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Bioquímica 2

Anotações aula 3

- Glicogênio é um polissacarídeo de reserva de animais e de vários microrganismos.

- O amido é o polissacarídeo de reserva das plantas e de vários microrganismos que fazem


fotossíntese.

- Ambos são homopolímeros de glicose, unidas pelas ligações a1, 4 e a1, 6

- O glicogênio é usado por ser muito ramificado, em cada ponta dele tem uma enzima
funcionando para o porte das unidades de glicose.

- Ela é linear a princípio, mas se ramifica assim que fica muito grande e cada ramificação pode
ser a base para outra ramificação. A ligação da ramificação é feita a1, 6. Um lado está livre para
ligações, enquanto o outro está em uma proteína.

- O glicogênio existe em outros tecidos, mas por motivos de quantidade ao pensar nesse
polissacarídeo é sempre em fígado e músculo.

- As enzimas tanto para síntese como para degradação do glicogênio se encontram presas nos
grânulos de glicogênio.
- Em cada ponta tem uma enzima para degradação do glicogênio, assim, se precisar de glicose
rapidamente se terá a degradação do glicogênio.

- Onde se faz degradação de glicogênio? Fígado e músculo.

- Quando se degrada glicogênio? No fígado é em jejum, quando a glicose abaixa no sangue. No


músculo ele é degradado em jejum ou quando se está em atividade + jejum.

- O fígado quebra glicogênio para doar o produto, glicose, para outros tecidos nobres, já que o
fígado é um tecido que consegue se virar com qualquer coisa.

- O fígado privilegia os tecidos nobres não usando a glicose no estado de jejum, inclusive ele
nem pode, pois o sinal de glucagon inibe a via glicolítica.

- O músculo quebra glicogênio em estado de jejum com atividade física, pois em atividade a
necessidade de energia é maior. Isso só acontece se for exigido, que é o momento de
atividade. Se o músculo usa glicose do sangue em jejum, não tem glicose para o cérebro, por
exemplo, e a pessoa apaga.

- A enzima que quebra o glicogênio é a Glicogênio fosforilase. Essa molécula faz a quebra por
fosforolise, a vantagem é que a molécula já vem com um fosfato ligado nela. Na via glicolítica a
glicose precisa ter um fosfato ligado nela par não ser perdida, assim essa etapa já é pulada. Ela
vai quebrando de um em um, usando fosfato solúvel e liberando glicose 1-fosfato.

- A glicogênio fosforilase vai quebrando até faltarem 4, então ela pega os 3 próximos e liga na
ponta da base linear, então a enzima desramificadora, quebra a ramificação por hidrólise e
libera uma glicose. Então a glicogênio fosforilase se liga na ponta da base linear e continua
quabrando.
- A enzima fosfoglicomutase converte o glicose 6-fosfato em glicose 1-fosfato numa reação
reversível. Ela tem um fosfato ligado e liga-o na glicose 1-fosfato, na posição 6, se tornando
glicose 1, 6-fosfato e depois pega o fosfato da posição 1. Então glicose 1-fosfato, produto da
glicólise, é sinônimo de glicose 6-fosfato que é um intermediário da via glicolítica.

- A glicogênio fosforilase não ataca ligações glicosídicas a1,6 ou ligações a1,4 próximas à
ramificação.

- A síntese do glicogênio é feita nos mesmos tecidos, fígado e músculo.

- A síntese de glicogênio é feita no estado alimentado, ou seja, quando há abundância de


glicose.
- A glicose usada na produção do glicogênio é a glicose 6-fosfato do início da via glicolítica. Ela
é sequestrada e usada para fazer estoque, isso é possível pela grande quantidade de glicose no
estado alimentado. A célula só faz esses deslocamentos quando sente que está muito bem de
nível energético.

- A glicose 6-fosfato vai ser isomerizada com a mesma fosfoglicomutase, se tornando glicose 1-
fosfato.

- A síntese de glicogênio é cara, mas vale a pena. É cara pois há um gasto energético para fazer
uma ligação de alta energia.

- Um UTP vai se ligar na glicose 1-fosfato liberando 2 fosfatos ligados, um pirufosfato, depois
uma enzima chama pirufosfatase quebra liberando 2 fosfatos solúveis, garantindo a
irreversibilidade dessa reação. No fim se tem a glicose ligada em um UDP, a UDP-glicose, um
intermediário ativado.

- A enzima glicogênio sintase troca a ligação com o UDP pela ligação com a glicose da ponta do
glicogênio. Então ao ligar uma glicose na cadeia de glicogênio é gasto 2 equivalentes
energéticos, por conta da liberação de 2 fosfatos solúveis.

- A ramificação é feita pela enzima ramificadora, que detecta a presença de ramificações


grandes o suficiente para caber uma glicogênio sintase e um espaço entre uma ramificação e
outra. Então ela pega uma parte dessa ramificação, deixando espaço suficiente para uma
glicogênio sintase na ramificação partida.
- As enzimas ramificadoras e desramificadoras não são reguladas. Se a enzima ramificadora
cria uma ramificação pequena de mais, a desramiicadora tem que ir lá e quebrar essa
ramificação.

- A regulação nos dois tecidos é muito parecida. O sinal do glucagon e da adrenalina vão ativar
a PKA que vai ativar a fosforilase b quinase, ela é equivalente a PFK2. O sinal de contração
muscular é a liberação de cálcio, no musculo e o glucagon no fígado. A enzima reguladora não
participa nem da síntese nem da degradação do glicogênio. Essa enzima ativa a glicogênio
fosforilase que ativa a degradação.

- Nenhum tecido quebra glicogênio se tem glicose disponível. Toda a reação a partir da
liberação do hormônio vai ocorrer, mas não ocorrerá degradação do glicogênio se tiver glicose
disponível.

- A lógica energética faz a glicogênio fosforilase ativada ficar numa forma ativada meia boca na
presença de glicose. Se a falta de ATP começa a ser um problema, ela é ativada mesmo sem os
fosfatos. Na presença de ATP e ou G6P ela é desativada.

- A fosforilação ativa a glicogênio fosforilase e desativa a sintase. A PK, enzima de regulação,


fosforila a fosforilase e a sintase, com efeitos opostos.

- A fosfatase é uma enzima responsável por remover fosfatos. Então ela está sempre retirando
fosfato de quem está fosforilado, sem sinais para funcionar.
- A fosfatase tem um inibidor que é ativado pela fosforilação e quando está fosforilado ele se
liga na fosfatase inibindo sua ação. Isso serve para não haver ciclo fútil e no momento de
necessidade de degradação do glicogênio, essa enzima não vai ficar inibindo a degradação.

- A fosfatase tem meio que um “timer” e mesmo ligada no inibidor, depois de um tempo ela
retira o fosfato do inibidor e fica mais ativa ainda, sai desfosforilando tudo.

- No estado de jejum os receptores de glicose da membrana das células musculares são


englobados e colocados em vesículas para estoque.

- A insulina também sinaliza a via, pois seu efeito é o contrário do glucagon. Além disso
existem outras quinases que fazem parte da regulação do glicogênio, no caso uma quinase
regulada pela insulina que chega em glicogênio sintase ativada.

- Após a alimentação o fígado repõe suas reservas de glicogênio. Qual a diferença pro
músculo? Fígado praticamente não responde a insulina; o transportador de membrana de
glicose não é retirado; o sinal da insulina não estimula a hexoquinase; a insulina não estimula a
glicogênio sintase, a regulação é muito mais feita pelo glucagon ou ausência do glucagon.
- O músculo vai usar glicose do sangue, se ela estiver baixa ele passa a usar outro lipídio que
esteja na circulação. O glicogênio está lá somente para a necessidade.

- A reposição de glicogênio não acontece na dieta de gordura e carne, somente quando há


uma dieta de carboidrato. Alguns estudos mostram que se comer carboidratos e proteína
juntos essa reposição de glicogênio é feita mais rápido. Se não tiver sinal de insulina não repõe
glicogênio no músculo.

- Para a pessoa que entrou em coma alcoólico por falta de glicose no sangue, ela vai tomar
glicose na veia e acordar. O estoque de glicogênio vai começar a ser reposto.

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