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IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof.

Júlio César TOMIO

LIMITES E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO

O que estudaremos em:

Limites:
1. Definição e Notações
2. Análise de um Limite graficamente
3. Cálculo de um Limite algebricamente
4. Encontrando Assíntotas através de Limites
5. Propriedades dos Limites
6. Limites Fundamentais

Continuidade:
1. Definição de Continuidade num ponto
2. Definição de Continuidade em extremidades e num intervalo
3. Tipos de Descontinuidade
4. Aplicações

Por que estudaremos Limites?


Os valores de algumas funções variam continuamente: quanto menor a variação da variável independente
[normalmente representada por x], menor a variação no valor [f(x)] da função. Outras funções têm seus valores variando
de forma imprevisível ou ainda, “saltando” de um valor para outro, quando variamos “controladamente” os valores da
variável independente. A noção de Limite é uma ferramenta matemática que permite analisar e identificar tais
comportamentos, permitindo com isso uma interpretação mais apurada da função como um todo. A determinação das
equações de assíntotas, presentes na representação gráfica de algumas funções, também faz parte dessa interpretação mais
apurada.
Durante muito tempo, o conceito de Limite foi ferramenta essencial para a construção de gráficos de funções mais
complexas. Atualmente, é muito simples encontrarmos em sites da internet, ou mesmo em celulares, softwares que fazem
rapidamente o gráfico de muitos tipos de funções. Entretanto, até os “bons” softwares apresentam limitações que podem
“confundir” os menos avisados. Algumas dessas limitações apresentadas pelos programas gráficos podem ser superadas,
aplicando-se convenientemente algum conceito de Limite e Continuidade. Veremos isso no decorrer do nosso estudo.
No cálculo superior, existem o que chamamos de “as sete indeterminações”, que são operações matemáticas
envolvendo os números 0 [zero] e 1 [um] e também o infinito [] e que não possuem um resultado determinado. O estudo
dos Limites possibilitará um importante contato com essas entidades, embora não faremos um estudo específico para isso.
Finalmente, o conceito de Limite é uma das ideias essenciais para o entendimento de um importante conceito: a
derivada [que será nosso próximo tópico de estudo] e também de vários outros conceitos subsequentes presentes no
Cálculo Diferencial e Integral.

NOTA: O estudo “completo” de Limites é amplo e rigoroso [você deve verificar isso na bibliografia dada a seguir] e foge do
objetivo do nosso curso. Por isso, trabalharemos com a definição “informal” de Limite e o estudo dos Limites
algébricos abordará casos envolvendo apenas alguns tipos de indeterminações, até por que, com o conhecimento
da Regra de L'Hopital [que será um tópico dentro do estudo das Derivadas], podemos dispensar vários “artifícios”
que tradicionalmente são explorados no estudo dos Limites. O que se espera que você saiba sobre Limites pode ser
alcançado sem a necessidade de um estudo profundo, e sim da forma como abordaremos neste material. Será
contemplado o que se julga necessário para desenvolver com desenvoltura, qualquer tema de Cálculo I e II do seu
curso de Graduação, que envolva de alguma maneira o conceito de Limite. Além disso, você estará apto a interagir
em situações que necessite do entendimento de Limites nas unidades curriculares “técnicas” do seu curso.

Por que estudaremos Continuidade de uma função?


Muitas “ferramentas” e conceitos que serão desenvolvidos no decorrer das unidades curriculares que envolvem o
Cálculo Superior são aplicados [ou possíveis] para Funções Contínuas. Inúmeros fenômenos físicos são contínuos. Será
comum você encontrar definições do tipo: ...”considere uma função contínua para todo o intervalo dado”... Em casos como
estes, podemos dizer que situações de descontinuidade são desfavoráveis. Assim, o conceito de Continuidade será abordado
de forma direta e objetiva, priorizando o entendimento amplo e o aspecto geométrico.

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REFERÊNCIAS

Este material foi produzido com base em parte da bibliografia abaixo e também através da experiência docente do autor,
contando ainda com contribuições de colegas professores.

Normalmente, as Referências Bibliográficas aparecem nas últimas páginas de um livro ou material. Apresento estas
referências aqui, objetivando sempre lembrá-lo que a busca por outras fontes de informação é um fator essencial e de
grande importância em qualquer tipo de estudo que se queira realizar.

Os títulos apresentados a seguir são de ótima qualidade e podem ser encontrados em nossa biblioteca. Consulte-os!

 THOMAS, George B. et al. Cálculo v. 1. 11. ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2008.
 ANTON, Howard; BIVENS, Irl; DAVIS, Stephen. Cálculo. v. 1. 8. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007.
 FLEMMING, Diva M.; GONÇALVES, Mirian B. Cálculo A: funções, limite, derivação, integração. 6. ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2007.
 STEWART, James. Cálculo. v. 1. 6. ed. Cengage Learning, 2009.
 HUGHES-HALLETT, Deborah et al. Cálculo de uma variável. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004.
 HIMONAS, A. Alexandrou; HOWARD, Alan. Cálculo: Conceitos e Aplicações. 1. ed. LTC, 2005.

Nota: Além de rever toda a teoria e resolver todos os exercícios deste material, você pode melhorar seus conhecimentos
procurando por sites na internet e vídeos no youtube que tenham a teoria e/ou exercícios sobre o assunto. Experimente!

Não tenha medo de crescer lentamente. Apenas tenha medo de ficar parado.
[Provérbio chinês]

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LIMITES

Conceitos Iniciais e Notações Básicas

[Situação 1] Sob temperatura constante, o volume de certa massa de um gás (perfeito) é função da pressão a que o
k
mesmo está submetido. O gráfico abaixo representa tal relação e sua lei de associação é: V  , onde k é uma constante
P
que depende da massa e da temperatura do gás em questão e P0 [não tem sentido físico considerar a pressão P como
sendo nula ou negativa].

50

40
Volume (cm3)

30

20

10

0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
Pressão (atm)

k
a) Com respeito à função V  , o que se pode dizer de V quando P diminui, tendendo a zero?
P
b) Para essa função, o que acontece com V quando P cresce, tornando-se um valor muito grande, tão grande quanto se
queira, isto é, quando P tende para o infinito positivo?

Resolução:

a) Quando P diminui, tendendo a zero, escrevemos: P  0 , ou seja, P tende a zero por valores maiores que zero
[dizemos que P tende a zero pela direita]. Quando isto acontece, o valor de V se torna muito grande, tão grande quanto
se queira, isto é, V tende para um valor infinitamente grande e escrevemos: V   [dizemos que V tende para “mais”
infinito].

Para exprimir essa simultaneidade de tendências, utilizamos a notação de limite: lim V  lim (k / P)    .
P0 P0

b) Quando P aumenta, tornando-se muito grande, tão grande quanto se queira, isto é, quando P   ; V tenderá a
zero, ou seja, V  0 . Isto não significa que o volume será zero!
Utilizando novamente a linguagem de limite, temos: lim V  lim (k / P)  0 .
P  P 

1 1 1 1
[Situação 2] Calcule a soma da série infinita:     ...
2 4 8 16

Resolução:
1
A seqüência apresentada neste caso é uma progressão geométrica [PG] de infinitos termos em que a1  [1º termo] e
2
1
q [razão]. Logo a soma solicitada pode ser calculada através da expressão já conhecida no ensino médio:
2
a1 N 1 

1/ 2
S   e, portanto S  1 . Podemos detalhar a notação: lim  2n 
 lim S N  S   1 .
1  q 1  (1 / 2) N  
 n1 2  N  

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Para tornar mais visual o resultado que acabamos de obter, imaginemos um quadrado de lado unitário e assim, o número
1 [um] representa a sua área.

1 uc
1
Vamos encaixar no espaço desse quadrado o retângulo, que será representado pelo número [que é sua área].
2

1
Em seguida encaixemos, no espaço restante do quadrado original, o quadrado de área .
4

1
Em seguida encaixemos, no espaço restante no quadrado original, o retângulo (que representará o número ).
8

1
Em seguida encaixemos, no espaço restante no quadrado original, o quadrado (que representará o número ).
16

E assim sucessivamente vamos encaixando, no espaço restante do quadrado original, os retângulos e quadrados, que têm
1 1 1 1
suas áreas representadas na seqüência infinita de números: , , , ,... que formam uma PG.
32 64 128 256
Dessa forma, parece-nos que fica intuitivo perceber que, com um número finito de encaixes, o espaço do quadrado original
nunca será totalmente preenchido (o que mostra S n  1 ). Por outro lado, com um número convenientemente grande de
retângulos e quadrados, podemos tornar o espaço restante no quadrado original tão pequeno quanto desejarmos (o que
mostra que S n  1 ou, em outros símbolos, S   1 ).

Observação: Com a aplicação conveniente do conceito de limites, em algumas situações, podemos encontrar informações
que “inicialmente” podem ser difíceis de identificar.

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Noção Intuitiva

Seja a função f ( x)  2 x  1 . Vamos dar valores a x que se aproximem de 1, pela direita (valores maiores que 1) e pela
esquerda (valores menores que 1), e calcular o valor correspondente a y:

x y = 2x+1 x y = 2x+1
0,5 2 1,5 4
0,7 2,4 1,3 3,6
0,9 2,8 1,1 3,2
0,95 2,9 1,05 3,1
0,98 2,96 1,02 3,04
0,99 2,98 1,01 3,02
0,999 2,998 1,001 3,002

Representação gráfica:

Notamos que, à medida que x se aproxima de 1 [tanto pela direita quanto pela esquerda], y se aproxima de 3, ou seja,
quando x tende para 1 [ escrevemos x  1 ], y tende para 3 [ escrevemos y  3 ]. Para isso, escrevemos:

lim f ( x)  3 ou lim (2 x  1)  3
x1 x1

Definição INFORMAL: De forma geral, escrevemos: lim f ( x)  L


xa

quando x se aproxima de a [ x  a ] e f (x) se aproxima de L [ f ( x)  L ].

A definição acima foi denominada “informal”, pois a definição mais precisa de limite requer um estudo mais profundo, que no
momento não é de extrema necessidade. Destaca-se ainda que a expressão “se aproxima” é relativamente imprecisa, pois a
aproximação depende de um contexto [o que é “aproximado” para um caso pode não ser para outro – pense a respeito!].

Teorema:

Uma função f (x) terá um limite quando x se aproximar de a , se e somente se, existir um limite lateral à direita e um à
esquerda, e esses dois limites laterais forem iguais. Simbolicamente:

lim f ( x)  L  lim f ( x)  L  lim f ( x)


xa xa xa

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Exemplos:

x2  9
1) Seja a função racional f ( x)  com D  { x   | x  3} . Graficamente, temos:
x3
y

Assim, determine o que se pede abaixo:

6 lim f ( x)  6
x3

3
lim f ( x)  6
x3

lim f ( x)  6
x3
–3
0 3 x f (3)  [ não existe para f ( x) ]

Nota: Veremos mais adiante que um limite também pode ser encontrado algebricamente.

Importante:

O valor do limite de uma função f (x) quando x  k não depende de como a função é definida para f (k ) . Veja:

lim f ( x)  2 lim g ( x)  2 lim h( x)  2


x1 x1 x1

 f (1) g (1)  1 h(1)  2

Observe que os limites das funções f (x) , g (x) e h(x) quando x  1 são iguais, entretanto temos f (1)  g (1)  h(1) .
A função h(x) é dita contínua no ponto em que x  1 , enquanto as funções f (x) e g (x) são descontínuas no ponto em
que x  1 [trataremos sobre a “continuidade” de uma função, num estudo logo a seguir].

É muito importante que você sempre considere que no cálculo de lim f ( x) o que nos “interessa” é o
xa
comportamento de f (x) quando x se aproxima de a e NÃO o que ocorre com f (x) quando x  a .

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2) Dada a função f (x) abaixo, construa o seu gráfico.

 x  7, se x  3

f ( x)   5 , se x  3
 2 , se x  3

Determine, se existir:

a) lim f ( x)  2 e) lim f ( x)  2
x3 x

b) lim f ( x)  4 f) lim f ( x)   
x3 x

c) lim f ( x)   g) lim f ( x)  1
x3 x6

d) f (3)  5 h) lim f ( x)  2
x0

3) Calcule algebricamente os limites dados a seguir:

a) lim (7 x  7)  14 c) lim (2t  8)1/ 3  2 e) lim (12 )  12


x3 t 0 x5

3a  3 2x 2  7 1
b) lim (11  n)1973  1 d) lim 0 f) lim 
n 12 a 1  4 x 2 x  5 7

4) Dada a função f ( x)  2 x , esboce o seu gráfico e determine:

a) lim f ( x)   
x

b) lim f ( x)  0
x

c) A equação da assíntota horizontal: y0

1 0 1
Observação: e  
 0

Pense a respeito e tire suas próprias conclusões!

Definição – Assíntota Horizontal:

A reta yn é uma assíntota horizontal do gráfico da função f (x) se: lim f ( x)  n ou lim f ( x)  n .
x x

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5) A população de uma determinada espécie animal em um zoológico varia através da seguinte lei: N (t )  ,
5  4e  t / 4
onde N (t ) é o número de animais e t é o tempo em semanas. Descreva o que acontece com a população no decorrer do

tempo. Verifique a sua conclusão calculando: lim N (t ) .


t 

x2  x  2
6) Dada a função racional y e o seu gráfico [abaixo], determine a equação da assíntota vertical e também
x2  x
o domínio dessa função.

Definição – Assíntota Vertical:

A reta xk é uma assíntota vertical do gráfico da função f (x) se: lim f ( x)    e/ou lim f ( x)    .
xk xk

0 
Nota: As Sete Indeterminações do Cálculo: , ,    , 0   , 0 0 ,  0 , 1 .
0 

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EXERCÍCIOS – Limites

1) Os cientistas P. F. Verhulst, R. Pearl e L. J. Reed, contrariando a teoria de Malthus de que as populações crescem em
progressão geométrica, propuseram uma lei de crescimento populacional cujo gráfico tem o seguinte aspecto:

Para Pearl e Reed as condições físicas determinavam um limite superior L


para a população de uma região ou país e, utilizando os censos norte-
americanos de 1790 a 1910, obtiveram a lei experimental:

197,274
P
1  67,32 . (1,03)  t
onde P é a população norte-americana, em milhões de habitantes, t anos
após 1790. Assim, calcule o limite da função P , quando t    .

2) Considere uma lente delgada convergente de distância focal f (nas lentes convergentes, f  0 ). E seja “e” o eixo
principal dessa lente:

Seja P um objeto situado em “e”, e P a imagem


correspondente. As abscissas p de P e p  de P , tomadas
em relação ao centro óptico O da lente, se relacionam através da
equação de Gauss:
1 1 1
 
p p f

fp
Dessa equação tiramos que: p   .
p f

E se construirmos o gráfico de p  em função de p , obteremos:

Observando o gráfico dado, calcule:

a) lim p d) lim p
P   Pf 

b) lim p e) lim p
P 0 P  2f

c) lim p f) lim p
Pf  P  

60
3) A população de uma colônia de bactérias varia segundo a função definida por: P(t )  , onde P(t ) é dada em
5  7e  t
bilhões e t em dias. Descreva o que acontece com a população no decorrer do tempo. Verifique a sua conclusão achando o

valor do lim P(t ) .


t 

 x  1 , se x  3
4) Seja a função definida por f ( x)   . Calcule os limites:
3x  7 , se x  3
a) lim f ( x) b) lim f ( x) c) lim f ( x) d) lim f ( x) e) lim f ( x)
x3– x3 x3 x5 x13

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5) Considere a função modular f ( x)  | x  4 | . Determine os limites indicados e construa o gráfico de f (x) .


a) lim f ( x) b) lim– f ( x) c) lim f ( x)
x 4  x4 x 4

 1 / x , se x  0
 2
 x , se 0  x  1
6) Dada a função: f ( x)   , construa seu gráfico e calcule os limites indicados, se existirem.
 3 / 2 , se x  1
2  x, se x  1

a) lim f ( x) b) lim f ( x) c) lim f ( x) d) lim– f ( x)


x1– x1 x 0  x0

e) lim f ( x) f) lim f ( x) g) lim f ( x) h) lim f ( x)


x 0 x 2  x 2 – x 2

7) Determine os limites dados a seguir, caso existam.

2   1    5  (7 / x ) 
a) lim
  3
x  x
c) lim  
x  2  (1 / x ) 
e) lim  2 
x  3  (1 / x ) 

2   1    5  (7 / x ) 
b) lim   3 d) lim   f) lim  2 
x  x  x  2  (1 / x )  x  3  (1 / x ) 

8) Discuta o comportamento da função f ( x)  1 / x 2 próximo de x  0 e também quando x   e x    .

9) Discuta o comportamento da função f ( x)  1 / x próximo de x  0 e também quando x   e x    .

10) Seja f (x) a função definida em cada gráfico apresentado a seguir. Intuitivamente, encontre se existir:

a) b)

lim f ( x)  lim f ( x) 
x 2  f ( 2 )  x2 f ( 2) 

lim f ( x)  lim f ( x)  lim f ( x)  lim f ( x) 


x 2  x  x2 x 

lim f ( x)  lim f ( x)  lim f ( x)  lim f ( x) 


x 2 x  x2 x 

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c) d)

lim f ( x)  f (1)  lim f ( x) 


x  1
x 0  f ( 0) 

lim f ( x)  lim f ( x)  lim f ( x) 


x  1 x   lim f ( x) 
x 0  x  

lim f ( x)  lim f ( x) 
x  1 x   lim f ( x)  lim f ( x) 
x 0 x  

e) f)
y

1
2

0 x

–1

lim f ( x)  lim f ( x) 
x 0  f ( 0)  x2 f ( 2) 

lim f ( x)  lim f ( x)  lim f ( x)  lim f ( x) 


x 0  x   x2 x 

lim f ( x)  lim f ( x)  lim f ( x)  lim f ( x) 


x 0 x   x2 x 

Reflita se puder... O homem é uma fração, cujo numerador corresponde ao que ele é, enquanto o denominador, é o que acredita ser. [Tolstoi]

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g) h)

lim f ( x)  lim f ( x) 
x2 f ( 2)  x 3 f (3) 

lim f ( x)  lim f ( x)  lim f ( x)  lim f ( x) 


x2 x  x 3 x  

lim f ( x)  lim f ( x)  lim f ( x)  lim f ( x) 


x2 x  x 3 x  

i) j)

lim f ( x)  lim f ( x)  lim f ( x) 


x  2  f (  2)  x 0  x  

lim f ( x)  lim f ( x)  lim f ( x)  lim f ( x) 


x  2  x   x 0  x  

lim f ( x)  lim f ( x)  lim f ( x)  lim f ( x) 


x  2 x   x 0 x 1, 5

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k) l)

lim f ( x)  f (1) 
lim f ( x)  f ( 2) 
x 1
x2

lim f ( x)  lim f ( x) 
lim f ( x)  lim f ( x)  x 1 x  
x2 x  

lim f ( x)  lim f ( x) 
lim f ( x)  lim f ( x)  x 1 x  
x 1 x  

 3 , se x  3

11) Seja f ( x)   1 , se x  3 a função representada pelo gráfico abaixo:
 1, se x  3
 y

1

3
0 x

–1

Determine, se existir:

a) lim f ( x) b) lim f ( x) c) lim f ( x) d) lim f ( x)


x3– x3 x3 x

e) lim f ( x) f) lim f ( x) g) lim f ( x) h) lim f ( x)


x x5 x14 x0

Para descontrair [se puder...]

Nota: a “piadinha matemática” ao lado,


apesar de bem bolada, apresenta um
erro sutil. Você é capaz de dizer qual é?

Para refletir: Nós somos o que fazemos repetidas vezes. Portanto, a excelência não é um ato, mas um hábito. [Aristóteles]

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RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS

1) L = 197,274 milhões de habitantes

2a) f 2b) 0 2c) –  2d)  2e) 2f 2f) f

3) Com o decorrer do tempo, a população se aproxima de 12 bilhões de bactérias

4a) 2 4b) 2 4c) 2 4d) 8 4e) –14

5a) 0 5b) 0 5c) 0 Gráfico logo abaixo!

6a) 1 6b) 1 6c) 0 6d) –  6e) não existe 6f) 0


6g) 0 6h) 0 Gráfico abaixo!

[Gráfico Questão 5] [Gráfico Questão 6]

7a) –3 7b) –3 7c) 1/2 7d) 1/2 7e) –5/3 7f) –5/3

8) lim f ( x)  lim f ( x)  lim f ( x)   . Isso implica que a função tem assíntota vertical com equação: x  0 .
x0 x0 x0

lim f ( x)  lim f ( x)  0 . Isso implica que a função tem assíntota horizontal com equação: y  0 .
x x

Nota: Veja o gráfico da questão 8 na página seguinte!

9) lim f ( x)    e lim f ( x)   . Isso implica que a função tem assíntota vertical com equação: x  0 .
x0 x0

lim f ( x)  lim f ( x)  0 . Isso implica que a função tem assíntota horizontal com equação: y  0 .
x x

Nota: Veja o gráfico da questão 9 na página seguinte!

Para refletir: É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer. [Aristóteles]

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Gráfico de f ( x)  1 / x 2 [Questão 8] Gráfico de f ( x)  1 / x [Questão 9]

10) As respostas estão abaixo!

a) lim f ( x)  4 lim f ( x)   lim f ( x)   f (2)  4 lim f ( x)  4 lim f ( x)  


x 2 x2 x 2 x  x 

b) lim f ( x)   lim f ( x)   lim f ( x)   f (2)  3 lim f ( x)  1 lim f ( x)  1


x 2  x 2  x 2 x  x 

c) lim f ( x)  5 lim f ( x)  5 lim f ( x)  5 f (1)  0 lim f ( x)  1 lim f ( x)  


x 1 x 1 x1 x  x 

d) lim f ( x)   lim f ( x)   lim f ( x)   f (0)  0 lim f ( x)  1 lim f ( x)  1


x0 x0 x0 x  x 

e) lim f ( x)  3 lim f ( x)   lim f ( x)   f (0)  3 lim f ( x)   lim f ( x)  1


x 0  x0 x0 x  x 

f) lim f ( x)  4 lim f ( x)  1 lim f ( x)   f (2)  2 lim f ( x)  1 lim f ( x)  4


x 2  x 2  x 2 x  x

g) lim f ( x)  3 lim f ( x)  0 lim f ( x)   f (2)  2 lim f ( x)  6 lim f ( x)  


x 2  x 2  x 2 x x 

h) lim f ( x)   lim f ( x)   lim f ( x)   f (3)  1 lim f ( x)  4 lim f ( x)  1


x 3 x 3 x3 x  x 

i) lim f ( x)  0 lim f ( x)  0 lim f ( x)  0 f (2)   lim f ( x)   lim f ( x)  


x 2 x 2 x 2 x  x 

j) lim f ( x)  0 lim f ( x)  0 lim f ( x)  0 lim f ( x)   lim f ( x)   lim f ( x)  2,5


x 0 x 0 x0 x  x  x1, 5

k) lim f ( x)  0 lim f ( x)  0 lim f ( x)  1 f (2)  0 lim f ( x)   lim f ( x)  


x 2  x 2  x 1 x  x 

1 lim f ( x)   lim f ( x)   1 lim f ( x)   1


l) lim f ( x)  x 1 x1
f (1)  x 
lim f ( x) 
x 1 2 2 x  2

11a) –1 11b) 3 11c) Não existe 11d) –1 11e) 3


11f) 3 11g) 3 11h) –1

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A Definição Formal de Limite

Seja f (x) uma função definida em um intervalo aberto em torno de x 0 , exceto talvez em x 0 . Dizemos que f (x) tem
limite L quando x tende a x 0 e escrevemos:

lim f ( x)  L ,
x  x0

se para cada número  0 existir um número correspondente  0 tal que, para todos os valores de x,

0  | x  x0 |    | f ( x)  L |   .

Ao lado, temos uma ilustração que

destaca a relação entre  e  na

definição de limite.

Propriedades dos Limites

Considere, para este estudo, que a notação lim representa uma das notações: lim , lim , lim , lim , lim .
x a x a – x a  x  x 
Assim, se existirem lim f ( x)  L1 e lim g ( x)  L2 , então:

1) lim k  k , sendo k uma constante.

Exemplos: lim 5  5 e lim 14  14


x2 x

2) lim [ k  f ( x) ]  k  [ lim f ( x) ]  k  L1 , onde k é uma constante.

Exemplo: lim (5 x  5)  lim [5.( x  1)]  5  lim ( x  1)  5  (1  1)  5  (2)  10


x1 x1 x1

3) lim [ f ( x)  g ( x) ]  [ lim f ( x)]  [ lim g ( x)]  L1  L2

Exemplo: lim ( x 2  3x  2)  lim( x 2 )  lim(3x)  lim(2)  (22 )  (3  2)  (2)  4  6  2  8


x2 x2 x2 x2

4) lim [ f ( x)  g ( x) ]  [ lim f ( x)]  [ lim g ( x)]  L1  L2

Exemplo: lim (3x  5x)  lim (3x)  lim (5 x)  (3.2)  (5.2)  6  10  60


x2 x2 x2

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 f ( x)  lim f ( x) L
5) lim     1 , desde que L2  0 .
 g ( x)  lim g ( x) L2

 2x  lim(2 x) (2.1) 2 1
Exemplo: lim    x1   
x1 x  3 lim( x  3) (1  3)
  x1
4 2

6) lim n f ( x)  n lim f ( x)  n L1 , desde que L1  0 quando n for par.

Exemplo: lim x 4  4 x  1  lim( x 4  4 x  1)  16  8  1  9  3


x2 x2

7) lim [ f ( x) ]n  [ lim f ( x) ]n  [ L1 ]n , desde que [ L1 ]n seja um número real.

Exemplo: lim( x  2) 2  [ lim( x  2) ]2  [1  2]2  [3]2  9


x1 x1

8) lim [ ln f ( x)]  ln [ lim f ( x)]  ln [ L1 ] , desde que L1  0 , sendo a propriedade análoga para loga [ f ( x)]

Exemplo: lim (log x)  log [ lim x ]  log10  1


x10 x10

9) lim [sen f ( x)]  sen [ lim f ( x)]  sen [ L1 ] ou lim [cos f ( x)]  cos [ lim f ( x)]  cos[ L1 ]
Exemplo: lim (cos3x)  cos[ lim 3x ]  cos 3   1
x x

Casos Especiais:

10) Limite de Polinômios quando x  


O polinômio p( x)  c0  c1 x  ...  cn x n , comporta-se exatamente como o seu termo de maior grau quando x    .
O sinal varia conforme o esquema a seguir:

 , para n  2 , 4 , 6 , ...
 lim x   ,
n
para n  1, 2 , 3 , ...  lim x n  
x x
 , para n  1 , 3 , 5 , ...
n
Nota: Quando se multiplica o termo x por um número real positivo, não se afeta o valor do limite, entretanto quando se
n
multiplica x por um número real negativo, inverte-se o sinal do respectivo limite. Observe os exemplos a seguir:

 lim (7 x  4 x  2 x  9)  lim (7 x )   
5 3 5
Exemplos:
x x

 lim (6 x  5 x  8 x  2)  lim (6 x )   
3 2 3
x x

 lim 2 x 5    lim 4 x 6    lim  7 x8  


x   x   x  

 lim 2 x 5    lim 4 x 6    lim  7 x8  


x   x   x  

0 0 0
Observe:
 2 6 1   2 6 1 
lim (9 x 4  2 x 3  6 x  1)  lim x 4.  9   3  4   lim x 4  lim  9   3  4   lim x 4  lim (9)
x x  x x x  x  x   x x x  x x

lim 9 x 4    Portanto: lim (9 x 4  2 x 3  6 x  1)  lim 9 x 4   


x x x

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11) Limite de Funções Racionais quando x  


p ( x)
Lembre-se que uma função racional f (x) é uma razão entre polinômios. Simbolicamente: f ( x)  com q( x)  0 .
q( x)
   se m  n

 a x   a
m
Após a eliminação dos termos de menor grau, aplicamos: lim  0 n    0 se m  n
x
 b0 x   b0
 0 se m  n
Exemplos:

lim 124 x  9 x propriedad lim  9 x2  simplifica


2 3 3

x x  3 x  7
   e
x x 
  xlim
ção

(9 x)    pois m  n

lim 5 x 14 propriedad lim  5 x 4  simplifica  5   1


4 4
●   e
  xlim
ção
 10 
pois m  n
 x 3
x 10x 4 x   10x  2

73  8 x
● lim propriedad
  e
lim   8 x  simplifica
  xlim
ção   8   0 pois m  n
x x2  6x x x 2   x 

x2  x  2
● Dada a função racional y e o seu gráfico [abaixo], determine a equação da assíntota horizontal e
x2  x
também o conjunto imagem dessa função.

12) Limite de Funções Racionais quando ocorre indeterminação [do tipo 0/0]

Quando calculamos algebricamente um limite, existem situações em que, quando substituímos x  a no limite lim f ( x) ,
xa

encontramos uma das sete indeterminações do Cálculo:


0 ,  ,    , 0   , 00 ,  0 , 1 . Como existem muitos
0 
tipos de funções para cada uma das indeterminações, também existem diversos artifícios algébricos para resolvê-los.

Neste momento, abordaremos apenas uma situação. Veja:

Exemplos:

(4 x  2)( x  3)
1) Calcule o valor de: lim
x 3 x 3
Resolução:
(4 x  2)( x  3) 0
Fazendo a substituição de x  3 no limite dado, temos: lim   Indeterminação!
x3 x 3 0

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Quando a substituição do valor de x resulta em uma indeterminação [como neste caso], não significa que o limite não
exista, até porque estamos interessados no comportamento da função quando x  3 e não quando x  3 .

Assim, devemos fazer uso de artifícios matemáticos para “eliminar” a indeterminação para então chegarmos ao verdadeiro
valor do limite.

(4 x  2)( x  3)
Sabendo disso, podemos observar que a função racional em questão f ( x)  tem fatores do 1º grau
x3
( x  3) comuns no numerador e no denominador. Logo, simplificando a função, damos origem a uma nova:

(4 x  2)( x  3)
f ( x)   s ( x)  4 x  2 .
x3

(4 x  2)( x  3)
Finalmente, podemos escrever o valor do limite procurado: lim  lim (4 x  2)  14
x3 x 3 x3

(4 x  2)( x  3)
Nota: Vale destacar que as funções f ( x)  e s ( x)  4 x  2 são diferentes em x  3 , entretanto
x3
temos que: lim f ( x)  lim s( x) .
x3 x3

2) Calcule: lim 3x 12


x  4 2 x 2  2 x  24

Resolução:

3x 12  0 
Fazendo a substituição de x   4 no limite dado, temos: lim Indeterminação!
x  4 2 x 2  2 x  24 0

Neste tipo de limite, se o numerador e o denominador se aproximam de zero quando x  a , então o numerador e o
denominador terão um fator comum ( x  a) e o limite pode [frequentemente] ser obtido cancelando-se os fatores comuns.
Veja:

3x 12 3.( x  4) 3 3x 12


lim  lim  lim   3  lim   3
x  4 2 x  2 x  24
2 x  4 2.( x  4).(x  3) x  4 2.( x  3) 14 x  4 2 x 2  2 x  24 14

Nota: O denominador da função racional [no limite em questão] é representado por uma função quadrática. Eis que tal
expressão pode ser fatorada em termos do primeiro grau. Formalmente, podemos escrever:

ax2  bx  c  a( x  x)(x  x) sendo que x  e x são as raízes da equação ax2  bx  c  0 .

Resolvendo a equação do 2º grau 2 x 2  2 x  24  0 [pela fórmula de Bhaskara ou por qualquer outro método adequado]
encontramos as raízes x   4 e x  3 .
Nota:

A expressão quadrática x  6 x  9
2
Assim, neste caso temos: 2 x 2  2 x  24  2.( x [4]).( x  3)
pode ser escrita de duas maneiras:

Simplificando a expressão: 2 x 2  2 x  24  2.( x  4).(x  3) x 2  6 x  9  ( x  3)(x  3)


ou

Observação: Vale relembrar que, neste estudo, consideramos x , x  ℝ. x 2  6 x  9  ( x  3) 2

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Exemplo: Revisitando o exemplo 1 [página 6] – Encontrando o limite algebricamente!

x2  9
 Seja a função racional f ( x)  com D  { x   | x  3} . Determine lim f ( x) algebricamente.
x3 x3

Resolução:
 x2  9 
Como queremos encontrar o lim   algebricamente, podemos substituir o valor de x3 no mesmo para
x3
 x3 
“tentarmos” encontrar o seu valor correspondente [lembre-se que no limite ocorre que x 3 e não que x  3 ].

Fazendo isso, encontramos:

 x 2  9   32  9   0 
lim         [?]  o que já era esperado, pois D f  { x   | x  3} .
x3
 x3   33   0 

0
A expressão é uma INDETERMINAÇÃO do Cálculo [uma das sete existentes] o que impossibilita determinar o limite
0
diretamente. Para isto, utilizaremos um artifício matemático para transformar a função f (x) em outra função que tenha o

mesmo limite para x  3 . Assim, faremos aqui o uso do produto notável: (a  b).(a  b)  a 2  b 2 . Veja a seguir:

 x2  9   x 2  32   x2  9 
  lim 
( x  3)( x  3) 
lim    lim    lim ( x  3)  (3  3)  6  lim   6
x3
 x3  x 3
 x3  x 3  x3 x3 x3
 x3 

x2  9
Note que o gráfico da função f ( x)  com D  { x   | x  3} difere do gráfico da função simplificada
x3
s( x)  x  3 com D   apenas no ponto (3 , 6) , pois: (3 , 6)  s( x) e (3 , 6)  f ( x) .

Entretanto: lim f ( x)  lim s( x)  6


x3 x3

Graficamente, temos:

y x2  9 y
f ( x)  s ( x)  x  3
x3

6 6

3 3

–3 –3
0 3 x 0 3 x

D  { x   | x  3} D

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Alguns Lembretes Úteis!

Fatoração de Polinômios:

● ax2  bx  c  a( x  x)(x  x) sendo que x e x são as raízes da equação ax2  bx  c  0
● ax3  bx2  cx  d  a( x  x)(x  x)(x  x) sendo que x  , x e x  são as raízes da equação ax3  bx2  cx  d  0

Produtos Notáveis:

● (a  b)2  (a  b)2  a2  2ab  b2


● (a  b)2  (a  b)2  a2  2ab  b2
No nível de estudo que nos encontramos, você já
● (a  b) 3  a 3  3a 2b  3ab2  b 3 deve ter memorizado a fórmula que resolve uma

● (a  b) 3  a 3  3a 2b  3ab2  b 3 equação quadrática do tipo: ax2  bx  c  0 ,


conhecida como fórmula de Bhaskara:
● a  b  (a  b).(a  b)  (a  b).(a  b)
2 2
b 
x sendo que:   b 2  4ac
● a 3  b 3  (a  b)(a 2  ab  b 2 ) 2a

● a 3  b 3  (a  b)(a 2  ab  b 2 )

13) Limites em que ocorrem “outras” Indeterminações

0
Vimos anteriormente como resolver limites de funções racionais quando ocorre a indeterminação . Para resolvermos
0
 
  ,    , 0   , 0 ,  , 1  ,
0 0
algebricamente limites em que ocorrem outras indeterminações aplicamos

procedimentos específicos para cada caso. Veja dois deles:

Exemplos:

2x 2  1 
1) lim   Indeterminação!
x  3x  5 

 x2 1 1
2 2
2x  1
2
x2 x2 2
lim  lim  Substituindo x   temos: lim 
x  3x  5 x  5 x  5 3
 x2 3 3
x x

2) lim x2 1  x      Indeterminação!
x

lim  x2 1  x   x2 1  x
 lim
x2 1 x2
 lim
1
 Substituindo x   temos:
x 
x2 1  x x 
x2 1  x x 
x2 1  x
1 1
lim   lim x2 1  x  0
x 
x 1  x
2  x

Nota: Pesquise outros “artifícios” existentes que possibilitem resolver limites em que ocorrem as outras indeterminações!

Para refletir: Ouvi dizer que o governo iria cobrar impostos mais caros dos ignorantes em Matemática.
Engraçado! Eu pensei que a loteria já era justamente isso! [Gallagher]

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14) Limites Fundamentais

São três os chamados limites fundamentais:


Lembre-se que:
sen x e = 2,71828182...
a) lim 1 [Número de Euler]
x0 x

x
 1
b) lim 1    e
x
 x

ax 1
c) lim  ln a [com a > 0 e a  1]
x0 x

x
 1
Abaixo, a representação gráfica da função f ( x )  1   , onde o “limite fundamental” indica a existência de uma
 x
assíntota horizontal de equação: y  e .

Exercícios Resolvidos

sen 2 x
1) Determine o valor de lim .
x0 x

Podemos encontrar o limite em questão através de duas maneiras: Lembre-se que:

sen 
Resolução [I]: lim 1
0 

2
Multiplicando a função presente no limite por temos:
2

sen 2 x sen 2 x 2 sen 2 x  sen 2 x 


lim  lim   lim 2   2   lim  2 [ 1 ]  2
x0 x x 0 x 2 x 0 2x  2 x 0 2 x 

Resolução [II]:

Fazemos 2x  u . Assim quando x 0 segue que (u / 2)  0  u  0 . Substituindo no limite, temos:

sen 2 x 2 x  u sen u sen u  sen u 


lim  lim  lim 2   2  lim  2 [ 1 ]  2
x0 x u 0 u/2 u 0 u u0 u 

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2) Determinar lim [ ln(1 t )1/ t ] .


t 0

Resolução:

1 
Fazemos x . Assim, quando t 0 segue que x   . Substituindo no limite, temos:
t

 1/ t   1 x   1 1    ln e  1
x
lim [ ln(1 t )1/t ] x x  
   
x    x x  
lim ln 1 ln lim
t 0
  

ax  bx
3) Calcule lim , com a,b  0 e a,b  1.
x0 x
Resolução:
 ax   ax  
x
a  1
bx   1  x  1  
ax  bx b   lim b x   b    lim b x   lim  b 
x
lim  lim    [ 1 ] ln  a   ln  a 
x0 x x0 x x 0 x  x 0
 x 0 x b b

Exercícios – Propriedades dos Limites

1) Calcule os limites aplicando as propriedades:

a) lim (3  7 x  5 x 2 ) b) lim (3x 2  7 x  2) c) lim [( x  4)3. ( x  2) 1 ]


x0 x3 x1

x4 t 3 3x 4  1
d) lim e) lim f) lim
x 2 3x  1 t 2 t2 x x  1

4t 2  5t  6 x6  x4  2 x
g) lim h) lim i) lim
t  t5  2 x x3 x 100
14 8x 3 6  t3
j) lim k) lim l) lim
x x x  3 x t  7t 3  3

2) Obtenha os limites das funções racionais algebricamente, “eliminando” a indeterminação:

x2  9 49  x 2 5 x
a) lim b) lim c) lim
x 3 x  3 x 7 7 x x5 25  x 2
x2  x x3 x2  4x  3
d) lim e) lim f) lim
x0 x 2  3x x0 2x2  x x1 x 1
x 2  7 x  12 x 1 x2  2x  1
g) lim h) lim i) lim
x 4 x4 x1 x  3x  2
2 x1 x 1
x2 x3  8 x 3  27
j) lim k) lim l) lim
x 2 x2 4 x 2 x2 x3 x 2  5x  6

x2  4x  3 x 1 t 2  5t  6
m) lim n) lim o) lim
x1 x3  1 x1 x  3 x  2
2 t 2 t 2
x 2 1 x  x2 lim 40 18 x  2 x
2
p) lim q) lim r)
x 1 x 1 x0 2 x 2  14 x x  4 12  3x

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3) Calcule os limites dados abaixo:

x 2  6x  9 x3  4x x 2
a) lim b) lim c) lim
x x 3 x 2 x2 x 4 x4
x 1 x 2 1 x3  2x 1
d) lim e) lim f) lim
x 1 x 1 x 1 x2  x  2 x  x3  x
x 4 1
g) lim h) lim x 1 i) lim x 1
x 1 x 1 x x

4) Calcule os limites dados a seguir, fazendo uso dos limites fundamentais:

sen ( x) sen 3x tg x
a) lim b) lim c) lim
x0 x x0 sen 4 x x0 x

4x x x
 1  1   1
d) lim 1   e) lim 1   f) lim 1  
x – 
 x x 
 2x  x 
 3x 
4x
 1  1 cos x
g) lim 1  
x
 2x 
h) lim
x0 x2  [Dica: aplique a relação fundamental da trigonometria]

RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS

1a) 3 1b) 8 1c) 27 1d) 6/5 1e) 5/4

1f)   1g) 0 1h)   1i)   1j) 0

1k)   1l) –1/7

2a) 6 2b) 14 2c) 1/10 2d) –1/3 2e) 0

2f) –2 2g) 1 2h) –1 2i) 0 2j) 1/4

2k) 12 2l) 27 2m) –2/3 2n) 1 2o) –1

2p) 2 2q) 1/14 2r) 2/3

3a)   3b) 2 2 3c) 1/4 3d) 2 3e) 2/3

3f) 1 3g) 4 3h)   3i) Não existe!

4a)  4b) 3/4 4c) 1 4d) e


4
4e) e

4f)
3
e 4g) e
2
4h) 1/2

“Love Moment” at Limits...

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TÓPICO EXTRA: Resolvendo limites através da DIVISÃO DE POLINÔMIOS

P( x)
Podemos resolver algebricamente limites de Funções Racionais f ( x)  através da divisão do polinômio P(x) pelo
D( x)
polinômio D(x) . Isso pode ser feito quando o polinômio P(x) tem grau maior ou igual ao polinômio D(x) ,

simbolicamente escrevemos: gr( P)  gr( D) .

x 3  27 0
 Então vamos calcular o limite: lim  Note que neste caso ocorre a indeterminação do tipo
x3 x3 0

Resolução 1: Através da aplicação de produtos notáveis [como vimos anteriormente] temos:

x 3  27 ( x  3)( x 2  3x  9)
lim  lim  lim( x 2  3x  9)  32  3(3)  9  27
x3 x3 x3 x 3 x3

Resolução 2: Agora, vamos aplicar a DIVISÃO DE POLINÔMIOS pelo Método da Chave. Assim temos:

x 3  0 x 2  0 x  27 x3 Note que se:

 ( x 3  3x 2 ) x 2  3x  9 P( x) D( x)
3x 2  0 x  Q( x)

 (3x 2  9 x) R( x)

9 x  27 ocorre que: P( x)  D( x)  Q( x)  R( x)
 (9 x  27)
Onde:
0
P(x)  Polinômio que será dividido [dividendo]

D(x)  Polinômio que dividirá [divisor]


Q(x)  Polinômio resultante [quociente]
R(x)  Polinômio que sobra [resto]

P( x)
Então: P( x)  D( x)  Q( x)  R( x) ou  Q( x)  R ( x)
D( x)

x 3  27
x 3  27  ( x  3).(x 2  3x  9)  0 ou  ( x 2  3x  9)  0
x 3

Assim:

x 3  27
 lim( x  3x  9)  3  3(3)  9  27
2 2
lim
x3 x3 x 3

Observação:
P( x)
Quando a divisão de polinômios for do tipo podemos aplicar o Método de Briot-Ruffini, simplificando muito o
xa
processo de divisão. Interessou? Pesquise e procure saber mais!

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CONTINUIDADE DE FUNÇÕES

Quando colocamos em um sistema de coordenadas alguns pontos do gráfico de uma função cujos valores foram gerados em
experimentos laboratoriais ou coletados em campo, geralmente unimos esses pontos por uma curva não interrompida para
mostrar quais seriam os prováveis valores da função em todos os instantes em que não medimos [veja Figura A]. Fazendo
isso, supomos que estamos trabalhando com uma função contínua, então os valores variam continuamente e não saltam
de um valor para o outro sem assumir todos os valores entre eles [valores esses do domínio da função].

Figura A: Unindo os pontos por uma curva não Figura B: A função f(x) apresentada acima é
interrompida a partir dos dados experimentais contínua no intervalo [0 , 4], exceto nos pontos
Q1 , Q2 , Q3 , Q4 e P de um objeto em queda. em que x = 1 , x = 2 e x = 4.

Qualquer função y = f(x) cujo gráfico possa ser esboçado, sobre seu domínio, em um único movimento contínuo, “sem
levantar o lápis do papel”, é um exemplo de função contínua, o que não ocorre na função representada na Figura B [veja
acima].
Fonte: THOMAS, George B. Cálculo. v.1. Pearson, 2009.

Uma função é contínua em um intervalo, se e somente se, for contínua em cada ponto desse intervalo. Assim, podemos
analisar a continuidade em um ponto através de um “teste de continuidade”, ou seja, através da definição:

Definição – Continuidade em um Ponto:

Uma função f (x) é contínua num ponto com x  c , se e somente se, obedecer às três condições:

(i) f (c) existe [ c está no domínio de f (x) ]

(ii) lim f ( x) existe [ f (x) tem um limite quando x  c ]


x c

(iii) lim f ( x)  f (c) [ o limite é igual ao valor da função / o resultado obtido em (i) é igual ao obtido em (ii) ]
x c

Exemplo 1: Verifique se a função f ( x)  x 2 é contínua no ponto em que x  2.

Resolução:

(i) f (2)  22  4 [Existe!]

(ii) lim f ( x)  lim x 2  4 [Existe!]


x2 x2

(iii) lim f ( x)  f (2) [OK! – O resultado obtido em (i) é igual ao resultado obtido em (ii)]
x 2

Logo, como as três condições da definição foram verificadas, a função f ( x)  x 2 é contínua em x  2.

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Exemplo 2: Considere as funções e as informações dadas a seguir, e então, verifique a continuidade em x 1.

lim f ( x)  2 lim g ( x)  2 lim h( x)  2


x 1 x1 x 1

 f (1) g (1)  1 h(1)  2


Resolução:

A função h(x) é contínua no ponto em que x  1 , enquanto as funções f (x) e g (x) são descontínuas em x  1 .

Nota: Observe que os limites das funções f (x) , g (x) e h(x) quando x  1 são iguais, entretanto f (1)  g (1)  h(1) .

Exemplo 3: A função g ( x)  3x  14 é contínua no ponto em que x  8 ?

Resolução: Vamos aplicar a definição de continuidade em um ponto.

(i) g (8)  3.(8) 14  10 [Existe!]

(ii) lim g ( x)  lim (3x  14)  10 [Existe!]


x8 x8

(iii) lim g ( x)  g (8) [OK! – O resultado obtido em (i) é igual ao resultado obtido em (ii)]
x8

Logo, como as três condições da definição foram verificadas, a função g ( x)  3x  14 é contínua em x  8 .

Observação: A função f ( x)  3x  14 é contínua para qualquer valor real de x .

14
Exemplo 4: A função f ( x)  é contínua no ponto em que x  0 ?
x
Resolução: Vamos aplicar a definição de continuidade em um ponto.

14
(i) f (0)    [NÃO existe f (0) , pois não resulta em um número real!]
0
14
Logo, como a condição (i) da definição NÃO foi verificada, a função f ( x)  NÃO é contínua em x  0 .
x
Pense a respeito!
 As funções polinomiais, exponenciais e logarítmicas são CONTÍNUAS para todos os valores dos seus respectivos
domínios.
 Você é capaz de identificar outros tipos de funções que também são contínuas para todos os valores de seus domínios?

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Definição – Continuidade em Extremidades:

Uma função f (x) é contínua à direita de um ponto x  a extremo, se:

(i) f (a) existe

(ii) lim f ( x) existe


x a 

(iii) lim f ( x)  f (a)


xa 

Uma função f (x) é contínua à esquerda de um ponto xb extremo, se:

(i) f (b) existe

(ii) lim f ( x) existe


xb 

(iii) lim f ( x)  f (b)


xb 

Fonte: THOMAS, George B. Cálculo. v.1. Pearson, 2009.

Continuidade em Intervalos:

Definição 1:

Uma função f (x) é contínua num intervalo aberto (a , b) , se f (x) é contínua em todo x do intervalo (a , b) .

Definição 2:

Uma função f (x) é contínua num intervalo fechado [a , b] , se f (x) é contínua em todo x do intervalo (a , b) e se
ela é contínua a direita de “ a ” e a esquerda de “ b ”.

Propriedades de Funções Contínuas:

Se as funções f (x) e g (x) são contínuas em x  c , então as funções:

 f ( x)  g ( x)
 f ( x)  g ( x)
 f ( x) / g ( x) uma vez que g (c)  0
 k  f ( x) para k  R

 também são contínuas em x  c.

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Tipos de Descontinuidade:

Podemos classificar as “descontinuidades” em quatro tipos. São elas:

 Removível  gráfico (b) e (c)


 De salto  gráfico (d)
 Infinita  gráfico (e)
 Oscilante  gráfico (f)
Nota: A função do gráfico (a) abaixo é continua
em x  0 , e [obviamente] as demais não são.

Para conhecer e refletir!

A função y  x  ou y  int x está representada graficamente


ao lado e é conhecida como função maior inteiro [contido].

Ela é contínua em todo ponto em que x não é inteiro, entretanto


note que essa função é contínua à direita, mas não à esquerda
de cada ponto em que x é inteiro.

Assim, trata-se de uma função com descontinuidades em todos


os pontos em que x é inteiro, pois não existe limite para
qualquer valor inteiro n na função. Veja:

lim [int x]  n  1 e lim [int x]  n


xn  x n 

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Exercícios – Continuidade de Funções

1) Verifique se as funções f (x) a seguir, são contínuas no ponto x0 indicado.

1
a) f ( x)  | x |; x0  0 e) f ( x)  ; x0  1
x 1 2

 1
 , se x  1  x 2  1, se x  0
b) f ( x)   ( x  1) 2 ; x0  1 f) f ( x)   ; x0  0
 2 , se x  1  1 , se x  0

x2  x
c) f ( x)  x 2  2 ; x0  2 g) f ( x)  ; x0  0
x
1
d) f ( x)  ; x0  0
x 1

2) Nos gráficos a seguir [de 1. até 4.], diga se a função apresentada é contínua em [1, 3] . Se não, onde ela deixa de ser
continua e por quê?

3) Abaixo, a função f (x) e sua representação gráfica.

 x 2  1, se  1  x  0

 2x , se 0  x  1

f ( x)   1 , se x  1 2
 2 x  4 , se 1  x  2

 0 , se 2  x  3 1
Então responda:

a) Existe f (1) ?
b) Existe lim f ( x) ?
x1
c) Existe f (1) ?
d) Existe lim f ( x) ?
x1

e) Em quais valores de x , a função f é contínua?

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RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS

1a) É contínua em x0  0 1b) NÃO é contínua em x0 1 1c) É contínua em x0  2

1d) É contínua em x0  0 1e) NÃO é contínua em x0  1 1f) É contínua em x0  0

1g) NÃO é contínua em x0  0

2 [1.] Não é contínua em [1, 3] . É descontínua em x  2 , pois não é definida nesse ponto:  f (2) .

2 [2.] Não é contínua em [1, 3] . É descontínua no extremo x  3 , pois ocorre que: lim g ( x)  g (3) .
x 3

2 [3.] A função h(x ) é contínua em todo o intervalo [1, 3] .

2 [4.] Não é contínua em [1, 3] . É descontínua em x  1 , pois ocorre que:  lim k ( x) .


x1

3a) Sim, pois f (1)  0 3b) Sim, pois lim f ( x)  0


x 1

3c) Sim, pois f (1)  1 3d) Sim, pois lim f ( x)  2


x1

3e) A função f é contínua para { x  R /  1  x  3 e x  0 , x  1, x  2}

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES [Alguns Resolvidos] – Limites, Continuidade de Funções e Aplicações:

61 100
1) [FUVEST–SP / Adaptada] A altura de uma árvore, em metros, é definida experimentalmente pela fórmula: h 
7 10  t
onde “t” é a idade deste tipo de árvore, em anos. Qual a altura máxima que essa espécie de árvore pode atingir?

Resposta: Aprox. 8,7 m.

2) [THOMAS] De acordo com a teoria da relatividade, o comprimento de um objeto, POR EXEMPLO, de um foguete, parece a
um observador depender da velocidade com que o objeto se desloca em relação ao próprio observador. Se ele medir o
comprimento L0 do foguete em repouso e depois com a velocidade v , o comprimento aparentará ser:

v2 Essa é a equação da Contração de Lorentz, onde c é a velocidade da luz no vácuo, cerca de


L  L0 1 2
c 3  10 8
m/s. O que acontece com L à medida que v aumenta. Verifique isso fazendo: lim [ L]
vc 

Resposta: L tende a zero.

Por que foi necessário empregar o limite lateral à esquerda? Justifique isso com uma análise matemática.

Resposta: Por que a função L NÃO está definida para v  c .

2 2
v v
Note que em L  L0 1 temos que tem valor máximo igual a 1 .
2 2
c c

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3) Determine algebricamente [através da aplicação das propriedades estudadas] os limites pedidos a seguir.

x2  4x  4
a) lim Resposta: zero
x 2 x 3  5 x 2  14 x

x2  4x  4   se x  0

b) lim 3
x0 x  5 x 2  14 x
Resposta:  
  se x  0

c) lim 2 x 2 14 x  24 Resposta: 2


x4 x4

3x  5 x 2  7 x 3  6
d) lim Resposta: –1/2
x x 2  14 x 3  2

4  10x
4) Através da aplicação de Limites, verifique se a função f ( x)  , apresenta alguma assíntota horizontal. Em
2x  2
caso afirmativo, escreva a(s) equação(ções) dessa(s) assíntota(s).

Resposta: Fazendo lim [ f ( x )]  5  existe assíntota de equação: y  5 .


x  

4  3x
5) Escreva a equação da assíntota vertical de f ( x)  , caso ela exista. Verifique isso através da aplicação de um
2x  2
limite.

Resposta: Fazendo lim [ f ( x )]     existe assíntota de equação: x  1 .


x  1

6) Na análise do crescimento de populações, um tipo de relação conhecida como função logística oferece um modelo mais
realista que o crescimento exponencial tradicional. Por exemplo, alguns cientistas modelam a população mundial usando a
função logística:
73,2
P( x)  onde “ x ” é o número de anos após 2000 e P(x) é a população mundial em bilhões de
6,1  5,9  e 0, 016x
habitantes (aproximadamente). Aplicando convenientemente o conceito de limite, qual a tendência [numérica] da população
mundial em longo prazo? Faça um esboço do gráfico da função dada, apresentando o valor “inicial” da população [valor da
“bolinha” no gráfico abaixo] e o valor da “tendência” dessa população [assíntota] em longo prazo.

P(x)

0
x [anos]

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R7)

Resolução:

R8)

Qual é o comportamento em longo prazo?

Resolução:

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R9)

Observação: u.m.  unidades monetárias

Resolução:

Graficamente:

10)

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