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Apca LCB
Apca LCB
Z b
A= f (x)dx.
a
y
y y = f (x)
y = f (x)
R a x1 x2 xi xi+1 b = xn x
O
O a b x
DEMONSTRAÇÃO
Tomemos números x0 , x1 , x2 , · · · , xn ∈ [a, b] tais que a = x0 < x1 < x2 < · · · < xn = b e,
x∗1 , x∗2 , · · · , x∗n tais que x∗i ∈ [xi−1 , xi ]. Então
n
X
A∼
= (x1 − x0 ) f (x∗1 ) + (x2 − x0 ) f (x∗2 ) + · · · + (xn − xn−1 ) f (x∗n ) = ∆xi f (x∗i )
| {z } | {z } | {z }
∆x1 ∆x2 ∆xn i=1
2
Cap.1: Aplicações da Integral Simples Sec.1: Área de regiões planares
n
X Z b
∴A= lim ∆xi f (x∗i ) = f (x) dx
max ∆xi →0 a
i=1
Resumindo:
• Seja R a região delimitada pela curva y = f (x), f contínua em [a, b], pelas retas
verticais x = a e x = b, e eixo x, então a área A de R é dado por
Z b
A= |f (x)|dx.
a
Z b Z c Z b
A= |f (x)|dx = − f (x)dx + f (x)dx.
a a c
• Seja R a região delimitada pela curva x = g(y), g contínua em [c, d], pelas retas
horizontais y = c e y = d, e eixo y, então a área A de R é dado por
Z d
A= |g(y)|dy.
c
Z b
A= |f1 (x) − f2 (x)| dx.
a
Z d
A= |g1(y) − g2 (y)|dy.
c
Solução
Z π/4 Z 0 Z π/4
−π/3
A= |tg(x)|dx =− tg(x)dx + tg(x)dx π/4 x
−π/3 −π/3 0
A = [− ln( cos x)]0−π/3 + [− ln( cos x)]π/4
0
3
A = ln(2).
2
Exemplo 1.2. Calcular a área da figura do plano limitada pela curva y = log2 (x) e o
eixo x e tal que 1/2 ≤ x ≤ 4.
Solução
Z 4 Z 1 Z 4 y
A = | log2 (x)|dx = − log2 (x)dx + log2 (x)dx
1/2 1/2 1 1/2
Usando integração por partes x
15 ln(2) − 5 1 4
A= .
2 ln(2)
Solução y
2x2 + 10 = 4x + 16 ⇒ x = −1, 3.
−2 −1 3 5 x
Z −1 Z 3 Z 5
2 2
A= [(2x +10)−(4x−16)]dx+ [(4x+16)−(2x +10)]dx+ [(2x2 +10)−(4x+16)]dx
−2 −1 3
142
A= .
3
1.1 Observação. Se f e g são funções contínuas em R, para calcular a área da região entre
as curvas y = f (x) e y = g(x) necessitamos apenas conhecer os pontos de interseção entre
as curvas e o sinal de f (x) − g(x). Não há necessidade de mais detalhes sobre o gráfico
de f ou de g.
Solução
Interseções: y1 = y2 ⇒ x5 − x4 − 2x3 = 0 ⇒ x3 (x2 − x − 2) = 0 ⇒
⇒ x3 (x + 1)(x − 2) = 0 ⇒ x = 0 ou x = −1 ou x = 2.
Sinal de y1 − y2 = x3 (x + 1)(x − 2) :
Solução
Neste exemplo convém tomar y como variável y
1
independente e as funções
x = f (y) = y 2 + y − 1 e x = g(y) = y
As interseções da parábola e da reta x
x = y2 + y − 1 e x = y
−1
são osZ pontos (−1, −1) e (1, 1). Z
1 1
A= |y − (y 2 + y − 1)|dy = (−y 2 + 1)dy
−1 −1
4
A= .
3
[1] Determine a área da região do plano limitada simultaneamente pelas seguintes curvas:
(1.1) y = ln x, x = 2 e o eixo Ox (1.2) x = 8 + 2y − y 2, y = 1, y = 3 e x = 0
(1.3) xy = 4 e x + y = 5 (1.4) y = 2x , y = 2x − x2 , x = 0 e x = 2
2
(1.5) y = 2x, y = 1 e y = (1.6) y = |x2 − 4| e y = 2
x
9
(1.7) y = x3 − 3x e y = 2x2 (1.8) y = , y = 9x e y = x
x
Introdução
• Se x ∈ [a, b] a intersecção
é uma região desse plano
com área que indicaremos
por A(x).
Z b
V = A(x) dx
a
Dedução da fórmula:
Tomemos números x0 , x1 , x2 , ..., xn ∈ [a, b] tais que a = x0 < x1 < x2 < ... < xn = b e
números a1 , a2 , ..., an tais que ai ∈ [xi−1 , xi ].
O cilindro cuja base é a intersecção do plano perpendicular ao eixo OX em ai com o
sólido e cuja altura é (xi − xi−1 ) tem volume igual a A(ai )(xi − xi−1 ) e então
n
X
V ∼
= (x1 − x0 ) A(a1 ) + (x2 − x1 ) A(a2 ) + · · · + (xn − xn−1 ) A(an ) = ∆xi A(ai )
| {z } | {z } | {z }
∆x1 ∆x2 ∆xn i=1
n
X Z b
∴V = lim ∆xi A(ai ) = A(x) dx
max ∆xi →0 a
i=1
Exemplo 1.6. Calcular o volume de uma pirâmide cuja base é um quadrado de lado 2
e cuja altura é 3.
Solução
Para todo y ∈ [0, 3] a seção plana transversal a OY é um quadrado cujo lado varia com y
e que indicaremos
Z por L. Então a seção plana tem área A = L2 e o volume da pirâmide
3
é dado por V = L2 dy.
0
3−y 3 6 − 2y
= ⇒L=
L 2 3
Logo,
Z 3 Z
6 − 2y 2 1 3
V = dy = (36−24y+4y 2) dy = 4
0 3 9 0
Solução
Logo,
Z 2 p 2 Z 2
32π
V = 2π 4 − y2 dy = 2π (4−y 2 ) dy = .
0 0 3
Solução
Representação gráfica:
Dado um plano de equação z = c, c constante, (isto é perpendicular a OZ), para obtermos
sua intersecção com a superfície, substituímos z = c na equação z = x2 + y 2 , obtendo,
• Se c = 0, o ponto (0, 0)
• Se c < 0, vazia
Z 1
π h 2 i1 π
V =π z dz = z = .
0 2 0 2
Solução
Representação gráfica:
Como no exemplo anterior, a intersecção de um plano de equação z = c, c constante, com
x2 y 2
a superfície, obtém-se substituímos z = c na equação (*), resultando + =c
4 9
Logo, a intersecção é:
• Vazia , se c < 0.
• (0, 0) , se c = 0.
x2 y2
• Uma elipse no plano z = c, de equação √ 2 + √ 2 = 1 e portanto com
√ √ (2 c) (3 c)
semi-eixos 2 c e 3 c se c > 0.
Cálculo do volume:
√
Para todo z ∈ [0, 1] a seção plana transversal a OZ é uma elipse com semi-eixos 2 z
√ √ √
e 3 z. Então essa seção plana tem área A = π(2 z)(3 z) = 6πz e o volume do sólido é
dado por Z 1 h i1
V = 6π z dz = 3π z 2 = 3π.
0 0
x2 y 2
+ + z2 = 1 (∗).
4 9
Solução
Representação gráfica:
Como no exemplo anterior, a intersecção de um plano de equação z = c, c constante, com
• (0, 0) , se c = −1 ou c = 1
obtidas fazendo-se x = c na equação (∗), para −2 < c < 2. De modo análogo temos que
as seções transversais a OY são elipses.
A seguir temos um esboço do sólido
Cálculo do volume:
Para todo z ∈ [−1, 1] a seção plana transver-
sal a OZ é uma elipse com semi-eixos
√ √
2 1 − c2 e 3 1 − c2 . Então essa seção plana
tem área
√ √
A = π(2 1 − z 2 )(3 1 − z 2 ) = 6π(1 − z 2 )
Solução
Cálculo do volume:
Tomemos o eixo OX e as intersecções de cada um dos cilindro com planos perpendiculares
a esse eixo. Para o cilindro x2 + y 2 = 1, fazendo x = c, c constante, na equação desse
cilindro obtemos
√
c2 + y 2 = 1 ⇔ y = ± 1 − c2
• A reta do plano x = c de
equação y = 0 , se c = −1
ou c = 1
Portanto a interseção dos dois cilindros com o plano x = c é vazia se c > 1 ou c < −1
√
e é um quadrado (veja figura anterior) de lado L = 2 1 − c2 e o volume do sólido é
Z 1 Z 1 √ Z 1
2 2 16
V = L dx = 2
(2 1 − x ) dx = 4 (1 − x2 ) dx = .
−1 −1 −1 3
Solução
Tomemos um eixo orientado cuja
origem é o centro do círculo e que
contém o diâmetro (figura ao lado).
A seção transversal em x é um
quadrado de lado L que varia com
x. Logo, sua área é igual a A = L2 ,
o volume do sólido é
Z 3 Z 3
2
V = L dx = 2 L2 dx (usando simetria)
−3 0
2
L
e + x2 = 32 ⇔ L2 = 4(9 − x2 )
2
Portanto,
Z 3 3
2 x3
V =8 (9−x ) dx = 8 9x − = 144
0 3 0
Solução
Tomemos um sistema de eixos
cartesianos tal que OX coincida
com o eixo maior (figura ao lado)
e O coincida com o centro da elipse.
Nesse sistema de eixos a elipse tem
equação
x2 y 2
+ =1
9 4
A seção transversal em x é um
triângulo equilátero de lado L que
varia com
√ x.2 Logo, sua área é igual
3L
aA=
4
o volume do sólido é
Z 3 √ 2 Z 3√ 2
3L 3L
V = dx = 2 dx (usando simetria)
−3 4 0 4
Solução
Como
Então
Z 2
(−y 2 + y + 2)2 81
V = dy =
−1 4 40
Solução
Considerando o eixo OX como indicado na
figura ao lado, a seção transversal em x tem
πr 2
área A = sendo r o raio do semi-circulo.
2
O volume do sólido é
Z
π 4 2
V = r dx
2 0
3 2r 3(4 − x)
= ⇒ =r
4 4−x 8
Logo,
Z 4
π 9(4 − x)2 3π
V = dx =
2 0 64 2
[1] Utilizando seções planas paralelas, mostre que o volume de uma pirâmide quadrangular
a2 h
reta, com altura h e base quadrada de lado a, é igual a .
3
[2] Utilizando integral de seções planas paralelas, mostre que o volume do cone circular
πr 2 h
reto, de altura h e raio da base r, é igual a .
3
[3] Usando o Cálculo Integral, calcule o volume de um tronco de pirâmide, de altura h,
cuja base é um quadrado de lado a e cujo topo é um quadrado de lado b.
[4] Calcule o volume de um sólido que tem para base um círculo de raio r e cujas seções
transversais a um diâmetro da mesma são triângulos eqüiláteros, todos situados em um
mesmo semi-espaço em relação ao plano que a contem, e que têm como um dos seus lados
cordas da circunferência da base, perpendiculares a esse diâmetro.
[5] Calcule o volume de um sólido que tem para base um círculo de raio r e cujas seções
transversais a um diâmetro da mesma são triângulos retângulos isósceles, todos situados
em um mesmo semi-espaço em relação ao plano que a contem, e que têm como um dos
seus catetos cordas da circunferência da base, perpendiculares a esse diâmetro.
[6] Calcule o volume de um sólido que tem para base um círculo de raio r e cujas seções
transversais a um diâmetro da mesma são triângulos retângulos isósceles, todos situados
em um mesmo semi-espaço em relação ao plano que a contem, e que têm como hipotenusa
cordas da circunferência da base, perpendiculares a esse diâmetro.
[7] Calcule o volume de um sólido que tem para base um círculo de raio r e cujas seções
transversais a um diâmetro da mesma são semi-elipses, todas situadas em um mesmo
semi-espaço em relação ao plano que a contem, e que têm o eixo menor como cordas da
circunferência da base, perpendiculares a esse diâmetro e a medida do eixo maior igual
ao dobro da medida do eixo menor. (Considere a área da elipse de semi-eixos maior e
menor a e b, respectivamente, igual a πab ).
[8] Calcule o volume de um sólido que tem para base um círculo de raio r e cujas seções
transversais a um diâmetro da mesma são semi-elipses, todas contidas em um mesmo
semi-espaço em relação ao plano que a contem, e que têm o eixo menor como cordas
da circunferência da base, perpendiculares a esse diâmetro e todas elas têm a mesma
[9] Calcule o volume de um sólido que tem para base uma elipse de semi-eixo maior e
menor a e b, respectivamente, e cujas seções transversais ao eixo menor são semi-círculos,
todos situados em um mesmo semi-espaço em relação ao plano que a contem, e tendo
para diâmetros cordas da elipse da base, perpendiculares ao eixo menor.
[10] Calcule o volume de um sólido que tem para base uma elipse de semi-eixo maior e
menor a e b, respectivamente, e cujas seções transversais ao eixo maior são semi-círculos,
todos situados em um mesmo semi-espaço em relação ao plano que a contem, e tendo
para diâmetros cordas da elipse da base, perpendiculares ao eixo maior. (Observe que
esse volume é menor do que o volume do item anterior).
Quando rotacionamos uma região do plano xy em torno de uma reta (o eixo) real-
izando uma volta completa, o lugar geométrico descrito pelo pontos da região é o que
chamamos um sólido de revolução.
Estudamos dois métodos como calcular volumes de sólidos de revolução:
y
y = f (x)
y
y = f (x)
O a x b x
R
O a b x
Para cada x ∈ [a, b], um plano perpendicular ao eixo x, cortando este no ponto x,
determina no sólido de revolução uma seção transversal que é um circulo centrado em
(x, 0) e raio f (x) e portanto cuja area A(x) = π[f (x)]2 .
Portanto, o volume do sólido de revolução é
Z b Z b
V = A(x)dx = π [f (x)]2 dx.
a a
Z d
V =π [g(y)]2dy.
c
Z b
V =π [f1 (x)]2 − [f2 (x)]2 dx.
a
Z d
V =π [g1 (y)]2 − [g2 (y)]2 dy.
c
Z d
V =π [g1 (y) − k]2 − [g2 (y) − k]2 dy.
c
Z b
V =π [f1 (x) − k]2 − [f2 (x) − k]2 dx.
a
Solução y
(a) Rotação em torno do eixo x
y
√
2
√
y= x
O x 2 x
O 2 x
Para cada x ∈ [0, 2], a seção transversal ao eixo Ox é um circulo gerado pela rotação
√
do segmento vertical de comprimento y = x. Logo, possui área A(x) = πy 2 e o volume
do sólido é igual a Z Z
2 2
2
V = πy dx = πxdx = 2π.
0 0
y √
Para cada y ∈ [0, 2], a seção transver-
sal ao eixo Oy é um anel circular de
√ raio externo igual 2 e raio interno igual
2
x = y 2 e portanto tem área igual
y A(y) = π22 −πx2 = 4π−πy 4 = π(4−y 4 ).
Logo o volume do sólido é igual a
−2 O x 2 x √
Z √2
4 16 2π
V =π (4 − y )dy = .
0 5
Solução
Pontos de Interseção:
x
x1/3 =
⇔ x = 0, x = ±8 e y = 0, y = ±2.
4
(a) Rotação em torno do eixo x y
y
y2
2 √ y1
y= 3
x
x
y= 4 O x 8 x
O 8 x
Para cada x ∈ [0, 8], a seção transversal ao eixo Ox é um anel circular de raio
√ x √ x
externo y2 = 3 x e raio interno y1 = e portanto tem área A(x) = π( 3 x)2 − π( )2 =
4 4
2/3 x2
π x − . Logo o volume do sólido é igual a
16
Z 8
x2 128π
V =π x2/3 − dx = .
0 16 15
(b) Rotação em torno do eixo y
Solução
Pontos de Interseção:
√
x2 = x ⇔ x = 0, x = 1
1 √
y= x
y = x2
O 1 x
−5 −4 −2 O x1 x2 1 x
Para cada y ∈ [0, 1], a seção transversal a reta x = −2 é um anel circular de raio
√
externo (x2 + 2) = ( y + 2) e raio interno (x1 + 2) = (y 2 + 2) e portanto tem área
√
A(y) = π( y + 2)2 − π(y 2 + 2)2 = π(y + 4y 1/2 − y 4 − 4y 2).
y
y = f (x)
b x
R
O a x x + ∆x b x
∆V ≈ 2πxf (x)∆x
Z b
V = 2πxf (x)dx.
a
Z d
V = 2πyg(y)dy.
c
Z b
V = 2πx f1 (x) − f2 (x) dx.
a
Z d
V = 2πy g1 (y) − g2 (y) dy.
c
Z d
V = 2π|y − k| g1 (y) − g2 (y) dy.
c
Z b
V = 2π|x − k| f1 (x) − f2 (x) dx.
a
Exemplo 1.19. Determine o volume do sólido obtido pela rotação da região limitada
pela parabola y = 2x2 − x3 o eixo x em torno do eixo y.
Solução y
f (x)
O 2 x
x
Logo Z 2
16π
V = 2π(2x3 − x4 ) dx =
0 5
Solução y
y 2
2 √ y
y= 3
x
x
y= 4 O x
O 8 x
Logo Z 2
128π
V = 2π(4y 2 − y 4) dy =
0 15
Exemplo 1.21. Determine o volume do sólido obtido pela rotação da região delimitada
√
pelas curvas y = x2 e y = x, ao redor da reta x = −2.
Solução
y
−5 −4 −2 O x 1 x
√
A(x) = 2π(raio)(altura) = 2π(x + 2)( x − x2 ) = 2π(x3/2 − x3 + 2x1/2 − 2x2 )
Logo Z 1
49π
V = 2π(x3/2 − x3 + 2x1/2 − 2x2 ) dx =
0 30
[1] Calcule o volume do sólido obtido pela rotação da região do plano limitada pelo gráfico
ex + e−x
da função f (x) = , com x ∈ [−1, 1], em torno do eixo Ox.
2
[2] Calcule o volume do sólido obtido pela rotação da região do plano limitada pelo gráfico
da elipse E : 9x2 + y 2 = 9 em torno do:
(2.1) Eixo maior (2.2) Eixo menor.
[3] Determine o volume do sólido obtido pela rotação da região compreendida entre o(s)
gráfico(s) de:
No nosso dia-a-dia, nos deparamos com muitas situações em que precisamos manter
um sistema de corpos em equilíbrio. Para conseguirmos apoiar uma placa plana em
uma haste fina, de forma que a mesma fique em equilíbrio, o ponto de apoio da haste
deve estar localizado no centro de massa ou centróide da placa, considerando-se o campo
gravitacional uniforme. Ou até mesmo para arrumar a carga de um caminhão é necessário
que a mesma esteja em equilíbrio para evitar acidentes por tombamento da carga, ou
desgastes de pneus e suspensão. Daí, temos necessidade de determinar o centro de massa
ou centróide não só de placas planas de formatos variados, como também arames, fios, e
sólidos tri-dimensionais. Ao longo desse trabalho vamos mostrar como encontrar centro
de massa ou centróides como aplicação do cálculo integral em várias situações.
Vale ressaltar nesse momento a diferença entre centro de massa e centro de gravidade.
O centro de massa independe de fatores externo, como por exemplo da aceleração da
gravidade local. Já o centro de gravidade depende do campo gravitacional. Assim, o
centro de massa e o centro de gravidade só coincidem quando o campo gravitacional for
uniforme.
Inicialmente vamos imaginar uma situação bem simples, como por exemplo uma
gangorra. A gangorra está apoiado num suporte como mostra a figura a seguir.
b b b
p1 p2
b b
b b b
d1 d2
Vamos considerar duas pessoas sentadas nas extremidades com pesos p1 e p2 e dis-
tâncias ao ponto de apoio d1 e d2 respectivamente. Pela lei da Alavanca de Arquimedes
a gangorra só estará em equilíbrio se:
p1 · d 1 = p2 · d 2 .
xg
x1 x2
O b b b b
p1 p2
b b
b b b
d1 d2
p1 · (xg − x1 ) = p2 · (x2 − xg )
p1 · xg − p1 · x1 = p2 · x2 − p2 · xg
p1 · xg − p2 · xg = p1 · x1 + p2 · x2
xg · (p1 + p2 ) = p1 · x1 + p2 · x2
Daí, podemos concluir que
p1 · x1 + p2 · x2
xg = (1.1)
p1 + p2
Desde quando o peso, segundo a lei de Newton é a força exercida sobre o corpo pela
atração gravitacional da Terra temos que p1 = m1 · g e p2 = m2 · g, em que m1 e m2 são
as massas das pessoas que estão sentadas na gangorra e g é a aceleração da gravidade
aproximadamente igual à 9, 8m/s. Com essas consideração a equação 1.9 é dada por
g · m1 · x1 + g · m2 · x2 m1 · x1 + m2 · x2
xg = = . (1.2)
g · m1 + g · m2 m1 + m2
Como nesse caso o campo gravitacional é uniforme, verificamos que o centro de gravi-
m1 · x1 + m2 · x2
dade (xg ) coincide com o centro de massa, que denotaremos por x = .
m1 + m2
n
X
mi · xi
i=1 M
x= n = → m·x=M
X m
mi
i=1
n
X n
X
em que m = mi representa a massa total do sistema e M = mi ·xi o somatório
i=1 i=1
dos momentos estáticos de cada partícula em relação a origem.
x1
b
m1
m3 x3 y1
b
y3
b
O
x
y2
x2
b
m2
My Mx
x= e y= ,
m m
n
X
em que m = mi representa a massa total do sistema, e
i=1
n
X n
X
My = mi xi e Mx = mi y i
i=1 i=1
Assim, o ponto (x, y), que representa o centróide, é o ponto em que uma única
partícula de massa m teria os mesmos momentos do sistema.
Vamos agora nos deter ao cálculo do centro de massa ou centróide de placas planas
finas de material homogêneo com densidade uniforme ρ (massa por unidade de área) e
área superficial A. Inicialmente, vamos encontrar centróides de placas com formato de
xg xg xg xg
b b b b
Nesse caso xi e y i são as distâncias dos centróides de cada região aos eixo OX e Oy
respectivamente. Observe a figura abaixo.
b
(x2 , y 2 )
2 (x1 , y 1 )
b
2 8
Solução: Já sabemos que o centróide de cada quadrado coincido com o seu centro.
Assim, vamos encontrar o somatório dos momentos, considerando Ai a área do quadrado
Qi e y i e xi , suas respectivas distância ao eixo Ox e Oy, i = 1, 2. Portanto
My ρ · 184 23 Mx ρ · 112 14
x= = = u.c e y= = = u.c
ρ·A ρ · 40 5 ρ·A ρ · 40 5
Exemplo 1.23. Achar o centróide da seção de um pilar indicado na figura a abaixo.
50
(x1 , y 1 )
30 b
(x2 , y 2 )
b
0 x
30 50
Solução: Sabemos que quando a figura possui eixo de simetria, o centróide está
sobre esse eixo de simetria. Observe que o eixo de simetria do pilar é a primeira bissetriz.
Mx
Portanto, nesse caso, em particular, x = y = , em que Mx é o somatório dos momentos
ρA
e A a área total da superfície. Assim,
Conseqüentemente,
ρ · 46.500 ∼
x=y= = 22cm
ρ · 2.100
E se quisermos encontrar o centróide de um triângulo qualquer que não seja equi-
látero? Nesse caso, se a placa é homogênea e de espessura constante, o baricentro coincide
com o centróide de sua superfície (veja figura abaixo).
B
y3 b
y2 b b C
G(xg , y g )
y1 b
x1 x2 x3 x
x1 + x2 + x3 y1 + y2 + y3
xg = yg =
3 3
40
30
O 30 40 x
Solução: Observe que nessa figura temos a primeira bissetriz como eixo de simetria,
Mx
assim x = y. Basta, então, encontrarmos y = . Observe, também, que o somatório
A
dos momentos Mx é o momento do quadrado, Mx1 subtraído do momento do triângulo,
Mx2 e a área total, A, é a área, A1 do quadrado menos a área, A2 do triângulo. Portanto
30 · 30
A = A1 + A2 = 40 · 40 − = 1.150cm2
2
30 · 30 1
Mx = Mx1 − Mx2 = ρA1 · y1 − ρA2 · y2 = ρ 40 · 40 · 20 − · · 30 = ρ ·
2 3
27.500 cm3.
Conseqüentemente,
Mx 27.500
y=x=ρ = = 23, 9cm
ρA 1.150
y
8
G1
b
3
b b
2
b
G2
b b
x
x
Mx
Solução: Sabemos que a ordenada do centróide é dada por y = , em que Mx
A
denota o momento estático em relação a x e A a área total. Vamos denotar por Mx1 o
momento do retângulo em relação ao eixo x e por Mx2 o momento do triângulo em relação
ao eixo x, assim como, A1 e A2 as áreas do retângulo e do triângulo respectivamente.
Assim,
(x − 3) · 6
A1 = 2x e A2 = .
2
Enquanto que
1
Y1 = 1 e Y2 = · 6 + 2 = 4.
3
Agora vamos encontrar o momento em relação a x e a área total.
(x − 3)
Mx = A1 · y1 + A2 · y2 = 2x · 1 + · 6 · 4 = 2x + 12x − 36 = 14x − 36.
2
(x − 3) · 6
A = 2x + = 2x + 3x − 9 = 5x − 9.
2
Mx 14x − 36
y= = = 2. (1.3)
A 5x − 9
Resolvendo a equação 1.9, temos
14x − 36 = 10x − 18 → 4x = 18 → x = 4, 5.
Como faremos para encontrar centróides de regiões planas que não são formadas por
figuras geométricas, as quais já conhecemos o centróide, como mostramos anteriormente?
Vamos dividir o intervalo [a, b], em sub-intervalos pequenos, tomando-se uma partição
f Ri
b
b
Ci
b b
xi
a b b
b x
∆x
xi−1 + xi
xi = , i = 1, 2, . . . , n.
2
Assim, podemos dizer que a região é aproximadamente a união dos retângulos de base
n
X n
X Z b
My = lim ρ · xi · f (xi ) · ∆x = lim ρ · xi · f (xi ) · ∆x := ρ x · f (x)dx.
n→∞ n→∞ a
i=1 i=1
Z b
ρ x · f (x)dx Z b
My 1
Daí, x= = a
= x · f (x)dx.
m ρ·A A a
Similarmente,
f (xi ) 1
Mx (Ri ) = [ρ · f (xi ) · ∆x] · = ρ · · [f (xi )]2 · ∆x
2 2
n
X X n Z b
1 1 1
Mx = lim ρ · · [f (xi )]2 · ∆x = lim ρ · · [f (xi )]2 · ∆x := ρ [f (x)]2 dx.
n→∞
i=1
2 i=1
n→∞ 2 a 2
Conseqüentemente,
Z b
1
ρ· [f (x)]2 dx Z b
Mx 2 1 1
y= = a
= [f (x)]2 dx.
m ρ·A 2A a 2
A mesma linha de raciocínio pode ser usada para determinarmos o centróide no caso
da região R ser limitada pelas retas y = c e y = d e o eixo y e a função contínua x = f (y)
em [c,d], como mostra a figura abaixo.
Z b Z b
1 1
y= y · f (y)dy e x = [f (y)]2dy.
A a 2A a
1
Exemplo 1.26. Encontrar o centróide de da circunferência de raio r.
4
r x
Z r √
4
x= 2 x r 2 − x2 dx (1.4)
πr 0
Portanto,
Z √ Z 0√ Z r2
4 r
4 t 2 √
x = 2 2
x r − x dx = 2 dt = 2 tdt
πr 2 0 πr r2 −2 πr 0
r 2
2 t3/2 2 p 2 3 2 4 4r
= 2
· = 2
(r ) · = 2
· r3 = .
πr 3/2 πr 3 3πr 3π
0
Z Z r 2 r
3
1 b [f (x)]2 4 r − x2 2 x
y = dx = 2 dx = 2 r 2 x −
A a 2 πr 0 2 πr 3
0
2 3 r3 2 2r 3 4r
= r − = 2 = .
πr 2 3 πr 3 3π
Agora que você sabe encontrar centróides de regiões planas, já está apto a entender
o teorema de Pappus-Guldin, que propicia o cálculo do volume do sólido gerado pela
rotação de uma região plana em torno de um eixo de rotação.
1.4 Teorema. Se uma região plana gira em torno de uma reta de seu plano que não a
intercepta, o volume gerado é igual ao produto da área da região plana pelo comprimento
da circunferência percorrida pelo seu centróide.
b b b
f g
t b
b
dy
G
S b
a b b
A ·
V = |{z} 2πy .
|{z}
área circunferência
Utilizando o método da casca cilíndrica, observe que o volume gerado pela rotação
da região S em torno do eixo x é dado pela expressão
Z b Z b
ρ ydA ydA Z b
y= Z a
b
= a
→ ydA = yA. (1.6)
A a
ρ dA
a
Z b Z b
V = 2π y · tdy = 2π ydA = 2πyA
a a
1.5 Observação. Generalizando, o segundo teorema de Pappus-Goldin nos diz que o vol-
ume do sólido gerado pela rotação de uma região plana em torno de um eixo é dado por
V = 2πd · A, em que d é a distância do centróide da região ao eixo de rotação e A é a
área da região.
RG b
Exemplo 1.28. Encontrar o volume gerado pela rotação do triângulo de vértices (1, 1),
(3, 1) e (2, 7) em torno da reta y = −2x, como mostra a figura abaixo.
(2, 7)
b
d Gb
b b
(1, 1) (3, 1)
1+3+2 1+1+7
xg = =2 yg = = 3.
3 3
Portanto o centróide do triângulo,G, é dado por G = (2, 3).
ax0 + by0 + c
d= √ .
a2 + b2
Assim, a distância, d, entre a reta 2x + y = 0 e o ponto G(2, 3) é dada por
√
2 · (2 + 1) · (3 + 0) 7 5
d= √ = .
2 2 + 12 5
b
G
πR2
V = A · 2πy = · 2πy = π 2 R2 y (1.7)
2
Por outro lado, o volume da esfera é dado por
4
V = πR3 (1.8)
3
Igualando as equações 1.7 e 1.8 temos
4 4R
π 2 R2 y = πR3 → y = .
3 3π
4R
Portanto, a ordenada do centróide do semi-círculo de raio R é y = e observe que
3π
a sua abscissa, x é nula, pois está sobre o eixo y, que é o eixo de simetria.
[1] Determine a posição do centróide das seguintes figuras e o volume do sólidos gerados
pela rotação das mesmas em torno da reta indicada abaixo de cada figura:
y y
(1.1) (1.2)
8
2
3 3
6 6
2
0 2 x 0 2 8 x
reta: y = 10 reta: x − y + 4 = 0
y (1.4)
2
(1.3)
y
1
2
7
1 2 3 x
−10 −8 0 8 10 x
reta: x − 4 = 0
reta: y − 7 = 0
x2 y 2
(2.1) Região no primeiro quadrante, delimitada pela elipse + = 1, (x ≥ 0, y ≥ 0)
a2 b2
x2
(2.2) Área delimitada pela curva y = 4 − e o eixo x
4
(2.3) Área delimitada pela parábola y 2 = ax e pela reta x = a.
Pn = b
b
P0 = a
f
Vamos dividir o intervalo [a, b], em sub-intervalos pequenos, tomando-se uma partição
P0 , P1 , P2 , . . . , Pn ,
Pi
Pi−1 ∆yi
P0 = a P1 ∆xi
f
xi−1 xi x
n
X
L∼
= P(i−1) Pi = P0 P1 + P1 P2 + . . . + P(n−1) Pn
i=1
Considerando ∆xi = xi − x(i−1) e ∆yi = yi − y(i−1) , vamos denotar por ∆li o compri-
mento de cada segmento P(i−1) Pi , em que i = 1, 2, . . . , n, isto é, ∆li = P(i−1) Pi .
Pn = b
y
Pn−1
Pi
Pi−1 ∆yi
P0 = a P1
∆xi
f
xi−1 xi x
s s 2
p (∆xi ) 2 ∆yi
∆li = (∆xi )2 + (∆yi )2 = 2
(∆xi )2 + (∆yi ) 2
= 1+ |∆xi |.
(∆xi ) ∆xi
Observe que ∆xi é um valor positivo, devido a forma que tomamos a partição. Con-
seqüentemente, o comprimento total da curva(L) é aproximadamente igual à
s 2
n
X n
X ∆yi
L∼
= ∆li = 1+ ∆xi .
i=1 i=1
∆xi
Fazendo o máximo dos ∆xi tender a zero, diminuímos o erro nos cálculos e refinamos
a partição, pois n → ∞. Assim, passando o limite, temos
s 2 s 2
n
X n
X
∆yi ∆yi
lim L = lim 1+ ∆xi = lim 1+ ∆xi .
n→∞ n→∞
i=1
∆xi i=1
n→∞ ∆xi
Agora, como f é derivável e contínua em [a, b], o Teorema do Valor Médio garante
que existe ci ∈ [xi−1 , xi ] tal que ∆yi = f ′ (ci )∆xi .
s 2
n
X Z bp
∆yi
L= lim 1+ ∆xi := 1 + [f ′ (x)]2 dx.
i=1
n→∞ ∆xi a
Portanto concluímos que se f = f (x) é uma função contínua e derivável para todo
x pertencente ao intervalo fechado [a, b] o comprimento da curva lisa do gráfico de f é
dado por
Z bp
L= 1 + [f ′ (x)]2 dx.
a
Z d p
L= 1 + [g ′ (y)]2dy.
c
ex + e−x
y= para x ∈ [−1, 1].
2
ex − e−x
Solução: A derivada da função y = f (x) é f ′ (x) = , assim
2
s 2 r
Z 1 Z 1
ex − e−x (ex )2 − 2ex e−x + (e−x )2
L = 1+ dx = 1+ dx
−1 2 −1 4
Z r Z r
1 1
4 + (ex )2 − 2 + (e−x )2 (ex )2 + 2 + (e−x )2
= dx = dx
−1 4 −1 4
s
Z 1 2 Z 1
x
(ex + e−x ) e + e−x
dx
= dx =
−1 4 −1 4
Z 1
1 x
1 x
−x 1 1 1 1
L= e +e −x
dx = e − e −1 = 2e − 2 · =e− u.c.
2 −1 2 2 e e
ex + e−x ex − e−x
Uma curiosidade é que as funções y(x) = e y(x) = , são o
2 2
cosseno hiperbólico e o seno hiperbólico, respectivamente. O gráfico da função cosseno
hiperbólico (ver figura abaixo) é uma "catenária" e tem a forma de um fio flexível preso
pelas pontas e deixado sob ação da gravidade.
Solução
x2
Como f (x) = e f ′ (x) = x o comprimento do arco da parábola dado por
2
Z 1p Z 1 √
L= 1+ [f ′ (x)]2 dx é igual a L = 1 + x2 dx. Usando substituição trigonométrica,
0 0
fazendo y = tg(t) e observando o triângulo abaixo, temos
1 √ 1
cos(t) = √ → 1 + x2 = = sec(t)
1 + x2 cos(t)
b
√ x
1 + x2 sen(t) = √
1 + x2
b
x x
b
tg(t) = → dx = sec2 (t)dt
t 1
b
b b
1 x = 0 → t = arctg(0) = 0 e y = 1 → t = arctg(1) =
π
.
4
Logo, o comprimento de arco da parábola é
Z 1 p Z πp
L = (1 + x2 )dx = 4 1 + tg 2 (t) · sec2 (t)dt
0 0
Z π π
4 3 ∗ sec(t) · tg(t) + ln |sec(t) + tg(t)| 4
= sec (t)dt =
0 2
0
π π
π π
sec · tg + lnsec + tg − sec(0) · tg(0) + ln |sec(0) + tg(0)|
4 4 4 4
=
2
2 2
√ · (1) + ln √ + 1 √ √
2 2 2 + ln 2 + 1
= = u.c.
2 2
Z
Agora, vamos mostrar como obtivemos o resultado da integral da função sec3 (t),
sinalizada anteriormente.
Z
2 sec3 (t)dt = sec(t) · tg(t) + ln |sec(t) + tg(t)| + C
Daí,
Z
sec(t) · tg(t) + ln |sec(t) + tg(t)|
sec3 (t)dt = +C
2
√ √
1 + x2 · x + ln 1 + x2 + x
= +C
2
dy 1
Solução: A derivada da função y = ln(x) é igual = , assim o comprimento do
dx x
arco é dado por
s
Z √
8 2 Z √8 r
1 1
L = √
1+ dx = √ 1 + 2 dx
3 x 3 x
Z √ r Z √ √
8 8
x2 + 1 x2 + 1
= dx = dx
√
3 x2 √
3 |x|
x
sen(t) = √
x 1 + x2
b
t b x
tg(t) = → dx = sec2 (t)dt
b b 1
1
Muitas vezes, principalmente quando vamos fazer muitas substituições de variáveis,
trocar os limites da integral definida fica complicado, assim podemos colocar o resultado
√ √
final em função de x e utilizar os limites dados no início. Considerando que 3 ≤ x ≤ 8,
e fazendo a substituição de variável para t, temos
Z √ Z p 2 Z
x2 + 1 tg (t) + 1 2 sec(t) · sec2 (t)
= sec (t)dt = dt
x tg(t) tg(t)
Z Z Z
sec3 (t) 1 cos(t) 1
= dt = 3
· dt = dt
tg(t) cos (t) sen(t) cos2 (t) · sen(t)
Z Z
1 sen(t) sen(t)
= 2
· dt = dt
cos (t) · sen(t) sen(t) cos2 (t)· sen2 (t)
Z
sen(t)
= dt
cos2 (t) · (1 − cos2 (t))
u = cos(t) → du = −sen(t)dt
Dando continuidade,
Z Z Z
sen(t) −1 −1
dt = du = du
cos (t) · (1 − cos2 (t))
2 u (1 − u2 )
2 u2 (1 − u)(1 + u)
Z
A B C D
= + + + du
u u2 1 − u 1 + u
−1 A B C D
= + 2+ +
u2 (1 − u)(1 + u) u u 1−u 1+u
u=0 → B = −1
−1
u=1 → C=
2
−1
u = −1 → D =
2
Portanto, temos
Z Z
A B C D 0 1 1 1
+ 2+ + du = − − − du
u u 1−u 1+u u u2 2(1 − u) 2(1 + u)
1 1 1 1 1 1
= + ln|u − 1| − ln|1 + u| + C = + ln|cos(t) − 1| − ln|1 + cos(t)| + C
u 2 2 cos(t) 2 2
1
Usando a relação obtida anteriormente em que cos(t) = √ , podemos obter o
1 + x2
resultado em função da variável x, e enfim aplicar os limites de integração.
√
Z √ 8
x2+1 1 1 1 1 1
= + ln √ − 1 − ln 1 + √
x √
1 2 1+x2 2 1 + x √
2
3
1 + x2
√
8
√ 1 1 1 1
= 1 + x2 + ln √ − 1 − ln 1 + √
2 1+x2 2 1 + x √3
2
q
√ 1 1 1 1
= 1 + ( 8)2 + ln q √ − 1 − ln q
2 √ −
2
1 + ( 8) 2 1 + ( 8)
2
q
√ 2 1
1 1 1
− 1 + ( 3) − ln q − 1 + ln 1 + q √
2 √ 2 2 2
1 + ( 3) ( 3)
1 1 1 1 1 1 1 1
= 3 + ln − 1 − ln 1 + − 2 − ln − 1 + ln 1 +
2 3 2 3 2 2 2 2
1 2 1 4 1 1 1 3
= 3 + ln − ln − 2 − ln + ln
2 3 2 3 2 2 2 2
1 3
= 1+ ln u.c.
2 2
π π
(1.3) y = 1 − ln( sen x) de x = ax= . (1.4) (y − 1)2 = (x + 1)3 de x = 0 a x = 1.
6 4
1 x 1 1
(1.5) y = e + e−x de x = 0 a x = 1. (1.6) x = y 3 + de y = 1 a y = 3.
2 3 4y
Vamos supor que temos uma curva y = f (x) definida num intervalo [a, b], em que f é
uma função positiva e possui derivadas contínuas, ver a figura abaixo. Ao rotacionarmos
essa curva em torno do eixo OX um sólido é gerado. Queremos encontrar uma integral
que represente a área da superfície desse sólido. Para tanto, inicialmente devemos fazer
um cálculo aproximado. Uma idéia é dividirmos esse sólido em pedaços e aproximar cada
pedaço de um tronco de cone. Ao somar a área de superfície de cada tronco de cone
obtemos um cálculo aproximado e ao tomarmos o limite o cálculo obtido é a área exata
da superfície do sólido de revolução.
y
y = f (x)
l1
b
r1
l
x
b
r2
Inicialmente vamos deduzir uma fórmula para encontrar a área de superfície do tronco
de um cone.
Observe o cone planificado ao lado. Através da regra de três abaixo deduzimos a área
do setor circular, que representa a área lateral do cone de geratriz (l1 + l). O comprimento
da circunferência de raio (l1 + l) está para a área do círculo com mesmo raio, assim como
o comprimento do setor circular de ângulo α está para a sua área.
(l1 + l)
2π (li + l) −→ π (l1 + l)2
α
2πr2 −→ AM
l1 l1 + l
= → r2 l1 = r1 l1 + r1 l → (r2 − r1 )l1 = r1 l
r1 r2
Vamos dividir o intervalo [a, b], em sub-intervalos pequenos, tomando-se uma partição
a = x0 < x1 < x2 < . . . < x(n−1) < xn = b, cujos intervalos são iguais.
P0 Pn−1 P
b
P1
b
b
b
n
Pi
Pi−1 b
b
b b
a b x
yi−1 + yi
2π |Pi−1 Pi |.
2
Como f é contínua, quando ∆x = xi −xi−1 é suficientemente pequeno e considerando
ξi pertencente ao intervalo [xi−1 , xi ], podemos obter uma melhor aproximação, pois yi =
f (xi ) ∼
= f (ξi ), assim como também yi−1 = f (xi−1 ) ∼
= f (ξi). Ainda com intuito de
melhorar a aproximação, podemos tomar o comprimento do segmento |Pi−1 Pi | como o
comprimento do arco que liga Pi−1 a Pi , ou seja, em vez de |Pi−1 Pi | podemos escrever
p
1 + [f (ξi)]2 ∆x
yi−1 + yi p
2π |Pi−1 Pi | ∼
= 2πf (ξi ) 1 + [f ′ (ξi )]2 ∆x.
2
Consequentemente, a área total da superfície do sólido é aproximadamente
n
X p
2πf (ξi) 1 + [f ′ (ξi )]2 ∆x.
i=1
n
n
X p Z b p
lim 2πf (ξi) 1 + [f ′ (ξi )]2 ∆x := 2πf (x) 1 + [f ′ (x)]2 dx.
i=1 a
i=1
Logo, para uma função f positiva e com derivada contínua encontramos que a área
de superfície do sólido gerado pela rotação da curva y = f (x) em torno do eixo OX é
dada por
Z b p
A= 2πf (x) 1 + [f ′ (x)]2 dx.
a
Z d p
A= 2πg(y) 1 + [g ′ (y)]2dy.
c
f (x) = x3
2 x
Z b p
Solução: Nesse caso, vamos usar a fórmula A = 2πf (x) 1 + [f ′ (x)]2 dx, pois o
a
raio da circunferência descrita por um ponto pertencente a curva y = x3 , quando essa gira
em torno do eixo OX é y = f (x).Vamos encontrar a área da superfície do sólido obtido
pela rotação da curva y = x3 , 0 ≤ x ≤ 2 ao redor do eixo OX. Para tanto devemos
resolver a integral abaixo.
Z 2 p Z 2 √
3
A= 2πx 1+ [3x2 ]2 dx = 2πx3 1 + 9x4 dx
0 0
Z 2 √ Z 144 √
3 π
A = 2πx 1+ 9x4 dx = tdt
0 18 1
144
π t3/2 π √
= = 145 145 − 1 u.a.
18 3/2 27
1
−8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8
Solução: Observe que nesse caso a curva está em função da variável x e é rota-
cionada em torno do eixo y. Assim, o raio da circunferência ao rotacionarmos um ponto
pertencente a curva em torno do eixo y é dado por um valor x = y 3. Então vamos usar
a fórmula s
Z d 2
dx
A= 2πx 1+ dy com c ≤ y ≤ d.
c dy
Assim, temos que resolver a integral
Z 2 p Z 2 p
3
A= 2πy 1 + [3y 2 ]2 = 2πy 3 1 + 9y 4dy.
1 1
Logo, Z Z
2 p 3 2 2
2π 145 √
A = 2πy 1 + [3y ] dy = tdt
1 36 10
145
π t3/2 2π √ √
= = 145 145 − 10 10 u.a.
27 3/2 81
10
y
y = 1 − x2
Solução: Observe que nesse caso a curva está em função da variável x e é rota-
cionada em torno do eixo y. Assim, o raio da circunferência ao rotacionarmos um ponto
pertencente a curva em torno do eixo y é dado por um valor x. Dessa forma podemos
integrar em relação a x. Então vamos usar a fórmula
s 2
Z b
dy
A= 2πx 1+ dx com a ≤ x ≤ b.
a dx
Assim, temos que resolver a integral
Z 1 p Z 1 √
A= 2
2πx 1 + [−2x] dx = 2πx 1 + 4x2 dx.
0 0
Logo, Z Z
1 √ 2π 5 √
A = 2
2πx 1 + 4x dx = tdt
0 8 1
5
π t3/2 π √
= = 5 5 − 1 u.a.
4 3/2 6
1
Calcular a área da superfície gerada pela rotação do arco de curva dado, em torno
do eixo indicado:
1) y 2 = 4ax, 0 ≤ x ≤ 3a; eixo dos x 2) y = 2x, 0 ≤ x ≤ 2; eixo dos x
√ √
5) x = y, 1 ≤ y ≤ 4; eixo dos y 6) y = 16 − x2 , −3 ≤ x ≤ 3; eixo dos x
4r 3 4πr 3 2πr 3
[6] V = u.v [7] V = u.v [8] V = √ u.v
3 3 3 1 − e2
2πa2 b 2πab2
[9] V = u.v [10] V = u.v [11] V = 6 u.v
3 3
• Volume de sólidos de revolução (página 32)
π(e4 + 4e2 − 1)
[1] V = u.v
4e2
n
[2] (2.1) V = 4π u.v (2.2) V = 12π u.v
24π 96π 272π
(3.1) V = u.v (3.2) V = u.v (3.3) V = u.v
5 5 15
[3]
(3.4) V = 27π u.v
π2
(3.5) V = u.v
2 2
• Centróides e 2o Teorema de Pappus (página 50)
37 23 14 √
(1.1) 4, ; V = 264πu.v (1.2) , ; V = 232 2πu.v
7 5 5
[1]
23 44 76
(1.3) 0, ; V = 80πu.v (1.4) , ; V = 2π(17 − π)u.v
15 28 − π 84 − 3π
4a 4b 8 3a
[2] (2.1) , (2.2) 0, (2.3) ,0
3π 3π 5 5
8 32π
[3] (3.1) A = u.a (3.2) (x̄, ȳ) = (0, 1) (3.3) V = u.v
3 3
√
32 25 256 2π
[4] (4.1) A = u.a (4.2) (x̄, ȳ) = − 1, (4.3) V = u.v
3 8 15
√ √ π √ √
4) 4π[ 2 + ln( 2 + 1)] 5) (17 17 − 5 5) 6) 48π
6