Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Mixagem de Beats
1a Edição
BORICCELI
Assuntos
02
--
Pág. 08
--
Pág. 11
--
Sumário
Pág. 12
--
Pág. 13
--
MÉTODO COMPLETO DE
03 MIXAGEM DE BEATS Pág. 14
Introdução
O propósito desse curso é te ensinar a ciência da mixagem para que
você tenha sucesso nos seguintes cenários:
Esses são os 2 cenários mais relevantes ao ensino por serem os mais frequentes no mercado.
--
O Grande Segredo
O grande segredo da mixagem de beats - e talvez da mixagem no geral - é começar com os
volumes e ganhos de todos os canais muito baixos. Dessa forma, você terá muito mais controle
sobre aquilo que você quer deixar grande e "batendo forte" na música.
O QUE É GANHO?
Ganho (gain) é basicamente o tamanho da gravação. Pense nos
sons como se eles fossem objetos. É difícil organizar vários objetos
grandes no mesmo espaço, né? Ao abaixar o ganho, você está
encolhendo o tamanho do objeto, podendo mais facilmente
organizá-lo no espaço disponível.
--
Volume Vs. Ganho (PEAK GAIN: -10 dB)
VOLUME DO CANAL: +6 dB
Um canal pode ter o volume alto, porém o ganho
baixo. Isso acontece quando o áudio que está
passando pelo canal tem um nível baixo de
ganho.
GANHO DO CANAL: -15 dB
Por exemplo, o volume do canal ao lado está em
+6 dB, porém o ganho que ele está emitindo é de
apenas -15 dB.
--
Volume Vs. Ganho
Um canal também ter o volume baixo e o
ganho alto. Isso significa simplesmente que
o áudio que está no canal tem um ganho
alto, porém o fader de volume está num
volume baixo.
--
Ganho alto, Ganho baixo.
--
Volume alto, Volume baixo.
--
Ganho dos Áudios
Outra distinção importante de se fazer é entre o ganho do canal
e o ganho do áudio (ou gravação) que está no canal.
O termo gain-staging se refere aos diferentes estágios dessa rota em que se pode
aumentar ou diminuir o ganho do áudio. O propósito do gain-staging é criar headroom.
Podemos fazer isso em 3 níveis diferentes da rota.
--
1) À nível da gravação
Aqui, estamos modificando o ganho na sua raíz. Nunca
queremos que o ganho das gravações já comece alto
demais, senão não teremos espaço para subir. Resolvemos
isso diminuindo o ganho da gravação, criando headroom -
que ao pé da letra significa "espaço para a cabeça" em
inglês.
--
2) À nível dos plug-ins
Todo plug-in tem um controle de ganho na entrada
(input), na saída (output) ou em ambos. A tendência
é o ganho ficar mais alto à medida que ele passa
pelos plug-ins. Muitas vezes, distorção acontece por
simples desatenção. Portanto, atente-se ao nível de
ganho que entra e sai de cada plug-in.
Crie headroom controlando o nível de ganho que entra e sai dos plug-ins.
--
3) À nível do fader
Esse é o último estágio em que podemos aumentar ou
diminuir o ganho do áudio. Esse estágio, porém, é um pouco
diferente. No fader, controlamos apenas o volume final de
um instrumento na mix. Se o áudio que sair do último plug-
in estiver distorcido, a distorção continuará lá, só que num
volume mais baixo.
--
Conceitos Gerais
É necessário conhecer alguns conceitos de antemão para melhor absorver e organizar o
conhecimento que será exposto ao longo do Masterclass. Nesse capítulo, apresentarei alguns
conceitos de mixagem que utilizo para ilustrar a nossa percepção sonora.
--
1) TRANSPARÊNCIA VS. OPACIDADE
O conceito de transparência sonora é o seguinte: quando filtramos os sub-graves de um som, temos a impressão
de que ele se torna mais "transparente". Isso é, conseguimos perceber os outros instrumentos com maior
facilidade. Quando um instrumento tem muitos sub-graves, ele parece tampar tudo, tornando mais difícil
identificar os outros instrumentos na música.
Quando uma instrumento melódico tem sub-graves e graves, os outros instrumentos da música ficam menos
nítidos. A melodia está ocupando espaço demais. Já quando filtramos esses sub-graves, ela se torna transparente.
Pense numa janela de vidro. A presença de sub-graves é como sujeira na janela. Filtrando os sub-graves, estamos
limpando a janela tornando-a mais transparente.
Grande
ohnamaT ed oãçpecreP
Pequeno
20 Hz Frequência 20 KHz --
3) PROPORCIONALIDADE
Percebemos sons uns em relação aos outros. Distinguimos os sons comparando-os uns com os outros. É difícil um
instrumento se destacar quando todos estão altos. Ao mixar, devemos decidir qual será a relação de tamanho entre
os instrumentos. Quem será o maior? O protagonista? E quem serão os coadjuvantes? Se o foco está em tudo, o foco
não está em nada. Cria-se destaque diferenciando um som do outro. Uma forma de diferenciar os instrumentos é
pelo volume. É para isso que criamos headroom em primeiro lugar - para facilitar a diferenciação de volume dos
vários instrumentos na faixa. A característica que associo mais fortemente à volume é tamanho. Quando se aumenta
o volume de um instrumento, mais espaço ele ocupa e vice versa.
--
Clareza e Mixagem
DISTINGUINDO O PAPEL DE INSTRUMENTOS PERCUSSIVOS E MELÓDICOS E
ENTENDENDO COMO ORGANIZÁ-LOS SONORAMENTE.
A importância da mixagem de beats na produção musical é óbvia: quando se
ouve uma boa música, uma das reações mais ouvidas é: "Nossa, essa música
tá batendo ein...". Esse "batendo" se refere ao instrumental. É a bateria que
bate.
--
VOZ E MELODIAS: UM CONFLITO CLÁSSICO O QUE É "CONFUSÃO SONORA?'
Esses elementos que não "batem" são Quando dizemos que "os instrumentos
chamados de instrumentos melódicos. Um estão embolados", estamos na verdade nos
problema clássico na mixagem são os referindo a sobreposição de frequências
instrumentos melódicos entrarem em conflito entre os vários elementos da música. É
com as vozes. Ambos se ofuscam e nenhum tem como se houvessem várias pessoas falando
a devida clareza - é um atrapalhando o outro, e coisas diferentes, uma por cima da
isso se você tiver sorte! Se você está
enfrentando esse problema com os elementos Para que haja clareza na mix, é necessário
melódicos, é provável que o mesmo erro esteja que cada elemento protagonize sua devida
ocorrendo com os instrumentos percussivos região de frequências.
(snares, claps, hi hats e etc...) pois ambos tem a
mesma origem.
--
PRINCÍPIO DE MIXAGEM
--
Organização do Espaço Sonoro
ENTENDENDO ESSE PROBLEMA CLÁSSICO
Até aqui, entendemos que a falta de clareza na mix é fruto da sobreposição de instrumentos na mesma região de
frequências. Em outras palavras, o excesso de informação na mesma região provoca a falta de clareza
desagradável que descrevemos como "embolado". Portanto, para criar clareza sonora, é necessário organizar os
elementos sonoramente. Devemos colocar cada som no seu devido lugar.
Vamos então olhar especificamente para esse problema clássico na mixagem - o conflito entre voz, instrumentos
melódicos e snare - para melhor entender esse conceito de organização no "espaço sonoro".
--
ANALISANDO FREQUÊCIAS Violão
Clap Voz
--
EM OUTRAS PALAVRAS,
A maneira que vamos fazer isso é via equalização. Desenvolvi o conceito de hierarquia de
instrumentos por banda de frequência para facilitar seu processo de equalização. Sabendo qual
região cada instrumento deve protagonizar, o processo de equalização se torna mais simples e
objetivo pois você saberá quais frequências acentuar e atenuar, sem adivinhação.
--
Hierarquia de Instrumentos
por Banda de Frequência
--
PANORAMA GERAL
Abaixo estão as bandas de frequência que cada instrumento deve predominar. Cada um
desses instrumentos deve ser o protagonista da sua banda de frequência. Isso significa que
ele será o instrumento mais alto e notável naquela região.
--
ENTENDENDO A SOBREPOSIÇÃO
VOZ HI HATS
Isso não significa que um instrumento agirá APENAS
na sua banda de frequência. Ele ainda agirá em outras,
porém num volume mais baixo.
CLAPS / SNARES / HI HATS
Um exemplo disso são os claps / snares / hi hats que
têm presença entre 1-10 kHz - a banda de frequência
de predomínio da voz - porém num volume mais baixo
que o da voz.
1- 10 kHz 10 - 20 kHz
--
CRIANDO SEPARAÇÃO NA MESMA
BANDA DE FREQUÊNCIA
VOZ VOZ
Se dois instrumentos agem na mesma região e no mesmo
volume, haverá confusão. Porém, se eles agirem em
volumes diferentes, haverá uma maior separação entre HI HATS
eles.
--
Técnicas de Mixagem
Agora que cobrimos a base científica e teórica da mixagem, partiremos para as técnicas de
mixagem, cobrindo um instrumento de cada vez. Para cada instrumento abordaremos o
objetivo geral da sua mixagem, a científica que apoia isso, e por fim, uma lista das técnicas
empregadas para fazer isso acontecer.
--
MELODIAS
Vamos começar pelos instrumentos melódicos. Esses são: harpas, synths, samples, pianos, guitarras, violões,
bells, plucks e etc. Esses são os instrumentos que mais comumente conflitam com a voz. A chave de fazer "a voz
colar no beat" está aqui. A banda de frequência que esses instrumentos devem predominar é banda dos médios-
graves (200 e 1000 Hz). Isso é porque a frequência fundamental desses instrumentos habita aqui. Em outras
palavras, as notas que instrumentos melodicos emitem são, predominantemente, entre 200 e 1000Hz.
--
--
O ESPAÇO DAS MELODIAS
Então partimos do princípio que os instrumentos melódicos devem protagonizar a região de 200 e 1000Hz. Isso
não significa, porém, que eles não soarão em outras frequências - apenas que eles predominarão essa. As
melodias devem ser os reis dos médios-graves. Nenhum outro instrumento é mais alto ou mais importante que
eles nessa região. Conflitos com entre melodias e vocais / hi hats / snares ocorrem quando as melodias têm
muita informação nas frequências médias-agudas e agudas (3K a 20 KHz).
Frequências Fundamentais
Harmônicos
--
CRIANDO ESPAÇO LIVRE
O propósito de concentrar os instrumentos melódicos nos médios-graves é disponibilizar espaço para a voz,
snares, claps e hi hats nos médios-agudos e agudos.
Repare quanto espaço livre temos nos agudos.
Isso é espaço para a voz, claps, snares e hi hats
ocuparem.
--
Melodia
Hi Hat
--
2) EQ: ATENUAR MÉDIOS E AGUDOS
Do mesmo modo que acentuamos a parcela do som que nos
interessa, podemos atenuar a parcela do som que não nos interessa.
--
6) COMPRESSÃO (OPCIONAL)
O controle de transientes é importante, porém bons beatmakers já
cuidam disso (majoritariamente) na fase de criação. Transientes são
grandemente afetados pelos: VSTs escolhidos, a intensidade que as
notas são tocas e os efeitos aplicados na criação do beat. Por conta disso,
é comum que os transientes das melodias já estejam sob controle, sem
precisar de grandes transformações.
--
TÉCNICAS DE COMPRESSÃO DE MELODIAS
Compressão se torna necessário quando - após tentar todas as
técnicas anteriores - o instrumento melódico parece nunca
assentar no ponto certo da mix. Ele parece ou alto demais ou
baixo demais, nunca no ponto certo. Nesse caso, aplico as
seguintes técnicas de compressão.
Attack: 0ms
Release: 200ms
Ratio: 2:1 a 4:1
--
AJUSTES DA TÉCNICA
Attack:
Se o instrumento ficar escondido demais, libere um pouco o tempo
de attack para 5ms, 10ms, 15ms e etc.
Release:
Se ajustar o attack não resolver, volte para 0ms e parta para o
release. Comece encurtando o tempo de release para 150ms,
100ms, etc.
Resultado final:
Geralmente, a solução é dosar entre os controles de attack e
release. O resultado final tende a ser um attack um pouco acima
de 0ms e um release um pouco abaixo de 200ms. Fica algo como:
Attack: 1, 2, 4ms
Release: 120, 140, 185 ms
Ratio: 2.5:1
--
LEMBRETE
O Attack em 0 ms e o Release em 200 ms é apenas
um ponto de partida.
--
KICK
No meu método, o kick é o instrumento mais importante do beat. Ele é sempre meu instrumento mais alto, e eu
construo minha mixagem em torno dele. Seja criando beats ou mixando, eu organizo todos os instrumentos em torno do
kick.
Se, fazendo beat, eu escolher um timbre de kick e achá-lo perfeito, eu não encosto mais nele. Eu simplesmente deixo
ele mais alto que o restante dos instrumentos e trato ele como o rei do instrumental - ou seja, ninguém pode atrapalhá-
lo. Caso eu mixe uma música onde o kick não esteja perfeito, eu deixo ele o mais perfeito possível e sigo o approach
anterior. Meu objetivo é sempre deixar o kick gigante, "porradão" - e isso não é difícil de fazer, é só deixar ele alto! Uma
vez que meu kick tem um timbre "porrada", eu simplesmente abaixo o volume de todos os outros canais e mixo todos
os instrumentos mais baixos que o kick.
Na hierarquia de volume, o kick é sempre meu instrumento mais alto. Ele é o maior transiente da minha mix. Ninguém
pode ser mais alto que ele. Logo, eu quase não encosto no kick, e sim nos outros instrumentos que estão à sua volta.
Meu kick é praticamente intocável.
45
KICK E OS DEMAIS INSTRUMENTOS
O kick é grandemente responsável pela sonoridade
profissional que identificamos em Type Beats e grandes
hits da música atual. Sua mixagem, porém, é muito mais
simples que se imagina. O primeiro grande truque da
mixagem de kick é entender que sua clareza depende
muito dos outros instrumentos. O que eu quero dizer por
isso?
--
O ESPAÇO DO KICK
A região de protagonismo do kick são os sub-graves e graves. O kick e 808 são os reis dessa região, e nenhum
outro instrumento deve ocupá-la, especialmente abaixo de 100 Hz. A sobreposição de sub-graves é um pecado
capital da mixagem, sendo um dos erros que mais compromete a clareza da mix e dos instrumentos graves. A
sobreposição de informação sub-grave gera cancelamento de fase e dá um aspecto enlamaçado, turvo e amador
à mixagem.
1) SATURAÇÃO
O primeiro ajuste que costumo fazer nos kicks é aplicar
saturação para enriquecer seu timbre. Muitas vezes, o kick
pode ficar afogado nos graves - especialmente contrastado
com elementos cheios de presença e brilho.
Eu inclusive costumo substituir os timbres de kick dos meus clientes por timbres da minha coleção pessoal, para poupar
tempo na mixagem. É hilário ver reações do tipo: "Nossa! Como você deixou meu kick soando assim?!" quando a
resposta é muito simples - eu escolhi um sample melhor. Eles ganham, eu ganho e o ouvinte ganha. Todos estão felizes.
P.S.: Minha vida mudou quando um engenheiro de mixagem mais experiente me deu essa dica de substituir os samples do cliente. Achei genial!
No entanto, muitas vezes temos um 808 que não está perfeito, porém que não precisa ser inteiramente reconstruído.
Nesses casos, recorro à um repertório de técnicas que ajudam o 808 a fazer seu devido papel na mix: ser a continuação
potente, pesada e melódica do kick.
De antemão, aviso que o processo mais essencial no meu processo de mixagem de 808s é a compressão em sidechain
usando o kick como gatilho. O sidechain é essencial pois ele é o único mecanismo que garante que o kick e 808 não se
sobreporão, mesmo aginda na mesma banda de frequência. Portanto, iniciarei esse segmento demonstrando como eu
realizo esse processo indispensável.
--
1) COMPRESSÃO SIDECHAIN
Compressão sidechain significa comprimir um instrumento usando
o sinal de outro instrumento como gatilho - em outras palavras - o
compressor do instrumento x é ativado pelo instrumento y. Nessa
caso, comprimimos o 808 usando o kick como gatilho.
--
O objetivo é o 808 ficar mudo enquanto o kick soa, e assim que o
kick terminar, o 808 entrar. O tempo de release do compressor é
a ferramenta que controla essa transição entre o fim do kick e o
início do 808.
Essa é a melhor dica para os 808s aparecerem em caixas pequenas, Saturação do Battery IV (Native
celulares, fones ruins e dispositivos que não reproduzem bem as frequências Instruments), meu sampler de
graves. É comum que o 808 soe bem no estúdio mas fora do estúdio, o 808 escolha para criar linhas de 808.
some. É necessário mixar levando em conta como as pessoas ouvirão a
música, e 99.9% delas não a ouvirão no estúdio. O propósito da mixagem é
fazer a música se traduzir bem qualquer caixa de som, em qualquer lugar.
--
3) SATURAÇÃO MULTI-BANDA
Lidando com beats que não são meus, recorro ao iZotope
Ozone Exciter para realizar o mesmo efeito da técnica
anterior. Sugiro realçar as frequências de 300 Hz à 4 kHz,
ampliando as frequências conforme necessário.
1) FILTRAR SUB-GRAVES
Snares e claps não devem ter absolutamente nenhum sub-grave.
HP Filter nos sub-graves é um procedimento padrão nos snares e
claps, devendo ser aplicado sempre.
Importante: Não filtre demais os graves dos snares e claps para não matar o
-- corpo deles.
2) ACENTUAR OS GRAVES (SNARES)
Minha dica de ouro dos snares é acentuar 200 Hz. Meu jogo mudou
depois que aprendi que, muitas vezes, o que o snare precisa é de
um acento nos graves.
--
4) ABRIR (UM POUCO) A IMAGEM ESTÉREO
Snares e claps devem predominar o centro da imagem estéreo, mas
não há nada de errado em abrir um pouco sua imagem para dá-los
um pouco de destaque e tamanho na mix. Abrir a imagem estéreo
também é uma ótima forma de deixar o snare / clap mais presente
sem aumentar seu volume.
--
5) REVERB CURTO (OPCIONAL)
Rooms, plates e halls reverbs entre 0.2 e 1 segundo
ajudam a dar um pouco de vida e presença aos snares.
1) FILTRAR SUB-GRAVES
Novamente o processo padrão de aplicar o HP Filter para
eliminar frequências graves, mas dessa vez vamos um
pouco além. Nos hi hats, aplico o HP Filter em 500 Hz
pois ele definitivamente não tem informação importante
-- abaixo disso.
2) CONTROLAR O VOLUME VIA HI-SHELF BOOST
Como o hi hat é composto predominantemente por agudos, se
em algum ponto da minha mix eu sentir que ele estiver baixo,
posso aumentar seu volume consideravelmente dando um boost
nos agudos do EQ. Isso fará o hi hat mais alto, além de realçar
seu brilho.
Percs
EQ: Percs se assemelham a snares e claps, possuindo um timbre mais amadeirado, tipo congas, bongôs e etc. Nesses
instrumentos, queremos acentuar a frequência fundamental e os primeiros e segundos harmônicos de 200 a 700 Hz.
Reverb: Podemos aplicar um pouco mais de reverb nas percs do que aplicaríamos em snares / claps por eles serem
elementos menos evidentes. No entanto, reverbs de curtos do tipo Room continuam sendo minha sugestão mais forte.
Imagem Estéreo: Seja criativo, experimente, mas lembre que a perc é geralmente um instrumento coadjuvante. Não
transforme-o num protagonista chamando atenção desnecessária para ele.
--
Cymbals, FX e Rises
EQ: Gosto de ousar e dar boosts altos em 12.5
kHz, 15 kHz e etc, especialmente nos cymbals e
rises. Esses são elementos cujo propósito é chamar
Cymals, rises e FX são os únicos elementos
atenção quando aparecem na música. que dou boosts exagerados em agudos.
--