O documento descreve a história do órgão Hammond, desde seu precursor Telharmonium até seu apogeu na década de 1960. Laurens Hammond desenvolveu o primeiro órgão elétrico compacto em 1934 utilizando rodas tônicas. Apesar de processos judiciais, o Hammond se popularizou e vendeu milhões de unidades, notadamente o modelo B3. Os drawbars permitem controlar os timbres através de diferentes combinações de frequências.
O documento descreve a história do órgão Hammond, desde seu precursor Telharmonium até seu apogeu na década de 1960. Laurens Hammond desenvolveu o primeiro órgão elétrico compacto em 1934 utilizando rodas tônicas. Apesar de processos judiciais, o Hammond se popularizou e vendeu milhões de unidades, notadamente o modelo B3. Os drawbars permitem controlar os timbres através de diferentes combinações de frequências.
O documento descreve a história do órgão Hammond, desde seu precursor Telharmonium até seu apogeu na década de 1960. Laurens Hammond desenvolveu o primeiro órgão elétrico compacto em 1934 utilizando rodas tônicas. Apesar de processos judiciais, o Hammond se popularizou e vendeu milhões de unidades, notadamente o modelo B3. Os drawbars permitem controlar os timbres através de diferentes combinações de frequências.
Vamos voltar um pouquinho na história para entender o porquê dos
órgãos eletrônicos possuírem os drawbars. Como os órgãos de tubos eram muito grandes e dependiam de grandes espaços e muito dinheiro para se obter, então em 1897, Thaddeus Cahill criou o TELHARMONIUM, que é considerado o primeiro instrumento musical eletrônico. O telharmonium usava alternadores elétricos giratórios que geram tons que podiam ser transmitidos por fios. O instrumento era muito grande para que os seus alternadores pudessem gerar alta tensão para um sinal alto o suficiente, e para isso precisava de vários vagões de trem para o seu transporte. Laurens Hammond que era engenheiro mecânico projetou uma roda tônica, onde podia ouvir as engrenagens em movimento dos seus relógios elétricos e os tons produzidos por eles. Então teve a ideia de juntar peças de um piano e combinou com um gerador de roda-gigante, com uma forma semelhante ao telharmonium, porém muito mais curto e compacto. Como Hammond não era músico, pediu ao tesoureiro assistente da empresa que trabalhava, para ajudá-lo a alcançar o som de órgão desejado. E para cortar custos Hammond fez uma pedaleira com apenas 25 notas, em vez de 32, que era o padrão nos órgãos das igrejas, e com isso se tornou um padrão essa quantidade de notas na pedaleira. Em 24 de Abril de 1934, a exatamente 87 anos atrás, Hammond registrou a patente de um instrumento musical eletrico”, mas essa invenção somente foi revelada ao público um ano após a sua patente. O primeiro modelo, o Modelo A, foi disponibilizado em junho daquele ano. Com um órgão pequeno e com sons muito semelhantes aos órgãos de tubos, foram vendidos mais de 1750 órgãos Hammond para as igrejas nos primeiros três anos de fabricação, e no final da década de 1930, mais de 200 órgãos eram fabricados por mês. Em 1966 cerca de 50 mil igrejas instalaram um Hammond. Mas claro que esse sucesso todo não ia deixar os fabricantes de órgãos de tubos felizes, e então Hammond acabou sendo processado por associar e usar a palavra "órgão" para caracterizar o seu instrumento. Nesse processo de reclamações, fizeram vários testes auditivos comparando um Hammond que custava cerca de 2 mil dólares contra um órgão de tubos de 75 mil dólares em Chicago. Durante os testes auditivos, trechos de obras musicais foram tocados nos órgãos elétricos e de tubos, enquanto um grupo de músicos e leigos tentavam distinguir os sons entre os instrumentos. E a disputa foi tão grande que os advogados diziam que os ouvintes de teste estavam errados e que tinham modificado os sons do órgão de tubos para parecer com o órgão de Hammond, tal semelhança dos sons entre eles. Apesar de tantos problemas com a concorrência, o processo gerou tanta publicidade que Hammond acabou vendendo tantos órgãos que cobriu todas as despesas decorrentes desse processo, e a Hammond Organ Company produziu cerca de dois milhões de órgãos em sua vida. Vários modelos foram produzidos, a maioria utilizando barras deslizantes para variar os sons (drawbars), mas o modelo B3 usado por Jimmy Smith, foi o mais popular e inspirou uma geração de músicos de órgão, e seu uso se tornou difundido nas décadas de 1960 a 1970 com o jazz, blues e rock. Até 1975 os órgãos hammond geram som criando uma corrente elétrica a partir da rotação de uma roda de metal perto de um captador eletromagnético em em seguida, o sinal era fortalecido com um amplificador para acionar um gabinete de alto-falante (Leslie). E para ligar um Hammond B3 precisa de dois botões, chamados de Start e Run. O primeiro é o botão do motor de partida. Quando acionado ouve-se ele girar e sincronizar as rodas até atingir a velocidade necessária. Ainda segurando esse botão por alguns segundos, aciona-se o segundo botão que liga o motor principal; após alguns segundos, solta-se o botão do motor de partida e assim o motor pode girar sozinho. Após essa época, a empresa de Hammond abandonou o sistema de rotação e mudou para circuitos integrados, porém esses órgãos eram menos populares e em 1985, a Hammond Organ Company fechou as portas. O nome Hammond foi comprado pela Suzuki Musical Instrument Corporation, que passou a fabricar simulações digitais dos órgãos tonewheel (como eram chamados), e então foi produzido o novo B3 em 2002, uma recriação do órgão B-3 original usando tecnologia digital. Hammond-Suzuki continua fabricando até hoje para músicos profissionais e igrejas. O Hammond se popularizou com vários artistas, entre eles uma grande organista chamada Ethel Smith que tocava músicas de compositor brasileiro, como Zequinha de Abreu, com a música Tico Tico no Fubá entre outras. Atualmente com a capacidade tecnológica e os órgãos que simulam os de tubos que temos no mercado, mais compactos e leves, o Hammond não é mais tão necessário (pesa cerca de 200k fora o Leslie)
DRAWBARS
Os drawbars (barras deslizantes) são os registros responsáveis
pelas possibilidades da criação dos timbres do instrumento. Nos órgãos Hammond tem uma graduação de 1 a 8 e compõe um conjunto de nove botões. Quando o botão é empurrado totalmente fica “desligado” e puxado totalmente oferece seu volume máximo. Em um B3 os drawbars estão agrupados em quatro grupos de nove. Em cada conjunto há quatro drawbars brancos, outros pretos e dois marrons. As cores indicam os intervalos harmônicos. Os brancos para a fundamental ou oitavas, pretas para intervalos de 12 a, 17a, ou 19a, e marrons para a oitava abaixo da fundamental e sua terça harmonia. Nos Hammonds mais modernos há números estampados em cada drawbar. Estes números se referem aos órgãos de tubos e se baseiam nas medidas em pés dos tubos. Os drawbars possibilitam o controle de cada frequência apresentada e sua combinação em tempo real. VIBRATO E CHORUS
O vibrato e o chorus no B3 são controlados por dois botões na
esquerda do painel frontal, uma para acionar o efeito em cada manual separadamente e um botão giratório para a escolha de três tipos de vibrato ou três tipos de chorus não simultâneos. O efeito do vibrato do Hammond é criado através de aumentos e diminuições de afinação. É diferente de um tremolo que é uma mudança entre o volume. O vibrato funciona através de um motor que gira para frente e para trás ao longo da linha. A graduação do vibrato é variada através de um botão giratório. A graduação V2 percorre a metade da linha de vibrato. A graduação V1 percorre cerca de um terço da linha de trás do vibrato. A graduação V3 percorre toda a linha do vibrato. O efeito de chorus é semelhante ao resultado da mistura de duas ou três frequências desafinadas. É produzida pela mistura do sinal saído do vibrato com uma parte do sinal sem vibrato, fazendo com que essa combinação produza o característico efeito do chorus do Hammond.