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Revisão de Medicina Legal

Aula dia 23/08: Noções de Direito

Hipócrates:

I. Pai da medicina
II. Doença não é coisa mandada por Deuses ou demônios
III. ‘Catalogou’ várias doenças

-Idade média século 16:

1º caso de responsabilização médica, Paris:

 Parto sem braço


 Punição
 Erro médico

-Século 19: Descobrimento de drogas e venenos pela indústria química.


-Século 20: 1ª grande Guerra (gás mostarda, experimentos, patologias) e uso de cinto de
segurança e respiradores artificiais.
-Década de 70: Congresso americano sobre a conduta ética da medicina para com
humanos.
1945-Descobrimento da penicilina.

-NOÇÕES DE DIREITO
Medicina

Prevenção, diagnóstico,
Curativa
tratamento e recuperação.

Preventiva O paciente

Legal Leva conhecimento ao direito

Medicina Legal: está à serviço do direito.

Para isso existem normas:

I. Éticas
II. Morais
III. Jurídicas
Éticas e morais Jurídicas
Unilateralidade Obrigações
Deveres e imposição Coercitivo
Vida interior Vida Social

Direito

I. Positivo (objetivo)
II. Processual (subjetivo)

-Ações

Lícitas: Pretensões garantidas pelo direito


Ilícitas: Originam responsabilidade por ele imposta

Hierarquia das normas (Segundo a pirâmide de Kelsen)


1. Constituição Federal
2. Leis Infraconstitucionais ordinárias
3. Leis complementares
4. Normas, portarias, decretos, regulamentos.
5. Direto administrativo-código de ética médica

Infrações penais
Crime/delito:
 Reclusão
 Multa
 Detenção
 Multa
Contravenção:
 Prisão simples
 Prisão simples e multa
 Prisão simples ou multa

Do crime
Fato típico – Antijurídico – Culpável
Fato típico:
1. Conduta dolosa ou culposa
2. Resultado
3. Nexo causal
4. Tipicidade
Culpabilidade:
Imputabilidade – Exigibilidade de conduta adversa – Consciência da ilicitude
Medidas de segurança
Inimputável: Absolvição/isento de pena
Semi-ininputável:
Reclusão: Internação
Detenção: Tratamento ambulatório
1 a 3 anos
Características da lei penal

1. Executividade
2. Imperatividade
3. Generalidade
4. Impessoalidade

Sujeito e objeto do crime


Ativo: > de 18 anos que pratica
Passivo: pessoa ou entidade que sofre os efeitos do delito

Jurídico: todo bem jurídico protegido pela lei penal


Material: pessoa ou coisa sobre a qual a conduta recai

Aula dia 30/08: Medicina Legal


História e evolução
O que é – Conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos destinados a servir o
Direito, cooperando na elaboração, auxiliando a interpretação e colaborando na
execução dos dispositivos legais atinentes ao seu campo de ação de Medicina aplicada.
Introdução
-Não é uma especialidade médica, é a aplicação do conhecimento dos diversos ramos da
medicina às solicitações do direito ( É uma ciência e arte ao mesmo tempo).

- Utiliza várias áreas que além da medicina tenha conhecimentos de direito e legislação
que seja a matéria para poder responder claramente aos quesitos na prática da redação
de laudos periciais.

- Hélio Gomes: “O laudo pericial muitas vezes é o prefácio da sentença”


-São mais servidores da justiça do que da própria medicina
-A medicina legal se preocupa desde o ovo até a escuridão da sepultura.
Histórico
Numa Pompílio
Suetônio
Júlio César morreu decorrente a 23 facadas, mas uma sendo a fatal.
Início oficial- 1209- Legislação canônica (examinar os feridos que estivessem a
disposição dos tribunais)
Gregório IX-1234-Exigia da opinião médica qual a lesão fatal
1521- Morte do papa Leão x com suspeita de envenenamento é necrospsiado.
1532- Constitutio criminalis Carolina- É exigida a presença de peritos nos diversos tipos
de crimes.
1575- Ambroise Paré- Lança o primeiro tratado de medicina legal, tratava não só do
embalsamento dos corpos, mas da gravidade das feridas, formas de asfixia, diagnóstico
de virgindade.
Pai da Medicina legal
Paolo Zacharia
-1818 em Viena o 1º Intituto médico legal
-Na Inglaterra cria os Coroners ( Peritos leifos)
-Na Itália Angiolo Filipe, César e Lombroso.
-Na espanha Pedro Mata cria a 1catedral de medicina legal e o corpo de médicos
forenses.
- No Brasil, influencia da França, Alemanha e Itália, com nomes importantes como
Hélio Gomes, Flaminio Fávero, Raimundo Nina Rodrigues, Júlio Afrânio Peixoto,
Oscar Freire de Carvalho, Juliano Moreira, Garcia Moreno, Genival Veloso de França.
Conceito
- É a medicina á serviço das ciências jurídicas e sociais.
Objetivo
- Inter-relacionamento da medicina com as diversas áreas da ciência do direito e a
sociedade.

Classificação da medicina legal

1-Histórico:

 Medicina legal pericial


 Medicina legal legislativa
 Medicina legal doutrinária
 Medicina Legal Filosófica

2- Profissional:

 Pericial
 Criminalística
 Antropologia médico legal

3-Doutrinária:

 Medicina legal- Penal


 Medicina legal- Civil
 Medicina legal- Trabalhista
 Medicina legal- Administrativa
 Medicina legal- Canônica

4- Didática

 Medicina legal Geral (Deontológica, Deveres e obrigações- Jurisprudência)


 Medicina legal Especial (Antropologia médico legal, traumatologia médico legal
e sexologia médico legal, tanatologia médico legal, toxicologia médico legal,
psicologia médico legal, psiquiatria médico legal, criminalística, criminologia,
infortunística, genética, vitimologia e medicina legal baseada em evidencias).

Conclusões

- O Magistrado não pode ficar limitado ao conhecimento frio da lei deve receber e
solicitar auxílio técnico de outras áreas do conhecimento para a aplicação da justiça.

- A vida, a liberdade, a honra, o patrimônio de um indivíduo estão subordinados ao


esclarecimento de um fato médico legal.

- ART.59do CP.(FIXAÇÃO DA PENA): Examina o meio, a conduta antissocial,


mecanismos utilizados na sua execução, gravidade do crime , qualidade e quantidade
dos danos

- Para os advogados na defesa de seus representados

-Para o promotor. É o responsável pelo ônus da prova, tem de justifica-la, explica-la, em


seus resultados e suas razões.

-Sem a medicina legal não há uma verdadeira polícia judiciária.

Aula dia 06/09: Identidade e identificação médico legal

-Identidade: Genótipo e fenótipo do indivíduo


-Identificação: Mecanismo usados para procurar que a identidade da pessoa é aquela.

Processos

 Raça, sexo, idade, cor, peso


 Sinais individuais, cicatrizes, tatuagens
 Sinais profissionais

Determinação

 No vivo
 No cadáver inteiro
 No cadáver reduzido a fragmentos
 Simples ossos

Raça

 Caucásico
 Mongólico
 Negro
 Indiano
 Australóide

No Brasil

-Miscigenação, não há etnia.

 Mulato: PRETO+ BRANCO


 Mameluco: BRANCO+ ÍNDIO
 Cafuso: PRETO + ÍNDIO

Caracterização

A-Forma do crânio: figura geométrica


B- Índice cefálico: relação largura/comprimento
Ex.: Dolicocéfalo
C- Ângulo Facial: maior em brancos do que negros
D- Dimensões da face: mongóis > negro
E- Outras medidas: MMSS, MMII.
F-Cabelos: lissótricos/ ulótricos.
G- Cor da pele: Branco, amarelo, negro e vermelho.
Sexo
 No cadáver íntegro: Normal (exceções)
 Na putrefação: útero dura mais, ossos > delgados > achatados, bacia > ampla,
sacro > baixo.
 Não confundir elementos franzinos.
Estatura

 No vivo: Calcanhar/cabeça
 No morto: 16 mm a mais
 Nos ossos: mais 6 cm nas partes moles

Idade
Visão exterior aproximada nos vivos.
 Jovens: pelos finos, dentição, Rx pontos de ossificação, sem rugas, cabelos sem
tingimento, sem entradas, sem alopecia.
 Adultos: calvice, cor dos cabelos, rugas, dentes gastos, unhas secas, arco senil,
atrofia gengival, escurecimento dos dentes.

Divisão da idade
Intrauterina – embrião ate o 4º mês- feto até o parto
 Recém-nato, lactente, 1 e 2 ª infância, mocidade, adulto, velhice, senilidade.
Peso e conformação
 Peso
 Altura
 Conformação geral
 Magreza
 Obesidade
 Musculatura
 Desenvolvimento ósseo
Sinais individuais
 Cicatrizes
 Marcas
 Cortes de cabelo
 Barba
 Olhos
 Orelhas
 Nariz
 Boca
 Dentes
 Unhas-onicófagos

Sinais Profissionais

 Pigmentação cutânea
 Desgaste dos incisivos (Vidro)
 Dentes Descalcificados
 Espessamento caloso da epiderme
 Sapateiros
 Tapeceiros
Tatuagens
 Belicosas ou militares
 Religiosas
 Amorosa ou eróticas
 Sociais
 Profissionais
 Históricas
 Patrióticas
- Mais comum no sexo masculino
-Ócio
-Paixões
-Lenitivo para a solidão
-Tatuam-se mais os menos cultos
-Nos marítimos e soldados
-Atletas
Importância Médico legal
 Sinal de identidade particular de um indivíduo
 Dados específicos sobre o passado, os costumes, a profissão, a referência sexual,
religiosa.
 Uso para determinado fim

Identificação odontológica: Identificação a partir da dentição (temporária ou


permanente)

Identificação Judiciária

1- Antiguidade: Ferro em brasa, marcação na fronte, cotar orelhas, narinas e


punhos.
2- Posse documental
3- Foto (sósia)
4- Nome de batismo
5- Impressão digital
Baseia-se
 Fixidez quase absoluta do crânio > 20 anos
 Diversidade dos esqueletos uns face aos outros
 Facilidade de precisão com que podem ser medido os esqueletos
Retrato falado
 Elementos antropológicos, morfológicos e cromáticos da face (nariz, boca,
lábios, barba, bigode, orelhas)
 Capeville: Não há dois olhos absolutamente iguais.
Dactiloscopia
1982-Argentina-Vucetich
 Vestígio deixado pelo contato dos dedos com qualquer superfície lisa.
 Simples que a Bertilhoagem
 Usada a partir do 6º mês de vida intrauterina até depois da morte, enquanto não
for destruída a derme.
Características
 Perenidade, imutabilidade, unicidade.

Método de Vucetich
 2 deltas na base + núcleo circular : Verticilio 35%
 Presilha interna: delta pra dentro do corpo 60%
 Presilha externa: delta pra fora do corpo 60%
 Arcos: Sem deltas , só arcos 5%

*Papiloscopia é o estudo da impressão digital

Mão direita
Polegar: Fundamental
Demais dedos: Divisão
Mão esquerda
Polegar: Subclassificação
Demais dedos: Subdivisão
- > mais de 10 quatrilhões de combinações
-Ainda não foram encontradas 2 iguais
“Pós Deus um selo nas mãos dos homens para distinguir seus atos”

Importância da identificação

 Civil
 Militar
 Política
 Administrativa
 Penal

Aula dia 13/09: Perícia médico legal


 Auxílio na prática forense
 Evolução técnico-Científica

Disponível no art. 158 a 170 do Capitulo 2 do CPP- “DO EXAME DE CORPODE


DELITO E DAS PERÍCIAS EM GERAL”

 Conceito: Conjunto de procedimentos médicos e técnicos que têm por objetivo


o esclarecimento de um fato de interesse da justiça.
 Finalidade: Produzir a prova que não é outra coisa senão o elemento
demonstrativo do fato. Como auxiliar das causas civis, administrativas,
trabalhistas, penitenciário, comercias, etc.
No processo civil, trabalhista, administrativo pode ser usada apenas a prova
testemunhal.

*O atestado fornecido por médico particular não substitui a comprovação da


materialidade no Processo Criminal.

Jurisprudência: “Trata-se de infração que deixa vestígios, torna-se imprestável o laudo


do exame do corpo de delito realizado com base em ficha de atendimento hospitalar.”

*As perícias Médico Legais são realizadas somente nas Instituições Médico-legais.

Objetos da perícia: Os vivos, os cadáveres, os esqueletos, os animais, os objetos


( coisas móveis e semoventes, fungíveis e infungíveis)

1. Vivos : Lesões corporais, idade, sexo, grupo racial, diagnóstico de gravidez,


aborto, crimes sexuais, paternidade, maternidade, aborto, crimes sexuais,
paternidade, maternidade, moléstias graves, doenças profissionalizantes e
incapacidades, capacidade, imputabilidade.
2. Cadáveres: Além do diagnóstico da causa da morte, a causa jurídica da morte,
do tempo aproximado da morte, a identificação do morto, presença de lesões
externas, veneno, projéteis, livores, hematomas, equimoses, etc.
3. Esqueleto: Identificação do morto, sua causa mortis, idade, sexo, arcada
dentária, traumas com fraturas.
4. Animais: Se o animal apresenta ferimento ou morte por projétil (corpo de
delito).
5. Objetos: Pelos, unhas, armas, digitais, esperma, leite, colostro, sangue,
projéteis, líquido amniótico, fezes, urina, vômito, conteúdo estomacal, saliva,
muco vaginal, roupas, móveis ou utensílios, etc.

Prova

 É o elemento demonstrativo da autenticidade ou da veracidade de um fato.


 Objetivo: Formar a convicção do juiz sobre os elementos necessários para a
decisão da causa.

*Não acusa ninguém sem prova

Ônus da prova

 Regra (CPC 373) : Incumbe a quem alega o fato


 Autor : do fato constitutivo de seu direito ( Provar que aquilo era meu e que foi
fulano que pegou)
 Réu: do fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor (Não fui
eu)

Avaliação da prova

1. Sistema legal ou tarifário


2. Sistema da livre convicção
3. Sistema da persuasão racional (ART.156 CPP)

Do Juiz

Art. 155 CPP.: “O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida
em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos
elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não
repetíveis e antecipadas.”

*Inversão do ônus da prova é medida excepcional que não deve ser banalizada,
aplicando-se somente quando verificada a dificuldade ou impossibilidade de o
consumidor demonstrar, pelos meios ordinários, a prova do fato que pretende produzir,
não podendo ser considerada como princípio absoluto.

Obtenção de provas, lei 12.950

Art.3: Em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos , sem juízo de outros já
previstos em lei, os seguintes meios:

I. Colaboração premiada
II. Captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos
III. Ação controlada
IV. Acesso a ligações telefônicas, dados cadastrais, informações eleitorais ou
comerciais
V. Interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas, dentro da lei
VI. Afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal
VII. Infiltração, por policias, em atividade de investigação
VIII. Cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais,
na busca de provas e informações de interesse da instrução criminal.

Prova Proibida

Quando obtida contra a norma.

A. Ilícita: contra direito material


B. Ilegítima: contra direito processual

*Prova diabólica : extingue-se qualquer possibilidade de obtenção da prova ( Caso


goleiro Bruno)

Corpo de delito

Conceito:

 Conjunto de elementos que produziram alterações, perturbações, lesões,


contra a integridade do ser humano.
 É a reunião de provas ou vestígios decorrentes de um fato criminosos.
 É a utilização de técnicas que venham a possibilitar a reconstituição de um
fato criminoso.

Tipos de corpo de delito

1. Direto : No local , na vítima


2. Indireto: Testemunhas e prontuários
3. Permanente
4. Passageiro
 Art.158 CPP : “Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame
de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do
acusado.”
 Art.159: “Os exames de corpo de delito e as outras perícias serão feitos por
perito oficial.”
 Art.161: “O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a
qualquer hora.”
 Art.162: “A autópsia será feita pelo menos 6 (seis) horas depois do óbito, salvo
se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita
antes daquele prazo, o que declararão no auto.”

Constituição do Corpo de delito

1. Corpus criminis: Corpo que sofreu ação


2. Corpus Instrumentorum: Instrumento utilizado na lesão
3. Corpus probatorum: Nexo causal entre o instrumento e quem foi que fez

*Isolar e chamar a criminalística

Dos peritos

São pessoas qualificadas ou experientes em certos assuntos , a quem incumbe a tarefa


de esclarecer em fato de interesse a justiça quando solicitado.

Art.159: “O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito
oficial, portador de diploma de curso superior.”

Art.180: “Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do exame
as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu
laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade
poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos.”

Art.181: “No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de omissões,


obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a formalidade,
complementar ou esclarecer o laudo.” (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)

Parágrafo único. A autoridade poderá também ordenar que se proceda a novo exame,
por outros peritos, se julgar conveniente.
Art.182: “O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo
ou em parte.”

Art.92, CEM: “É vedado ao médico: Assinar laudos pericias ou de verificação médico-


legal, quando não o tenha realizado, ou participado pessoalmente do exame.”

Art.93,CEM (VEDAÇÃO) : “Ser perito de paciente seu, de pessoa de sua família ou de


qualquer pessoa com a qual tenha relações capazes de influir em seu trabalho”.

Suspeição de Juiz

I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;


II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por
fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;
III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim, até o terceiro grau,
inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por
qualquer das partes;
IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;
V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;
VI - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.

Deveres dos peritos


1. Dever de informação
2. Dever da atualização
3. Dever de abstenção de abusos
4. Dever de vigilância, atenção
Civil:
Art186- “Aquele que , por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda, que exclusivamente moral, comete ato
ilícito”.
Penal:
FALSO TESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA
Art.342.: “Fazer afirmação falsa ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito,
contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito
policial, ou em juízo arbitral.”
Pena- reclusão de um a três anos e multa.
Individualidade do perito: Poder discordar do outro perito. Não pode produzir laudo
pericial só com informações de prontuário médico. Tem de fazer perícia pessoalmente e
fazer constar no relatório suas observações.
Juizados especiais Lei 9099/95- (menor potencial ofensivo) Pode dispensar o exame de
copo de delito direto, desde que seja substituído por boletim médico.
Obs.: Se não houver conciliação ? Instrução- sem corpos de delito-nulo
Perícia contraditória- art.181 CPP (observar a rotina de um só perito e confrontar
com o capítulo XI CEM (Perícia médica)).
Conclusões
 As perícias são realizadas apenas por um perito
 Violação dos arts.159 e 92 a 98 do CEM
 Lei Maria da Penha 11.340,Art.10= Posto e IML , Art.12 = IML
Aula dia 27/09: Documentos médicos forenses

A literatura médica elenca cinco tipos de documentos médico-legais, quais sejam:


notificação, atestado, relatório, parecer e depoimentos orais. As Notificações são
comunicações compulsórias (obrigatórias) feitas pelos médicos às autoridades
competentes sobre fato profissional (necessidade social ou sanitária).

Aula dia 18/10 : Lesões Corporais e Infanticídio


1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Lesão corporal consiste em todo e qualquer dano produzido por alguém, com animus,
unicamente, laedendi (vontade única de lesionar), à integridade física ou à saúde de
outrem.
2. BEM JURÍDICO TUTELADO
Integridade corporal e a saúde da pessoa
3. SUJEITOS
Sujeito ativo pode ser qualquer pessoa (crime comum)
Sujeito passivo - excetuando as figuras do § 1º, inc. IV; § 5º, inc. V; e o § 9 (crime
próprio), do art. 129 CP – pode ser qualquer pessoa (crime comum)
4. AUTOLESÃO IMPUTÁVEL
A autolesão, em regra, não constitui crime.
Obs.: Se um inimputável, por determinação de outrem, praticar em si mesmo uma lesão,
quem o conduziu à autolesão responderá por crime.
5. TIPO OBJETIVO: ADEQUAÇÃO TÍPICA
Ocorre por ofensa à saúde da vítima, que se compreende como alteração de funções
fisiológicas do organismo ou perturbação psíquica.
Obs.: a dor, por si só, não caracteriza o crime de lesão corporal.
6. LESÃO CORPORAL LEVE E O PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA
A insignificância da ofensa afasta a tipicidade. Contudo, essa insignificância somente
pode ser valorada observando a proporcionalidade e, particularmente, o grau de
extensão da lesão sofrida pelo bem jurídico.
7. TIPO SUBJETIVO
A lesão corporal pode se dar através do dolo e da culpa. Além disso, pode ocorrer crime
preterdoloso - no qual está presente o dolo na ação antecedente e culpa na consequente
(art., 129, § 3º, do Código Penal).
8. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
Consuma-se o crime com a lesão efetiva à integridade ou à saúde de outrem
Obs.: a pluralidade de lesões infligidas num único processo de atividade não altera a
unidade do crime (este crime é plurissubsistente).
A tentativa é admissível, com exceção das formas culposas (art. 129, § 6º, CP) e da
forma preterdolosa (art. 129, § 3º, CP).

9. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA
Lesões corporais é um crime comum, em regra; material e de dano; instantâneo; doloso,
culposo e preterdoloso.
10. LESÕES CORPORAIS LEVES OU SIMPLES (ART. 129, § 1º, CP)
A definição de lesão corporal leve se dar por exclusão, ou seja, configura-se quando não
ocorre nenhum dos resultados previstos no art. 129, §§ 1º, 2º e 3º do Código Penal.
11. LESÃO CORPORAL GRAVE (art. 129, § 1º, CP)
· Incapacidade para ocupações habituais por mais de 30 dias: a incapacidade trata-se da
efetiva impossibilidade de sua atividade ocupacional, tradicional, regular, de natureza
licita.
Obs.: a simples vergonha de aparecer em público não caracteriza a qualificadora em
exame.

 Perigo de vida: deve haver perigo concreto efetivo de morte, que deve ser
pericialmente comprovado.
 Debilidade permanente de membro, sentido e função: é a redução ou
enfraquecimento da capacidade funcional da vítima (por exemplo, em caso
de órgão duplos, como os olhos, a perda de um deles). A única recuperação
que pode ocorrer aqui é a artificial.
 Aceleração do parto: é imprescindível que o feto estivesse vivo, nasça com
vida e continue a viver logo após o seu parto. Além disso, é necessário que o
agente tenha conhecimento da gravidez da vítima antes de cometer o crime.
Obs.: todas as qualificadoras contidas no § 1º são de natureza objetiva.
12. LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA (ART. 129, § 2º, CP)

 Incapacidade permanente para o trabalho: é somente para trabalho!


 Enfermidade incurável: é a doença cuja curabilidade não é conseguida no atual
estágio da medicina. São inexigíveis para a sua consumação as intervenções
cirúrgicas arriscadas ou tratamentos duvidosos.
 Perda ou inutilização de membro, sentido ou função: há perda quando cessa o
sentido ou função, ou quando o membro ou órgão é extraído ou amputado
(extração dos dois olhos da vítima, por exemplo).
 Deformidade permanente: a deformidade não perde o seu caráter de permanente
quando pode ser dissimulada por meios artificiais.
 Aborto: é necessário que o agente tenha conhecimento da gravidez, mas sem
querer o aborto.
13. LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE OU HOMICÍDIO
PRETERDOLOSO (art. 129, § 3º, CP)
Se o resultado, aqui, for imprevisível ou decorrente de caso fortuito, o sujeito
responderá somente pelas lesões corporais.
14. LESÕES CORPORAIS MAJORADAS

 Lesões corporais praticadas por milícia privada (art. 129, § 7º, CP): só pode
haver essa majorante se o autor do crime não tiver sido condenado pelo crime
previsto no art. 288 –A do código criminal.
 Lesões corporais dolosas contra policiais e familiares (art. 129, § 12, CP): será
crime hediondo se forem praticadas com natureza grave, gravíssima (art. 129, §§
1º e 2º) ou de forma preterdolosa (art. 129 § 3º, CP) contra os agentes previsto
no § 12 do art. 129 do código penal.
15. FIGURAS PREVILEGIADAS (ART. 129, § 4º, CP)
A reação tem que ser imediata. É, além disso, obrigatório a redução de pena nessas
figuras.
16. LESÃO CORPORAL CULPOSA (art. 129, § 6º, CP)
Se ocorrer a lesão corporal na direção de veículo, aplicar-se-á o art. 303 do CTB)
17. ISENÇÃO DE PENA OU PERDÃO JUDICIAL (art. 129, § 5º, CP)
A gravidade das consequências deve ser aferida em função da pessoa do agente, não se
admitindo aqui critérios objetivos.
18. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA (art. 129, § 9º, CP)
Limita-se somente a lesão corporal leve.
DICA para os agentes do crime: CADI
C – Companheiro ou cônjuge
A – Ascendente
D – Descendente
I – Irmão
Obs.: a violência independe do gênero do sujeito passivo para ocorrer.
A ação pode ser praticada em qualquer local, mas deve existir relação entre a vítima e o
agente.
Súmula 542 STJ informa que “a ação penal relativa ao crime de lesão corporal
resultante de violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada”.
19. AÇÃO PENAL
A ação é pública condicionada à representação para as lesões corporais leves e culposas
(conforme o art. 88 da lei 9099)- com exceção às praticadas por violência doméstica
contra mulheres (que serão de ações públicas incondicionadas) – e será incondicionada
para as demais circunstâncias.
Súmulas 542 STJ e 608 STF.
Infanticídio
Artigo 123. Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o
parto ou logo após:
Pena – detenção, de 2 a 6 anos.

 O referido artigo protege a vida extrauterina. Protege tanto a vida do recém-


nascido (neonato) quanto do que está nascendo (nascente).
 O sujeito ativo é a genitora do neoato ou nascente.
 Trata-se de crime próprio (especial), porque exige especial atributo do sujeito
ativo: ser mãe da pequena vítima.
Aula dia 04/10 e 06/10: Traumatologia médico-legal

Lesões mecânicas: Capazes de modificar o estado de repouso ou de movimento de um


corpo produzindo lesões em parte ou no todo.

Causas:

1. Armas propriamente ditas : Punhais, revolveres, soqueiras.


2. Armas eventuais: facas, navalha, foice, facão, machado.
3. Armas naturais: Punhos, pés ,dentes.
4. Outros meio: Máquinas, animais, veículos, quedas, explosões, precipitações.

Resultam do impacto:

1. Meio ativo: Há o impacto do objeto sobre o corpo humano.


2. Meio passivo: Há o impacto do corpo humano sobre o objeto.
3. Meio misto : Ambos estão em movimento.

Ação dos meios

 Pressão
 Percussão
 Tração
 Torção
 Compressão
 Descompressão
 Explosão
 Deslizamento
 Contrachoque

Classificação dos instrumentos

 Perfurante: Pontiagudos, alongados, finos que agem de maneira perpendicular ao


corpo ex.: estilete, agulha. Produzem feridas puntiformes , em formato de ponto.
 Cortante: gume afiado com atuação em sentido linear, bordas retilíneos e cauda
de escoriação ex.: navalha, bisturi, lâmina de barbear.
 Contundente: Age por pressão, explosão, compressão... de forma ativa, passiva
ou mista.
A. Rubefação: Congestão repentina e fugaz de uma região do corpo atingida pelo
traumatismo, mancha avermelhada. Ex.: Bofetada
B. Escoriação: ação tangencial dos meios contundentes com arrancamento da
epiderme e o desnudamento da derme, se houver lesão na derme é ferida.
C. Equimose: infiltração hemorrágica nas malhas do tecido. Há a rotura capilar, em
geral é superficial, mas pode ocorrer em massa muscular, vísceras, óssos, é uma
reação vital.

-Sugilação: em grão de areia

-Víbices: estrias paralelas com centro branco , uso de bastões

-Petéquias: pontilhado hemorrágico

-Equimoa: equimose de grande proporção

1º dia vermelha; 2 a 3 dias violácea, 4 a 6 dias azul, 7 a 10 dias esverdeada, 12º dia
amarela e 15 a 20 dias some.

*Sinal do guaxinim = Equimose bilateral e ambos os olhos; lesão de base de


crânio.

Equimose x Livor Hipostático

No livor o sangue não é extravasado já na equimose o sangue é coagulado

D. Hematoma
 Maior extravasamento de sangue e a sua não difusão nos tecidos, ficando
uma coleção sanguínea.
 Faz relevo na pele, tem delimitação nítida, de absorção mais demorada que
equimose, pode ocorrer em cavidades ou dentro de órgãos.
E. BOSSA = Galo
F. Ferida Contusa: Ultrapassa a epiderme, ferida produzida por compressão,
pressão, explosão e bordas irregulares. *Escalpelamento = no cabelo
G. Fraturas: Decorrente de compressão, flexão, torção com solução de
continuidade dos ossos.
 Direta: No próprio local
 Indireta: À distância do local
 Fechada: Subcutâneo
 Exposta: Aberta na epiderme
H. Luxações: As superfícies articulares deixam de manter contato se afastamento
total ou parcial.
I. Entorses :lesões que atingem os ligamentos
J. Rotura de vísceras internas
 Pérfuro-cortante = ponta+ gume, penetração e deslizamento = bordos regulares.
 UM GUME ( peixeira) , DOIS GUMES( punhal) , TRÊS GUMES( lima).
 Perfuro-contusa= bordos irregulares
 Pérfuro-contundente = Perfura + pressão (armas de fogo)

*rosa de tiro: Tem aspecto de grãos de areia espalhado. É produzida por projéteis
múltiplos disparados por espingardas de chumbo.

 Corto-contundente = Bisel grosso sobre pressão, deslizamento com pressão.

Queimadura

Ação do calor – chama, solido, gás ou de líquidos quentes.

 1º grau: Eritema
 2º grau: Flictena
 3º grau: Escarificação ( Necrose)
 4º grau : Carbonização
 Regra dos 9
 Cabeça e pescoço = 9%
 Face anterior do tronco = 18%
 Face posterior do tronco =18%
 Cada membro inferior = 18%
 Cada membro superior = 9%
 Períneo e Genitália = 1%

Critérios de importância

 Número de lesões
 Regiões atingidas
 Direção
 Profundidade
 Lesões de defesa
 Harakiri (Antigos samurais em caso de desonra)
 Esgorjamento ( suicídio, homicídio, ferimento diversos, atrás da vítima =
horizontal)

Outras lesões :

Lesões por artefatos explosivos

Ação mecânica- material que compõe o artefato e os escombros

Ação explosiva- onda de pressão e sucção, tímpano, tórax, abdominal, cerebral, ocular,
etc.

 Carta bomba: Mãos


 Minas terrestres: Pernas

Empalamento: Penetração de objeto pontiagudo no seguimento oral-anal ou anal-oral.

Encravamento : Mesmo de empalamento mais em outras partes do corpo

Lesão por cinto de segurança

Lesão por precipitação: Quedas acidentais, homicídios e suicídios

Radio dermite = lesão por forte incidência da radiação

Burnout = Estresse contínuo, esgotamento mental e físico

Aula dia 20/09: Criminologia

Criminologia – estudo do crime


Objeto: Análise do crime

 Personalidade do autor
 O comportamento delitivo
 A vítima
 O controle social
 As condutas criminosas
 Interdisciplinaridade (Biologia criminal, sociologia, psicologia, medicina legal,
direito)
Histórico:

 Retribuição do mal pelo mal – vingança :Individual ou coletiva


 Cristianismo/Santo ofício – Punição para quem não confessasse a fé católica
 O ciclo do terror – Idade média/absolutismo/arbitrar ismo/esquartejamento
 A revolução francesa – inicio da pena de prisão
 César Bonesana (Marquês de Becaria , 1764):
1. A legalidade dos crimes e das penas
2. A indistinção das pessoas perante a lei penal
3. A lei penal deveria ser completa para não dar aos juízes interpretações ou criações
4. A pena deveria ser prontamente imposta
5. Contra a pena de morte
6. Contra o confisco de bens do condenado e penas infamantes
7. Não é o rigor das penas que se previnem s delitos mas a certeza das punições.

Fatores Criminógenos
Fatores externo-exógenos:

 Socioeconômicos
 Socioambientais
 Sócio- ético-pedagógicos
Fatores interno-endógenos

 Hipócrates – o delito é um desvio anormal da conduta humana


 Platão - Há gente pobre, há patifes e ladrões = o criminoso é comparado a um
doente
 Aristóteles – As paixões são mais determinantes que as razões na incidência de
crimes
 Lombroso – Nato, louco, por paixão e ocasião.
Controle social
Informal:

 Família
 Escola
 Religião
 Profissão
 Clubes e serviços
*Visão preventiva
Formal:

 Polícia
 Ministério Público
 Forças armadas
 Justiça
 Administração penitenciária
*Conotação político-criminal
Investigação Criminal
1-Coleta de dados: O máximo possível
2- Classificação e tipificação do crime: Laudos necroscópicos, tempo da morte, causa,
lesões sofridas, violência sexual, objetos subtraídos.
3- Reconstituição do crime: Cronologia fática de vítima e autor e o levantamento do
local – Cena do crime , posição do corpo, localização de objetos: armas, projeteis,
manchas de sangue, esperma, pegadas, urina, fezes, indícios de luta, janelas e portas
quebradas/abertas/fechadas, marcas de pneus, objetos subtraídos, assinatura.
4-Elaboração de perfil: Tipo físico, personalidade, hábitos, relacionamentos, ETC.
Perfil Criminal
Compreensão do crime e do criminosos
Questões preliminares:

 O que se passou na cena do crime ?


 Por quais razões os fatos se deram?
 Que ou quais tipos de indivíduos estão envolvidos?
Cena do crime
1. Croquis da cena do crime
2. Fotos/ vídeos
3. Laudo necroscópico do local
4. Testemunhas
5. Vizinhos
6. Parentes da vitima
7. Tempo do crime
8. Indumentária/ objetos/ cheiro
9. Assinatura Psicológica = modus operandi
Agressor
1. Identificação
2. Sexo, idade, raça
3. Perfil caracterológico
4. Situação familiar
5. Vida social, escolaridade e serviço militar
6. Antecedentes com pontos fortes e fracos da biografia
7. Criminosos similares conhecidos
8. Perfil físico
9. Relação de sentimento com o delito
10. Grau de periculosidade
Vítima
1. Identificação
2. Sexo, idade, raça, cor, profissão
3. Hábitos
4. Estilo de vida
5. Grau de risco que estava exposta
6. Existência e grau de relacionamento como agressor
7. Risco que o agressor estava disposto a enfrentar
8. Comportamento em relação ao agressor
9. Relacionamento com vizinhos
10. Histórico e antecedentes criminais
Perfil Geográfico
1. Caminhos
2. Limites
3. Bairros
4. Pontos de referencia
5. Sinais
6. Zona de conforto
Estatística Criminal

 Criminalidade Real
 Criminalidade revelada
 Cifra Dourada (Elite )
 Cifra Negra
Cifras

 Cinza: São resultados daquelas ocorrências que até são registradas porém não se
chega ao processo ou ação penal por serem solucionadas na própria Delegacia de
Polícia seja por existir a possibilidade de conciliação das partes, evitando assim
uma futura denúncia, processo ou condenação elucidando ou solucionando o
fato.
 Amarela: são aquelas em que as vítimas são pessoas que sofreram alguma
forma de violência cometida por um funcionário público e deixam de denunciar
o fato aos órgãos responsáveis por receio, medo de represália
 Dourada: Representa a criminalidade de 'colarinho branco'.
 Negra: Omissão do ato criminosos, o bem violado é mínimo, existe a coação, a
vitima conhece o criminosos e a vítima não acredita no amparo judicial ou
policial.
Sociologia Criminal
Teoria do consenso- Perenidade, estabilidade e funcionalidade.
Teoria do conflito-Mudança contínua, luta de classes, anomia.
Teoria ecológica- Ausência do Estado, sem escolas, delegacias, hospitais, creches, não
controle social, família, igreja, trabalho, clubes sociais.
Neorretribucionismo

 O movimento lei e ordem que ocorreu nos EUA e a Teoria das janelas
quebradas, defenderam que a tolerância à pequenas infrações, podem ocasionar à
prática de delitos mais graves.
* Indústria de segurança privada tem aumento
Vitimologia
Sujeito passivo:

 Ofendido: Lesão contra a honra


 Lesado: Dano patrimônio
 Vítima: Crimes contra a pessoa
Inocente: Não concorre com o crime
Provocadora: Colabora com o ânimo do criminoso
Agressora: Simulada justiça a defesa do agressor
Tipos de vitimização:
Primária: os efeitos da conduta criminosa em si;
Secundária: é o sofrimento suportado pela vítima nas fases de inquérito e processo; e
Terciária: pela ausência de receptividade social em relação à vítima, de omissão
estatal. A sociedade repele a vítima. O estado não apoia a vítima para superar aquele
momento traumático.
Alcoolismo/Drogas
Agudo

 Fase do macaco: Desinibição, euforia


 Fase do leão: Agressividade, irritação
 Fase do porco: Insolvência, coma e morte
Crônico

 Intoxicação progressiva /dependência


 Habitualidade = tolerância
 Agudização
Crimes contra a dignidade sexual (Estupro fraude, assédio, pedofilia)
Para filias:

 Sadismo
 Masoquismo
 Necrofilia
 Vampirismo
Assassinos
Em Massa

 Várias vítimas de uma vez só


 Cometem o crime abertamente
*Assassinos de famílias, no trabalho, religiosos, etc.
Em série

 Matam mais de 3 vítimas


 Organizados ou não
 Cometem o crime secretamente
 Os crimes tem intervalos
 Deixam uma assinatura
Crime organizado
Tipo mafiosa:

 Violência e intimidação
 Hierarquia
 Distribuição de tarefas
 Vítimas difusas
 Rituais de iniciação
 Lei do silêncio
Tipo empresarial:

 Estrutura empresarial
 São: Empresários, políticos, comerciantes, hackers
 Sem rituais
 Busca o anonimato
 Sem violência ou intimidação
Reincidência
Fatores jurídico-penais:

 Início precoce da criminalidade


 Muitos antecedentes penais
 Rápida reincidência
 Criminalidade interlocal
 Quadrilhas / facções
 Tipos de crime ( patrimônio, costumes, pessoas)
Fatores ressocializantes:

 Indisciplina carcerária
 Pouco ajuste ao trabalho interno
 Pouco aproveitamento escolar
 Desemprego
 Falta de Condições primárias (sociais)-família, igreja, gangues.
Bullying

 Agressões, roubos, perseguições


 Apelidos ofensivos, provocações
 Discriminação racial
 Ambiente escolar
Stalking

 Assédio Moral grave


 Conotação sexual
 Danos emocionais
 Invasão de privacidade

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