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Em meio a uma guerra civil, a população haitiana passou por outra grande
tragédia, dessa vez, um terremoto de magnitude 7,0 na escala Richter atingiu
o país no dia 12 de janeiro de 2010, provocando uma série de feridos,
desabrigados e mortes. Diversos edifícios desabaram, entre eles, o palácio
presidencial da capital Porto Príncipe.
Além desse terremoto de 7,0 graus na escala Richter, outros dois ocorreram
logo em seguida, de magnitudes 5,9 e 5,5. Esse fato promoveu grande
destruição em Porto Príncipe, capital do Haiti. Estima-se que metade das
construções foram destruídas, 250 mil pessoas ficaram feridas, 1 milhão de
habitantes desabrigados e, até o dia 26 de janeiro, o número de mortos
ultrapassava a 100 mil.
Entre os feridos e mortos, estavam alguns brasileiros, pois o Brasil é
responsável pelo processo de pacificação no Haiti, enviando 1.266 militares
para o país em conflito. Foram confirmadas 21 mortes de brasileiros, sendo
18 militares e três civis. Entre eles estava a médica Zilda Arns Neumann,
com 73 anos de idade. Era coordenadora internacional da Pastoral da
Criança, médica pediatra e sanitarista.
A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que foi destinado 1,2
bilhão para ajuda ao Haiti. No entanto, mesmo com o apoio internacional, a
população haitiana passa por várias dificuldades. Estima-se que 2 milhões
de pessoas precisam de alimentos; a água potável e remédios não são
suficientes para suprir a demanda, e para agravar ainda mais o cenário de
horror, uma onda de saques ocorreu no país, além de brigas pela obtenção
de alimentos.