Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CB - 1. Sistema Financeiro Nacional: Página
CB - 1. Sistema Financeiro Nacional: Página
SISTEMA FINANCEIRO
NACIONAL
0|P ág ina
Sumário
1.1 Sistema Financeiro Nacional ...........................................................................................................2
Órgãos de Regulação e Fiscalização – Principais atribuições............................................................6
Conselho Monetário Nacional (CMN)...........................................................................................6
Banco Central do Brasil (Bacen) ...................................................................................................7
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ....................................................................................11
Banco do Brasil ...........................................................................................................................13
Caixa Econômica Federal ............................................................................................................16
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ...........................................17
Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) ...............................................18
Participantes do Mercado – Principais atribuições ........................................................................20
Bancos Comerciais: .....................................................................................................................20
Bancos Múltiplos ........................................................................................................................21
Banco de Investimentos .............................................................................................................22
Banco de Desenvolvimento ........................................................................................................23
Cooperativas e Sociedades de Crédito Imobiliário .....................................................................26
Companhias Hipotecárias ...........................................................................................................29
Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários ............................................................30
Sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários: principais funções .........................31
Sociedade de arrendamento mercantil (leasing) .......................................................................32
1.2 Clearings e Sistemas......................................................................................................................34
Desenho do Novo SPB: conceitos ...................................................................................................34
Infraestruturas do mercado financeiro ......................................................................................35
Arranjos de pagamento ..............................................................................................................36
O novo Sistema de Pagamentos Brasileiro .................................................................................37
Sistema de Transferência de Reservas (STR) ..............................................................................38
Clearings..........................................................................................................................................39
Selic .............................................................................................................................................39
Clearing B3..................................................................................................................................40
1|P ág ina
1.1 Sistema Financeiro Nacional
Subsistema Normativo
Sistema Financeiro
Nacional (SFN)
Subsistema de
intermediação
Podemos então dizer que o SFN age em duas frentes: (a) na normatização dos serviços ligados ao
mercado financeiro e (b) na intermediação financeira.
1
Pessoas, empresas, governo.
2|P ág ina
Conselho Monetário
Nacional (CMN)
Sistema Normativo
Comissão de Valores
Mobiliários (CVM)
Instituições especiais
Instituições Financeiras
não Bancárias
Sistema Brasileiro de
Poupança e Empréstimo
(SBPE)
Sistema de
Intermediação
Instituições auxiliares
Instituições não
Financeiras
O Banco Central do Brasil trouxe, recentemente, um novo desenho do SFN, sendo este organizado
por agentes normativos, supervisores e operadores. Os órgãos normativos determinam regras gerais
para o bom funcionamento do sistema. As entidades supervisoras trabalham para que os integrantes
do sistema financeiro sigam as regras definidas pelos órgãos normativos. Os operadores são as
instituições que ofertam serviços financeiros, no papel de intermediários. Percebe-se, também, uma
divisão quanto ao campo de atuação:
3|P ág ina
Moeda, crédito, capitais e câmbio
Seguros privados
Seguradoras e resseguradores
Operadores Entidades abertas de previdência
Sociedades de capitalização
4|P ág ina
Previdência Fechada
Entidades fechadas de
Operadores previdência
complementar (fundos de
pensão)
5|P ág ina
Órgãos de Regulação e Fiscalização – Principais atribuições
Conselho Monetário Nacional – CMN, Banco Central do Brasil – Bacen, Comissão de Valores
Mobiliários – CVM, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social e Conselho de Recursos do SFN.
Órgão superior do Sistema Financeiro Nacional (SFN), cuja responsabilidade é formular a política da
moeda e do crédito. Seu objetivo é a estabilidade da moeda e o desenvolvimento econômico e
social do país.
O CMN foi instituído pela Lei 4.595/1964, e tem em sua composição o Ministro da Economia
[presidente do Conselho], o Presidente do Banco Central e o Secretário Especial de Fazenda do
Ministério da Economia.
O artigo 3º da Lei que instituiu o Conselho define os objetivos do CMN, evidenciando seu caráter
normatizador (CMN não executa):
Os membros do CMN reúnem-se uma vez por mês para deliberar sobre assuntos atinentes aos
objetivos elencados. Em casos extraordinários, pode ocorrer mais de uma reunião por mês. As
matérias aprovadas são regulamentadas por meio de Resoluções divulgadas no Diário Oficial da
União (DOU) e na página de normas do Conselho e do Banco Central.
6|P ág ina
Banco Central do Brasil (Bacen)
O Banco Central deve, segundo o artigo 9º, se submeter ao CMN e à legislação em vigor. Compete
privativamente ao Bacen:
I. Emitir papel-moeda e moeda metálica, nas condições e limites autorizados pelo CMN;
Atenção!
No Brasil, a cunhagem (impressão) da moeda é realizada com exclusividade pela Casa da Moeda,
e a emissão da moeda (entrega do numerário ao sistema bancário) é de responsabilidade do
Banco Central.
7|P ág ina
VIII. Ser depositário das reservas oficiais de ouro e moeda estrangeira e de Direitos Especiais de
Saque e fazer com estas últimas todas e quaisquer operações previstas no Convênio
Constitutivo do Fundo Monetário Internacional;
IX. Exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas;
X. Conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que possam:
a. Funcionar no País;
b. Instalar ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no exterior;
c. Ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas;
d. Praticar operações de câmbio, crédito real e venda habitual de títulos da dívida
pública federal, estadual ou municipal, ações, debêntures, letras hipotecárias e
outros títulos de crédito ou mobiliários;
e. Ter prorrogados os prazos concedidos para funcionamento;
f. Alterar seus estatutos;
g. Alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acionário.
XI. Estabelecer condições para a posse e para o exercício de quaisquer cargos de administração
de instituições privadas, assim como para o exercício de quaisquer funções em órgãos
consultivos, fiscais e semelhantes, segundo normas que forem expedidas pela CMN;
XII. Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos
públicos federais;
XIII. Determinar que as matrizes das instituições financeiras registrem os cadastros das firmas
que operam com suas agências há mais de um ano.
8|P ág ina
- Emissão de moeda e execução dos serviços de meio circulante;
- Formulação, execução, e acompanhamento das políticas cambial, monetária e creditícia;
- Formulação, execução e acompanhamento da política de relações financeiras com o exterior;
- Recebimento de depósitos compulsórios e voluntários dos bancos comerciais e concessão
de crédito a eles;
- Depositário das reservas internacionais do País.
I. Presidente;
II. Diretor de Administração (Dirad);
III. Diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta (Direc);
IV. Diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos (Direx);
V. Diretor de Fiscalização (Difis);
VI. Diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução (Diorf);
VII. Diretor de Política Econômica (Dipec);
VIII. Diretor de Política Monetária (Dipom);
9|P ág ina
IX. Diretor de Regulação (Dinor).
Todos os integrantes relacionados são nomeados pelo Presidente da República, entre brasileiros de
ilibada reputação e notória capacidade em assuntos econômico-financeiros, após sabatinados no
Senado Federal.
▪ “Banco dos bancos” → capta depósitos dos bancos (compulsórios e livres) e preserva a
liquidez do sistema;
▪ Executor de política monetária → exerce controle sobre meios de pagamentos e taxas
de juros da economia;
▪ Emissor de moeda → coordena distribuição do dinheiro emitido pela Casa da Moeda aos
bancos;
▪ Fiscalizador do SFN → controla e fiscaliza as instituições financeiras, aplicando
penalidades e decretando intervenções;
▪ Banco do Governo → representa o Brasil no sistema financeiro internacional, mantem
depósitos em moeda nacional e internacional, entre outras atribuições.
10 | P á g i n a
Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
Órgão responsável pela regulação e fiscalização do mercado de capitais no Brasil. Instituído pela Lei
6.385/1976, é uma autarquia (personalidade jurídica e patrimônio próprios) vinculada ao Ministério
da Economia (incorporou o Ministério da Fazenda), que age sob orientação do CMN. Atua no
controle e fiscalização do mercado de valores mobiliários (em geral, de títulos emitidos pelas
sociedades anônimas e autorizadas pelo CMN, ações, debêntures etc.).
Compete à CVM:
11 | P á g i n a
A CVM mantém estrutura destinada a prestar orientação aos investidores e acolhimento de
denúncias e sugestões por eles formuladas. Possui competência para apurar, julgar e punir
irregularidades eventualmente cometidas no mercado.
12 | P á g i n a
Banco do Brasil
Fundado em 1808, o Banco do Brasil é um banco comercial do qual o Governo Federal detém 51%
das ações, exercendo, portanto, o controle da instituição. Tem como principais atribuições: executar
a política financeira e creditícia do Governo, arrecadar os depósitos voluntários das instituições
financeiras e executar a política de preços mínimos dos produtos agropecuários. Exerce também
funções não próprias de um banco comercial comum, como o Departamento de Comércio Exterior,
a Câmara de Compensação de cheques e outros papéis, e a execução do serviço da dívida pública.
Art. 19. Ao Banco do Brasil S. A. competirá precipuamente, sob a supervisão do Conselho Monetário
Nacional e como instrumento de execução da política creditícia e financeira do Governo Federal:
I - na qualidade de Agente, Financeiro do Tesouro Nacional, sem prejuízo de outras funções
que lhe venham a ser atribuídas e ressalvado o disposto no art. 8º, da Lei nº 1628, de 20 de
junho de 1952:
a) receber, a crédito do Tesouro Nacional, as importâncias provenientes da
arrecadação de tributos ou rendas federais e ainda o produto das operações de que
trata o art. 49, desta lei;
b) realizar os pagamentos e suprimentos necessários à execução do Orçamento
Geral da União e leis complementares, de acordo com as autorizações que lhe forem
transmitidas pelo Ministério da Fazenda, as quais não poderão exceder o montante
global dos recursos a que se refere a letra anterior, vedada a concessão, pelo Banco,
de créditos de qualquer natureza ao Tesouro Nacional;
c) conceder aval, fiança e outras garantias, consoante expressa autorização legal;
d) adquirir e financiar estoques de produção exportável;
e) executar a política de preços mínimos dos produtos agropastoris;
f) ser agente pagador e recebedor fora do País;
g) executar o serviço da dívida pública consolidada;
II - como principal executor dos serviços bancários de interesse do Governo Federal, inclusive
suas autarquias, receber em depósito, com exclusividade, as disponibilidades de quaisquer
entidades federais, compreendendo as repartições de todos os ministérios civis e militares,
instituições de previdência e outras autarquias, comissões, departamentos, entidades em
regime especial de administração e quaisquer pessoas físicas ou jurídicas responsáveis por
adiantamentos, ressalvados o disposto no § 5º deste artigo, as exceções previstas em lei ou
casos especiais, expressamente autorizados pelo Conselho Monetário Nacional, por
proposta do Banco Central da República do Brasil;
13 | P á g i n a
III - arrecadar os depósitos voluntários, à vista, das instituições de que trata o inciso III, do
art. 10, desta lei, escriturando as respectivas contas;
IV - executar os serviços de compensação de cheques e outros papéis;
V - receber, com exclusividade, os depósitos de que tratam os artigos 38, item 3º, do
Decreto-lei nº 2.627, de 26 de setembro de 1940, e 1º do Decreto-lei nº 5.956, de 01/11/43,
ressalvado o disposto no art. 27, desta lei;
VI - realizar, por conta própria, operações de compra e venda de moeda estrangeira e, por
conta do Banco Central da República do Brasil, nas condições estabelecidas pelo Conselho
Monetário Nacional;
VII - realizar recebimentos ou pagamentos e outros serviços de interesse do Banco Central
da República do Brasil, mediante contratação na forma do art. 13, desta lei;
VIII - dar execução à política de comércio exterior;
IX - financiar a aquisição e instalação da pequena e média propriedade rural, nos termos da
legislação que regular a matéria;
X - financiar as atividades industriais e rurais, estas com o favorecimento referido no art. 4º,
inciso IX, e art. 53, desta lei;
XI - difundir e orientar o crédito, inclusive às atividades comerciais suplementando a ação da
rede bancária;
a) no financiamento das atividades econômicas, atendendo às necessidades
creditícias das diferentes regiões do País;
b) no financiamento das exportações e importações.
§ 1º - O Conselho Monetário Nacional assegurará recursos específicos que
possibilitem ao Banco do Brasil S. A., sob adequada remuneração, o
atendimento dos encargos previstos nesta lei.
§ 2º - Do montante global dos depósitos arrecadados, na forma do inciso III
deste artigo o Banco do Brasil S. A. Colocará à disposição do Banco Central
da República do Brasil, observadas as normas que forem estabelecidas pelo
Conselho Monetário Nacional, a parcela que exceder as necessidades
normais de movimentação das contas respectivas, em função dos serviços
aludidos no inciso IV deste artigo.
§ 3º - Os encargos referidos no inciso I, deste artigo, serão objeto de
contratação entre o Banco do Brasil S. A. e a União Federal, esta
representada pelo Ministro da Fazenda.
§ 4º - O Banco do Brasil S. A. prestará ao Banco Central da República do
Brasil todas as informações por este julgadas necessárias para a exata
execução desta lei.
14 | P á g i n a
§ 5º - Os depósitos de que trata o inciso II deste artigo, também poderão
ser feitos nas Caixas econômicas Federais, nos limites e condições fixadas
pelo Conselho Monetário Nacional.
O artigo 21 da referida lei, por sua vez, trata da composição diretiva do Banco do Brasil:
Art. 21. O Presidente e os Diretores do Banco do Brasil S. A. deverão ser pessoas de reputação ilibada
e notória capacidade.
§ 1º A nomeação do Presidente do Banco do Brasil S. A. será feita pelo
Presidente da República, após aprovação do Senado Federal.
§ 2º As substituições eventuais do Presidente do Banco do Brasil S. A. não
poderão exceder o prazo de 30 (trinta) dias consecutivos, sem que o
Presidente da República submeta ao Senado Federal o nome do substituto.
15 | P á g i n a
Caixa Econômica Federal
A Caixa Econômica Federal (CEF) é uma instituição financeira sob a forma de empresa pública, dotada
de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e autonomia administrativa,
vinculada ao Ministério da Economia [redação: Ministério da Fazenda].
Integrante do Sistema Financeiro Nacional, a CEF é tida como auxiliar na execução da política de
crédito do Governo Federal, submetendo-se às decisões do Sistema e à disciplina normativa do
Ministério da Economia, e à fiscalização do Banco Central do Brasil. Oferta serviços bancários
autorizados pelo Conselho Monetário Nacional, sendo suas contas e operações sujeitas ao exame e
julgamento do Tribunal de Contas da União (TCU).
As finalidades da CEF são trazidas pelo Decreto-Lei 759/1969, em seu artigo 2º:
16 | P á g i n a
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é um banco público federal, cujo
principal objetivo é o financiamento de longo prazo e investimento em todos os segmentos da
economia. Compõe a administração pública indireta sendo, atualmente, vinculado ao Ministério da
Economia, buscando apoiar empreendedores de diversos portes na realização de planos de
modernização, expansão e concretização de novos negócios, tendo em vista o potencial de geração
de emprego, renda e inclusão social.
Criado pela Lei 1.628/1952 sob o nome de Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE)
como autarquia federal, com autonomia administrativa e personalidade jurídica própria, o objetivo
era de ser o órgão formulador e executor da política nacional de desenvolvimento econômico.
Em sua fase inicial, o BNDE investiu em infraestrutura, mas a criação de estatais possibilitou ao banco
investir mais na iniciativa privada e na indústria. Nos anos 60, o setor agropecuário e as pequenas e
médias empresas passaram a contar com linhas de financiamento.
Em 1971, o BNDE foi transformado em empresa pública, de personalidade jurídica de direito privado
[Lei 5.662/1971]. A mudança, possibilitou maior flexibilidade na contratação de pessoal, maior
liberdade nas operações de captação e aplicação de recursos e menor interferência política.
17 | P á g i n a
Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN)
Instituído pelo Decreto 91.152/1985, o CRSFN é integrado por oito conselheiros titulares, com
reconhecida capacidade técnica e notório conhecimento especializado nas matérias de competência
do Conselho, tendo a seguinte composição [redação dada pelo Decreto 9.889, de 27 de junho de
2019]:
O regimento interno do CRSFN é aprovado pelo Ministro de Estado da Economia, cujo conteúdo
dispõe sobre sua organização, seu funcionamento, e sobre:
18 | P á g i n a
III. Apresentar propostas de alteração da composição do CRSFN e dos critérios de seleção ao
Ministro de Estado da Economia; e
IV. Exercer outras atribuições que lhe forem cometidas pelo Ministro de Estado da Economia.
19 | P á g i n a
Participantes do Mercado – Principais atribuições
Bancos Comerciais:
Os bancos comerciais possuem capacidade de criação de moeda, a qual é estabelecida com base nos
depósitos a vista captados no mercado. Essas instituições têm a prestação de serviços como uma
importante atividade, podendo realizar pagamentos de cheques, transferências de fundos e ordens
de pagamentos, cobranças diversas, recebimentos de impostos e tarifas públicas, aluguel de cofres
e custódia de valores, serviços de câmbio etc.
Pelo volume de negócios, os bancos são classificados em bancos de varejo ou bancos de negócios.
Os bancos de varejo costumam operar sob uma mesma denominação social com diversas
modalidades e tipos de produtos financeiros, abrangendo um grande número de clientes. As
principais fontes de recursos dos bancos de varejo são os depósitos a prazo e, principalmente,
depósitos à vista. Os bancos de negócios, por sua vez, estão voltados para operações financeiras de
maior porte e complexidade, trabalhando com um número reduzido de clientes, porém, de poder
aquisitivo maior.
20 | P á g i n a
Bancos Múltiplos
Constituídos sob a forma de sociedade anônima, os bancos múltiplos são instituições financeiras
privadas ou públicas que realizam operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições
financeiras correspondentes às carteiras que detiver:
▪ Comercial;
▪ de investimento;
▪ desenvolvimento (exclusiva dos bancos públicos);
▪ de crédito imobiliário;
▪ de arrendamento mercantil (leasing); e
▪ de crédito, financiamento e investimento.
Com sua formação autorizada pela Resolução CMN 2.099, de 1994, as operações realizadas por um
Banco Múltiplo estão sujeitas às mesmas normas legais e regulamentares aplicáveis às instituições
singulares correspondentes às suas carteiras. É vedado aos bancos múltiplos emitir debêntures e não
há vinculação entre as fontes de recursos captados e as aplicações do banco múltiplo, salvo os casos
previstos em legislação e regulamentação específicas.
21 | P á g i n a
Banco de Investimentos
A resolução prega em seu artigo 2º que os bancos de investimento podem empregar em suas
atividades, além de recursos próprios, os provenientes de:
Podem manter em contas, sem juros e não movimentáveis por cheque, relativas a recursos de
terceiros:
I. Recebidos para aplicação em títulos e valores mobiliários e outros ativos financeiros e/ou
modalidades operacionais disponíveis nos mercados financeiro e de capitais, referentes à
movimentação dessas aplicações;
II. Vinculados à execução de suas operações ativas ou relacionadas com a prestação de
serviços.
22 | P á g i n a
Banco de Desenvolvimento
Bancos de Desenvolvimento são instituições financeiras públicas não federais, constituídas sob a
forma de sociedade anônima, com sede na Capital do Estado da Federação que detiver seu controle
acionário. Tais bancos devem adotar, obrigatória e privativamente, em sua denominação, a
expressão “Banco de Desenvolvimento”, seguida do nome do Estado em que tenham sede.
Os Bancos de Desenvolvimento integram o SFN e são regidos pelas normas legais pertinentes, pelas
normas regulamentares baixadas pelo Bacen com base em deliberações do CMN e com base em suas
atribuições legais.
Para atender a seu objetivo, os Bancos de Desenvolvimento podem apoiar iniciativas que visem a:
Os Bancos de Desenvolvimento registrados como sociedade anônima de capital aberto podem emitir
ações preferenciais, nas formas nominativas e ao portador, sem direito a voto, neste último caso
23 | P á g i n a
desde que previamente autorizados pelo Banco Central. O total de ações preferenciais, sem direito
a voto, não pode exceder 50% do capital social.
a. Funcionamento;
b. Instalação ou mudança de localização de quaisquer serviços;
c. Qualquer alteração estatutária.
Não podem manter agências, porém, é permitida a utilização da rede de agências de outras
instituições financeiras para execução de operações que estejam enquadradas nos objetivos dos
Bancos de Desenvolvimento, mediante lavratura de convênios específicos para prestação de
serviços.
I) Pessoas físicas residentes e domiciliadas no País, desde que os recursos concedidos sejam
vinculados à execução de projeto aprovado pelo banco e/ou à realização de capital social,
ou à aquisição do controle acionário de empresas cujas atividades tenham importância para
a economia estadual ou regional;
II) Pessoas jurídicas de direito privado, sediadas no País, respeitado o contido nos arts. 33 a 35
do Decreto nº 55.762, de 17.02.65;
III) Pessoas jurídicas de direito público ou entidade direta ou indiretamente por elas
controladas.
I) Empréstimos e financiamentos;
II) Investimentos;
III) Arrendamento mercantil;
IV) Outras modalidades, mediante prévia autorização do Banco Central.
24 | P á g i n a
I) Financiamentos destinados a:
a. Capital fixo e semifixo;
b. Operações imobiliárias relativas a distritos industriais;
c. Aplicações na infraestrutura econômica e nos setores industriais de base;
d. Incremento das atividades pesqueiras, inclusive e preferentemente projetos
integrados atinentes à captura, industrialização e distribuição do pescado;
e. Incremento das atividades turísticas e de reflorestamento;
f. Incremento da produção rural, excetuada a parte referente ao custeio, observado
o disposto no § 1º do art. 5º.
II) Os empréstimos são destinados a:
a. Capital de movimento;
b. Elaboração de projetos industriais e/ou rurais, inclusive os que visem ao aumento
da produtividade.
25 | P á g i n a
Cooperativas e Sociedades de Crédito Imobiliário
Cooperativas de Crédito
Cooperativa de crédito é uma instituição financeira formada pela associação de pessoas para prestar
serviços financeiros exclusivamente aos seus associados. Os cooperados são ao mesmo tempo donos
e usuários da cooperativa, participando de sua gestão e usufruindo de seus produtos e serviços.
Nas cooperativas de crédito, os associados encontram os principais serviços disponíveis nos bancos,
como conta corrente, aplicações financeiras, cartão de crédito, empréstimos e financiamentos.
Os associados têm poder igual de voto independentemente da sua cota de participação no capital
social da cooperativa. O cooperativismo não visa lucros, os direitos e deveres de todos são iguais e a
adesão é livre e voluntária.
O resultado positivo da cooperativa é conhecido como sobra e é repartido entre os cooperados em
proporção com as operações que cada associado realiza com a cooperativa. Assim, os ganhos voltam
para a comunidade dos cooperados. No entanto, assim como partilha das sobras, o cooperado está
sujeito a participar do rateio de eventuais perdas, em ambos os casos na proporção dos serviços
usufruídos.
As cooperativas de crédito são autorizadas e supervisionadas pelo Banco Central, ao contrário dos
outros ramos do cooperativismo, tais como transporte, educação e agropecuária.
Os depósitos em cooperativas de crédito têm a proteção do Fundo Garantidor do Cooperativismo de
Crédito (FGCoop). Esse fundo garante os depósitos e os créditos mantidos nas cooperativas
singulares de crédito e nos bancos cooperativos em caso de intervenção ou liquidação extrajudicial
dessas instituições. Atualmente, o valor limite dessa proteção é o mesmo em vigor para os
depositantes dos bancos.
A Política Nacional de Cooperativismo (Lei nº 5.764/1971), instituiu o regime jurídico das sociedades
cooperativas, suas características, definiu os princípios do cooperativismo e os seguintes tipos de
cooperativas:
a. Singulares: são as constituídas pelo número mínimo de vinte pessoas, sendo permitida a
admissão de pessoas jurídicas que tenham por objeto atividades econômicas correlatas às
de pessoa física, ou, ainda, aquelas sem fins lucrativos.
b. Centrais ou federações de cooperativas: são as constituídas de, no mínimo, três singulares
filiadas.
c. Confederações de cooperativas centrais: são as constituídas por pelo menos três
cooperativas centrais ou federações de cooperativas, da mesma ou de diferentes
modalidades.
26 | P á g i n a
A Lei Complementar n° 130/2009 definiu os objetivos principais das Sociedades Cooperativas de
Crédito. Segundo essa Lei, as cooperativas de crédito podem conceder crédito e captar depósitos à
vista e a prazo dos respectivos associados, realizar recebimentos e pagamentos por conta de
terceiros, realizar operações com outras instituições financeiras e obter recursos de pessoas
jurídicas, em caráter eventual, a taxas favorecidas ou isentas de remuneração, além de outras
operações.
As cooperativas centrais de crédito são constituídas para organizar, em comum acordo e em maior
escala, os serviços financeiros e assistenciais das filiadas, integrando e orientando suas atividades,
bem como facilitando a utilização recíproca dos serviços. São também responsáveis pela supervisão
auxiliar das singulares.
As federações de cooperativas de crédito, diferentemente das cooperativas centrais de crédito, não
podem realizar operações restritas às instituições financeiras, como a captação de recursos e a
concessão de empréstimos.
As confederações constituídas de cooperativas centrais de crédito têm por objetivo orientar,
coordenar e executar atividades destas, nos casos em que o vulto dos empreendimentos e a natureza
das atividades transcenderem o âmbito de capacidade ou a conveniência de atuação das associadas.
Instituídas pela Lei 4.380/1964, as Sociedades de Crédito Imobiliário (SCI) são instituições financeiras
especializadas no financiamento habitacional, integrante do Sistema Financeiro da Habitação (SFH).
O foco da SCI consiste no financiamento para construção de habitações, na abertura de crédito para
compra ou construção de casa própria e no financiamento de capital de giro a empresas
incorporadoras, produtoras e distribuidoras de material de construção. Atualmente, em decorrência
da sua condição de repassadora, as SCIs têm atuado de forma mais limitada, voltando-se para
operações específicas, como o programa “Minha Casa, Minha Vida”. A SCI é constituída na forma de
sociedade anônima e é supervisionada pelo Banco Central. Deve constar de sua denominação social
a expressão “crédito imobiliário”.
Ao longo dos anos 80, diante da necessidade de se criar mecanismos para que essas instituições
pudessem obter melhores condições de permanência no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), o
Conselho Monetário Nacional possibilitou a transformação de SCI em instituições repassadoras de
recursos do SFH, mediante a assunção do compromisso de abster-se de captar recursos do público,
bem como de transferência de suas captações de depósitos de poupança para outras instituições do
Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo.
Essa transferência foi patrocinada pelo Fundo de Garantia de Depósitos e Letras Imobiliárias – FGDLI,
que assumiu a condição de credor das sociedades repassadoras e devedor das instituições receptoras
27 | P á g i n a
das contas de poupança. Com a Resolução 2.197/1995, o FGDLI foi extinto e teve seu patrimônio
absorvido pelo Fundo Garantidor de Créditos – FGC, que é entidade privada, sem fins lucrativos,
destinada a administrar mecanismo de proteção a titulares de créditos contra instituições
financeiras.
28 | P á g i n a
Companhias Hipotecárias
Instituídas pela Resolução 2.122, de 30 de novembro de 1994, as companhias hipotecárias (CH) tem
por objetivo a concessão de financiamentos imobiliários residenciais ou comerciais, empréstimos
garantidos por hipotecas ou alienação fiduciária de imóveis e repasses de recursos relacionados a
programas imobiliários, além da administração de fundos de investimento imobiliário.
Foram criadas, para fomentar o financiamento imobiliário além dos limites do Sistema Financeiro de
Habitação (SFH). Com a publicação da Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009, que instituiu o Programa
Minha Casa, Minha Vida, a Companhia Hipotecária passou a fazer parte do SFH.
A CH não recebe depósitos de poupança. Seus recursos provêm, entre outros, de letras
hipotecárias, debêntures, empréstimos, financiamentos no País e no Exterior e letras de crédito
imobiliário (LCI).
Considerada instituição financeira, a CH é autorizada e supervisionada pelo Banco Central e regulada
não só por esta autarquia, como também pelo Conselho Monetário Nacional. Deve ser constituída
sob a forma de sociedade anônima e a expressão “Companhia Hipotecária” deve constar de sua
denominação social.
Constituídos
como sociedades
Constituídas como sociedade Constituídas como Constituídas como sociedade
anônimas e
anônima sociedade anônima civil
empresa pública,
respectivamente
29 | P á g i n a
Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários
Além disso, as corretoras também podem auxiliar os investidores com a disponibilização para
clientes de informações provenientes de seus departamentos técnicos ou de análises de empresas,
títulos e fundos de investimento. A constituição e funcionamento de sociedades corretoras
dependem, além da autorização do Bacen, da admissão como membro de bolsa de valores, em razão
da aquisição de título patrimonial emitido por ela e a aprovação da CVM para o exercício de atividade
no mercado de valores mobiliários.
30 | P á g i n a
Sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários: principais
funções
As DTVMs são instituições habilitadas à prática das atividades que lhe são atribuídas pelas leis
4.728/65 e 6.385/76. Podem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima ou de sociedade
limitada e dependem da autorização do Bacen para sua constituição e da CVM para o exercício de
suas atividades.
Tem por objetivo, entre outros pontos, comprar, vender e distribuir títulos e valores mobiliários, e
operar em bolsas de mercadorias e de futuros. Antigamente, as DTVMs eram diferenciadas das
corretoras por não poderem operar diretamente nos ambientes e sistemas de negociação dos
mercados organizados de bolsa de valores, razão pela qual concentravam seus esforços na
distribuição de títulos. Entretanto, após Decisão Conjunta Bacen/CVM 17/09 essa vedação deixou
de existir.
Os objetivos básicos das DTVMs se assemelham aos das corretoras, estando igualmente sujeitas à
fiscalização da bolsa de valores, da CVM e do Bacen.
31 | P á g i n a
Sociedade de arrendamento mercantil (leasing)
32 | P á g i n a
− As despesas de manutenção, assistência técnica e serviços correlatos à
operacionalidade do bem arrendado sejam de responsabilidade da arrendatária;
− O preço para o exercício da opção de compra seja livremente pactuado, podendo ser,
inclusive, o valor de mercado do bem arrendado.
33 | P á g i n a
1.2 Clearings e Sistemas
As funções básicas de um sistema de pagamentos são transferir recursos, bem como processar e
liquidar pagamentos para pessoas, empresas, instituições financeiras para o governo e o Bacen. A
partir de 2002, quando houve uma reforma no SPB decorrente da edição da Lei 10.214/2001,
proporcionou-se a interligação dos sistemas dos participantes do mercado. Hoje, o SPB é integrado
por serviços de:
▪ Compensação de cheques;
▪ Compensação e liquidação de ordens eletrônicas de débito e de crédito;
▪ Transferência de fundos e de outros ativos financeiros;
▪ Compensação e liquidação de operações com títulos e valores mobiliários;
▪ Compensação e liquidação de operações realizadas em bolsas de mercadorias e de futuros
e outras entidades.
34 | P á g i n a
O SPB possui uma base legal sólida e abrangente, pelo uso obrigatório de contrapartes centrais para
a liquidação de obrigações, pela certeza da liquidação dada pela contraparte central com base em
mecanismos de gerenciamento de riscos e salvaguardas, bem como pela irrevogabilidade e
finalidade das liquidações.
35 | P á g i n a
Arranjos de pagamento
36 | P á g i n a
cartões pré-pagos de bilhete de transporte. Incluem-se nessa categoria, ainda, os cartões de vale-
refeição e vale-alimentação.
A legislação proíbe que instituições de pagamento prestem serviços privativos de instituições
financeiras, como a concessão de empréstimos e financiamentos ou a disponibilização de conta
bancária e de poupança.
Para nós, acostumados com o desenvolvimento tecnológico em nosso meio, o novo SPB não parece
tão novo assim. Porém, diversas mudanças foram implementadas a partir de abril de 2002. As
principais mudanças foram:
• Transferências com recursos disponíveis: o cliente passou a poder transferir dinheiro via TED
(antes possível apenas via cheques ou DOCs) se os recursos estiverem efetivamente
disponíveis em sua conta corrente;
• Cheques iguais ou superiores a R$5.000,00: bancos continuaram a processar cheques de
valor igual ou superior a R$5.000,00, mas passaram a ser obrigados a recolher parte
expressiva dos seus valores no Bacen.
• Fundos e outras aplicações financeiras: as aplicações em fundos de investimentos feitas
mediante saldo disponível em conta corrente e/ou através de TED passaram a render a partir
do dia da sua realização. Os bancos, a seu critério, podem agendar aplicações de recursos
bloqueados na conta corrente (depósitos em cheques ou DOCs) para datas futuras. Já as
aplicações em depósitos a prazo (CDB e RDB) passaram a ter a possibilidade de ser acolhidas
independentemente da condição do recurso na conta corrente, porém, sob remuneração
diferenciada, a critério de cada banco;
• Cheque administrativo ou cheque ordem de pagamento: continuou a existir, mas passou a
ser substituído gradativamente pela transferência eletrônica, mais rápida, segura e de
menor custo;
• Cobertura de saldo devedor no cheque especial de na conta garantida: a transferência
Eletrônica Disponível – TED abaterá o saldo devedor no mesmo dia. Depósitos em cheques
de outros bancos e DOCs somente poderão cobrir a conta após compensados, a critério de
cada banco;
• Empréstimos: os empréstimos e financiamentos serão liberados pelos bancos em dinheiro
e deverão ser liquidados pelos clientes de acordo com as condições estipuladas nos
contratos. O dinheiro transferido através de TED quitará o débito no dia da transferência.
37 | P á g i n a
Sistema de Transferência de Reservas (STR)
Estrutura:
38 | P á g i n a
Clearings
As clearing houses, são órgãos responsáveis pela liquidação das operações ocorridas nas bolsas, nos
mercados de balcões organizados e no mercado financeiro como um todo. Foram estruturadas de
modo a viabilizar o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
Títulos públicos e privados são negociados diariamente em grandes volumes e, a maior parte destes,
não é emitida fisicamente, sendo apenas da forma escritural. Então, o principal objetivo das clearing
houses é facilitar as transações de títulos e valores mobiliários mediante a supressão de riscos
inerentes às negociações. Esses órgãos realizam funções de registro, compensação, liquidação e
custódia. Tais sistemas são chamados de Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) e
Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados (Cetip). Ambos promovem a boa
liquidação das operações no mercado monetário.
Selic
O Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) foi desenvolvido pelo Bacen e a Andima
(Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto) em 1979, voltado a operar com títulos
públicos de emissão do Tesouro Nacional. Tem por finalidade controlar e liquidar financeiramente
as operações de compra e de venda de títulos públicos e manter sua custódia física e escritural.
As operações com títulos públicos são realizadas de forma eletrônica, e a liquidação financeira é
processada em tempo real. O sistema garante maior segurança para as operações de negociações
de títulos, oferecendo garantias da existência dos papéis em negociação e dos recursos necessários
para a liquidação financeira da operação.
Os títulos com maior negociação no Selic são os emitidos pelo Tesouro Nacional que compõem a
Dívida Pública Federal Interna. Os participantes do Selic são as instituições autorizadas a funcionar
pelo Bacen, como bancos, caixas econômicas, sociedades corretoras, sociedades distribuidoras,
entre outras. Já os pagamentos no sistema são processados através de reservas bancárias, e as
transferências dos títulos entre os investidores somente são autorizadas pelo sistema mediante
movimentações nessas reservas.
Os governos federal, estadual e municipal captam recursos no Mercado Financeiro por intermédio
da emissão de títulos públicos, visando suprir suas necessidades de recursos e custeio de
investimento.
39 | P á g i n a
Clearing B3
Sucessora da antiga Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) e fruto da fusão das
câmaras de Derivativos e de Ações e Renda Fixa Privada, a Clearing B3 liquida operações realizadas
por meio dos sistemas de negociação “PUMA” (negocia títulos de renda variável – mercado à vista e
de derivativos: opções, termo e futuro) e “Bovespa Fix” (títulos privados de renda fixa), ambos
ligados à B3.
Atua também como depositária central de ações e títulos de dívida corporativa, além de operar
programa de empréstimo sobre esses títulos por meio do Banco de Títulos (BTC), com garantia da
B3.
40 | P á g i n a