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SEMINÁRIO DE INTRODUÇÃO A
TEOLOGIA
1. INTRODUÇÃO
A IGREJA PRIMITIVA
O livro de Atos é a única história da igreja cristã em existência, escrita antes do
século III d.C.. Bastaria esse fato isolado para que se reconhecesse universalmente o
valor deste livro e não encará-lo como mero documento histórico.
Não obstante, o livro de Atos não encerra uma história completa de todo o
movimento cristão do primeiro século de nossa era, porquanto cobre tão somente um
período de três décadas, isto é, de cerca de 33 a cerca de 63 d.C:
O titulo original do livro, Atos dos Apóstolos, é a continuação da narração do
levantamento e propagação do cristianismo, sendo que a primeira metade é contada pelo
evangelho de Lucas. Atos 1:1 é a passagem que deixa pouquíssima dúvida de que esses
dois volumes – o evangelho de Lucas e o livro de Atos - resultam de um único esforço
literário. É perfeitamente possível que os manuscritos originais dessas duas obras
tivessem sido postos para circular juntos. Essas duas obras formam o mais completo
registro histórico de como se desenvolveu a nova religião revelada, em torno da
personalidade do Senhor Jesus Cristo.
É exatamente o desenvolvimento dessa nova fé que o livro de Atos acompanha até
cerca do ano 67 d.C., quando o maior herói dessa nova fé se encontrava aprisionado em
Roma. Embora o autor sagrado sem dúvida alguma tenha vivido o bastante para ser
testemunha do martírio do apóstolo Paulo.
O livro de Atos é a pedra chave que vincula as duas porções principais do Novo
Testamento, isto é, o “evangelho”, conforme os primeiros cristãos diziam... a única
ponte de que dispomos para atravessar o abismo aparentemente intransponível que
separa Jesus de Paulo, Cristo do cristianismo, o evangelho de Jesus e o evangelho sobre
a pessoa de Jesus.
ANOTAÇÕES:
• É a única história da igreja em existência, escrita antes do século III d.C.;
• Não encena a história completa do movimento cristão, pois cobre um período de 33 a
63 d.C.;
• O Título Original Atos dos Apóstolos.
• É a continuação da narração da propagação do cristianismo;
• Primeira metade contada pelo evangelho de Lucas;
• Atos 1:1 a passagem que comprova ser o livro parte de um único esforço literário;
• Lucas – Atos formam o mais completo registro histórico da religião em torno de Jesus
Cristo;
• Encerra sem relatar o de Paulo;
• É a pedra chave que vincula as duas forças do Novo Testamento, é a porta que une
Jesus Cristo a Paulo.
2. AUTORIA
Destaca-se acima de tudo a autoria comum e a unidade da obra Lucas – Atos. Isso
faz de Lucas o mais extensivo autor de todo o Novo Testamento, pois, somando-se esses
dois volumes, temos nessas duas obras mais de um quarto do total do volume do N.T., a
menos que consideremos paulina a epístola aos Hebreus. Os dois volumes constituem
duas divisões de uma mesma obra literária. O trecho de Atos 1:1 mostra que o autor
sagrado tencionava que esses dois volumes fossem reputados uma unidade.
Quase que o dobro de palavras é peculiar ao livro de Atos e ao evangelho de Lucas
quando comparados entre si, do que quando se confronta o livro de Atos com os
evangelhos sinópticos.
Tanto o evangelho de Lucas como o livro de Atos foram endereçados a Teófilo. O
trecho de Atos 1:1 esclarece-nos que ambos os livros foram escritos como duas partes
de uma mesma obra literária, e a linguagem em que ambos esses volumes foram
escritos, no que tange à qualidade do grego koiné, distingue Lucas dos autores dos
outros evangelhos e de todos os demais livros do N.T.. Trata-se de excelente
grego>koiné<literário, superior ao grego dos demais evangelhos e no mesmo nível das
melhores porções literárias dos demais livros do N.T..
O fato de que foram escritos pelo mesmo autor é igualmente demonstrado pelo
fato de que ambos enfatizam os mesmos temas, do princípio ao fim: a. A universalidade
da religião cristã, b. o Espírito Santo, c. Ambos esses livros demonstram uma marcante
simpatia pelos pobres e pelos grupos desprezados da sociedade antiga, d. Ambos os
volumes demonstram antipatia pelos ricos, e. Há saliência sobre o dever e o uso
apropriado das riquezas.
ANOTAÇÕES:
• Destaca-se a autoria comum e a unidade da obra Lucas – Atos;
• Lucas o mais extensivo autor do Novo Testamento (+ de 1\4 do N.T.);
• O dobro das palavras é peculiar ao livro de Atos;
• Foram endereçadas a Teófilo;
• A qualidade do grego koiné é superior ao grego dos demais evangelhos;
• O fato de o evangelho de Lucas e Atos terem sido escritos por um mesmo autor é
demonstrado pelo fato de ambos enfatizarem os mesmos temas do princípio ao fim;
• A universalidade da religião cristã;
• O Espírito Santo;
• Simpatia pelos pobres;
• Antipatia pelos ricos;
• É salientado o dever e o uso apropriado das riquezas.
3. DATA
A data aproximada da dupla obra Lucas – Atos pode ser melhor determinada
mediante o exame mais do livro de Atos que mesmo do evangelho.
A data mais recuada possível é de 60 d.C., por ser esse o tempo mais cedo em que
Paulo poderia ter chegado a Roma. Supondo-se que Lucas escreveu esse livro
imediatamente depois do encarceramento de Paulo, então tal volume poderia ter sido
escrito em cerca de 60 d. C..
Entretanto, Lucas foi companheiro de viagens missionárias de Paulo, pelo que
também não podia ser homem de idade muito diferente da do apóstolo. Não é muito
provável, pois, que ele tivesse vivido para além do ano 100 d. C..
ANOTAÇÕES:
• A data mais aproximada é a de 60 d. C..
• Por ser esse o tempo mais cedo que Paulo poderia ter chegado a Roma;
• Supondo que Lucas o escreveu imediatamente do encarceramento;
• Lucas deveria ter a mesma idade que Paulo e não pode ter vivido mais de 100 anos;
• Não há menção da destruição de Jerusalém (70 d.C.).
4. DESTINO
O livro de Atos, tal como o evangelho de Lucas, foi escrito para um oficial romano
de nome Teófilo (ver as notas expositivas sobre Atos 1:1). Por conseguinte, o livro foi
enviado a um membro da aristocracia romana que mui provavelmente residia em Roma.
Foi escrito esse livro como a finalidade de apresentar a esse oficial e a outras pessoas
interessadas, uma defesa do cristianismo – não se tratava de um ramo herético do
judaísmo – não era uma organização política. Visava circular entre os lançamentos
literários da época, para benefício do publico leitor gentílico, visando os propósitos
descritos acima. Não é por isso, contudo, que haveríamos de eliminar o livro de Atos da
lista das obras sagradas dirigidas a igreja cristã universal, como se não tencionasse
explicar aos cristãos as origens e os primeiros desenvolvimentos do cristianismo, que
emprestavam validade a sua missão de âmbito universal.
ANOTAÇÕES:
• Foi escrito como o Evangelho de Lucas para um oficial romano chamado Teófilo.
• Foi enviado a um membro da aristocracia romana, que possivelmente residia em
Roma;
• Foi escrito com a finalidade de apresentar a esse oficial uma defesa do cristianismo;
• Visando circundar entre os lançamentos literários da época;
• Principalmente também dirigida a Igreja Cristã Universal para explicar aos cristãos as
origens e os princípios desenvolvimento do cristianismo.
5. PROPÓSITO
Na discussão que se segue, teremos ocasião de nos referir regularmente a intenção
ou propósito de Lucas ao escrever Atos. Deve ser enfatizado que sempre queremos dizer
que o Espírito Santo esta por de trás da intenção de Lucas. Assim como devemos
“desenvolver a nossa salvação”, Porém, “Deus é quem efetua em nos” (Fp. 2:12-13).
Assim, Lucas tinha certos interesses e empenhos ao escreves Lucas – Atos.
Por de trás de tudo isto, no entanto, conforme cremos, estava a obra do Espírito
Santo que a tudo superintendia.
Nosso interesse aqui, portanto, é ajudar você a ler e a estudar o livro de modo
atento, é ajudar você a olhar o livro em termos dos interesses de Lucas e fazer alguns
tipos novos de perguntas enquanto lê.
Se puder ser demonstrado que a intenção de Lucas em Atos era determinar um
padrão para a Igreja para todos os tempos, logo, tal padrão decerto torna-se normativo,
ou seja: é o que Deus requer de todos os cristãos em quaisquer condições. Mas se sua
intenção foi outra, devemos pois postular as perguntas hermenêuticas de maneira
diferente. Descobrir a intenção de Lucas no entanto, é especialmente difícil,
parcialmente porque não sabemos quem era Teófilo, nem porque Lucas teria escrito
para ele, e parcialmente porque Lucas parece ter tido vários interesses diferentes.
ANOTAÇÕES:
• Lucas tinha certos interesses em escrever Lucas – Atos, ainda assim sabemos que tudo
foi obra do Espírito Santo, que a tudo comandou.
• A intenção de Lucas é a mais importante e a mais difícil;
• Podemos pensar que foi determinado um padrão para a igreja e para todos os tempos?
6. RECOMENDAÇÃO
Como de costume, a primeira coisa que fazemos é ler, preferivelmente, o livro
inteiro numa só assentada. E enquanto você lê, aprenda a fazer observações e perguntas.
O problema com fazer observações e perguntas enquanto lê Atos, naturalmente, é que a
narrativa prende tanto a atenção que é freqüente simplesmente, nos esquecermos de
fazer as perguntas exegéticas.
Assim também, se fossemos lhe dar uma tarefa aqui, seria do seguinte tipo:
• Leia Atos do começo ao fim em uma ou duas assentadas.
• Enquanto você lê faça notas mentais de assuntos tais como pessoas – chaves e lugares
– chaves, temas que voltam a ocorrer (o que realmente interessa a Lucas), divisões
naturais do livro.
• Agora, volte, e faça uma leitura por alto, e anote com referencias suas observações
anteriores.
• Faça a si mesmo a pergunta: por que Lucas escreveu este livro?
Atos têm sido freqüentemente dividido com base nos interesses de Lucas em
Pedro (caps. 1 – 12) e em Paulo (13 – 28), ou na expansão geográfica do Evangelho (1 –
7, Jerusalém: 8 – 10, Samaria e Judéia: 11 – 28, até aos confins da terra).
Há outro indício dado pelo próprio Lucas, que parece vincular tudo muito melhor.
Enquanto você lê, note as breves declarações de resumo em 6:7; 9:31; 12:24; 16:4;
19:20. Em cada caso, a narrativa parece fazer uma pausa por um momento antes de
tomar algum tipo de direção nova. A partir deste indício, Atos pode ser visto como
sendo composto de seis seções, ou painéis, que dão à narrativa um movimento para
frente, a partir do seu âmbito judaico baseado em Jerusalém, tendo Pedro como sua
personagem de liderança, em direção a uma igreja predominante gentia; tendo Paulo
como sua personagem de liderança, e com Roma, a capital do mundo gentio, como o
alvo. Uma vez que Paulo chega a Roma, onde mais uma vez se volta para gentios,
porque eles escutarão (28:28); a narrativa chega ao fim.
Você pode notar, portanto, enquanto lê como cada seção contribui para este
“movimento”. Nas suas próprias palavras, procure descrever cada painel, tanto no seu
conteúdo quanto na sua contribuição ao movimento para frente. Qual parece ser a chave
para cada novo movimento para frente.
AQUI ESTÁ NOSSA PRÓPRIA TENTATIVA
1.1 – 6.7. Uma descrição da igreja primitiva em Jerusalém. O painel termina com uma
narrativa que indica que uma divisão começara entre os crentes de idioma grego e os de
idioma aramaico.
6.8 – 9.31. Uma descrição da primeira expansão geográfica, levada ao efeito pelos
“helenistas” (cristãos judaicos de idioma grego). Lucas também inclui a conversão de
Paulo, que era um helenista. O martírio de Estevão é a chave a esta expansão inicial.
9.32 – 12.24. Uma descrição da primeira expansão aos gentios. A chave é a conversão
de Cornélio, cuja história é contada duas vezes.
16.5. Uma descrição da primeira expansão geográfica para dentro do mundo gentio,
com Paulo na liderança.
16.6 – 19.20. Uma descrição da expansão adicional, sempre em direção ao ocidente, o
mundo gentio agora entrando na Europa. Repetidas vezes os judeus rejeitam o
Evangelho e os gentios lhes dão as boas vindas.
19.21 – 28. 30. Uma descrição dos eventos que levam Paulo e o Evangelho para Roma,
com muito interesse pelos julgamentos de Paulo.
À medida em que você lê, notará que nossa descrição do conteúdo omite um fator
crucial – alias, o fator crucial - a saber, o papel do Espírito Santo em tudo isto. Você
notará enquanto lê que a cada conjuntura – chave, em cada pessoa – chave, o Espírito
Santo desempenha o papel de liderança total. A totalidade deste movimento para a
frente, não aconteceu pelo desígnio do homem, aconteceu porque foi da vontade de
Deus e porque o Espírito Santo o levou a efeito.
7. VISÃO PANORÂMICA
Enquanto o Evangelho segundo Lucas relata “tudo que Jesus começou, não só a
fazer, mas a ensinar” (1.1).
Atos descreve o que Jesus continuou a fazer e a ensinar depois de sua ascensão,
mediante o poder do Espírito Santo, operando em, e através dos seus discípulos e da
igreja primitiva. Ao ascender ao céu (1.9 – 11), a última ordem de Jesus aos discípulos
foi para que permanecessem em Jerusalém até que fossem batizados no Espírito Santo
(1.4 – 5). O versículo chave de Atos (1.8) contém um resumo teológico e geográfico do
livro: Jesus promete aos discípulos que receberão poder quando o Espírito Santo vier
sobre eles; poder para serem suas testemunhas (1) em Jerusalém (1 – 7), (2), em toda a
Judéia e Samaria (8 – 12) e (3) até aos confins da terra (13 – 28).
Nos capítulos 1 – 12, o centro principal irradiador da igreja é Jerusalém. Aqui,
Pedro é o mais destacado instrumento usado por Deus para pregar o evangelho.
Nos capítulos 13 – 28, o centro principal da irradiação passou a ser Antioquia da
Síria, onde o instrumento de maior realce nas mãos de Deus foi Paulo para levar o
Evangelho aos gentios.
O livro de Atos termina de modo repentino com Paulo em Roma aguardando
julgamento perante César (28 – 31).
ANOTAÇÕES:
• Cap. 1.1 – 11 – Relata o que Jesus continua a fazer depois da ascensão. Mediante o
poder do Espírito Santo, operando em e através dos discípulos e da Igreja.
• (1:4 – 5) – A última ordem de Jesus aos discípulos para ficarem Jerusalém até que
fossem revestidos de poder.
• (1:8) – Versículo chave que contém resumo teológico e geográfico do livro. Jesus
promete que receberiam poder quando o Espírito Santo viesse sobre eles.
• Poder para serem testemunhas Dele:
• Em Jerusalém (1:7)
• Em toda Judéia e Samaria (8 – 12)
• Até os confins da terra (13 – 28)
• Cap. 1 – 12 – Centro principal irradiador da Igreja é Jerusalém, e aqui, Pedro é o mais
destacado instrumento usado por Deus.
• Cap. 13 – 28 – O centro principal da propagação do Evangelho é Antioquia da Síria,
onde Paulo é o maior instrumento para levar o evangelho aos gentios.
• Cap. 28:31 – Termina de forma triunfante.
8. ESBOÇO GERAL
QUESTIONÁRIO:
1. A qual escritura se refere o autor em 1:1?
2. Quando deu mandamentos aos apóstolos por meio do Espírito? (v.2 comp. Mat. 28:16
– 20; Marcos 16:14 – 20; Lucas 24:44 – 53; João 20:19 – 23).
3. Que mandamento foi dado?
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4. Quando o Pai prometeu o Espírito Santo? (Joel 2:28)
5. Jesus mencionou o dia exato quando o Espírito Santo seria derramado?(v.5)
6. Por que não? (comp. Marcos 13:37)
7. Que perguntas fizeram os discípulos nesta ocasião? (v.6)
8. O reino havia sido tirado de Israel? (Mat. 21:43)
9. Jesus respondeu diretamente aquela pergunta?
10. Que deve suceder antes desse acontecimento?
11. Onde devia começar e terminar o ministério dos apóstolos? (1:8)
12. Em que cidade começa o livro de Atos?
13. Que sucedeu depois de Jesus ter dado os Seus mandamentos aos apóstolos?
14. De que montanha ascendeu Jesus? (v.12)
15. Em que montanha descerá a Sua segunda vinda? (Zac. 14:4)
16. Quem falou em nome dos apóstolos? (v.15)
17. Quantos discípulos se reuniram naquela ocasião?
ANOTAÇÕES
• A Igreja dos gentios.
• Pedro já não tinha muitos costumes judaicos
• Casa de um curtidor.
• Foi necessária uma visão (Cornélio).
• Espírito é derramado.
• Cornélio – homem temente a Deus, centurião (oficial do exército romano).
• Cesaréia era cidade onde Filipe morava (8:40; 21:8).
• Orava ao Deus dos judeus, era gentio, não salvo (11:14).
• A primeira Igreja apostólica (cap. 11:19 – 30).
• Antioquia, o grande centro.
• Barnabé se une a Saulo.
• Os discípulos foram pela primeira vez chamados de cristãos (v.11:26).
QUESTIONÁRIO:
52. Quais as três coisas que se dizem a respeito do caráter de Cornélio (10:2)
53. Qual era a sua posição
54. Era Cornélio um homem salvo (11:14)
55. Compreendeu Pedro nesse tempo o significado da visão (v.17)
56. Quando o entendeu (v.23)
57. O que aprendeu Pedro (v.34 e 35)
58. Que dom do Espírito se exercia neste tempo (v.28)
20. CAPÍTULO 12: 1 – 25
A MORTE DE TIAGO - A PRISÃO DE PEDRO
O Herodes que figura nessa passagem foi Herodes Agripa I, neto de Herodes o
Grande. Fingindo-se defensor máximo do judaísmo, martirizou ele a Tiago, apóstolo e
irmão de João, além de encarcerar Pedro. A morte de Herodes Agripa ocorreu em cerca
de 44 D.C Tiago foi então o primeiro dos doze a morrer. Tiago foi um dos três na rotina
íntima de Jesus.
Pedro então aqui é prezo e um Anjo o liberta e forma maravilhosa. Pedro não sabia
se era real o que acontecia, pois as cadeias se abriam enquanto o anjo ia a frente dele.
ANOTAÇÕES
• Morte de Tiago (Mat. 20: 22,23) – primeiro dos doze a morrer.
• Pedro é liberto pelo anjo do Senhor.
QUESTIONÁRIO:
59. O martírio de Tiago já estava indiretamente profetizado? (Mat. 20: 22,23)
60. Quem levou Paulo e Barnabé de Jerusalém neste tempo? (12:25)
61. Que parentesco tinha ele com Barnabé? (Col. 4:10)
21. CAPÍTULO 13 E 14 – PRIMEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO.
Permanecendo ali em Antioquia, Paulo, Barnabé e seu primo Marcos que tinha
vindo com eles de Jerusalem, ministravam à Igreja ali. Havia ainda mais alguns mestres
profetas de talento naquela igreja: Lúcio, Cirene, Simeão por sobrenome Niger (Negro),
que é possível ser o Simão Cireneu de Lucas 23: 26 e também Manaé, que fora criado
com Herodes o tetrarca. Possivelmente por intermédio de um daqueles profetas o
Espírito Santo lhes disse que separasse a Barnabé e a Saulo.
Consolidando o trabalho evangélico em Antioquia, a igreja local orientada pelo
Espírito Santo, comissiona a Barnabé e Paulo para pregação das Boas – Novas ao
mundo gentílico. Acompanha-os o jovem João Marcos.
Chegando a Pafos há o encontro de Paulo com o mágico Barjesus, que pertencia à roda
íntima de Sergio Paulo, pro cônsul da província. Não quer dizer que Elimas seja
equivalente a Barjesus mas que Elimas sendo palavra semítica, significa encantador, ou
mágico. Saulo, também chamado Paulo, a partir daqui é chamado é regularmente
chamado pelo cognome Paulo em vez de Saulo seu nome hebraico de nascimento.
No primeiro sábado após chegarem a Antioquia da Pisídia, encaminharam-se à
sinagoga. Depois da leitura da lei (a lei era lida toda) e dos profetas, os chefes da
sinagoga (estes incumbia de planejar o culto público e convidar membros idôneos para
da congregação para fazer a leitura e dirigir a palavra), convidaram os estranhos a dizer
alguma palavra de exortação que tivessem para os presentes.
Paulo tomou a palavra. O resume do seu discurso é um tanto extenso, mas é
ouvido com especial atenção pelos gentios que freqüentavam o lugar. A
expressão “varões Israelitas e vos outros que temeis a Deus” indica os dois elementos
de que se compunham a congregação, judeus e gentios. Foram atraídos sobremaneira
pelo anúncio que Paulo fez do perdão dos pecados mediante a Cristo, e pediram que
lhes falasse novamente no sábado seguinte. Visto como lhes oferecia mediante Cristo os
mesmos direitos que os crentes judeus tinham diante de Deus, sem necessidade de
observarem a lei cerimonial judaica nem de se tornarem prosélitos, houve grande adesão
por parte dos gentios, o que naturalmente despertou a inveja dos judeus da dispersão, os
quais ressentiam de Paulo levar após si os gentios cuja conversão ao judaísmo eles
esperavam. Tal inveja subiu de ponto em Antioquia da Pisídia, visto como os “tementes
a Deus” espalharam a notícia e no sábado seguinte quase toda a população gentílica da
colônia afluiu à sinagoga. Quando os judeus manifestaram o seu aborrecimento, Paulo
anunciou que, visto como eles se julgavam indignos da vida eterna que ele, ia agora
dedicar-se aos gentios. Porém tão grande oposição se levantara pelos judeus que Paulo e
Barnabé tiveram que deixar a cidade, todavia, não antes que numerosos “tementes a
Deus” confessassem o Cristo, formando ali uma Igreja.
Este fato também se repetiu em Icônio, onde grande número de judeus e gentios
creu, mas não tardou em serem forçados a deixar a cidade.
Chegando a Listra e Derbe, cidades Licaônicas onde logo um milagre efetuado por
Paulo, provocou uma explosão de entusiasmo religioso no meio da população nativa da
Anatólia. Imaginando que a sua cidade fora outra vez favorecida com a visita do deus
supremo e seu principal arauto, como constava na mitologia, prepararam-se para prestar
honras divinas aos missionários. Quando os apóstolos descobriram o que iria acontecer,
com muita dificuldade conseguiram dissuadi-los daquilo, e Paulo aproveitou a ocasião
para instruí-los na verdade do único e verdadeiro criado.
A visita a Listra foi inesperadamente interrompida por judeus de Antioquia da
Pisídia e Icônio, os quais insuflaram um tumulto, no qual Paulo, que fazia pouco hacia
sido aclamado como mensageiro dos imortais, foi tratado brutalmente e expulso da
cidade como morto, Quando reviveu (isto é narrado de TAM modo que sugere uma
intervenção miraculosa)
22. CAPÍTULO 15: 1 – 41 – COMENTÁRIO E ANÁLISE
O PROBLEMA DE ATOS 15
O rápido crescimento da Igreja gentílica devido à missão de Paulo e Barnabé
puseram em foco um novo problema. Se os gentios se tornaram crentes em Jesus como
o Messias, e se O aceitavam como Salvador e Senhor, em que proporção lhes deveria se
exigida a observância da Lei? O Senhor Jesus Cristo tinha Se colocado a si próprio e
seus ensinamentos acima da lei e tinha declarado que era superior a Moisés e aos O
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profetas, como um filho é superior aos servos da casa. A importância destas palavras
não foi imediatamente reconhecida, mas a lenta tendência que se desenvolvia dentro do
movimento cristão sob a direção do Espírito Santo tinha-se ido afastando do legalismo e
dirigido para a fé.
O debate de Pedro com os cristãos judeus em Jerusalém, depois de seu trabalho em
casa de Cornélio, foi um dos primeiros sintomas da tensão existente. Só quando Pedro
contou que o Espírito Santo havia descido sobre os gentios como tinha descido sobre os
judeus crentes no Pentecostes é que os cristãos judaicos admitiram que os gentios
podiam realmente ser salvos. (11: 18).
Depois de Paulo e Barnabé terem voltado a Antioquia e contado o sucesso da sua
pregação “... alguns homens, descendo da Judéia, ensinavam aos irmãos: Se não vos
circuncidardes segundo o rito de Moisés, não podereis ser salvos” (15: 1). Este ensino
deve ter sido um choque para os gentios. Não tinham sido criados na Lei e a sua
experiência espiritual desde a sua conversão tinha-se provado inteiramente satisfatória
sem observância de qualquer cerimônia. Além disso, eles tinham achado em Cristo a
libertação do legalismo e do cerimonialismo das suas próprias religiões. Por que é que é
que deviam voltar eles agora a pôr-se de novo debaixo doutra escravidão?
CARTA EXPEDIDA (15:1 – 29).
Paulo e Barnabé. Não muito depois de ter deixado aquelas igrejas surgiu uma crise
no meio delas, provocada pela atividade de judaizantes, que instavam sobre a
necessidade de serem acrescentadas a circuncisão e a observância da lei cerimonial à fé
em Cristo. Chegando a noticia desse fato aos ouvidos de Paulo em Antioquia, este
escreveu-lhes uma carta urgente “Admira-me que estejais passando tão
depressa... para outro evangelho” (Gál. 1:6). A epístola, escrita num estado de
excitação, revela sua amorosa ansiedade e temor de que esses filhos recém nascidos
sejam seduzidos e deixem a simplicidade de Cristo, bem como revela sua indignação
contra aqueles que os perturbavam.
A mesma questão tornou-se de real importância em Antioquia também por essa
época. A missão gentílica, sediada em Antioquia, ia resultar predominantemente no
estabelecimento de igrejas de igual modo gentílicas; e o partido judaico mais extremado
de Jerusalém via que só tinha de agir, então era preciso agir logo. E assim, organizaram
uma campanha levada a efeito não só nas novas igrejas da província da Galácia, como
também na própria Antioquia, cidadela do Cristianismo gentílico, urgindo completa
adoção da lei judaica por todos os cristãos, como condição indispensável de salvação e
de comunhão com os seus irmãos judeus.
O CONCÍLIO DE JERUSALÉM
O que aconteceu em Antioquia vem descrito por Paulo em Gál. 2:11 e segs. Os
judaizantes faziam valer seu ponto de vista com tamanho vigor que até Pedro, que
estava em Antioquia nesse tempo e sabia perfeitamente o que havia de certo e de O livro
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errado naquele movimento, foi arrastado à aparência alarmante de uma “dissimulação”,
como Paulo chama, visto como se retraía da companhia dos cristãos gentios. Essa
atitude, embora Pedro pudesse justificá-la sobre o fundamento de ser conveniente, ia
produzir efeito desastroso. Até Barnabé inclinou-se a seguir-lhe o exemplo. Paulo
enfrentou a situação com energia, acusando francamente Pedro de dissimulação. Sua
repreensão produziu salutar efeito; no Concílio de Jerusalém que se seguiu, Pedro
apoiou intransigentemente a argumentação de Paulo.
Mas o problema levantado pelos judaizantes tinha de ser discutido e resolvido para
que a Igreja cristã evitasse o risco de ser dividida, logo no seu inicio em dois corpos, um
judaico e outro gentílico. Então a igreja de Antioquia enviou delegados aos apóstolos e
anciãos de Jerusalém, e ali o caso foi discutido amplamente por eles na reunião
conhecida como Concílio de Jerusalém. Apesar dos argumentos do partido farisaico da
igreja, o peso da influência de Pedro, apoiada por Barnabé e Paulo, que narraram as
bênçãos de Deus sobre a missão gentílica, e por fim, o resumo judicioso de Tiago
inclinou a mente do Concílio na direção liberal.
Condição alguma se devia impor aos cristãos gentios para a salvação, ou para a
admissão deles à plena fraternidade cristã, salvo aquela que Deus mesmo aceitara como
suficiente a fé em Cristo. Uma vez estabelecido esse princípio, foi mais fácil tratar da
questão prática das relações sociais. Seria manifestamente um ato de cortesia e virtude
da parte dos cristãos gentios respeitarem certos escrúpulos judaicos; e a decisão da
reunião foi, por conseguinte declarada numa carta que se escreveu a igreja de Antioquia
e suas igrejas filhas.
É absurdo dizer, como alguns têm feito que Paulo jamais tenha aceitado tais
condições para suas igrejas gentílicas. Quando princípios estavam em jogo, o apóstolo
era inflexível; em caso contrário, não havia quem contemporizasse mais do que ele,
havendo vários lugares em suas cartas onde insta com os seus convertidos e outros para
que observem esse dever de se respeitar os escrúpulos e a consciência alheia (cfr. I Cor.
8:1 e. Rom. 14:1).
Deve ser recordado que a separação entre os judeus e os gentios era tanto religiosa,
como social. Os judeus tinham uma lei divina que sancionava o princípio e ordenava a
prática do isolamento nacional.
O caráter peculiar da religião dos judeus era tal que colocava obstáculos
insuperáveis no caminho de uma união social com outra gente. As suas observâncias
cerimoniais tornavam impossíveis refeições comuns com os gentios. O paralelismo mais
próximo que podemos encontrar para aquela barreira entre o judeu e o gentio é a
instituição das castas entre as populações da Índia, que se apresenta aos nossos como
um fato que causa perplexidade nos governos e aos nossos missionários como grandes
obstáculos do cristianismo no Oriente. Um hindu não pode comer como um pária ou
com um maometano e, entre os próprios hindus, os alimentos dos Brâmanes são
profanadas pela presença de um pária - apesar deles terem livre intercâmbio em todas O
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as transações comerciais comuns. Assim era também na época patriarcal. Era uma
abominação para os egípcios comer pão com os hebreus (Gên. 43:32).
A CARTA É RECEBIDA (15: 30 – 16:5)
A carta foi levada a Antioquia por dois cristãos de Jerusalém, Judas e Silas, que
acompanharam de volta os delegados daquela cidade. O recebimento da carta em
Antioquia causou grande satisfação.
Então Paulo e Barnabé concordaram em fazer nova visita às igrejas evangelizadas
em sua primeira viagem, porém, discordaram a respeito de Marcos. Barnabé recusou
dispensar a companhia de seu primo; o desfecho da dissensão foi que, em vez de uma só
excursão missionária, houve duas: Barnabé e Marcos tinham ido a Chipre, enquanto
Paulo tomou a Silas, que tinha a dupla vantagem de ser membro da igreja de Jerusalém
e ser cidadão romano e saiu com ele a percorrer cidades da Ásia menor visitadas na
primeira viagem, entregando às igrejas, cópias do decreto apostólico.
ANOTAÇÕES:
• O Concílio de Jerusalém.
• Ler Galátas 1:6 e 2:11.
• A carta é recebida
• Segunda viagem missionária (15 a 18).
• Houve dissensão: Paulo e Barnabé - Silas e Marcos.
• Paulo era judeu e cidadão romano. Levou a carta aos gentios (15:27).
QUESTIONÁRIO:
62. Qual igreja enviou Paulo e Barnabé?
63. Por qual poder Paulo pronunciou o juízo sobre o feiticeiro? (13:9)
64. Quais eram os sentimentos dos judeus ao ver que a Palavra de Deus era pregada aos
gentios?
65. Como recebeu os gentios o Evangelho? (v.48)
23. CAPÍTULO 15: 36 – 18: 22 – SEGUNDA VIAGEM MISSIONÁRIA DE
PAULO.
A narrativa desta viagem encontra-se em Atos 15:36 a 18:22. Depois de
aproximadamente três anos de intervalo, durante os quais dois valorosos obreiros
ficaram em Antioquia pregando e ensinando, com muitos outros, a palavra do Senhor,
Paulo teve a inspiração do Alto para fazer uma segunda viagem missionária pela Ásia
confirmando o trabalho realizado na primeira incursão evangelística naquela área.
Certamente ele nem por sonho teria imaginado o alcance desta viagem no que diz
respeito a penetração do evangelho na Europa.
As etapas desta viagem podem ser divididas em três itinerários: 1) O da Ásia na
ida; 2) O da Europa; 3) O da Ásia na volta.
TESSALÔNICA – 17: 1 – 9
A Maior cidade da macedônia, muita gente se converteu ali e seus inimigos os
acusaram de “transtornar o mundo”
ATENAS – 17: 15 – 34
Atenas era a importante capital da cultura grega. O discurso de Paulo no Areópago
é uma das obras primas de oratória de todos os tempos, e revela sua competência no
pensamento grego. Entretanto, os atenienses escarneceram da ressurreição, embora,
alguns cressem.
O discurso narrado por Lucas, seguiu uma orientação não diferente daquela do
discurso proferido em Listra (14: 15-17). Começando com uma referência a um altar
dedicado AO DEUS DESCONHECIDO (tipo de consagração de altar em Atenas
testificado por outros escritores), Paulo declarou que sua missão era fazer conhecido
deles esse Deus desconhecido. E prosseguiu na obra divina da criação e da providência,
usando linguagem tomada de empréstimo a alguns dos poetas gregos, como Epimênides
de Creta.
Notem o encontro de Paulo com os membros de duas escolas de filosofia – os
epicureus e os estóicos. (A filosofia é o ramo do conhecimento que tem por objetivo
descobrir a verdade concernente a Deus, ao homem e ao universo, tanto quanto essas
verdades podem ser compreendidas pala razão humana). Os epicureus eram céticos, que
rejeitavam todas as religiões. Acreditavam que o mundo se formou casualmente, que a
alma é mortal e que o prazer é o principal fim da vida. Os estóicos eram panteístas, quer
dizer, acreditavam que tudo é parte de Deus. Criam que a virtude é o fim principal da
vida e que devia ser praticada como um fim em si mesmo. Examinemos a mensagem de
Paulo. Demonstra a relação entre Deus e o universo (vers. 24 e 25). Logo, declara o
governo moral de Deus para com o mundo. Este governo se manifestará perfeitamente
no ultimo juízo (v.31).
O auditório escutou com bastante interesse até Paulo falar na ressurreição. Isto
agora é que não puderam suportar. A imortalidade da alma era um estado comum de
suas diversas escolas filosófica, mas a ressurreição do corpo era para eles tão absurda
quanto indesejável. Ainda hoje é uma pedra de tropeço para muitos, tanto quanto o era
para os atenienses, todavia é parte integrante da fé cristã.
CORINTO – 18: 1 – 28
Metrópole comercial e política da Grécia naquele tempo, situada a 70 quilômetros
de Atenas. Nesta cidade, que foi o ponto final da segunda viagem missionária na direção
do ocidente, Paulo permaneceu 18 meses. Também foi ali que Paulo conheceu o
consagrado casal Priscila e Áquila com os quais iniciou o trabalho em Corinto e depois
também em Éfeso.
Áquila e Priscila. Hospedaram Paulo em Corinto (v.2,3). Há inscrições nas
catacumbas que dão a entender ter sido Priscila de família distinta, de categoria
elevada em Roma, a qual, todavia, se desclassificou por ter sido casada com um judeu.
É sempre mencionada primeira. Sem dúvida, era mulher de talento excepcional. Quando
ela e o marido se converteram a Cristo, em Corinto, pela influência de Pedro, deram-se
logo totalmente ao trabalho da igreja. Foram com Paulo a Éfeso (18:18), onde mais
tarde a casa deles foi lugar de reunião de uma igreja (Rm. 16:3-5). Alguns anos adiante
estavam outra vez em Éfeso (2 Tm. 4:19). Foram sempre amigos leais e devotados de
Paulo.
O ITINERÁRIO DA ÁSIA NA VOLTA
Na primavera de 52, Paulo deixou Corinto para fazer visita a Jerusalém, durante a
Páscoa. De caminho passou em Éfeso, porém, aí desta vez não pode demorar, apesar do
convite insistente da sinagoga. No entanto, prometeu voltar e cumpriu esta promessa no
outono. Nesse ínterim grande interesse foi despertado na sinagoga de Éfeso por um
judeu alexandrino, chamando Apolo, muito versado nas Escrituras do Velho Testamento
e também história de Jesus, a qual, sendo por ele cogitada com essas Escrituras,
convenceu-o de que Jesus era de fato o Messias; e com sua argumentação poderosa
expunha seu ensino na sinagoga. Áquila e Priscila, que acompanharam a Paulo de
Corinto a Éfeso, ouviram-no e como ele só conhecesse o batismo de João, ensinaram-
lhe o caminho do Senhor com maior precisão, tirando assim proveito do ensino que eles
mesmos receberam de Paulo. Procurando Apolo prosseguir viagem para a Grécia, os
irmãos recomendaram-no a igreja de Corinto. E tão poderosa foi a assistência por ele
prestada aos cristãos dali que Paulo lhe pode escrever depois “Eu plantei, Apolo regou”
(I Cor. 3:6). Embora alguns coríntios procurassem fazer dele um cabeça de partido rival
de Paulo, é claro que não havia sentimento de oposição entre os dois (cfr. I Cor.
16:12). Tendo raspado a cabeça em Ceneréia, porque tinha voto (18), isto é, Paulo tinha
voto temporário de nazireu.
Saindo de Corinto, Paulo voltou para Jerusalém e Antioquia, e no caminho, visitou
Éfeso, visita que já há muito queria fazer. Na sua primeira viagem missionária, é
possível que estava visando chegar a Éfeso quando na Antioquia da Psídia, foi desviado
de volta para o leste, por causa de seu espinho na carne (Gl. 4:13; 2Co 12:7). Assim
ficou na área da Galácia. Na sua segunda viagem missionária, estava procurando chegar
a Éfeso quando Deus o desviou para o norte, mandando-o a Trôade e a Grécia (16:6,7).
E, finalmente, na sua terceira viagem, a porta se abre para ir a Éfeso.
ANOTAÇÕES:
• Houve uma mudança de direção
• Filipos 16:10 – reencontro com Lucas.
• conversão de Lidia (negociante vinda de Listra, possivelmente veio a fundar Igreja
nesta cidade – Ap. 2:18).
• Filipos foi a primeira igreja de Paulo na Europa. A única pelo que se sabe, que Paulo
recebeu paga do seu trabalho.
• Atos 17:1 – “Chegaram, deixou Lucas”.
Atenas: Discurso de Paulo no Areópago. Duas escolas filosóficas.
• Corinto:Paulo em Corinto. Fundação da Igreja. Encontra Áquila e Priscila que o
acompanha até Éfeso.
• Paulo deixa Corinto e Apolo aparece (18:18 – 28).
QUESTIONÁRIO:
66. Qual o acontecimento lamentável que marcou o princípio da segunda viagem
missionária?
67. Quem Paulo encontrou aqui?
68. Qual era a sua nacionalidade
69. Corinto: Quem Paulo encontrou nesta cidade?
70. Quem se uniu a ele neste lugar?
71. Qual era o efeito da sua pregação aos judeus?
72. Éfeso: A quem deixou Paulo neste lugar? (18:19)
24. CAPÍTULO 18: 23 – 21: 16 – TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA DE
PAULO.
CAPÍTULO 19: 21 – 41 – O TUMULTO EM ÉFESO
A cena mais vibrante de quantas Lucas nos apresenta do ministério de Paulo em
Éfeso, é a assembléia tumultuosa no grande teatro da cidade, ao ar livre, ultimamente
escavado, estimando-se que comportava 25.000 pessoas. A corporação local dos
ourives, que auferia considerável lucro da venda de imagens de prata da grande deusa
Ártemis, colocadas em nichos igualmente de prata, ficou alarmada quanto ao futuro de
sua arte, a vista de tanta gente que abraçava o Cristianismo. Disfarçando essa
preocupação sob a capa de interesse pela honra da deusa, convocaram indignados, um
comício. A indignação deles propagou-se ao público em geral que acorreu ao teatro,
onde encenaram um tumulto pró – Ártemis e anti-judaico (note-se o humorismo no
versículo 32).
Diana. Infelizmente este nome romano foi empregado pelos tradutores em lugar
do nome grego Ártemis, que era a grande deusa-mãe cultuada na Ásia Menor desde
tempos imemoriais, cujo templo era uma das sete maravilhas da antiguidade.
ANOTAÇÕES:
• Terceira viagem missionária.
• Paulo em Éfeso.
QUESTIONÁRIO:
73. Qual era o desejo sincero de Paulo para com todos os fiéis? (19:2)
74. O que escreveu ele mais tarde aos fiéis desta cidade? (Ef. 5:18)
25. CAPÍTULO 20: 1 – 38 – ANÁLISE DETALHADA
PAULO DESPEDE-SE DOS PREBÍTEROS DE ÉFESO
Paulo vai para a Síria pela Macedônia e para em Trôade onde ali depois de um
discurso demorado um Jovem tomado de sono cai de uma janela e morre. Paulo então
ora pelo jovem que é levantado vivo.
O encontro do apóstolo em Mileto com os presbíteros da igreja de Éfeso é
importante porque contém o único registro de um discurso seu, frente a um auditório de
cristãos. A autenticidade deste discurso é fortemente apoiada por sua semelhança com a
linguagem das epistolas de Paulo, e tanto mais porque não há provas de Lucas ter
conhecido tais epistolas. O discurso lança luz sobre o curso dos acontecimentos
ocorridos há pouco e sobre os pressentimentos do apostolo quanto ao futuro, embora
nada o demova da determinação de levar a cabo a obra divinamente a ele destinada e de
acabar sua carreira jubilosamente.
QUESTIONÁRIO:
75. Em que dia a igreja costumava reunir-se para os seus cultos semanais? (20:7)
76. Há algum outro versículo as Escritura que fala acerca disso? (I Cor. 16:1,2)
77. Mileto. Enquanto o navio se deteve aqui, Paulo chamou os anciãos da igreja de
Éfeso e pronunciou uma mensagem de despedida. Nos versículos 17 a 21, Paulo dá um
resumo do seu ministério entre eles. Que admoestação deu aos anciãos de Éfeso?
26. CAPÍTULO 21: 1 – 40 e 22: 1 - 30 – PRISÃO DE PAULO
O Profeta Ágabo profetiza o que aconteceria a Paulo em Jerusalém. Apesar dos
discípulos aconselharem a não subir a Jerusalém, Paulo declara estar pronto para
morrer.
Paulo então vai para Jerusalém e lá é bem recebido, mas eles temiam por sua
segurança, por ter se espalhado rumores de que ele estivesse ensinando contra a lei de
Moisés e que estivesse persuadindo os judeus a abandoná-la. Por isso Paulo consentiu
na observância de uma cerimônia judaica. Ao fazer isso não comprometeu nenhuma
questão fundamental, mas agiu de acordo com os seguintes princípios propostos por ele
mesmo em seus escritos. Tornou-se judeu para com os judeus para poder ganhar os
judeus, com a mesma vontade com que fez com que se fez gentio para ganhar os gentios
(I Cor 9:20,21).
Chegando já o dia do cumprimento do voto, os judeus da Ásia o reconheceram e
alvoroçaram o povo contra ele e o pegaram e o arrastaram para fora do templo e quase o
mataram.
O Apóstolo Paulo que era judeu, cidadão romano e que falava o grego e o
Hebraico se revela como tal no momento oportuno:
Atos 21: 37 - Antes de ser levado para dentro da Fortaleza, ele fala em língua grega
com o soldado romano e isso lhe garante o direito de defesa.
Atos 22: 2 – Ao iniciar sua defesa (que na verdade era o seu testemunho de Cristo) fala
em língua Hebraica e isso atrai maior atenção do povo para ouvir.
Atos 22: 3 – Paulo fala de sua cidadania, onde nasceu e com quem foi instruído.
Ele soube usar isso muito bem, no momento oportuno para seguir pregando e
testemunhando de Cristo.
Paulo já poderia ter feito isso muito antes, mas isso lhe garantiu um público ainda
mais seleto de pessoas de grande autoridade, os principais dos sacerdotes e todos do
conselho. O resultado disso, uma multidão de homens sábios e conhecedores da Lei,
ouvindo o testemunho da ressurreição de Cristo. Vale ressaltar que ser cidadão romano
naquela época era um privilégio muito grande. Muitas pessoas que eram ricas
compravam esse direito para poderem ter o prestígio que um cidadão romano tinha
naqueles dias. (v28) Mas Paulo o tinha de nascimento.
27. CAPÍTULO 23: 1 – 10 - PAULO PERANTE O CONCÍLIO JUDAICO
Em Jerusalém Paulo foi levado perante o concílio judaico e ali declarou sua
inocência. A ação injusta e cruel do Sumo Sacerdote ao mandar que o ferissem, fez com
que os acusasse severamente. No calor da sua indignação, esqueceu-se do sumo
sacerdote e viu nele somente um regente tirano, há quem diga que Paulo não sabia
realmente que ele era o Sumo sacerdote, mas é muito mais provável que o tom tenha
sido de ironia realmente.
Paulo então declara palavras proféticas contra o sumo sacerdote, pois estas
palavras vieram a se cumprir 15 anos mais tarde quando este teve morte violenta.
Paulo vendo que o conselho se opunha a ele e não tendo esperança de receber
justiça, recorre a um estratagema. Sabia ele que os fariseus e saduceus estavam
divididos sobre a doutrina da ressurreição e pó isso, apelou para a seção farisaica do
concílio por clemência por causa de ser acusado de pregar uma doutrina que eles
mesmos aceitavam. Este apelo dividiu o concílio ocasionou a fuga de Paulo e sua
proteção pelos romanos.
ANOTAÇÕES:
• Os irmãos exigem que Paulo faça o voto demonstrando que o que . (Num. 6:2,9).
• A defesa de Paulo.
• O comandante fala da cidadania romana (v.28 e 29).
• Paulo ofende o sumo sacerdote sem saber (violência ou ironia).
• Sobrinho de Paulo livra-o da conspiração de morte (v.16).
• Paulo se defende das acusações.
• Ilha de Malta
• Rejeição do Evangelho pelos judeus.
• Paulo passa dois anos no coração do Império.
• O desejo de Paulo é realizado (Rom. 1:15).
QUESTIONÁRIO:
81. Quanto tempo Paulo permaneceu nesta ilha ?(28: 11)
82. O que Paulo fez em primeiro lugar quando chegou a Roma?
83. O que diz a tradição a respeito de como Paulo morreu?
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