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Para nos enquadrarmos onde estamos temos de saber de onde vimos,

logo, para falarmos de uma nova mediunidade temos de a procurar na


origem.
Sendo a mediunidade uma faculdade inerente ao ser humano, a
comunicação entre os dois planos da vida sempre existiu, desde tempos
imemoriais.
Na mediunidade inícial o médium idolatra as forças da natureza. Com o
passar do tempo desenvolve-se uma mentalidade mediúnica coletiva,
crê-se em Espíritos e Deuses. Com o desenvolvimento tribal surge a
figura do curandeiro, altamente respeitada,reverenciada e temida pelos
membros da tribo.
No que se considera o início da civilização, a mediunidade é politeísta e
religiosa.Os oráculos são o cerne de toda a atividade humana, nada se
faz sem consultá-los. Neste cenário surge a figura de Moisés, médium
vidente e auditivo, a quem Deus concedeu a missão de trazer ao mundo
os Dez Mandamentos da Lei Divina.
Ao longo de toda a Bíblia são retratados fenómenos mediúnicos, visíveis
nas acções de Jesus e seus Apóstolos,entre outros. Será aliás com Jesus
que a mediunidade adquire valores morais associados e vem orientada
pela disciplina e aplicação do respeito e amor ao próximo.
A ignorância em relação à mediunidade e os interesses escondidos da
Igreja provocaram perseguições implacáveis aos médiuns, quer no
tempo de Jesus, quer na Idade Média. Nessa época, toda a comunicação
espíritual era associada a entidades demoníacas, tendo estas pessoas
morte certa na fogueira. Joana D´Arc será um exemplo disso mesmo,
sendo que nunca recuou na sua afirmação de ser guiada por vozes de
Seres Superiores.
Em todas as religiões encontramos fenómenos mediúnicos.
A Maomé foi ditado o Alcorão, recebendo este as revelações ao longo de
23 anos. Lao-Tsé, filósofo chinês, com a prática da sabedoria interior
compreende a comunicação com divindades ou espíritos através das
faculdades do médium.
Buda seria iluminado, trazendo até à Humanidade uma nova crença
baseada no amor e caridade.
Até há pouco tempo, os médiuns eram considerados doentes mentais.
Hoje, porém, a mediunidade está consolidada, sendo estudada em várias
universidades e existindo diversos estudos sobre a mesma.
Assim, percebemos que em pleno ano de 2020 já não faz sentido
associar consultas mediunicas a senhoras de meia idade, a quem se
recorre em segredo, que usam as suas salas de estar ou mesmo caves
escuras para trabalhar.
Surge, nos dias de hoje, o conceito de Nova Mediunidade que se
encontra associado a uma Nova Era que se crê estar a iniciar. Este
Covid, em termos espirituais, terá um significado diferente daquele que
vemos retratado no dia a dia e fará parte desta espécie de “reiniciar”
vibracional que se avizinha.
Através de canalizações, tem sido pedido aos médiuns que falem do seu
trabalho de forma clara e sem vergonha, respeitando sempre o livre
arbítrio de quem ouve e o seu direito à opinião.
Indicações vêm no sentido de uma maior exigência, para que se trabalhe
com vibrações mais elevadas, auxiliando e esclarecendo o outro, sempre
com respeito perante a situação alheia. A partilha de conhecimento
espiritual será fundamental de forma a que se evite a perpetuação de
mitos, mentiras, estigmas e dogmas.
Não se admitirão propagandas de falsas promessas de cura ou resolução
imediata de problemas sem esforço do próprio. A acção a tomar será no
sentido de apontar o caminho, indicado por Seres superiores, para que
sejam resolvidos conflitos internos, de forma a que cada um possa
evoluir com maior consciência e capacidade de melhorar a sua vida, quer
terrena, quer espiritual.
Nas comunicações com entes queridos falecidos, priveligiar a
aprendizagem e processos de cura, quer para vivos, quer para mortos.
Desligámo-nos do lado espiritual e ligámo-nos em excesso ao material.
Rimo-nos da bondade e propagamos a competição e a esperteza
maliciosa. Perdemos o nosso caminho e esta é a altura de o reencontrar
pois na Nova Era não basta parecê-lo, há que sê-lo de verdade.

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