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FACULDADE DE SAÚDE IBITURUNA – FASI

COORDENAÇÕES DOS CURSOS DE BIOLOGIA, BIOMEDICINA, NUTRIÇÃO E FARMÁCIA

MANUAL DE PRÁTICAS - ANATOMIA HUMANA


CURSOS: Biologia, Biomedicina, Farmácia e Nutrição 2014

PROFESSOR: Bárbara Borges

MANUAL DE AULAS
PRÁTICAS
DE ANATOMIA
HUMANA

PROFa. Dra. BÁRBARA BORGES

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2014

FACULDADE DE SAÚDE IBITURUNA – FASI


COORDENAÇÃO DO CURSO DE NUTRIÇÃO

APRESENTAÇÃO

Estes roteiros foram elaborados visando auxiliar o estudante durante as aulas práticas de
Anatomia. Os mesmos servem como guia de estudo e em cada prática e devem ser utilizados
para acompanhamento e anotações.

O aprendizado depende muito da capacidade do aluno em observar, raciocinar, comparar,


discutir e deduzir.

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DO ESTUDO E DO USO DO LABORATÓRIO DE ANATOMIA

RECOMENDAÇÕES GERAIS

1 a) De Ordem Pessoal

 Manuseie a peça anatômica com cuidado e atenção;


 Não brinque ou faça brincadeiras com as peças; tenha respeito, ética e seriedade;
 Use jaleco, luva e máscara (se necessários) enquanto permanecer dentro do laboratório.
Nunca manuseie a peça sem luva;
 Não fume, coma ou beba dentro do laboratório;
 Trabalhe com seriedade, evitando brincadeiras;
 Jamais esqueça que o laboratório é um ambiente de trabalho submetido a riscos de
acidentes;
 O trabalho em laboratório exige concentração e bom desempenho;
 Siga as recomendações e instruções fornecidas pelos professores;
 Mantenha o mínimo de ruído possível;
 Proibido o uso de celulares;
 Não deixe materiais estranhos ao trabalho sobre as bancadas;
 Cadernos, bolsas e agasalhos devem ficar fora das bancadas;
 Em caso de acidente use o lava-olhos, o chuveiro de emergência se necessário e um
extintor de pó químico pressurizado (localizados no corredor) devendo ser usados por
pessoas treinadas.

1 b) Referentes ao Laboratório
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 Mantenha as bancadas sempre limpas e livres de materiais estranhos ao trabalho;

 Jogue papéis usados e materiais inservíveis no lixo somente quando não apresentar riscos
de contato com produtos químicos oxidantes;
 Use pinças e materiais de tamanho adequado e em perfeito estado de conservação;
 Evitar descartar produtos químicos nas pias de laboratório.
 Em caso de derramamento de produtos tóxicos, inflamáveis ou corrosivos, tomar as
seguintes precauções:
 parar o trabalho, isolando na medida do possível a área;

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 advertir pessoas próximas sobre o ocorrido;
 só efetuar a limpeza após consultar a ficha de emergência do produto;
 alertar a chefia; verificar e corrigir a causa do problema;
 no caso do envolvimento de pessoas, lavar o local atingido com água corrente e procurar o
serviço médico.

USO DE EQUIPAMENTOS E APARELHAGEM EM GERAL


 Planeje as operações com novos equipamentos;
 Leia previamente as instruções sobre o equipamento a ser utilizado;
 Saiba de antemão o que fazer em uma situação de emergência.

RESÍDUOS
 Definição
 Toda substância, não desejável, resultante de um processo químico no qual ocorre
transformação.
Cuidados
 Não jogue fora nenhum tipo de resíduo sem antes verificar o local adequado para fazê-lo;
 Para cada tipo de resíduo existe uma precaução quanto a sua eliminação, em função da
sua composição química e/ou biológica.
Ex.:
 não jogue produtos corrosivos concentrados na pia, eles só podem ser descartados depois
de diluídos ou neutralizados;
 não descarte líquidos inflamáveis no esgoto;
 descarte os materiais biológicos em local adequado (DESCARTEX).
RECOMENDAÇÕES FINAIS
Tenha este Guia sempre à mão no laboratório e releia-o periodicamente. O risco de acidente é
maior quando nos acostumamos a conviver com o perigo e passamos a ignorá-lo. A segurança
de um laboratório está apoiada na determinação de cada um de seus elementos:

VOCÊ TAMBÉM É RESPONSÁVEL

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“A Anatomia é a base de todas as ciências médicas,
teóricas e práticas.”
Claude Bernard

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA

A Anatomia é antiquíssima. Ela se iniciou com a simples inspeção da forma externa de pessoas
e animais, mortos ou vivos, de várias idades. Depois, movido pela curiosidade, o homem
praticou incisões e secções em cadáveres para conhecer a constituição interna e seu arranjo
ou aspecto arquitetural. Na seqüência foram observadas as transformações irreversíveis
relacionadas com o desenvolvimento e os aspectos funcionais das formações anatômicas já
então conhecidas. Para a prática das ciências da saúde ela continua a ser o “...fundamento
sólido..., a preliminar essencial”, no dizer de Vesalius.

Para a produção científica seu campo de pesquisa tem sido ampliado muitas vezes,
abrangendo áreas cada vez mais especializadas, mas que, no final das contas, são ramos da
própria Anatomia.

A Anatomia estuda a forma, a constituição,a arquitetura e a configuração


do corpo

A Anatomia Humana tem sido definida como a ciência que estuda a forma, a estrutura e o
desenvolvimento do corpo humano. Entretanto, essa definição pertence mais à Morfologia,
cujo estudo é mais abrangente. Sob a óptica educativa, a Anatomia do Desenvolvimento é
estudada na disciplina de Embriologia e a Anatomia Estrutural ou Microscópica é conteúdo
das disciplinas de Histologia, Citologia ou Biologia Celular.

Esta é uma razão para o uso dos termos formação, corpo, parte, porção ou elemento
anatômico (macroscópico*), comumente utilizados na Anatomia, no lugar de estrutura, que
significa disposição e ordenação de células, genes, tecidos, portanto em nível celular ou
subcelular.

Forma significa aparência, feitio, contorno ou limites exteriores, aspecto físico. Constituição é
o complexo de elementos formadores, o conjunto das características corporais de um ser, as
partes que compõem o conjunto das características hereditárias; corresponde ao genótipo de
um indivíduo. Arquitetura deve ser entendida como a disposição organizada das partes ou dos
elementos. Configuração é o somatório de tudo, o aspecto físico final, o arranjo do todo por
dentro e por fora, o fenótipo.

Portanto, formações anatômicas são estudadas em Anatomia quanto ao seu contorno, às


partes formadoras e às relações entre essas partes, para se chegar ao entendimento da
configuração macroscópica final. A forma não é estática, mas dinâmica porque o organismo se
transforma sempre, ainda que lentamente, para se adaptar com novas formas às necessidades
funcionais em um determinado momento. Um osso sofre contínua e progressiva remodelação*.
Um músculo experimenta processos de hipertrofia e de hipotrofia, segundo os exercícios que
realiza ou deixa de realizar. Uma articulação, uma víscera*, um dente se altera com o uso, com
a idade, com a doença etc. Desse modo, nenhum corpo humano é igual a outro nem o mesmo
é sempre igual em todas as suas partes em momentos diferentes.

A forma é dependente de fatores gerais e individuais de variação

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Tem-se de considerar os grandes fatores de variação* (gerais) que apresentam
características anatômicas comuns. São eles a idade, o sexo, o biótipo, o grupo étnico e o
estado de nutrição.

As diferenças anatômicas determinadas por esses fatores são mais ou menos óbvias;
entretanto, parece-nos que o biótipo precisa de alguma abordagem. A Biotipologia refere-se
aos tipos morfológicos constitucionais longilíneo, brevilíneo e mediolíneo, que ocorrem em
ambos os sexos e em várias faixas etárias e grupos étnicos, aumentando assim a diversidade,
já que cada um tem caracteres anatômicos próprios.

Para se ter uma idéia das diferenças anatômicas entre os éctipos (tipos extremos), apontamos
no longilíneo algumas características completamente opostas às dos brevilíneos: 1. alto e
magro; 2. membros inferior e superior bastante longos em relação ao tórax; 3. o tórax
predomina sobre o abdome; 4. as costelas e a linha cérvico-escapular são oblíquas (no
brevilíneo são horizontais); 5. pele delgada e tela subcutânea escassa; 6. dolicocrânio; 7.
coluna vertebral com curvas discretas e espaços intercostais amplos; 8. coração e estômago
alongados verticalmente; 9. Dentição precoce e dentes apertados; 10. músculos delgados e
longos.

O mediolíneo apresenta características atenuadas de ambos os éctipos, ora mais ora menos
acentuadas.A cabeça, tomada isoladamente, pode ser classificada em quatro tipos
fundamentais conforme as dimensões de seus três segmentos faciais: o superior ou cerebral, o
médio ou respiratório e o inferior ou digestório.

Os tipos cefálicos são os seguintes: respiratório, quando o segmento médio é mais


desenvolvido que os demais; o digestório, quando o segmento inferior é o predominante; o
cerebral, quando o predominante é o segmento superior; e o quarto tipo é o muscular, quando
os três segmentos se equivalem. Ao se relacionar os tipos cefálicos com os biótipos, nota-se
uma correspondência entre o respiratório e o longilíneo, entre o digestório e o brevilíneo e entre
o muscular e o mediolíneo.

Os pequenos fatores de variação (individuais) são próprios do indivíduo. Variações


anatômicas individuais da forma (contorno incomum ou tamanho exagerado de um órgão*,
duplicação de um ducto*, ausência de uma veia, trajeto incomum de uma artéria, raiz dental
supranumerária) são extremamente comuns e a Anatomia lida tranqüilamente com isso.

Observe que a variação anatômica não causa prejuízo funcional. Se a variação anatômica é
grande a ponto de interferir com o bom funcionamento ou mesmo com a estética (fissura lábio-
palatina, dedo supranumerário, anodontia, espinha bífida), já não é mais variação e sim uma
anomalia. Se a anomalia é exagerada e de alta gravidade, a ponto de ser incompatível com a
vida, passa a se chamar monstruosidade, estudada pela Teratologia.

Assim, a Anatomia estuda o aspecto normal*, ou seja, as formas mais comuns, mais
freqüentes, típicas. Porém, incorpora pequenos desvios do normal, como as variações, e até
mesmo prevê seu aparecimento. A forma tida como anormal ou alterada é objeto de estudo da
Patologia.

A melhor anatomia é a que nos revela o ser vivente


Embora seja, no estudo anatômico, imprescindível a utilização de cadáveres e de modelos
industrializados, é importante ter em mente que ele visa mesmo ao conhecimento do corpo
vivo. Sempre que possível o estudo deverá ser feito no próprio estudante ou em seu par, com
inspeção visual e manual. A palpabilidade do crânio, de vários músculos, da laringe, de
algumas articulações é não apenas possível, mas necessária. O exame da boca no vivo tem a
vantagem de se fugir das modificações de consistência, elasticidade, forma, cor, odor,
secreções e sensibilidade decretadas pela morte e pelos meios de conservação do cadáver.
Examinar a boca do ser vivente é lidar com uma anatomia “real” dessa parte do corpo.

Os conhecimentos em Anatomia podem ser obtidos por meio do estudo dos sistemas* do corpo
(esquelético, digestório, nervoso etc.) ou aparelhos* (gênito-urinário, cárdio-respiratório), com

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todas as suas ramificações, não importando em que região possam estar. Constitui a
Anatomia Sistêmica. Se o estudo for feito obedecendo às regiões do corpo (dividido
convencionalmente em regiões topográficas), constituirá a Anatomia Topográfica. Nesse
caso, em cada região será estudada parte de cada sistema orgânico que compõe essa região.

O corpo humano, em posição ortostática, se for circunscrito em um


paralelepípedo, será limitado por quatro planos longitudinais e dois
horizontais

A noção dos imaginários planos de delimitação (anterior, posterior, lateral direito, lateral
esquerdo, superior e inferior) é fundamental para a compreensão dos termos de posição e
direção usados na descrição do corpo. Há também termos que definem planos de secção, o
que na prática realmente acontece ao se reduzir cadáveres nos laboratórios de anatomia ou
nos institutos médico-legais ou ao se realizar cirurgias. Portanto, estes não são planos
imaginários. São eles: sagital, sagital mediano, frontal, frontal médio, transversal, oblíquo,
horizontal, longitudinal.

O plano sagital mediano pode ser praticado em um cadáver, de tal modo que este fique
separado ao meio. As duas metades resultantes, direita e esquerda, são os antímeros. A
construção corpórea obedece a alguns princípios, entre eles o da simetria bilateral denominado
antimeria. Outro princípio que o estudante logo perceberá se traduz na disposição das
estruturas em camadas ou estratos, da superfície para a profundidade, em todas as partes do
corpo. É o princípio da estratificação do corpo humano ao ser embriologicamente formado. A
metameria (segmentação crânio-caudal em unidades ou metâmeros, como por exemplo,
vértebras, costelas, nervos espinais, etc.) e a paquimeria (divisão pelo plano frontal médio em
paquímeros ventral, com a grande cavidade que contém as vísceras, e dorsal com a cavidade
que contém o neuroeixo) são os demais princípios ou planos gerais de construção do corpo
humano.

Nomenclatura anatômica

Como toda ciência, a Anatomia tem sua linguagem pró pria. Ao conjunto de termos
empregados para designar e descrever o organismo ou suas partes dá-se o nome de
Nomenclatura Anatômica. Com o extraordinário acúmulo de conhecimentos no final do século
passado, graças aos trabalhos de importantes “escolas anatômicas” (sobretudo na Itália,
França, Inglaterra e Alemanha), as mesmas estruturas do corpo humano recebiam
denominações diferentes nestes centros de estudos e pesquisas. Em razão desta falta de
metodologia e de inevitáveis arbitrariedades, mais de 20 000 termos anatômicos chegaram a
ser consignados (hoje reduzidos a poucos mais de 5 000).

A primeira tentativa de uniformizar e criar uma nomenclatura anatômica internacional ocorreu


em 1895. Em sucessivos congressos de Anatomia em 1933, 1936 e 1950 foram feitas revisões
e finalmente em 1955, em Paris, foi aprovada oficialmente a Nomenclatura Anatômica,
conhecida sob a sigla de P.N.A. (Paris Nomina Anatomica). Revisões subseqüentes foram
feitas em 1960, 1965 e 1970, visto que a nomenclatura anatômica tem caráter dinâmico,
podendo ser sempre criticada e modificada, desde que haja razões suficientes para as
modificações e que estas sejam aprovadas em Congressos Internacionais de Anatomia.

A língua oficialmente adotada é o latim (por ser “língua morta”), porém cada país pode traduzi-
la para seu próprio vernáculo. Ao designar uma estrutura do organismo, a nomenclatura
procura utilizar termos que não sejam apenas sinais para a memória, mas tragam também
alguma informação ou descrição sobre a referida estrutura.

Dentro deste princípio, foram abolidos os epônimos (nome de pessoas para designar coisas) e
os termos indicam: a forma (músculo trapézio); a sua posição ou situação (nervo mediano); o
seu trajeto (artéria circunflexa da escápula); as suas conexões ou inter-relações (ligamento
sacroilíaco); a sua relação com o esqueleto (artéria axial); sua função (m. levantador da

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escápula); critério misto (m. flexor superficial dos dedos – função e situação). Entretanto, há
nomes impróprios ou não muito lógicos que foram conservados, porque estão consagrados
pelo uso.

Posição de descrição anatômica

Todos estes planos de delimitação e de secção, e também os termos de posição ou localização


das estruturas anatômicas, são utilizados com o corpo em uma posição padronizada. Por
exemplo, imaginemos ter de descrever a posição relativa de uma lesão na pele da face, que se
encontre entre o nariz e a orelha. Caso o paciente se encontre em decúbito dorsal (deitado com
a face para cima), a lesão será descrita como localizada “superiormente” à orelha. Já se o
paciente estiver em decúbito ventral (deitado com a face para baixo), a lesão seria descrita
como localizada “inferiormente” à orelha. Para se evitar esse tipo de confusão, foi adotada uma
posição fixa, universalmente aceita. Nessa posição, denominada posição de descrição
anatômica, o corpo fica na vertical (posição ortostática), com a cabeça “olhando” para frente e
para o horizonte, pés unidos, membros superiores estendidos ao lado do corpo com as palmas
das mãos voltadas para frente, de forma que o polegar fique “apontando” para fora. Assim,
voltando ao nosso exemplo inicial, a lesão deverá ser corretamente descrita como localizada
“anteriormente” à orelha.

As descrições feitas ao longo deste livro fundamentam-se nessa posição. Ao estudar o crânio,
por exemplo, ele poderá ser posicionado da forma mais conveniente para visualizar este ou
aquele acidente anatômico, mas a descrição no texto sempre será feita levando-se em
consideração a posição de descrição anatômica.

Divisão do corpo humano

O corpo humano divide-se em cabeça, tronco e membros.

1. Cabeça

A cabeça é dividida em duas partes: crânio e face. Uma linha imaginária passando pelo topo
das orelhas e dos olhos é o limite aproximada entre estas duas regiões. O crânio contém o
encéfalo no seu interior, na chamada cavidade craniana. As lesões crânioencefálicas são as
causas mais freqüentes de óbito nas vitimas de trauma. A face é a sede dos órgãos dos
sentidos da visão, audição, olfato e paladar. Abriga as aberturas externas do aparelho
respiratório e digestivo. As lesões da face podem ameaçar a vida devido ao sangramento e
obstrução das vias aéreas.

2. Tronco
O tronco é dividido em pescoço, tórax, abdome e pelve.

2.1. Pescoço
Contém varias estruturas importantes. É suportado pela coluna cervical que abriga no seu
interior a porção cervical da medula espinhal.

As porções superiores do trato respiratório e digestivo passam pelo pescoço em direção ao


tórax e abdome. Contém também vasos sangüíneos calibrosos responsáveis pela irrigação da
cabeça. As lesões do pescoço de maior gravidade são as fraturas da coluna cervical com ou
sem lesão medular, as lesões do trato respiratório e as lesões de grandes vasos com
hemorragia severa.

2.2. Tórax

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Contém no seu interior, na chamada cavidade torácica, a parte inferior do trato respiratório
(vias aéreas inferiores), os pulmões, o esôfago, o coração e os grandes vasos sangüíneos que
chegam ou saem do coração. É sustentado por uma estrutura óssea da qual fazem parte a
coluna vertebral torácica, as costelas, o esterno, as clavículas e a escápula. As lesões do tórax
são a segunda causa mais freqüente de morte nas vítimas de trauma.

Planos de delimitação e secção do corpo humano

Na posição anatômica o corpo humano pode ser delimitado por planos tangentes à sua
superfície, os quais, com suas intersecções, determinam a formação de um sólido geométrico,
um paralelepípedo.

Tem-se assim, para as faces desse sólido, os seguintes planos correspondentes: dois planos
verticais, um tangente ao ventre – plano ventral ou anterior – e outro ao dorso – plano dorsal ou
posterior. Estes e outros a eles paralelos são também designados como planos frontais, por
serem paralelos à “fronte”; dois planos verticais tangentes aos lados do corpo – planos laterais
direito e esquerdo e, finalmente, dois planos horizontais, um tangente à cabeça – plano cranial
ou superior – e outro à planta dos pés – plano podálico – (de podos = pé) ou inferior.

O tronco isolado é limitado, inferiormente, pelo plano horizontal que tangencia o vértice do
cóccix, ou seja, o osso que no homem é o vestígio da cauda de outros animais. Por esta razão,
este plano é denominado caudal.

Os planos descritos são de delimitação. É possível traçar também planos de secção: o plano
que divide o corpo humano em metades direita e esquerda é denominado mediano. Toda
secção do corpo feita por planos paralelos ao mediano é uma secção sagital (corte sagital) e os
planos de secção são também chamados sagitais; os planos de secção que são paralelos aos
planos ventral e dorsal são ditos frontais e a secção é também denominada frontal (corte
frontal); os planos de secção que são paralelos aos planos cranial, podálico e caudal são
horizontais. A secção é denominada transversal.

Termos de posição

A situação e a posição das estruturas anatômicas são indicadas em função dos planos de
delimitação e secção.

Assim, duas estruturas dispostas em um plano frontal serão chamadas de medial e lateral
conforme estejam, respectivamente, mais próxima ou mais distante do plano mediano do
corpo.

Duas estruturas localizadas em um plano sagital serão chamadas de anterior (ou ventral) e
posterior (ou dorsal) conforme estejam, respectivamente, mais próxima ou mais distante do
plano anterior. Para estruturas dispostas longitudinalmente, os termos são superior (ou cranial)
para a mais próxima ao plano cranial e inferior (ou caudal) para a mais distante deste plano.

Para estruturas dispostas longitudinalmente nos membros emprega-se, comumente, os termos


proximal e distal referindo-se às estruturas respectivamente mais próxima e mais distante da
raiz do membro. Para o tubo digestivo emprega-se os termos oral e aboral, referindo-se às
estruturas respectivamente mais próxima e mais distante da boca.

Uma terceira estrutura situada entre uma lateral e outra medial é chamada de intermédia. Nos
outros casos (terceira estrutura situada entre uma anterior e outra posterior, ou entre uma
superior e outra inferior, ou entre uma proximal e outra distal ou ainda uma oral e outra aboral)
é denominada de média.

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Estruturas situadas ao longo do plano mediano são denominadas de medianas, sendo este um
conceito absoluto, ou seja, uma estrutura mediana será sempre mediana, enquanto os outros
termos de posição e direção são relativos, pois baseiam-se na comparação da posição de uma
estrutura em relação a posição de outra.

Métodos de estudo na anatomia

1. inspeção: analisando através da visão. A análise pode ser de órgãos externos (ectoscopia)
ou internos (endoscopia);
2. palpação: analisando através do tato é possível verificar a pulsação, os tendões musculares
e as saliências ósseas, dentre outras coisas;
3. percussão: através de batimentos digitais na superfície corporal podemos produzir sons
audíveis, que ajudam a determinar a composição de órgãos ou estruturas (gases, líquidos ou
sólidos);
4. ausculta: ouvindo determinados órgãos em funcionamento (Ex.: coração, pulmão, intestino);
5. mensuração: permite a avaliação da simetria corporal e de eventuais megalias;
6. dissecção: consiste na separação minuciosa dos diferentes órgãos para uma melhor
visualização;
7. métodos de estudo por imagem: inclui o raioX, ecografia, ressonância nuclear magnética e
tomografia computadorizada.

Planos anatômicos

O corpo humano é dividido por três eixos imaginários:

1. o eixo vertical ou longitudinal, que une a cabeça aos pés.


2. o eixo de profundidade ou ântero-posterior, que une o ventre ao dorso.
3. o eixo de largura ou transversal, que une o lado direito ao lado esquerdo.

No momento em que projetamos um eixo sobre outro temos um plano. Existem quatro
planos principais:

1. o plano sagital, formado pelo deslocamento do eixo ântero-posterior ao longo do eixo


longitudinal;

2. o plano sagital mediano, formado pelo deslocamento do eixo ântero-posterior ao longo do


eixo longitudinal na linha mediana, dividindo o corpo em duas metades aparentemente
simétricas, denominadas antímeros;

3. o plano transversal ou horizontal, formado pelo deslocamento do eixo de largura ao longo do


eixo ântero-posterior. Uma série sucessiva de planos transversais divide o corpo em
segmentos denominados metâmeros;

4. o plano frontal ou coronal, formado pelo deslocamento do eixo de largura ao longo do eixo
longitudinal, dividindo o corpo em porções chamadasde paquímeros.

Termos anatômicos

Inferior ou caudal: mais próximo dos pés;


Superior ou cranial: mais próximo da cabeça;
Anterior ou ventral: mais próximo do ventre;
Posterior ou dorsal: mais próximo do dorso;

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Proximal: mais próximo do ponto de origem;
Distal: mais afastado do ponto de origem;
Medial: mais próximo do plano sagital mediano;
Lateral: mais afastado do plano sagital mediano;
Superficial: mais próximo da pele;
Profundo: mais afastado da pele;
Homolateral ou ipsilateral: do mesmo lado do corpo;
Contra-lateral: do lado oposto do corpo

EXERCÍCIOS: TERMOS DE POSIÇÃO E CONCEITOS BÁSICOS

CURSOS: Biologia, Biomedicina, Farmácia e Nutrição


1º semestre
PROFESSOR: Bárbara Borges

DISCIPLINA: Anatomia
2014

ACADÊMICO (a):

1ª) Identifique os planos de secção das figuras abaixo.


1 a) _________________________________

1 b) _________________________________

1 c) _________________________________

2ª) Complete as lacunas abaixo com os termos anatômicos corretos:


1 a) O dedo mínimo em relação ao polegar tem uma posição_____________________
2 b) O dedo indicador em relação ao polegar e ao mínimo tem uma posição___________
3 c) O dedo polegar em relação ao mínimo tem uma posição_____________________
4 d) O nariz em relação à boca tem uma posição___________________________
5 e) O nariz em relação à boca e aos olhos tem uma posição____________________
6 f) O antebraço em relação ao braço tem uma posição ______________________
7 g) O antebraço em relação ao braço e a mão tem uma posição__________________
8 h) O osso esterno em relação ao coração tem uma posição__________________
9 i) A coluna vertebral em relação ao coração tem uma posição_______________

3ª) Complete as lacunas com os significados das abreviaturas:


a. ___________________________ v. __________________________________
m. __________________________ n. __________________________________
lig. __________________________ gl. _________________________________
aa.__________________________ mm._________________________________

4ª) Descreva posição anatômica:

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____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

5ª) Defina os seguintes termos:


Anatomia
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

Variação Anatômica
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

Anomalia
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

Monstruosidade
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

6º) Identifique os termos que são utilizados para descrever os planos indicados nas figuras
abaixo.

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SISTEMA ESQUELÉTICO – GENERALIDADES

01 – Examine um esqueleto articulado, e veja que ele é constituído por partes ligadas entre
si. Essas partes são os ossos.

02 – Veja que o esqueleto pode ser dividido em duas grandes porções. Uma mediana,
formando o eixo do corpo, e composta pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco, chamada de
esqueleto axial; outra apensa a esta, formada pelos membros superiores e inferiores,
denominada esqueleto apendicular. Identifique essas porções com seus respectivos ossos.

03 – Observe que a união entre essas duas porções se faz por meio de cinturas ou cíngulos.
Localize as cinturas escapular e pélvica e identifique os ossos que delas fazem parte.

04 – Estude um pouco de Anatomia de Superfície. Observe os relevos que aparecem no seu


corpo e de seus colegas ao nível do ombro, cotovelo, punho e mão. Tente identificar no
esqueleto quais ossos fazem estes relevos. Observe também o relevo da clavícula, esterno e
costelas. Examine esses ossos no esqueleto.

05 – Ainda sobre Anatomia de Superfície, observe a coluna vertebral. Que parte das
vértebras pode ser palpada na coluna vertebral? Palpe os ossos da pelve, principalmente a
crista ilíaca. Observe também os relevos produzidos ao nível do joelho, tornozelo e pé.
Procure identificar no esqueleto quais ossos produzem estes relevos.

06 – Há várias maneiras de classificar os ossos. A classificação mais difundida é aquela que


leva em consideração a forma dos ossos, classificando-os segundo a predominância de uma
das três dimensões (comprimento, largura e espessura). Assim, reconhecem-se:

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6.1 – Ossos longos: são aqueles que apresentam um comprimento consideravelmente maior

que a largura e espessura. Observe o esqueleto e localize: fêmur, tíbia, úmero, rádio,
ulna, falanges.

6.1.1 – Ossos alongados: Observe o esqueleto e localize:

6.2 – Ossos laminares: também chamados de ossos planos ou chatos, apresentam


comprimento e largura equivalentes, predominando sobre a espessura. Observe o esqueleto e

localize: Alguns ossos do crânio, a escápula, o esterno...

6.3 – Ossos curtos: são aqueles que apresentam as três dimensões equivalentes. Observe o
esqueleto e localize: Ossos carpais e alguns ossos tarsais.

6.4 – Ossos irregulares: apresentam uma morfologia complexa que não encontra
correspondência em formas geométricas conhecidas. Observe o esqueleto e localize: as
vértebras. Todos os ossos da face e alguns do crânio (etmoide, esfenoide, temporal, etc.).

Adjetivando, essas quatro classificações principais, existem outras duas:

6.5 – Ossos pneumáticos: São ossos que contêm cavidades cheias de ar. São encontrados
apenas no Crânio e na face. Esses ossos apresentam uma ou mais cavidades, denominadas
de seios. Observe o esqueleto da cabeça e localize: Frontal - Osso plano e pneumático.
Maxila, Etmoide, Temporal, Esfenoide - Ossos irregulares e pneumáticos.

Osso sesamoide: São ossos que se formam entre articulações, como os ossos suturais do
crânio e entre tendões e ligamentos como a patela, cuja principal função é proteger a
articulação do joelho. A patela é o maior osso sesamoide do corpo humano. É considerado um
osso curto e sesamoide.

Atenção!: As costelas, apesar de longos se classificam como ossos planos.

Em todo osso longo, o corpo, geralmente cilíndrico, recebe o nome de diáfise, e as


extremidades, recebem o nome de epífises.

A diáfise é oca. E seu interior, chamado de canal medular, é ocupado pela medula óssea.
A medula óssea é Vermelha nas crianças e jovens. E com o passar dos anos, vai sendo
substituída por tecido adiposo, sendo chamada então de Medula Óssea Amarela.
Também na epífise, há um grande número de cavidades, formadas pelo entrecruzamento das

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trabéculas ósseas. Essas cavidades também contem a medula vermelha. Formadora de
células sanguíneas.

6.6 – Ossos extranumerários: são ossos além do número normal, mas que são
freqüentemente encontrados. Podem ser de dois tipos:
1 Ossos Suturais: quando se interpõem nas linhas articulares dos ossos do crânio.
1 Ossos Sesamóides: desenvolvem-se na substância de certos tendões ou na cápsula
fibrosa que envolvem certas articulações.Os primeiros são denominados INTRATENDÍNEOS e
os segundos são denominados PERIARTICULARES.

O ESQUELETO HUMANO

Oficialmente, o esqueleto humano é formado por 206 ossos, que podem ser classificados
quanto à localização em:

Esqueleto Axial e Esqueleto Apendicular.

O ESQUELETO AXIAL, é formado por:


Ossos do Crânio (Neurocrânio e Viscerocrânio) ,
Ossos da coluna vertebral, composta pelas vértebras, sacro e cóccix.
Costelas e osso Esterno.

O Neurocrânio, é formado por quatro ossos medianos. E dois ossos bilaterais.


São ossos medianos:
Osso frontal.
Osso Etmoide.
Osso Esfenoide.
Osso Occipital.

São ossos bilaterais:


Ossos Parietais.
Ossos Temporais.

15
Totalizando, assim, oito grandes ossos!!!
Além desses oito ossos, há três ossículos da audição, bilaterais, alojados na orelha média:
Martelo, Bigorna e Estribo.

E também alguns ossos extranumerários. Que no caso do crânio, são chamados de ossos
suturais. Pois, formam-se entre as suturas, que são articulações fibrosas entre os ossos do
crânio.

O Viscerocrânio é formado por seis ossos bilaterais e três ossos medianos.


- São bilaterais, os ossos: Maxila, Zigomático, Nasal, Lacrimal, Concha nasal inferior e
Palatino.
- São medianos, os ossos: Vômer, Mandíbula e Hióide

Anexo entre as vértebras cervicais e a mandíbula está o osso hioide (pertence ao


Viscerocrânio), o osso da deglutição. Único osso que não se articula com o esqueleto. Está
fixado apenas por músculos e ligamentos. É comum esse osso ser esquecido por mestres e
doutores no estudo do sistema esquelético, às vezes nem é contabilizado. Portanto no
CRÂNIO temos: 14 ossos do Neurocrânio  15 ossos do Viscerocrânio.

Em continuação ao crânio está a coluna vertebral que é formada pelas vértebras cervicais,
torácicas, lombares e pelos ossos Sacro e cóccix.

As vértebras são uma série de anéis sobrepostos, sobretudo de maneira que o orifício central
de cada uma corresponda com o do superior e o do inferior. De tal maneira que no centro da
coluna vertebral existe um canal. no qual está a medula espinal, órgão nervoso de fundamental
importância.

As articulações que se interpõem entre uma vértebra e a vértebra seguinte permitem a


mobilidade de toda a coluna vertebral, garantindo a esta, a máxima resistência aos traumas.

Entre uma vértebra e outra existem os discos intervertebrais, elementos das Articulações


Intercorpovertebrais que servem para aumentar a elasticidade do conjunto e atenuar os efeitos
de eventuais pressões.

As vértebras são em número de 24* e não são todas iguais.


7 são cervicais. A primeira se chama Atlas. A segunda se chama Áxis. E a sétima é
denominada Vértebra proeminente. Sendo estas 3, as únicas vértebras com nomes próprios.

Em continuação das cervicais estão 12 vértebras torácicas. Que se articulam com as costelas

16
e se unem ao osso esterno mediante as cartilagens costais, fechando a caixa torácica e
protegendo os órgãos contidos no tórax.

A coluna vertebral continua com as 5 vértebras lombares que têm maior tamanho porque
devem ser mais resistentes para realizar a sustentação do tronco. O osso Sacro
e o Osso Cóccix.

*A estas, seguem-se outras 5 vértebras soldadas entre si, que formam o osso sacro e, por
último, as 3 ou 4 vértebras rudimentares, quase sempre soldadas entre si, que compõe o
osso cóccix.

Obs.: Alguns autores contabilizam também as vértebras do sacro e do cóccix, situação em que
teremos, então, 33 vértebras na coluna vertebral. (esta é uma prática válida somente para
estudo dos nervos espinais, pois confunde muitos estudantes iniciantes). A partir do momento
que estas vértebras (sacrais e coccígeas) se fundem não devem mais ser catalogadas como
vértebras e sim como ossos.

As vértebras são geralmente referidas como:

Cervicais: Da C1 até a C7. Sendo a C1 chamada de atlas. A C2 chamada de áxis.


e a C7 chamada de vértebra proeminente.

Torácicas. Da T1 até a T 12.

Lombares. Da L1 até a L5.

Sacrais. Da S1 até a S5. (Osso Sacro)

Coccígeas. Da Co1 até a Co4. (Osso cóccix)

As costelas, classificadas como ossos alongados, são ossos bilaterais, geralmente, em número
de doze pares:
- Sete pares são denominadas costelas verdadeiras e Cinco pares são costelas falsas.
São chamadas de costelas falsas pelo fato de não se articularem, diretamente, com o osso
esterno.
- Três pares destas costelas (falsas) são unidas ao esterno através da cartilagem costal.e os
Dois últimos pares são chamados de costelas flutuantes, pelo fato de terem uma
extremidade livre (anterior ou ventral), sem ligação com o osso esterno ou com a cartilagem
costal.

17
ESQUELETO APENDICULAR

Os ossos dos membros superiores começam com o ombro, formado pelo Cíngulo do membro
superior, que é composto pela Escápula, osso de forma triangular, classificado como osso
plano (devido à sua maior porção ser laminar) e pela Clavícula, osso longo e curvado, situado
anteriormente à escápula.

A articulação do ombro é bastante móvel, o que permite mover o braço em quase todas as
direções. Esta articulação junto com a do quadril é uma das mais móveis e importantes do
corpo humano.
O osso do braço é o Úmero, osso longo e robusto; O antebraço é formado pelos ossos
longos. Rádio e Ulna.

O Rádio tem a cabeça de forma circular, lembrando um botão redondo, como os dos aparelhos
radiofônicos antigos.

A Ulna  tem o formato de uma chave de boca ou, ainda, a forma da letra U em sua epífise
proximal. A cabeça do rádio é proximal enquanto a da ulna é distal.

Com os dois ossos do antebraço (rádio e ulna), se articula na sua parte inferior a mão, que é
formada proximalmente por Oito Ossos carpais. São os que formam o Carpo (punho):

- Fileira proximal: Escafoide - Semilunar - Piramidal - Pisiforme.


- Fileira distal: Trapézio - Trapezoide - Capitato - Hamato.

Cinco ossos metacarpais na região conhecida como Metacarpo e que corresponde à


superfície dorso-palmar da mão. E são denominados:
I -    (primeiro) metacarpal.
II -  (segundo) metacarpal.
III - (terceiro) metacarpal.
IV - (quarto) metacarpal.
V -  (quinto) metacarpal.

E, finalmente, Catorze ossos formam os dedos da mão. São conhecidos como falanges:
Proximais, médias e distais.

ATENÇÂO! : O polegar tem apenas duas falanges: a proximal e a distal.


Totalizando, assim, 27 ossos componentes da mão humana completa. Excluindo-se os ossos
extranumerários, denominados sesamoides.

18
Os membros inferiores estão unidos ao tronco por meio do Cíngulo do membro inferior.
Formado pelos ossos do quadril, fixados pelo osso sacro. Antes dos vinte anos de idade, o
osso do quadril é formado por três ossos: Ílio, Ísquio e Púbis.
Após essa idade, os três ossos mencionados fundem-se formando o Osso do Quadril 
propriamente dito. O osso do quadril articula-se com o fêmur, osso da coxa, o mais longo e 
forte de todo o corpo.
Na sua parte inferior o fêmur se une à tíbia e esta, à fíbula, que são os dois ossos da perna.
Esta união tem lugar na articulação do joelho, do qual toma parte, também, o osso patela
(curto e sesamoide). Por último, os ossos da perna se articulam com os do pé. O pé é
formado pelos Ossos tarsais:
Tálus, Calcâneo, Navicular, Cuboide e Cuneiformes (lateral, intermédio e medial).

Além dos ossos metatarsais (ossos longos):


I -    (primeiro) metatarsal.
II -  (segundo) metatarsal.
III - (terceiro) metatarsal.
IV - (quarto) metatarsal.
V -   (quinto) metatarsal.

E das Falanges (ossos longos): Proximal, média e distal.


Que formam os dedos do pé. Exceto no hálux, (o dedão do pé), onde há somente as falanges
proximal e distal. Totalizando assim, 26 ossos que compõem o pé humano completo.
Excluindo-se os ossos extranumerários, denominados sesamoides.

Para não ter mais dúvidas... vamos exercitar !!!


Observe os esquemas na próxima página e localize as estruturas apontadas pelas fechas.

19
20
ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA DE ANATOMIA
HUMANA

ASSUNTO: ARTROLOGIA GERAL

ARTICULAÇÕES FIBROSAS: São aquelas em que as peças ósseas estão unidas entre si por
um tecido conjuntivo fibroso. Podemos considerar três tipos:
- Suturas
- Sindesmoses
- Gonfoses

SUTURAS: Identificar suturas serrilhadas, planas e escamosas.


Suturas serrilhadas: Ex.: *sutura coronal (entre os ossos frontal e parietais)
*sutura sagital (entre os ossos parietais)
*sutura lambdóide (entre os ossos occipital e parietais)
Suturas planas: Ex.: *sutura internasal (localizada na linha mediana da face entre os ossos
nasais)
*sutura intermaxilar (localizada na linha mediana da face entre os
ossos maxilares)
*sutura palatina mediana (localizada na linha mediana da abóbada
palatina)
Sutura escamosa: Ex.: *sutura escamosa (entre os ossos parietal e
temporal)

SINDESMOSES: Ex.: * Sindesmose rádio-ulnar


* Sindesmose tíbio-fibular

GONFOSES: Ex.: * Articulação dentoalveolar

ARTICULAÇÕES CARTILAGINOSAS: São aquelas em que as peças ósseas estão unidas por
cartilagem.
Podemos considerar 2 tipos: - Sincondrose e Sínfise

SINCONDROSE: A união entre peças ósseas se faz por meio de cartilagem hialina. Estas
articulações são temporárias e tendem a desaparecer com o tempo, havendo a substituição da
cartilagem por tecido ósseo.

21
Sincondrose intra-óssea: Articulação cartilagínea primária.
Ex.: Cartilagem de crescimento que une as epífises à diáfise dos
ossos longos (disco epifisal)
Sincondrose Interóssea: São aquelas onde os dois ossos diferentes se unem por cartilagem
hialina.
Ex.: Sincondrose esfeno-occipital, situada na base do crânio.

SÍNFISE OU ANFIARTROSE: (articulações semi-móveis) As peças ósseas se unem por meio


de cartilagem fibrosa ou fibrocartilagem.
Ex.: articulações entre os corpos das vértebras
(intercorpovertebral);
Sínfise Púbica (articulação entre os corpos do púbis,
na linha mediana).

ARTICULAÇÕES SINOVIAIS: (articulações por contigüidade) São articulações em que as


peças ósseas estão justapostas, deixando entre si uma fenda (cavidade articular).

Identificar as PRINCIPAIS ESTRUTURAS DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS:

Superfície Articular das peças ósseas


Cartilagem Articular (cartilagem hialina que reveste as superfícies articulares).
Cápsula Articular (membrana de natureza fibrosa que envolve a articulação, inserindo-se
pelas extremidades aos segmentos ósseos. Importante para manter as peças articulares
unidas entre si.
Membrana Sinovial (membrana que reveste internamente a cápsula articular , a qual é
responsável pela elaboração do líquido sinovial).
Cavidade Articular (espaço entre as peças ósseas delimitado pela cápsula articular)
Líquido Sinovial (líquido viscoso encontrado na cavidade articular - não se observa em peças
fixadas em formol).
Ligamentos (reforçam o meio de união entre as peças articulares):
Ligamentos capsulares (aparecem como espessamento em algumas
regiões da Cápsula Articular
Ex.: Ligamento temporomandibular (ATM)
Ligamentos extra-capsulares ou extra-articulares (são cordões fibrosos que
se estendem de uma a outra peça articular).
Ex.: Ligamento colateral fibular do joelho.
Ligamentos intra-capsulares ou intra-articulares (são cordões fibrosos que
unem internamento as peças articulares).
Ex.: Ligamentos cruzado anterior e posterior do joelho.

22
FORMAÇÕES NÃO ESSENCIAIS OU ACESSÓRIAS: são formações que aparecem em
algumas articulações sinoviais.

Disco Articular: São placas de fibrocartilagem em forma de disco, encontradas entre as


peças que se articulam, dividindo a cavidade articular em dois compartimentos.
Ex.: Articulação temporomandibular e Articulação esterno-clavicular.
Menisco Articular: São anéis de fibrocartilagem que se interpõem as superfícies articulares,
permitindo contado da superfície articulares somente pela sua porção central.
Ex.: Articulação do joelho
Orlas, labrum ou Bordaletes: encontram-se ao redor das superfícies articulares de algumas
articulações, aumentando assim, a superfície de contato entre as peças ósseas.
Ex.: Superfície articular na escápula, na articulação escápulo-umeral e na superfície
articular do osso do quadril, na articulação coxo-femoral.

23
EXERCÍCIOS ARTROLOGIA

CURSOS: Biologia, Biomedicina, Farmácia e Nutrição


1º semestre
PROFESSOR: Bárbara Borges

DISCIPLINA: Anatomia
2014

ACADÊMICO (a):

1- Identifique no esquema abaixo do joelho, as estruturas indicadas.

2-Qual a definição de articulação?

3-Qual o critério utilizado para classificar as articulações?

24
4-Como são classificadas as articulações do corpo humano?

5-Quais são os tipos de articulações imóveis? Dê exemplos.

6-Quais são os tipos de articulações semi-móveis? Dê exemplos.

7-Quais são os tipos de articulações totalmente móveis? Dê exemplos.

8-Quais são as características fundamentais das articulações sinoviais?

9-As articulações móveis constituem importantes dispositivos anatômicos que possibilitam,


juntamente com os ossos e os músculos estriados esqueléticos, a formação de um eficiente
aparelho locomotor. Representa uma articulação sinovial, a (o):

a) articulação sínfise púbica.


b) articulação gonfose.
c) articulação escápulo-umeral.
d) sutura sagital.
e) disco intervertebral.

25
10- Identifique , tipifique e classifique as articulações das imagens que se seguem :

A)

B)

C)

26
D)

E)

F)

27
G)

H)

I)

28
ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA DE ANATOMIA
HUMANA

ASSUNTO: SISTEMA MUSCULAR

Conceito de Músculos:

São estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela sua contração são
capazes de transmitir-lhes movimento. Este é efetuado por células especializadas
denominadas fibras musculares, cuja energia latente é ou pode ser controlada pelo sistema
nervoso. Os músculos são capazes de transformar energia química em energia mecânica.

O músculo vivo é de cor vermelha. Essa coloração denota a existência de pigmentos e de


grande quantidade de sangue nas fibras musculares.

Os músculos representam 40-50% do peso corporal total.

Funções dos Músculos:

a) Produção dos movimentos corporais: Movimentos globais do corpo, como andar e correr.

b) Estabilização das Posições Corporais: A contração dos músculos esqueléticos estabilizam


as articulações e participam da manutenção das posições corporais, como a de ficar em pé ou
sentar.

c) Regulação do Volume dos Órgãos: A contração sustentada das faixas anelares dos
músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo de um órgão oco.

d) Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As contrações dos músculos lisos das paredes
vasos sangüíneos regulam a intensidade do fluxo. Os músculos lisos também podem mover
alimentos, urina e gametas do sistema reprodutivo. Os músculos esqueléticos promovem o
fluxo de linfa e o retorno do sangue para o coração.

29
e) Produção de Calor: Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e grande parte
desse calor liberado pelo músculo é usado na manutenção da temperatura corporal.

3- Grupos Musculares:

Em número de nove. São eles:

              a) Cabeça
              b) Pescoço
              c) Tórax
              d) Abdome
              e) Região posterior do tronco
              f) Membros superiores
              g) Membros inferiores
              h) Órgãos dos sentidos
i) Períneo

2- Classifique os músculos :

Quanto a Situação:

30
a)Superficiais ou Cutâneos: estão localizados logo abaixo da
pele e apresentam, no mínimo, uma de suas inserções na
camada profunda da derme. Exemplos: músculos da
cabeça, do pescoço e da mão.

Exemplo: Platisma.

b) Profundos ou Subaponeuróticos: São músculos que não


apresentam inserções na camada profunda da derme, e na
maioria das vezes, se inserem em ossos. Estão localizados
abaixo da fáscia superficial.

Exemplo: Pronador quadrado.

Quanto à Forma:

a) Longos: São encontrados especialmente nos membros.


Os mais superficiais são os mais longos, podendo passar
duas ou mais articulações.

Exemplo: Bíceps braquial.

c) Curtos: Encontram-se nas articulações cujos movimentos


tem pouca amplitude, o que não exclui força nem
especialização.

Exemplo: Músculos da mão.

31
b) Largos: Caracterizam-se por serem laminares. São
encontrados nas paredes das grandes cavidades (tórax e
abdome).

Exemplo: Diafragma.

Quanto à Disposição da Fibra:

a) Reto: Paralelo à linha média. Ex: Reto abdominal.

b) Transverso: Perpendicular à linha média. Ex: Transverso abdominal.

c) Oblíquo: Diagonal à linha média. Ex: Oblíquo externo.

Quanto à Origem e Inserção:

a) Origem: Quando se originam de mais de um tendão. Ex. Bíceps, Quadríceps.

b) Inserção: Quando se inserem em mais de um tendão. Ex: Flexor Longo dos Dedos.

Quanto à Função:

a) Agonistas: São os músculos principais que ativam um movimento específico do


corpo, eles se contraem ativamente para produzir um movimento desejado.

Ex: Pegar uma chave sobre a mesa, agonistas são os flexores dos dedos.

b) Antagonistas: Músculos que se opõem à ação dos agonistas, quando o agonista se


contrai, o antagonista relaxa progressivamente, produzindo um movimento suave.

Ex: idem anterior, porém os antagonistas são os extensores dos dedos.

c) Sinergistas: São aqueles que participam estabilizando as articulações para que não
ocorram movimentos indesejáveis durante a ação principal.

Ex: idem anterior, os sinergistas são estabilizadores do punho, cotovelo e ombro.

d) Fixadores: Estabilizam a origem do agonista de modo que ele possa agir mais
eficientemente. Estabilizam a parte proximal do membro quando move-se a parte
distal.

32
Quanto à Nomenclatura:

O nome dado aos músculos é derivado de vários fatores, entre eles o fisiológico e o
topográfico:

a) Ação: Extensor dos dedos.

b) Ação Associada à Forma: Pronador redondo e pronador quadrado.

c) Ação Associada à Localização: Flexor superficial dos dedos.

d) Forma: Músculo Deltóide (letra grega delta).

e) Localização: Tibial anterior.

f) Número de Origem: Bíceps femoral e tríceps braquial.

Tipos de Músculos:

a) Músculos Estriados Esqueléticos: Contraem-se por


influência da nossa vontade, ou seja, são voluntários.
O tecido muscular esquelético é chamado de estriado
porque faixas alternadas claras e escuras (estriações)
podem ser vistas no microscópio óptico.

b) Músculos Lisos: Localizado nos vasos sangüíneos,


vias aéreas e maioria dos órgãos da cavidade
abdômino-pélvica. Ação involuntária controlada pelo
sistema nervoso autônomo.

c) Músculo Estriado Cardíaco: Representa a arquitetura cardíaca. É um músculo


estriado, porém involuntário – AUTO RITMICIDADE.

33
Componentes Anatômicos dos Músculos Estriados:

a) Ventre Muscular é a porção contrátil do músculo,


constituída por fibras musculares que se contraem. Constitui
o corpo do músculo (porção carnosa).

b) Tendão é um elemento de fibrocartilagem, ricos em fibras


colágenas e que serve para fixação do ventre, em ossos, no
tecido subcutâneo e em cápsulas articulares. Possuem
aspecto morfológico de fitas ou de cilindros. Ocorrem em
músculos profundos.

c) Aponeurose é uma estrutura formada por fibrocartilagem.


Membrana que envolve grupos musculares. Geralmente
apresenta-se em forma de lâminas ou em leques. É um
tendão de formato diferente. É branco e prende o músculo
ao osso, mas ocorre em músculos superficiais para que não
haja volume na pele.

d) Bainhas Tendíneas são estruturas que formam pontes ou túneis entre as superfícies
ósseas sobre as quais deslizam os tendões. Sua função é conter o tendão, permitindo-
lhe um deslizamento fácil.

e) Bolsas Sinoviais são encontradas entre os músculos ou entre um músculo e um osso.


São pequenas bolsas forradas por uma membrana serosa que possibilitam o
deslizamento muscular.

34
Tipos de Contrações:

O nome dado aos músculos é derivado de vários fatores, entre eles o fisiológico e o
topográfico:

a) Contração Concêntrica: o músculo se encurta e traciona outra estrutura, como um


tendão, reduzindo o ângulo de uma articulação. Ex: Trazer um livro que estava sobre a
mesa ao encontro da cabeça.

b) Contração Excêntrica: quando aumenta o comprimento total do músculo durante a


contração. Ex: idem anterior, porém quando recolocamos o livro sobre mesa.

c) Contração Isométrica: servem para estabilizar as articulações enquanto outras são


movidas. Gera tensão muscular sem realizar movimentos. É responsável pela postura
e sustentação de objetos em posição fixa. Ex: idem anterior, porém quando o livro é
sustentado em abdução de 90°.

Anatomia Microscópica da Fibra Muscular:

O tecido muscular consiste de células contráteis especializadas, ou fibras musculares, que são
agrupadas e dispostas de forma altamente organizada. Cada fibra de músculo esquelético
apresenta dois tipos de estruturas filiformes muito delgadas, chamadas miofilamentos grossos
(miosina) e finos (actina).

Componentes Anatômicos dos Músculos:

a) Fáscia Superficial separa os músculos da pele.

35
b) Fáscia Muscular é uma lâmina ou faixa larga de tecido conjuntivo fibroso, que,
abaixo da pele, circunda os músculos e outros órgãos do corpo.

c) Epimísio é a camada de tecido conjuntivo que reveste todo o músculo, prendendo-o


no lugar para uni direcionar o movimento.

d) Perimísio circunda grupos de 10 a 100 ou mais fibras musculares individuais,


separando-as em feixes chamados fascículos. Os fascículos podem ser vistos a olho
nu como estruturas brancas entre os fascículos.

e) Endomísio é um fino revestimento de tecido conjuntivo que penetra no interior de


cada fascículo e reveste e separa cada fibra muscular de seus vizinhos.

Podemos classificar os músculos ainda quanto ao número de :

- cabeças
- ventres
- caudas

Quanto ao nº de cabeça: 2 cabeças: bíceps


3 cabeças: tríceps
4 cabeças: quadríceps ( o número máximo de cabeças é 4)

Quanto ao nº de ventres: 1 ventre: monogástrico


2 ventres: digástrico.
3 ou mais ventres: poligástrico

Quanto ao nº de caudas: 1 cauda: monocaudado


2 ou mais caudas: policaudado

Obs: Em caso de 5 caudas , o músculo será da mão ou do pé.

36
37
38
EXERCÍCIOS MIOLOGIA

CURSOS: Biologia, Biomedicina, Farmácia e Nutrição


1º semestre
PROFESSOR: Bárbara Borges

DISCIPLINA: Anatomia
2014

ACADÊMICO (a):

Este roteiro foi desenvolvido para que o aluno possa identificar os diversos músculos.

1. Identificar os componentes musculares:

a) Ventre muscular

b) Tendões

c) Aponeurose

d) Fáscia Muscular

2. Faça uma tabela descrevendo a origem e inserção dos mm. Bíceps braquial, tríceps
braquial, quadíceps femoral, peitoral maior, deitoide. Descreva suas principais funções.

3-O que é e por que sentimos fadiga muscular?

39
4-Defina endomísio, perimísio e epimísio.

5- O que é a hipertrofia muscular?

6- (UFV) Os músculos são responsáveis por diversos movimentos do corpo humano.


Considerando que os músculos podem ser diferenciados quanto à função que exercem,
assinale a alternativa incorreta:

a) os músculos cardíacos se contraem a fim de bombear o sangue para o corpo.

b) o diafragma é o principal músculo respiratório.

c) o movimento peristáltico é produzido pelo músculo estriado.

d) o músculo estriado esquelético tem controle voluntário.

e) o músculo cardíaco tem controle involuntário.

7-(UFRGS) Os músculos envolvidos no deslocamento do corpo e nos movimentos do sistema


digestivo são, respectivamente, dos tipos:

a) estriado e liso.

b) esquelético e estriado.

c) liso e estriado.

d) liso e esquelético.

e) estriado cardíaco e liso.

40
8- Complete o esquema abaixo com os nomes dos músculos indicados.

ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA DE ANATOMIA HUMANA

41
ASSUNTO: SISTEMA NERVOSO

CURSOS: Biologia, Biomedicina, Farmácia e Nutrição


1º semestre
PROFESSOR: Bárbara Borges

DISCIPLINA: Anatomia
2014

ACADÊMICO (a):

O sistema nervoso é o que monitora e coordena a atividade dos músculos, e a movimentação


dos órgãos, e constrói e finaliza estímulos dos sentidos e inicia ações de um ser humano (ou
outro animal). Os neurônios e os nervos são integrantes do sistema nervoso, e desempenham
papéis importantes na coordenação motora. Todas as partes do sistema nervoso de um animal
são feitas de tecido nervoso e seus estímulos são dependentes do meio.

O sistema nervoso deriva seu nome de nervos, que são pacotes cilíndricos de fibras que
emanam do cérebro e da medula central, e se ramificam repetidamente para inervar todas as
partes do corpo.

Os nervos são grandes o suficiente para serem reconhecidos pelos antigos egípcios, gregos e
romanos , mas sua estrutura interna não foi compreendida até que se tornasse possível
examiná-los usando um microscópio.

Um exame microscópico mostra que os nervos consistem principalmente de axônios de


neurônios, juntamente com uma variedade de membranas que se envolvem em torno deles e
os segrega em fascículos de nervos. Os neurônios que dão origem aos nervos não ficam
inteiramente dentro dos próprios nervos - seus corpos celulares residem no cérebro, medula
central, ou gânglios periféricos.

O sistema nervoso humano é dividido em Sistema nervoso central (SNC) e Sistema nervoso
periférico (SNP). O SNC consiste do encéfalo e da medula espinhal. O SNP consiste de todos
os outros neurônios que não estão no SNC. A maioria do que comumente se denomina nervos
(que são realmente os apêndices dos axônios de células nervosas) são considerados como
constituintes do SNP.

O SNP é dividido em sistema nervoso somático e sistema nervoso autônomo:

 O sistema nervoso somático é o responsável pela coordenação dos movimentos do


corpo e também por receber estímulos externos. Este é o sistema que regula as
atividades que estão sob controle consciente.

42
 O sistema nervoso autónomo é dividido em sistema nervoso simpático, sistema
nervoso parassimpático e sistema nervoso entérico.

- O sistema nervoso simpático responde ao perigo iminente ou stress, e é


responsável pelo incremento do batimento cardíaco e da pressão arterial, entre
outras mudanças fisiológicas, juntamente com a sensação de excitação que se
sente devido ao incremento de adrenalina no sistema.

- O sistema nervoso parassimpático, por outro lado, torna-se evidente quando a


pessoa está descansando e sente-se relaxada, e é responsável por coisas tais
como a constrição pupilar, a redução dos batimentos cardíacos, a dilatação dos
vasos sangüíneos e a estimulação dos sistemas digestivo e genitourinário. O papel
do sistema nervoso entérico é gerenciar todos os aspectos da digestão, do esôfago
ao estômago, intestino delgado e cólon.

Divisão do sistema nervoso com base em critérios anatômicos e funcionais

O sistema central é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal. Todas as partes do
encéfalo e da medula estão envolvidas por três membranas de tecido conjuntivo - as meninges.
O encéfalo, principal centro de controle, é constituído por cérebro, cerebelo, tálamo,

hipotálamo e bulbo.

43
O cérebro é o elemento principal, para o qual são dirigidos os impulsos recebidos pelo sistema
nervoso. Seu peso médio, quando atingido o desenvolvimento máximo, é de aproximadamente
1.400g nos homens e 1.260g nas mulheres.

Na morfologia cerebral distingue-se uma primeira separação em dois grandes hemisférios


cortados por uma linha profunda, a fissura sagital. Na superfície de cada um desses
hemisférios existem dois outros cortes, a fissura de Sylvius, ou sulco lateral, e o sulco central.
Ficam assim delimitados cinco lobos: frontal, parietal, temporal, occipital e lobo da insula.

A cavidade interna do cérebro é irrigada pelo líquido cefalorraquidiano, que flui também na
medula espinhal e constitui um elemento de extrema importância no diagnóstico de muitas
doenças e alterações metabólicas. De dentro para fora, distinguem-se a substância branca,
formada pelos axônios recobertos de mielina, material lipoprotéico que envolve as fibras e
aumenta a velocidade de transmissão dos impulsos nervosos; e a substância cinzenta, que
forma o envoltório ou córtex cerebral, formada pelos corpos celulares. A massa cerebral é

44
recoberta por três membranas de proteção, as meninges, que separam o córtex dos ossos
cranianos. São elas a pia-máter (mais interna), aracnoide (intermediária) e dura-máter (mais
externa).

Na região póstero-inferior do cérebro, situa-se o cerebelo, órgão responsável pela


coordenação. A ponte, também denominada protuberância anular, liga o cérebro, o cerebelo e
o bulbo, e está situada na parte inferior do encéfalo. Compõe-se de diferentes planos de fibras
nervosas longitudinais e transversais. O bulbo faz a transição entre o encéfalo e a medula.
Nele se entrecruzam as fibras nervosas que atingirão o cérebro, razão pela qual as funções
reguladoras do lado direito do corpo são controladas pelo lobo cerebral esquerdo, e as
correspondentes ao lado esquerdo, pelo lobo direito.

Do bulbo nasce a medula espinhal ou raquidiana, cordão nervoso cilíndrico que se prolonga
pelo interior da coluna vertebral até o extremo do osso sacro. O cordão medular consta de um
núcleo central de substância cinzenta, com característica disposição em forma de X, envolto
numa massa cilíndrica de substância branca. A substância cinzenta se ramifica a partir da
medula para formar as raízes dos nervos raquidianos. Ao longo de toda a sua extensão, a
medula raquidiana é protegida externamente, como o encéfalo, pelas três meninges e, em seu
canal interno, por uma membrana denominada epêndima.

45
Os nervos representam a unidade fisiológica fundamental do sistema nervoso periférico.
Eles se originam nos dois componentes básicos do sistema nervoso central: o cérebro e a
medula espinhal. Os 12 pares de nervos cranianos são os seguintes :

Par I: olfativo

Par II: óptico

Par III: óculo-motor

Par IV: troclear

Par V: trigêmeo

Par VI: óculo-motor externo

Par VII: facial

Par VIII: vestíbulo-coclear

Par IX: glossofaríngeo

Par X: vago

Par XI: acessório

Par XII: hipoglosso

46
Outros 31 pares formam o conjunto de nervos raquidianos, dos quais depende a recepção
de impulsos periféricos, sua transmissão aos centros fundamentais do sistema nervoso e o
envio de sinais aos músculos.

A regulação das funções dos órgãos internos, de forma involuntária e autônoma, é executada
pelo sistema nervoso vegetativo ou autônomo, unidade fisiológica integrada por dois sistemas
diferenciados, o simpático e o parassimpático, com atividades opostas. A motilidade intestinal,
por exemplo, é estimulada por um nervo do sistema simpático e inibida por outro do sistema
parassimpático. As unidades funcionais do sistema vegetativo são as fibras e os gânglios.

O sistema simpático é integrado por uma dupla cadeia de gânglios dispostos em ambos os
lados da coluna vertebral. O segundo componente do sistema nervoso autônomo é o
parassimpático, formado pelas fibras nervosas autônomas que emergem do sistema nervoso
pelos nervos cranianos e pelos segmentos sacrais.

Da medula espinhal, a partir da qual surgem os pares de nervos raquidianos que inervam os
diferentes músculos, glândulas e vísceras. O sistema nervoso autônomo é uma unidade
funcional complementar, constituída pelos sistemas simpático e parassimpático, dos quais
depende o equilíbrio da vida orgânica. A função do sistema nervoso nos animais superiores é
complementada pela ação do sistema endócrino, encarregado de regular à secreção hormonal.

47
EXERCÍCIOS DE SISTEMA NERVOSO

CURSOS: Biologia, Biomedicina, Farmácia e Nutrição


1º semestre
PROFESSOR: Bárbara Borges

DISCIPLINA: Anatomia
2014

ACADÊMICO (a):

Identifique as estruturas destacadas:

48
1- Sobre a organização e o funcionamento do sistema nervoso, leia atentamente:

I- O sistema nervoso é dividido em SNC ( sistema nervoso central) e SNP ( sistema nervoso
periférico).
II- O SNP é constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal.
III- O encéfalo é composto pelo cérebro, cerebelo e tronco encefálico
IV- O cerebelo é responsável pelo automatismo da respiração e pela regulação dos batimentos
cardíacos.
Estão corretas:
a) Somente as afirmações I e II.
b) Somente as afirmações I e III.
c) Somente as afirmações II e III.
d) Somente as afirmações I e IV.
e) Somente as afirmações II e IV.

2-Responsável pelo equilíbrio, pela coordenação, e pela precisão dois movimentos. O texto
refere-se a uma importante região presente no encéfalo denominada:
a) cérebro
b) substância branca
c) córtex
d) cerebelo
e) neurônios

3-Sistema nervoso autônomo   é responsável pelo controle automático do corpo frente às


modificações do ambiente. Por exemplo, quando o indivíduo entra em uma sala com ar
condicionado que lhe dá frio, o sistema nervoso autônomo começa a agir, tentando impedir
uma queda da temperatura normal. Dessa maneira, pode-se perceber que o organismo possui
um mecanismo que permite ajustes corporais, mantendo assim o equilíbrio do corpo: a
homeostasia.  Sobre o sistema nervoso autônomo , leia as seguintes ações atentamente:
I- Olhos: a contrai a pupila
II- Pulmões: contrai os brônquios
III- Coração: acelera os batimentos cardíacos 
IV- Estômago: estimula a secreção gástrica

O sistema   nervoso autônomo simpático é responsável pelas ações que ocorrem:


a) somente no item I
b) somente no item II
c) somente no item III 
d)  somente nos itens II e III
e) somente nos itens III e IV

4- Em relação ao S.N. parassimpático :

a)faz parte do sistema nervoso somático.

b) faz parte do sistema nervoso central.

c) é o responsável pela coordenação dos movimentos do corpo e também por receber


estímulos externos.

d) responde ao perigo iminente ou stress.

e) é responsável por coisas tais como a constrição pupilar, a redução dos batimentos
cardíacos, a dilatação dos vasos sangüíneos e a estimulação dos sistemas digestivo e
genitourinário.

49
ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA DE ANATOMIA HUMANA

ASSUNTO: SISTEMA RESPIRATÓRIO

A função do sistema respiratório é facultar ao organismo uma troca de gases com o ar


atmosférico, assegurando permanente concentração de oxigênio no sangue, necessária para
as reações metabólicas, e em contrapartida servindo como via de eliminação de gases
residuais, que resultam dessas reações e que são representadas pelo gás carbônico.

Este sistema é constituído pelos tratos (vias) respiratórios superior e inferior. O trato
respiratório superior é formado por órgãos localizados fora da caixa torácica: nariz externo,
cavidade nasal, faringe, laringe e parte superior da traquéia. O trato respiratório inferior
consiste em órgãos localizados na cavidade torácica: parte inferior da traquéia, brônquios,
bronquíolos, alvéolos e pulmões. As camadas das pleura e os músculos que formam a
cavidade torácica também fazem parte do trato respiratório inferior.

O intercâmbio dos gases faz-se ao nível dos pulmões, mas para atingi-los o ar deve percorrer
diversas porções de um tubo irregular, que recebe o nome conjunto de vias aeríferas.

NARIZ

O nariz é uma protuberância situada no centro da face, sendo sua parte exterior denominada
nariz externo e a escavação que apresenta interiormente conhecida por cavidade nasal.

O nariz externo tem a forma de uma pirâmide triangular de base inferior e cuja a face posterior
se ajusta verticalmente no 1/3 médio da face.

As faces laterais do nariz apresentam uma saliência semilunar que recebe o nome de asa do
nariz.

O ar entra no trato respiratório através de duas aberturas chamadas narinas. Em seguida, flui
pelas cavidades nasais direita e esquerda, que estão revestidas por mucosa respiratória. O

50
septo nasal separa essas duas cavidades. Os pêlos do interior das narinas filtram grandes
partículas de poeira que podem ser inaladas. Além disso, a cavidade nasal contêm células
receptoras para o olfato.

A cavidade nasal é a escavação que encontramos no interior do nariz, ela é subdividida em


dois compartimentos um direito e outro esquerdo. Cada compartimento dispõe de um orifício
anterior que é a narina e um posterior denominado coana. As coanas fazem a comunicação
da cavidade nasal com a faringe. É na cavidade nasal que o ar torna-se condicionado, ou seja,
é filtrado, umidecido e aquecido.

Na parede lateral da cavidade nasal encontramos as conchas nasais (cornetos) que são
divididas em superior, média e inferior.

O esqueleto ósseo do nariz é formado pelo osso frontal, ossos nasais e maxilares.

51
A cavidade nasal contêm várias aberturas de drenagem, pelas quais o muco dos seios
paranasais é drenado. Os seios paranasais compreendem os seios maxilares, frontal, etmoidal
e o esfenoidal.

Seios Paranasais ou Seios da Face - Vistas Lateral e Anterior

FARINGE

A faringe é um tubo que começa nas coanas e estende-se para baixo no pescoço. Ela se situa
logo atrás das cavidades nasais e logo a frente às vértebras cervicais. Sua parede é composta
de músculos esqueléticos e revestida de túnica mucosa. A faringe funciona como uma
passagem de ar e alimento.

A faringe é dividida em três regiões anatômicas: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe.

A porção superior da faringe, denominada parte nasal ou nasofaringe.

A parte intermediária da faringe, a orofaringe, situa-se atrás da cavidade oral, sendo um local
de passagem tanto para o ar como para o alimento.

A laringofaringe estende-se para baixo, e conecta-se com o esôfago (canal do alimento) e


posteriormente com a laringe (passagem de ar). Como a parte oral da faringe, a laringofaringe
é uma via respiratória e também uma via digestória.

52
LARINGE

A laringe é um órgão curto que conecta a faringe com a traquéia. Ela se situa na linha mediana
do pescoço, diante da quarta, quinta e sexta vértebra cervicais.

A laringe tem três funções:

- Atua como passagem para o ar durante a respiração;

- Produz som, ou seja, a voz (por esta razão é chamada de caixa de voz);

- Impede que o alimento e objetos estranhos entrem nas estruturas respiratórias (como a
traquéia).

A laringe desempenha função na produção


de som, que resulta na fonação. Na sua
superfície interna, encontramos uma fenda
ântero-posterior denominada vestíbulo da
laringe, que possui duas pregas: prega
vestibular (cordas vocais falsas) e prega
vocal (cordas vocais verdadeiras).

A laringe é uma estrutura triangular constituída principalmente de cartilagens, músculos e


ligamentos.

A epiglote é uma espécie de "porta" para o pulmão, onde apenas o ar ou substâncias gasosas
entram e saem dele. Já substâncias líquidas e sólidas não entram no pulmão, pois a epiglote
fecha-se e este dirige-se ao esôfago.

TRAQUÉIA

A traquéia é um tubo de 10 a 12,5cm de comprimento e 2,5cm de diâmetro. Constitui um tubo


que faz continuação à laringe, penetra no tórax e termina se bifurcando nos 2 brônquios

53
principais. Ela se situa medianamente e anterior ao esôfago, e apenas na sua terminação,
desvia-se ligeiramente para a direita.

O arcabouço da traquéia é constituído aproximadamente por 20 anéis cartilagíneos


incompletos para trás, que são denominados cartilagens traqueais.

Internamente a traquéia é forrada por mucosa, onde abundam glândulas, e o epitélio é ciliado,
facilitando a expulsão de mucosidades e corpos estranhos.

Inferiormente a traquéia se bifurca, dando origem aos 2 brônquios principais: direito e


esquerdo.

A parte inferior da junção dos brônquios principais é ocupada por uma saliência ântero-
posterior que recebe o nome de carina da traquéia, e serve para acentuar a separação dos 2
brônquios.

BRÔNQUIOS

Os brônquios principais fazem a ligação da traquéia com os pulmões, são considerados um


direito e outro esquerdo. A traquéia e os brônquios extrapulmonares são constituídos de anéis
incompletos de cartilagem hialina, tecido fibroso, fibras musculares, mucosa e glândulas.

O brônquio principal direito é mais vertical, mais curto e mais largo do que o esquerdo. Como a
traquéia, os brônquios principais contém anéis de cartilagem incompletos.

Os brônquios principais entram nos pulmões na região chamada HILO. Ao atingirem os


pulmões correspondentes, os brônquios principais subdividem-se nos brônquios lobares.

Os brônquios lobares subdividem-se em brônquios segmentares, cada um destes distribuindo-


se a um segmento pulmonar.

Os brônquios dividem-se respectivamente em tubos cada vez menores denominados


bronquíolos. As paredes dos bronquíolos contém músculo liso e não possuem cartilagem.

Os bronquíolos continuam a se ramificar, e dão origem a minúsculos túbulos


denominados ductos alveolares. Estes ductos terminam em estruturas microscópicas
com forma de uva chamados alvéolos.

Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias respiratórias.
Um capilar pulmonar envolve cada alvéolo. A função dos alvéolos é trocar oxigênio e
dióxido de carbono através da membrana capilar alvéolo-pulmonar.

PULMÕES

Os pulmões são órgãos essenciais na respiração. São duas vísceras situadas uma de cada
lado, no interior do tórax e onde se dá o encontro do ar atmosférico com o sangue circulante,
ocorrendo então, as trocas gasosas (HEMATOSE). Eles estendem-se do diafragma até um
pouco acima das clavículas e estão justapostos às costelas.

O pulmão direito é o mais espesso e mais largo que o esquerdo. Ele também é um pouco mais
curto pois o diafragma é mais alto no lado direito para acomodar o fígado. O pulmão esquerdo
tem uma concavidade que é a incisura cardíaca.

54
Cada pulmão têm uma forma que lembra uma pirâmide com um ápice, uma base, três bordas e
três faces.

Ápice do Pulmão: Está voltado cranialmente e tem forma levemente arredondada. No corpo, o
ápice do pulmão atinge o nível da articulação esterno-clavicular

Base do Pulmão: A base do pulmão apresenta uma forma côncava, apoiando-se sobre a face
superior do diafragma. A concavidade da base do pulmão direito é mais profunda que a do
esquerdo (devido à presença do fígado).

Peso: Os pulmões tem em média o peso de 700 gramas.

Altura: Os pulmões tem em média a altura de 25 centímetros.

Faces: o pulmão apresenta três faces:

• diafragmática: voltada para o diafragma.

• costal: voltada para as costelas.

• medial: voltada para o outro pulmão e onde se localiza o hilo pulmonar.

Hilo pulmonar: local por onde penetram os brônquio principal, artéria pulmonar, veia
pulmonar, nervos e vasos linfáticos

Divisão: Os pulmões apresentam características morfológicas diferentes.

O pulmão direito apresenta-se constituído por três lobos divididos por duas fissuras. Uma
fissura obliqua que separa lobo inferior dos lobos médio e superior e uma fissura horizontal,
que separa o lobo superior do lobo médio.

O pulmão esquerdo é dividido em um lobo superior e um lobo inferior por uma fissura oblíqua.
Anteriormente e inferiormente o lobo superior do pulmão esquerdo apresenta uma estrutura
que representa resquícios do desenvolvimento embrionário do lobo médio, a língula do pulmão.

PLEURA: É uma membrana serosa de dupla camada que envolve e protege cada pulmão.

- A camada externa é aderida à parede da cavidade torácica e ao diafragma, e é


denominada Pleura Parietal.

- A camada interna, a Pleura Visceral reveste os próprios pulmões (adere-se


intimamente à superfície do pulmão e penetra nas fissuras entre os lobos).

Entre as pleuras visceral e parietal encontra-se um pequeno espaço, a cavidade pleural, que
contém pequena quantidade de líquido lubrificante, secretado pelas túnicas. Esse líquido reduz
o atrito entre as túnicas, permitindo que elas deslizem facilmente uma sobre a outra, durante a
respiração.

55
ROTEIRO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

CURSOS: Biologia, Biomedicina, Farmácia e Nutrição


1º semestre
PROFESSOR: Bárbara Borges

DISCIPLINA: Anatomia
2014

ACADÊMICO (a):

1- Identifique as estruturas abaixo:

A)

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2- De que maneira o muco secretado pela nossa traquéia protege nosso aparelho respiratório?

3- Qual a via respiratória responsável pela umidade e aquecimento do ar exterior?

a) Fossas nasais
b) Traquéia
c) Laringe
d) Faringe
e) Alvéolos

4-Qual a função básica do sistema respiratório?

5- Como pode ser dividida a faringe?

57
6- O que ocorreu com o pulmão esquerdo em decorrência da posição do coração?

7- A sequência das estruturas do sistema respiratório pulmonar é:

a) fossas nasais -laringe -esôfago -brônquios -traquéia


b) fossas nasais -faringe -laringe -traquéia -brônquios
c) fossas nasais -laringe -faringe -traquéia -brônquios
d) fossas nasais -faringe -esôfago -traquéia -brônquios
e) fossas nasais -faringe -traquéia -laringe –brônquios

8- Como se designa a saída do ar dos pulmões?


a) respiração
b) inspiração
c) ventilação
d) expiração

9- Os pulmões possuem algumas diferenças anatômicas. Comparando-se o pulmão direito com


o pulmão esquerdo, observamos a existência de um número diferente de lobos pulmonares.
Esta diferença está indicada na seguinte alternativa:

a) No lado esquerdo, o pulmão possui três lobos.


b) O pulmão direito possui apenas dois lobos.
c) O pulmão esquerdo possui um lobo superior e um lobo inferior.
d) O pulmão direito possui dois lobos laterais e um lobo medial.
e) O pulmão esquerdo é duas vezes maior do que o pulmão direito.

ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA DE ANATOMIA


HUMANA

ASSUNTO: SISTEMA DIGESTÓRIO

Digestão é o processo de transformar os alimentos em formas possíveis de serem absorvidas


pelo organismo. O sistema digestório, que realiza esta tarefa, é composto pelo canal alimentar
ou tubo digestório e por várias glândulas anexas.

CANAL ALIMENTAR

58
A boca está adaptada a receber os alimentos e iniciar o processo de digestão. Também atua
como órgão da fala e do prazer. As bochechas são seu limite lateral, enquanto que os lábios a
delimitam superior e inferiormente. Os lábios são muito móveis e possuem grande variedade e
quantidade de receptores sensitivos, utilizados para analisar as características do alimento.

A língua é, basicamente, uma estrutura muscular revestida por mucosa que atua misturando o
alimento com a saliva e encaminhando-o à faringe. A superfície irregular da língua, além de
facilitar a movimentação dos alimentos também apresenta receptores gustativos.

O palato forma o teto da cavidade bucal e apresenta duas partes, o palato duro, ósseo e o
palato mole, muscular. Este se move e ajuda a ocluir a comunicação com a cavidade nasal
durante a passagem dos alimentos em direção à faringe.

Os dentes (vinte, primariamente e trinta e dois, secundariamente) atuam cortando o alimento


em pedaços pequenos, aumentando assim a área exposta às ações digestivas.

A faringe e esôfago atuam, somente, como tubos condutores, levando o alimento da boca até
ao estômago. A faringe é dividida em Parte Nasal, Parte Oral e Parte Faríngea. Destas três, a
Parte Nasal é ,exclusivamente, via aérea. A Parte Laríngea é somente via digestiva e a Parte
Oral é um caminho comum ao ar e aos alimentos. A deglutição dos alimentos se inicia com eles
sendo misturados com a saliva, na boca, e empurrados para a Parte Oral da Faringe. A seguir,
reflexos involuntários encaminham o alimento até ao esôfago, do qual é encaminhado ao
estômago.

O estômago recebe os alimentos, mistura-os com o suco gástrico, absorve-os (limitadamente)


e os encaminha ao intestino delgado.

O intestino delgado, composto de três partes (duodeno, jejuno e ílio) mede, no vivo, cerca de 3
a 4 metros de comprimento. Após a morte, pela perda do tônus muscular, pode atingir até 7
metros. Ele recebe o bolo alimentar do estômago, mistura-o com secreções provenientes do
pâncreas, da vesícula biliar e dele mesmo e completa o processo de digestão, absorvendo
seus produtos e encaminhando seus resíduos ao intestino grosso.

O intestino grosso, formado pelo ceco, pelos colos ascendente, transverso, descendente e
sigmóide, pelo reto e pelo ânus, recebe os resíduos da digestão vindos do intestino delgado,
reabsorve a água e os eletrólitos neles contidos e forma e estoca as fezes. Estas consistem de
material não digerido, água, eletrólitos, secreções das mucosas e bactérias.

GLÂNDULAS ANEXAS
As glândulas salivares secretam a saliva, a qual umedece os alimentos, facilita a mastigação,
possibilita a gustação, inicia a digestão e ajuda a limpar a língua. Existem três pares de
glândulas salivares maiores (parótida, submandibular e sublingual) e um número variável de
glândulas salivares menores disseminadas pela cavidade oral.

O pâncreas, estreitamente relacionado com o duodeno, produz o suco pancreático, Além disto,
tem ações como glândula endócrina, produzindo dois hormônios, a insulina e o glucagon, que
atuam no metabolismo dos açúcares.

O fígado é a maior glândula do corpo humano. Além de produzir diversas substâncias


fundamentais para a vida, ele atua na digestão através da produção da bile, a qual é
armazenada, concentrada e excretada pela vesícula biliar.

59
A passagem dos alimentos do esôfago para o estômago ocorre através da Cárdia, que tem a
função de impedir o refluxo do alimento para o esôfago durante as contrações estomacais. Os
alimentos no estômago sofrem a ação do suco gástrico (composto por muco, enzima pepsina e
ácido clorídrico), formando-se o bolo alimentar ou quimo.

Do estômago o alimento segue para o intestino, passando pelo Piloro que, como a Cárdia,
impede o seu refluxo. Os alimentos sofrem ação do suco pancreático, do suco entérico e da
bile, no intestino. A ação da bile e dos sucos ocorre no duodeno (intestino delgado), onde se
completa a digestão.

Os nutrientes produzidos são absorvidos pela parede intestinal. Os restos vão para o intestino
grosso; no final dele chegam, sob forma de fezes, ao meio externo, através do ânus.

HEMI-CABEÇA

60
A digestão química por ação de enzimas (ptialina) tem início na boca, os alimentos
impulsionados pela LÍNGUA seguem para a FARINGE e em seguida para o ESÔFAGO (que
tem paredes musculares cujas contrações resultam os movimentos peristálticos, os quais
permitem aos alimentos movimentar-se em direção ao estômago).

FARINGE - começa logo após a boca e segue até o esôfago, é um canal comum aos sistemas
respiratório e digestório, pela faringe passa o ar, que se dirige à laringe, e o alimento, que se
dirige ao esôfago.

ESÔFAGO - é o canal que faz a ligação entre a faringe e o estômago, é localizado entre os
pulmões, atravessa o músculo diafragma, e fica atrás do coração. Os movimentos peristálticos
fazem com que o bolo alimentar avance até o estômago.

61
Tipos de dentes: Incisivos, Caninos e molares (divididos em pré-molares e molares). Cada tipo
de dente tem sua função própria no processo de mastigação. Os incisivos cortam, os caninos
rasgam e os molares trituram os alimentos.

Dente de criança

62
A Língua

63
As glândulas salivares: São os órgãos encarregados de produzir a saliva, suco digestivo que
contém a ptialina, que age sobre o amido, transformando-o em moléculas menores.

64
Estômago: Localizado na parte superior do abdome, abaixo do diafragma e do fígado. A
parede interna do estômago possui inúmeras glândulas que elaboram o suco gástrico. Este
contém pequena quantidade de ácido clorídrico, o bolo alimentar passa por transformações e
recebe o nome de quimo.

Fígado: É a maior glândula do corpo humano. Pesa aproximadamente 1.400g, tem cor
vermelho-escuro.Tem várias funções, entre elas está a de produzir a bile, que é conduzida ao
duodeno pelo ducto colédoco. A bile é formada principalmente de sais biliares, colesterol e
pigmentos.

65
Pâncreas: É responsável pela excreção de várias substâncias importantes para a digestão,
que são lançadas no duodeno. O pâncreas além de participar na digestão dos alimentos,
produz a insulina (hormônio que regula o teor de glicose no sangue).

Intestino delgado:

O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por 4cm de diâmetro e
pode ser dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno (cerca de 5 m) e íleo
(cerca de 1,5 cm). A porção superior ou duodeno tem a forma da letra C e compreende o piloro,
esfíncter muscular da parte inferior do estômago pela qual este esvazia seu conteúdo no
intestino.

Duodeno: é a primeira parte do intestino delgado, logo após o estômago. Nele são lançados os
sucos biliar e pancreático. A porção do intestino logo após o duodeno é chamada de jejuno. A
porção anterior ao ceco é chamada íleo.

É difícil especificar com certeza onde termina o jejuno e começa o ílio, uma vez que a diferença
entre os dois é mais visível internamente do que externamente, sendo mais comum identificar o
conjunto como alças intestinais do jejuno-ílio.

66
Jejuno:

Íleo:

Intestino grosso:

É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas. Uma
pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 ou 9 litros de água das

67
secreções. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes,
facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus.

Mede cerca de 1,5 m de comprimento e divide-se em ceco, colo ascendente, colo transverso,
colo descendente, colo sigmóide e reto. A saída do reto chama-se ânus e é fechada por um
músculo que o rodeia, o esfíncter anal.

Numerosas bactérias vivem em mutualismo no intestino grosso. Seu trabalho consiste em


dissolver os restos alimentícios não assimiláveis, reforçar o movimento intestinal e proteger o
organismo contra bactérias estranhas, geradoras de enfermidades.

As fibras vegetais, principalmente a celulose, não são digeridas nem absorvidas, contribuindo
com porcentagem significativa da massa fecal. Como retêm água, sua presença torna as fezes
macias e fáceis de serem eliminadas.

O intestino grosso não possui vilosidades nem secreta sucos digestivos, normalmente só
absorve água, em quantidade bastante considerável.

Como o intestino grosso absorve muita água, o conteúdo intestinal se condensa até formar
detritos inúteis, que são evacuados.

68
ROTEIRO DO SISTEMA DIGESTÓRIO

CURSOS: Biologia, Biomedicina, Farmácia e Nutrição


1º semestre
PROFESSOR: Bárbara Borges

DISCIPLINA: Anatomia
2014

ACADÊMICO (a):

1- Identifique as estruturas destacadas abaixo:

2-.      Em relação ao ESÔFAGO, não podemos afirmar que:

a)      se estende da faringe até o estômago

b)      formado de músculo estriado visceral

c)      possui a capacidade de peristaltismo.

d)      atravessa o diafragma e caminha cerca de 2 cm no interior do abdome

e)      constituído de tecido muscular liso.

69
3- Considere, em ordem alfabética, os seguintes componentes do sistema digestório na
espécie humana: canal anal, cavidade oral, esôfago, estômago, fígado, glândulas salivares,
intestino delgado, intestino grosso e pâncreas.

A – Durante o seu percurso no sistema digestório, o alimento, e os resíduos da digestão,


percorrem o interior de quais dos componentes citados e em que sequência?

B -Como são denominadas as regiões anatômicas do intestino delgado?

4-Sobre o estômago é INCORRETO afirmar que:

a) Órgão imóvel
b) Dilatação do tubo digestivo que se inicia após o esôfago.
c) Encontra-se na parte superior da cavidade abdominal, logo abaixo do diafragma.
d) Muito distensível, tendo a capacidade de 1 a 2 litros, podendo chegar até 4 litros.
e) Termina numa região esfincteriana (piloro), que separa o estômago do duodeno.

5- Sobre o intestino delgado é INCORRETO afirmar que:

a) se inicia no piloro gastroduodenal e vai até a junção íleo-cólica, onde se une ao


intestino grosso.
b) É o segmento mais longo do aparelho digestivo.
c) É um órgão tubular que  mede cerca de 6-7m e ocupa quase toda a cavidade
abdominal.
d) É muito bem adaptado para a realização de uma função específica.
e) É dividido em duodeno, jejuno e íleo.

6- Sobre o intestino grosso é INCORRETO afirmar que:

a) Tem diâmetro de aproximadamente 6 cm.


b) Seu comprimento é de 1,5 a 3m.
c) Consiste em ceco, apêndice, cólon (dividido em ascendente, transverso,descendente e
sigmóide), reto e canal anal.
d) Suas principais funções são: formação, transporte e evacuação das fezes.
e) Essas funções requerem mobilidade, absorção da água e secreção de muco.

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ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA DE ANATOMIA
HUMANA

ASSUNTO: SISTEMA CIRCULATÓRIO

O sistema circulatório é dividido em sistema circulatório sangüíneo, com as funções de levar


oxigênio e nutrientes aos tecidos e deles trazer seus produtos, que serão redistribuídos a
outros órgãos e tecidos e seus resíduos, que serão eliminados (ver sistema urinário) e em
sistema circulatório linfático, que transporta para a circulação sangüínea o excesso de líquido
intersticial, bem como substâncias de grande tamanho, incapazes de passar diretamente dos
tecidos para aquela. Além disto, ajuda na defesa do organismo contra o ataque de
microrganismos.

Em síntese o sistema circulatório pode ser dividido em: sistema sangüíneo composto por :
artérias, veias, capilares e coração e cujo fluido é o sangue e em sistema linfático, formado por
vasos linfáticos, linfonodos, tonsilas e órgãos hemopoiéticos e cujo fluido é a linfa.

SISTEMA CIRCULATÓRIO SANGÜÍNEO

O sistema circulatório sangüíneo é formado por um circuito fechado de tubos (artérias,


capilares e veias) dentro dos quais circula o sangue e por um órgão central, o coração, que
atua como bomba aspirante-premente.

ARTÉRIAS

As artérias são os vasos que transportam o sangue centrifugamente ao coração. Distribuem-se


por
praticamente todo o corpo, iniciando por grandes troncos que vão se ramificando
progressivamente. Estes ramos podem ser colaterais ou terminais. Quando uma artéria dá
ramos e deixa de existir por causa desta divisão, diz-se que estes ramos são terminais.
Quando a artéria emite ramos e continua a existir, estes ramos são chamados de colaterais.
Estes, que são a grande maioria dos ramos arteriais, se separam do tronco arterial mais
comumente em ângulo agudo, mas podem fazê-lo em ângulo reto ou, mais raramente, em
ângulo obtuso. Estes seguem um trajeto retrógrado e são denominados de recorrentes.

CAPILARES

As artérias se ramificam e se tornam, progressivamente, menos calibrosas e com as paredes


mais
finas, até chegarem aos capilares, que são de dimensões microscópicas e cujas paredes são
uma simples camada de células (endotélio). Sua distribuição é quase universal no corpo, sendo
rara sua ausência, como ocorre na epiderme, na cartilagem hialina, na córnea e no cristalino. É
ao nível dos capilares, graças a aberturas existentes entre células endoteliais vizinhas( poros
capilares), que ocorrem as trocas entre o sangue e os tecidos. Estas aberturas variam de
dimensões de tecido para tecido.

VEIAS

As veias são os vasos que transportam o sangue centripetamente ao coração. Sua formação
lembra a formação dos rios: afluentes vão confluindo no leito principal e o caudal deste torna-se

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progressivamente mais volumoso. As veias recebem numerosas tributárias e seu calibre
aumenta à medida que se aproximam do coração, exatamente o oposto do que ocorre com as
artérias, nas quais o calibre vai diminuindo à medida que emitem ramos e se afastam do
coração. De acordo com sua localização em relação às camadas do corpo, as veias são
classificadas em superficiais e profundas.Estas podem ser solitárias ou seja, não acompanham
artérias ou , o que é mais comum, satélites, quando acompanham as artérias. Neste caso são,
geralmente, em número de duas para cada artéria. As veias superficiais possuem trajeto
independente do das artérias e se comunicam com as profundas por inúmeras anastomoses.
Na superfície interna de muitas veias existem pregas membranosas, de forma semilunar,
geralmente aos pares, denominadas válvulas, as quais, por direcionarem o fluxo sangüíneo,
contrabalançam a ação da gravidade, desfavorável à circulação nas veias de trajeto
ascendente. Assim, nas veias dos membros as válvulas são comuns, enquanto na cabeça e
pescoço são ausentes ou vestigiais.

CORAÇÃO

O coração, localizado no mediastino torácico ( porção mediana do tórax, compreendida entre


as cavidades pulmonares é um órgão muscular oco que funciona como uma bomba contrátil-
propulsora.

O tecido muscular que forma o coração é de tipo especial, tecido muscular estriado cardíaco, e
constitui camada média, o miocárdio. Este é revestido internamente por endotélio, o qual é
contínuo com a camada íntima dos vasos que chegam ou saem do coração. Esta camada
interna é o endocárdio. Externamente ao miocárdio, há uma serosa revestindo-o, denominada
epicárdio. A cavidade do coração é subdividida em quatro câmaras: duas à direita, o átrio e o
ventrículo direitos e duas à esquerda, o átrio e o ventrículo esquerdos. O átrio direito se
comunica com o ventrículo direito através do óstio atrioventricular direito, no qual existe um
dispositivo direcionador do fluxo, a valva atrioventricular direita. O mesmo ocorre à esquerda,
através do óstio atrioventricular esquerdo, cujo dispositivo direcionador de fluxo é a valva
atrioventricular esquerda. As cavidades direitas são separadas das esquerdas pelos septos
interatrial e interventricular.

Ao átrio direito, através das veias cavas inferior e superior chega o sangue venoso do corpo
(com
baixa pressão de O2 e alta pressão de CO2). Ele passa ao ventrículo direito através do óstio
atrioventricular direito e deste vai ao tronco pulmonar e daí, através das artérias pulmonares
direita e esquerda, dirige-se aos pulmões, onde ocorrerá a troca gasosa, com CO2 sendo
liberado dos capilares pulmonares para o meio ambiente e com O2 sendo absorvido do meio
ambiente para os capilares pulmonares. Estes capilares confluem e, progressivamente, se
formam as veias pulmonares que levam sangue rico em O2 para o átrio esquerdo. Deste, o
sangue passa ao ventrículo esquerdo através do óstio atrioventricular esquerdo e daí vai para a
artéria aorta, que inicia sua distribuição pelo corpo.

O trajeto ventrículo esquerdo aorta artérias de calibres progressivamente menores: capilares,


veias de calibres progressivamente maiores, veias cavas superior e inferior, átrio direito, é
chamado de grande circulação ou circulação sistêmica.

O trajeto ventrículo direito tronco pulmonar artérias pulmonares direita e esquerda, com
redução progressiva de calibre, capilares pulmonares, veias pulmonares com aumento
progressivo de calibre, átrio esquerdo, é chamado de pequena circulação ou circulação
pulmonar.

PERICÁRDIO

Envolvendo o coração, separando-o dos outros órgãos do tórax e limitando sua distensão
existe um saco fibro-seroso, o pericárdio. Ele é constituído por uma camada externa fibrosa, o
pericárdio fibroso e por uma camada interna serosa, o pericárdio seroso. Este possui uma

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lâmina parietal, aderente ao pericárdio fibroso e uma lâmina serosa, aderente ao miocárdio, ou
seja, a lâmina serosa é o epicárdio.

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77
ROTEIRO DO SISTEMA CIRCULATÓRIO

CURSOS: Biologia, Biomedicina, Farmácia e Nutrição


1º semestre
PROFESSOR: Bárbara Borges

DISCIPLINA: Anatomia
2014

ACADÊMICO (a):

1- Identifique as estruturas:

a)

b)

2- Ao se observar a posição do CORAÇÃO no organismo, NÃO podemos afirmar que:

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a)      ocupa uma região denominada mediastino médio

b)      é coberto ventralmente pelo esterno e cartilagens costais

c)      cerca de dois terços do órgão se encontra a esquerda do plano mediano

d)      o ápice deste órgão aponta para cima, ligeiramente para direita, entre os pulmões

e)      está repousado sobre o diafragma

3- O sangue proveniente da GRANDE CIRCULAÇÃO (circulação sistêmica) chega ao coração


por meio da(das):

 a)      veias pulmonares

b)      veias brônquicas

c)      veias cavas

d)      aorta

e)      artéria pulmonar

 4- Quando nos deparamos com um quadro de INFARTO DO MIOCÁRDIO, estamos frente a
uma situação em que:

 a)      não há retorno venoso sistêmico

b)      ocorreu uma intensa fibrose ventricular

c)      o coração está parado, obrigatoriamente

d)      houve um problema com as artérias coronárias, oclusivo ou hemorrágico

e)      todas as respostas estão corretas

5-O(s) vaso(s) que mantêm relação com o ÁTRIO DIREITO é(são):

 a)      veia cava inferior

b)      veias pulmonares

c)      aorta

d)      artéria pulmonar

e)      artérias coronárias

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6-Qual a diferença entre o VENTRÍCULO DIREITO E O VENTRÍCULO ESQUERDO?

a)      número de valvas maior no ventrículo direito

b)      no ventrículo direito corre sangue arterial e no esquerdo venoso

c)      no ventrículo direito temos uma parede muscular mais delgada

d)      no ventrículo direito temos músculos papilares.

e)      no ventrículo esquerdo não há espessamento de parede muscular.

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ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA DE ANATOMIA
HUMANA

ASSUNTO: SISTEMA GENITAL – FEMININO E MASCULINO

SISTEMA GENITAL – FEMININO


O sistema genital feminino é o conjunto de órgãos responsáveis pela reprodução na
mulher.
Esse sistema é composto por órgãos gametógenos (produtores de gametas) e órgãos
gametóforos
(por onde transitam os gametas), além de um órgão que proporciona o desenvolvimento de um
novo ser vivo.

Órgãos Genitais Femininos


Os órgãos genitais femininos são inicialmente divididos em:
- Internos:
ovários, tubas uterinas, útero e vagina;

- Externos( Pudento OU VULVA):


monte do púbis, lábios maiores do pudento, lábios menores do pudento.

Posteriormente a esta divisão, os órgãos são classificados e distribuídos de acordo com suas
respectivas funções:

- OVÁRIOS : órgãos responsáveis pela produção de gametas (óvulos)


- TUBAS UTERINAS : vias condutoras dos gametas
- ÚTERO : órgão que abriga o novo ser vivo
- VAGINA : órgão de cópula,via do parto (normal)
- GLÂNDULAS ANEXAS:Glândulas vestibulares maiores e Glândulas vestibulares menores. As
secreções dessas glândulas tornam as estruturas úmidas e propícias para a relação sexual;
- ESTRUTURAS ERÉTEIS: CLITÓRIS e BULBO DO VESTÍBULO: Apresentam formação por
tecido especial (erétil) que se enche de sangue, proporcionando assim, aumento de seu
volume.
- ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS: no conjunto também são chamados de PUDENTO
FEMININO.
São: Monte do púbis,Lábios maiores ou grandes lábios, Lábios menores ou pequenos
lábios,Clitóris, Bulbo do vestíbulo e Glândulas vestibulares.

Ovários
Os ovários localizam-se na cavidade pélvica entre a bexiga e o reto, na escavação retouterina.
Esses órgãos produzem os óvulos e também hormônios, que por sua vez controlam o
desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e atuam sobre o útero nos mecanismos
de implantação do óvulo fecundado e início do desenvolvimento do embrião.

81
Os ovários fixam-se pelo mesovário à face posterior do ligamento largo do útero, porém, esses
órgãos não são revestidos pelo peritônio. Por estarem fixados à face posterior do ligamento
largo do útero, os ovários acompanham o útero na gravidez.
São órgãos que, antes da primeira ovulação (expulsão do óvulo pela superfície do ovário),
apresentam-se lisos e rosados, mas após isso, tornam-se branco-acinzentados e rugosos; isso
ocorre decorrente das cicatrizes deixadas pelas consecutivas ovulações. Os ovários também
tendem a diminuir de tamanho na fase senil.

Tubas Uterinas
São as estruturas responsáveis pelo transporte dos óvulos do ovário para a cavidade do útero.
Essas estruturas estão incluídas na borda superior do ligamento largo do útero, localizando-se
entre a bexiga e o reto. É interessante salientar que as tubas uterinas, por estarem incluídas no
ligamento largo do útero, acompanham o útero na gravidez.

Nas tubas uterinas há o óstio uterino da tuba, que é uma abertura na extremidade medial da
tuba que se comunica com a cavidade uterina e o óstio abdominal da tuba que é uma abertura
na extremidade lateral da tuba que se comunica com a cavidade peritonial para captação do
óvulo liberado pelo ovário.

As tubas uterinas são subdivididas em quatro partes:


- Uterina: na parede do útero;
- Istmo: parte estreita sucessiva a parte uterina;
- Ampola: parte pouco mais dilatada, onde geralmente ocorre a fecundação;
- Infundíbulo: estrutura em forma de funil, onde há o óstio abdominal da tuba. Possui também
as fímbrias (franjas irregulares) que auxiliam na captação do óvulo.

Útero
O útero é o órgão em que o embrião aloja-se e desenvolve-se até seu nascimento. Está
localizado entre a bexiga e o reto.
Esse órgão é envolvido pelo ligamento largo do útero, que é uma prega transversal formada
pelo peritônio que, após recobrir a bexiga, reflete-se do assoalho e paredes laterais da pelve
sobre o útero.

Nesse órgão, que apresenta a forma de pêra invertida, mas pode ter sua forma variada, assim
como o tamanho, posição e a estrutura, é possível observar as seguintes subdivisões:

- Fundo do útero: região acima dos óstios das tubas uterinas;


- Corpo do útero: região que se comunica de cada lado com as tubas uterinas através dos
óstios das tubas uterinas;
- Istmo: região estreita e curta, inferior ao corpo do útero;
- Colo do útero: região que faz projeção na vagina comunicando-se com ela através do óstio do
útero.

O útero também apresenta três camadas;

Endométrio (interna): região que é preparada para a implantação do óvulo fecundado, sendo
assim, sofre modificações com a fase do ciclo menstrual, uterino ou na gravidez;

Miométrio (média): camada constituída por fibras musculares lisas; é também a camada mais
espessa, sendo responsável pelas contrações (devido ao músculo liso);

Perimétrio ou externa: constituída pelo peritônio, envolvendo externamente o útero.

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É importante destacar que, o endométrio, mensalmente, prepara-se para receber o óvulo
fecundado, como dito anteriormente, dessa forma, ocorre aumento de seu volume com
formação muitas redes capilares. Caso não ocorra a fecundação, essa camada do endométrio
sofre descamação, com hemorragia; logo, a eliminação sangüínea ocorre pela vagina. Esse
fenômeno recebe o nome de menstruação.

Vagina
É o órgão feminino da cópula, além disso, é uma via para a menstruação e também permite a
passagem do feto no parto.

A vagina comunica-se superiormente com a cavidade do útero através do óstio do útero e


inferiormente abre-se no vestíbulo da vagina através do óstio da vagina, o que possibilita sua
comunicação com o meio externo.

O canal do parto é composto pela vagina e pela cavidade do útero. Esse canal possibilita a
passagem do feto no momento do nascimento.

Nas mulheres virgens, o óstio da vagina é parcialmente fechado pelo hímem, que é uma
membrana pouco espessa de tecido conjuntivo, forrada por mucosa interna e externamente,
além de possuir pequena vascularização. Sua abertura é em forma de meia-lua. As carúnculas
himenais são os restos de fragmentos após a ruptura do hímem.

Há ainda uma estrutura denominada fórnice da vagina, que é uma parte em contato com a
região do colo do útero. Cabe ressaltar que nessa região pode haver alojamento de
espermatozóides.

Órgãos Genitais Externos


Os órgãos genitais externos femininos, no conjunto, também são chamados de PUDENTO
feminino.

Monte do Púbis: Órgão genital externo. É uma elevação mediana, localizada anteriormente à
sínfese púbica e há principalmente em sua composição, tecido adiposo. Após a puberdade
apresenta pêlos espessos que dispõem-se de forma característica.

Lábios Maiores do pudento ou grandes lábios: São estruturas alongadas sob a forma de
duas pregas cutâneas. Nos lábios maiores há a rima do pudendo, que é uma fenda delimitada
por essas pregas. Apresentam-se cobertos por pêlos e com bastante pigmentação após a
puberdade. As faces internas dos lábios maiores são lisas e sem pêlos.

Lábios Menores do pudento ou pequenos lábios: São duas pregas cutâneas pequenas,
localizadas medialmente aos lábios maiores. Os lábios menores se fundem na região mais
anterior. O espaço entre essas pequenas pregas chama-se vestíbulo da vagina. No vestíbulo
da vagina encontram-se as seguintes estruturas:
- Óstio externo da uretra
- Óstio da vagina;
- Orifícios dos ductos das glândulas vestibulares.
Convém ressaltar que a pele que recobre esses lábios é lisa, úmida e vermelha.

Glândulas Vestibulares Maiores ou glândulas de bartolin: As glândulas vestibulares


maiores são em número de duas, dispostas profundamente, abrindo seus ductos nas
proximidades do vestíbulo da vagina. Essas glândulas secretam um muco durante a relação
sexual que tem por função lubrificar a porção inferior da vagina.

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Glândulas Vestibulares Menores: As glândulas vestibulares menores apresentam-se em
número variável. Seus ductos desembocam na região do vestíbulo da vagina. As glândulas, de
modo geral, produzem secreção no início da cópula para que as estruturas tornem-se úmidas e
propícias à relação sexual.

Estruturas Eréteis: São estruturas compostas por tecido erétil, que dilatam-se como resultado
do ingurgitamento sangüíneo. Como estruturas eréteis femininas, há o clitóris, que apresenta
duas extremidades fixadas ao ísquio e ao púbis, os ramos do clitóris. Os ramos do clitóris
unem-se para formar o corpo do clitóris, que por sua vez estende-se e forma a glande do
clitóris.

É interessante salientar que somente a glande do clitóris é visível. Ela está localizada na região
de fusão dos lábios menores. Essa estrutura é muito sensível e está ligada à excitabilidade
sexual feminina.

Outra estrutura erétil é o bulbo do vestíbulo, que é composto por duas massas de tecido erétil,
alongadas e dispostas como uma ferradura ao redor do óstio da vagina, porém, não são
visíveis, pois são recobertas pelos músculos bulbo-esponjosos. Quando essa estrutura está
preenchida por sangue, dilata-se gerando maior contato entre o pênis e o óstio da vagina.

Curiosidades

Depois de morta, uma mulher pode ter sua idade estimada pela quantidade de rugas
(cicatrizes) que seus ovários apresentam;

Gravidez ectópica tubária: ocorre quando o óvulo, geralmente fecundado na ampola da tuba
uterina, fixa-se à tuba e inicia seu processo de desenvolvimento nesse mesmo local;

O termo vagina é proveniente do latim e significa bainha, pois ela funciona como uma bainha
ao envolver o pênis durante a relação sexual;

Durante a gravidez a aréola torna-se mais escura adquirindo posteriormente essa cor.

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SISTEMA GENITAL MASCULINO
O sistema genital masculino é formado por:

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- Testículos
- Vias espermáticas: epidídimo, canal deferente, uretra.
- Pênis
- Escroto
- Glândulas anexas: próstata, glândulas seminais, glândulas bulbouretrais e glândulas uretrais.

Testículos: Cada testículo é composto por um emaranhado de tubos, os ductos seminíferos


Esses ductos são formados pelas células de Sértoli (ou de sustento) e pelo epitélio germinativo,
onde ocorrerá a formação dos espermatozóides. Em meio aos ductos seminíferos, as células
intersticiais produzem os hormônios sexuais masculinos, sobretudo a testosterona,
responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos e dos caracteres sexuais
secundários:
- Estimulam os folículos pilosos para que façam crescer a barba masculina e o pêlo pubiano.
- Estimulam o crescimento das glândulas sebáceas e a elaboração do sebo.
- Produzem o aumento de massa muscular nas crianças durante a puberdade, pelo aumento
do tamanho das fibras musculares.
- Ampliam a laringe e tornam mais grave a voz.
- Fazem com que o desenvolvimento da massa óssea seja maior, protegendo contra a
osteoporose.

Epidídimos: São dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os espermatozóides
são armazenados.

Canais deferentes: São dois tubos que partem dos testículos, circundam a bexiga urinária e
unem-se ao ducto ejaculatório, onde desembocam as glândulas seminais.

Glândulas seminais: São responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado no
ducto ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático e espermatozóides, entrarão na
composição do sêmen.
O líquido das glândulas seminais age como fonte de energia para os espermatozóides e é
constituído principalmente por frutose, apesar de conter fosfatos, nitrogênio não protéico,
cloretos, colina (álcool de cadeia aberta considerado como integrante do complexo vitamínico
B) e prostaglandinas (hormônios produzidos em numerosos tecidos do corpo. Algumas
prostaglandinas atuam na contração da musculatura lisa do útero na dismenorréia – cólica
menstrual, e no orgasmo; outras atuam promovendo vasodilatação em artérias do cérebro, o
que talvez justifique as cefaléias – dores de cabeça – da enxaqueca. São formados a partir de
ácidos graxos insaturados e podem ter a sua síntese interrompida por analgésicos e anti-
inflamatórios).

Próstata: Órgão localizado abaixo da bexiga urinária. Secreta substâncias alcalinas que
neutralizam a acidez da urina e ativa os espermatozóides.

Glândulas Bulbo Uretrais: Sua secreção transparente é lançada dentro da uretra para limpá-
la e preparar a passagem dos espermatozóides. Também tem função na lubrificação do pênis
durante o ato sexual.

Pênis: É considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo formado por dois
tipos de tecidos cilíndricos: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (envolve e protege a
uretra).
Na extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde podemos visualizar a
abertura da uretra. Com a manipulação da pele que a envolve - o prepúcio - acompanhado de
estímulo erótico, ocorre a inundação dos corpos cavernosos e esponjoso, com sangue,
tornando-se rígido, com considerável aumento do tamanho (ereção). O prepúcio deve ser
puxado e higienizado a fim de se retirar dele o esmegma (uma secreção sebácea espessa e
esbranquiçada, com forte odor, que consiste principalmente em células epiteliais descamadas

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que se acumulam debaixo do prepúcio). Quando a glande não consegue ser exposta devido ao
estreitamento do prepúcio, diz-se que a pessoa tem fimose.

Uretra: É comumente um canal destinado para a urina, mas os músculos na entrada da bexiga
se contraem durante a ereção para que nenhuma urina entre no sêmen e nenhum sêmen entre
na bexiga. Todos os espermatozóides não ejaculados são reabsorvidos pelo corpo dentro de
algum tempo.

Escroto: Os espermatozóides não podem se desenvolver adequadamente na temperatura


normal do corpo (36,5°C). Assim, os testículos se localizam na parte externa do corpo, dentro
do Escroto, que tem a função de termorregulação (aproximam ou afastam os testículos do
corpo), mantendo-os a uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3 °C abaixo da corporal.

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ROTEIRO DO SISTEMA GENITAL

CURSOS: Biologia, Biomedicina, Farmácia e Nutrição


1º semestre
PROFESSOR: Bárbara Borges

DISCIPLINA: Anatomia
2014

ACADÊMICO (a):

1- No esquema abaixo, que mostra parte do aparelho genital feminino, em geral os fenômenos
de nidação, fertilização e segmentação do ovo ocorrem, respectivamente, nas regiões
indicadas por:

a) III, I e II b) I, II e III c) I, III e II d) III, II e I e) II, I e III

2-Os ovários são duas glândulas situadas uma em cada lado do útero, abaixo das trompas.
Produzem os óvulos e também os hormônios sexuais femininos. Assinale a alternativa que
indica quais hormônios são produzidos pelos ovários.

a) estrógeno e progesterona;

b) estrógeno e testosterona;

c) progesterona e testosterona;

d) testosterona e hormônio estimulador das células intersticiais;

e) ICSH e estrógeno.

3-No sistema genital feminino, entre a borda do hímen e os pequenos lábios, abrem-se canais
de glândulas que, sob a ação de estímulos sexuais, produzem um líquido que lubrifica a
vagina. Marque a alternativa que contém o nome dessas glândulas.

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a) glândulas de Cowper; b) glândulas bulbouretrais;

c) glândulas sebáceas; d) glândula pituitária;

e) glândulas de Bartholin.

4-A esterilização masculina chamada vasectomia é um método contraceptivo que só deve ser
utilizado por homens que não desejam mais ter filhos, pois sua reversão é muito difícil. O
processo da vasectomia consiste em:

a) inutilizar os tubos seminíferos para que os espermatozóides não sejam mais produzidos.
b) seccionar os canais deferentes, não sendo mais possível eliminação dos espermatozóides.
c) remover a vesícula seminal para que o sêmen fique bastante diminuído.
d) inocular hormônios para dificultar a ereção do pênis.
e) alterar o funcionamento da próstata, reduzindo a quantidade de espermatozóides produzida.

5- O que ocorre normalmente no útero de uma mulher quando o óvulo não é fecundado? Por
que isso ocorre?

6-Dê a função das seguintes estruturas:

a) placenta

b) testículos

c) ovários

7- Observe a legenda:

1. trompa de falópio
2. testículo
3. duto ejaculador
4. vagina
5. canal deferente
6. epidídimo
7. uretra
8. útero

Para que a fecundação ocorra, o espermatozóide deverá percorrer:


a) 2 - 6 - 5 - 3 - 7 - 4 - 8 - 1
b) 6 - 5 - 4 - 3 - 7- 8 - 1 - 2
c) 4 - 7 - 6 - 5 - 1 - 2 - 3 - 8
d) 3 - 2 - 5 - 7 - 6 - 4 - 8 - 1
e) 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 – 8

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8- O útero é internamente revestido por um tecido rico em glândulas, em vasos sanguíneos e
em vasos linfáticos, chamamos esse tecido de:
A) endometriose
B) ovidutos
C) endométrio
D) ovócitos
E) miométrio

9-Observe o esquema.

Identifique
a) O órgão produtor de gametas.
b) As estruturas indicadas pelas setas 3, 2, 8 e 4.

10-Nos mamíferos, de modo geral, os testículos ficam alojados no saco escrotal e fora da
cavidade abdominal. Essa determinação ou característica biológica está relacionada com o(a):

A) peso do saco escrotal.


B) sensibilidade do processo de espermatogênese a temperaturas acima de 33º.
C) inibição do processo de ejaculação precoce.
D) sensibilidade dos corpos cavernosos à temperatura de 37º.
E) NRA

11-O uso de preservativo masculino ("camisinha") tem sido amplamente divulgado e


estimulado nos dias de hoje. Várias são suasindicações, como:

a). evitar doenças como sífilis e gonorréia.


b). controle de natalidade.
c). bloqueio da produção de gametas masculinos.
d). prevenção da Aids.
e). controle da ovulação

12-O esquema a seguir representa, de modo simplificado, uma seção vertical de algumas
estruturas do abdome de uma mulher.No esquema, os órgãos do sistema reprodutor estão
representados por:

(A) 1, 2 e 6.
(B) 1, 2, 3 e 4.
(C) 1, 2, 6 e 7.
(D) 3, 4, 5 e 6.
(E) 3, 4, 5, 6 e 7

13-Assinale a alternativa que mostra a(s) estrutura(s) compartilhada(s) pelos sistemas excretor
e
reprodutor dos homens.

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A) Os testículos.
B) A uretra.
C) Os ureteres.
D) Os vasos deferentes.
E) A próstata

14-A mulher cessa a sua produção de gametas na menopausa. O homem, diferentemente, tem
condições de produzir gametas após o seu amadurecimento sexual e enquanto estiver
sexualmente ativo. O seu aparelho reprodutor é adaptado para produzir e armazenar
espermatozóides continuamente. Marque a opção que indica o enovelado de túbulos localizado
sobre os testículos que recebe os espermatozóides, os quais terminam a sua maturação,
ficando armazenados até o ato sexual.

A) A próstata
B) O epidídimo
C) Os túbulos seminíferos
D) A vesícula seminal
E) Escroto

15-A esterilização masculina chamada vasectomia é um método contraceptivo que só deve ser
utilizado por homens que não desejam mais ter filhos, pois sua reversão é muito difícil. O
processo da vasectomia consiste em:

a) inutilizar os tubos seminíferos para que os espermatozóides não sejam mais produzidos.
b) seccionar os canais deferentes, não sendo mais possível eliminação dos espermatozóides.
c) remover a vesícula seminal para que o sêmen fique bastante diminuído.
d) inocular hormônios nos testículos para dificultar a ereção do pênis.
e) alterar o funcionamento da próstata, reduzindo a quantidade de espermatozóides produzida

94
ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA DE ANATOMIA
HUMANA

ASSUNTO: SISTEMA URINÁRIO

O Aparelho urinário ou sistema urinário é um conjunto de órgãos envolvidos com a


formação, depósito e eliminação da urina. O aparelho é formado por dois rins, dois ureteres,
uma bexiga e uma uretra. Os materiais inúteis ou prejudiciais ao funcionamento do organismo,
não são assimilados, sendo assim eliminados.Os materiais desnecessários ao funcionamento
do corpo humano e por ele expelidos não são iguais. As células produzem muitos resíduos que
são produtos de seus Metabolismos e que devem ser eliminados (excretados) do organismo,
além de substâncias que estão em excesso no sangue. Tais resíduos são chamados excretas.
Juntamente com as substâncias rejeitadas, o aparelho urinário filtra e elimina também água. A
eliminação de água é necessária seja porque essas substâncias estão dissolvidas no plasma,
que é constituído, na sua maior parte, de água, seja porque também a quantidade de água
presente no sangue e nos tecidos deve ser mantida constante. Os resíduos formados a partir
das reações químicas que ocorrem no interior das células podem ser eliminados através:

 Do sistema urinário através da urina


 Da pele através do suor
 Do sistema respiratório (eliminando o gás carbônico)

• Conceitos

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1. Urina é formada pelo excesso de líquido e sais minerais que ao ser eliminado
contribuem para a homeostase.

2. Homeostase consiste no equilíbrio interno constante da concentração de substância


como a água, sódio, potássio, cálcio, hidrogênio e resíduos de metabolismo como uréia
e creatinina. A homeostase é mantida por vários sistemas e órgãos

a. Sistema digestório - fornece os nutrientes e elimina resíduos

b. Sistema respiratório - fornece O2 e elimina CO2 e água

c. Pele - elimina suor com água e sais e amônia e uréia

RINS:

Órgão par, retroperitoneal, localizado ao lado da coluna e sobre o músculo psoas; tem a forma
de feijão de coloração marrom-avermelhada; mede aproximadamente 12 a 13 cm de
comprimento, 5cm de largura e 3cm de espessura, pesa 130g a 150g.

Cerca de 5 litros de sangue são bombeados pelo coração em cada minuto. Aproximadamente
1.200 ml, ou seja, pouco mais de 20% deste volume flui, neste mesmo minuto, através dos
nossos rins. Trata-se de um grande fluxo se considerarmos as dimensões anatómicas destes
órgãos. O sangue entra em cada rim através da artéria renal. No interior de cada rim, cada
artéria renal se ramifica em diversas artérias interlobares que se ramificam em artérias
arqueadas que, por sua vez, ramificam-se em numerosas artérias interlobulares. Cada artéria
interlobular, no córtex renal, ramifica-se em numerosas arteríola aferentes. Cada arteríola
aferente ramifica-se num tufo de pequenos capilares denominados, em conjunto, glomérulos.
Os glomérulos, milhares em cada rim, são formados, portanto, por pequenos enovelados de
capilares.Na medida em que o sangue flui no interior de tais capilares, uma parte filtra-se
através da parede dos mesmos. O volume de sangue filtrado a cada minuto corresponde a,
aproximadamente, 125 ml. Este sangue filtrado acumula-se, então, no interior de uma cápsula
que envolve os capilares glomerulares (cápsula de Bowman). A cápsula de Bowman é formada
por 2 membranas: uma interna, que envolve intimamente os capilares glomerulares e uma

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externa, separada da interna. Entre as membranas interna e externa existe uma cavidade, por
onde se acumula o filtrado glomerular.O filtrado glomerular, tem o aspecto aproximado de um
plasma: um líquido claro, sem células. Porém, diferente do plasma, tal filtrado contém uma
quantidade muito reduzida de proteínas (aproximadamente 200 vezes menos proteínas), pois
as mesmas dificilmente atravessam a parede dos capilares glomerulares. O filtrado passa a
circular, então, através de um sistema tubular contendo distintos segmentos: Túbulo
Contornado Proximal, Alça de Henle, Túbulo Contornado Distal e Ducto Colector.

 Túbulo Contornado Proximal

Ao passar pelo interior deste segmento, cerca de 100% da glicose é reabsorvida (transporte
activo) através da parede tubular e retornando, portanto, ao sangue que circula no interior dos
capilares peritubulares, externamente aos túbulos.

Ocorre também, neste segmento, reabsorção de 100% dos aminoácidos e das proteínas que
porventura tenham passado através da parede dos capilares glomerulares.

Neste mesmo segmento ainda são reabsorvidos aproximadamente 70% dos íons Na+ e de Cl-
(estes últimos por atracão iónica, acompanhando os cátions. A reabsorção de NaCl faz com
que um considerável volume de água, por mecanismo de osmose, seja também reabsorvido.

Desta forma, num volume já bastante reduzido, o filtrado deixa o túbulo contornado proximal e
atinge o segmento seguinte: a Alça de Henle.

 Alça de Henle

Esta se divide em dois ramos: um descendente e um ascendente. No ramo descendente a


membrana é bastante permeável à água e ao sal (NaCl). Já o mesmo não ocorre com relação
à membrana do ramo ascendente, que é impermeável à água e, além disso, apresenta um
sistema de transporte ativo que promove um bombeamento constante de íons sódio do interior
para o exterior da alça, carregando consigo íons cloreto (por atração iónica).

Devido às características descritas acima, enquanto o filtrado glomerular flui através do ramo
ascendente da alça de Henle, uma grande quantidade de íons sódio é bombeada activamente
do interior para o exterior da alça, carregando consigo íons cloreto. Este fenómeno provoca um
acumulo de sal (NaCl) no interstício medular renal que, então, se torna hiperconcentrado.

Essa osmolaridade elevada faz com que uma considerável quantidade de água
constantemente flua do interior para o exterior do ramo descendente da alça de Henle (este
segmento é permeável à água e ao NaCl) enquanto que, ao mesmo tempo, NaCl flui em
sentido contrário, no mesmo ramo.

Portanto, o seguinte fluxo de íons e de água se verifica através da parede da alça de Henle: No
ramo descendente da alça de Henle flui, por difusão simples, NaCl do exterior para o interior da
alça, enquanto que a água, por osmose, flui em sentido contrário (do interior para o exterior da
alça).

No ramo ascendente da alça de Henle flui, por transporte ativo, NaCl do interior para o exterior
da alça.

 Túbulo Contornado Distal

Neste segmento ocorre um bombeamento constante de íons sódio do interior para o exterior do
túbulo. Tal bombeamento se deve a uma bomba de sódio e potássio que, ao mesmo tempo em
que transporta activamente sódio do interior para o exterior do túbulo, faz o contrário com íons
potássio. Esta bomba de sódio e potássio é mais eficiente ao sódio do que ao potássio, de
maneira que bombeia muito mais sódio do interior para o exterior do túbulo do que o faz com

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relação ao potássio em sentido contrário. O transporte de íons sódio do interior para o exterior
do túbulo atrai íons cloreto (por atracão iónica). Sódio com cloreto formam sal que, por sua vez,
atrai água. Portanto, no túbulo contornado distal do néfron, observamos um fluxo de sal e água
do Lumen tubular para o interstício circunvizinho.

A quantidade de sal + água reabsorvidos no túbulo distal depende bastante do nível plasmático
do hormônio aldosterona, secretado pelas glândulas supra-renais. Quanto maior for o nível de
aldosterona, maior será a reabsorção de NaCl + H2O e maior também será a excreção de
potássio.

O transporte de água, acompanhando o sal, depende também de um outro hormônio: ADH


(hormônio antidiurético), secretado pela neuro-hipófise. Na presença do ADH a membrana do
túbulo distal se torna bastante permeável à água, possibilitando sua reabsorção. Já na sua
ausência, uma quantidade muito pequena de água acompanha o sal, devido a uma acentuada
redução na permeabilidade à mesma neste segmento.

 Ducto Colector

Neste segmento ocorre também reabsorção de NaCl acompanhado de água, como ocorre no
túbulo contornado distal. Da mesma forma como no segmento anterior, a reabsorção de sal
depende muito do nível do hormônio aldosterona e a reabsorção de água depende do nível do
ADH. Responsável por coletar, concentrar e transportar a Urina. O Ductor colector não faz
parte do Nefron.

A urina é composta de aproximadamente 97% de água. Os principais excretas da urina


humana são: a uréia, o cloreto de sódio e o ácido úrico.

 Formação da Urina

Os tecidos recebem do sangue as substâncias nutritivas. Os compostos químicos tóxicos que


neles se formam como resultado do complexo fenômeno da nutrição devem ser eliminadas do
organismo evitando assim a intoxicação:

1. Os rins, que filtram o sangue e são os verdadeiros órgãos ativos no trabalho de


seleção das substâncias de rejeição
2. Dos bacinetes renais com os respectivos ureteres, a urina passa a bexiga, que é o
reservatório da urina
3. Da uretra a urina é excretada do organismo.

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NEFRÓN:

O Nefrón e a unidade funcional do Rim.

Cada rim contem cerca de um milhão de nefróns, cada um deles capaz de forma urina. O rim
não pode regenerar novos nefróns. Portanto com a lesão renal, doença ou envelhecimento, há
um gradual declínio no número de nefróns. Cada nefrón contém um grupo de capilares
glomerulares chamados glomérulos, pelo qual grandes quantidades de líquidos são filtrados do
sangue, e um longo túbulo, no qual o liquido filtrado é convertido em urina no trajeto para a
pelve renal.Os glomérulos apresentam uma pressão hidrostática alta e todo o glomérulo está
envolvido pela cápsula de Bowman. O liquido filtrado dos capilares glomérulares flui para o
interior da cápsula de Bowman e dai para o interior do túbulo proximal. A partir do túbulo
proximal, o liquido flui para a alça de Henle, a qual mergulha no interior da medula renal. Cada
alça consiste em um ramo ascendente e um descendente. No final do segmento espesso do
ramo ascendente está um segmento curto, que na realidade é uma placa na parede do túbulo
chamada de mácula densa. A mácula densa tem um papel importante na função do néfron.
Depois da mácula densa o liquido entra no túbulo distal, que como o túbulo proximal, situa-se
no córtex renal. Este é seguido pelo túbulo conector e o túbulo coletor cortical, que leva ao
ductor coletor cortical. Os ductor coletores se unem para formar ductos progressivamente
maiores que se esvaziam na pelve renal através das papilas renais. A principal função do
sistema urinário é produzir e eliminar a urina do corpo, o rim tem 12 cm de comprimento, cor
vermelho-escuro, a quantidade de urina eliminada por dia é de 1L a 1,5L.

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Resumindo....

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URETERES:

Transportam urina da pelve renal para bexiga urinária. Os ureteres passam sob a bexiga
urinária por vários centímetros, o que faz a bexiga comprimi-los e assim impedir o refluxo de
urina quando a pressão se acumula na bexiga urinária durante a micção.

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A parede do ureter consiste em três camadas:

1. A camada interna do ureter é a túnica mucosa, que contém epitélio de transição com uma
camada subjacente de tecido areolar.
-O epitélio de transição distende.
-O muco secretado pelas células caliciformes impede o contato das células com a urina.
2. Músculo liso.
3. Tecido conjuntivo.

BEXIGA:

A bexiga urinária localiza-se na cavidade pélvica. A função da bexiga é armazenar a urina que
vem continuamente dos ureteres até a sua eliminação. Num adulto, pode armazenar um
volume de 500ml a 800ml em média (em geral, os homens podem reter um volume maior).

Partes 4 faces: 1 anterior


2 ínfero-laterais
1 posterior (fundo ou base)

Relação anatômica

- superior: intestino delgado, sigmóide e útero


- inferior: vesículas seminais e ductos deferentes

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Figura: Posicionamento da bexiga em relação aos aparelhos genitais feminino e masculino.

Macroscopia : Quando vazia apresenta pregas longitudinais, coloração amarelo-pálida.

Trígono vesical: formado pela uretra e ureteres, mucosa lisa e plana.

Estrutura: mucosa epitélio de transição

Mecanismo da micção:

1. Bexiga cheia ativa reflexo espinhal que determina a contração da musculatura das
paredes da bexiga, resultando em micção.
2. Impulsos do encéfalo podem facilitar ou inibir o reflexo de esvaziamento da bexiga;
com treinamento, pode ocorrer sob controle voluntário.

Fluxo de urina:

Cápsula de Bowman ® túbulo contorcido proximal ® segmento reto do túbulo proximal


(descendente da alça de Henle) ® alça de Henle ou alça longa ® alça reta do túbulo distal
(ascendente) ® túbulo contorcido distal ® ductos coletores ® pirâmides renais ® cálices
menores

URETRA

É um tubo fibromuscular que serve de passagem da urina da bexiga para o exterior. No homem
serve também como passagem para o sêmen.

Masculina
Mede cerca de 20 cm. Tem 3 partes:
- prostática - 3 cm é a mais dilatada, atravessa a próstata
- membranácea 1 a 2 cm (+ curta, estreita, rompe fácil) atravessa o diafragma urogenital
- esponjosa atravessa o pênis

Estrutura
-mucosa espessura variada, óstios de pequenas glândulas uretrais
-muscular (liso e esquelético)

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Feminina

Mede cerca de 4 cm, é distensível. Está entre os pequenos lábios, na frente da vagina, abaixo
do clitóris.

Estrutura
-mucosa (óstios de pequenas glândulas uretrais)
-muscular (não tem na parte inferior da uretra)

ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA DE ANATOMIA HUMANA

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ASSUNTO: SISTEMA TEGUMENTAR

CURSOS: Biologia, Biomedicina, Farmácia e Nutrição


1º semestre
PROFESSOR: Bárbara Borges

DISCIPLINA: Anatomia
2014

ACADÊMICO (a):

Sistema tegumentar é o sistema de proteção dos corpos dos seres vivos e engloba a pele,
pêlos e unhas. Ele é composto por camadas como derme e epiderme (parte mais externa).
Reveste todos os órgãos vivos e constitui barreira de proteção contra a entrada de micro-
organismos no ser vivo.

A pele (cútis ou tez), em anatomia, é o órgão integrante do sistema tegumentar(junto ao


cabelo e pêlos, unhas, glândulas sudoríparas e sebáceas), que tem por principais funções a
proteção dos tecidos subjacentes, regulação da temperatura somática, reserva de nutrientes e
ainda conter terminações nervosas sensitivas.

A pele é o revestimento externo do corpo, considerado o maior órgão do corpo humano e o


mais pesado. Compõe-se da pele propriamente dita e da tela subcutânea.

A pele humana é um órgão complexo responsável por diversas funções fundamentais á vida
humana; suas funções são:

 Proteger o nosso corpo contra a ação de agentes físicos, químicos e


biológicos;
 Responsável pela sensibilidade táctil;
 Manutenção da temperatura corporal.

O funcionamento da pele é surpreendente; nela se encontra um dos sentidos que temos mais
desenvolvidos: o tato. A pele é encarregada de receber os estímulos do exterior através dos
corpúsculos e terminações nervosas que estão situadas no seu interior e, depois de os traduzir
e interpretar, enviar os seus próprios estímulos ou respostas.

A pele é a primeira responsável quando sentimos uma carícia e a ela reagimos com agrado ou
desagrado, ou quando notamos o calor produzido pelo fogo e o nosso cérebro nos ordena que
nos afastemos. Quando as temperaturas são elevadas ou faz frio, a pele é a primeira a
perceber estas sensações e avisa-nos, fazendo-nos suar ou tremer de frio.

Os estímulos sensoriais chegam á pele e depois para o cérebro que nos diz como é que temos
de reagir. Ficar vermelho porque alguma coisa nos envergonhou ou suar porque temos medo,
são duas inumeráveis resposta emocionais com reflexo na pele.

Nos seres humanos existe uma parte muito importante do córtex cerebral destinado a
coordenar as funções da pele. Muitos dos nossos sentimentos são exteriorizados através das
expressões faciais e com a pele sã e cuidada é muito mais fácil exprimir essas sensações.

O nome anatômico internacional é cútis. A pele é o maior órgão do corpo humano, constituindo
15% do peso corporal, cobrindo quase todo o corpo à exceção dos orifícios genitais e
alimentares, olhos e superfícies mucosas genitais.

 Área total no adulto- aproximadamente 2m;


 Espessura variável de 1 a 4 mm;
 A elasticidade da pele diminui com o avanço da idade;
 Possui três camadas- Epiderme ,Derme e Hipoderme;

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 A pele apresenta três camadas: a epiderme, a derme e o hipoderme subcutâneo
(tecnicamente externo à pele, mas relacionado funcionalmente). Há ainda vários
órgãos anexos, como folículos pilosos, glândulas sudoríparas e sebáceas; ou penas,
escamas e cascos.
 A pele é praticamente idêntica em todos os grupos étnicos humanos.

Nos indivíduos de pele escura, os melanócitos produzem mais melanina que naqueles de pele
clara, porém o seu número é semelhante.

A pele é responsável pela termorregulação, pela defesa, pela percepção e pela proteção.Ela
nos protege das doenças, porém não é 100% eficaz, podendo deixar entrar larvas de
esquistossomos e do ancilóstomo.

EPIDERME:

A epiderme é uma camada com profundidade diferente conforme a região do corpo. Zonas
sujeitas a maior atrito como palmas das mãos e pés têm uma camada mais grossa (conhecida
como pele glabra por não possuírem pelos), e chegam a até 2 mm de espessura.

A epiderme é constituída por um epitélio estratificado pavimentos o queratinizado (células


escamosas em várias camadas). A célula principal é o queratinócito (ou ceratinócito), que
produz a queratina. A queratina é uma proteína resistente e impermeável responsável pela
proteção.

Existem também ninhos de melanócitos (produtores de melanina, um pigmento castanho que


absorve os raios UV); e células imunitárias, principalmente células de Langerhans, gigantes e
com prolongamentos membranares. A epiderme não possui vasos sanguíneos, porque se nela
houvesse vasos ficaria mais sujeita a ser "penetrada" por microorganismos. Os nutrientes e
oxigênio chegam à epiderme por difusão a partir de vasos sanguíneos da derme. A epiderme
apresenta várias camadas. A origem da multiplicação celular é a camada basal.

Todas as outras são constituídas de células cada vez mais diferenciadas que, com o
crescimento basal, vão ficando cada vez mais periféricas, acabando por descamar e cair (uma
origem importante do pó que se acumula nos locais onde vivem pessoas ou outros seres
vivos).

Camada basal é o mais profundo, em contacto com derme, constituído por células cúbicas
pouco diferenciadas que se dividem continuamente, dando origem a todas as outras camadas.
Contém muito pouca queratina. Algumas destas células diferenciam-se e passam para as
camadas mais superficiais, enquanto outras permanecem na camada basal e continuam a se
dividir.

DERME:

A derme é um tecido conjuntivo que sustenta a epiderme. É constituído por elementos


fibrilares, como o colágeno e a elastina e outros elementos da matriz extracelular, como
proteínas estruturais, glicosaminoglicanos, íons e água de solvatação. Os fibroblastos são as
células envolvidas com a produção dos componentes da matriz extracelular.

A derme é subdividida em duas camadas: a camada papilar em contacto com a epiderme,


formada por tecido conjuntivo frouxo, e a camada reticular, constituída por tecido conjuntivo
denso não modelado, onde predominam as fibras colagenosas.

É na derme que se localizam os vasos sanguíneos e linfáticos que vascularizam a epiderme e


também os nervos e os órgãos sensoriais a eles associados. Estes incluem vários tipos de
sensores.
 Corpúsculo de Vater-Pacini, sensíveis á pressão
 Corpúsculo de Meissner com função de detecção de pressões de freqüência diferente.

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 Corpúsculo de Krauser, sensíveis ao frio (pele glabra).
 Órgão de Ruffini, sensíveis ao calor.
 Célula de Merckel, sensíveis a tacto e pressão.
 Folículo piloso, com terminações nervosas associadas.
 Terminação nervosa livre, com dendritos livres sensíveis à dor e temperatura.

HIPODERME:

A hipoderme, já não faz parte da pele. É constituída por tecido adiposo que protege contra o
frio. É um tecido conjuntivo frouxo ou adiposo que faz conexão entre a derme e a fáscia
muscular e a camada de tecido adiposo é variável à pessoa e localização.

Funções: reservatório energético; isolante térmico; modela superfície corporal; absorção de


choque e fixação dos órgãos.

GLÂNDULAS DA PELE:

 Sudoríparas- secretam o suor. Abundantes nas palmas das mão e plantas dos pés.
 Sebáceas- secretam o sebo, cuja a função é lubrificar a pele e os pelos.

TIPOS DE PELE:

 Pele epidérmica: tem superfície lisa, flexível, lubrificante e umedecida. É aquela onde
ocorre um equilíbrio entre o conteúdo hídrico e o conteúdo graxo.
 Pele graxa: emulsão tipo A/O. Aumento de secreção sebácea.
 Pele alípica: secreção sebácea insuficiente e secreção hídrica normal.
 Pele desidratada: caracterizada pela diminuição hídrica normal e secreção sebácea
normal.
 Pele hidratada: aumento de teor hídrico. Hiperidrose
 Pele mista: ocorrência de pele graxa na zona central do rosto e pele alípica nas
bochechas.

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UM POUCO DE FISIOLOGIA....

A pele é um órgão muito mais complexo do que aparenta. A sua função principal é a proteção
do organismo das ameaças externas físicas. No entanto, ela tem também funções imunitárias,
é o principal órgão da regulação do calor, protegendo contra a desidratação. Tem também
funções nervosas, constituindo o sentido do tacto e metabólicas, como a produção da vitamina
D.

A epiderme secreta proteínas e líquidos (a principal, é a queratina) que protegem contra a


invasão por parasita se a injúria mecânica e o atrito. Contra esta também é fundamental o
tecido conjuntivo da derme, no qual os fibrócitos depositam proteínas fibrilares com
propriedades de resistência à tração e elasticidade, como os colágenos e a elastina.A
melanina produzida pelos seus melanócitos protege contra a radiação, principalmente UV. Sua
quantidade aumentada produz bronzeamento da pele.

Uma das funções vitais da pele é a proteção contra a desidratação. Os seres humanos são
animais terrestres, e necessitam de proteger os seus corpos principalmente compostos de
água contra a evaporação excessiva e desidratação e o subseqüente choque hipovolêmico e
morte, que seriam inevitáveis num meio seco e quente. É comum vítimas de queimaduras
graves entrarem em choque hipovolêmico (sangue com pouco volume devido à perda de água)
se perderem superfície cutânea extensamente.

A pele protege da desidratação por dois mecanismos. As junções celulares como tight
junctions e desmossomas dão coesão às células da epiderme e a sua superfície contínua de
membrana lipídica impede a saída de água (que não se mistura com líquidos).

A pele também é um órgão sensorial, constituindo o sentido do tacto. Ela apresenta numerosas
terminações nervosas, algumas livres, outras com comunicação com órgãos sensoriais
especializados, como células de Merckel folículos pilosos. A pele tem capacidade de detectar
sinais que criam as percepções da temperatura, movimento, pressão e dor. É um órgão
importante na função sexual.

CICLO CELULAR DA PELE:

A pele normal produz cerca de 1250 células por dia para cada centímetro quadrado e essas
células são provenientes de 27000 células; a pele do doente de psoríase produz 35000 novas
células a cada dia para cada centímetro quadrado e essas células provêm de 52000 células. A
duração normal do ciclo celular da pele é de 311 horas, mas se reduz para 36 na pele
psoriática.

ANEXOS DA PELE:

PÊLOS

Pêlos são finos bastões de queratina produzidos pela compactação de restos de células
epidérmicas mortas. O que crescem no couro cabeludo são chamados de cabelo. Um pêlo se
forma no interior de um tubo de células epidérmicas que se aprofunda derme a dentro, o
folículo piloso. No fundo de folículo ocorre a produção de células que sintetizam queratina,
morrem e se compactam na base do pêlo, levando ao seu crescimento. Cada folículo piloso
esta ligado a um pequeno músculo eretor, que permite a movimentação do pelo, e a uma ou
mais glândulas sebáceas, que o lubrificam.

CAMADAS DOS PÊLOS:


 Cutícula – é uma delicada camada de escamas achatadas e transparentes, imbricadas
uma nas outras, formadas por restos de células mortas e queratinizadas

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 Córtex – localizado abaixo da cutícula firmemente preso a ela, é formado por restos de
células alongadas, repletos de fibras de queratina dispostas. Esse conjunto de fibras,
que percorre o pelo desde a base até a extremidade livre é responsavel por sua forma,
elasticidade e resistência.
 Medula – como é chamada a porção central do pelo, é constituída por restos de células
repletos de grânulos de eleidina, uma substancia semelhante a queratina, e por
pequenos espaços cheios de ar.

Os pêlos estão presentes em todo corpo humano, com exceção da palma das mãos, da planta
dos pés, e de certas partes dos órgãos genitais. Uma pessoa tem em média, 5 milhões de
folículos pilosos no corpo, sendo que entre 10 mil e 150 mil ficam na cabeça.

Os folículos pilosos alternam fases de produção do pelo com fases de repouso. A duração
dessas fases variam nas diferentes partes do corpo e determina o comprimento final que um
pelo pode atingir.

Exemplo: no couro cabeludo, cada folículo tem, em media, fases de atividade ininterrupta de 3
a 5 anos, durante as quais produz um fio de cabelo a razão de 0,4 milímetros por dia,
intercaladas com fases de inatividade de cerca de 4 meses.

FUNÇÕES DOS PÊLOS:

Imagine-se usando um casaco lá fora, em um dia ensolarado de janeiro. À medida que você
caminha, seu corpo esquenta rapidamente. Depois de 30 minutos cozinhando dentro do
casaco, você abre o zíper e sente o ar frio tocando sua pele. Se tivéssemos o pêlo grosso
como os dos chimpanzés, nos sentiríamos presos dentro de um casaco permanente,
especialmente quando a temperatura subisse.

Os mamíferos têm um mecanismo interno chamado termorregulação, que permite que o


cérebro ajuste a temperatura dentro de seus corpos. Mas há limites para essa variação e, para
os humanos, essa variação é mais limitada na ponta mais quente da escala. Se sua
temperatura interna aumentar mais que uma dúzia ou mais de graus, você provavelmente
morrerá. Para evitar que seu corpo superaqueça, você transpira. Mas para que a transpiração
faça seu trabalho, resfriando o corpo pela evaporação, não pode haver muito pelo grosso no
caminho.

As diferenças nas fases de crescimento, no tamanho dos folículos pilosos e da densidade das
hastes capilares também definem os diferentes tipos de pêlos do corpo humano.

No útero, os fetos são cobertos por cabelos minúsculos chamados lanugo. Logo após o
nascimento, os bebês têm uma penugem, ou melhor, pelos sem pigmento, pelo corpo. Quando
a puberdade chega, as penugens dão lugar para os pelos finais grossos em lugares como
axilas e genitais. Os pêlos mais longos e finos da cabeça, sobrancelhas e cílios também são
finais.

Embora os pelos que vemos do lado de fora de nossos corpos possam parecer estar
crescendo ativamente, a ação real se passa abaixo da superfície da nossa pela, ou epiderme.

As células dentro dos folículos pilosos se dividem e se multiplicam, e à medida que o espaço
dentro do folículo é preenchido, ele empurra células mortas para fora. Depois que essas células
velhas endurecem e deixam o folículo, elas formam a haste capilar. A haste é composta, em
sua maioria, por tecido morto e uma proteína chamada queratina.

Mas os pelos do corpo humano não crescem indefinidamente. Em vez disso, cada pelo passa
pelas fases ativo e descanso. O processo da divisão celular que aumenta o comprimento da
haste do cabelo é a fase ativa, ou ciclo anágeno. Dependendo do tipo do pelo, o ciclo anágeno
continua por período de 3 a 6 anos, e em seguida diminui para a fase de descanso, ou ciclo
telógeno.

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Como seu cabelo é feito de matéria morta, ele cai durante a fase telógena. Essas durações
variáveis de crescimento explicam por que os pelos de sua cabeça crescem mais do que os
dos seus braços. A fase ativa dos pelos do corpo geralmente dura apenas uns poucos meses,
enquanto a fase ativa do seu escalpo dura alguns anos.

A maioria dos adultos têm cerca de 5 milhões de pelos pelo corpo. Isso é um número
excessivo, mas o tamanho curto do pêlo, e a estrutura fina facilitam nossa reação transpirar-
resfriar. Essa capacidade de suportar o aquecimento possibilitou aos humanos migrar, 1,7
milhão de anos atrás, das áreas cobertas por árvores para as savanas abertas na África.

UNHAS:

A unha é uma estrutura composta por queratina presente na ponta dos dedos da maioria dos
vertebrados terrestres. É produzida por glândulas em sua base que secretam grossas camadas
de queratina, que. Nos humanos e em muitos primatas, as unhas são reduzidas e
arredondadas, o que favorece a precisão na manipulação de objetos com a ponta dos dedos,
além de facilitar a ação de segurar galhos ou objetos com as mãos e pés.e mantêm aderidas à
pele até a sua extremidade.

FUNÇÕES DAS UNHAS: A unha, uma modificação da pele que se compõe de matriz e de
lâmina, tem como função primordial a proteção dos dedos. A função principal das unhas é a de
aumentar a resistência das pontas de nossos dedos ao mesmo tempo garante alguma proteção
à zona de nosso corpo que tem mais chance de receber traumatismos. O crescimento das
lâminas ungueais dos pododáctilos é, aproximadamente, 1mm por mês.

Causas das alterações das unhas dos pés tem causas tais como: congênitas, corte incorreto,
uso de calçado de forma estreita e as chamadas onicopatias que são doenças nas lâminas
ungueais originadas por outras doenças sistêmicas como onicomicose (micose causada por
fungos), doenças cardíacas (as lâminas curvam-se para baixo), doenças renais, tireóides e
diabetes onde as lâminas apresentam onicosclerose (espessamento das lâminas) e anemia
(tomam formato de telha).

PARTES DA UNHA HUMANA:

As unhas são feitas de uma proteína rígida chamada queratina e são uma forma modificada
dos cabelos , são compostas por:

A margem livre é a parte da unha que se estende além do dedo. Não há terminações nervosas
nessa região, logo não sentimos dor ao cortá-la.

 A matriz ungueal ou raiz da unha - é a porção proximal da unha que cresce. Está
embaixo da pele.
 Eponiquio ou cutícula- que é uma dobra de pele na porção proximal da unha.
 Paroniquina que é a dobra de pele nos lados da unha.
 Hiponiquio - que é um fixação entre a pele do dedo e a porção distal da unha.
 Lânima ungueal- que é a parte que nós pensamos quando dizemos unha, a porção
rígida e translúcida, composta de queratina.
 Leito ungueal- que é o tecido conjuntivo aderente que está fortemente aderido à lâmina
ungueal. Possui uma grande quantidade de terminações nervosas.
 Lúnula -que é a parte branca convexa do leito da unha.
 Prega ungueal- uma prega da pele dura sobreposta como de base de uma unha.

Vejamos a figura....

1- Lâmina ungueal: o que se convenciona chamar de unha; porção rígida e translúcida,


composta de queratina.
2- Paroníquia: a dobra de pele nos lados da unha.
3- Lúnula: a parte branca convexa do leito da unha.

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4-Eponíquio: a região entre a finalização da pele do dedo na face superior da unha e a
porção proximal da unha.

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