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OBRAS DE SANEAMENTO INTRODUÇÃO

Ementa
• Técnicas para implantações de obras de saneamento com ênfase para
as unidades hidráulicas afetas aos sistemas de abastecimento de água
e esgotamento sanitário, métodos construtivos, planejamento e
controle dessas obras e suas interfaces com a sociedade e o meio
ambiente.
Objetivos de Aprendizagem
- Descrever todas as unidades que compõem um sistema de
abastecimento de agua e esgotamento sanitário;
-Compreender os processos de sistema individual e coletivo de
esgotamento sanitário;
-Compreender os processos convencionais e avançados de tratamento
e armazenamento de água e esgotos;
- Conhecer, identificar e aplicar os métodos usuais de planejamento e
execução de obras de saneamento básico.
Competências
- Aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais à engenharia;
- Projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados;
- Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos;
- Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de engenharia;
- Identificar, formular e resolver problemas de engenharia;
- Desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técnicas;
- Supervisionar a operação e a manutenção de sistemas;
- Avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas;
- Comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica;
- Atuar em equipes multidisciplinares;
- Compreender e aplicar a ética e responsabilidade profissionais;
- Avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental;
- Avaliar a viabilidade econômica de projetos de engenharia;
- Assumir a postura de permanente busca de atualização profissional.
Contribuição para o Perfil do Egresso
• Capacitar o aluno para elaboração de projeto básico de sistemas de
abastecimento de água e de coleta e transporte de esgoto sanitário.
Conteúdo
Abastecimento de Água:
- Dimensionamento Hidráulico e Traçado das Adutoras por Recalque e por Gravidade
- Peças Especiais e Órgãos Acessórios
- Bombas e Estações Elevatórias
- Orientações para Projeto
- Operação, Manutenção e Medição de Consumo dos Sistemas de Abastecimento de Água

Esgotamento Sanitário
- Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário (Traçado)
- Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário (Vazões de dimensionamento)
- Projeto de redes coletoras de esgoto (Declividades das tubulações)
- Projeto de redes coletoras de esgoto (Tensão Trativa e Velocidade Crítica)
- Acessórios de limpeza - Projeto de interceptores de esgoto sanitário
- Projeto e operação de sifões invertidos
- Projeto e operação de elevatórias de esgoto
Bibliografia Básica
• AZEVEDO NETTO, J. M. Manual de hidráulica. São Paulo: Edgard
Blucher Ltda. 2000.(14ex.8ed.1998, 10ex.8ed. 2002, 15ex.8ed. 2015)

• DACACH, Nelson Gandur. Saneamento básico. Rio de Janeiro.


Disponível em: 2007.(01ex 1979)

• NUVOLARI, Ariovaldo et al. Esgoto sanitário. São Paulo 2007. (Esgoto


sanitario: coleta, transporte, tratamento e reuso agrícola,08ex 2003.
12ex 2 ed. 2011)
Bibliografia Complementar
• PRESCRIÇÕES técnicas, para implantações de obras de sistemas de
abastecimento de água e esgotamento sanitário – Cesan, Sabesp e
Sanepar.
• BOTELHO, Manoel Henrique C. Águas de chuva. São Paulo: Edgard
BlucherLtda, 2001.( 8ex. 2ed.1998. 01ex. 3ed.2011)
• PHILPI JÚNIOR, A.. Saneamento, Saúde Ambiente: Fundamentos Para
Um Desenvolvimento. MANOLE,2005. (22ex. 2005)
• MINISTÉRIO DA SAÚDE; Fundação SESP. Manual de saneamento.
4ed.Rio de Janeiro, 2006.
Leituras Complementares
• NBR 12211:1992 Estudo de concepção de sistemas de abastecimento de água
• NBR 12215:1992 Projeto de adutoras
• NBR 12213:1992 Projeto de sistemas de captação superficial de águas para abastecimento
• NBR 12216:1992 Projeto de estações de tratamento de água
• NBR 12212:1992 Poços de captação de água subterrâneas
• NBR 12217:1994 Reservatórios para abastecimento de água
• NBR 12214:1992 Estações de bombeamento de água para abastecimento
• NBR 12218:1994 Projeto de redes de abastecimento de água
• NBR 9800:1987 Critérios para lançamento de águas residuárias industriais em coletores públicos
• NBR 7968 Sobre diâmetros nominais de condutos
• NBR 9648:1986 Estudo de concepção de sistemas de esgotos sanitários
• NBR 9814:1987 Execução de redes de esgotos
• NBR 9649:1986 Projeto de redes de esgoto
• NBR 12209 Projeto de estações de tratamento de esgotos domésticos
• NBR 12208 Estações elevatórias de esgoto
• NBR 12207 Projeto de interceptores de esgotos
Relações Interdisciplinares
• Hidráulica, Saneamento Básico 1 e Saneamento Básico 2.
AULA 1 - INTRODUÇÃO
ESGOTO ÁGUA
OBSERVAÇÃO:

Os valores citados tem como base o custo global médio de


obras de saneamento no Brasil, de acordo com o INCC.

Fontes: Instituto Trata Brasil


Com o Decreto nº 7.217 aprovado em 2010, espera-se destinar
os recursos da união apenas para as cidades que elaborarem o
Plano Municipal de Saneamento Básico. Apesar dos diversos
adiamentos, é esperado que o decreto entre em vigor em 2018
e que com isso, dê uma melhor destinação ao dinheiro público.
• Diversos cursos de especialização em Obras Públicas de Edificação e
de Saneamento então sendo oferecidos em diferentes instituições.
O papel de cada um

• A Constituição determina como competência comum da União, dos


estados, do Distrito Federal e dos municípios a promoção de
programas de melhoria das condições de saneamento básico. Assim
essas responsabilidades são compartilhadas entre as três esferas de
governo, sendo necessária e desejável a ação conjunta para que os
serviços atendam a toda a população.
Governo federal
• A União institui as políticas nacionais e é responsável por garantir a maior parte dos
investimentos em saneamento básico, por meio de recursos do Orçamento Geral da
União (OGU), do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Fundo de
Amparo ao Trabalhador (FAT). Vários ministérios atuam no saneamento de forma
coordenada com uma divisão de responsabilidades:

1)Ministério das Cidades apoia os municípios com mais de 50 mil habitantes, os


integrantes de regiões metropolitanas e as regiões integradas de desenvolvimento.
2)Ministério da Saúde define os padrões de qualidade da água para consumo humano
e, por meio da Fundação Nacional da Saúde (FUNASA) é responsável pela assistência
aos municípios com população de até 50 mil habitantes, aos assentamentos rurais, às
áreas indígenas, quilombolas e de outras populações tradicionais.
3)Ministério do Meio Ambiente coordena o Programa Nacional de Resíduos
Sólidos Urbanos e, com apoio da Agência Nacional de Águas (ANA), atua na
gestão do uso das águas.
4)Ministério da Integração Nacional atua principalmente na região do
semiárido e nas bacias dos rios São Francisco e Parnaíba, em programas que
visam aumentar a oferta de água para os seus diversos usos, em especial,
para o consumo humano.
5) Ministério do Desenvolvimento Social coordena o programa para
instalação de um milhão de cisternas no semiárido.
6)Ministério do Trabalho coordena o programa de cooperativas de catadores
de materiais recicláveis.
7)Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) são os principais agentes financeiros e
responsáveis pela execução dos programas, repassando recursos e
acompanhando as ações contratadas.
COMPONENTES DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO
DE ÁGUA
• NBR 12211 (1992) – Estudo de Concepção de Sistemas Públicos de
Abastecimento de Água.
• NBR 12213 (1992) – Projeto de Captação de Água de Superfície para
Abastecimento Público.
• NBR 12214 (1992) – Projeto de Sistemas de Bombeamento de Água para
Abastecimento Público.
• NBR 12215 (1991) – Projeto de Adutoras de Água para Abastecimento
Público.
• NBR 12216 (1992) – Projeto de Estação de Tratamento de Água para
Abastecimento Público.
• NBR 12217 (1994) – Projeto de Reservatório de Distribuição de Água para
Abastecimento Público.
• NBR 12218 (1994) – Projeto de Rede de Distribuição de Água para
Abastecimento Público.
CONCEPÇÃO
• Identificação e quantificação de todos os fatores intervenientes com o
sistema de abastecimento de água
• Diagnóstico do sistema existente
• Estabelecimento de parâmetros básicos de projeto
• Pré-dimensionamento das unidades dos sistemas para as alternativas
• selecionadas
• Escolha da alternativa mais adequada mediando comparação técnica,
• econômica e ambiental
• Estabelecimento das diretrizes gerais de projeto
QUAIS AS ETAPAS PARA A CONCEPÇÃO DO
PROJETO?
1.Caracterização da área de estudo - Características físicas - Uso e ocupação do solo -
Aspectos sociais e econômicos - Sistemas de infraestrutura e condições sanitárias
2. Análise do sistema de abastecimento de água existente - Descrição - Diagnóstico
3. Levantamento dos estudos e planos existentes
4. Estudos demográficos e de uso e ocupação do solo
5. Critérios e parâmetros de projeto
6. Demanda de água - Estudo de demanda - Cálculo das demandas
7.Estudo de mananciais - Manancial superficial - Manancial subterrâneo - Seleção de
mananciais
8. Formulação das alternativas de concepção
9.Pré-dimensionamento das unidades dos sistemas - Captação - Estação elevatória e
linha de recalque - Adutoras - Estação de tratamento de água - Reservatório e redes
de distribuição
10. Estimativa de custo das alternativas propostas
11.Análise das alternativas propostas - Análise técnica - Análise econômica - Análise
Ambiental - Comparação técnica, econômica e ambiental
12. Concepção escolhida
Exemplo:
Dimensionamento Hidráulico e Traçado das
Adutoras por Recalque e por Gravidade

• Classificação das
adutoras
TRAÇADO DA ADUTORA
EXEMPLO 1:

DESCREVA OS
TIPOS DE ADUTORA
EM CADA SITUAÇÃO
Materiais da adutora
Existem 4 tipos de união em tubulações
sanitárias:
a) Tri-clamp: é uma união tipo
abraçadeira, sanitária, que oferece
meio liso e não contaminante para o
produto. É a mais indicada onde
existe sistema de limpeza CIP
(Cleaning in Place; Limpeza no
Local). É de fácil desmontagem e é
composta de dois encaixes iguais
côncavos.

b) Flange: união não sanitária


composta por duas flanges de face
plana e anel.
c) Rosca: É sanitária e
deve ser de fácil
desmontagem para
limpeza e inspeção. É
composta de macho,
niple, porca e anel.

d) Solda: é o sistema mais


sanitário e é resistente à corrosão.
Minimiza a perda de carga e a
contaminação.
Muito usado em instalações com
sistema de limpeza CIP.

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