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MANUAL DE AULAS
PRÁTICAS
DE ANATOMIA
HUMANA
1
2014
APRESENTAÇÃO
Estes roteiros foram elaborados visando auxiliar o estudante durante as aulas práticas de
Anatomia. Os mesmos servem como guia de estudo e em cada prática e devem ser utilizados
para acompanhamento e anotações.
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DO ESTUDO E DO USO DO LABORATÓRIO DE ANATOMIA
RECOMENDAÇÕES GERAIS
1 a) De Ordem Pessoal
1 b) Referentes ao Laboratório
2
Mantenha as bancadas sempre limpas e livres de materiais estranhos ao trabalho;
Jogue papéis usados e materiais inservíveis no lixo somente quando não apresentar riscos
de contato com produtos químicos oxidantes;
Use pinças e materiais de tamanho adequado e em perfeito estado de conservação;
Evitar descartar produtos químicos nas pias de laboratório.
Em caso de derramamento de produtos tóxicos, inflamáveis ou corrosivos, tomar as
seguintes precauções:
parar o trabalho, isolando na medida do possível a área;
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advertir pessoas próximas sobre o ocorrido;
só efetuar a limpeza após consultar a ficha de emergência do produto;
alertar a chefia; verificar e corrigir a causa do problema;
no caso do envolvimento de pessoas, lavar o local atingido com água corrente e procurar o
serviço médico.
RESÍDUOS
Definição
Toda substância, não desejável, resultante de um processo químico no qual ocorre
transformação.
Cuidados
Não jogue fora nenhum tipo de resíduo sem antes verificar o local adequado para fazê-lo;
Para cada tipo de resíduo existe uma precaução quanto a sua eliminação, em função da
sua composição química e/ou biológica.
Ex.:
não jogue produtos corrosivos concentrados na pia, eles só podem ser descartados depois
de diluídos ou neutralizados;
não descarte líquidos inflamáveis no esgoto;
descarte os materiais biológicos em local adequado (DESCARTEX).
RECOMENDAÇÕES FINAIS
Tenha este Guia sempre à mão no laboratório e releia-o periodicamente. O risco de acidente é
maior quando nos acostumamos a conviver com o perigo e passamos a ignorá-lo. A segurança
de um laboratório está apoiada na determinação de cada um de seus elementos:
4
“A Anatomia é a base de todas as ciências médicas,
teóricas e práticas.”
Claude Bernard
A Anatomia é antiquíssima. Ela se iniciou com a simples inspeção da forma externa de pessoas
e animais, mortos ou vivos, de várias idades. Depois, movido pela curiosidade, o homem
praticou incisões e secções em cadáveres para conhecer a constituição interna e seu arranjo
ou aspecto arquitetural. Na seqüência foram observadas as transformações irreversíveis
relacionadas com o desenvolvimento e os aspectos funcionais das formações anatômicas já
então conhecidas. Para a prática das ciências da saúde ela continua a ser o “...fundamento
sólido..., a preliminar essencial”, no dizer de Vesalius.
Para a produção científica seu campo de pesquisa tem sido ampliado muitas vezes,
abrangendo áreas cada vez mais especializadas, mas que, no final das contas, são ramos da
própria Anatomia.
A Anatomia Humana tem sido definida como a ciência que estuda a forma, a estrutura e o
desenvolvimento do corpo humano. Entretanto, essa definição pertence mais à Morfologia,
cujo estudo é mais abrangente. Sob a óptica educativa, a Anatomia do Desenvolvimento é
estudada na disciplina de Embriologia e a Anatomia Estrutural ou Microscópica é conteúdo
das disciplinas de Histologia, Citologia ou Biologia Celular.
Esta é uma razão para o uso dos termos formação, corpo, parte, porção ou elemento
anatômico (macroscópico*), comumente utilizados na Anatomia, no lugar de estrutura, que
significa disposição e ordenação de células, genes, tecidos, portanto em nível celular ou
subcelular.
Forma significa aparência, feitio, contorno ou limites exteriores, aspecto físico. Constituição é
o complexo de elementos formadores, o conjunto das características corporais de um ser, as
partes que compõem o conjunto das características hereditárias; corresponde ao genótipo de
um indivíduo. Arquitetura deve ser entendida como a disposição organizada das partes ou dos
elementos. Configuração é o somatório de tudo, o aspecto físico final, o arranjo do todo por
dentro e por fora, o fenótipo.
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Tem-se de considerar os grandes fatores de variação* (gerais) que apresentam
características anatômicas comuns. São eles a idade, o sexo, o biótipo, o grupo étnico e o
estado de nutrição.
As diferenças anatômicas determinadas por esses fatores são mais ou menos óbvias;
entretanto, parece-nos que o biótipo precisa de alguma abordagem. A Biotipologia refere-se
aos tipos morfológicos constitucionais longilíneo, brevilíneo e mediolíneo, que ocorrem em
ambos os sexos e em várias faixas etárias e grupos étnicos, aumentando assim a diversidade,
já que cada um tem caracteres anatômicos próprios.
Para se ter uma idéia das diferenças anatômicas entre os éctipos (tipos extremos), apontamos
no longilíneo algumas características completamente opostas às dos brevilíneos: 1. alto e
magro; 2. membros inferior e superior bastante longos em relação ao tórax; 3. o tórax
predomina sobre o abdome; 4. as costelas e a linha cérvico-escapular são oblíquas (no
brevilíneo são horizontais); 5. pele delgada e tela subcutânea escassa; 6. dolicocrânio; 7.
coluna vertebral com curvas discretas e espaços intercostais amplos; 8. coração e estômago
alongados verticalmente; 9. Dentição precoce e dentes apertados; 10. músculos delgados e
longos.
O mediolíneo apresenta características atenuadas de ambos os éctipos, ora mais ora menos
acentuadas.A cabeça, tomada isoladamente, pode ser classificada em quatro tipos
fundamentais conforme as dimensões de seus três segmentos faciais: o superior ou cerebral, o
médio ou respiratório e o inferior ou digestório.
Observe que a variação anatômica não causa prejuízo funcional. Se a variação anatômica é
grande a ponto de interferir com o bom funcionamento ou mesmo com a estética (fissura lábio-
palatina, dedo supranumerário, anodontia, espinha bífida), já não é mais variação e sim uma
anomalia. Se a anomalia é exagerada e de alta gravidade, a ponto de ser incompatível com a
vida, passa a se chamar monstruosidade, estudada pela Teratologia.
Assim, a Anatomia estuda o aspecto normal*, ou seja, as formas mais comuns, mais
freqüentes, típicas. Porém, incorpora pequenos desvios do normal, como as variações, e até
mesmo prevê seu aparecimento. A forma tida como anormal ou alterada é objeto de estudo da
Patologia.
Os conhecimentos em Anatomia podem ser obtidos por meio do estudo dos sistemas* do corpo
(esquelético, digestório, nervoso etc.) ou aparelhos* (gênito-urinário, cárdio-respiratório), com
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todas as suas ramificações, não importando em que região possam estar. Constitui a
Anatomia Sistêmica. Se o estudo for feito obedecendo às regiões do corpo (dividido
convencionalmente em regiões topográficas), constituirá a Anatomia Topográfica. Nesse
caso, em cada região será estudada parte de cada sistema orgânico que compõe essa região.
A noção dos imaginários planos de delimitação (anterior, posterior, lateral direito, lateral
esquerdo, superior e inferior) é fundamental para a compreensão dos termos de posição e
direção usados na descrição do corpo. Há também termos que definem planos de secção, o
que na prática realmente acontece ao se reduzir cadáveres nos laboratórios de anatomia ou
nos institutos médico-legais ou ao se realizar cirurgias. Portanto, estes não são planos
imaginários. São eles: sagital, sagital mediano, frontal, frontal médio, transversal, oblíquo,
horizontal, longitudinal.
O plano sagital mediano pode ser praticado em um cadáver, de tal modo que este fique
separado ao meio. As duas metades resultantes, direita e esquerda, são os antímeros. A
construção corpórea obedece a alguns princípios, entre eles o da simetria bilateral denominado
antimeria. Outro princípio que o estudante logo perceberá se traduz na disposição das
estruturas em camadas ou estratos, da superfície para a profundidade, em todas as partes do
corpo. É o princípio da estratificação do corpo humano ao ser embriologicamente formado. A
metameria (segmentação crânio-caudal em unidades ou metâmeros, como por exemplo,
vértebras, costelas, nervos espinais, etc.) e a paquimeria (divisão pelo plano frontal médio em
paquímeros ventral, com a grande cavidade que contém as vísceras, e dorsal com a cavidade
que contém o neuroeixo) são os demais princípios ou planos gerais de construção do corpo
humano.
Nomenclatura anatômica
Como toda ciência, a Anatomia tem sua linguagem pró pria. Ao conjunto de termos
empregados para designar e descrever o organismo ou suas partes dá-se o nome de
Nomenclatura Anatômica. Com o extraordinário acúmulo de conhecimentos no final do século
passado, graças aos trabalhos de importantes “escolas anatômicas” (sobretudo na Itália,
França, Inglaterra e Alemanha), as mesmas estruturas do corpo humano recebiam
denominações diferentes nestes centros de estudos e pesquisas. Em razão desta falta de
metodologia e de inevitáveis arbitrariedades, mais de 20 000 termos anatômicos chegaram a
ser consignados (hoje reduzidos a poucos mais de 5 000).
A língua oficialmente adotada é o latim (por ser “língua morta”), porém cada país pode traduzi-
la para seu próprio vernáculo. Ao designar uma estrutura do organismo, a nomenclatura
procura utilizar termos que não sejam apenas sinais para a memória, mas tragam também
alguma informação ou descrição sobre a referida estrutura.
Dentro deste princípio, foram abolidos os epônimos (nome de pessoas para designar coisas) e
os termos indicam: a forma (músculo trapézio); a sua posição ou situação (nervo mediano); o
seu trajeto (artéria circunflexa da escápula); as suas conexões ou inter-relações (ligamento
sacroilíaco); a sua relação com o esqueleto (artéria axial); sua função (m. levantador da
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escápula); critério misto (m. flexor superficial dos dedos – função e situação). Entretanto, há
nomes impróprios ou não muito lógicos que foram conservados, porque estão consagrados
pelo uso.
As descrições feitas ao longo deste livro fundamentam-se nessa posição. Ao estudar o crânio,
por exemplo, ele poderá ser posicionado da forma mais conveniente para visualizar este ou
aquele acidente anatômico, mas a descrição no texto sempre será feita levando-se em
consideração a posição de descrição anatômica.
1. Cabeça
A cabeça é dividida em duas partes: crânio e face. Uma linha imaginária passando pelo topo
das orelhas e dos olhos é o limite aproximada entre estas duas regiões. O crânio contém o
encéfalo no seu interior, na chamada cavidade craniana. As lesões crânioencefálicas são as
causas mais freqüentes de óbito nas vitimas de trauma. A face é a sede dos órgãos dos
sentidos da visão, audição, olfato e paladar. Abriga as aberturas externas do aparelho
respiratório e digestivo. As lesões da face podem ameaçar a vida devido ao sangramento e
obstrução das vias aéreas.
2. Tronco
O tronco é dividido em pescoço, tórax, abdome e pelve.
2.1. Pescoço
Contém varias estruturas importantes. É suportado pela coluna cervical que abriga no seu
interior a porção cervical da medula espinhal.
2.2. Tórax
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Contém no seu interior, na chamada cavidade torácica, a parte inferior do trato respiratório
(vias aéreas inferiores), os pulmões, o esôfago, o coração e os grandes vasos sangüíneos que
chegam ou saem do coração. É sustentado por uma estrutura óssea da qual fazem parte a
coluna vertebral torácica, as costelas, o esterno, as clavículas e a escápula. As lesões do tórax
são a segunda causa mais freqüente de morte nas vítimas de trauma.
Na posição anatômica o corpo humano pode ser delimitado por planos tangentes à sua
superfície, os quais, com suas intersecções, determinam a formação de um sólido geométrico,
um paralelepípedo.
Tem-se assim, para as faces desse sólido, os seguintes planos correspondentes: dois planos
verticais, um tangente ao ventre – plano ventral ou anterior – e outro ao dorso – plano dorsal ou
posterior. Estes e outros a eles paralelos são também designados como planos frontais, por
serem paralelos à “fronte”; dois planos verticais tangentes aos lados do corpo – planos laterais
direito e esquerdo e, finalmente, dois planos horizontais, um tangente à cabeça – plano cranial
ou superior – e outro à planta dos pés – plano podálico – (de podos = pé) ou inferior.
O tronco isolado é limitado, inferiormente, pelo plano horizontal que tangencia o vértice do
cóccix, ou seja, o osso que no homem é o vestígio da cauda de outros animais. Por esta razão,
este plano é denominado caudal.
Os planos descritos são de delimitação. É possível traçar também planos de secção: o plano
que divide o corpo humano em metades direita e esquerda é denominado mediano. Toda
secção do corpo feita por planos paralelos ao mediano é uma secção sagital (corte sagital) e os
planos de secção são também chamados sagitais; os planos de secção que são paralelos aos
planos ventral e dorsal são ditos frontais e a secção é também denominada frontal (corte
frontal); os planos de secção que são paralelos aos planos cranial, podálico e caudal são
horizontais. A secção é denominada transversal.
Termos de posição
A situação e a posição das estruturas anatômicas são indicadas em função dos planos de
delimitação e secção.
Assim, duas estruturas dispostas em um plano frontal serão chamadas de medial e lateral
conforme estejam, respectivamente, mais próxima ou mais distante do plano mediano do
corpo.
Duas estruturas localizadas em um plano sagital serão chamadas de anterior (ou ventral) e
posterior (ou dorsal) conforme estejam, respectivamente, mais próxima ou mais distante do
plano anterior. Para estruturas dispostas longitudinalmente, os termos são superior (ou cranial)
para a mais próxima ao plano cranial e inferior (ou caudal) para a mais distante deste plano.
Uma terceira estrutura situada entre uma lateral e outra medial é chamada de intermédia. Nos
outros casos (terceira estrutura situada entre uma anterior e outra posterior, ou entre uma
superior e outra inferior, ou entre uma proximal e outra distal ou ainda uma oral e outra aboral)
é denominada de média.
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Estruturas situadas ao longo do plano mediano são denominadas de medianas, sendo este um
conceito absoluto, ou seja, uma estrutura mediana será sempre mediana, enquanto os outros
termos de posição e direção são relativos, pois baseiam-se na comparação da posição de uma
estrutura em relação a posição de outra.
1. inspeção: analisando através da visão. A análise pode ser de órgãos externos (ectoscopia)
ou internos (endoscopia);
2. palpação: analisando através do tato é possível verificar a pulsação, os tendões musculares
e as saliências ósseas, dentre outras coisas;
3. percussão: através de batimentos digitais na superfície corporal podemos produzir sons
audíveis, que ajudam a determinar a composição de órgãos ou estruturas (gases, líquidos ou
sólidos);
4. ausculta: ouvindo determinados órgãos em funcionamento (Ex.: coração, pulmão, intestino);
5. mensuração: permite a avaliação da simetria corporal e de eventuais megalias;
6. dissecção: consiste na separação minuciosa dos diferentes órgãos para uma melhor
visualização;
7. métodos de estudo por imagem: inclui o raioX, ecografia, ressonância nuclear magnética e
tomografia computadorizada.
Planos anatômicos
No momento em que projetamos um eixo sobre outro temos um plano. Existem quatro
planos principais:
4. o plano frontal ou coronal, formado pelo deslocamento do eixo de largura ao longo do eixo
longitudinal, dividindo o corpo em porções chamadasde paquímeros.
Termos anatômicos
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Proximal: mais próximo do ponto de origem;
Distal: mais afastado do ponto de origem;
Medial: mais próximo do plano sagital mediano;
Lateral: mais afastado do plano sagital mediano;
Superficial: mais próximo da pele;
Profundo: mais afastado da pele;
Homolateral ou ipsilateral: do mesmo lado do corpo;
Contra-lateral: do lado oposto do corpo
DISCIPLINA: Anatomia
2014
ACADÊMICO (a):
1 b) _________________________________
1 c) _________________________________
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Variação Anatômica
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Anomalia
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Monstruosidade
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6º) Identifique os termos que são utilizados para descrever os planos indicados nas figuras
abaixo.
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SISTEMA ESQUELÉTICO – GENERALIDADES
01 – Examine um esqueleto articulado, e veja que ele é constituído por partes ligadas entre
si. Essas partes são os ossos.
02 – Veja que o esqueleto pode ser dividido em duas grandes porções. Uma mediana,
formando o eixo do corpo, e composta pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco, chamada de
esqueleto axial; outra apensa a esta, formada pelos membros superiores e inferiores,
denominada esqueleto apendicular. Identifique essas porções com seus respectivos ossos.
03 – Observe que a união entre essas duas porções se faz por meio de cinturas ou cíngulos.
Localize as cinturas escapular e pélvica e identifique os ossos que delas fazem parte.
05 – Ainda sobre Anatomia de Superfície, observe a coluna vertebral. Que parte das
vértebras pode ser palpada na coluna vertebral? Palpe os ossos da pelve, principalmente a
crista ilíaca. Observe também os relevos produzidos ao nível do joelho, tornozelo e pé.
Procure identificar no esqueleto quais ossos produzem estes relevos.
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6.1 – Ossos longos: são aqueles que apresentam um comprimento consideravelmente maior
que a largura e espessura. Observe o esqueleto e localize: fêmur, tíbia, úmero, rádio,
ulna, falanges.
6.3 – Ossos curtos: são aqueles que apresentam as três dimensões equivalentes. Observe o
esqueleto e localize: Ossos carpais e alguns ossos tarsais.
6.4 – Ossos irregulares: apresentam uma morfologia complexa que não encontra
correspondência em formas geométricas conhecidas. Observe o esqueleto e localize: as
vértebras. Todos os ossos da face e alguns do crânio (etmoide, esfenoide, temporal, etc.).
6.5 – Ossos pneumáticos: São ossos que contêm cavidades cheias de ar. São encontrados
apenas no Crânio e na face. Esses ossos apresentam uma ou mais cavidades, denominadas
de seios. Observe o esqueleto da cabeça e localize: Frontal - Osso plano e pneumático.
Maxila, Etmoide, Temporal, Esfenoide - Ossos irregulares e pneumáticos.
Osso sesamoide: São ossos que se formam entre articulações, como os ossos suturais do
crânio e entre tendões e ligamentos como a patela, cuja principal função é proteger a
articulação do joelho. A patela é o maior osso sesamoide do corpo humano. É considerado um
osso curto e sesamoide.
A diáfise é oca. E seu interior, chamado de canal medular, é ocupado pela medula óssea.
A medula óssea é Vermelha nas crianças e jovens. E com o passar dos anos, vai sendo
substituída por tecido adiposo, sendo chamada então de Medula Óssea Amarela.
Também na epífise, há um grande número de cavidades, formadas pelo entrecruzamento das
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trabéculas ósseas. Essas cavidades também contem a medula vermelha. Formadora de
células sanguíneas.
6.6 – Ossos extranumerários: são ossos além do número normal, mas que são
freqüentemente encontrados. Podem ser de dois tipos:
1 Ossos Suturais: quando se interpõem nas linhas articulares dos ossos do crânio.
1 Ossos Sesamóides: desenvolvem-se na substância de certos tendões ou na cápsula
fibrosa que envolvem certas articulações.Os primeiros são denominados INTRATENDÍNEOS e
os segundos são denominados PERIARTICULARES.
O ESQUELETO HUMANO
Oficialmente, o esqueleto humano é formado por 206 ossos, que podem ser classificados
quanto à localização em:
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Totalizando, assim, oito grandes ossos!!!
Além desses oito ossos, há três ossículos da audição, bilaterais, alojados na orelha média:
Martelo, Bigorna e Estribo.
E também alguns ossos extranumerários. Que no caso do crânio, são chamados de ossos
suturais. Pois, formam-se entre as suturas, que são articulações fibrosas entre os ossos do
crânio.
Em continuação ao crânio está a coluna vertebral que é formada pelas vértebras cervicais,
torácicas, lombares e pelos ossos Sacro e cóccix.
As vértebras são uma série de anéis sobrepostos, sobretudo de maneira que o orifício central
de cada uma corresponda com o do superior e o do inferior. De tal maneira que no centro da
coluna vertebral existe um canal. no qual está a medula espinal, órgão nervoso de fundamental
importância.
Em continuação das cervicais estão 12 vértebras torácicas. Que se articulam com as costelas
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e se unem ao osso esterno mediante as cartilagens costais, fechando a caixa torácica e
protegendo os órgãos contidos no tórax.
A coluna vertebral continua com as 5 vértebras lombares que têm maior tamanho porque
devem ser mais resistentes para realizar a sustentação do tronco. O osso Sacro
e o Osso Cóccix.
*A estas, seguem-se outras 5 vértebras soldadas entre si, que formam o osso sacro e, por
último, as 3 ou 4 vértebras rudimentares, quase sempre soldadas entre si, que compõe o
osso cóccix.
Obs.: Alguns autores contabilizam também as vértebras do sacro e do cóccix, situação em que
teremos, então, 33 vértebras na coluna vertebral. (esta é uma prática válida somente para
estudo dos nervos espinais, pois confunde muitos estudantes iniciantes). A partir do momento
que estas vértebras (sacrais e coccígeas) se fundem não devem mais ser catalogadas como
vértebras e sim como ossos.
As costelas, classificadas como ossos alongados, são ossos bilaterais, geralmente, em número
de doze pares:
- Sete pares são denominadas costelas verdadeiras e Cinco pares são costelas falsas.
São chamadas de costelas falsas pelo fato de não se articularem, diretamente, com o osso
esterno.
- Três pares destas costelas (falsas) são unidas ao esterno através da cartilagem costal.e os
Dois últimos pares são chamados de costelas flutuantes, pelo fato de terem uma
extremidade livre (anterior ou ventral), sem ligação com o osso esterno ou com a cartilagem
costal.
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ESQUELETO APENDICULAR
Os ossos dos membros superiores começam com o ombro, formado pelo Cíngulo do membro
superior, que é composto pela Escápula, osso de forma triangular, classificado como osso
plano (devido à sua maior porção ser laminar) e pela Clavícula, osso longo e curvado, situado
anteriormente à escápula.
A articulação do ombro é bastante móvel, o que permite mover o braço em quase todas as
direções. Esta articulação junto com a do quadril é uma das mais móveis e importantes do
corpo humano.
O osso do braço é o Úmero, osso longo e robusto; O antebraço é formado pelos ossos
longos. Rádio e Ulna.
O Rádio tem a cabeça de forma circular, lembrando um botão redondo, como os dos aparelhos
radiofônicos antigos.
A Ulna tem o formato de uma chave de boca ou, ainda, a forma da letra U em sua epífise
proximal. A cabeça do rádio é proximal enquanto a da ulna é distal.
Com os dois ossos do antebraço (rádio e ulna), se articula na sua parte inferior a mão, que é
formada proximalmente por Oito Ossos carpais. São os que formam o Carpo (punho):
E, finalmente, Catorze ossos formam os dedos da mão. São conhecidos como falanges:
Proximais, médias e distais.
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Os membros inferiores estão unidos ao tronco por meio do Cíngulo do membro inferior.
Formado pelos ossos do quadril, fixados pelo osso sacro. Antes dos vinte anos de idade, o
osso do quadril é formado por três ossos: Ílio, Ísquio e Púbis.
Após essa idade, os três ossos mencionados fundem-se formando o Osso do Quadril
propriamente dito. O osso do quadril articula-se com o fêmur, osso da coxa, o mais longo e
forte de todo o corpo.
Na sua parte inferior o fêmur se une à tíbia e esta, à fíbula, que são os dois ossos da perna.
Esta união tem lugar na articulação do joelho, do qual toma parte, também, o osso patela
(curto e sesamoide). Por último, os ossos da perna se articulam com os do pé. O pé é
formado pelos Ossos tarsais:
Tálus, Calcâneo, Navicular, Cuboide e Cuneiformes (lateral, intermédio e medial).
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ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA DE ANATOMIA
HUMANA
ARTICULAÇÕES FIBROSAS: São aquelas em que as peças ósseas estão unidas entre si por
um tecido conjuntivo fibroso. Podemos considerar três tipos:
- Suturas
- Sindesmoses
- Gonfoses
ARTICULAÇÕES CARTILAGINOSAS: São aquelas em que as peças ósseas estão unidas por
cartilagem.
Podemos considerar 2 tipos: - Sincondrose e Sínfise
SINCONDROSE: A união entre peças ósseas se faz por meio de cartilagem hialina. Estas
articulações são temporárias e tendem a desaparecer com o tempo, havendo a substituição da
cartilagem por tecido ósseo.
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Sincondrose intra-óssea: Articulação cartilagínea primária.
Ex.: Cartilagem de crescimento que une as epífises à diáfise dos
ossos longos (disco epifisal)
Sincondrose Interóssea: São aquelas onde os dois ossos diferentes se unem por cartilagem
hialina.
Ex.: Sincondrose esfeno-occipital, situada na base do crânio.
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FORMAÇÕES NÃO ESSENCIAIS OU ACESSÓRIAS: são formações que aparecem em
algumas articulações sinoviais.
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EXERCÍCIOS ARTROLOGIA
DISCIPLINA: Anatomia
2014
ACADÊMICO (a):
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4-Como são classificadas as articulações do corpo humano?
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10- Identifique , tipifique e classifique as articulações das imagens que se seguem :
A)
B)
C)
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D)
E)
F)
27
G)
H)
I)
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ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA DE ANATOMIA
HUMANA
Conceito de Músculos:
São estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela sua contração são
capazes de transmitir-lhes movimento. Este é efetuado por células especializadas
denominadas fibras musculares, cuja energia latente é ou pode ser controlada pelo sistema
nervoso. Os músculos são capazes de transformar energia química em energia mecânica.
a) Produção dos movimentos corporais: Movimentos globais do corpo, como andar e correr.
c) Regulação do Volume dos Órgãos: A contração sustentada das faixas anelares dos
músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo de um órgão oco.
d) Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As contrações dos músculos lisos das paredes
vasos sangüíneos regulam a intensidade do fluxo. Os músculos lisos também podem mover
alimentos, urina e gametas do sistema reprodutivo. Os músculos esqueléticos promovem o
fluxo de linfa e o retorno do sangue para o coração.
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e) Produção de Calor: Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e grande parte
desse calor liberado pelo músculo é usado na manutenção da temperatura corporal.
3- Grupos Musculares:
a) Cabeça
b) Pescoço
c) Tórax
d) Abdome
e) Região posterior do tronco
f) Membros superiores
g) Membros inferiores
h) Órgãos dos sentidos
i) Períneo
2- Classifique os músculos :
Quanto a Situação:
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a)Superficiais ou Cutâneos: estão localizados logo abaixo da
pele e apresentam, no mínimo, uma de suas inserções na
camada profunda da derme. Exemplos: músculos da
cabeça, do pescoço e da mão.
Exemplo: Platisma.
Quanto à Forma:
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b) Largos: Caracterizam-se por serem laminares. São
encontrados nas paredes das grandes cavidades (tórax e
abdome).
Exemplo: Diafragma.
b) Inserção: Quando se inserem em mais de um tendão. Ex: Flexor Longo dos Dedos.
Quanto à Função:
Ex: Pegar uma chave sobre a mesa, agonistas são os flexores dos dedos.
c) Sinergistas: São aqueles que participam estabilizando as articulações para que não
ocorram movimentos indesejáveis durante a ação principal.
d) Fixadores: Estabilizam a origem do agonista de modo que ele possa agir mais
eficientemente. Estabilizam a parte proximal do membro quando move-se a parte
distal.
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Quanto à Nomenclatura:
O nome dado aos músculos é derivado de vários fatores, entre eles o fisiológico e o
topográfico:
Tipos de Músculos:
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Componentes Anatômicos dos Músculos Estriados:
d) Bainhas Tendíneas são estruturas que formam pontes ou túneis entre as superfícies
ósseas sobre as quais deslizam os tendões. Sua função é conter o tendão, permitindo-
lhe um deslizamento fácil.
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Tipos de Contrações:
O nome dado aos músculos é derivado de vários fatores, entre eles o fisiológico e o
topográfico:
O tecido muscular consiste de células contráteis especializadas, ou fibras musculares, que são
agrupadas e dispostas de forma altamente organizada. Cada fibra de músculo esquelético
apresenta dois tipos de estruturas filiformes muito delgadas, chamadas miofilamentos grossos
(miosina) e finos (actina).
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b) Fáscia Muscular é uma lâmina ou faixa larga de tecido conjuntivo fibroso, que,
abaixo da pele, circunda os músculos e outros órgãos do corpo.
- cabeças
- ventres
- caudas
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EXERCÍCIOS MIOLOGIA
DISCIPLINA: Anatomia
2014
ACADÊMICO (a):
Este roteiro foi desenvolvido para que o aluno possa identificar os diversos músculos.
a) Ventre muscular
b) Tendões
c) Aponeurose
d) Fáscia Muscular
2. Faça uma tabela descrevendo a origem e inserção dos mm. Bíceps braquial, tríceps
braquial, quadíceps femoral, peitoral maior, deitoide. Descreva suas principais funções.
39
4-Defina endomísio, perimísio e epimísio.
a) estriado e liso.
b) esquelético e estriado.
c) liso e estriado.
d) liso e esquelético.
40
8- Complete o esquema abaixo com os nomes dos músculos indicados.
41
ASSUNTO: SISTEMA NERVOSO
DISCIPLINA: Anatomia
2014
ACADÊMICO (a):
O sistema nervoso deriva seu nome de nervos, que são pacotes cilíndricos de fibras que
emanam do cérebro e da medula central, e se ramificam repetidamente para inervar todas as
partes do corpo.
Os nervos são grandes o suficiente para serem reconhecidos pelos antigos egípcios, gregos e
romanos , mas sua estrutura interna não foi compreendida até que se tornasse possível
examiná-los usando um microscópio.
O sistema nervoso humano é dividido em Sistema nervoso central (SNC) e Sistema nervoso
periférico (SNP). O SNC consiste do encéfalo e da medula espinhal. O SNP consiste de todos
os outros neurônios que não estão no SNC. A maioria do que comumente se denomina nervos
(que são realmente os apêndices dos axônios de células nervosas) são considerados como
constituintes do SNP.
42
O sistema nervoso autónomo é dividido em sistema nervoso simpático, sistema
nervoso parassimpático e sistema nervoso entérico.
O sistema central é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal. Todas as partes do
encéfalo e da medula estão envolvidas por três membranas de tecido conjuntivo - as meninges.
O encéfalo, principal centro de controle, é constituído por cérebro, cerebelo, tálamo,
hipotálamo e bulbo.
43
O cérebro é o elemento principal, para o qual são dirigidos os impulsos recebidos pelo sistema
nervoso. Seu peso médio, quando atingido o desenvolvimento máximo, é de aproximadamente
1.400g nos homens e 1.260g nas mulheres.
A cavidade interna do cérebro é irrigada pelo líquido cefalorraquidiano, que flui também na
medula espinhal e constitui um elemento de extrema importância no diagnóstico de muitas
doenças e alterações metabólicas. De dentro para fora, distinguem-se a substância branca,
formada pelos axônios recobertos de mielina, material lipoprotéico que envolve as fibras e
aumenta a velocidade de transmissão dos impulsos nervosos; e a substância cinzenta, que
forma o envoltório ou córtex cerebral, formada pelos corpos celulares. A massa cerebral é
44
recoberta por três membranas de proteção, as meninges, que separam o córtex dos ossos
cranianos. São elas a pia-máter (mais interna), aracnoide (intermediária) e dura-máter (mais
externa).
Do bulbo nasce a medula espinhal ou raquidiana, cordão nervoso cilíndrico que se prolonga
pelo interior da coluna vertebral até o extremo do osso sacro. O cordão medular consta de um
núcleo central de substância cinzenta, com característica disposição em forma de X, envolto
numa massa cilíndrica de substância branca. A substância cinzenta se ramifica a partir da
medula para formar as raízes dos nervos raquidianos. Ao longo de toda a sua extensão, a
medula raquidiana é protegida externamente, como o encéfalo, pelas três meninges e, em seu
canal interno, por uma membrana denominada epêndima.
45
Os nervos representam a unidade fisiológica fundamental do sistema nervoso periférico.
Eles se originam nos dois componentes básicos do sistema nervoso central: o cérebro e a
medula espinhal. Os 12 pares de nervos cranianos são os seguintes :
Par I: olfativo
Par V: trigêmeo
Par X: vago
46
Outros 31 pares formam o conjunto de nervos raquidianos, dos quais depende a recepção
de impulsos periféricos, sua transmissão aos centros fundamentais do sistema nervoso e o
envio de sinais aos músculos.
A regulação das funções dos órgãos internos, de forma involuntária e autônoma, é executada
pelo sistema nervoso vegetativo ou autônomo, unidade fisiológica integrada por dois sistemas
diferenciados, o simpático e o parassimpático, com atividades opostas. A motilidade intestinal,
por exemplo, é estimulada por um nervo do sistema simpático e inibida por outro do sistema
parassimpático. As unidades funcionais do sistema vegetativo são as fibras e os gânglios.
O sistema simpático é integrado por uma dupla cadeia de gânglios dispostos em ambos os
lados da coluna vertebral. O segundo componente do sistema nervoso autônomo é o
parassimpático, formado pelas fibras nervosas autônomas que emergem do sistema nervoso
pelos nervos cranianos e pelos segmentos sacrais.
Da medula espinhal, a partir da qual surgem os pares de nervos raquidianos que inervam os
diferentes músculos, glândulas e vísceras. O sistema nervoso autônomo é uma unidade
funcional complementar, constituída pelos sistemas simpático e parassimpático, dos quais
depende o equilíbrio da vida orgânica. A função do sistema nervoso nos animais superiores é
complementada pela ação do sistema endócrino, encarregado de regular à secreção hormonal.
47
EXERCÍCIOS DE SISTEMA NERVOSO
DISCIPLINA: Anatomia
2014
ACADÊMICO (a):
48
1- Sobre a organização e o funcionamento do sistema nervoso, leia atentamente:
I- O sistema nervoso é dividido em SNC ( sistema nervoso central) e SNP ( sistema nervoso
periférico).
II- O SNP é constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal.
III- O encéfalo é composto pelo cérebro, cerebelo e tronco encefálico
IV- O cerebelo é responsável pelo automatismo da respiração e pela regulação dos batimentos
cardíacos.
Estão corretas:
a) Somente as afirmações I e II.
b) Somente as afirmações I e III.
c) Somente as afirmações II e III.
d) Somente as afirmações I e IV.
e) Somente as afirmações II e IV.
2-Responsável pelo equilíbrio, pela coordenação, e pela precisão dois movimentos. O texto
refere-se a uma importante região presente no encéfalo denominada:
a) cérebro
b) substância branca
c) córtex
d) cerebelo
e) neurônios
e) é responsável por coisas tais como a constrição pupilar, a redução dos batimentos
cardíacos, a dilatação dos vasos sangüíneos e a estimulação dos sistemas digestivo e
genitourinário.
49
ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA DE ANATOMIA HUMANA
Este sistema é constituído pelos tratos (vias) respiratórios superior e inferior. O trato
respiratório superior é formado por órgãos localizados fora da caixa torácica: nariz externo,
cavidade nasal, faringe, laringe e parte superior da traquéia. O trato respiratório inferior
consiste em órgãos localizados na cavidade torácica: parte inferior da traquéia, brônquios,
bronquíolos, alvéolos e pulmões. As camadas das pleura e os músculos que formam a
cavidade torácica também fazem parte do trato respiratório inferior.
O intercâmbio dos gases faz-se ao nível dos pulmões, mas para atingi-los o ar deve percorrer
diversas porções de um tubo irregular, que recebe o nome conjunto de vias aeríferas.
NARIZ
O nariz é uma protuberância situada no centro da face, sendo sua parte exterior denominada
nariz externo e a escavação que apresenta interiormente conhecida por cavidade nasal.
O nariz externo tem a forma de uma pirâmide triangular de base inferior e cuja a face posterior
se ajusta verticalmente no 1/3 médio da face.
As faces laterais do nariz apresentam uma saliência semilunar que recebe o nome de asa do
nariz.
O ar entra no trato respiratório através de duas aberturas chamadas narinas. Em seguida, flui
pelas cavidades nasais direita e esquerda, que estão revestidas por mucosa respiratória. O
50
septo nasal separa essas duas cavidades. Os pêlos do interior das narinas filtram grandes
partículas de poeira que podem ser inaladas. Além disso, a cavidade nasal contêm células
receptoras para o olfato.
Na parede lateral da cavidade nasal encontramos as conchas nasais (cornetos) que são
divididas em superior, média e inferior.
O esqueleto ósseo do nariz é formado pelo osso frontal, ossos nasais e maxilares.
51
A cavidade nasal contêm várias aberturas de drenagem, pelas quais o muco dos seios
paranasais é drenado. Os seios paranasais compreendem os seios maxilares, frontal, etmoidal
e o esfenoidal.
FARINGE
A faringe é um tubo que começa nas coanas e estende-se para baixo no pescoço. Ela se situa
logo atrás das cavidades nasais e logo a frente às vértebras cervicais. Sua parede é composta
de músculos esqueléticos e revestida de túnica mucosa. A faringe funciona como uma
passagem de ar e alimento.
A parte intermediária da faringe, a orofaringe, situa-se atrás da cavidade oral, sendo um local
de passagem tanto para o ar como para o alimento.
52
LARINGE
A laringe é um órgão curto que conecta a faringe com a traquéia. Ela se situa na linha mediana
do pescoço, diante da quarta, quinta e sexta vértebra cervicais.
- Produz som, ou seja, a voz (por esta razão é chamada de caixa de voz);
- Impede que o alimento e objetos estranhos entrem nas estruturas respiratórias (como a
traquéia).
A epiglote é uma espécie de "porta" para o pulmão, onde apenas o ar ou substâncias gasosas
entram e saem dele. Já substâncias líquidas e sólidas não entram no pulmão, pois a epiglote
fecha-se e este dirige-se ao esôfago.
TRAQUÉIA
53
principais. Ela se situa medianamente e anterior ao esôfago, e apenas na sua terminação,
desvia-se ligeiramente para a direita.
Internamente a traquéia é forrada por mucosa, onde abundam glândulas, e o epitélio é ciliado,
facilitando a expulsão de mucosidades e corpos estranhos.
A parte inferior da junção dos brônquios principais é ocupada por uma saliência ântero-
posterior que recebe o nome de carina da traquéia, e serve para acentuar a separação dos 2
brônquios.
BRÔNQUIOS
O brônquio principal direito é mais vertical, mais curto e mais largo do que o esquerdo. Como a
traquéia, os brônquios principais contém anéis de cartilagem incompletos.
Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias respiratórias.
Um capilar pulmonar envolve cada alvéolo. A função dos alvéolos é trocar oxigênio e
dióxido de carbono através da membrana capilar alvéolo-pulmonar.
PULMÕES
Os pulmões são órgãos essenciais na respiração. São duas vísceras situadas uma de cada
lado, no interior do tórax e onde se dá o encontro do ar atmosférico com o sangue circulante,
ocorrendo então, as trocas gasosas (HEMATOSE). Eles estendem-se do diafragma até um
pouco acima das clavículas e estão justapostos às costelas.
O pulmão direito é o mais espesso e mais largo que o esquerdo. Ele também é um pouco mais
curto pois o diafragma é mais alto no lado direito para acomodar o fígado. O pulmão esquerdo
tem uma concavidade que é a incisura cardíaca.
54
Cada pulmão têm uma forma que lembra uma pirâmide com um ápice, uma base, três bordas e
três faces.
Ápice do Pulmão: Está voltado cranialmente e tem forma levemente arredondada. No corpo, o
ápice do pulmão atinge o nível da articulação esterno-clavicular
Base do Pulmão: A base do pulmão apresenta uma forma côncava, apoiando-se sobre a face
superior do diafragma. A concavidade da base do pulmão direito é mais profunda que a do
esquerdo (devido à presença do fígado).
Hilo pulmonar: local por onde penetram os brônquio principal, artéria pulmonar, veia
pulmonar, nervos e vasos linfáticos
O pulmão direito apresenta-se constituído por três lobos divididos por duas fissuras. Uma
fissura obliqua que separa lobo inferior dos lobos médio e superior e uma fissura horizontal,
que separa o lobo superior do lobo médio.
O pulmão esquerdo é dividido em um lobo superior e um lobo inferior por uma fissura oblíqua.
Anteriormente e inferiormente o lobo superior do pulmão esquerdo apresenta uma estrutura
que representa resquícios do desenvolvimento embrionário do lobo médio, a língula do pulmão.
PLEURA: É uma membrana serosa de dupla camada que envolve e protege cada pulmão.
Entre as pleuras visceral e parietal encontra-se um pequeno espaço, a cavidade pleural, que
contém pequena quantidade de líquido lubrificante, secretado pelas túnicas. Esse líquido reduz
o atrito entre as túnicas, permitindo que elas deslizem facilmente uma sobre a outra, durante a
respiração.
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ROTEIRO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
DISCIPLINA: Anatomia
2014
ACADÊMICO (a):
A)
56
2- De que maneira o muco secretado pela nossa traquéia protege nosso aparelho respiratório?
a) Fossas nasais
b) Traquéia
c) Laringe
d) Faringe
e) Alvéolos
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6- O que ocorreu com o pulmão esquerdo em decorrência da posição do coração?
CANAL ALIMENTAR
58
A boca está adaptada a receber os alimentos e iniciar o processo de digestão. Também atua
como órgão da fala e do prazer. As bochechas são seu limite lateral, enquanto que os lábios a
delimitam superior e inferiormente. Os lábios são muito móveis e possuem grande variedade e
quantidade de receptores sensitivos, utilizados para analisar as características do alimento.
A língua é, basicamente, uma estrutura muscular revestida por mucosa que atua misturando o
alimento com a saliva e encaminhando-o à faringe. A superfície irregular da língua, além de
facilitar a movimentação dos alimentos também apresenta receptores gustativos.
O palato forma o teto da cavidade bucal e apresenta duas partes, o palato duro, ósseo e o
palato mole, muscular. Este se move e ajuda a ocluir a comunicação com a cavidade nasal
durante a passagem dos alimentos em direção à faringe.
A faringe e esôfago atuam, somente, como tubos condutores, levando o alimento da boca até
ao estômago. A faringe é dividida em Parte Nasal, Parte Oral e Parte Faríngea. Destas três, a
Parte Nasal é ,exclusivamente, via aérea. A Parte Laríngea é somente via digestiva e a Parte
Oral é um caminho comum ao ar e aos alimentos. A deglutição dos alimentos se inicia com eles
sendo misturados com a saliva, na boca, e empurrados para a Parte Oral da Faringe. A seguir,
reflexos involuntários encaminham o alimento até ao esôfago, do qual é encaminhado ao
estômago.
O intestino delgado, composto de três partes (duodeno, jejuno e ílio) mede, no vivo, cerca de 3
a 4 metros de comprimento. Após a morte, pela perda do tônus muscular, pode atingir até 7
metros. Ele recebe o bolo alimentar do estômago, mistura-o com secreções provenientes do
pâncreas, da vesícula biliar e dele mesmo e completa o processo de digestão, absorvendo
seus produtos e encaminhando seus resíduos ao intestino grosso.
O intestino grosso, formado pelo ceco, pelos colos ascendente, transverso, descendente e
sigmóide, pelo reto e pelo ânus, recebe os resíduos da digestão vindos do intestino delgado,
reabsorve a água e os eletrólitos neles contidos e forma e estoca as fezes. Estas consistem de
material não digerido, água, eletrólitos, secreções das mucosas e bactérias.
GLÂNDULAS ANEXAS
As glândulas salivares secretam a saliva, a qual umedece os alimentos, facilita a mastigação,
possibilita a gustação, inicia a digestão e ajuda a limpar a língua. Existem três pares de
glândulas salivares maiores (parótida, submandibular e sublingual) e um número variável de
glândulas salivares menores disseminadas pela cavidade oral.
O pâncreas, estreitamente relacionado com o duodeno, produz o suco pancreático, Além disto,
tem ações como glândula endócrina, produzindo dois hormônios, a insulina e o glucagon, que
atuam no metabolismo dos açúcares.
59
A passagem dos alimentos do esôfago para o estômago ocorre através da Cárdia, que tem a
função de impedir o refluxo do alimento para o esôfago durante as contrações estomacais. Os
alimentos no estômago sofrem a ação do suco gástrico (composto por muco, enzima pepsina e
ácido clorídrico), formando-se o bolo alimentar ou quimo.
Do estômago o alimento segue para o intestino, passando pelo Piloro que, como a Cárdia,
impede o seu refluxo. Os alimentos sofrem ação do suco pancreático, do suco entérico e da
bile, no intestino. A ação da bile e dos sucos ocorre no duodeno (intestino delgado), onde se
completa a digestão.
Os nutrientes produzidos são absorvidos pela parede intestinal. Os restos vão para o intestino
grosso; no final dele chegam, sob forma de fezes, ao meio externo, através do ânus.
HEMI-CABEÇA
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A digestão química por ação de enzimas (ptialina) tem início na boca, os alimentos
impulsionados pela LÍNGUA seguem para a FARINGE e em seguida para o ESÔFAGO (que
tem paredes musculares cujas contrações resultam os movimentos peristálticos, os quais
permitem aos alimentos movimentar-se em direção ao estômago).
FARINGE - começa logo após a boca e segue até o esôfago, é um canal comum aos sistemas
respiratório e digestório, pela faringe passa o ar, que se dirige à laringe, e o alimento, que se
dirige ao esôfago.
ESÔFAGO - é o canal que faz a ligação entre a faringe e o estômago, é localizado entre os
pulmões, atravessa o músculo diafragma, e fica atrás do coração. Os movimentos peristálticos
fazem com que o bolo alimentar avance até o estômago.
61
Tipos de dentes: Incisivos, Caninos e molares (divididos em pré-molares e molares). Cada tipo
de dente tem sua função própria no processo de mastigação. Os incisivos cortam, os caninos
rasgam e os molares trituram os alimentos.
Dente de criança
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A Língua
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As glândulas salivares: São os órgãos encarregados de produzir a saliva, suco digestivo que
contém a ptialina, que age sobre o amido, transformando-o em moléculas menores.
64
Estômago: Localizado na parte superior do abdome, abaixo do diafragma e do fígado. A
parede interna do estômago possui inúmeras glândulas que elaboram o suco gástrico. Este
contém pequena quantidade de ácido clorídrico, o bolo alimentar passa por transformações e
recebe o nome de quimo.
Fígado: É a maior glândula do corpo humano. Pesa aproximadamente 1.400g, tem cor
vermelho-escuro.Tem várias funções, entre elas está a de produzir a bile, que é conduzida ao
duodeno pelo ducto colédoco. A bile é formada principalmente de sais biliares, colesterol e
pigmentos.
65
Pâncreas: É responsável pela excreção de várias substâncias importantes para a digestão,
que são lançadas no duodeno. O pâncreas além de participar na digestão dos alimentos,
produz a insulina (hormônio que regula o teor de glicose no sangue).
Intestino delgado:
O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por 4cm de diâmetro e
pode ser dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno (cerca de 5 m) e íleo
(cerca de 1,5 cm). A porção superior ou duodeno tem a forma da letra C e compreende o piloro,
esfíncter muscular da parte inferior do estômago pela qual este esvazia seu conteúdo no
intestino.
Duodeno: é a primeira parte do intestino delgado, logo após o estômago. Nele são lançados os
sucos biliar e pancreático. A porção do intestino logo após o duodeno é chamada de jejuno. A
porção anterior ao ceco é chamada íleo.
É difícil especificar com certeza onde termina o jejuno e começa o ílio, uma vez que a diferença
entre os dois é mais visível internamente do que externamente, sendo mais comum identificar o
conjunto como alças intestinais do jejuno-ílio.
66
Jejuno:
Íleo:
Intestino grosso:
É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas. Uma
pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 ou 9 litros de água das
67
secreções. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes,
facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus.
Mede cerca de 1,5 m de comprimento e divide-se em ceco, colo ascendente, colo transverso,
colo descendente, colo sigmóide e reto. A saída do reto chama-se ânus e é fechada por um
músculo que o rodeia, o esfíncter anal.
As fibras vegetais, principalmente a celulose, não são digeridas nem absorvidas, contribuindo
com porcentagem significativa da massa fecal. Como retêm água, sua presença torna as fezes
macias e fáceis de serem eliminadas.
O intestino grosso não possui vilosidades nem secreta sucos digestivos, normalmente só
absorve água, em quantidade bastante considerável.
Como o intestino grosso absorve muita água, o conteúdo intestinal se condensa até formar
detritos inúteis, que são evacuados.
68
ROTEIRO DO SISTEMA DIGESTÓRIO
DISCIPLINA: Anatomia
2014
ACADÊMICO (a):
69
3- Considere, em ordem alfabética, os seguintes componentes do sistema digestório na
espécie humana: canal anal, cavidade oral, esôfago, estômago, fígado, glândulas salivares,
intestino delgado, intestino grosso e pâncreas.
a) Órgão imóvel
b) Dilatação do tubo digestivo que se inicia após o esôfago.
c) Encontra-se na parte superior da cavidade abdominal, logo abaixo do diafragma.
d) Muito distensível, tendo a capacidade de 1 a 2 litros, podendo chegar até 4 litros.
e) Termina numa região esfincteriana (piloro), que separa o estômago do duodeno.
70
ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA DE ANATOMIA
HUMANA
Em síntese o sistema circulatório pode ser dividido em: sistema sangüíneo composto por :
artérias, veias, capilares e coração e cujo fluido é o sangue e em sistema linfático, formado por
vasos linfáticos, linfonodos, tonsilas e órgãos hemopoiéticos e cujo fluido é a linfa.
ARTÉRIAS
CAPILARES
VEIAS
As veias são os vasos que transportam o sangue centripetamente ao coração. Sua formação
lembra a formação dos rios: afluentes vão confluindo no leito principal e o caudal deste torna-se
71
progressivamente mais volumoso. As veias recebem numerosas tributárias e seu calibre
aumenta à medida que se aproximam do coração, exatamente o oposto do que ocorre com as
artérias, nas quais o calibre vai diminuindo à medida que emitem ramos e se afastam do
coração. De acordo com sua localização em relação às camadas do corpo, as veias são
classificadas em superficiais e profundas.Estas podem ser solitárias ou seja, não acompanham
artérias ou , o que é mais comum, satélites, quando acompanham as artérias. Neste caso são,
geralmente, em número de duas para cada artéria. As veias superficiais possuem trajeto
independente do das artérias e se comunicam com as profundas por inúmeras anastomoses.
Na superfície interna de muitas veias existem pregas membranosas, de forma semilunar,
geralmente aos pares, denominadas válvulas, as quais, por direcionarem o fluxo sangüíneo,
contrabalançam a ação da gravidade, desfavorável à circulação nas veias de trajeto
ascendente. Assim, nas veias dos membros as válvulas são comuns, enquanto na cabeça e
pescoço são ausentes ou vestigiais.
CORAÇÃO
O tecido muscular que forma o coração é de tipo especial, tecido muscular estriado cardíaco, e
constitui camada média, o miocárdio. Este é revestido internamente por endotélio, o qual é
contínuo com a camada íntima dos vasos que chegam ou saem do coração. Esta camada
interna é o endocárdio. Externamente ao miocárdio, há uma serosa revestindo-o, denominada
epicárdio. A cavidade do coração é subdividida em quatro câmaras: duas à direita, o átrio e o
ventrículo direitos e duas à esquerda, o átrio e o ventrículo esquerdos. O átrio direito se
comunica com o ventrículo direito através do óstio atrioventricular direito, no qual existe um
dispositivo direcionador do fluxo, a valva atrioventricular direita. O mesmo ocorre à esquerda,
através do óstio atrioventricular esquerdo, cujo dispositivo direcionador de fluxo é a valva
atrioventricular esquerda. As cavidades direitas são separadas das esquerdas pelos septos
interatrial e interventricular.
Ao átrio direito, através das veias cavas inferior e superior chega o sangue venoso do corpo
(com
baixa pressão de O2 e alta pressão de CO2). Ele passa ao ventrículo direito através do óstio
atrioventricular direito e deste vai ao tronco pulmonar e daí, através das artérias pulmonares
direita e esquerda, dirige-se aos pulmões, onde ocorrerá a troca gasosa, com CO2 sendo
liberado dos capilares pulmonares para o meio ambiente e com O2 sendo absorvido do meio
ambiente para os capilares pulmonares. Estes capilares confluem e, progressivamente, se
formam as veias pulmonares que levam sangue rico em O2 para o átrio esquerdo. Deste, o
sangue passa ao ventrículo esquerdo através do óstio atrioventricular esquerdo e daí vai para a
artéria aorta, que inicia sua distribuição pelo corpo.
O trajeto ventrículo direito tronco pulmonar artérias pulmonares direita e esquerda, com
redução progressiva de calibre, capilares pulmonares, veias pulmonares com aumento
progressivo de calibre, átrio esquerdo, é chamado de pequena circulação ou circulação
pulmonar.
PERICÁRDIO
Envolvendo o coração, separando-o dos outros órgãos do tórax e limitando sua distensão
existe um saco fibro-seroso, o pericárdio. Ele é constituído por uma camada externa fibrosa, o
pericárdio fibroso e por uma camada interna serosa, o pericárdio seroso. Este possui uma
72
lâmina parietal, aderente ao pericárdio fibroso e uma lâmina serosa, aderente ao miocárdio, ou
seja, a lâmina serosa é o epicárdio.
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ROTEIRO DO SISTEMA CIRCULATÓRIO
DISCIPLINA: Anatomia
2014
ACADÊMICO (a):
1- Identifique as estruturas:
a)
b)
78
a) ocupa uma região denominada mediastino médio
d) o ápice deste órgão aponta para cima, ligeiramente para direita, entre os pulmões
d) aorta
4- Quando nos deparamos com um quadro de INFARTO DO MIOCÁRDIO, estamos frente a
uma situação em que:
c) aorta
79
6-Qual a diferença entre o VENTRÍCULO DIREITO E O VENTRÍCULO ESQUERDO?
80
ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA DE ANATOMIA
HUMANA
Posteriormente a esta divisão, os órgãos são classificados e distribuídos de acordo com suas
respectivas funções:
Ovários
Os ovários localizam-se na cavidade pélvica entre a bexiga e o reto, na escavação retouterina.
Esses órgãos produzem os óvulos e também hormônios, que por sua vez controlam o
desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e atuam sobre o útero nos mecanismos
de implantação do óvulo fecundado e início do desenvolvimento do embrião.
81
Os ovários fixam-se pelo mesovário à face posterior do ligamento largo do útero, porém, esses
órgãos não são revestidos pelo peritônio. Por estarem fixados à face posterior do ligamento
largo do útero, os ovários acompanham o útero na gravidez.
São órgãos que, antes da primeira ovulação (expulsão do óvulo pela superfície do ovário),
apresentam-se lisos e rosados, mas após isso, tornam-se branco-acinzentados e rugosos; isso
ocorre decorrente das cicatrizes deixadas pelas consecutivas ovulações. Os ovários também
tendem a diminuir de tamanho na fase senil.
Tubas Uterinas
São as estruturas responsáveis pelo transporte dos óvulos do ovário para a cavidade do útero.
Essas estruturas estão incluídas na borda superior do ligamento largo do útero, localizando-se
entre a bexiga e o reto. É interessante salientar que as tubas uterinas, por estarem incluídas no
ligamento largo do útero, acompanham o útero na gravidez.
Nas tubas uterinas há o óstio uterino da tuba, que é uma abertura na extremidade medial da
tuba que se comunica com a cavidade uterina e o óstio abdominal da tuba que é uma abertura
na extremidade lateral da tuba que se comunica com a cavidade peritonial para captação do
óvulo liberado pelo ovário.
Útero
O útero é o órgão em que o embrião aloja-se e desenvolve-se até seu nascimento. Está
localizado entre a bexiga e o reto.
Esse órgão é envolvido pelo ligamento largo do útero, que é uma prega transversal formada
pelo peritônio que, após recobrir a bexiga, reflete-se do assoalho e paredes laterais da pelve
sobre o útero.
Nesse órgão, que apresenta a forma de pêra invertida, mas pode ter sua forma variada, assim
como o tamanho, posição e a estrutura, é possível observar as seguintes subdivisões:
Endométrio (interna): região que é preparada para a implantação do óvulo fecundado, sendo
assim, sofre modificações com a fase do ciclo menstrual, uterino ou na gravidez;
Miométrio (média): camada constituída por fibras musculares lisas; é também a camada mais
espessa, sendo responsável pelas contrações (devido ao músculo liso);
82
É importante destacar que, o endométrio, mensalmente, prepara-se para receber o óvulo
fecundado, como dito anteriormente, dessa forma, ocorre aumento de seu volume com
formação muitas redes capilares. Caso não ocorra a fecundação, essa camada do endométrio
sofre descamação, com hemorragia; logo, a eliminação sangüínea ocorre pela vagina. Esse
fenômeno recebe o nome de menstruação.
Vagina
É o órgão feminino da cópula, além disso, é uma via para a menstruação e também permite a
passagem do feto no parto.
O canal do parto é composto pela vagina e pela cavidade do útero. Esse canal possibilita a
passagem do feto no momento do nascimento.
Nas mulheres virgens, o óstio da vagina é parcialmente fechado pelo hímem, que é uma
membrana pouco espessa de tecido conjuntivo, forrada por mucosa interna e externamente,
além de possuir pequena vascularização. Sua abertura é em forma de meia-lua. As carúnculas
himenais são os restos de fragmentos após a ruptura do hímem.
Há ainda uma estrutura denominada fórnice da vagina, que é uma parte em contato com a
região do colo do útero. Cabe ressaltar que nessa região pode haver alojamento de
espermatozóides.
Monte do Púbis: Órgão genital externo. É uma elevação mediana, localizada anteriormente à
sínfese púbica e há principalmente em sua composição, tecido adiposo. Após a puberdade
apresenta pêlos espessos que dispõem-se de forma característica.
Lábios Maiores do pudento ou grandes lábios: São estruturas alongadas sob a forma de
duas pregas cutâneas. Nos lábios maiores há a rima do pudendo, que é uma fenda delimitada
por essas pregas. Apresentam-se cobertos por pêlos e com bastante pigmentação após a
puberdade. As faces internas dos lábios maiores são lisas e sem pêlos.
Lábios Menores do pudento ou pequenos lábios: São duas pregas cutâneas pequenas,
localizadas medialmente aos lábios maiores. Os lábios menores se fundem na região mais
anterior. O espaço entre essas pequenas pregas chama-se vestíbulo da vagina. No vestíbulo
da vagina encontram-se as seguintes estruturas:
- Óstio externo da uretra
- Óstio da vagina;
- Orifícios dos ductos das glândulas vestibulares.
Convém ressaltar que a pele que recobre esses lábios é lisa, úmida e vermelha.
83
Glândulas Vestibulares Menores: As glândulas vestibulares menores apresentam-se em
número variável. Seus ductos desembocam na região do vestíbulo da vagina. As glândulas, de
modo geral, produzem secreção no início da cópula para que as estruturas tornem-se úmidas e
propícias à relação sexual.
Estruturas Eréteis: São estruturas compostas por tecido erétil, que dilatam-se como resultado
do ingurgitamento sangüíneo. Como estruturas eréteis femininas, há o clitóris, que apresenta
duas extremidades fixadas ao ísquio e ao púbis, os ramos do clitóris. Os ramos do clitóris
unem-se para formar o corpo do clitóris, que por sua vez estende-se e forma a glande do
clitóris.
É interessante salientar que somente a glande do clitóris é visível. Ela está localizada na região
de fusão dos lábios menores. Essa estrutura é muito sensível e está ligada à excitabilidade
sexual feminina.
Outra estrutura erétil é o bulbo do vestíbulo, que é composto por duas massas de tecido erétil,
alongadas e dispostas como uma ferradura ao redor do óstio da vagina, porém, não são
visíveis, pois são recobertas pelos músculos bulbo-esponjosos. Quando essa estrutura está
preenchida por sangue, dilata-se gerando maior contato entre o pênis e o óstio da vagina.
Curiosidades
Depois de morta, uma mulher pode ter sua idade estimada pela quantidade de rugas
(cicatrizes) que seus ovários apresentam;
Gravidez ectópica tubária: ocorre quando o óvulo, geralmente fecundado na ampola da tuba
uterina, fixa-se à tuba e inicia seu processo de desenvolvimento nesse mesmo local;
O termo vagina é proveniente do latim e significa bainha, pois ela funciona como uma bainha
ao envolver o pênis durante a relação sexual;
Durante a gravidez a aréola torna-se mais escura adquirindo posteriormente essa cor.
84
85
86
SISTEMA GENITAL MASCULINO
O sistema genital masculino é formado por:
87
- Testículos
- Vias espermáticas: epidídimo, canal deferente, uretra.
- Pênis
- Escroto
- Glândulas anexas: próstata, glândulas seminais, glândulas bulbouretrais e glândulas uretrais.
Epidídimos: São dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os espermatozóides
são armazenados.
Canais deferentes: São dois tubos que partem dos testículos, circundam a bexiga urinária e
unem-se ao ducto ejaculatório, onde desembocam as glândulas seminais.
Glândulas seminais: São responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado no
ducto ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático e espermatozóides, entrarão na
composição do sêmen.
O líquido das glândulas seminais age como fonte de energia para os espermatozóides e é
constituído principalmente por frutose, apesar de conter fosfatos, nitrogênio não protéico,
cloretos, colina (álcool de cadeia aberta considerado como integrante do complexo vitamínico
B) e prostaglandinas (hormônios produzidos em numerosos tecidos do corpo. Algumas
prostaglandinas atuam na contração da musculatura lisa do útero na dismenorréia – cólica
menstrual, e no orgasmo; outras atuam promovendo vasodilatação em artérias do cérebro, o
que talvez justifique as cefaléias – dores de cabeça – da enxaqueca. São formados a partir de
ácidos graxos insaturados e podem ter a sua síntese interrompida por analgésicos e anti-
inflamatórios).
Próstata: Órgão localizado abaixo da bexiga urinária. Secreta substâncias alcalinas que
neutralizam a acidez da urina e ativa os espermatozóides.
Glândulas Bulbo Uretrais: Sua secreção transparente é lançada dentro da uretra para limpá-
la e preparar a passagem dos espermatozóides. Também tem função na lubrificação do pênis
durante o ato sexual.
Pênis: É considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo formado por dois
tipos de tecidos cilíndricos: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (envolve e protege a
uretra).
Na extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde podemos visualizar a
abertura da uretra. Com a manipulação da pele que a envolve - o prepúcio - acompanhado de
estímulo erótico, ocorre a inundação dos corpos cavernosos e esponjoso, com sangue,
tornando-se rígido, com considerável aumento do tamanho (ereção). O prepúcio deve ser
puxado e higienizado a fim de se retirar dele o esmegma (uma secreção sebácea espessa e
esbranquiçada, com forte odor, que consiste principalmente em células epiteliais descamadas
88
que se acumulam debaixo do prepúcio). Quando a glande não consegue ser exposta devido ao
estreitamento do prepúcio, diz-se que a pessoa tem fimose.
Uretra: É comumente um canal destinado para a urina, mas os músculos na entrada da bexiga
se contraem durante a ereção para que nenhuma urina entre no sêmen e nenhum sêmen entre
na bexiga. Todos os espermatozóides não ejaculados são reabsorvidos pelo corpo dentro de
algum tempo.
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90
ROTEIRO DO SISTEMA GENITAL
DISCIPLINA: Anatomia
2014
ACADÊMICO (a):
1- No esquema abaixo, que mostra parte do aparelho genital feminino, em geral os fenômenos
de nidação, fertilização e segmentação do ovo ocorrem, respectivamente, nas regiões
indicadas por:
2-Os ovários são duas glândulas situadas uma em cada lado do útero, abaixo das trompas.
Produzem os óvulos e também os hormônios sexuais femininos. Assinale a alternativa que
indica quais hormônios são produzidos pelos ovários.
a) estrógeno e progesterona;
b) estrógeno e testosterona;
c) progesterona e testosterona;
e) ICSH e estrógeno.
3-No sistema genital feminino, entre a borda do hímen e os pequenos lábios, abrem-se canais
de glândulas que, sob a ação de estímulos sexuais, produzem um líquido que lubrifica a
vagina. Marque a alternativa que contém o nome dessas glândulas.
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a) glândulas de Cowper; b) glândulas bulbouretrais;
e) glândulas de Bartholin.
4-A esterilização masculina chamada vasectomia é um método contraceptivo que só deve ser
utilizado por homens que não desejam mais ter filhos, pois sua reversão é muito difícil. O
processo da vasectomia consiste em:
a) inutilizar os tubos seminíferos para que os espermatozóides não sejam mais produzidos.
b) seccionar os canais deferentes, não sendo mais possível eliminação dos espermatozóides.
c) remover a vesícula seminal para que o sêmen fique bastante diminuído.
d) inocular hormônios para dificultar a ereção do pênis.
e) alterar o funcionamento da próstata, reduzindo a quantidade de espermatozóides produzida.
5- O que ocorre normalmente no útero de uma mulher quando o óvulo não é fecundado? Por
que isso ocorre?
a) placenta
b) testículos
c) ovários
7- Observe a legenda:
1. trompa de falópio
2. testículo
3. duto ejaculador
4. vagina
5. canal deferente
6. epidídimo
7. uretra
8. útero
92
8- O útero é internamente revestido por um tecido rico em glândulas, em vasos sanguíneos e
em vasos linfáticos, chamamos esse tecido de:
A) endometriose
B) ovidutos
C) endométrio
D) ovócitos
E) miométrio
9-Observe o esquema.
Identifique
a) O órgão produtor de gametas.
b) As estruturas indicadas pelas setas 3, 2, 8 e 4.
10-Nos mamíferos, de modo geral, os testículos ficam alojados no saco escrotal e fora da
cavidade abdominal. Essa determinação ou característica biológica está relacionada com o(a):
12-O esquema a seguir representa, de modo simplificado, uma seção vertical de algumas
estruturas do abdome de uma mulher.No esquema, os órgãos do sistema reprodutor estão
representados por:
(A) 1, 2 e 6.
(B) 1, 2, 3 e 4.
(C) 1, 2, 6 e 7.
(D) 3, 4, 5 e 6.
(E) 3, 4, 5, 6 e 7
13-Assinale a alternativa que mostra a(s) estrutura(s) compartilhada(s) pelos sistemas excretor
e
reprodutor dos homens.
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A) Os testículos.
B) A uretra.
C) Os ureteres.
D) Os vasos deferentes.
E) A próstata
14-A mulher cessa a sua produção de gametas na menopausa. O homem, diferentemente, tem
condições de produzir gametas após o seu amadurecimento sexual e enquanto estiver
sexualmente ativo. O seu aparelho reprodutor é adaptado para produzir e armazenar
espermatozóides continuamente. Marque a opção que indica o enovelado de túbulos localizado
sobre os testículos que recebe os espermatozóides, os quais terminam a sua maturação,
ficando armazenados até o ato sexual.
A) A próstata
B) O epidídimo
C) Os túbulos seminíferos
D) A vesícula seminal
E) Escroto
15-A esterilização masculina chamada vasectomia é um método contraceptivo que só deve ser
utilizado por homens que não desejam mais ter filhos, pois sua reversão é muito difícil. O
processo da vasectomia consiste em:
a) inutilizar os tubos seminíferos para que os espermatozóides não sejam mais produzidos.
b) seccionar os canais deferentes, não sendo mais possível eliminação dos espermatozóides.
c) remover a vesícula seminal para que o sêmen fique bastante diminuído.
d) inocular hormônios nos testículos para dificultar a ereção do pênis.
e) alterar o funcionamento da próstata, reduzindo a quantidade de espermatozóides produzida
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ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA DE ANATOMIA
HUMANA
• Conceitos
95
1. Urina é formada pelo excesso de líquido e sais minerais que ao ser eliminado
contribuem para a homeostase.
RINS:
Órgão par, retroperitoneal, localizado ao lado da coluna e sobre o músculo psoas; tem a forma
de feijão de coloração marrom-avermelhada; mede aproximadamente 12 a 13 cm de
comprimento, 5cm de largura e 3cm de espessura, pesa 130g a 150g.
Cerca de 5 litros de sangue são bombeados pelo coração em cada minuto. Aproximadamente
1.200 ml, ou seja, pouco mais de 20% deste volume flui, neste mesmo minuto, através dos
nossos rins. Trata-se de um grande fluxo se considerarmos as dimensões anatómicas destes
órgãos. O sangue entra em cada rim através da artéria renal. No interior de cada rim, cada
artéria renal se ramifica em diversas artérias interlobares que se ramificam em artérias
arqueadas que, por sua vez, ramificam-se em numerosas artérias interlobulares. Cada artéria
interlobular, no córtex renal, ramifica-se em numerosas arteríola aferentes. Cada arteríola
aferente ramifica-se num tufo de pequenos capilares denominados, em conjunto, glomérulos.
Os glomérulos, milhares em cada rim, são formados, portanto, por pequenos enovelados de
capilares.Na medida em que o sangue flui no interior de tais capilares, uma parte filtra-se
através da parede dos mesmos. O volume de sangue filtrado a cada minuto corresponde a,
aproximadamente, 125 ml. Este sangue filtrado acumula-se, então, no interior de uma cápsula
que envolve os capilares glomerulares (cápsula de Bowman). A cápsula de Bowman é formada
por 2 membranas: uma interna, que envolve intimamente os capilares glomerulares e uma
96
externa, separada da interna. Entre as membranas interna e externa existe uma cavidade, por
onde se acumula o filtrado glomerular.O filtrado glomerular, tem o aspecto aproximado de um
plasma: um líquido claro, sem células. Porém, diferente do plasma, tal filtrado contém uma
quantidade muito reduzida de proteínas (aproximadamente 200 vezes menos proteínas), pois
as mesmas dificilmente atravessam a parede dos capilares glomerulares. O filtrado passa a
circular, então, através de um sistema tubular contendo distintos segmentos: Túbulo
Contornado Proximal, Alça de Henle, Túbulo Contornado Distal e Ducto Colector.
Ao passar pelo interior deste segmento, cerca de 100% da glicose é reabsorvida (transporte
activo) através da parede tubular e retornando, portanto, ao sangue que circula no interior dos
capilares peritubulares, externamente aos túbulos.
Ocorre também, neste segmento, reabsorção de 100% dos aminoácidos e das proteínas que
porventura tenham passado através da parede dos capilares glomerulares.
Neste mesmo segmento ainda são reabsorvidos aproximadamente 70% dos íons Na+ e de Cl-
(estes últimos por atracão iónica, acompanhando os cátions. A reabsorção de NaCl faz com
que um considerável volume de água, por mecanismo de osmose, seja também reabsorvido.
Desta forma, num volume já bastante reduzido, o filtrado deixa o túbulo contornado proximal e
atinge o segmento seguinte: a Alça de Henle.
Alça de Henle
Devido às características descritas acima, enquanto o filtrado glomerular flui através do ramo
ascendente da alça de Henle, uma grande quantidade de íons sódio é bombeada activamente
do interior para o exterior da alça, carregando consigo íons cloreto. Este fenómeno provoca um
acumulo de sal (NaCl) no interstício medular renal que, então, se torna hiperconcentrado.
Essa osmolaridade elevada faz com que uma considerável quantidade de água
constantemente flua do interior para o exterior do ramo descendente da alça de Henle (este
segmento é permeável à água e ao NaCl) enquanto que, ao mesmo tempo, NaCl flui em
sentido contrário, no mesmo ramo.
Portanto, o seguinte fluxo de íons e de água se verifica através da parede da alça de Henle: No
ramo descendente da alça de Henle flui, por difusão simples, NaCl do exterior para o interior da
alça, enquanto que a água, por osmose, flui em sentido contrário (do interior para o exterior da
alça).
No ramo ascendente da alça de Henle flui, por transporte ativo, NaCl do interior para o exterior
da alça.
Neste segmento ocorre um bombeamento constante de íons sódio do interior para o exterior do
túbulo. Tal bombeamento se deve a uma bomba de sódio e potássio que, ao mesmo tempo em
que transporta activamente sódio do interior para o exterior do túbulo, faz o contrário com íons
potássio. Esta bomba de sódio e potássio é mais eficiente ao sódio do que ao potássio, de
maneira que bombeia muito mais sódio do interior para o exterior do túbulo do que o faz com
97
relação ao potássio em sentido contrário. O transporte de íons sódio do interior para o exterior
do túbulo atrai íons cloreto (por atracão iónica). Sódio com cloreto formam sal que, por sua vez,
atrai água. Portanto, no túbulo contornado distal do néfron, observamos um fluxo de sal e água
do Lumen tubular para o interstício circunvizinho.
A quantidade de sal + água reabsorvidos no túbulo distal depende bastante do nível plasmático
do hormônio aldosterona, secretado pelas glândulas supra-renais. Quanto maior for o nível de
aldosterona, maior será a reabsorção de NaCl + H2O e maior também será a excreção de
potássio.
Ducto Colector
Neste segmento ocorre também reabsorção de NaCl acompanhado de água, como ocorre no
túbulo contornado distal. Da mesma forma como no segmento anterior, a reabsorção de sal
depende muito do nível do hormônio aldosterona e a reabsorção de água depende do nível do
ADH. Responsável por coletar, concentrar e transportar a Urina. O Ductor colector não faz
parte do Nefron.
Formação da Urina
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NEFRÓN:
Cada rim contem cerca de um milhão de nefróns, cada um deles capaz de forma urina. O rim
não pode regenerar novos nefróns. Portanto com a lesão renal, doença ou envelhecimento, há
um gradual declínio no número de nefróns. Cada nefrón contém um grupo de capilares
glomerulares chamados glomérulos, pelo qual grandes quantidades de líquidos são filtrados do
sangue, e um longo túbulo, no qual o liquido filtrado é convertido em urina no trajeto para a
pelve renal.Os glomérulos apresentam uma pressão hidrostática alta e todo o glomérulo está
envolvido pela cápsula de Bowman. O liquido filtrado dos capilares glomérulares flui para o
interior da cápsula de Bowman e dai para o interior do túbulo proximal. A partir do túbulo
proximal, o liquido flui para a alça de Henle, a qual mergulha no interior da medula renal. Cada
alça consiste em um ramo ascendente e um descendente. No final do segmento espesso do
ramo ascendente está um segmento curto, que na realidade é uma placa na parede do túbulo
chamada de mácula densa. A mácula densa tem um papel importante na função do néfron.
Depois da mácula densa o liquido entra no túbulo distal, que como o túbulo proximal, situa-se
no córtex renal. Este é seguido pelo túbulo conector e o túbulo coletor cortical, que leva ao
ductor coletor cortical. Os ductor coletores se unem para formar ductos progressivamente
maiores que se esvaziam na pelve renal através das papilas renais. A principal função do
sistema urinário é produzir e eliminar a urina do corpo, o rim tem 12 cm de comprimento, cor
vermelho-escuro, a quantidade de urina eliminada por dia é de 1L a 1,5L.
99
Resumindo....
100
URETERES:
Transportam urina da pelve renal para bexiga urinária. Os ureteres passam sob a bexiga
urinária por vários centímetros, o que faz a bexiga comprimi-los e assim impedir o refluxo de
urina quando a pressão se acumula na bexiga urinária durante a micção.
101
A parede do ureter consiste em três camadas:
1. A camada interna do ureter é a túnica mucosa, que contém epitélio de transição com uma
camada subjacente de tecido areolar.
-O epitélio de transição distende.
-O muco secretado pelas células caliciformes impede o contato das células com a urina.
2. Músculo liso.
3. Tecido conjuntivo.
BEXIGA:
A bexiga urinária localiza-se na cavidade pélvica. A função da bexiga é armazenar a urina que
vem continuamente dos ureteres até a sua eliminação. Num adulto, pode armazenar um
volume de 500ml a 800ml em média (em geral, os homens podem reter um volume maior).
Relação anatômica
102
Figura: Posicionamento da bexiga em relação aos aparelhos genitais feminino e masculino.
Mecanismo da micção:
1. Bexiga cheia ativa reflexo espinhal que determina a contração da musculatura das
paredes da bexiga, resultando em micção.
2. Impulsos do encéfalo podem facilitar ou inibir o reflexo de esvaziamento da bexiga;
com treinamento, pode ocorrer sob controle voluntário.
Fluxo de urina:
URETRA
É um tubo fibromuscular que serve de passagem da urina da bexiga para o exterior. No homem
serve também como passagem para o sêmen.
Masculina
Mede cerca de 20 cm. Tem 3 partes:
- prostática - 3 cm é a mais dilatada, atravessa a próstata
- membranácea 1 a 2 cm (+ curta, estreita, rompe fácil) atravessa o diafragma urogenital
- esponjosa atravessa o pênis
Estrutura
-mucosa espessura variada, óstios de pequenas glândulas uretrais
-muscular (liso e esquelético)
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Feminina
Mede cerca de 4 cm, é distensível. Está entre os pequenos lábios, na frente da vagina, abaixo
do clitóris.
Estrutura
-mucosa (óstios de pequenas glândulas uretrais)
-muscular (não tem na parte inferior da uretra)
104
ASSUNTO: SISTEMA TEGUMENTAR
DISCIPLINA: Anatomia
2014
ACADÊMICO (a):
Sistema tegumentar é o sistema de proteção dos corpos dos seres vivos e engloba a pele,
pêlos e unhas. Ele é composto por camadas como derme e epiderme (parte mais externa).
Reveste todos os órgãos vivos e constitui barreira de proteção contra a entrada de micro-
organismos no ser vivo.
A pele humana é um órgão complexo responsável por diversas funções fundamentais á vida
humana; suas funções são:
O funcionamento da pele é surpreendente; nela se encontra um dos sentidos que temos mais
desenvolvidos: o tato. A pele é encarregada de receber os estímulos do exterior através dos
corpúsculos e terminações nervosas que estão situadas no seu interior e, depois de os traduzir
e interpretar, enviar os seus próprios estímulos ou respostas.
A pele é a primeira responsável quando sentimos uma carícia e a ela reagimos com agrado ou
desagrado, ou quando notamos o calor produzido pelo fogo e o nosso cérebro nos ordena que
nos afastemos. Quando as temperaturas são elevadas ou faz frio, a pele é a primeira a
perceber estas sensações e avisa-nos, fazendo-nos suar ou tremer de frio.
Os estímulos sensoriais chegam á pele e depois para o cérebro que nos diz como é que temos
de reagir. Ficar vermelho porque alguma coisa nos envergonhou ou suar porque temos medo,
são duas inumeráveis resposta emocionais com reflexo na pele.
Nos seres humanos existe uma parte muito importante do córtex cerebral destinado a
coordenar as funções da pele. Muitos dos nossos sentimentos são exteriorizados através das
expressões faciais e com a pele sã e cuidada é muito mais fácil exprimir essas sensações.
O nome anatômico internacional é cútis. A pele é o maior órgão do corpo humano, constituindo
15% do peso corporal, cobrindo quase todo o corpo à exceção dos orifícios genitais e
alimentares, olhos e superfícies mucosas genitais.
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A pele apresenta três camadas: a epiderme, a derme e o hipoderme subcutâneo
(tecnicamente externo à pele, mas relacionado funcionalmente). Há ainda vários
órgãos anexos, como folículos pilosos, glândulas sudoríparas e sebáceas; ou penas,
escamas e cascos.
A pele é praticamente idêntica em todos os grupos étnicos humanos.
Nos indivíduos de pele escura, os melanócitos produzem mais melanina que naqueles de pele
clara, porém o seu número é semelhante.
A pele é responsável pela termorregulação, pela defesa, pela percepção e pela proteção.Ela
nos protege das doenças, porém não é 100% eficaz, podendo deixar entrar larvas de
esquistossomos e do ancilóstomo.
EPIDERME:
A epiderme é uma camada com profundidade diferente conforme a região do corpo. Zonas
sujeitas a maior atrito como palmas das mãos e pés têm uma camada mais grossa (conhecida
como pele glabra por não possuírem pelos), e chegam a até 2 mm de espessura.
Todas as outras são constituídas de células cada vez mais diferenciadas que, com o
crescimento basal, vão ficando cada vez mais periféricas, acabando por descamar e cair (uma
origem importante do pó que se acumula nos locais onde vivem pessoas ou outros seres
vivos).
Camada basal é o mais profundo, em contacto com derme, constituído por células cúbicas
pouco diferenciadas que se dividem continuamente, dando origem a todas as outras camadas.
Contém muito pouca queratina. Algumas destas células diferenciam-se e passam para as
camadas mais superficiais, enquanto outras permanecem na camada basal e continuam a se
dividir.
DERME:
106
Corpúsculo de Krauser, sensíveis ao frio (pele glabra).
Órgão de Ruffini, sensíveis ao calor.
Célula de Merckel, sensíveis a tacto e pressão.
Folículo piloso, com terminações nervosas associadas.
Terminação nervosa livre, com dendritos livres sensíveis à dor e temperatura.
HIPODERME:
A hipoderme, já não faz parte da pele. É constituída por tecido adiposo que protege contra o
frio. É um tecido conjuntivo frouxo ou adiposo que faz conexão entre a derme e a fáscia
muscular e a camada de tecido adiposo é variável à pessoa e localização.
GLÂNDULAS DA PELE:
Sudoríparas- secretam o suor. Abundantes nas palmas das mão e plantas dos pés.
Sebáceas- secretam o sebo, cuja a função é lubrificar a pele e os pelos.
TIPOS DE PELE:
Pele epidérmica: tem superfície lisa, flexível, lubrificante e umedecida. É aquela onde
ocorre um equilíbrio entre o conteúdo hídrico e o conteúdo graxo.
Pele graxa: emulsão tipo A/O. Aumento de secreção sebácea.
Pele alípica: secreção sebácea insuficiente e secreção hídrica normal.
Pele desidratada: caracterizada pela diminuição hídrica normal e secreção sebácea
normal.
Pele hidratada: aumento de teor hídrico. Hiperidrose
Pele mista: ocorrência de pele graxa na zona central do rosto e pele alípica nas
bochechas.
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UM POUCO DE FISIOLOGIA....
A pele é um órgão muito mais complexo do que aparenta. A sua função principal é a proteção
do organismo das ameaças externas físicas. No entanto, ela tem também funções imunitárias,
é o principal órgão da regulação do calor, protegendo contra a desidratação. Tem também
funções nervosas, constituindo o sentido do tacto e metabólicas, como a produção da vitamina
D.
Uma das funções vitais da pele é a proteção contra a desidratação. Os seres humanos são
animais terrestres, e necessitam de proteger os seus corpos principalmente compostos de
água contra a evaporação excessiva e desidratação e o subseqüente choque hipovolêmico e
morte, que seriam inevitáveis num meio seco e quente. É comum vítimas de queimaduras
graves entrarem em choque hipovolêmico (sangue com pouco volume devido à perda de água)
se perderem superfície cutânea extensamente.
A pele protege da desidratação por dois mecanismos. As junções celulares como tight
junctions e desmossomas dão coesão às células da epiderme e a sua superfície contínua de
membrana lipídica impede a saída de água (que não se mistura com líquidos).
A pele também é um órgão sensorial, constituindo o sentido do tacto. Ela apresenta numerosas
terminações nervosas, algumas livres, outras com comunicação com órgãos sensoriais
especializados, como células de Merckel folículos pilosos. A pele tem capacidade de detectar
sinais que criam as percepções da temperatura, movimento, pressão e dor. É um órgão
importante na função sexual.
A pele normal produz cerca de 1250 células por dia para cada centímetro quadrado e essas
células são provenientes de 27000 células; a pele do doente de psoríase produz 35000 novas
células a cada dia para cada centímetro quadrado e essas células provêm de 52000 células. A
duração normal do ciclo celular da pele é de 311 horas, mas se reduz para 36 na pele
psoriática.
ANEXOS DA PELE:
PÊLOS
Pêlos são finos bastões de queratina produzidos pela compactação de restos de células
epidérmicas mortas. O que crescem no couro cabeludo são chamados de cabelo. Um pêlo se
forma no interior de um tubo de células epidérmicas que se aprofunda derme a dentro, o
folículo piloso. No fundo de folículo ocorre a produção de células que sintetizam queratina,
morrem e se compactam na base do pêlo, levando ao seu crescimento. Cada folículo piloso
esta ligado a um pequeno músculo eretor, que permite a movimentação do pelo, e a uma ou
mais glândulas sebáceas, que o lubrificam.
108
Córtex – localizado abaixo da cutícula firmemente preso a ela, é formado por restos de
células alongadas, repletos de fibras de queratina dispostas. Esse conjunto de fibras,
que percorre o pelo desde a base até a extremidade livre é responsavel por sua forma,
elasticidade e resistência.
Medula – como é chamada a porção central do pelo, é constituída por restos de células
repletos de grânulos de eleidina, uma substancia semelhante a queratina, e por
pequenos espaços cheios de ar.
Os pêlos estão presentes em todo corpo humano, com exceção da palma das mãos, da planta
dos pés, e de certas partes dos órgãos genitais. Uma pessoa tem em média, 5 milhões de
folículos pilosos no corpo, sendo que entre 10 mil e 150 mil ficam na cabeça.
Os folículos pilosos alternam fases de produção do pelo com fases de repouso. A duração
dessas fases variam nas diferentes partes do corpo e determina o comprimento final que um
pelo pode atingir.
Exemplo: no couro cabeludo, cada folículo tem, em media, fases de atividade ininterrupta de 3
a 5 anos, durante as quais produz um fio de cabelo a razão de 0,4 milímetros por dia,
intercaladas com fases de inatividade de cerca de 4 meses.
Imagine-se usando um casaco lá fora, em um dia ensolarado de janeiro. À medida que você
caminha, seu corpo esquenta rapidamente. Depois de 30 minutos cozinhando dentro do
casaco, você abre o zíper e sente o ar frio tocando sua pele. Se tivéssemos o pêlo grosso
como os dos chimpanzés, nos sentiríamos presos dentro de um casaco permanente,
especialmente quando a temperatura subisse.
As diferenças nas fases de crescimento, no tamanho dos folículos pilosos e da densidade das
hastes capilares também definem os diferentes tipos de pêlos do corpo humano.
No útero, os fetos são cobertos por cabelos minúsculos chamados lanugo. Logo após o
nascimento, os bebês têm uma penugem, ou melhor, pelos sem pigmento, pelo corpo. Quando
a puberdade chega, as penugens dão lugar para os pelos finais grossos em lugares como
axilas e genitais. Os pêlos mais longos e finos da cabeça, sobrancelhas e cílios também são
finais.
Embora os pelos que vemos do lado de fora de nossos corpos possam parecer estar
crescendo ativamente, a ação real se passa abaixo da superfície da nossa pela, ou epiderme.
As células dentro dos folículos pilosos se dividem e se multiplicam, e à medida que o espaço
dentro do folículo é preenchido, ele empurra células mortas para fora. Depois que essas células
velhas endurecem e deixam o folículo, elas formam a haste capilar. A haste é composta, em
sua maioria, por tecido morto e uma proteína chamada queratina.
Mas os pelos do corpo humano não crescem indefinidamente. Em vez disso, cada pelo passa
pelas fases ativo e descanso. O processo da divisão celular que aumenta o comprimento da
haste do cabelo é a fase ativa, ou ciclo anágeno. Dependendo do tipo do pelo, o ciclo anágeno
continua por período de 3 a 6 anos, e em seguida diminui para a fase de descanso, ou ciclo
telógeno.
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Como seu cabelo é feito de matéria morta, ele cai durante a fase telógena. Essas durações
variáveis de crescimento explicam por que os pelos de sua cabeça crescem mais do que os
dos seus braços. A fase ativa dos pelos do corpo geralmente dura apenas uns poucos meses,
enquanto a fase ativa do seu escalpo dura alguns anos.
A maioria dos adultos têm cerca de 5 milhões de pelos pelo corpo. Isso é um número
excessivo, mas o tamanho curto do pêlo, e a estrutura fina facilitam nossa reação transpirar-
resfriar. Essa capacidade de suportar o aquecimento possibilitou aos humanos migrar, 1,7
milhão de anos atrás, das áreas cobertas por árvores para as savanas abertas na África.
UNHAS:
A unha é uma estrutura composta por queratina presente na ponta dos dedos da maioria dos
vertebrados terrestres. É produzida por glândulas em sua base que secretam grossas camadas
de queratina, que. Nos humanos e em muitos primatas, as unhas são reduzidas e
arredondadas, o que favorece a precisão na manipulação de objetos com a ponta dos dedos,
além de facilitar a ação de segurar galhos ou objetos com as mãos e pés.e mantêm aderidas à
pele até a sua extremidade.
FUNÇÕES DAS UNHAS: A unha, uma modificação da pele que se compõe de matriz e de
lâmina, tem como função primordial a proteção dos dedos. A função principal das unhas é a de
aumentar a resistência das pontas de nossos dedos ao mesmo tempo garante alguma proteção
à zona de nosso corpo que tem mais chance de receber traumatismos. O crescimento das
lâminas ungueais dos pododáctilos é, aproximadamente, 1mm por mês.
Causas das alterações das unhas dos pés tem causas tais como: congênitas, corte incorreto,
uso de calçado de forma estreita e as chamadas onicopatias que são doenças nas lâminas
ungueais originadas por outras doenças sistêmicas como onicomicose (micose causada por
fungos), doenças cardíacas (as lâminas curvam-se para baixo), doenças renais, tireóides e
diabetes onde as lâminas apresentam onicosclerose (espessamento das lâminas) e anemia
(tomam formato de telha).
As unhas são feitas de uma proteína rígida chamada queratina e são uma forma modificada
dos cabelos , são compostas por:
A margem livre é a parte da unha que se estende além do dedo. Não há terminações nervosas
nessa região, logo não sentimos dor ao cortá-la.
A matriz ungueal ou raiz da unha - é a porção proximal da unha que cresce. Está
embaixo da pele.
Eponiquio ou cutícula- que é uma dobra de pele na porção proximal da unha.
Paroniquina que é a dobra de pele nos lados da unha.
Hiponiquio - que é um fixação entre a pele do dedo e a porção distal da unha.
Lânima ungueal- que é a parte que nós pensamos quando dizemos unha, a porção
rígida e translúcida, composta de queratina.
Leito ungueal- que é o tecido conjuntivo aderente que está fortemente aderido à lâmina
ungueal. Possui uma grande quantidade de terminações nervosas.
Lúnula -que é a parte branca convexa do leito da unha.
Prega ungueal- uma prega da pele dura sobreposta como de base de uma unha.
Vejamos a figura....
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4-Eponíquio: a região entre a finalização da pele do dedo na face superior da unha e a
porção proximal da unha.
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