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FACULDADE ESTÁCIO-TERESINA

CURSO: DIREITO
DISCIPLINA: D. FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO I
DOCENTE: NOELMA SARAIVA
ALUNO: DHEFFERSON DEIVIDE ARAÚJO BATISTA - Mat. 201903546397

CASOS CONCRETOS

1. Lei federal, publicada no ano passado, majora alíquotas do Imposto de Renda


incidente em determinadas importações e determina a incidência sobre o exercício
passado cuja declaração será feita neste exercício. Neste caso, inicia-se forte discussão
sobre o tema da segurança jurídica e dos princípios tributários atinentes. Para
verificação da constitucionalidade do tema, apresente o entendimento do STF e sua
evolução até os dias atuais.

Resposta: Conforme entendimento do STF, e de acordo com a súmula 584, ficou


autorizado a aplicação da legislação tributária vigente no exercício da declaração
ainda que alcance fatos geradores ocorridos no exercício financeiro anterior.
Contudo, após a alteração da referida súmula, o STF modificou seu
posicionamento ao julgar o RE 592.396, reconhecendo a inconstitucionalidade a
aplicação retroativa sobre imposto de renda.

2. O Estado de Pernambuco, de forma a incrementar sua arrecadação tributária e


ampliar a sua receita, decide criar alíquota diferenciada para veículos de fabricação
estrangeira importados ao Brasil. Esta alíquota é maior do que as dos veículos
nacionais. Desta forma, encaminha a proposta à sua assessoria jurídica que após
pesquisa à jurisprudência das Côrtes Superiores lhe dá parecer. O parecer mais
adequado deve ser em que sentido?

Resposta: De acordo com o caso concreto, o parecer adequado deverá ser pela
impossibilidade de alíquota diferenciada aos veículos importados, pois a
Constituição Federal, (Art. 155, CF), veda a diferença tributária em razão da
procedência de destino dos bens e serviços, aplicando o princípio da
uniformidade geográfica.
3. Prefeito Municipal que entrou em exercício no dia primeiro de janeiro de 2013 baixou
um decreto corrigindo monetariamente, conforme índice de correção lá indicado, a
Planta Genérica de Valores utilizada para apuração da base de cálculo do Imposto sobre
a Propriedade Predial e Territorial Urbana − IPTU e sobre o Imposto sobre a
Transmissão de Bens Imóveis por ato inter vivos a título oneroso − ITBI. Fez constar o
Prefeito que a vigência do decreto é imediata, a partir da data da publicação, já valendo
para o exercício de 2013. Inconformados com esta medida, que acabou por majorar a
base de cálculo do IPTU e do ITBI, alguns proprietários ingressaram em juízo
questionando a constitucionalidade do decreto. Considerando-se os fatos relatados, é
correto afirmar que esse decreto é: É constitucional ou inconstitucional esse ato,
fundamente e justifique.

Resposta: De acordo com o caso concreto esse decreto é constitucional, porque


a correção monetária da base de cálculo não equivale a majoração, razão pela
qual não se submete às regras da anterioridade e da legalidade.
LEI Nº 5172/1966 (DISPÕE SOBRE O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL E INSTITUI
NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO APLICÁVEIS À UNIÃO, ESTADOS E
MUNICÍPIOS)

ARTIGO 97. Somente a lei pode estabelecer:

II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos


21, 26, 39, 57 e 65;

§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste


artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.

4. Brasil e Japão entraram em guerra devido a interesses econômicos antagônicos,


vindo a decretar guerra hoje, dia 13/10/2021. Ocorre que o Brasil necessita de
armamentos, equipamentos especializados e de alta tecnologia para realizar a proteção
do país, além da aquisição de armas, tanques de guerras, misseis e contratação de
pessoas para enfrentar a guerra. No mesmo dia 13/10/2021 foi instituída a lei
Extraordinária Guerra, que exigi o pagamento do referido imposto. Diante do caso em
tela, indaga-se:

a) É legitima a cobrança do referido imposto na mesma data de sua instituição?


Não, pois de acordo com o princípio da anterioridade geral veda a cobrança de
tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou (Art. 150, III, b da CF);
b) A quem compete instituir o IGF? Fundamente.

A Constituição Federal de 1988 prevê em seu artigo 153, inciso VII, que compete
à União instituir Imposto sobre grandes fortunas, nos termos de lei complementar.

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