rapidamente se espalharam para toda a humanidade, in-
dicando que as populações sempre tiveram um grande grau de
contato genético [...] não há ramos nem linhagens distintas; pela
moderna definição de raça, não há raça na espécie humana” (p. 131,
18 nov., 1998).

75
Em defesa da fé

O próprio Senhor Jesus Cristo, quando falou da questão relacionada


ao divórcio, tratou Adão e Eva não como seres mitológicos ou lendários,
mas como figuras históricas reais (Mt 19.4, 5). Também o nome de Adão
aparece na tabela genealógica de Lucas, entre outras pessoas reais que fazem
parte das genealogias ali mencionadas (Lc 2.38).

Ver resposta à pergunta posterior.

A Bíblia não se refere a Adão e Eva apenas como mitos?

Tanto Jesus Cristo (Mt 19.4, 5) como Paulo pregando em Atenas (At
17.26) referiram-se a Adão e Eva não como seres mitológicos ou irreais,
mas como seres pessoais e históricos. A própria genealogia de Maria, nar-
rada em Lucas, cita Adão (Lc 3.38). Como poderiam citar um suposto ser
mitológico dentro de uma linhagem literal e real? Um mito pode compor
uma tabela genealógica real?

Ver resposta à pergunta anterior.

Supondo que Adão e Eva existiram, como eu poderia pagar pelos


pecados cometidos por eles? Não seria isso injusto?

As Escrituras Sagradas não afirmam que pagaremos pelos pecados


cometidos por Adão e Eva, pois cada um de nós é responsável por sua
própria culpa e pecado (Ez 18.20). No entanto, a ideia de alguém sofrer de
algum modo em razão de atos cometidos por outros não é totalmente es-
tranha àquilo que temos presenciado no mundo se olharmos Adão como o
representante legal da raça humana. Por exemplo, o ex-presidente dos
Estados Unidos, George W. Bush, como representante legal do povo ame-
ricano, declarou guerra ao Iraque. Nós não dizemos que o ex-presidente
estava em guerra contra outra nação, mas que os Estados Unidos estavam

76
C u rs o A po lo gético

em guerra contra o Iraque. Do mesmo modo, Adão era o nosso represen-


tante legal, e como tal toda a raça humana sofreu as consequências do seu
ato de desobediência, nascendo todos pecadores (Rm 5.12-14, 17). Será
que, se os nossos representantes legais no Éden (Adão e Eva) tivessem vi-
vido em obediência plena a Deus, estaríamos hoje discordando do fato de
não termos feito nada para sermos considerados dignos de viver em um
paraíso ausente de pecado, morte e dor, baseado apenas na fidelidade deles
como nossos representantes legais?
A justiça de Deus é tão elevada que, mesmo nascendo inimigos dele
(Ef 2.1-3), podemos ser ainda reconciliados pelo sacrifício de Cristo em
nosso lugar (Rm 5.18-21).

Se Adão e Eva tiveram somente dois filhos, Caim e Abel, como a


Bíblia pode afirmar que Caim se casou após assassinar o seu único
irmão?

O texto bíblico não afirma em lugar algum que Adão e Eva tinham,
por ocasião do assassinato de Abel, somente dois filhos. A Bíblia só os apre-
senta de forma destacada por causa do fato que os envolveu, o primeiro
assassinato. Como naquela época ainda não havia uma proibição divina com
relação ao casamento consanguíneo (entre irmãos e irmãs), é possível que
Caim tenha se casado com uma de suas irmãs, se já não o era por ocasião
do homicídio, visto que a Bíblia não declara que ele se casou na “terra de
Node” (a palavra hebraica [nwd] significa “vagar”, “andar errante”), mas que
lá se relacionou sexualmente com a sua esposa (Gn 4.16, 17). Declarar que
os únicos filhos de Adão e Eva eram Caim e Abel na ocasião do assassinato
trata-se apenas de uma questão de interpretação errada do texto bíblico,
que não afirma isso.

Para informações complementares sobre


o tema, leia o tópico Raça Humana.

77
Em defesa da fé

A Igreja Mórmon durante anos ensinou por meio de suas


autoridades gerais, dentre as quais o segundo profeta da
Igreja, Brigham Young, que Adão era o único Deus com
o qual deveríamos nos relacionar e que ele era o único
Deus deste planeta:

“Ouçam agora ó habitantes da terra, judeus e gentios, santos e


pecadores! Quando nosso pai Adão veio ao jardim do Éden, ele
veio com um corpo celestial, e trouxe Eva, uma de suas esposas,
com ele. Ele ajudou a construir e organizar este mundo. Ele é
Miguel, o Arcanjo, o ancião de dias! Acerca de quem homens
santos têm escrito e falado – Ele é nosso pai e nosso Deus, e o
único Deus com quem devemos nos relacionar. Todos os homens
sobre a terra, cristãos professos ou não, devem ouvir, e saberão
disto mais cedo ou mais tarde!” – Brigham Young, Millennial Star,
vol. 15, pp. 769, 1853.

“Que ideia erudita! Jesus, nosso irmão mais velho, foi gerado na
carne pelo mesmo ser que estava no jardim do Éden, e que é o
nosso pai no céu [...] Jesus não foi gerado pelo Espírito Santo”
– Brigham Young, Journal of Discourses, vol. 1, p. 51, 1852.

“Então Adão é realmente Deus! E por que não? Se há muitos


deuses e muitos senhores como as Escrituras nos informam, por
que não deveria nosso pai Adão ser um deles?” – Brigham Young,
Millennial Star, vol. 15, pp. 801, 1853.

Ainda nos dias do “profeta” Brigham Young, ele mesmo reconheceu


que havia mórmons incrédulos com relação a esta doutrina ensinada por ele:

“Quanta incredulidade há na mente dos Santos dos Últimos Dias


em consideração a uma doutrina particular a qual revelei a eles e

78
C u rs o A po lo gético

Deus revelou a mim – que Adão é nosso Pai e Deus” – Brigham


Young, The Deseret News, 18 de junho de 1873, p. 308).

O 12º profeta da Igreja Mórmon, Spencer W. Kimball, declarou em


um periódico da Igreja a seguinte informação concernente a essa doutrina
Mórmon:

“Nós advertimos vocês contra a disseminação de doutrinas que não


estão de acordo com as Escrituras e que supostamente foram
ensinadas por algumas das autoridades gerais da Igreja das gerações
passadas. Tal exemplo é a teoria do Deus-Adão. Nós denunciamos
esta teoria e esperamos que todos possam estar precavidos contra
esta e outros tipos de falsas doutrinas” – Spencer W. Kimball,
Church News, 09/10/1976.

Se o segundo profeta da Igreja Mórmon, Brigham Young, ensinou essa


doutrina, largamente divulgada nos periódicos da Igreja como vimos ante-
riormente, e essa doutrina é falsa de acordo com o 12º profeta da Igreja,
Spencer W. Kimball, como poderia a Igreja Mórmon, que declara ser a
única Igreja verdadeira, transmitir durante um período de um pouco mais
de 50 anos (1852-1903) tal falso ensino? Se a doutrina do Deus Adão é uma
doutrina falsa, que tipo de profeta era Brigham Young? Como a Igreja
Mórmon pode ser uma Igreja que possui genuína sequência profética se o
seu segundo profeta ensinou tal falsa doutrina? Poderíamos confiar na di-
reção profética de Brigham Young como um autêntico profeta de Deus?

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