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Inversor de Frequência

Atualmente, a necessidade de aumento de produção e diminuição de custos, se fez dentro deste cenário
surgir a automação, ainda em fase inicial no Brasil, com isto uma grande infinidade de equipamentos foram
desenvolvidos para as mais diversas variedades de aplicações e setores industriais, um dos equipamentos
mais utilizados nestes processos conjuntamente com o CLP é o Inversor de Freqüência

O que é o Inversor de Frequência ?


Uma forma de se controlar com precisão o torque e a velocidade de um motor trifásico (AC) quer seja a
partir de uma entrada de alimentação monofásica, ou trifásica é através de um inversor de freqüência.

Os inversores de freqüência possuem uma entrada ligada à rede de energia comum de alimentação e uma
saída que é aplicada ao dispositivo que deve ser alimentado, no caso um motor trifásico

Com isto, sistemas que antes usavam motores DC, pela facilidade de controle, hoje podem usar motores AC
de indução graças aos Inversores de Freqüência, também chamados de Conversores de Freqüência. Em
paralelo ao avanço da eletrônica de potência, a microeletrônica, por meio de microprocessadores e
microcontroladores, tem auxiliado muito o acionamento de máquinas AC,permitindo a implementação de
funções complexas num tempo de processamento cada vez mais curto.

Correntes AC/DC ?

Corrente Alternada CA (AC)

A corrente alternada (CA ou AC, em inglês) é aquela que é gerada nas usinas e percorre grandes distâncias
até chegar nas tomadas de nossas casas. A característica dela é que não tem uma polarização, ou seja, não
possui um pólo positivo e outro negativo definidos como ocorre na corrente contínua. Por isso, seu sentido
alterna, e seus pólos são chamados de fases, porque cada um deles assume as duas condições (ocorre quando
a tensão for 220V, pois há a presença de 2 fases). Ela é usada na transmissão em longa distância porque não
ocorrem perdas de energia.
Na corrente alternada, podemos usar uma alta tensão para transmitir com velocidade a corrente elétrica sem
perder grande energia, por isso ela é usada pra essa finalidade.
Observe no desenho abaixo como se comporta uma fase em corrente alternada. Note a alternância da
característica positiva e negativa.
Cada alternância equivale a um ciclo. Cada ciclo ocorre, dependendo da região do país e do mundo, 50 ou 60
vezes por segundo.

Representação gráfica da corrente

alternada

Corrente Continua CC
(DC) Corrente Contínua
A corrente contínua (CC ou DC, em inglês) é aquela que possui os dois pólos, um positivo e outro negativo.
Como possui pólos definidos, o sentido dos elétrons se torna definido também, ou seja, partindo do pólo
positivo para o negativo por convenção, já que na realidade ocorre o contrário. Podemos encontrá-la
principalmente em pilhas e baterias, geralmente em tensões baixas. Ela não é usada em transmissões de alta
tensão e de grande distância porque como possui um sentido único, exigiria muita força pra "empurrar" os
elétrons. Isso ocasionaria grandes perdas de energia. Quando ela se alterna, fica mais "leve" pra "empurrar".

Observe no desenho abaixo como ela se comporta, e note que, nesse caso, não há a grandeza da frequência.

Motor Eletrico de Indução

Motor elétrico de corrente alternada é um equipamento rotativo que funciona a partir de energia elétrica,
diferente de outros motores elétricos, o motor ca não precisa, necessariamente, qualquer entreposto dele à
alimentação e serve, basicamente, para "girar" um segundo acoplado, ou movido.
Estes motores podem ser divididos, num primeiro momento, em síncronos e assíncronos Uma outra grande
divisão dentre os motores CA (de corrente alternada), são em trifásicos e monofásicos. A diferença entre
estes dois tipos de alimentação alteram profundamente a versatilidade e performance do motor, sendo, os
monofásicos, muito mais limitados e necessitados de capacitores de partida, senão, não conseguem vencer a
inércia.
Os motores de corrente alternada têm outras muitas divisões todas elas mundialmente normalizadas.
Os motores elétricos de indução são usados em equipamentos das mais
diversas dimensões: desde os pequenos eletrodomésticos até as grandes máquinas
com potência de muitos quilowatts.
A invenção do primeiro motor de indução aconteceu no verão de 1883
em Estrasburgo (França) pelo cientista e inventor sérvio-americano Nikola Tesla

Motores de Indução AC

Vamos falar um pouco sobre Nikola Tesla


Dizem que a genialidade costuma morar muito perto da loucura. Não há evidência conclusiva, mas o preceito
certamente se aplicava a Nikola Tesla.

Seu feito mais concreto, entre tantos, foi ter desbancado o sistema de corrente direta (DC) de distribuição de
eletricidade advogado por Thomas Edison com a corrente alternada (AC), que sairia vencedora na disputa de
padrão, viabilizando o fornecimento de energia proveniente de fontes remotas - seria extremamente
complicado, por exemplo, levar energia de Itaipu para a costa brasileira se não fosse a corrente alternada.
Alem da Criação do Motor e da antes Citada transmissão de Energia em Corrente Alternada
além de possuir mais de 40 patentes de Invenções.
Assistam o Video a seguir :
Não podemos prosseguir
sem antes citar
Nikola Tesla

Voltamos para o Inversor de Frequência

Um pouco mais sobre o inversor

É um equipamento destinado a realizar a conversão de uma rede de corrente alternada (CA) para uma rede de
corrente continua(CC), com possibilidade de variação da frequência do sinal. Esta variação é muito utilizada
para controlar a velocidade de motores CA, principalmente os motores de indução (MITs). O esquema básico
de um inversor trifásico imagem abaixo

Observa-se a composição de três estágios de potência:

• O estágio conversor CA-CC, formado pela ponte retificadora a diodos;


• O link CC, formado por capacitores para manter a tensão CC polarizada, relativamente constante e
sem flutuações;

O estágio conversor CC-CA, formado por uma ponte de dispositivos de chaveamento


(representados por chaves ideais na figura 1), para reproduzir o sinal CA.

FUNCIONAMENTO
Para entender o funcionamento de um Inversor de Freqüência, é necessário, antes de tudo, saber a
função de cada bloco que o constitui. Ele é ligado na rede elétrica, que pode ser monofásica ou
trifásica, e em sua saída há uma carga que necessita de uma freqüência diferente daquela da rede.
Para tanto, o inversor tem como primeiro estágio, um circuito retificador, responsável por
transformar a tensão alternada em contínua. Após isso, existe um segundo estágio capaz de
realizar o inverso, ou seja, a transformação de uma tensão CC para uma tensão CA (conversor), e
com a freqüência desejada pela carga.
Na rede de entrada a freqüência é fixa (60 Hz ou 50 Hz) e a tensão é
transformada pelo retificador de entrada em contínua pulsada (retificação de
onda completa).
O Capacitor (filtro) transforma-a em tensão contínua pura de valor aproximado de
Vdc = √2 . Vrede
Esta tensão contínua é conectada ciclicamente aos terminais de saída pelos dispositivos semicondutores do
inversor, transistores ou tiristores, que funcionam como chaves estáticas.
O controle desses dispositivos semicondutores é feito pelo circuito de comando, de modo a obter um sistema
de tensão pulsada, cujas freqüências fundamentais estão defasadas de 120°. A tensão é escolhida de mo do
que a relação tensão/freqüência seja constante, resultando em operação com fluxo constante e, por via de
conseqüência, manutenção da máxima capacidade de sobrecarga momentânea do motor.

O conversor CC-CA é operado por um módulo de controle, que determinará a abertura e o fechamento das
chaves para reproduzir o sinal CA. Neste momento, também é possível variar a frequência do sinal de saída
para regular a velocidade do MIT. Na prática, as chaves ideais são substituídas por semicondutores de
potência que exercem a mesma função de chaveamento, tais como tiristores, e transistores MOSFET ou BJT.
O dispositivo mais utilizado para o chaveamennto é o transistor bipolar de porta isolada, ou IGBT (do inglês
Insulated-Gate Bipolar Transistor), que combina as características do BJT e do MOSFET. Os semicondutores
comuns estão ilustrados na figura 2

Os diodos conectados em paralelo com os dispositivos de chaveamento funcionam como proteção contra a
circulação de correntes reversas no momento em que o dispositivo está no estado desligado, direcionando a
passagem das correntes através dos diodos. O módulo de controle enviará sinais na forma de trem de pulsos
para comando do chaveamento dos transistores. Levando-se em conta que o MIT opera por uma corrente CA
senoidal, a combinação de chaveamento adequada levará a reprodução desta corrente.

Uma técnica muito utilizada na estrutura de funcionamento de um inversor para a regulagem da frequência
de operação é a modulação tipo PWM, simples e eficiente para esta necessidade.

Modulação Tipo PWM


A modulação do tipo PWM consiste na geração de um trem de pulsos de onda quadrada, porém com largura
do pulso variada. Este tipo de modulação pode ser obtido através da comparação de um sinal senoidal e um
sinal triangular. A figura 3 mostra o processo de obtenção do PWM, utilizando um amplificador operacional
para a comparação dos sinais comentados.

Pode-se notar que a diferença entre os sinais senoidal e triangular produzirá valores positivos e negativos ao
longo do tempo.
Pela característica de funcionamento do amplificador operacional, uma diferença positiva irá levá-lo à
saturação no seu limite de tensão positivo, enquanto que uma diferença negativa levará à saturação no seu
limite negativo. As diferenças têm duração limitada pelas intersecções das formas de onda. Portanto, tem-se
como resultado um trem de pulsos de amplitudes limitadas pela saturação do amplificador e largura limitada
pela duração das diferenças, formando o sinal modulado PWM. Dos conceitos de telecomunicações pode-se
definir o chamado Índice de Modulação (M), dado pela razão entre a amplitude A M do sinal modulante
(neste caso, o sinal senoidal), e a amplitude AP da portadora (sinal triangular em questão), definido pela
equação 1:

O índice de modulação deverá estar na faixa entre 0 e 1, ou 0 e 100%. Valores superiores a 1 provocam a
perda de amostragem do sinal, ou seja, a onda triangular não envolverá toda a região da amplitude da
senoide, gerando um sinal PWM deficiente

Controle PWM do Inversor


Com dispositivo de chaveamento no conversor CC-CA do inversor receberá um trem de pulsos PWM, seja
na forma de tensão ou corrente, dependendo do tipo de dispositivo de chaveamento. Para o IGBT, por
exemplo, necessita-se de uma tensão aplicada ao terminal de porta (gate) para que haja o chaveamento.
Como exemplo, será mostrado o controle PWM em um ramo do estágio conversor CC-CA, ou seja, em uma
fase da alimentação do motor. Será utilizado como elemento de chaveamento o transistor BJT (do inglês
Bipolar Junction Transistor). A montagem deste circuito está mostrada na figura 5, com os transistores
representados por Q1 e Q4.
De acordo com o funcionamento do BJT, na ausência de pulsos, o transistor se comporta como uma chave
aberta. A injeção de uma corrente no terminal de base (B), com tensão tipicamente superior a 0,7 volts, faz
com que o dispositivo conduza uma corrente do terminal coletor (C) ao emissor (E). Com uma corrente de
base elevada ocorre a saturação do BJT, fazendo a tensão entre os terminais coletor e emissor chegar a
valores próximos a zero, e, neste caso, o dispositivo funciona como uma chave fechada. A resistência R
presente na base serve para controlar a intensidade da corrente injetada.

A aplicação do sinal PWM sobre o transistor fará com que ele opere abrindo e fechando alternadamente, com
tempo de operação limitado pela largura de cada pulso. Como os dois transistores estão ligados em série, a
condição fundamental para operação é manter Q1 aberto enquanto Q4 estiver fechado, e vice-versa. Se os
dois transistores estiverem fechados ao mesmo tempo, haverá uma ligação direta entre as tensões +VCC e –
VCC do link CC, provocando uma corrente de sobrecarga no circuito e danificando os dispositivos.

A figura 6 ilustra o funcionamento de um ramo conversor, mediante a injeção de sinal modulado nos
transistores Q1 e Q4

• Blocos componentes do inversor

1º bloco - CPU
CPU- A CPU (unidade central de processamento) de um
inversor de freqüência pode ser formada por um micro
processador ou por um micro controlador (PLC). Isso
depende apenas do fabricante. De qualquer forma, é nesse
bloco que todas as informações (parâmetros e dados do
sistema) estão armazenadas, visto que também uma
memória está integrada a esse conjunto. A CPU não apenas
armazena os dados e parâmetros relativos ao equipamentos,
como também executa a função mais vital para o funcionamento do inversor: Geração dos pulsos de disparo,
através de uma lógica de controle coerente, para os IGBT’s.
2º Bloco - IHM
O segundo bloco é o IHM (interface Homem máquina). É através desse dispositivo que podemos visualizar o
que está ocorrendo no inversor (display), e parametrizá-lo de acordo com a aplicação (teclas).
3ºBloco - Interfaces
A maioria dos inversores pode ser comandada através de dois tipos de sinais: Analógicos ou digitais.
Normalmente, quando queremos controlar a velocidade de rotação de um motor AC no inversor, utilizamos
uma tensão analógica de comando. Essa tensão se situa entre 0 á 10 Vcc. A velocidade de rotação (RPM)
será proporcional ao seu valor, por exemplo:

1 Vcc = 1000 RPM, 2Vcc = 2000 RPM.

Para inverter o sentido de rotação basta inverter a polaridade do sinal analógico (de 0 á 10 Vcc sentido
horário, e –10 á 0 Vcc sentido anti-horário).
Esse é sistema mais utilizados em maquinas-ferramenta automáticas, sendo que a tensão analógica de
controle é proveniente do controle numérico computadorizado (CNC).
Além da interface analógica, o inversor possui entradas digitais. Através de um parâmetro de programação,
podemos selecionar qual entrada é válida (Analógica ou digital).
4º Bloco – Etapa de potência A etapa de potência é constituída por um circuito retificador, que alimenta
(através de um circuito intermediário chamado “barramento DC”), o circuito de saída inversor (módulo
IGBT)

Sistemas de Entrada e Saída de Dados

O sistema de entrada e saída de dados é composto por dispositivos responsáveis pela interligação entre o
homem e a máquina. São dispositivos por onde o homem pode introduzir informações na máquina ou por
onde a máquina pode enviar informações ao homem. Para os conversores de freqüência, podemos citar os
seguintes dispositivos:

1. Interface homem máquina (IHM)

É um dispositivo de entrada/saída de dados, em que o operador pode entrar com os valores dos parâmetros
de operação do conversor, como: ajuste de velocidade, tempo de aceleração/ desaceleração etc. Também
pode ter acesso aos dados de operação do conversor, como: velocidade do motor, corrente, indicação de erro,
etc.

.2. Entradas e saídas analógicas

São os meios de controlar e ou monitorar o conversor através de sinais eletrônicos analógicos, isto é,
sinaiem tensão (0 a 10 Vcc) ou em corrente (0 a 20 mA, 4 a 20 mA) e que permitem basicamente fazer o
controle de velocidade (entrada) e leituras de corrente ou velocidade (saída).

3. Entradas e saídas digitais

São os meios de controlar e ou monitorar o conversor através de sinais digitais discretos, como
chaves liga/desliga. Esse tipo de controle permite basicamente ter acesso a funções simples, como:
seleção de sentido de rotação, bloqueio, seleção de velocidades, etc.

4. Interface de comunicação serial

Esse meio de comunicação permite que o conversor seja controlado ou monitorado a distância por um
computador central. Essa comunicação é executada por pares de fios, podendo ser conectados vários
conversores a um computador central ou operado por CLP, por redes industriais (fieldbus, modbus, profibus),
RS- 232 ou RS-485, entre outras. O conversor de freqüência permite o acionamento de motores de indução
com freqüências de 1 a 60 Hz com um torque constante, sem aquecimentos anormais nem vibrações fora de
ordem. Também possui outras vantagens que estão enumeradas a seguir: • Rendimento de 90% em toda a
faixa de velocidade;

• Fator de potência de aproximadamente 96%;


• Acionamento de cargas de torque constante ou variável;
• Faixa de variação de velocidade;
• Partida e desligamento suave (rampa).
Formas de Variação de Velocidade em um Inversor de Freqüência

A principal função de um conversor de freqüência é a variação de velocidade em um motor elétrico. Existem


algumas formas de promover essa variação de velocidade. A seguir, estão enumeradas as principais
maneiras de realizar essa variação de velocidade pelo inversor de freqüência:

1. Acionamento pela IHM

Uma das maneiras de realizar o controle de velocidade de um inversor de freqüência é o acionamento pelas
teclas da IHM. Para tal, deve-se colocar o inversor em modo local, e pelo teclado, pode-se incrementar e
decrementar a velocidade do motor localmente, bem como inverter o sentido de giro do motor.

2. Acionamento pelas entradas digitais

Em uma aplicação industrial, torna-se inviável o acionamento de um inversor localmente direto nas teclas de
sua IHM. Assim, a grande maioria das aplicações com inversores de freqüência é realizada por meio de
comandos remotos. Para isso, devese colocar o inversor em modo de acionamento remoto e, por meio de
botões externos, acionar ou desativar o motor e ainda inverter o seu sentido de giro.

3. Acionamento pela função multispeed

O multispeed é utilizado quando se deseja até oito velocidades fixas préprogramadas. Permite o controle da
velocidade de saída relacionando os valores definidos por parâmetros, conforme a combinação lógica das
entradas digitais programadas para multispeed. Para a ativação da função multispeed, primeiramente é
preciso fazer com que a fonte de referência seja dada pela função multispeed, colocar o inversor em modo
remoto e programar uma ou mais entradas digitais para multispeed.

4. Acionamento pelas entradas analógicas

Em muitas aplicações industriais, deseja-se um controle da velocidade do motor desde 0% a 100%. Como
vimos anteriormente, esse controle não é possível se utilizarmos entradas digitais. Para efetuarmos esse tipo
de controle, pode-se trabalhar com as entradas analógicas do inversor por meio de sinais de tensão (0 a 10
Vcc) ou de sinais de corrente (4 a 20 mA). Esse acionamento pode ser realizado de duas maneiras:

Pelo potenciômetro: o inversor de freqüência possui em seus bornes uma fonte de 10Vcc, assim, pode-se
conectar um potenciômetro na configuração de divisor de tensão para aplicar uma tensão variável de 0 a 10
Vcc.

Pela fonte de tensão ou corrente externas: esse tipo de configuração é um dos mais utilizados quando se quer
controlar a velocidade do inversor remotamente. O fornecimento de tensão ou corrente é feito por um
controlador externo, como um controlador lógico programável (CLP) ou um controlador industrial.

CONFIGURAÇÃO BÁSICA
• Circuito de entrada (ponte retificadora não controlada)
• Circuito de pré-carga (resistor, contator ou relé)
• Circuito intermediário (banco de capacitores Buss DC, resistores de equalização)
• Circuito de Saída "inversor" (ponte trifásica de IGBT)
• Placa de controle (microprocessada)
• Placa de driver's (disparo dos IGBT, fontes de alimentação, etc.)
• Réguas de bornes de interligação (controle de potência)
• Módulo de frenagem (interno ou xterno)

• DIFERENÇAS E VANTAGENS DOS INVERSORES DE FREQUÊNCIA

O inversor de freqüência possibilita o controle do movimento do motor CA pela variação


da freqüência elétrica. Entretanto, também realiza a variação da tensão de saída para que seja
respeitada a característica V/F (Tensão/Freqüência) do motor, não produzindo aquecimento
excessivo quando o motor opera em baixas rotações.
Em freqüências de operação acima da nominal, o acionamento se dá com perda de torque.
O inversor promove a elevação na freqüência sem, entretanto, promover o aumento no valor da
tensão aplicada. Isto faz com que haja uma redução no fluxo do motor, trazendo como
conseqüência uma redução no conjugado disponível. Esta região de operação é conhecida como
região de enfraquecimento de campo em função da redução do fluxo ou campo do motor.
Destinados inicialmente a aplicações mais simples, os inversores de freqüência são atualmente
encontrados nos mais diversos usos, desde o acionamento de bombas até complexos sistemas de
automação industrial.
Grande parte das aplicações como bombas, ventiladores e máquinas simples, necessitam
apenas de variação de velocidade e partidas suaves, sendo atendidas plenamente com o uso de
inversores com tecnologia Escalar ou V/F. Algumas aplicações entretanto, como elevadores,
guinchos, bobinadeiras e máquinas operatrizes necessitam além da variação de velocidade o
controle de torque, operações em baixíssimas rotações e alta velocidade de resposta, sendo
atendidas por inversores com tecnologia Vetorial.

TIPOS DE INVERSORES DE FREQUÊNCIA

Existem no mercado dois tipos de Inversores de Frequência o Escalar e o Vetorial, a estrutura fisica é
basicamente igual, a diferença esta na maneira em que o torque é controlado.
Outro diferencial são as variações que ocorrem no seu circuito de comando.

Inversor Escalar V/f

Em linhas gerais, podemos dizer que os inversores escalares baseiam-se em equações de regime permanente.
A lógica de controle utilizada é a manutenção da relação V/F constante. Apresentam um desempenho
dinâmico limitado e usualmente são empregados em tarefas simples, como o controle da partida e da parada
e a manutenção da velocidade em um valor constante (regulação).

No conversor de freqüência escalar, a curva que estabelece a relação entre a Tensão de Saída [V] e
Freqüência de Saída [f], pode ser parametrizada. O inversor escalar é indicado para partidas suaves, operação
acima da velocidade nominal do motor e operação com constantes reversões.
Considerando-se que o torque no eixo do motor é proporcional à relação V/F, os inversores escalares irão
disponibilizar ao motor torques pré-determinados, não compensando as necessidades de torques adicionais
requeridas por determinadas aplicações.
A compensação de torque principalmente em baixas rotações é normalmente realizada através da
programaçào da curva V/F. Se elevamos o valor da relação V/F, elevando-se portanto a disponibilidade de
torque no motor. Tal efeito é normalmente denominado de Reforço de Torque para baixas rotações, ou
Torque Boost em inglês.

Inversor Vetorial
O conversor de freqüência vetorial é indicado para torque elevado em baixas rotações, com regulação precisa
de velocidade e torque (a precisão de regulação se torna excelente com uso de encoder).

Atualmente considera-se que a função de um conversor de freqüência não se limita apenas a regular a
velocidade de um motor CA, mas ele busca manter também o torque regulado, para qualquer situação de
velocidade. Mas isso somente é possível, de forma efetiva, com conversores de freqüência que disponham de
modo de controle vetorial.

A idéia central é promover o desacoplamento entre o controle do fluxo e o controle da velocidade por meio
de transformações de variáveis. Com esta técnica de controle, os inversores podem ser empregados em
tarefas complexas, que exijam grande precisão e dinâmicas rápidas do ponto de vista de controle.
Os inversores Vetoriais podem ser divididos em duas categorias: aqueles que utilizam a realimentação física
da velocidade, obtida de dispositivos transdutores, e aqueles que não empregam a realimentação física da
velocidade, fazendo uso de estimadores de velocidade. A realimentação ou "Feedback", permite "enxergar" o
movimento do eixo do motor possibilitando controlar a velocidade e o torque com
alta precisão mesmo em velocidades muito pequenas, próximas de zero. A realimentação da velocidade é
realizada utilizando um gerador de pulsos, conhecido com "Encoder". Alguns equipamentos
permitem a utilização dos dois modos, sendo necessário uma placa opcional para a operação de
malha fechada.
A operação sem a realimentação da velocidade é também conhecida como "Sensorless". Nesse caso, o
algoritmo de controle torna-se mais complexo pois o inversor deve calcular através de artifícios
matemáticos a velocidade do motor. A operação sem realimentação possui performance inferior à
operação com realimentação.
Os Inversores Vetoriais necessitam da programação de todos os parâmetros do motor como, resistências
elétricas, indutâncias, correntes nominais do rotor e estator, dados esses normalmente não encontrados
com facilidade. Para facilitar o set-up, alguns inversores dispõem de sistemas de ajustes automáticos
também conhecidos como "Auto-tunning", não sendo necessário a pesquisa de dados
sobre o motor

Exemplo de como calcular a Potencia do Inversor

. Potência do inversor:
Para calcularmos a potência do inversor, temos que saber qual o motor (e
qual carga) ele acionará. Normalmente a potência dos motores é dada em CV
ou HP. Basta fazer a conversão em watts, por exemplo:
Rede elétrica =
380Vca Motor = 1
HP
Aplicação = Exaustor
industrial Cálculos:
1HP = 746W. Portanto, como a rede elétrica é de 380Vca e os inverssores
(normalmente) possuem fator de potência igual a 0,8 (cosφ = 0,80),
teremos: CI = Corrente do inversor

CI = Potência em Watts / Tensão na rede ×

cosφ CI = 746 Watts / 380 × 0,8 = 2,45 A

Tensão de entrada = 380 Vca


Tensão de entrada = 380 Vca (arredondando 2,45 para cima)

Como Instalar um inversor de frequêcia


A única regra comum a todos os modelos e aplicações é tomar cuidado para não confundir os bornes de
entrada de energia (R, S e T); com a saída para o motor (U, V e W). Com exceção desta regra o restante da
instalação dependerá do modelo e da aplicação. Para concretizar melhor a idéia vamos a um exemplo:
Referencias Bibliograficas
http://www.if.ufrgs.br/~lang/Textos/Motor_induc.pdf
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_das_Correntes
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAh74AK/softstarte-inversor-frequencia?part=5
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAACeYAH/inversores-
frequenciahttp://coral.ufsm.br/desp/luizcarlos/aula2of2.pdf
http://www.em.ufop.br/cecau/monografias/2012/Milton%20Gontijo%20Ferreira%20Junior.pdf
http://www.faatesp.edu.br/publicacoes/inversor2.pdf
http://coral.ufsm.br/desp/luizcarlos/aula2of2.pdf
http://www.faatesp.edu.br/publicacoes/inversor1.pdf
http://www.mecatronicaatual.com.br/educacao/1508-modulao-pwm-nos-inversores-de-frequncia
http://www.clubedaeletronica.com.br/Eletricidade/PDF/Inversor%20de%20frequencia.pdf
http://coral.ufsm.br/desp/luizcarlos/aula2of2.pdf

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