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4- 1
Quando uma esfera de raio R cai com velocidade v através de um fluido de densidade
ρ , então ela sofre uma força de empuxo exercida pelo fluido. Esta força de Arquimedes
é dada por
(2.4-2)
Escrevemos v |v| em vez de v2, porque Fr é sempre de sentido oposto ao vetor de
velocidade v.
Também será útil introduzir x:= g⋅ u/ ve = g⋅ u1/2 / v1. Esperemos que o MuPAD nós
possa ajudar com a equação diferencial (2.4-4):
• reset():
assume(u>0,v1>0):
vel:=ode({v'(t)=g*(u-v(t)^2/v1^2), v(0)=0},v(t)):
velocidade:=solve(vel):
simplify(velocidade):
subs(%,sqrt(1/v1^2)=sqrt(u)/ve)
{ 1/2 / / 2 g t u \ \ }
{ u | exp| ------- | - 1 | }
{ \ \ ve / / }
{ --------------------------------- }
{ / / 2 g t u \ \ / 1 \1/2 }
{ | exp| ------- | + 1 | | --- | }
{ \ \ ve / / | 2 | }
{ \ v1 / }
2.4-3
Enquanto este resultado tem uma aparência ligeiramente assustadora, obtemos com a
função expand um resultado bem mais nítido:
• expand(%)
Aqui usamos nossas abreviações ve = v1⋅ u1/2 e x:= g⋅ u/ ve = g⋅ u1/2 / v1. Obtemos então
(2.4-6)
Agora vamos dividir esta expressao por ext para obter
(2.4-7)
Esta forma já é aceitável, mas há quem prefere a forma com uma função hiperbólica
v = ve ⋅ tgh(x⋅ t) (2.4-8)
A funçaõ tgh (tangente hiperbólica) é definida pela razão entre o senh e cosh onde
Uma esfera de raio R = 4 mm cai com velocidade inicial 0 através de agua, que tem
uma densidade de ρ = 1000 kg/m3. A densidade da esfera é de ρ c = 7800 kg/m3.
Para C escolhemos um valor de 0.4 e g = 9.81 m/s2.
2.4-4
• expand(%)
• subs(%,u=0.871794872,
g=9.81*m/s^2,t=0.25*s,v1=1.428453709*m/s,ve=1.33374
66*m/s)
• float(%[1])
• simplify(%)
Parece que MuPAD precisa ajuda, pois não quer calcular a raiz.
A velocidade da esfera depois de 0.25 s é de 1.22988 m/s.
A fórmula (2.4-8) proporciona um valor idêntico:
• v := ve * tanh(g*u*t/ve);
subs(v,u=0.871794872,
g=9.81*m/s^2,t=0.25*s,v1=1.428453709*m/s,ve=1.33374
66*m/s);
float(%)
2.4-5
• reset():
assume(x>0,ve>0):
alt:=ode({y'(t)=ve*((exp(2*x*t)-1)/(exp(2*x*t)+1)),
y(0)=0},y(t)):
altura:=solve(alt);
{ 2 }
{ ve ln(exp(t x) + 1) ve ln(2) }
{ -------------------- - -------- - t ve }
{ x x }
• expand(%)
2.4-6
• simplify(%[1])
• eval(subs(%,u=0.871794872,g=9.81,ve=1.3337466,t=0.2
5,x=g*u/ve))
(2.4-9)
O cálculo com MuPAD nos dá o resultado já conhecido :
• g:=9.81*m/s^2:u:=0.871794872:
ve:=1.3337466*m/s:t:=0.25*s:
y:=ve^2*ln(cosh(u*g*t/ve))/(g*u);
Depois de 0.25 segundos, a esfera caiu 0.1975 m através da água sem alcançar a
velocidade terminal ve = 1.3337466 m/s, pois sua velocidade é só 1.22989 m/s.
O seguinte programa mostra que e esfera deve cair, pelo menos, meio metro para
atingir a velocidade final.
• reset():
esfera:=proc(t0,passos)
local t,y,v,tabela;
2.4-7
begin
g:=9.81:
u:=0.871794872:
ve:= 1.3337466:
x:=u*g/ve:
DIGITS:=6:
t:=t0:
tabela:=array(0..passos, 1..3):
for t from 0 to passos do
v:=float(ve*tanh(x*t/10)):
y:=float(ve^2*ln(cosh(x*t/10))/(g*u)):
tabela[t,1]:=float(t/10):
tabela[t,2]:=v:
tabela[t,3]:=y:
end_for:
return(tabela)
end_proc:
esfera(0,5)
t v y
• reset():
esfera:=proc(t0,passos)
local t,y,v;
begin
g:=9.81:
u:=0.871794872:
ve:= 1.3337466:
x:=u*g/ve:
DIGITS:=6:
t:=t0:
print("t "," y "," v "):
for t from t0 to passos step 0.1 do
v:=float(ve*tanh(x*t)):
y:=float(ve^2*ln(cosh(x*t))/(g*u)):
print(t,y,v):
end_for:
end_proc:
esfera(0,1)
2.4-9
Integrando, temos:
Em seguida obtemos
(2.4-11)
Se para t = 0 a velocidade é v0, resulta para a constante de integração o valor
Para integrar a (2.4-8) utilizamos a regra ∫ tgh(ax) dx = 1/a ⋅ ln (cosh (ax)). Sem
problemas chegamos outra vez à (2.4-9)
Para integrar a (2.4-10) tivemos que fazer uma redução em frações parciais. Caso você
precisar ajuda nessa matéria, pode apoiar-se sobre MuPAD, pois aqui há uma função
denominada partfrac que resolve tais problemas:
2.4-11
• int(%,v)// integração
• simplify(subs(%,ln(v-ve)-ln(v+ve)=ln((v-
ve)/(v+ve))))
Re = ρ Lv/ η (2.4-12)
(2.4-13)
(j mostra para baixo.) Da Fa + Fr + Fg = m a ( Newton II) obtemos
6 π η ve R = 4 R3 π g (ρ c - ρ )/3
(2.4-15)
(2.4-16)
Na célebre experiência para determinar a massa do elétron, Millikan media a carga
elétrica de pequenas gotas de óleo observando o valor do campo elétrico vertical
necessário para equilibrar o peso das gotas.
Para determinar a massa m das gotas, Millikan observava a sua velocidade terminal de
queda no ar (sem campo elétrico) e utilizava (2.4-16) para determinar primeiramente o
raio da gota. Com os valores de ρ c , η , g e ve ele podia calcular a massa da gota:
m = 4/3⋅ R3 π ρ c .
Substituamos valores numéricos: ρ c = 920 kg/m3 (óleo), η = 1,82 ⋅ 10-5 Ns/m2 ,
ve = 7,14⋅ 10-5 m/s. Com esses dados obtemos:
R2 ≈ (7,14⋅ 10-5 m⋅ s-1⋅ 9⋅ 1,82⋅ 10-5 Nsm-2)/ (2⋅ 9,81 ms-2 ⋅ 920 kgm-3) = 0,006479⋅ 10-10
m2
ou seja: R = 0,08049⋅ 10-5 m, daí a massa da gota será m = 2.01⋅ 10-15 kg.
2.4-13
(2.4-17)
• reset():
c:=0.4:
t:=0.236:
2.4-14
r:=0.008: g:=9.81:rho:=1000:
rhoc:=7861:
u:=1-rho/rhoc;
ve:=sqrt(8*g*r*(rhoc-rho)/(3*c*rho)):
y:=ve^2*ln(cosh(g*u*t/ve))/(g*u);
2. Medição da viscosidade
∆V π r4
Q= = ⋅ ⋅ (P1 − P2 ) (2.4-18)
∆t 8η L
Q = taxa de escoamento em m3/s (vazão em volume); tipicamente de 0.5 cm3/s para
nossos experimentos com capilares.
r = raio do tubo
L = comprimento do tubo
P1 - P2 = diferença de pressão entre os extremos do tubo [ (Po+ρgh) - Po = ρgh]
Po = pressão atmosférica
π r4
η= ⋅ ⋅ ρgh
8Q L
O valor de η para água de 20o é 0.001 Ns/m2 = 1cP.
Para o sangue, o coeficiente de viscosidade é de cerca de 4cP.
Nota-se, que o coeficiente de viscosidade para os líquidos decresce quando se eleva a
temperatura. No caso os gases, η cresce com o aumento de temperatura.
A viscosidade dos óleos decai de forma muito pronunciada com a temperatura. Esta é
a principal razão pela qual um carro frio tem baixo desempenho.
Pesquisando na Internet, você vai encontrar mais de 2300 referências sob "número de
Reynolds".
Uma biografia, em português, de Reynolds e de outros físicos famosos pode ler em
http://www.fem.unicamp.br/~em313/paginas/person.htm
Sobre viscosidade tem um lindo artigo no site
http://www.if.ufrj.br/teaching/fis2/hidrodinamica/viscosidade.html
Em espanhol, você pode estudar "Física com ordenador" no site
http://www.sc.ehu.es/sbweb/fisica/default.htm