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MANUAL DE
Licenciado para - Aléia Raquel Saraiva Leal - 03910764690 - Protegido por Eduzz.com
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Sobre a Autora
Técnica de Enfermagem e apaixonada pelos estudos, Isabela Schildberg,
a idealizadora do perfil "Diário de Enfermagem", busca facilitar a
aprendizagem otimizando o tempo e a qualidade de estudos através de
materiais digitais que auxiliam na memorização e na melhor
compreensão do assunto abordado.
Simplifico os estudos de
concurseiros e estudantes de
nível técnico e superior em
enfermagem!
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SUMÁRIO
Informações Gerais 5
Programa Nacional de Imunizações (PNI) 11
Fundamentos dos Imunobiológicos 16
Conceitos Importantes de Vacinação 22
Rede de Frio 27
Sala de Vacina 37
Administração dos Imunobiológicos 57
Contraindicações e Situações Especiais na
Vacinal 68
CRIES 71
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INFORMAÇÕES GERAIS
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Vacinas
Diversas vacinas protegem de muitas doenças causadas por vírus e bactérias, que são os agentes
infecciosos
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Quanto à segurança, é
importante saber que O objetivo é se certificar
toda vacina, para ser de que o produto é de
licenciada no Brasil, A maioria das vacinas fato capaz de prevenir
passa por um rigoroso protege cerca de 90% a determinada doença
processo de avaliação 100% das pessoas. sem oferecer risco à
realizado pela Agência saúde.
Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa).
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Paciente Certo: confirmar o nome do paciente para evitar a aplicação em pessoa errada.
Vacina Certa: conferir pelo menos três vezes qual vacina deve ser preparada para administração.
Momento Certo: analisar cuidadosamente a carteira de vacinação para ter certeza de que é o momento
correto para administrar determinada vacina.
Dose Certa: administrar a dose correta. O cuidado deve ser redobrado quando a apresentação da vacina
for multidose.
Exemplos: diluir o pó da vacina com o conteúdo inteiro do diluente; não agitar a vacina com força após a
diluição; aspirar todo o conteúdo, quando a vacina for monodose, e a dose correta quando esta for
multidose; utilizar a agulha correta e escolher a melhor área para a aplicação da vacina — se
subcutânea ou intramuscular, na perna ou no braço.
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PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES (PNI)
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Programa Nacional
de Imunizações Com a meta de
vacinar todas as
crianças menores de
Além disso, em 1994, o Brasil recebeu, 05 anos em um só
junto com os demais países da região dia.
das Américas, o certificado que a
doença e o vírus haviam sido
A campanha foi bem
eliminados do continente.
sucedida, afinal o último
caso de poliomielite no Brasil
ocorreu 1989, na Paraíba.
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A eficácia do PNI pode ser percebida por meio dos resultados obtidos ao longo dos anos. São exemplos de
sucesso: a erradicação do sarampo, a eliminação do tétano neonatal e o controle de outras doenças
imunopreveníveis como Difteria, Coqueluche e Tétano acidental, Hepatite B, Meningites, Febre Amarela,
formas graves da Tuberculose, Rubéola e Caxumba, bem como a manutenção da erradicação da Poliomielite.
A Portaria nº 597 de 2004, do Ministério da Saúde, estabelece, em seu art. 3º, que
as vacinas previstas no calendário do PNI são de carácter obrigatório, sendo que
sua comprovação será realizada mediante atestado de vacinação.
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As ações do PNI devem ser pactuadas na CIT (comissão intergestores tripartite) e na CIB (comissão
intergestores bipartite), tendo por base a regionalização, a rede de serviços e as tecnologias disponíveis.
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FUNDAMENTOS DOS IIMUNOBIOLÓGICOS
FUNDAMENTOS MUNOBIOLÓGICOS
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Imunidade Ativa
A proteção adquirida de modo ativo é aquela obtida pela estimulação da resposta imunológica com a
produção de anticorpos específicos. A infecção natural (com ou sem sintomas) confere imunidade ativa,
natural e é duradoura, pois há estimulação das células de memória. A imunidade ativa, adquirida de modo
artificial, é obtida pela administração de vacinas, que estimulam a resposta imunológica, para que esta
produza anticorpos específicos.
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Imunidade Passiva
A imunidade adquirida passivamente é imediata, mas transitória. É conferida a um indivíduo mediante a:
Neste tipo de imunidade, administram-se anticorpos prontos, que conferem a imunidade imediata.
Algumas semanas depois, o nível de anticorpos começa a diminuir, o que dá a esse tipo de
imunidade um caráter temporário.
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Imunidade
Natural
Ativa
Ex: Doenças
Idade: No primeiro ano de vida, o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento. Para algumas
vacinas, devido à sua composição, é necessária a administração de um número maior de doses.
Gestação: As gestantes não devem receber vacinas vivas, pois existe a possibilidade de passagem dos
antígenos vivos atenuados para o feto e de causar alguma alteração, como malformação, aborto ou
trabalho de parto prematuro.
Amamentação: De maneira geral, não há contraindicação de aplicação de vacinas virais atenuadas para as
mães que estejam amamentando, pois não foram observados eventos adversos associados à passagem desses
vírus para o recém-nascido. No entanto, a vacina febre amarela não está indicada para mulheres que
estejam amamentando, razão pela qual a vacinação deve ser adiada até a criança completar seis meses de
idade. Em caso de mulheres que estejam amamentando e tenham recebido a vacina, o aleitamento materno
deve ser suspenso preferencialmente por 28 dias após a vacinação (com o mínimo de 15 dias).
Reação anafilática: Alguns indivíduos poderão apresentar reação anafilática a alguns componentes dos
imunobiológicos. A reação ocorre nas primeiras duas horas após a aplicação e é caracterizada pela presença
de urticária, sibilos, laringoespasmo, edema de lábios, podendo evoluir com hipotensão e choque anafilático.
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Uso de antitérmico profilático: não é indicado, pois em estudos realizados, observou-se que as crianças que
receberam paracetamol profilático apresentaram uma redução nos títulos de anticorpos das vacinas
administradas. Contudo, mesmo se receberem antitérmico profilático não há necessidade de revacinação.
Dose e esquema de vacinação: De modo geral, as vacinas inativadas necessitam de mais de uma dose para
uma adequada proteção e as vacinas virais atenuadas, geralmente, necessitam apenas de uma dose para
uma adequada proteção.
Adjuvantes: São substâncias presentes na composição de algumas vacinas e que aumentam a resposta imune
dos produtos que contêm micro-organismos inativados ou seus componentes.
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CONCEITOS IMPORTANTES DE IMUNIZAÇÃO
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1. Vacinas: medicamentos imunobiológicos que contêm uma ou mais substâncias antigênicas que, quando
inoculadas, são capazes de induzir imunidade específica ativa, a fim de proteger contra, reduzir a severidade
ou combater a(s) doença(s) causada(s) pelo agente que originou o(s) antígeno(s).
2. Vacina Adsorvida: os antígenos estão fixados à superfície de um adjuvante, o qual reforça o poder
imunogênico da vacina.
3. Vacina Conjugada: vacina que combina antígeno polissacarídeo (cadeia de açucares) a uma proteína
para aumentar sua capacidade de induzir resposta imunológica no vacinado.
5. Vacinas Inativadas: podem ser bacterianas ou virais, são inativadas em laboratório através de
processos químicos. Necessitam de várias doses para imunizar. Não causa a doença, pois não podem se
replicar.
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7. Evento Adverso Pós-Vacinação (EAPV): Qualquer ocorrência após à aplicação da vacina e que,
não necessariamente, possui uma relação causal com o produto;
8. Cadeia de frio (CF): é o processo logístico da Rede de Frio para conservação dos imunobiológicos, desde o
laboratório produtor até o usuário, incluindo as etapas de recebimento, armazenamento, distribuição e
transporte, de forma oportuna e eficiente, assegurando a preservação de suas características originais.
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REDE DE FRIO
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- Nacional
- Estadual
- Regional (conforme estrutura do estado)
- Municipal
- Local
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Instância Nacional:
Instância Estadual:
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Instância Regional:
- A Instância Regional, nas unidades federadas que assim se organizam, incorpora as Centrais Regionais de
Rede de Frio (CRRFs). Assumem atividades compatíveis com as centrais estaduais. Dispõem de área para
armazenamento dos imunobiológicos geridos no âmbito de sua abrangência, de almoxarifado para outros
insumos, de área destinada ao recebimento, à preparação e à distribuição dos imunobiológicos.
Instância Municipal:
- Nesta Instância encontra-se a Central Municipal de Rede de Frio (CMRF), incluída na estrutura
organizacional da Secretaria Municipal de Saúde. Tem como atribuições o planejamento integrado e o
armazenamento de imunobiológicos recebidos da Instância Estadual/Regional para utilização na sala de
imunização.
Instância Local:
- É a Instância Local que ocupa posição estratégica na Rede de Frio, uma vez que concretiza a
Política Nacional de Imunizações, por meio da administração de imunobiológicos de forma segura,
na atenção básica ou assistência, estando em contato direto com o usuário final da cadeia de frio.
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Embalagens
Os tipos de embalagens utilizadas com maior Embalagem primária: embalagem
frequência para acondicionamento dos imunobiológicos que mantém contato direto com
são as primárias, secundárias e terciárias o medicamento.
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d o c o n ju n to de
Trata-s e Para que esse A equipe deve estar
q u e d e v e m ser
diretrizes o bjetivo
objetivo seja atingido, treinada e atualizada
a s c o m o
adotad u a lidade alguns pontos são em relação aos
n t ir a q
de gara p a ra que fundamentais procedimentos e às
cin a ç ã o,
da va á x im o de vacinas.
nc e o m
se alca o menor
te çã o co m
pro à saúde.
d e d a n o s
risco
Boas Práticas O controle da
cadeia de frio deve
ser efetivo.
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SALA DE VACINA
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De
imunobiológicos
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Administração destes
acompanhada da orientação
Aspectos técnicos voltados do paciente e/ou pais Manejo das possíveis
aos imunobiológicos reações adversas
Atividades do
Manutenção do
sistema de registro
Enfermeiro na Sala Destino final adequado
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Organização e Funcionamento
da Sala de Vacina
Classificada como
Possuir Imobiliários Básicos:
área semicrítica
Maca, cadeiras, mesa escritório, arquivo, equipamentos
de refrigeração, caixas térmicas, lixeiras apropriadas,
equipamento de informática, armário...
a dm inistração
iva para gicos
clus o bio ló
Ex de imun
Insumos Básicos:
Caixa coletora material perfuro-cortantes, dispensador sabão líquido, dispensador papel toalha,
termômetro clinico, termômetro digital mínima e máxima para equipamento de refrigeração,
bandeja de aço inóx, recipientes para organização de imunos no equipamento de refrigeração,
fitas adesivas , tesoura, pinça dente de rato, gelox, caixas térmicas, algodão hidrófilo, recipiente
para algodão, seringas descartáveis, materiais de escritório, impressos e manuais, etc...
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Se primeira vez do usuário, abrir Se retorno, avaliar histórico Fazer registro do imuno a
os documentos padronizados de vacinação do usuário, ser administrado no
(cartão vacina, cartão controle) identificando as vacinas para espaço reservado as
ou cadastrar no SI PNI serem administradas anotações dos mesmos
Fazer o aprazamento à
Procedimentos Anteriores Fazer registro no
lápis no cartão de vacina a Administração do boletim diário, conforme
e no cartão controle
Imunológico padronização
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Organização do Refrigerador
congelador:
Gelo reciclável/ saco plástico
com gelo, na vertical.
primeira prateleira:
Vacinas virais (poliomielite,
sarampo, febre amarela). Porta:
Não colocar imunobiológico ou
segunda prateleira:
qualquer produto ou objeto
Vacinas bacterianas ou toxoides
terceira prateleira:
Diluentes ou caixas com vacinas
bacterianas
quarta prateleira:
Garrafas de água com corante
para estabilizar a temperatura
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Preparar o
Observar a via de Administração imunobiológico
dos Imunológicos
administração e a
dosagem
Administrar o
imuno conforme
técnica específica Observar a ocorrência Desprezar o material
de eventos adversos utilizado na caixa coletora
pós vacinação de material perfurocortante
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Registrar o do Trabalho
número de doses
desprezadas
Diário Verificar faltosos, para
fazer busca posterior
Verificar e anotar
temperatura do Desprezar as vacinas dos frascos
Organizar Limpar e secar
equipamento de multidoses que ultrapassarem o
arquivo, cartões caixa térmica
refrigeração prazo de validade após abertura
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Resíduos Comuns
Classificados como grupo D caracterizados por não apresentarem risco biológico, químico ou
radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares
(papel, embalagens de seringas e agulhas);
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Cuidados com os
Resíduos da Sala de
Vacinação
Encaminhar para CME, na própria unidade
de saúde ou outro estabelecimento, a fim Inativação ocorre por autoclavagem durante
de que os resíduos sejam inativados. 15 minutos, a temperatura de 121ºC 1 127ºC,
após podem ser acondicionados e descartados
Resolução nº 358/2005 CONAMA no lixo hospitalar.
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Solução desinfetante
Limpeza dos equipamentos de
hipoclorito à 1% (10 ml
refrigeração (geladeiras e freezer
para cada litro de água)
devem ser feitas pelo técnico/auxiliar)
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e de Frio
Red Todas as vacinas devem
Conservação dos
Armazenamento
Transporte Distribuição
Rede de Frio
Recebimento
Manuseio
Aquisição Conservação
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Equipamentos de Refrigeração
Na sala de vacinação, o armazenamento dos imunos são feitos em câmara frias, refrigeradores
domésticos e em caixas térmicas.
Câmaras Refrigeradas
Recomendadas para o armazenamento/ acondicionamento de imunobiológicos. São
dotadas de instrumentos de medição da temperatura e dispositivos de alarme, não
havendo necessidade de instalar nenhum deles.
Freezers
Armazenamento de bobinas reutilizáveis
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Plano de Contingência
Procedimentos que devem O equipamento deverá ficar fechado quando
adotados quando o equipamento houver interrupção de fornecimento de
de refrigeração deixar de energia ou falha do equipamento, e a
funcionar por quaisquer motivos. temperatura interna ser monitorada.
es p o sta
Comunicar a ocorrência ao responsável técnico, identificar, ar d a rr
Agu n iz a ção
separar e armazenar os produtos em condições adequadas, S ES / Imu
da z a r ou
l i
preencher o formulário de avaliação de vacinas sob suspeita e se uti ar.
ca rt
encaminhar para a Coordenação Estadual de Imunização. des
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ADMINISTRAÇÃO DOS IMUNOBIOLÓGICOS
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Ao utilizar vacinas, soros e imunoglobulinas, o vacinador deve levar em conta aspectos específicos
relacionados: (a) à composição; (b) à apresentação; (c) à via e às regiões anatômicas para a sua
administração; (d) ao número de doses; (e) ao intervalo entre as doses; (f) à idade recomendada; (g) à
conservação; e (h) à validade.
É um dos procedimentos mais importantes que antecedem a atividade de vacinação. Quando tal
procedimento é rigorosamente obedecido, previne-se a contaminação no manuseio, no preparo e na
administração dos imunobiológicos.
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Vias de Administração
VIA ORAL:
É utilizada para a administração de substâncias que são
absorvidas no trato gastrintestinal com mais facilidade e são
apresentadas, geralmente, em forma líquida ou como drágeas,
cápsulas e comprimidos. O volume e a dose dessas substâncias são
introduzidos pela boca. Exemplos: vacina poliomielite 1, 2 e 3
(atenuada) e vacina rotavírus humano (atenuada).
VIA parenteRAL:
A maior parte dos imunobiológicos ofertados pelo PNI é administrada por via parenteral. As vias de
administração parenterais diferem em relação ao tipo de tecido em que o imunobiológico será administrado.
Tais vias são as seguintes: intradérmica, subcutânea, intramuscular e endovenosa. Esta última é exclusiva
para a administração de determinados tipos de soros.
Para a administração de vacinas, não é recomendada a assepsia da pele do usuário. Somente quando houver
sujidade perceptível, a pele deve ser limpa utilizando-se água e sabão ou álcool a 70%, no caso de vacinação
extramuros e em ambiente hospitalar.
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A vacina é introduzida na derme, que é a camada superficial da pele. Esta via proporciona uma lenta
absorção das vacinas administradas. O volume máximo a ser administrado por esta via é 0,5 mL.
A vacina BCG e a vacina raiva humana em esquema de pré-exposição, por exemplo, são
administradas pela via intradérmica.
VIA SUBCUTÂNEA:
A vacina é introduzida na hipoderme, ou seja, na camada subcutânea da pele. O volume máximo a ser
administrado por esta via é 1,5 mL. Alguns locais são mais utilizados para a vacinação por via subcutânea: a
região do deltoide no terço proximal, a face superior externa do braço, a face anterior e externa da coxa e a
face anterior do antebraço.
São exemplos de vacinas administradas por essa via: vacina sarampo, caxumba e rubéola e vacina febre
amarela (atenuada).
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O imunobiológico é introduzido no tecido muscular, sendo apropriado para a administração o volume máximo
até 5 mL. As regiões anatômicas selecionadas para a injeção intramuscular devem estar distantes dos
grandes nervos e de vasos sanguíneos, sendo que o músculo vasto lateral da coxa e o músculo deltoide são
as áreas mais utilizadas.
São exemplos de vacinas administradas por essa via: vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis,
Haemophilus influenzae b (conjugada) e hepatite B (recombinante); vacina adsorvida difteria e tétano
adulto; vacina hepatite B (recombinante); vacina raiva (inativada); vacina pneumocócica 10 valente
(conjugada) e vacina poliomielite 1, 2 e 3 (inativada).
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O imunobiológico é introduzido no tecido muscular, sendo apropriado para a administração o volume máximo
até 5 mL. As regiões anatômicas selecionadas para a injeção intramuscular devem estar distantes dos
grandes nervos e de vasos sanguíneos, sendo que o músculo vasto lateral da coxa e o músculo deltoide são
as áreas mais utilizadas.
São administrados por essa via imunobiológicos como os soros antidiftérico, antibotulínico e os soros
antiveneno.
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ESPECIAIS NA ADMINISTRAÇÃO DOS
CONTRAINDICAÇÕES E SITUAÇÕES
IMUNOBIOLÓGICOS
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Alguns fatores, situações e condições podem ser considerados como possíveis contraindicações gerais à
administração de todo imunobiológico e devem ser objeto de avaliação, podendo apontar a necessidade do
adiamento ou da suspensão da vacinação.
Em geral, as vacinas bacterianas e virais atenuadas não devem ser administradas a usuários com
imunodeficiência congênita ou adquirida, portadores de neoplasia maligna, em tratamento com
corticosteroides em dose imunossupressora e em outras terapêuticas imunodepressoras (quimioterapia,
radioterapia etc.), bem como gestantes, exceto em situações de alto risco de exposição a algumas doenças
virais preveníveis por vacinas, como, por exemplo, a febre amarela.
A contraindicação é entendida como uma condição do usuário a ser vacinado que aumenta, em muito, o
risco de um evento adverso grave ou faz com que o risco de complicações da vacina seja maior do que o
risco da doença contra a qual se deseja proteger.
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Situações Especiais:
A São situações que devem ser avaliadas em suas particularidades para a indicação ou não da vacinação:
- Usuários que fazem uso de terapia com corticosteroides devem ser vacinados com intervalo de, pelo menos,
três meses após a suspensão da droga.
- Usuários infectados pelo HIV precisam de proteção especial contra as doenças imunopreveníveis, mas é
necessário avaliar cada caso, considerando-se que há grande heterogeneidade de situações, desde o
soropositivo (portador assintomático) até o imunodeprimido, com a doença instalada.
- Crianças filhas de mãe com HIV positivo, menores de 18 meses de idade, mas que não apresentam
alterações imunológicas e não registram sinais ou sintomas clínicos indicativos de imunodeficiência, podem
receber todas as vacinas dos calendários de vacinação e as disponíveis no CRIE o mais precocemente
possível.
- Usuários com imunodeficiência clínica ou laboratorial grave não devem receber vacinas de agentes vivos
atenuados. - O usuário que fez transplante de medula óssea (pós-transplantado) deve ser encaminhado ao
CRIE de seis a doze meses após o transplante, para revacinação conforme indicação.
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Adiamento da Vacinação:
- Usuário que necessita receber imunoglobulina, sangue ou hemoderivados – não vacine com vacinas de
agentes vivos atenuados nas quatro semanas que antecedem e até 90 dias após o uso daqueles produtos.
- Usuário que apresenta doença febril grave – não vacine até a resolução do quadro, para que os sinais e
sintomas da doença não sejam atribuídos ou confundidos com possíveis eventos adversos relacionados à
vacina.
Vacinação Simultânea:
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Falsas contraindicações:
- Doença aguda benigna sem febre – quando a criança não apresenta histórico de doença grave ou infecção simples das
vias respiratórias superiores.
- Prematuridade ou baixo peso ao nascer – as vacinas devem ser administradas na idade cronológica recomendada, com
exceção para a vacina BCG, que deve ser administrada nas crianças com peso ≥ 2 kg.
- Ocorrência de evento adverso em dose anterior de uma vacina, a exemplo da reação local (dor, vermelhidão ou
inflamação no lugar da injeção).
- Diagnósticos clínicos prévios de doença, tais como tuberculose, coqueluche, tétano, difteria, poliomielite, sarampo,
caxumba e rubéola.
- Doença neurológica estável ou pregressa com sequela presente.
- Antecedente familiar de convulsão ou morte súbita.
- Alergias, exceto as alergias graves a algum componente de determinada vacina (anafilaxia comprovada).
- História de alergia não específica, individual ou familiar.
- História familiar de evento adverso à vacinação (exemplo: convulsão).
- Uso de antibiótico, profilático ou terapêutico e antiviral.
- Tratamento com corticosteroides em dias alternados em dose não imunossupressora.
- Uso de corticosteroides inalatórios ou tópicos ou com dose de manutenção fisiológica.
- Quando o usuário é contato domiciliar de gestante, uma vez que os vacinados não transmitem os vírus vacinais do
sarampo, da caxumba ou da rubéola.
- Convalescença de doenças agudas.
- Usuários em profilaxia pós-exposição e na reexposição com a vacina raiva (inativada).
- Internação hospitalar.
- Mulheres no período de amamentação (considere as situações de adiamento para a vacina febre amarela).
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TAXA DE ABANDONO X TAXA DE COBERTURA
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COBERTURA VACINAL
Percentual de crianças imunizadas com vacinas específicas em determinado espaço geográfico, no ano
considerado.
- Analisar as variações geográficas e temporais no percentual de crianças < 1 ano vacinadas com cada tipo
de imunizante;
- Identificar situações de insuficiência que possam indicar a necessidade de estudos especiais e medidas de
intervenção.
- Contribuir para a avaliação operacional e de impacto dos programas de imunização, bem como para o
delineamento de estratégias de vacinação.
- Avaliar a homogeneidade de municípios que alcançam as metas epidemiológicas, estabelecidas para cada
vacina.
- Subsidiar processos de planejamento, execução, monitoramento e avaliação de políticas relativas à
atenção à Saúde da Criança e ao controle de doenças evitáveis por imunização.
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cálculo:
TAXA DE ABANDONO
Refere-se a vacinas com multiplas doses. Pacientes que iniciaram o esquema e não finalizaram.
cálculo:
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CRIES
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FINALIDADE:
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O técnico com formação em medicina será responsável pela avaliação das indicações dos imunobiológicos
especiais e dos eventos adversos graves e/ou inusitados.
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Atender uma parcela especial da população, que por motivos biológicos são impedidos de usufruir os
benefícios dos produtos disponibilizados nas UBSs ou que ainda necessitem de outros imunobiológicos.
Pessoas imunocompetentes;
Pessoas imunodeprimidas;
Pessoas com outras condições associadas a risco que necessitam de imunobiológicos especiais.
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