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Módulo: Escrituração Contábil Digital e Escrituração Contábil Fiscal

Turma:CBSLZ003
Nome: SUELY DE JESUS OLIVEIRA CONCEIÇAO

ATIVIDADE 1

1. O artigo 6º da Constituição Federal de 1988 prevê os deveres do estado e direitos


do cidadão brasileiro mantidos pelas três esferas governamentais Municípios,
Estados, União e o Distrito Federal. Qual a metodologia de manutenção dos direitos
previstos na CF/88 e a base legal utilizada na aplicabilidade de cobrança?

R: Criação de tributos que serão a base de manutenção do Artigo 6° da Constituição


Federal de 1988. A lei 5.172 de 1966 instituiu o atual código Tributário Nacional
Tributo definido pelo Art: 5° do CTN:

2. Quais os tipos de sociedade previstas na legislação brasileira e suas divisões por


porte e regime de apuração? Cite a base legal.

R: As sociedades se dividem em duas categorias: simples e empresária. As


sociedades simples são as que são registradas em cartório. As empresárias são
registradas em Junta Comercial e subdividem-se em: S/S, S/A, LTDA, EIRELI e
MEI./ Quanto ao porte elas podem ser MEI, Micro Empresa, Empresa de Pequeno
Porte, Pequena e Média Empresa e Empresa de Grande Porte./ Os regimes de
tributação podem ser: Optante pelo Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro
Real./ A base legal dos tipos de empresa é a Lei 10.406/2002 (Código Civil) e a LC
123/06 (Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte).

3. De acordo com o Decreto Lei nº 1.598 de 1977 as cadeias mercantis estão


divididas em dois tipos, quais são esses tipos e os documentos fiscais aplicados a
cada operação nessas cadeias?
R: balanço patrimonial e o de resultado econômico. O número e a Mercadorias e
serviços. Na primeira cadeia, operações entre industria, comercio atacadista,
comércio varejista e consumidor final incide icms, pis e cofins; já na segunda, entre
tomador e prestador incide iss, pis e cofins.

4. Quais entidades brasileiras estão obrigadas a manter escrituração em livros e


quais os tipos de livros utilizados? Ainda sobre a escrituração obrigatória mencione
sobre a responsabilidade solidária. Cite a base legal.

R: De acordo com o art. 1.179 do Novo Código Civil (Lei no 10.406, de 10 de janeiro
de 2002) O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um
sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme
de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar
anualmente o espécie de livros ficam a critério dos interessados. Além dos demais
livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser substituído por fichas
de lançamentos (livro Balancetes Diários e Balanços) no caso de escrituração
mecanizada ou eletrônica, sob a responsabilidade de contabilista legalmente
habilitado.

5. A Receita Federal do Brasil foi instituída com o propósito de manter a estabilidade


na arrecadação tributária do Brasil, em meio a evolução da fiscalização, percebe-se
a tecnologia como a maior ferramenta adotada pela RFB e as Secretarias das
Receitas Estaduais e Municipais. Ainda com base na evolução da fiscalização o que
estabelece a Emenda Constitucional nº 42 de 2003?
R: Que as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de
cadastro e de informações fiscais. (Art. 37 da Emenda Constitucional nº 42 de 2003)

6. Após o ‘’Start Up’’ da criação do Projeto SPED - Sistema Público de Escrituração


Digital, o governo brasileiro começou a movimentar-se no sentido de agilizar o início
em produção da aplicabilidade tecnológica na fiscalização. Discorra sobre a
participação do ENAT e CMN nessa iniciativa.
R: Para atender o dispositivo Constitucional “criação do Projeto SPED – Sistema
Público de Escrituração Digital”, foi realizado, em 17 de julho de 2004, em Salvador,
o I ENAT - Encontro Nacional de Administradores Tributários que promoveu o
cruzamento de informações em larga escala com dados padronizados e
uniformização de procedimentos e maior eficácia de fiscalização.
Em 27 de agosto de 2005, no evento do II ENAT - Encontro Nacional de
Administradores Tributários, em São Paulo, o Secretário da Receita Federal, os
Secretários de Fazenda dos Estados e Distrito Federal, e os representantes das
Secretarias de Finanças dos Municípios das Capitais, buscando dar efetividade aos
trabalhos de intercâmbio entre os mesmos, assinaram os Protocolos de Cooperação
nº 02 e nº 03, com o objetivo de desenvolver e implantar o Sistema Público de
Escrituração Digital e a Nota Fiscal Eletrônica.
Entre o I e o II ENAT foi organizado o Encontro Nacional de Coordenadores e
Administradores Tributários Estaduais - ENCAT, com a finalidade de unificar os
diferentes projetos em andamento. Com a assinatura do Protocolo de Cooperação
ENAT nº 3/05 (II ENAT), o ENCAT ficou responsável pela coordenação do
desenvolvimento e da implantação da NF-e.
No III ENAT, realizado em Fortaleza, os Municípios representados pela Associação
Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais - ABRASF comprometeram-se a
coordenar o desenvolvimento e a implantação da Nota Fiscal Eletrônica de Serviços
(NFS-e), com apoio da Secretaria da Receita Federal, da Secretaria da Receita
Previdenciária - SRP e do ENCAT

7. Os participantes das informações do SPED estão divididos em grupos de


fiscalizadores e entidades interessadas nos dados agregados. Discorra sobre a
participação dessas entidades.
R: Nos termos do art. 7º da IN 787/2007, as informações relativas à ECD,
disponíveis no ambiente nacional do SPED, serão compartilhadas com as
administrações tributárias dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e ainda
com os órgãos e as entidades da administração pública federal direta e indireta que
tenham atribuição legal de regulação, normatização, controle e fiscalização dos
empresários e das sociedades empresárias.
Tal compartilhamento restringe-se ao limite de competência dos entes acima
mencionados, observada ainda a legislação referente aos sigilos comercial, fiscal e
bancário, nas seguintes modalidades de acesso:
-integral, para cópia do arquivo da escrituração (no caso de iniciado
procedimento fiscal ou equivalente, junto à pessoa jurídica titular da ECD);
-parcial, para cópia e consulta à base de dados agregados, que consiste na
consolidação mensal de informações de saldos contábeis.

8. O projeto SPED revolucionou a metodologia de fiscalização em todas as esferas


promovendo o cruzamento em larga escala e facilitando a ação conjunta das
Secretarias. Cite e analise as principais mudanças trazidas com a implantação do
SPED.
R: A implantação do SPED traz como principais mudanças a padronização das
informações dos contribuintes em todas as esferas fiscais, contábeis,
proporcionando acesso às informações de forma integrada entre os fiscos
municipais, estaduais e federal, além da uniformização das diversas obrigações
acessórias, consolidando a transmissão dos arquivos, de forma única a diferentes
órgãos fiscalizadores. (BRASIL, 2012a)

9. O projeto SPED está dividido em módulos de escrituração Fiscal e Contábil, além


dos Documentos Fiscais. Discorra sobre cada um dos módulos e a interligação
entre as operações que os integram.
R: A escrituração contábil digital visa dar celeridade ao processo de prestação de
informações contábeis por meio da substituição da escrituração em papel pela
escrituração eletrônica, transmitida via arquivo. Por meio da ECD, é possível realizar
as devidas escriturações contábeis nos livros diário e razão, bem como gerar os
balancetes, balanços e fichas de lançamento e propiciar a análise dos registros em
tempo real. Para tanto, a ECD é composta de 5 blocos. Por sua vez, a ECF, como o
nome já sugere, tem por objetivo interligar os dados contábeis e fiscais que se
referem à apuração do IRPJ e da CSLL, agilizando o processo de acesso do Fisco.
Dessa forma, o foco da ECF são as informações voltadas à fiscalização dos tributos,
com ênfase na IRPJ e na CSLL. Os registros na ECF contemplam 16 blocos. Todo
esse processo de fiscalização é feito pelo cruzamento de dados digitais.

10. Em qualquer obrigação acessória com bases integradas na web é possível


entender que o objetivo principal será o cruzamento das informações. Discorra
sobre o cruzamento dos módulos do SPED.

R: O cruzamento dos módulos é o procedimento que consiste em verificar se os


registros contábeis são compatíveis com os registros fiscais, levando-se em
consideração os tipos de empresa, as transações e as legislações tributárias
vigentes aplicáveis em cada situação específica. As informações geradas por esses
cruzamentos compõem uma base integrada de dados que facilita o trabalho do fisco
e da celeridade ao processo de fiscalização por parte dos órgãos competentes para
tal.
ATIVIDADE 2

1. A Escrituração Contábil Digital (ECD) é um módulo integrante do SPED,


foi instituída pela IN RFB nº 787 de 2007, alterada pela Instrução
Normativa RFB nº 1.774 de 2017, busca promover a integração dos fiscos
mediante a padronização, racionalização e compartilhamento das
informações digitais, bem como integrar todo o processo relativo a
escrituração contábil, com a substituição do atual documentário em meio
físico (papel) por documento eletrônico com validade jurídica para todos
os fins. Com base na Lei 10.406 de 2002, quais são os livros em papel
substituídos por arquivo no formato ‘’TXT’’ na ECD?
R:- Livro Diário e seus auxiliares, se houver;
II - Livro Razão e seus auxiliares, se houver;
III - Livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento
comprobatórias dos assentamentos neles transcritos

2. De acordo com a ITG 2000 – Interpretação Técnica Geral -, em caso de


escrituração contábil em forma digital, não há necessidade de impressão
e encadernação em forma de livro, porém o arquivo magnético
autenticado pelo sistema/registro público competente deve ser mantido
pela entidade. São formas alternativas de escrituração: em papel, em
fichas ou digital. Sabendo que a ECD não aceita todos os tipos de livros, o
que prevê o § 1º, inciso II, Art. 129 da IN 1.515/2014.
R: Lucro presumido poderá optar pelo livro Caixa, mas se mantiver
escrituração contábil, na forma da legislação comercial, deverá controlar
os recebimentos de suas receitas em conta específica, sendo obrigada ao
livro diário. (§ 1º, inciso II, Art. 129 da IN 1.515/2014)cc

3. Quais são os elementos obrigatórios do lançamento contábil exigido pela


resolução do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) nº 1.020 de
2005?

Ra) Data; Conta (s) devedora(s);


c) Conta (s) credora(s);
d) Histórico;
e) Valor do registro contábil;
f) Número do lançamento para identificar, de forma unívoca, todos os
registros eletrônicos que integram um mesmo lançamento contábil

4. Quais são as sociedades e entidades obrigadas a entregar a Escrituração


Contábil Digital? Informe as condições de obrigatoriedade.
● R: Sociedades de contas e participação tributada pelo lucro real,
sociedade tributada pelo lucro presumido, que distribui o título de lucro sem
incidência do imposto de renda retido na fonte IRRF parcela do lucro
dividendo superior ao valor da base de cálculo do imposto, diminuída de
todos os impostos e contribuição a que estiver sujeita.
Sociedade em conta de participação imune ou isenta que aufere receita,
doações, incentivos subvenções, contribuições, auxílios, convênio e
ingressos cujo a soma ser superior a 1.200,000,00 no ano calendário a
que se refere a escrituração contábeis ou proporcional ao período.

5. Qual o prazo de entrega da Escrituração Contábil Digital?


R: Até o último dia útil do mês de maio do ano seguinte ao ano-calendário a
que se refira a escrituração.

6. Quais as multas previstas para a Escrituração Contábil Digital, instituídas


pela Lei nº 13.670 de 2018?
R: I - multa equivalente a 0,5% (meio por cento) do valor da receita bruta da
pessoa jurídica no período a que se refere a escrituração aos que não
atenderem aos requisitos para a apresentação dos registros e respectivos
arquivos;
II - multa equivalente a 5% (cinco por cento) sobre o valor da operação
correspondente, limitada a 1% (um por cento) do valor da receita bruta da
pessoa jurídica no período a que se refere a escrituração, aos que
omitirem ou prestarem incorretamente as informações referentes aos
registros e respectivos arquivos; e
III - multa equivalente a 0,02% (dois centésimos por cento) por dia de
atraso, calculada sobre a receita bruta da pessoa jurídica no período a
que se refere a escrituração, limitada a 1% (um por cento) desta, aos que
não cumprirem o prazo estabelecido para apresentação dos registros e
respectivos arquivos.
7. Quanto a Substituição da ECD, somente poderão ser substituídos os
livros que contenham erros que não possam ser corrigidos por meio de
lançamentos extemporâneos, nos termos das Normas Brasileiras de
Contabilidade. O § 2º, Art. 7º da IN 1.774/2017 trata sobre as assinaturas
na Substituição do Livro Digital. Quais assinaturas deve conter o Termo de
Verificação?
R:- Pelo próprio profissional da contabilidade que assina os livros contábeis
substitutos; e quando as demonstrações contábeis tenham sido auditadas
por auditor independente, pelo próprio profissional da contabilidade que
assina os livros contábeis substitutos e também pelo seu auditor
independente.

8. Ainda sobre a Substituição do Livro no formato digital, a entidade deverá


preencher o registro J801 – Termo de Verificação Para Fins de
Substituição da ECD. O que deverá ser detalhado no preenchimento do
registro citado?
R:I - Identificação da escrituração substituída;
II - Descrição pormenorizada dos erros;
III - Identificação clara e precisa dos registros que contêm os erros, exceto
quando o erro for decorrência necessária de outro erro já discriminado;
IV - A autorização expressa para acesso do Conselho Federal de
Contabilidade a informações pertinentes às modificações; e
V - A descrição dos procedimentos pré-aordados e executados pelos
auditores independentes mencionados no §2º, inciso II, quando estes
julgarem necessário.
9. O Art. 2º da IN DNRC nº 107 de 08, define que são instrumentos de
escrituração dos empresários e das sociedades empresárias: I – livros, em
papel; II – conjunto de fichas avulsas (art. 1.180-CC/2002); III – conjunto de
fichas ou folhas contínuas (art. 1.180-CC/2002); IV – livros em microfichas
geradas através de microfilmagem de saída direta do computador (COM); V –
livros digitais. No entanto o Departamento Nacional de Comércio
representado pelas Juntas Comerciais não são os responsáveis pela
autenticação dos Livros Digitais. Como serão autenticados os Livros da ECD?
R: O termo de autenticação da ECD transmitida via SPED será o próprio
recibo de entrega que o programa gera no momento da transmissão.

10. Em relação as mudanças de contador, plano de contas ou sede no


período estão determinadas instruções específicas para tratamento
dessas questões. Discorra sobre as orientações específicas para cada
uma das mudanças.
R: Mudança de contador no meio do período: Respeitados os limites acima,
o período da escrituração pode ser fracionado para que cada contabilista
assine o período pelo qual é responsável técnico.
Mudança de plano de contas da empresa no meio do período:
Respeitados os limites acima, o período da escrituração pode ser
fracionado para que cada plano contas corresponda a um período.
Mudança da sede da empresa para outra unidade da federação: Nessa
situação, a escrituração contábil do período que ainda não foi transmitido
deve ser enviada considerando o NIRE da nova sede da empresa

11. A Escrituração Contábil Fiscal (ECF) é uma obrigação acessória que


tem por objetivo interligar os dados contábeis e fiscais que se referem à
apuração do IRPJ e da CSLL, agilizando o processo de acesso do Fisco e
tornando mais eficiente o processo de fiscalização através do cruzamento
de dados digital. Instituída pela IN nº 1.422 de 2013 que complementou a
IN nº 989 de 2009 a qual instituiu o Livro de Apuração no Formato Digital
(e-LALUR). De acordo com a base legal mencionada quais as
informações exigidas pela ECF?
R: IN 1422/13, Art. 2º O sujeito passivo deverá informar, na ECF, todas as operações
que influenciem a composição da base de cálculo e o valor devido do Imposto sobre
a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
(CSLL), especialmente quanto:
I - à recuperação do plano de contas contábil e saldos das contas, para pessoas
jurídicas obrigadas a entregar a Escrituração Contábil Digital (ECD) relativa ao
mesmo período da ECF;
II - à recuperação de saldos finais da ECF do período imediatamente anterior,
quando aplicável;
III - à associação das contas do plano de contas contábil recuperado da ECD com
plano de contas referencial, definido pela Coordenação-Geral de Fiscalização
(Cofis), por meio de Ato Declaratório Executivo (ADE);
IV - ao detalhamento dos ajustes do lucro líquido na apuração do Lucro Real,
mediante tabela de adições e exclusões definida pela Cofis, por meio de Ato
Declaratório Executivo;
V - ao detalhamento dos ajustes da base de cálculo da CSLL, mediante tabela de
adições e exclusões definida pela Cofis, por meio de Ato Declaratório
Executivo;
VI - aos registros de controle de todos os valores a excluir, adicionar ou
compensar em exercícios subsequentes, inclusive prejuízo fiscal e base de cálculo
negativa da CSLL; e
VII - aos registros, lançamentos e ajustes que forem necessários para a
observância de preceitos da lei tributária relativos à determinação do lucro real e
da base de cálculo da CSLL, quando não devam, por sua natureza
exclusivamente fiscal, constar da escrituração comercial, ou sejam diferentes dos
lançamentos dessa escrituração.

12. O Art. 1º da Lei 8.137 de 1990 diz que constitui crime contra a ordem
tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer
acessório, mediante as seguintes condutas. O que está previsto nos
incisos dos Art. 1º da Lei 8.137 e qual a penalidade aplicada?
R: Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou
contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:
I - omitir informação, ou prestar declaração falsa;
II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou
omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido
pela lei fiscal;
III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou
qualquer outro documento relativo à operação tributável;
Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

13. Quais são as sociedades e entidades obrigadas a entregar a


Escrituração Contábil Fiscal? Informe as condições de obrigatoriedade.
R:Segundo o art. 3º da Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil a
que se refere a Escrituração Contábil Digital, deverão apresentar a ECD
todas as pessoas jurídicas obrigadas a manter escrituração contábil nos
termos da legislação comercial, inclusive as equiparadas, as imunes e as
isentas.

As Sociedades em Conta de Participação (SCP) enquadradas nas hipóteses


de obrigatoriedade de apresentação da ECD devem apresentá-la como
livros próprios ou livros auxiliares do sócio ostensivo:

· SCP tributada pelo lucro real


· SCP tributada pelo lucro presumido, que distribuir, a título de lucros, sem
incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF), parcela dos
lucros ou dividendos superior ao valor da base de cálculo do Imposto,
diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita.
· SCP de imunes e isentas que auferirem receitas, doações, incentivos,
subvenções, contribuições, auxílios, convênios e ingressos
assemelhados, cuja soma seja inferior a R$ 1.200.000,00 (um milhão e
duzentos mil reais) no ano-calendário a que se refere a escrituração
contábil, ou proporcional ao período.

14. Qual o prazo para entrega da Escrituração Contábil


R: Até o último dia útil do mês de julho do ano ano-calendário seguinte.

15. Quais as multas previstas para a Escrituração Contábil Fiscal, instituídas


pela Lei nº 12.973 de 2014 para o Lucro Real?
R: “Art. 8o-A. O sujeito passivo que deixar de apresentar o livro de que trata o
inciso I do caput do art. 8o, nos prazos fixados no ato normativo a que se
refere o seu § 3o, ou que o apresentar com inexatidões, incorreções ou
omissões, fica sujeito às seguintes multas:
I - equivalente a 0,25% (vinte e cinco centésimos por cento), por
mês-calendário ou fração, do lucro líquido antes do Imposto de Renda da
pessoa jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, no
período a que se refere a apuração, limitada a 10% (dez por cento)
relativamente às pessoas jurídicas que deixarem de apresentar ou
apresentarem em atraso o livro; e

II - 3% (três por cento), não inferior a R$ 100,00 (cem reais), do valor omitido,
inexato ou incorreto.

§ 1o A multa de que trata o inciso I do caput será limitada em:

I - R$ 100.000,00 (cem mil reais) para as pessoas jurídicas que no


ano-calendário anterior tiverem auferido receita bruta total, igual ou
inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais);

II - R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais) para as pessoas jurídicas que


não se enquadrarem na hipótese de que trata o inciso I deste parágrafo.

§ 2o A multa de que trata o inciso I do caput será reduzida:

I - em 90% (noventa por cento), quando o livro for apresentado em até 30


(trinta) dias após o prazo;

II - em 75% (setenta e cinco por cento), quando o livro for apresentado em até
60 (sessenta) dias após o prazo;

III - à metade, quando o livro for apresentado depois do prazo, mas antes de
qualquer procedimento de ofício; e

IV - em 25% (vinte e cinco por cento), se houver a apresentação do livro no


prazo fixado em intimação.

16. Quais as multas previstas para a Escrituração Contábil Fiscal, instituídas


pela Lei nº 13.670 de 2018 para as demais entidades?

R:a) 0,5% do valor da receita bruta da pessoa jurídica no período a que se


refere a escrituração, para aqueles que não atenderem aos requisitos de
apresentação dos registros e respectivos arquivos;

b) 5% sobre o valor da operação correspondente, limitada a 1% do valor da


receita bruta da pessoa jurídica no período a que se refere a escrituração,
nos casos em que as empresas omitirem ou prestarem incorretamente as
informações referentes aos registros e respectivos arquivos;

c) 0,02% por dia de atraso, limitada a 1%, calculada sobre a receita bruta da

pessoa jurídica no período a que se refere a escrituração, nos casos em

que não forem cumpridos os prazos estabelecidos para apresentação dos

registros e respectivos arquivos.

Destaca-se, ainda, que a multa aplicável aos contribuintes que apurem o

IRPJ pela sistemática do lucro real, imposta pelo não apresentação da

ECF nos termos do art. 6º da IN RFB nº 1.422, de 2013, não será objeto

de alteração tendo em vista disposição específica sobre o livro de

apuração do lucro real no art. 8-A do Decreto-Lei nº 1.598, de 1977.

17. Quais são as assinaturas exigidas na Escrituração Contábil Fiscal?


R: Assinatura do contador e do responsável pela empresa

18. É necessário o mapeamento das contas analíticas do plano de contas da


empresa com o plano de contas referencial da Receita Federal, essa
vinculação permite o preenchimento automático das demonstrações
contábeis e do Livro de Apuração da Contribuição Social de forma
eletrônica (e-LACS), assim como o Livro de Apuração do Lucro Real no
formato digital (e-LALUR). Quais os procedimentos para a recuperação da
ECD sem mapeamento?
R: Para recuperar a ECD sem mapeamento, os passos são os seguintes:
1 – Importar a ECF;
2 – Recuperar a ECD, marcando a opção “utilizar os dados recuperados da
ECD para preenchimento do balanço e/ou DRE”. Com essa opção
desmarcada, o programa da ECF copiará as informações para o bloco J e
K, mas não calculará o balanço patrimonial e a DRE, pois não existe
mapeamento. Os dados dos registros K155 e K355 estarão de acordo
com a ECD;
3 – Importar somente o bloco J da ECF com o mapeamento correto.

19. Os encerramentos do exercício na ECF seguem o período de apuração


do tributos. Por exemplo, se a empresa é a do lucro presumido, os
encerramentos do exercício da ECF serão trimestrais. Caso a ECD
recuperada tenha encerramento diferente (por exemplo, a ECD
recuperada tenha apenas um encerramento anual), no momento da
validação no programa do ECF, poderá aparecer uma mensagem de
advertência, com o valor da diferença entre os saldos finais credores e os
saldos iniciais credores. Quais os procedimentos para tratar os casos de
recuperação de ECD Com Encerramento do Exercício Diferente dos
Encerramentos da ECF?

R: A pessoa jurídica poderá ajustar os saldos por meio de alteração nos


registros K155 e K355 (alteração do saldo de uma ou mais contas);
Também há a opção de criar uma nova conta do plano de contas da
pessoa jurídica (J050) para fazer o ajuste. Contudo, neste último caso,
também será necessário fazer o mapeamento dessa conta para o plano
de contas referencial (J051).

20. Discorra sobre a relação e cruzamento das Escriturações Contábil Digital


(ECD) e Contábil Fiscal (ECF).

R: A ECD foi instituída para fins fiscais e previdenciários, já a ECF é


destinada a obter todas as informações relativas à composição e ao valor
devido CSLL e o IRPJ. Os dados são coletados para fins específicos. No
entanto, ambas serão partes integrantes do SPED, cujo programa tem
como objetivo principal unificar os processos de averiguação do
cumprimento com as obrigações tributárias das empresas para facilitar o
preenchimento e entrega das informações pertinentes. Uma das
novidades envolvendo a criação da ECF é a recuperação de dados
diretamente da ECD, o que amplia o grau de cruzamento entre as duas
obrigações, antes desconexas, quando se trabalhava com a DIPJ. A
importação dos arquivos da ECD é justamente o ponto de partida para o
preenchimento da ECF.A própria ferramenta da RFB recuperará
informações para compor o Bloco C da ECF (informações recuperadas da
ECD), que apresenta, entre outros dados, o Plano de Contas do
Contribuinte e os Saldos Contábeis ao longo do ano-calendário. No
entanto, a ECD também pode contribuir no preenchimento dos demais
Blocos da ECF, como no caso dos dados do Bloco J (Plano de Contas e
Mapeamento), do Bloco K (Saldo das Contas Contábeis e Referenciais) e
também do Bloco L (Lucro Líquido), que é fundamental para a formação
das bases do IRPJ e da CSLL.

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