Você está na página 1de 12

CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

MARIA FÁTIMA DE BRITO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO


PROJETO PRÁTICO

ITANHAÉM
2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

MARIA FÁTIMA DE BRITO

PROJETO PRÁTICO
DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Relatório de estágio apresentado à disciplina Estágio


Supervisionado, do Centro Universitário FAVENI, no
Curso de Licenciatura de História, como pré-requisito
para aprovação.

ITANHAÉM
2021
A PRATICIDADE NAS AULAS DE HISTÓRIA

RESUMO

Esta pesquisa bibliográfica teve como objetivo sugerir os procedimentos adotados


por professores de História em suas aulas para que estas se tornem atrativas e
produtivas criando assim uma consciência crítica e coletiva dos fatos históricos
usando diversas metodologias já testadas e aprovadas. A amostra constou de
diversas leituras nos campos da Filosofia, Sociologia e Psicologia da Educação
como embasamento para se conhecer a fenomenologia das relações cognitivas e
afetivas que se estabelecem entre professor, aluno e escola, vários textos foram
analisados apuradamente para se encontrar uma práxis mais factível e libertadora
de ensinar. O objetivo deste projeto é apresentar maneiras práticas de intervenções
pedagógicas que possam ser utilizadas dentro da sala de aula, mais precisamente
nas aulas de História, para tanto foi usado o método de pesquisas nas áreas de
Psicologia da Educação, Sociologia da Educação e Filosofia da Educação. Os
resultados positivos podem ser vistos em vídeos que mostram o contexto de sala de
aula na disciplina de História. Este trabalho deveu-se à necessidade que os
professores de História têm de provocar o interesse dos alunos pelos fatos históricos
sem se tornar muito pragmático com técnicas puramente mnemônicas e destituídas
de reflexão e ação.

PALAVRAS-CHAVE: Procedimentos. Metodologias. Pesquisas. Intervenções.


1 SUMÁRIO

2 RESUMO.......................................................................................................3

3 DESENVOLVIMENTO...................................................................................5

4 RELATO DE ESTUDO.................................................................................10

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................11

6 REFERÊNCIAS...........................................................................................12
2. DESENVOLVIMENTO

Pelo termo ‘praticidade nas aulas de história’ designam-se metodologias e


métodos muito próximos da realidade da sala de aula e, portanto, úteis para o
aprimoramento dos professores, o que contribui para a reflexão de suas aulas na
mente dos alunos e sua função de incutir um senso crítico da história e sua
contextualização na vida própria. A praticidade no ato de ensinar quaisquer matérias
está no fundamento de todas as práxis pedagógicas e pode ser vivenciada
diariamente. Se quisermos saber como se ministra uma aula, não há melhor
caminho do que obter estas informações através de exemplos de professores e
pesquisadores que já ministraram aulas e com que eficácia o fez. O método utiliza-
se das observações e anotações pessoais no âmbito das relações pedagógicas
dentro da sala de aula. Busca conhecer as sugestões que são dadas via direta ou
indireta de como se dá uma aula bem-sucedida, fornecendo uma riqueza de
detalhes sobre o tema. Dá-se ao professor pesquisador a liberdade para reger sua
profissão com perícia estabelecendo uma comunicação entre o que já está feito e o
que ele pode adaptar para suas salas de aulas. A eficácia dessa pesquisa está no
fato de ser um conceito universal o tema que tem a ver com o prazer de aprender
sem ser forçado para isso, carrega também o sentido do porquê deveria ser
ensinado e aprendido o assunto que o professor de História elaborou para aquele
determinado momento. Inclui, além da sugestão da parte teórica, todos os
documentos práticos que possam ser consultados como vídeos do youtube, análise
de pesquisas de campo, depoimentos de professores, entrevistas com docentes
experientes. O estudo desse tema tem buscado maior aproximação com as
necessidades escolares, do saber fazer aquilo que se pretende, ou seja, de ministrar
uma boa aula. Neste sentido, o método ‘praticidade nas aulas de história’ oportuniza
aos pesquisadores aprender a buscar outras fontes documentais que possam
contribuir para seu sucesso profissional que o tira da zona de conforto e geram
resultados palpáveis e factíveis, o que implica em tê-lo como um parceiro, como uma
segunda voz de aconselhamento e que produz um professor reflexivo para um aluno
também reflexivo.
2.1 A IMPORTÂNCIA DE SE ESTUDAR HISTÓRIA

Por ser uma ciência antropológica, pois estuda a vida do homem através do
tempo e do espaço, não dá para se furtar ao seu estudo, haja vista que o ser
humano faz história todos os dias. Nesse sentido podemos dizer que a história não é
passiva, pois ela mostra como o homem se torna um agente observador e
transformador do mundo. Por isso que as três “irmãs” que trabalham juntas para
buscar entender essas necessidades de transformação são: Psicologia, Filosofia e
Sociologia. Se quisermos uma vida de sabedoria basta voltarmos nossos olhos ao
passado e trazer para o presente, comportamentos e reflexões que deram certo.

“A História não se resume à simples repetição dos conhecimentos


acumulados. Ela deve servir como instrumento de conscientização dos
homens para a tarefa de construir um mundo melhor e uma sociedade
mais justa.” (Lilian Aguiar, Revista Escola Kids).

2.1.1 Estudar História para quê?

Conforme o PCN do Ensino Fundamental espera-se que os alunos sejam capazes


de identificar o próprio grupo de convívio e as relações que estabelecem com outros
tempos e espaços; organizar alguns repertórios histórico-culturais que lhes permitam
localizar acontecimentos numa multiplicidade de tempo de modo a formular
explicações para algumas questões do presente e do passado; conhecer e respeitar
o modo de vida de diferentes grupos sociais em diversos tempos e espaços em suas
manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais, reconhecendo
semelhanças e diferenças entre eles; reconhecer mudanças e permanências nas
vivências humanas, presentes na sua realidade e em outras comunidades, próximas
ou distantes no tempo e no espaço; questionar sua realidade, identificando alguns
de seus problemas e refletindo sobre algumas de suas possíveis soluções,
reconhecendo formas de atuação políticas institucionais e organizacionais coletivas
da sociedade civil; utilizar métodos de pesquisa e de produção de textos de
conteúdo histórico, aprendendo a ler diferentes registros escritos, iconográficos,
sonoros; valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade,
reconhecendo-a como um direito dos povos e indivíduos e como um elemento de
fortalecimento da democracia.

2.1.2 Erros do professor de História em suas aulas:

A. Querer dar conta de todo ou quase todo conteúdo:


Na pressa de terminar no prazo o conteúdo, os professores começam a pular
assuntos, terminar o cronograma rapidamente. Tudo isso seria resolvido com uma
reflexão à priori, ou seja, um currículo enxuto do que realmente será relevante para
os alunos. É necessário fazer essa adaptação devido à quantidade de conteúdos do
livro não coadunar com a quantidade de aulas reduzidas que o professor tem. Como
o historiador Leandro Karnal:

“Eu diria que ensinar História é uma atividade submetida a duas


transformações permanentes: a do objeto em si e a da ação
pedagógica. O objeto em si (o fazer histórico) é transformado pelas
mudanças sociais, pelas novas descobertas arqueológicas, pelo debate
metodológico, pelo surgimento de novas documentações e por muitos
outros motivos. A ação pedagógica muda porque mudam seus agentes:
mudamos professores, mudam os alunos, mudam as convenções de
administração escolar e mudam os anseios dos pais.” (Karnal, 2003)

A situação piora quando são professores que trabalham com sistema apostilado
e conteúdo pré-determinado ou seguem o ritmo ou são dispensados.

B. Limitar a História a modos de produção e de opressão

O olhar de muitos historiadores tem se voltado para questões econômicas e


sociais e nesse posicionamento muitas outras faces da História importantes para
o desenvolvimento do aluno foram escanteadas.

C. Fazer da aula de história uma tribuna ideológica ou um comitê partidário

Em 1960 até 1970 esse comportamento de convicções políticas era tido como
suficiente para direcionar o ensino de qualquer disciplina e ainda seduz muitos
professores que usam seu trabalho como instrumento de propaganda ideológica
ou de pregação religiosa.

D. Falar demais e querer explicar tudo


Como “causos” puxam outros, na explanação das aulas, há muita mistura de
assuntos, o que dá pouco ou nenhum tempo para reflexão dos alunos e no dia
da prova é perguntado coisa diferente; e toda empolgação e relevância do que
foi falado nas aulas.

E. Falar em “historiês” durante as aulas

Isso distancia os alunos dos objetos a que se propõem as aulas. E isso leva o
aluno a simplesmente decorar as falas para reproduzir nas provas. Linguagem
correta e adequada, comunicação clara e eficiente é um dos pontos que
diferenciam o historiador do professor e da história e que garantem o sucesso ou
o fracasso da aprendizagem de História.

F. Apostar nos recursos audiovisuais como único recurso no ensino

Na Internet há muito material de qualidade discutível e nada confiável. O


audiovisual é somente um meio de aprendizagem, mas não garante o
aprendizado nem o conhecimento de um conteúdo. Deve ser bem preparada a
aula, com questões antes e depois a serem discutidas e é uma das ferramentas,
não a principal. Todo ensino deve ter uma intencionalidade com metodologia e
estratégias.

G. Fazer crítica pela crítica, sem base e sem conhecimento

O entendimento do texto sempre precede à sua interpretação crítica. Pinsky e


Pinsky traça algumas considerações sobre isso:

“Antes de entender um texto, uma questão, uma conjuntura,


professores e alunos já lançam a crítica! Ela está na ponta da língua, ou
seja, precede a compreensão da complexidade do fenômeno histórico.
‘Tal autor? Está superado’, dizem alunos e professores que nunca se
deram ao luxo de lê-los, mas se permitem julgamentos definitivos com
base em algo ouvido em um corredor ou lido às pressas em uma página
de uma revista semanal de informações. Defendemos, pois, a “volta” do
conteúdo às salas de aula, da seriedade.” (Pinsky e Pinsky, 2003).

H. Ter mania de desconstrução

Ainda que o professor tenha um profundo conhecimento e domínio das versões,


o aluno que está começando a construir seu conhecimento e de repente escuta:
“O quadro: ‘O grito do Ipiranga’ é uma mentira”. Isso soa muitas vezes como uma
vaidade intelectual do professor. Provoca no aluno um ceticismo para fazê-lo
questionar sempre: Se não foi assim, para que estudar História se, no final, é
tudo mentira? Só a desconstrução não basta:
“Só a desconstrução não basta (além do vazio provocado, deixa um
gostinho de insatisfação e niilismo no ar – no limite, supervaloriza o
relativismo e tira o poder de ação das mãos dos sujeitos históricos); é
preciso que alunos tenham acesso a algum conteúdo histórico e que
entendam sua contextualização”. (Pinsky e Pinsky, 2003).

A seriedade em ensinar História tem a ver com ser sensível a ponto de conhecer
as necessidades dos alunos, seus ritmos de aprendizagem, suas falas, suas
diferentes idades e toda uma psicologia educacional.

2.1.3 Proposta para se ter aulas de História mais interessantes

A. Proponha o uso de variadas fontes históricas:

Consciência histórica dos alunos e suas reflexões. Pode haver trabalhos como:
criação de vídeos, paródias, jornais, recriação de fotos antigas, contação de
lendas, fontes escritas, registros orais, fotografias, filmes, quadrinhos.

B. Ensine a partir da data de aniversário dos alunos ou de parentes

O que estava acontecendo mundial ou localmente quando você nasceu; se


houve alguma influência de nomes ou lugares na vida deles.

C. Utilize jogos de tabuleiro para reconstruir identidades

Jogos que sempre fizeram parte da cultura nacional com significado e influências
atuais.

D. Promova uma competição de fantasias

O professor pode dar uma aula com roupas de uma certa época.

E. Utilize jogos de passatempo

Palavras cruzadas e caça-palavras. Podem ser usados como um momento lúdico


em que se aprende.
1 RELATO DE ESTUDO

Aos 74 anos, a vovó Iara Zeve fez um livro para homenagear seus dez netos.
Isso é uma prova de que a História é uma forma de perpetuar nossas memórias
e seus ensinamentos.

Os alunos podem teatralizar algum momento da história que gerou algum


conhecimento e se apresentam para a escola. É um meio de internalizar a essência
dos fatos históricos.
2 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As escolas do século XXI são muito diferentes das escolas dos séculos anteriores;
estão mais tecnológicas e exigentes, e com isso em vista aos professores de
História são levantadas as seguintes questões: Como meus alunos estão
desenvolvendo seu pensamento crítico em minhas aulas de História? Como estou
usando as novas tecnologias e as parcerias para ministrar uma aula atrativa e
produtiva? Na esteira desse raciocínio, a proposta deste projeto de estágio foi
levantar questões, dar sugestões de aulas que deram certo, analisar erros das aulas
de história que entravam nos alunos o gosto pela busca de seu antepassado
histórico e sua consecução como ser no mundo. Anos após anos, as aulas de
História foram marcadas pela opressão de um regime ditatorial e cheias de
intencionalidades, dessa forma as aulas foram engessadas e programadas para
concordância do que se está escrito nos livros, por isso a utilização de decoração de
datas e nomes com função de aplicar uma parte em provas e chamadas orais sem
nenhuma criticidade bilateral. Pesquisando trabalhos bibliográficos na internet de
professores que fazem acontecer em suas aulas de historia, pudemos observar que
dá para melhorar a forma em como o professor de História pode trabalhar seu
conteúdo e se deu certo para muitos outros professores de História há uma grande
chance de dar certo para aquele que tem boa vontade de tentar e crescer como
pessoa e como profissional.
REFERÊNCIAS

encurtador.com.br/afikK
encurtador.com.br/aoAWY
encurtador.com.br/bikIS
encurtador.com.br/cluM5
encurtador.com.br/ejmDN
encurtador.com.br/epRZ5
encurtador.com.br/FS248
encurtador.com.br/hsGRX
encurtador.com.br/jrH39
encurtador.com.br/mqvDV
encurtador.com.br/N3569
encurtador.com.br/rvCIZ
encurtador.com.br/Uenwz
encurtador.com.br/wFXY0

Você também pode gostar