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AGO 1990 NBR 11240


Utilização de defensas portuárias
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

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Rio de Janeiro
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NORMATÉCNICA

Procedimento

Origem: Projeto 02:007.05-001/1989


CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil
CE-02:007.05 - Comissão de Estudo de Utilização de Defensas Portuárias
NBR 11240 - Marine fenders in docks - Utilization - Procedure
Descriptors: Marine fenders in docks. Dock structure
Copyright © 1990, Reimpressão da NB-1289, de MAR 1990
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Defensa portuária. Estrutura portuária 10 páginas
Todos os direitos reservados

SUMÁRIO acostagem, bem como das embarcações, objetivando a


1 Objetivo absorção da energia de impacto na atracação, proporcio-
2 Documento complementar nando a estas proteção enquanto estiverem atracadas.
3 Definição
4 Condições gerais Nota: As defensas têm influência importante na escolha do
5 Condições específicas partido estrutural da obra de acostagem.
6 Inspeção
ANEXO - Figuras 1 a 14 - Tipos de defensa 4 Condições gerais

1 Objetivo 4.1 Classificação das defensas

Esta Norma fixa diretrizes para a utilização de defensas 4.1.1 Quanto ao material usado na sua confecção, as de-
portuárias nas obras de acostagem. fensas podem ser de madeira, metálicas, cordoalha e
elastômeros. Na medida em que se valem das proprieda-
2 Documento complementar des de mais de um destes materiais, são consideradas
como mistas.
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
4.1.2 Quanto à colocação na estrutura de acostagem, po-
NBR 9782 - Ações em estruturas portuárias, maríti- dem ser corridas, isoladas ou agrupadas.
mas ou fluviais - Procedimento
4.1.3 Quanto à fixação, podem ser fixas ou deslizantes.
Nota: Em decorrência desta Norma serão também consultadas
as padronizações, as especificações relativas aos diver-
4.1.4 Quanto ao modo de aplicação da carga, podem ser
sos tipos de defensa e métodos de ensaio para com-
provação de suas características. axiais ou transversais.

3 Definição 4.1.5 Quanto ao modo de absorção da energia de atraca-


ção, podem ser por:
Para os efeitos desta Norma é adotada a definição de 3.1.
a) conversão em energia potencial por elevação de
3.1 Defensas massa;

Elementos indispensáveis para proteção das obras de b) conversão em energia potencial por imersão;
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c) conversão em energia potencial por deformação gião de ventos ou correntes de pequena intensidade e
elástica; ondas de pequena energia.

d) dissipação sob forma de energia térmica por efei- 4.2.5.3 Atracação razoável
tos hidrodinâmicos;
Aproximação inclinada ao paramento, com ocorrência
e) dissipação por deformação plástica. freqüente de ventos ou correntes de moderada intensi-
dade e ondas de pequena energia.
4.1.6 Quanto ao seu comportamento, podem ser de alta
4.2.5.4 Atracação desfavorável
ou baixa flexibilidade.
Aproximação inclinada ao paramento, com ocorrência
4.1.7 Como ilustração, são apresentados alguns tipos de freqüente de ventos e correntes de forte intensidade, ain-
defensa, nas Figuras 1 a 14, do Anexo. da admitida pelos responsáveis pela segurança da na-
vegação.
4.2 Critérios para seleção
5 Condições específicas
4.2.1 Na elaboração de um projeto de defensas é indis-
pensável conhecer o navio de projeto previsto, para a ins- 5.1 Dimensionamento do sistema de defensas
talação portuária e sua freqüência de chegadas, bem co-
mo o restante da frota admitida para o horizonte do pro- 5.1.1 O cálculo do sistema de defensa deve obedecer ao
jeto. disposto na NBR 9782.

5.1.2 Devem ser conhecidas as curvas de energia/de-


4.2.1.1 Devem estar estabelecidos o fim a que se destina
formação e de força/deformação, e as características fí-
a obra de acostagem e os parâmetros para sua utiliza-
sicas dos materiais componentes das defensas, bem
ção operacional.
como suas tolerâncias.
4.2.2 O conhecimento das condições locais como varia- 5.1.2.1 A tolerância máxima para as curvas é de ± 10%.
ção da maré, incidência de ondas, ocorrência de ventos e
eventuais rajadas, correntes de demais fatores meteoro- 5.1.2.2 Em casos excepcionais plenamente justificados,
lógicos, bem como as condições ambientais e de agres- admite-se o uso de defensas sem as curvas de energia/
sividade das águas, são de suma importância para um deformação e força/deformação confiáveis. Nestes ca-
bom projeto de defensas. sos, o projetista deve se valer da experiência para a es-
colha e dimensionamento do sistema de defensas ade-
4.2.3 A escolha da defensa deve levar em consideração o quado.
partido estrutural, bem como as compatibilidades entre
o paramento acostável e a borda livre da embarcação 5.1.3 O dimensionamento das defensas deve levar em
em suas condições de carregada ou descarregada. conta os esforços decorrentes das forças tangenciais,
horizontais ou verticais oriundas dos movimentos das
4.2.3.1 Quando na escolha de defensas, deve-se consi- embarcações nos casos mais desfavoráveis, adotando-
derar que a sua dimensão perpendicular ao paramento se o coeficiente de atrito entre as superfícies de contato
tem influência decisiva no alcance dos equipamentos de da embarcação com a defensa ou seu escudo.
carga e descarga, bem como nas condições de opera-
ção do berço. 5.1.4 O dimensionamento dos elementos de suspensão
ou fixação das defensas deve obedecer às normas e
4.2.4 Da experiência pode-se concluir que espias de aço, recomendações pertinentes dos seus materiais consti-
ou curtas, exigem defensas rijas, enquanto que espias de tuintes e, em especial, levar em conta a agressividade do
náilon, cânhamo e equivalentes, ou longas, defensas fle- meio.
xíveis.
5.1.5 Quando do dimensionamento das defensas de bor-
racha não devem ser levadas em consideração deforma-
4.2.5 A escolha da defensa deve levar em consideração as
ções que excedam aquelas indicadas pelos seus fabri-
condições de atracação e sua regulamentação em fun-
cantes. Em qualquer caso, não devem ser utilizadas de-
ção da segurança de operação, conforme classificadas
formações maiores que 50% de sua altura.
abaixo, a possibilidade de súbitas rajadas e mudanças de
corrente, bem como as eventuais falhas nos equipamen-
5.1.6 No caso de utilização de defensas pré-fabricadas,
tos de auxílio.
os fabricantes devem fornecer certificados de qualidade
de acordo com as normas pertinentes, a fim de atender
4.2.5.1 Atracação favorável os esforços do projeto no que tange a sua integridade,
confiabilidade e duração (vida útil).
Aproximação paralela à frente de acostagem, em região
de ventos ou correntes fracas e ondas de pequena ener- 5.1.7 No caso da defensa ser confeccionada no local, o
gia. empreiteiro deve se certificar das perfeitas condições
do material utilizado; e, no caso de estacas flexíveis, es-
4.2.5.2 Atracação normal te deve verificar se as condições do solo são compatí-
veis com as do projeto, não devendo, em especial, ocorrer
Aproximação paralela ou com pequeno ângulo, em re- deformações plásticas.
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5.1.8 Devem resistir à ação contínua decorrente de ven- 5.3 Eficiência da defensa
tos, ondas e correntes nas condições de operação do
berço. A eficiência de uma defensa é obtida pela relação:

5.1.9 As defensas e seus eventuais escudos devem per-


mitir a obtenção de uma área de contato adequada, le- Onde:
vando em consideração a resistência do costado e estru-
tura das embarcações. R = reação na estrutura;

E = energia que a defensa absorve.


5.1.9.1 Em geral admitem-se pressões de contato de
200kPa a 350kPa. Nota: A eficiência é inversamente proporcional à citada relação.

5.1.9.2 Navios de grande porte ou para gases liquefeitos 6 Inspeção


admitem somente pressões de 100kPa a 150kPa.
Após manobras acidentais, deve ser feita a inspeção
das defensas atingidas, para sua manutenção ou even-
5.2 Espaçamento entre defensas tual substituição. Periodicamente, devem ser inspecio-
nadas as fixações, suportes e demais elementos consti-
Para o espaçamento entre defensas deve ser adotado, tuintes das defensas. Devem ser mantidas as condições
preferencialmente, o de 0,08 do comprimento da embar- iniciais. No caso especial de estacas flexíveis, funcionan-
cação de projeto para as de até 4000Tpb e de 0,10 do do como defensas, devem ser periodicamente verifica-
comprimento para as de acima de 4000Tpb. das também as Condições do solo, de modo a ser consta-
tado eventual assoreamento ou erosão do solo de funda-
ção.

/ANEXO
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ANEXO - Figuras 1 a 14 - Tipos de defensa

Figura 1 - De madeira

Figura 2 - De feixes
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Figura 3 - Pneus

Figura 5 - Em “D”

Figura 4 - Cilíndrico (carga lateral)

Figura 6 - Cúbica
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Figura 7 - Tipo “π”

Figura 8 - Seção transversal retangular variável


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Figura 9 - Cilíndrica axial

Figura 10 - Tipo “V” (flambagem)

Figura 11 - Tipo “M” (flambagem)


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Figura 12 - Sanfonada

Figura 13 - Estaca flexível


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Figura 14 - Flutuantes de espuma com proteção de rede de pneus ou pneumática

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