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Geradores Ligados Na BT
Geradores Ligados Na BT
CURITIBA
2011
ARAMIS SCHWANKA TREVISAN
CURITIBA
2011
AGRADECIMENTOS
Tabela 2.1: Eficiência teórica e obtida em testes práticos das principais tecnologias
utilizadas para a fabricação de células fotovoltaicas (FARRET; SIMÕES, 2006). ............. 19
Tabela 2.2: Comparação de painéis fotovoltaicos de diferentes fabricantes. .................... 26
Tabela 2.3: Principais fabricantes de microturbinas do mercado americano. .................... 40
Tabela 3.1: Tempos de detecção e interrupção da energização de acordo com a faixa de
tensão (IEEE 1547, 2003).................................................................................................. 55
Tabela 3.2: Tempos de detecção e interrupção de energização de acordo com a faixa de
frequência (IEEE 1547, 2003)............................................................................................ 56
Tabela 4.1: Características elétricas do transformador de distribuição.............................. 58
Tabela 5.1: Resultados da primeira simulação. ................................................................. 83
Tabela 5.2: Resultados da segunda simulação. ................................................................ 83
Tabela 5.3: Resultado da terceira simulação. .................................................................... 84
Tabela 5.4: Resultado da quarta simulação....................................................................... 85
SUMÁRIO
1 Introdução...............................................................................................................11
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTO
Figura 1.2 Tendência dos investimentos globais em fontes alternativas de energia elétrica
apresentada no World Energy Outlook 2010.
Figura 1.3 a) Sistema elétrico tradicional e b) Sistema elétrico “moderno” com GD.
1.2 OBJETIVOS
1.3 JUSTIFICATIVA
2.1 INTRODUÇÃO
Desta forma pode se obter uma relação direta entre a energia elétrica gerada em
determinado período EE (por exemplo, um dia) e a energia solar incidente no mesmo
período de tempo ES sobre o painel, conforme a equação a seguir:
=
. . (2.2)
Por fim, é possível comparar a eficiência de painéis fixos com painéis Dual-
Axis Tracked a partir da Figura 2.5 Como se pode verificar, o painel que permite
ajuste em dois eixos de rotação apresenta um aproveitamento muito maior da
energia solar do que o painel fixo.
Figura 2.5 Comparação a potência de saída de uma painel fixo com um Dual-Axis-
Tracked. (SWITCH, 2011)
deixarão de gerar energia elétrica e, além disso, se tornarão, do ponto de vista das
células não cobertas pela sombra, cargas resistivas que degradarão a eficiência do
painel. Para evitar este cenário, os painéis fotovoltaicos atualmente comercializados
apresentam, além das células fotovoltaicas, também circuitos construídos com
diodos, de tal forma a evitar e reduzir este tipo de efeito.
Figura 2.6 Crescimento do mercado mundial de PV. (Global Energy Network Institute, 2010)
rede elétrica, em especial nos Estados Unidos e em alguns países da Europa, como,
por exemplo, Alemanha e Portugal, onde há incentivo por parte do governo para a
injeção de energia “limpa” na rede. Nestes países a geração de energia elétrica em
casa a partir de pequenas turbinas eólicas já é realidade.
A Comissão Eletrotécnica Internacional IEC (do inglês International
Electrotechnical Commission) definiu aerogeradores de pequeno porte (small Wind
turbines) na norma IEC-NORM 61400-2:2006 como sendo os aerogeradores cuja área
varrida pelo rotor da turbina é igual ou menor do que 200 m2. Ainda nesta linha, a
Associação Alemã de Energia Eólica (do alemão Bundesverband Windenergie) foi
além da norma da IEC e verificou que para o valor de referência de 350 W/m2 para a
energia eólica, a norma da IEC engloba aerogeradores de até 70 kW como sendo
aerogeradores de pequeno porte. Em contrapartida, a própria Associação Alemã de
Energia Eólica define aerogeradores de pequeno porte como aqueles cuja potência
é igual ou menor a 100 kW. Todavia, independente de qual é o valor superior exato
para a potência que define aerogeradores de pequeno porte, ainda não se fala
comercialmente, de acordo com a Associação Alemã de Energia Eólica, de
aerogeradores de pequeno porte conectados à rede elétrica com potência superior a
30 kW para uso residencial e fazendas.
Apesar da diferença de tamanho, o princípio de geração de energia elétrica
dos aerogeradores de pequeno porte é exatamente o mesmo do que a dos
aerogeradores de grande porte: uma máquina elétrica (um gerador), integrada a um
eixo conectado a uma espécie de “cata-ventos”, converte a energia cinética do vento
em energia elétrica. As pequenas diferenças de construção entre os aerogeradores
de pequeno e grande porte referem-se principalmente aos equipamentos de
segurança, uma vez que normalmente os requisitos de segurança crescem à medida
que a potência gerada também cresce, e à própria máquina elétrica utilizada, já que,
como verificado em diversos catálogos de aerogeradores, a maioria dos
aerogeradores de pequeno porte utiliza geradores elétricos síncronos de imã
permanente.
Com relação à forma dos aerogeradores, os de pequeno porte não diferem
muito dos de grande porte, uma vez que, de acordo com Farret e Simões (2006), a
forma mais difundida é a com turbinas com três pás. Entretanto, existem várias
outras formas de turbinas que podem ser utilizadas, cuja aplicação pode trazer mais
ou menos benefícios, de acordo com as características eólicas do local de aplicação.
28
A Figura 2.8 a seguir agrupa diferentes tipos de turbinas eólicas em fabricação para
microaerogeradores retiradas dos próprios catálogos dos fabricantes. É possível
verificar, a partir desta figura, que estas podem assumir formas muito diferentes
entre si.
pode, de forma semelhante aos painéis fotovoltaicos, ser utilizado de três diferentes
formas:
I) Sistema Isolado.
II) Sistema de Injeção Direta de Energia na Rede Elétrica.
III) Sistema de Injeção Indireta de Energia na Rede Elétrica.
O sistema isolado (também conhecido como sistema ilhado) é aquele no
qual a energia gerada não é injetada na rede, mas, sim, utilizada no local onde é
gerada. Já o sistema de injeção direta de energia na rede, como o nome já diz, é
aquele no qual a energia gerada é diretamente injetada na rede elétrica, enquanto o
sistema de injeção indireta injeta apenas a energia excedente que não foi utilizada
no instante em que estava disponível na rede elétrica. Para melhor entendimento
destes três tipos diferentes de conexão, foi retirada a Figura 2.9 do catálogo do
inversor Windy Boy, da empresa SMA, na qual as três formas de utilização do
aerogerador podem ser visualizadas. Vale neste ponto a ressalva de que as figuras
correspondem aos requisitos de conexão existentes na Alemanha, país de origem
da empresa SMA. Por este motivo, a figura do sistema de injeção direta na rede
elétrica é mostrada com dois medidores de energia (exigência Alemã). Evidencia-se,
entretanto, que a utilização de apenas um medidor de energia, capaz de medir a
energia nos dois sentidos, o de utilização e o de injeção, também seria possível.
32
Figura 2.10 Estrutura típica de uma CaC (Engenharia e suas engrenagens, 2011).
2.5 MICROTURBINAS
Fabrica
Produto ou Atividade de
Fabricante Conversores Observações
Desenvolvimento
de Potência
Sim, para O principal produto da
Conversores de Potência
Ballard outras Ballard são Células à
Ecostar de 10kW a 1MW
aplicações Combustível
Bowman
Família de Microturbinas Fabrica conversores para
Power Sim
Turbogen de 25kW a 80kW a Elliot Energy Systems
Systems
Capstone Microturbinas de 30kW e
Turbine 60kW (200kW em Sim -
Corporation desenvolvimento)
Componentes básicos das
Microturbinas de 30kW e
Cummins Não microturbinas são obtidos
60kW
da Capstone
Elliott Energy Fornece componentes
Systems Microturbinas de 35kW, 60kW mecânicos de
Não
(Ebara e 80kW microturbinas para a
Corporation) Bowman Power Systems
Ingersoll Rand Microturbinas PowerWorks de
Sem
Energy 70kW (unidades maiores em -
informação
Systems desenvolvimento)
Microturbina T100 de 100kW
Turbec AB Participação modesta no
(quase todas unidades são Sim
(ABB & Volvo) mercado americano
exportadas para a Europa)
Uma larga faixa de
conversores de potência Para outras Sem fabricação de
Xantrex
disponíveis para todo tipo de aplicações microturbinas
geradores
3.1 INTRODUÇÃO
Picos de tensão são variações muito rápidas dos valores de tensão com
durações que vão de microssegundos até alguns milissegundos. De acordo com
Kreith e Goswami (2007), estes picos podem atingir milhares de volts, mesmo em
sistemas de baixa tensão.
Como causa dos picos de tensão estão, principalmente, o chaveamento de
linhas e de bancos de capacitores para correção de fator de potência e, também, o
desligamento de cargas pesadas. Os efeitos dos picos de tensão no sistema de
energia elétrica podem ter desde consequências menos graves, como interferências
eletromagnéticas, até outras gravíssimas, como, por exemplo, a completa queima de
equipamentos e destruição de isoladores.
3.2.8 Ruídos
3.3.1.3 Harmônicos
Potência Instalada
Equipamento
< 10 kW 10 kW a 500 kW > 500 kW(4)
Elemento de desconexão(1) Sim Sim Sim
(2)
Elemento de interrupção Sim Sim Sim
Transformador de Acoplamento Não Sim Sim
Proteção de sub e sobretensão Sim(3) Sim(3) Sim
Proteção de sub e sobrefrequência Sim(3) Sim(3) Sim
Proteção contra desequilíbrio de corrente Não Não Sim
Proteção contra desbalanço de tensão Não Não Sim
Sobrecorrente direcional Não Não Sim
Sobrecorrente com restrição de tensão Não Não Sim
Notas:
(1) Chave seccionadora visível e acessível que a acessada usa para garantir a desconexão da
central geradora durante manutenção em seu sistema.
(2) Elemento de desconexão e interrupção automático acionado por comando e/ou proteção.
(3) Elemento de desconexão e interrupção automático acionado por comando e/ou proteção.
(4) Elemento de desconexão e interrupção automático acionado por comando e/ou proteção.
Tempo de detecção e
interrupção da
Potência da unidade de GD Faixa de Frequência (Hz)
energização por parte da
unidade geradora (s)
> 60,5 0,16
≤ 30 kW
< 59,3 0,16
> 60.5 0,16
< 59,8 – 57
> 30 kW Regulável de 0,16 até 300
(ponto de ajuste regulável)
< 57 0,16
4.1 INTRODUÇÃO
Além disto, vale ressaltar que a microturbina Capstone adquirida para este
laboratório possui um sistema de proteção integrado que, conforme informações
técnicas presentes em seu manual de operação, não necessita de proteções
adicionais para o caso de operação em paralelo com o sistema elétrico de
distribuição. As funções de proteção presentes na turbina atendem a nomenclatura
da IEEE C37.90-1989 e são listadas a seguir:
• Função de proteção 27: proteção contra subtensão
• Função de proteção 59: proteção contra sobretensão
• Função de proteção 81 U/O: proteção contra sub e sobrefrequência
61
200 bar. A Figura 4.5 a seguir mostra os cilindros, suas condições e local de
instalação.
Figura 4.7 Microturbina Capstone C30 e transformador utilizado na conexão com a rede.
Outro detalhe importante acerca do sistema fotovoltaico é que este não pode
ser visto como um gerador trifásico de energia, mas, sim, como três geradores
monofásicos conectados separadamente a cada uma das fases do sistema elétrico.
Além disto, ressalta-se que a saída dos painéis é em corrente contínua (conforme
teoria apresentada no capítulo 2.2), fato que torna também necessária a instalação
de inversores na saída dos três conjuntos de painéis fotovoltaicos, conforme pode
ser visto na Figura 4.9.
Os inversores são da marca alemã SMA e modelo Sunny Boy 2500 U e são,
conforme já especificado, responsáveis pela inversão da energia gerada pelos
conjuntos para os padrões da rede de distribuição. A Figura 4.10 mostra uma foto
dos três inversores conectados ao quadro de comando de conexão à rede. Além
disto, cada conjunto de painéis está conectado em cada inversor através de um
65
Figura 4.10 Invesores Sunny Boy da fabricante SMA (em vermelho) e o quadro de comando
de conexão à rede de distribuição.
a) b)
Figura 4.11: a) CaC utilizada no site de estudos da GD e b) Painel montado com inversor de
frequência e banco de baterias.
à parceria com a CPFL, também integrante deste projeto, tendo em vista que o
Brasil ainda não possui norma específica para a operação em paralelo de fontes de
GD e que a operação de fontes GD ainda só é possível em sistemas que operam de
forma isolada do sistema elétrico.
70
5.1 INTRODUÇÃO
medição trifásico, que converte os sinais de tensão e corrente de cada uma das
fases para um sinal matemático que pode ser então reproduzido pelo Scope, que
por sua vez plota estes sinais e permite sua visualização por parte do usuário. A
Figura 5.3 a seguir foi retirada de um bloco Scope de um aparelho de medição que
foi conectado no terminal das cargas elétricas. Pode-se verificar, a partir desta
figura, que a demanda por energia varia, conforme esperado, a partir do instante
t=6.5s, com o chaveamento das cargas. É interessante verificar que a tensão fica
praticamente constante durante todo o período, apresentando pequenas oscilações,
que não ultrapassam 0.03 pu de variação na tensão, no momento da entrada da
microturbina e nos chaveamentos das cargas. Verifica-se também dois picos de
tensão nos instantes t=2.5s e 4.5s, instantes nos quais se dá a conexão os painéis
fotovoltaicos e da célula a combustível.
alguns transitórios de corrente nos momentos de entrada e saída das outras fontes
de GD e também nos chaveamentos das cargas elétricas.
pelo Scope colocado na saída do medidor trifásico conectado aos terminais da rede.
Esta imagem pode ser visualizada na Figura 5.7, na qual os valores de tensão e
corrente no intervalo da simulação para os terminais da rede são apresentados.
para operar como um gerador síncrono, capaz de fornecer até 30 kVA, de acordo
com as especificações apresentadas no catálogo da microturbina Capstone C30. Os
painéis fotovoltaicos foram representados através de um bloco Static Generator (em
português, conhecido como geradores estáticos), no qual as características do
painel também foram adicionadas. O guia de aplicação da norma IEEE 1547 (IEEE,
2008), define geradores estáticos, citado neste guia como conversores estáticos de
potência (do inglês, Static Power Converter), como o conjunto (entende-se aqui os
conversores de potência) necessário para a conversão de energia de uma fonte de
GD para transformar este energia para os parâmetros a algum sistema elétrico. Este
guia do IEEE justifica ainda esta distinção, por entender que as características
destes tipos de fonte são diferentes das fontes baseadas em geradores síncronos ou
assíncronos (de indução).
Deve-se ressaltar que neste ambiente de simulação não foi adicionada uma
fonte de GD que representasse a CaC, uma vez que para tal seria também
necessária a utilização de um bloco monofásico Static Generator. Entretanto, por
não haver a possibilidade de modelá-lo como uma fonte monofásica, optou-se por
representar sua injeção de potência através de um acréscimo na potência gerada
pelas outras fontes de GD e não utilizar um bloco Static Generator trifásico.
Com o circuito para a simulação de condições operacionais desenvolvido,
realizou-se as seguintes simulações. Ressalta-se que em todas estas simulações a
rede esteve constantemente conectada e as fontes de GD foram programas para
fornecer diferentes potências ao sistema, conforme as características descritas em
cada simulação:
1ª Simulação:
• Cargas elétricas de 30 kVA com cos φ = 1
• Microturbina fornecendo 10 kVA com cos φ = 1
• PV fornecendo 7.5 kVA com cos φ = 1
Com estas características elétricas ajustadas em cada uma das unidades,
executou-se a opção de calcular o fluxo de potência para o sistema. O resultado
encontra-se resumido na tabela a seguir.
83
2ª Simulação:
• Cargas elétricas de 30 kVA com cos φ = 1
• Microturbina fornecendo 25 kVA com cos φ = 1
• PV fornecendo 7.5 kVA com cos φ = 1
Os resultados desta simulação, para um cálculo de fluxo de potência, estão,
da mesma forma como na simulação anterior, resumidos na tabela a seguir.
Tabela 5.2: Resultados da segunda simulação.
3ª Simulação:
• Cargas elétricas de 30 kVA com cos φ = 0.92
• Microturbina fornecendo 25 kVA com cos φ = 1
• PV fornecendo 0 kVA (situação de “sombra”)
O resultados desta simulação podem ser visualizados na tabela seguinte.
Tabela 5.3: Resultado da terceira simulação.
Neste caso simulado, conforme pode ser percebido através da Tabela 5.3,
as fontes de GD não são capazes de suprir toda a necessidade das cargas elétricas.
A rede de distribuição precisa então fornecer o restante desta energia e, portanto,
passa a entregar 2.6 kW e 11.8 kVAr.
É interessante verificar que este é um caso bastante ruim para a
concessionária de energia, uma vez que a rede passa a fornecer pouca potência
ativa em comparação com a potência reativa. Isto significa que a rede passa a
enxergar o consumidor, que neste caso engloba as cargas e as fontes de GD, como
uma única carga com um fator de potência muito baixo. Mais especificamente, a
rede enxerga este consumidor ativo como uma carga elétrica com fator de potência
igual a 0.2159, muito abaixo do 0.92, utilizado pela ANEEL como referência.
Esta condição operacional além de degradar a qualidade da energia, devido
ao baixo fator de potência, também pode apresentar um grande prejuízo à
concessionária de energia, uma vez que esta recebe apenas pela quantidade de
energia “ativa” (afinal, paga-se energia em kWh) e não pela energia aparente
entregue ao consumidor.
4ª Simulação:
• Cargas elétricas de 30 kVA com cos φ = 0.92
• Microturbina fornecendo 25 kVA com cos φ = 1
• PV fornecendo 7.5 kVA com cos φ = 1
85
A Figura 5.13 apresenta uma linha de tempo que indica o momento no qual
os eventos foram realizados na primeira etapa do ensaio. Os momentos de conexão
das fontes de GD bem como das cargas elétricas aparecem indicados.
Figura 5.13 Linha do tempo com indicação dos eventos da primeira etapa do ensaio.
Figura 5.16 Corrente (em A) de cada uma das fases do sistema fotovoltaico.
91
Figura 5.17 Corrente (em A) em cada uma das fases das cargas elétricas.
92
Figura 5.18 Tensão (em V) em cada uma das fases da rede no ponto de conexão.
93
Figura 5.19 Corrente (em A) em cada uma das três fases da rede no ponto de conexão da
fontes de GD.
94
Figura 5.20 Linha de tempo com indicação dos eventos da segunda etapa do ensaio.
Figura 5.22 Corrente (em A) nas três fases da CaC com desconexão.
99
Figura 5.23 Corrente (em A) nas três fases do sistema fotovoltaico com desconexão.
100
Figura 5.25 Tensão (em V) das três fases da rede no ponto de conexão da GD.
102
Figura 5.26 Corrente (em A) nas três fases da rede no ponto de conexão da GD.
103
com a desconexão das cargas, a rede passa a ter que absorver toda a energia
gerada pelas fontes de GD e sofre, em decorrência, uma elevação da tensão no
ponto de conexão. Esta variação no valor de corrente pode ser observada na Figura
5.26, que apresenta uma brusca elevação seguida de um brusco decréscimo, que
corresponde exatamente ao período no qual a carga foi desconectada e novamente
conectada.
Ainda com base na Figura 5.26, pode-se verificar que a segunda brusca
variação do valor da corrente corresponde ao instante no qual há a segunda
sobretensão na Figura 5.25. Esta sobretensão é consequência da desconexão
completa das cargas, através do chaveamento direto do disjuntor trifásico que as
conectava à rede, seguida do desligamento da microturbina. Pode-se perceber
através das Figura 5.24 e Figura 5.21 que a desconexão das cargas ocorre
segundos antes ao desligamento da microturbina.
Mais uma vez a rede passa a absorver toda essa potência gerada pela
microturbina (20 kW) e sofre, mais uma vez, uma elevação do valor de tensão no
ponto de conexão.
Outro aspecto importante permite ser observado através da Figura 5.25, que
apresenta as tensões da rede no ponto de conexão para as três fases. Pode-se
verificar que, ao contrário do que ocorre na primeira etapa do ensaio, a tensão de
regime permanente da rede inicia-se superior ao valor do final do ensaio,
comprovando, novamente, que a GD possui a característica de alterar o perfil da
tensão da rede no ponto de conexão, tornando-a superior no momento em que as
fontes de GD estão conectadas.
Com relação a transitório, alguns puderam ser observados durante a
realização dos ensaios. Transitórios relacionados ao sistema fotovoltaico foram
somente visíveis na conexão dos painéis, porém não durante a desconexão dos
mesmos. Este transitório de conexão foi de curta duração e apresentou pouca
variação de tensão, conforme pode ser observado na Figura 5.27, na qual o
transitório encontra-se destacado.
105
efeitos, foi possível observar e comparar os resultados práticos com os teóricos, bem
como, apontar características importantes das fontes de GD.
Ressalta-se a importância da verificação prática dos efeitos observados em
ambiente computacional. Conforme abordado no conteúdo deste capítulo, as
conexões e desconexões da fonte de GD requerem maior cuidado e etapas na
prática, o que dificulta, muitas vezes, sua representação fiel no ambiente de
simulação.
108
ilhada, também conhecida como microgrid, poderia ser vista como a desconexão de
uma fonte de GD com grande potência e seus impactos na rede, em especial no
ponto de conexão, poderiam atingir proporções perigosas. Sugere-se, em tais casos,
a desconexão gradual das fontes de GD e posterior religamento, de forma a reduzir
o impacto da desconexão destas no sistema elétrico.
Destaca-se, com base nos estudos presentes neste trabalho, a importância
da investigação dos efeitos da conexão de GD aos sistemas de distribuição de baixa
tensão por parte das concessionárias e a importância de um gerenciamento destas
fontes. Permitir a operação independente de cada uma das fontes da GD
conectadas aos sistemas de distribuição não parece ser adequada tanto para
consumidores quanto para concessionárias de energia, tendo em vista que há a
possibilidade de se afetar negativamente a qualidade da energia da rede.
A conexão massiva de GD necessita, portanto, de um controle e um
gerenciamento inteligente. O próprio PRODIST (2011) destaca em seu texto que “a
distribuidora pode reunir as unidades produtoras de uma mesma área e conectadas
ao seu sistema de distribuição, para formar Centros de Despacho de Geração
Distribuída – CDGD”, já evidenciando a importância do gerenciamento da GD em
sistemas elétricos e apontando uma possível solução para o problema.
Ressalta-se, contudo, que, no caso do Brasil, deve-se ainda concentrar os
esforços não apenas na busca de uma operação e gerenciamento ótimo destas
fontes, mas, também, na elaboração de uma norma específica para a GD em
sistemas de distribuição de baixa tensão, de forma a contribuir para o
desenvolvimento da mesma, que, conforme apresentado no início deste trabalho, é
uma realidade em países desenvolvidos e vem sendo apontada como solução para
diversas questões, dentre as quais, a de eficiência energética e da redução da
emissão de gases poluentes.
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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115