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Durante vários anos, verificou-se na maior parte dos países desenvolvidos uma
acumulação irresponsável dos seus resíduos (urbanos, hospitalares, industriais, outros)
sem o respectivo tratamento. Esta atitude poderá ter impactos a médio e longo prazo
na contaminação dos solos, águas e ar, com efeitos nefastos para a saúde pública.
Após várias pesquisas realizadas, surgiu uma nova forma de tratamento do lixo: a Co-
Incineração.
Mas em que é que de facto consiste a Co-Incineração?
Numa primeira fase, os resíduos industriais perigosos são enviados para uma estação
de pré-tratamento. Os lixos com pouco poder calorífico são fluidizados (trituração,
dispersão e separação dos materiais ferrosos); os resíduos líquidos são impregnados
com serradura e submetidos a uma possível centrifugação (no caso de possuírem
grandes quantidades de água); os resíduos termo fusíveis, alcatrão e betumes, são
rearmazenados em lotes.
Numa segunda fase os resíduos são levados para as cimenteiras. Em caso de acidente
de transporte, os impactos ambientais serão muito menores do que antes do
tratamento dos mesmos.
Nas cimenteiras são pulverizados para o forno tirando partido do seu poder calorífico
(Ex: combustíveis) ou utilizados como matéria-prima substituta na produção de
cimento.
Para evitar uma remota, mas possível fuga de gases devem ser instalados filtros de
mangas nos fornos das cimenteiras, aumentando a margem de segurança.
As substâncias que podem ser co-incineradas são;
Consideram-se como resíduos perigosos e que podem ser co-incinerados uma
gama variada de substâncias na forma líquida, sólida ou pastosa tais como:
solventes de limpeza, solventes de indústria química, tinta e vernizes, óleos
usados, alcatrões, betumes, lamas de estações de tratamento de águas, etc. Estes
resíduos envolvem muitas vezes na sua constituição hidrocarbonetos e
compostos clorados e fluorados, entre outros, e alguns deles possuem um
elevado poder calorífico o que para a produção de energia nos fornos das
cimenteiras é ideal.
Apesar de, desde o início, a contestação promovida ter sido acusada de localista, com
o desenrolar dos acontecimentos, foram sendo estabelecidas pontes de diálogo e
foram sendo suscitadas questões até aí inexistentes no nosso país. O movimento de
protesto assumiu ainda uma posição de vanguarda ao posicionar-se contra a chamada
«cultura tóxica», uma das questões actualmente mais em voga.
Mas como balanço final parece-me uma boa solução para nos ajudar a ver livres das
toneladas de resíduos que produzimos em nossas casas.