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SPACE POWER: O POVOAMENTO DO ESPAÇO SIDERAL

COMO UMA FERRAMENTA DE PODER.

Anna Julia Alves

RESUMO:

No tocante às relações bilaterais e multilaterais exercidas no globo hoje,


podemos notar relações de poder-servilismo por parte de vários Estados-
Nação; sendo o Espaço Sideral uma área majoritariamente inexplorada e com
alto potencial para o contingente crescente populacional, torna-se necessária
uma reflexão acerca das causas e consequências e como tal exploração seria
empregada: como ferramenta de equalização ou instrumento de manutenção
da atual ordem financeira e política. Através da análise de trabalhos
acadêmicos já existentes, poder-se-á observar a conclusão de que o
capitalismo, por fim, alcançará o que até então era a “barreira final”.

ABSTRACT:

Regarding the bilateral and multilateral relations exercised on the globe today,
we can see power-servility relations on the part of several nation states; As the
Outer Space is a largely unexplored area with high potential for the growing
population, it is necessary to reflect on the causes and consequences and how
such exploration would be used: as an equalization tool or as an instrument for
maintaining the current financial and political order . Through the analysis of
existing academic works, it will be possible to observe the conclusion that
capitalism, at last, will reach what until then was the “final wall”.

PALAVRAS-CHAVE: Geografia Política; Estudos Estratégicos; Spacepower;


Corrida Armamentista; Sistema Internacional;
INTRODUÇÃO

Muito se têm falado nas últimas décadas sobre a conquista do espaço;


compreendendo o sistema capitalista como amplamente expansionista, é
imprescindível compreender que qualquer área passível de reconhecimento,
estará, por consequência fadada a tal. A possibilidade soa distante, contudo já
vem sendo articulada em diversos países e, para estudiosos da área, a mesma
é completamente palpável.

“We need not live in fantasyland to think about the extension of


Earthly life to space. This could include orbiting space stations
building on the achievements of recent decades as well as
colonies of people whose forebears originated on Earth but who
have established themselves far from Earth.”

(PFALTZGRAFF, Robert L., International Relations Theory and


Spacepower, 2013)

Tal ideal sobreveio com o fim da Segunda Guerra Mundial, trazendo à tona a
rivalidade EUA x URSS e a necessidade da supremacia em todos os âmbitos
de poder – material, intelectual e armamentista.

Dessa forma, a conquista do espaço sideral viria a consolidar os três pilares


dessa rivalidade, além de estimular o imaginário dos Estados de terceiro
mundo, sobre os quais as potências emergentes disputavam o controle. Após a
missão Apollo 11 – pioneira em levar seres humanos à Lua e liderada pelos
Estados Unidos – os esforços caíram nesse sentido em função da guerra
americana no Vietnã e do consequente enfrentamento público acerca dos
gastos governamentais, de acordo com Paula Vedoveli, professora do
departamento de Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas
(FGV/SP). Além disso, a URSS enfrentava as próprias restrições, advindas do
meio diplomático:

“a corrida espacial foi uma faceta visível da corrida


armamentista entre EUA e a então União Soviética, mas (...)
em 1967 ambos países  assinaram o Tratado do Espaço
Sideral, no qual se comprometiam a não usar o espaço como
plataforma de lançamento de armas de destruição em massa
nem alvo de seus ataques, garantindo seu uso ‘pacífico’.”

(BAIMA, Cesar. O Globo, 2019)

Para, além disso, outro episódio impulsionador para a regulamentação espacial


se deu na Crise dos Mísseis de Cuba.

“Tais mísseis permitiam aos soviéticos atingir efetivamente a maioria dos


Estados Unidos continentais. Essa crise foi o fato mais próximo de uma
escalada nuclear que a Guerra Fria chegou.”
(CEPIK et al.Caderno de Estudos “Espaço e Relações Internacionais, UFRGS,
2011)

Com isso, novas regras chegaram em um lugar que, até então, era “espaço de
ninguém”. Regulamentado, porém não regulado, uma vez que seu povoamento
ou exploração eram possibilidades distantes e estudos mantidos como
secretos. A assinatura e posterior adesão de vários Estados-Nação ao Tratado
Internacional do Direito Intergaláctico poderá inclusive soar, um dia, frente à
expansão crescente, como um Tratado de Tordesilhas dos tempos modernos,
regulando e dividindo uma área que em presente momento seria intangível.

Com a fluidez da história através da superação do que então era uma ordem
bilateral, a retomada do ideal da conquista do espaço se efetivou, entrando no
que vivemos hoje e conhecemos como Terceira Era Espacial.

“A aproximação a um ambiente multipolar, com a ascensão de


novos atores adquirindo recursos espaciais, determina a
possibilidade de uma Terceira Era Espacial, em que o fluxo de
informações intensificou e acelerou a conectividade entre os
países. Vemos, então, que o comando do espaço é parte dessa
dinâmica, e a emergência de novos atores nesse ambiente é
notável.”

(CEPIK et al. Caderno do Curso Espaço e RI, UFRGS, 2015)

Assim, entramos no período de enfoque central, com o cenário de poderes


divididos em uma multipolaridade dificilmente observada em outras épocas no
globo, sobretudo com tamanho engajamento e divisibilidade dos esforços.

Além disso, os avanços tecnológicos nos permitem perspectiva direta e trazem


à tona a presumida transparência dos estudos desenrolados; para tal análise,
estudaremos nos próximos subtítulos as conjunturas e especificidades dos
principais Estados atuantes em tais avanços.

Por conseguinte, a união de Estados – até então atores de maior peso nas
decisões internacionais – a empresas privadas de alto escalão visando tal
conquista e a ressignificação de soberania que isso trás para o cenário
internacional se tornam outras vertentes de peso em tais considerações.

“A harmonia diplomática, sem sobrepor as soberanias estatais


individuadas politicamente, prevalece no conteúdo do Tratado,
mesmo que após várias décadas ainda sejam observados
muitos obstáculos em previsão de debate no texto de regulação
espacial seiscentista. É importante lembrar que, mesmo
existindo tal documento e seu discurso seja direcionado a uma
inclinação de ação conjunta internacional entre os membros
que o assinarem, não é exagero ou presunção especular sobre
sua transgressão (...)”.

(ARAÚJO, 2015,p.11)
O SÉCULO XXI: O ADVENTO DA TERCEIRA ERA ESPACIAL

De certa maneira, superadas as problemáticas advindas da Guerra Fria, o


mundo alterou-se de muitas formas; aconteceu, então, o advento da Terceira
Era Espacial, que presenciamos atualmente.

A aproximação a um ambiente multipolar, com a ascensão de


novos atores adquirindo recursos espaciais, determina a
possibilidade de uma Terceira Era Espacial, em que o fluxo de
informações intensificou e acelerou a conectividade entre os
países.

(CEPIK et al. Caderno do Curso Espaço e RI, 2015).

Esse cenário, com divisão dos esforços traz a falsa ideia de equidade,
entretanto o capital empregado continua a se distribuir nas mãos de poucos:
majoritariamente EUA e Rússia – um remate do que anteriormente foi o choque
dessas potências – China, Japão e União Europeia como um todo.

Esse atores somando sua força à empresas privadas estão a caminho de


inaugurar o advento total de um conceito trabalhando por Rosa Luxemburgo
em sua reflexão acerca do Marrocos, de 1905: os chefes de Estado enquanto
joguetes dos detentores de capital, dotados do poder de ação mas sem
liberdade real para a mesma; assim sendo, poderíamos considerar que essas
grandes potências, uma vez dominadas por empresas de tecnologia – vide o
monopólio da SpaceX nos EUA – deixam de exercer sua soberania absoluta
elevando empresas monopolísticas ao status de atores de peso.

The challenge to traditional notions of sovereignty can be seen partly as


a product of (and reconstitutive of) globalization, whereby transterritorial
issues and the “shrinking” of the planet challenge the straightforward
relationship between sovereignty, territory and the state.

(SHEEHAN, Securing Outer Space, 2009)

Compreender tal quebra torna-se imprescindível para reconhecer não apenas o


neocolonialismo ao qual poderão ser submetidas as gerações enviadas ao
Espaço, como bem se reestruturará um modelo que poderá ser reconhecido
enquanto neoimperialismo, no qual empresas representarão efetivamente
governos.

There are several different practical and theoretical approaches


to unbundling sovereignty in outer space. (…) The [two]
approaches are very different – the first taking a practical and
conservative but perhaps static and ahistorical view of the
international system, to understand how territory is de-linked
from sovereignty in the governance of outer space; and the
second suggesting a fairly radical departure from Westphalian
sovereignty.

(SHEEHAN, Securing Outer Space, 2009)


Logo, o questionamento correto seria em que ponto tais avanços esbarram e
diluem a soberania dos Estados que lhes servem de base. Nesse sentido,
podemos ressaltar que grande parte daqueles que investem largamente nesse
projeto apenas objetivam aumentar sua autoafirmação global, tal qual Estados
Unidos e sua pretensa criação de uma quarta força de proteção estatal.
(JORNAL G1)

Segundo o Professor Dr. Marco Cepik, há três critérios que possibilitam o


reconhecimento de uma grande potência e caracterização de uma nação como
tal, e estas seriam a capacidade de sobrevivência e subsequente retaliação em
caso de ataque nuclear, o usufruto pleno das capacidades espaciais em
conluio às linhas celestiais de comunicação e a inexpugnabilidade militar. Em
sua análise, ele considera apenas três países como possuintes de pleno gozo
de tais licenças: EUA – como já supracitado – Rússia e China.

Ao analisarmos a situação russa, já se vê um pouco mais de salvaguardas ao


compartilhamento dos planos, uma vez que desde a Guerra Fria diversas de
suas empreitadas espaciais acabaram por se revelar falhas; os órgãos oficiais,
entretanto, pressionados tanto pela comunidade nacional quanto pela
sociedade internacional, soltam notas e declarações que revelam a importância
dessa exploração, que viria a possibilitar o ressurgimento em questões de peso
internacional do que foi a URSS.

“Atualmente, o programa russo não possui uma estratégia


espacial de longo prazo formalizada em documento federal. O
Programa Espacial Federal (FSP) é que dita os objetivos da
estratégia russa para o desenvolvimento, pesquisa e uso do
espaço sideral de forma pacífica. Em 2003, o Estado
promulgou o mais novo programa nacional para o espaço, em
vigor de 2006 a 2015. A lista de órgãos, companhias e
ministérios do governo envolvidos nesse programa demonstra
a importância deste para várias áreas como economia, civil e
assuntos de segurança doméstica.”

(CEPIK et al, 2015)

Grosso modo, a compreender as considerações acima, é possível entender de


modo concluinte que, à estas nações, a corrida pela dominação do espaço
sideral soa como uma ferramenta de soma e poucos são àqueles que, estando
à frente do gabinete dos países exploradores, enxergam o real risco advindo
dessa nova geração espacial.

A CRUELDADE INERENTE A UMA EXPLORAÇÃO CAPITALISTA


O que não se pode esquecer é que, enquanto ferramenta do sistema, essa
exploração visa apenas a criação de maior poder capital àqueles que já são
detentores do mesmo. Os grandes nomes por trás da SpaceX, não visam criar
ferramentas de distribuição de renda, mas sim uma maior gentrificação através
da massiva propaganda de “desejar o avanço global”; exemplo disso, são as
ferramentas utilizadas para angariar voluntários para as primeiras colônias
interplanetárias: trabalho escravo em troca de uma passagem só de ida, numa
empreitada não testada e sem garantias do sucesso.

“O executivo [Elon Musk, nome por trás de grandes empresas


como a Tesla, SpaceX, entre outras] especula que poderia ser
possível trocar a passagem por trabalho em Marte, afirmando
que “não haverá falta de empregos” em todos os setores, de
pizzarias à construção e manutenção de sistemas de suporte
de vida.”

(OLHAR DIGITAL: ciência e espaço, 2020)

Além de se considerar a geração direta de lucro que tal negócio representaria


e, com isso, nosso corpos celestes seria ressignificados: ao deixarem de ser
parte inerente à natureza e tornarem-se agentes do capital, acabam por perder
sua funcionalidade natural, virando ponto de exploração de minérios e atração
turística de alto custo (TORRES; BBC Brasil, 2016)

E as prospecções gráficas indicam isso como puro avanço tecnológico,


descartando a exemplo da exploração terrestre, os fatores de desgaste
ambiental – dessa vez em escala planetária muito mais clara – envolvidos.

(Fonte:https://nationalgeographic.sapo.pt/ciencia/grandes-reportagens/1503-contagem-
decrescente-para-nova-alunagem <acesso em 19/03/2020>)
(Fonte: BBC Brasil, em https://www.bbc.com/portuguese/geral-46947162 <acesso em
22/03/20>)

“Já existem pelo menos duas empresas (Deep Space


Industries e Planetary Resources) com um plano relativamente
avançado para começar a minerar asteroides assim que isso
for possível. Ambas trabalham com o governo de Luxemburgo
para que essa iniciativa se torne realidade, sendo que o país
ajudou a financiar uma pesquisa sobre tecnologias que seriam
necessárias para que tais empresas consigam iniciar essa
mineração espacial.”

(GNNIPER, Patrícia; Canal Tech: Ciência e Espaço, 2018)

Esse interesse direto à mineração da Lua poder-se-á entender como busca


pela não regulamentação; se atendo às controvérsias trazidas no cenário
mundial pelos crimes ambientais desencadeados por grandes empresas, os
corpos celestes enquanto pouco habitados, em sua maioria inóspitos e ricos
em possibilidades o ganham atrativo adicional de não terem leis ambientais
rígidas e possivelmente nem interesse pelas mesmas.

Enquanto a parte territorial tem projeções a tornar-se campo de guerra na mão


dos Estados com recursos de reivindicá-las, em contradição ao Tratado
Internacional do Direito Intergaláctico, a natureza dos mesmos encontra-se
largamente ameaçadas pelas mãos de um inimigo muito antigo: nosso sistema
financeiro.
CONCLUSÃO

Através das presentes considerações, podemos observar que, uma vez


motivado pelo acúmulo de capital nenhuma atividade produzida por atores
internacionais será livre de crueldade, produzindo ressentimento e
autodestruição. (BIONDI, Pablo; 2012)

Logo, desconsiderar o Espaço Sideral enquanto sujeito à isso é em escala


menor desinformação e em maior, o que poderia vir a tornar-se interesse
próprio, enquanto acreditante da possibilidade de conquistar ou gerar mais
capital por meio das futuras missões interplanetárias; desse modo, repetem-se
ciclos: cria-se um novo tipo de colonização, se oferecem vagas a escravos que
se doam de bom grado por promessas falsas e mais uma vez a vida humana
vem a ser joguete na mão de uma minoria que possui mais, em nome de um
conceito deturpado de avanço.

Com isso, cria-se cada vez mais a necessidade de elucidação das novas
gerações para que não se crie uma falsa ideia da falta de funcionalidade
próprio dos objetivos centrais do capitalismo.

Também afirma [o Tratado do Espaço Sideral de 1967] que "a


exploração e o uso do espaço sideral devem ser conduzidos
para o benefício e pelos interesses de todos os países e devem
ser de propriedade de toda a Humanidade"; "a Lua e outros
corpos celestiais devem ser usados para propósitos
exclusivamente pacíficos".

(PARKINSON, Justin; BBC Brasil, 2019)

Entendendo que Tratados anteriores e similares a este, cuidando da


exploração terrestre já fracassaram uma vez que foi de desejo de grandes
potências, o que o futuro pede é cautela e reformas efetivas para que
negociações e decisões do cenário internacional transformem-se a fim de
restringir privilégios e criar um sistema de equidade; em caso negativo, as
consequências serão imensuráveis.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BIONDI, Pablo. Os Direitos Humanos e Sociais e o Capitalismo: Elementos


Para Uma Crítica, 2012.

CEPIK et al. Caderno do Curso Espaço e RI, UFRGS, 2015.

PFALTZGRAFF, Robert L., International Relations Theory and Spacepower,


Chapter 3 in Toward a Theory of Spacepower: Selected Essays, 2013.

SHEEHAN, Michael. Securing Outer Space, 2009.

ARAÚJO, Gilvan Charles Cerqueira de. Uma geopolítica da exploração


espacial? apontamentos sobre o “tratado sobre princípios reguladores
das atividades dos estados na exploração e uso do espaço cósmico,
inclusive a lua e demais corpos celestes”, de 1967, 2014, Revista Uniararas
v. 2.

GNIPPER, Patricia em CanalTech: Ciência e Espaço. Os impactos da


presença humana fixa na Lua e questões éticas a se considerar, 2019.
Disponível em: https://canaltech.com.br/espaco/os-impactos-da-presenca-
humana-fixa-na-lua-e-questoes-eticas-a-se-considerar-140935/.

NETO, Olavo de Oliveira Bittencourt. Definig The Limits of Outer Space for
Regulatory Purpouses, 2015.

G1, Caderno Mundo. EUA querem criar força especial até 2020, anuncia
Mike Pence, 09/08/2018. Disponível em:
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/08/09/pentagono-define-passos-
concretos-para-criar-forca-espacial-diz-mike-pence.ghtml.

NASA. Rocket to the Moon: What Is the Exploration Upper Stage?

Disponível em:

https://www.nasa.gov/exploration/systems/sls/multimedia/rocket-to-the-moon-

what-is-the-exploration-upper-stage.html.
RIGUES, Rafael no Caderno Ciência e Espaço. Elon Musk diz que ‘colonos

de Marte’ poderão pagar viagem com trabalho, Olhar Digital, 20/01/2020.

Disponível em : https://olhardigital.com.br/ciencia-e-espaco/noticia/elon-musk-

diz-que-colonos-de-marte-poderao-pagar-viagem-com-trabalho/95597

Machado, Felipe da Silva. O comando do Espaço na grande estratégia

chinesa: teoria, projetos e análise de capacidades atuais, UFRGS, 2011.

CEPIK, Marco. A política da cooperação chinesa: contexto estratégico e

alcance internacional. Revista de Sociologia Política, Curitiba, 2011.

BAIMA, Cesar. Por quê o homem não pisa há 47 anos na Lua?. O Globo,

16/07/2019. Disponível em: https://oglobo.globo.com/sociedade/homem-na-

lua-50-anos/por-que-humanidade-nao-pisa-na-lua-ha-47-anos-23810137

PARKINSON, Justin. Exploração da Lua: se a superfície lunar virar um

campo de mineração, quem será seu dono?. BBC Brasil, 27/01/2019.

Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-46947162.

TORRES, Gabriela. Por que há uma nova corrida espacial pela conquista
da Lua, como na Guerra Fria. BBC Brasil, 18/12/2016. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/geral-38318061

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