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CANTARINOS MINISTRIES

LIVE 1
A Importância da Mensagem de Jesus para as 7 Igrejas
JESUS NO LIVRO DA REVELAÇÃO

Estamos mergulhando em Apocalipse. Queremos estar


alinhados com o coração de Jesus esse ano e esse livro é a
revelação mais completa e majestosa de quem ele é. Apocalipse
foi escrito pelo Apóstolo João que carinhosamente vamos
chamá-lo de Profeta João. Além de ser um apóstolo, João
claramente era um profeta. O Apóstolo Paulo também recebeu
essas revelações, mas não lhe foi autorizado transmiti-las (2
Co12:4) por que só um verdadeiro profeta poderia revelar com
tanta precisão os fatos que marcam o retorno do nosso Amado.

Apocalipse é tanto uma revelação da pessoa majestosa de Jesus


quanto uma revelação que ele recebeu do Pai sobre as coisas
que vão acontecer. Precisamos nos atentar por que essa é uma
revelação que anteriormente Jesus ainda não tinha. Enquanto
Jesus estava na terra com seus discípulos, por duas vezes Jesus
diz que ele não sabia o dia e a hora da sua volta.

Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos


dos céus, nem o Filho, senão o Pai. (Mateus 24:36)

Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será


este o tempo em que restaures o reino a Israel? Respondeu-lhes:
Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai
reservou pela sua exclusiva autoridade; (Atos 1:6,7)

Sabemos que Jesus é Deus e nenhum momento deixou ser,


porém enquanto estava na terra ele se esvaziou da sua forma
divina para viver como um de nós (Fp2:6-7).

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Dessa forma, Jesus como homem ainda não havia recebido a
revelação do dia e da hora da segunda vinda. Mas a pergunta
que precisamos fazer é: “será que até hoje Jesus não sabe
quando voltará?” A resposta óbvia para essa pergunta é não!
Jesus não sabia como homem enquanto estava na terra, porém
após ser ressuscitado e elevado aos céus à direta de Deus ele
recebe essa revelação do Pai. O primeiro versículo de
Apocalipse nos mostra isso.

Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos
seus servos as coisas que em breve devem acontecer e que ele,
enviando por intermédio do seu anjo, notificou ao seu servo
João. (Apocalipse 1:1)

A palavra revelação do grego é apokalupsis que significa o


remover o véu, é o ato de tornar descoberto, ser exposto, é uma
revelação de verdade. Havia um véu colocado sobre os fatos
concernentes à volta de Jesus que agora está desvendado a Ele,
aos anjos e a nós como Igreja. O princípio da revelação é
compartilhar, o Pai revelou para mostrar. A glória de Deus é se
esconder e a glória dos reis é desvendá-lo (Pv25:2). Jesus não
guardou a revelação da sua volta para si mesmo, ele
compartilhou com os anjos, um deles foi designado por Jesus
para compartilhar com João e este compartilhou conosco
através desse livro-profecia. Vamos conferir novamente:

Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos
seus servos as coisas que em breve devem acontecer e que ele,
enviando por intermédio do seu anjo, notificou ao seu servo
João. (Apocalipse 1:1)

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Esse João, o maior profeta do Novo Testamento, escreveu tudo
que viu e ouviu do anjo (Ap1:2; 22:8). Apocalipse é uma
revelação dada através do ministério angelical assim como a lei
foi outorgada pelos anjos (Gl 3:19). Durante todo o livro João
está acompanhado de um anjo que é responsável por lhe
mostrar tudo que está para acontecer. O profeta escreve tudo
que ouviu do anjo e tudo que o anjo lhe mostra. A Igreja do fim
dos tempos é uma Igreja que experimentará altos níveis de
revelações angelicais. A Igreja do fim dos tempos será tão
profética quanto o Livro de Apocalipse.

Esse livro foi escrito por nossa causa. João não escreveu para
ele mesmo ou apenas para a Igreja daquele tempo. Nós somos
os destinatários desta carta. João escreveu por que ele sabia que
essa carta chegaria a geração que visse Jesus voltar. Esse é o
momento que Jesus está aumentando o nível de revelação na
nossa geração para compreendermos a amplitude dos eventos
do fim dos tempos. Dessa forma, não podemos continuar
ignorantes acerca da volta de Jesus. Jesus deixou sinais para
analisarmos se o dia dele realmente se aproxima. Isso não quer
dizer que saberemos o dia e a hora, precisamos evitar toda
pessoa que diz saber o exato momento da volta de Jesus assim
como precisamos evitar o extremo de que não saberemos nada
e seremos pegos de total surpresa. Os dois extremos são
errôneos. Jesus deixa claro que saberemos o tempo e a estação
da sua volta (Mt 24:32). Precisamos mergulhar no livro de
Apocalipse para entendermos em que momento estamos na
história e compreender os sinais que marcam a volta de Jesus.

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Apocalipse é uma profecia que precisa ser lida, ouvida e
guardada. Qualquer pessoa pode ser profética desde que leia e
guarde os conteúdos proféticos em seu coração. Jesus chama de
bem-aventurado todo aquele que lê e guarda em seu coração o
conteúdo dessa profecia, ou seja, existe uma benção e uma
porção para aqueles que amam e guardam essa profecia como
seu maior tesouro. A profecia desse livro é que o tempo está
próximo. Está próximo como a próxima estação. Jesus diz em
Mateus 24:32 que o nosso espírito profético está habilitado para
discernir as estações e que assim como sabemos qual estação
do ano estamos, nós saberemos qual estação se dará a volta de
Jesus. Uma estação tem a duração de três meses de tempo entre
a outra, assim, enquanto Jesus aumenta o nível da nossa
percepção profética, futuramente poderemos saber tão
precisamente o tempo da volta de Jesus que não seremos pegos
de surpresa. Creio que enquanto as dez virgens dormem os
profetas daqueles dias serão como a voz da meia noite que
brada: Eis aí o noivo.

O CHAMADO À BELEZA DE JESUS


O livro de Apocalipse é chamado de revelação de Jesus porque
é a revelação da majestade do seu caráter eterno, do seu
coração e sua liderança. Enquanto a Igreja se empenha em
contemplá-lo apaixonadamente, Ele se encarregará de purificar
a Igreja, empodera-la e amadurecê-la, além de trazer a colheita
de almas e a colheita de filhos maduros, substituir todos os
governos da terra e fazer a transição para a era vindoura.

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Em Apocalipse 1-3, João compartilha uma visão de Jesus que
destaca 30 descrições da beleza majestosa de Jesus, seu
ministério, personalidade e 22 recompensas eternas àquele que
vencer. Cada descrição e recompensa comunica uma visão
sobre a liderança de Jesus que é necessária para equipar a
Igreja para manter sua aliança com Ele.
Jesus revelou Sua majestade como o Filho do Homem
(Apocalipse 1). Ele usou o título Filho do Homem mais do que
qualquer outro (85 vezes). O Filho do Homem é um título de
Daniel 7:14 e fala do Messias que governará todas as nações
com Seu povo. Este título enfatiza que Jesus é totalmente Deus e
totalmente humano.

Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha


com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se
ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado
domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e
homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é
domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será
destruído. (Daniel 7:13,14)

Essa é uma visão apocalíptica que Daniel teve acerca do fim dos
tempos. Ele viu uma reunião celestial, mais conhecida como o
conselho de Deus (Jr 23:22), onde Deus Pai, descrito como o
Ancião de Dias, está substituindo os reinos da terra governados
por principados e potestades pelo reino de seu Filho Jesus, o
único digno de governar as nações. Nessa visão, Daniel vê um
rio de fogo emanando do trono de Deus Pai e milhões de anjos
o ministrando.

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Continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e o Ancião
de Dias se assentou; sua veste era branca como a neve, e os
cabelos da cabeça, como a pura lã; o seu trono eram chamas de
fogo, e suas rodas eram fogo ardente. Um rio de fogo manava e
saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e miríades
de miríades estavam diante dele; assentou-se o tribunal, e se
abriram os livros. (Daniel 7:9,10)

Eu acho muito intrigante que a visão de João sobre Jesus


carrega as mesmas características de Daniel sobre o Ancião de
Dias. Sabemos que essa visão de Daniel foi muito antes da
encarnação de Jesus. Durante o tempo da vida de Jesus na terra
ele não tinha uma aparência sobrenatural tendo se esvaziado
da forma de Deus. Porém no momento da ressurreição e
exaltação ele reassume sua forma majestosa e completamente
divina e totalmente identificada com a imagem do Pai. A
imagem do Pai é impressa na imagem do Filho.

Achei-me em espírito … e ouvi, por detrás de mim, grande voz ...


voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete
candeeiros de ouro e, no meio dos candeeiros, um semelhante
a Filho de Homem... A sua cabeça e cabelos eram brancos como
alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo; os pés,
semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa
fornalha. (Apocalipse 1:10-15)

O mesmo Filho do Homem que João vê é o mesmo Filho do


Homem que Daniel vê. Jesus se utiliza da profecia de Daniel
para dizer que ele é o mesmo que vem com as nuvens (Ap 1:7).
No fim do seu livro, Daniel estava abismado com tudo que ele
estava vendo e não entendendo perfeitamente. Então, o anjo
que lhe estava ministrando todas aquelas revelações lhe pediu
para selar o livro até que chegasse a geração do tempo do fim.
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Eu ouvi, porém não entendi; então, eu disse: meu senhor, qual
será o fim destas coisas? Ele respondeu: Vai, Daniel, porque
estas palavras estão encerradas e seladas até ao tempo do fim.
(Daniel 12:8,9)

Selar algo é o ato de garantir a veracidade daquilo que foi


revelado. Também garantia a origem da revelação e o destino
dela. Em Apocalipse 1 Jesus abre o selo das revelações de Daniel
e Apocalipse começa explodindo conhecimentos de Deus que
Daniel não entendia. O destino dessas revelações é a Igreja do
fim dos tempos, o destino do selo de Daniel somos nós. Jesus
encaminha primariamente essas revelações aos líderes das 7
Igrejas da Ásia. Jesus escolheu essas Igrejas porque elas
caracterizam todas as Igrejas que viriam até o seu Retorno.
Dessa forma, Jesus endereçou suas mensagens proféticas a nós.
O que ele esperava daquelas Igrejas Ele espera de nós hoje. A
maneira que ele preparou pessoalmente aquelas Igrejas é a
maneira que ele espera que estejamos preparados hoje.

AO ANJO DA IGREJA: GOVERNO APOSTÓLICO


E PROFÉTICO
Jesus confiou uma mensagem específica ao governo apostólico
e profético de cada cidade-igreja em Apocalipse 2-3. O “anjo da
igreja” se refere ao líder sênior e, portanto, à equipe de
presbíteros de cada igreja. As Igrejas daquela época não eram
divididas em denominações como é hoje, na verdade elas eram
divididas por cidades.

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Cada cidade era uma Igreja. Jesus enxerga uma única Igreja por
cidade. Dessa forma, ele não estava falando de uma liderança
centralizada em uma única pessoa, mas a mensagem estava
endereçada aos líderes daquelas Igrejas-Cidade. Era uma única
mensagem para toda cidade. Assim, estamos falando de um
corpo apostólico e profético que governava cidades com a
cooperação de anjos que trabalhavam pelo avanço da Igreja em
cada região.

A palavra “anjo” é angelos no grego. Pode-se referir a um


mensageiro humano ou angelical (Lucas 7:24, 27; 9:52). Foi
traduzido como mensageiro quando se referia a João Batista (Mt
11:10; Mc 1:2).
O “mensageiro” de cada igreja era o responsável com sua
equipe de liderança por administrar essa mensagem e não
permitir que fosse negligenciada ou distorcida por meio de
concessões, medo ou negligência. Eles deveriam proclamar a
mensagem que Jesus falou e então estabelecer um plano de
ação para implementar as verdades.

“Ao anjo [mensageiro] da igreja de Éfeso, escreva: 'Estas coisas


dizem Aquele que segura as sete estrelas ...'” 8 “Ao anjo da igreja
em Esmirna, escreva: 'Estas coisas dizem o Primeiro e o Último
... '”12“ Ao anjo da igreja em Pérgamo escreva:' Estas coisas
dizem Aquele que tem a espada afiada de dois gumes ... '”18“ Ao
anjo da igreja em Tiatira ... ”(Apocalipse 2: 1, 8 , 12, 18)

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ELEMENTOS COMUNS NA COMPREENSÃO DAS
CARTAS DE JESUS PARA AS 7 IGREJAS
A. Contexto histórico: É útil entender a situação da cidade onde
cada igreja estava. Cada um tinha desafios específicos
socialmente, politicamente, economicamente e espiritualmente.
Jesus selecionou essas igrejas por várias razões, sabendo
também que elas dariam uma visão sobre como preparar a
Igreja do tempo do fim.

B. Revelação de Jesus: Todas as sete mensagens começam com


Jesus destacando um aspecto de Sua majestade já visto em
Apocalipse 1. Dezoito aspectos da majestade de Jesus são
aprofundados em Apocalipse 2-3.

C. Aprovações: Hoje existe um falso ensino de que todas as


pessoas que são salvas já são aprovadas por Jesus. Isso é um
engano e ensinar isso faz com a Igreja permaneça apática para
crescer e avançar em Jesus. Todas as pessoas que nasceram de
Deus são totalmente amadas e não estão debaixo de nenhuma
condenação. Porém todas as pessoas que estão crescendo em
Jesus são provadas e nessa prova podem ser aprovadas ou
reprovadas por Deus. Não faz sentido um professor de sala de
aula no final do ano letivo aprovar todos os alunos sem
nenhum teste sendo que há bons alunos e outros nem tanto. Da
mesma forma Jesus avalia suas Igrejas e algumas são aprovadas
por Ele e outras não.

Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a


provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa
da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam. (Tiago 1:12)

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Jesus aprovou especificamente cinco das igrejas da Ásia. No
entanto, duas igrejas não receberam nenhum tipo de aprovação
de Jesus (Sardes e Laodicéia). Toda aprovação tem como
resultado uma recompensa de Jesus, toda reprovação passa por
correções e disciplinas para que sejamos aprovados.

D. Correções: a correção de Jesus não é rejeição. Ele corrigiu


cinco igrejas: Éfeso (2: 4), Pérgamo (2:14), Tiatira (2:20), Sardes
(3: 1) e Laodicéia (3:15-17). Ele não corrigiu duas igrejas
(Esmirna e Filadélfia). Suas repreensões mais fortes foram por
passividade, imoralidade e idolatria.

E. Exortação para responder: Toda mensagem de Jesus espera


uma resposta ativa de nós. Jesus destacou ações específicas que
Ele exigiu que as Igrejas se engajassem. Ele exortou alguns a se
arrependerem da transigência e a alguns a resistirem ao medo
da perseguição ou rejeição.

F. Os Vencedores: Jesus é galardoador daqueles que o buscam,


que o amam e que o obedecem. O buscar, o amar e obedecer é
a maneira que vencemos. Se existem aqueles que vencem,
existem aqueles que perdem e Jesus ensinou como vencer e
como receber cada recompensa. Ele prometeu 22 recompensas
eternas que cada um de nós podemos receber se vencermos o
que ele quer que vençamos. Podemos vencer como indivíduos e
como Igreja. A maioria dessas promessas terá seu maior
cumprimento na geração do reino milenar. Elas incluem:
comer da árvore da vida (2:7); receber a coroa da vida (2:10);
não ser ferido pela segunda morte (2:11); comer o maná
escondido (2:17); receber uma pedra branca (2:17); receber um
novo nome escrito na pedra (2:17); ter poder sobre as nações
(2:26);

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receber a estrela da manhã (2:28); receber vestimentas brancas
(Ap 3:5); receber um nome que não será apagado do Livro da
Vida (3:5); Jesus confessar nosso próprio nome diante do Pai e
dos anjos (3:5); os perseguidores vão adorar Jesus diante dos
nossos pés (3:9); os perseguidores saberão o quanto Jesus nos
ama (3:9); ser feito uma coluna no templo de Deus (3:12); ter o
nome de Deus, a Nova Jerusalém e o novo nome de Jesus escrito
em nós (3:12); receber ouro para ser rico (3:18); receber
vestimentas (3:18); ter olhos ungidos para ver mais (3:18); comer
com Jesus (3:20); e sentar-se em Seu trono (3:21).

COMO APLICAR AS MENSAGENS NAS 7 CARTAS

A. Individualmente: Todas as cartas podem ser aplicadas


individualmente. Elas tem o objetivo de inspirar o amor
obediente e a fé perseverante em nós.

B. Corporativamente: A aplicação mais poderosa é quando as


igrejas locais andam juntas nessas verdades. Jesus deu uma
visão sobre como preparar a Igreja do tempo do fim para o
momento mais difícil da história.

AQUELE QUE TEM OUVIDO, QUE OUÇA: 3


IMPLICAÇÕES
A exortação que Jesus mais repetiu em Seu ministério terreno
foi para ter ouvidos para ouvir o que o Espírito está dizendo.
Isso significa que precisamos viver atentos ao que o Espírito
está falando, pois seu principal ministério é falar das coisas que
Ele ouviu de Jesus.

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Jesus foi o único no NT a exortar as pessoas a “ouvir” o que o
Espírito estava dizendo. Ele ecoou o chamado de Moisés para
Israel "ouvir", portanto, "tenha ouvidos para ouvir" (Dt 6:4-5). Ele
enfatizou isso pelo menos 16 vezes - 8 vezes nos Evangelhos e 8
vezes no Apocalipse. (Mt 11:15; 13:9, 43; Mc 4:9, 23; 7:16; Lc 8:8;
14:35; Ap 2:7, 11, 17, 29; 3:6, 13, 22; 13:9).

Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.


Apocalipse 2:7

Há uma resposta individual e corporativa ao que o Espírito


deseja para essas verdades. Jesus exortou individualmente
àquele que tem ouvidos que “ele” ouça. Jesus também desejava
que essas verdades fossem aplicadas corporativamente "às
igrejas".

Primeiro, Jesus sinalizou que a verdade sendo proclamada era


muito importante para Ele. Em segundo lugar, ele nos chama a
prestar muita atenção. Jesus está dizendo que há mais do que o
imediatamente óbvio. Jesus nos chama a buscar diligentemente
a verdade mais profunda que está sendo colocada diante de
nós. Terceiro, é necessário a ajuda sobrenatural do Espírito
para compreender as mensagens proféticas e aplicá-las. A
mente desamparada de um crente devotado não será capaz de
compreender totalmente a verdade apresentada sem pedir
ajuda ao Espírito.

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QUEM SÃO OS VENCEDORES?
Muitos líderes ensinam erroneamente que todos os crentes são
vencedores afirmando que o próprio ato de crer em Jesus é
tudo o que é necessário para ser um vencedor (1 João 5:4-5). A
fé em Jesus é enfatizada nesse ensinamento como o único
critério para vencer. Dessa forma, tanto os crentes
espiritualmente maduros quanto os imaturos são igualmente
vencedores e todas as recompensas em Apocalipse 2-3 são
automaticamente dadas a todos como sendo sinônimos do dom
da vida eterna. Alguns ensinam falsamente que essas
recompensas são dadas a todos os crentes em plenitude,
independentemente de como vivam. Esse ensino está
diretamente ligado a heresia da hipergraça e do universalismo.
Essa visão tira essas recompensas de seu contexto, que requer
arrependimento de certas coisas para vencer e ser fiel até o fim.
Em nenhum momento em Apocalipse 2-3 Jesus exortou as
Igrejas a nascerem de novo. Ele estava oferecendo recompensas
aos crentes nascidos de novo como incentivos para uma maior
diligência em face da tentação e pressão.

Porque ninguém pode lançar outro fundamento senão aquele


que já está posto, que é Jesus Cristo. Se alguém construir sobre
este alicerce com ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno,
palha, a obra de cada um [decisões de vida] permanecerá ... o
fogo testará o trabalho de cada um … Se o trabalho de alguém
que ele construiu perdurar, ele receberá uma recompensa. Se o
trabalho de alguém for queimado, ele sofrerá perdas; mas ele
mesmo será salvo, ainda assim como pelo fogo. (1 Cor. 3: 11-15)

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Outro ensinamento que muitos líderes erroneamente ensinam
é sobre a “perda da salvação”. Esta visão ensina que os crentes
em Apocalipse 2-3 estão sendo exortados à fidelidade para
evitar perder sua salvação. Nesse ensino, deixar de superar
totalmente uma área de sua vida espiritual é sinônimo de
perder a salvação. Eles ensinam que devemos superar toda
imaturidade espiritual para evitar perder nossa salvação. Isso
implica que apenas os crentes maduros são salvos. Por
exemplo, os trabalhadores diligentes em Éfeso, que careciam
renovar o amor por Jesus, perderiam sua salvação se tivessem
morrido antes de renovar seu primeiro amor (Apocalipse 2:2-7).
Isso é totalmente incoerente com o coração e a liderança de
Jesus.

O que desejamos ensinar corretamente é que as recompensas


eternas em Apocalipse 2-3 são dadas em diferentes graus de
acordo com a fidelidade da pessoa em amar e obedecer a Jesus.
Recompensas são dadas além do dom gratuito da vida eterna.
Presumo que a maioria dessas 22 recompensas será recebida
pela maioria dos crentes, pelo menos em um primeiro nível.
Apocalipse 2-3 se refere à medida dessas recompensas que um
crente receberá. Essas recompensas não são de importância
secundária para nosso destino.

Há uma glória do sol ... e outra glória das estrelas; pois uma
estrela difere de outra estrela em glória. Assim também é a
ressurreição dos mortos. (1 Cor. 15: 41-42)

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Visto que apenas os vencedores recebem a medida mais
completa dessas recompensas, é importante que interpretemos
e valorizemos o que Jesus pretende chamando os crentes para
serem vencedores em Apocalipse 2-3. Um vencedor neste
contexto é aquele que amadurece nas áreas específicas de
fidelidade em sua vida que Jesus enfatizou nesta passagem.
Vencer não significa atingir a perfeição em seu caráter, mas
sim alcançar constantemente a vitória com todas as nossas
forças.
Precisamos ter em mente que Jesus é gentil em sua avaliação de
nossas vidas. Em primeiro lugar porque de fato todos os crentes
são vencedores de maneira geral vencendo a incredulidade
mundana e crendo em Jesus, conforme descrito nas epístolas
de João. Sejam eles maduros ou imaturos. A fé em Jesus é
enfatizada nesse versículo:

Todo o que é nascido de Deus vence o mundo. Esta é a vitória


que venceu o mundo - nossa fé. Quem é o que vence o mundo,
senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus? (1 Jo. 5: 4-5)

Em segundo lugar, todos aqueles que já são nascidos de Deus


são chamados a permanecerem fiéis a Jesus ou a superarem a
infidelidade. Na vida de um crente, isso é especificamente
definido em Apocalipse 2-3. Vencer significa andar em
maturidade espiritual, ser consistente na obediência e recusar
heresias.

“Tu permites ... Jezabel ... ensinar ... Meus servos a cometer
imoralidade sexual … Aquele que vencer... até o fim, a ele darei
poder sobre as nações ...” (Apocalipse 2: 20-26)

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Para a igreja de Éfeso, vencer significava voltar ao primeiro
amor por Jesus.
Para a igreja em Esmirna, significava ser fiel na
perseguição.
Para a igreja em Pérgamo e Tiatira, vencer significava
resistir à imoralidade sexual e idolatria pelo resto de suas
vidas.
Para a igreja em Sardes, era preciso estar vigilante para
cultivar um relacionamento vibrante com Jesus e apegar-se
às coisas que Deus lhes confiava.
Para a Igreja na Filadélfia, era para perseverar na
obediência madura.
Para os Laodicenses, para superar a mornidão espiritual.

Dessa forma, como descrentes, vencemos a incredulidade no


dia em que nascemos de novo. Como crentes, vencemos
somente depois de perseverar em obediência até o fim.

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