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Contexto:

O tráfico de escravos era essencial para atender a alta demanda por escravos no Brasil, e
com a sua proibição, a tendência era que a população de escravos fosse reduzindo-se
gradativamente até a abolição acontecer, uma vez que não haveria a renovação dessa.
Ainda assim, os escravocratas fizeram de tudo para que essa transição fosse o mais lenta
possível.

As leis abolicionistas, portanto, estão, em parte, dentro desses esforços de impedir que a
abolição acontecesse de maneira imediata e irrestrita e de promover determinados avanços
para conter a força do abolicionismo. Mediante isso, foram criadas 'leis abolicionistas', na
qual o objetivo era a libertação da escravatura e garantir o direito de liberdade. As leis
abolicionistas são como conhecemos a legislação que promovia a emancipação dos
escravos de maneira gradual, elas foram aprovadas entre a Lei Eusébio de Queirós(1850)
e a Lei Áurea (1888). As leis aprovadas nesse período foram a Lei dos Ventre Livre (1871) e
a Lei dos Sexagenários (1885).

Ambas foram resultado da movimentação dos abolicionistas, assim como da reação de


escravocratas.

- Lei Eusébio de Queirós(1850)


A lei n. 581, de 4 de setembro de 1850, conhecida como Lei Eusébio de Queirós,
estabeleceu medidas para a repressão do tráfico de africanos no Império. Sua promulgação
é relacionada, sobretudo, às pressões britânicas sobre o governo brasileiro para a extinção
da escravidão no país. De imediato, a Lei Eusébio de Queirós provocou uma reação das
elites brasileiras contra o Império. Os fazendeiros brasileiros, principalmente do Norte,
haviam hipotecado terras para pagar traficantes portugueses de escravos. A consequência
imediata foi que o preço do escravo subiu e aumentou o tráfico interno.

- Lei dos Ventre Livre (1871)


A Lei do Ventre Livre entrou em vigor no dia 28 de setembro de 1871, sendo conhecida
como uma das leis abolicionistas aprovadas no Brasil a partir de 1850. Essa lei propôs uma
reforma da escravidão no Brasil, determinando que os filhos de mães escravizadas,
nascidos a partir da sua data de aprovação, fossem libertos.

- Lei dos Sexagenários (1885)


A lei n. 3.270, de 28 de setembro de 1885, também conhecida como Lei Saraiva-Cotegipe
ou Lei dos Sexagenários, determinou a libertação dos escravos com mais de 60 anos.
Usualmente, a ideia de igualdade esbarrava na questão da propriedade, e a libertação dos
escravos era vista como possível fonte de desordem social.
A Lei dos Sexagenários foi uma das leis aprovadas no Brasil com o intuito de promover a
abolição do trabalho escravo de maneira lenta. Ela foi proposta por Manuel Dantas,
reformada por Antônio Saraiva e aprovada pelo Barão de Cotegipe, em 1885.
Escravos tinham direitos?

O sistema jurídico moderno tem por fundamento o Direito Romano. Este foi o legado
deixado pela Roma Antiga. Mas, apesar disto, a escravidão também existiu naquela época
e os escravos eram considerados como res. Não possuindo qualquer direito, sendo
obrigados ao trabalho até o fim de suas forças ou de suas vidas. Um escravo era um bem
que era possuído, despojado de todo direito. O dono possuía o direito sobre a sua vida e a
sua morte. O status social de um homem era medido em função do número de escravos
que possuía.
Por conseguinte, tendo uma vida desprezada, sendo sujeito a má moradia, situações
péssimas e castigos dos senhorios.

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