Você está na página 1de 18

ProteÇão de sistemas 361

CAPfTULO

13 2. Dano ao equipamen to que está na vizinhança da falha, devido às correntes pesadas,


desequilibradas ou às baixas tensões produzidas pelo curto-circu ito.
às correntes

3. Explosões que podem ocorrer em equipamen tos que contenham óleo isolante,
durante um
curto-circu ito, e que podem causar sérios danos ao pessoal e a outros equipamen tos.
4. Desligamentos em toda a área do sistema de potência por uma sucessão de ações
de proteçã"o,
tomados por diferentes sistepias de proteção, numa ocorrência conhecida como efeito
cascata.
Qual destes efeitos predomina rá em um dado caso depende da natureza e das condições
de
operaçã"o do sistema de potência.
PROTEÇÃO DE SISTEMAS
13.l ATRIBUTOS DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃ O

A rápida eliminação da falha pelo sistema de proteção exige a operaçlro correta de


vários
subsistemas do sistema de proteção. A função de ·cada um desses subsistémas pode
ser melhor
entendida pela descriçlro dos eventos que acontecem desde o momento da ocorrência
da falha
até a sua eventual eliminação do sistema de potência. Embora ocasionalm ente possam
ocorrer
complexas falhas seqüenciais em um sistema de potência, e possam ocorrer de
tempos em
~~ntamente com o estudo de_ tran_si_tórios de linhas de transmissão feito no Capítulo 5, discutimos tempos algumas operações desusadas do sistema de proteçã"o, dedicaremo s a maior
parte de nossa
fé :vemen~e a :roteçã"o de d1spos1~1vos e máquinas contra surtos resultantes de atenção ao caso simples da ocorrência de um curto-circu ito trifásico em uma linha
de transmissã"o
descargas atmos-
f ncas e e_ c aveamento . _os. defeitos nos dispositivos devidos a surtos ou outras causas e à resultante operação do sistema de proteção adequado. Considerem os o sistema
levam a mostrado na

q
~ehapsoedm sistemas de potenc_1a. Agora, após termos estudado as falhas simétricas Figura 13.1. As barras l e 2 são os dois terminais de uma linha de transmissã"o. Em
e assimétricas cada terminal

~:~ ~7:~;. ',:~::,~~ :~1~:'~~~:1:~:::::::~~·::~~~:~11:~:~:~~~:::~~~~::


em ocorrer em um sistema de pot • · b d da linha de transmissão mostram-se dois sistemas de proteção idênticos envolvidos
por linhas
tracejadas. Estes constituem o sistema de proteção da linha de transmissão 1-2.
O sistema de
proteção pode ser subdividido em três subsistemas:
:s
~:~'ível ~~~~~~:~:~~n~: u~e siss;::a.t~::d:o~::~~sassi~~~:!sem a r:m~ver o mais rápido
1. Disjuntores (D)
remoção de um curto-circu ito é feito automatica mente isto é e d.e .ptotenc1a _este
e ui t 1· processo de 2. Transdutor es (T)
' 's m
q pamen o que rea 1za este trabalho é coletivame nte chamado sista m ervençao do homem O
maior ênfase à proteção de transforma dores e d r 1 d - · 3. Relés (R)
· · · . . . ema de proteçao. Daremos
e mias e transmissão para desenvolve 1
pnnc1p10s bas1cos, mas também discutiremo s um método que é utT d Os disjuntores foram brevemente mencionad os no Capítulo 10. Os relés são os dispositivos
~~~:~::s;c::0~~~~:~~: .de barramentos. Um tratamento extensivo d~ ~:te~n~:r~e ªp;~~:;i!ºes~:
0
1 r a guns
que detectam a falha e energizam os circuitos de disparo dos disjuntores , permitindo
que estes
abram os seus contatos. Os transdutore s fornecem a entrada para os relés. À medida
que desen-
volvermos o material deste capítulo, cada um destes subsistemas será discutido.
Estritamen te falando, uma falha é qualquer estado anormal ·
em geral as fal.has sã"o constituída s de curto-circu itos e . . de um s1stei_na: de modo que

::.·:::,:.:::::: :t:~::::'.;~~::::~:~i:::~~:::;·:rf~~~~~~~!:.:~~:1:~:~!::::::;:
são muito mais importante s do que os circuitos abertos emb 1 um~ a a, os curto-c1rc111tos
Q)
p 021

certo perigo em potencial para as pessoas. ' ora a guns estes possam trazer um

curto;~~~:º d;srs~!~t;~r ~!e::~;~s~x~~:s~~~ :!ª~i;::'si~~~:d~~o~;;~~i:~ for permitido que um


Figura 13.l Diagrama unifilar, mostrando duas linhas de transmissão e os elementos do sistema de
proteção
~~o Redução da margem de estabilidad e do sistema, que é um assunto discutido
no Capítulo 14. para linha 1-2.
362 Elementos de análise de sistemas de potência Proteção de sistemas 363

Usualmente adotamos uma notaç!ío de dupla numeração para a identificação de relés e ·


disjuntores. Neste caso, a linha 1-2 da Figura 13.1 tem um disjuntor Dl2 no tenninal da barra 1.~ R23 conectado ao terrnma1 2 d a 1·m hª 2-3 · A corrente e a tensão Injetadas neste relé também
" . devido à falha em P. Este efeito da falha em P sobre o relé R23 é quase sempre desc?to ·
e um disjuntor D21 no tenninal da barra 2. Os relés, nestes pontos, sfo indicados por R12 e l\'llll3ffi 3 bé " .,, a falha em p No entanto, o relé R23 deve ser seletivo,
·zendo que o relé R2 tarn m ve
R21, respectivamente. Um relé R23, embora nfo indic.ado aqui, está associado a D23. Às vezes, noS falh p se p estiver· fora da área de responsab1·1·d
1 ade con hec1"da
entanto, para os sistemas simples, torna-se mais conveniente indicar os disjuntores por letras. Por d::Oº~~c:n:!º ;!~:ª~ef:.r~~ ger:l,e: requisitos de confiabilidade de ~rn relé ~ntram em conflito
exemplo, Dl 2 e D21 poderiam ser indicados pelas letras A e B sem indicaçfo numérica. ~m 0 requisito de velocidade, e deve ser feito um co~promisso no pro1eto do sistema de proteção
Podem ser operados disjuntores separados em cada fase, ou os relés podem controlar um de modo a obter uma utilização apropriada destes atnbutos.
disjuntor trifásico que abrirá as três fases pela operaç!fo de qualquer um dos relés.
Quando ocorre uma falha em P na linha da Figura 13 .1, uma corrente adicional flui de
ambos os terminais da linha de transrnissifo para a falha, se supusermos a existência de fontes 13.2 ZONAS DE PROTEÇÃO
.de energia em an1bos os lados 1 e 2. Quando isto não ocorre, o sistema de proteção toma-se um
A idéia de uma área de responsabihd·· d d ·t de proteção mencionada acima
pouco mais simples. Consideraremos posteriormente o caso da proteção de um sistema radial a e e um s1s ema _
· d - para os diferentes sistemas de proteçao.
como este. O aumento da corrente nos terminais da linha é acompanhado por uma redução de tem sido. for:alizada p:Iad~e:n~~~~i~eo:~':~o:::~~~J:~e para os diferentes tipos de sistemas de
tensfo. Deve-se lembrar que as tensões e correntes de uma linha de transmissfo estão nos níveis O conceito e .zonas a1u . . zonas de rote ão com o auxílio da Figura 13.2. Nesta
de quilovolts e quiloamperes. Estes elevados níveis de sinais sa:o impróprios para o uso pelos proteção. Exphcarerndos o c?~<.:e1tod:epotência c:nsist~do em um gerador, dois transformadores,
sistemas de proteç!fo. Os sinais da linha de potência sfo convertidos a um nível mais baixo figura, urna porção e um sis ema ' d' a unifilar As linhas trace-
(dezenas de amperes e de volts) pelos transdutores T. Um pouco mais tarde, os transdutores duas linhas de ~r~smissão ~ três barras é rer~rt:se;~ª:a~ P~:i~~ste1:fs:rna de pro~eç!Ío é dividido.
serlfo discutidos com mais atenção. jadas fechadas md1carn as cmc~ zonas de p çd . t mq a de potência além de dois disjuntores.
.
Cada zona con t em ou mais componentes o s1s e
O aumento da corrente e a dirninuiç!ío da tensão, causados pela falha, podem ser utilizados um . · 1 A zona t por exemplo contém
para detectar a presença da falha na linha de transmissão. Os relés São os elementos lógicos do
sistema de proteção. Os sinais produzidos pelos transdutores São reproduções razoavelmente
~~~e~~~~~~~
A zona
;:~~:~~~~~~~:::s~~~~a~~nea:sdl~n~~~~~:~~:~:~q~=~:~aºu~:aj:sr zeo~at:~n;fir~~~;~
3 contém urna linha de transmissão apenas. o
fiéis das tensões e das correntes da linha de transmissão. Os relés Rl 2 e R21 processam estes
dois componentes do sistema de potência.
sinais de entrada e decidem se uma falha realmente ocorreu na linha de transmissão 1-2. Esta
contorno de cada zona define uma porção do sistema de potência, tal quej para um~ fal~a
decisão é tornada em um tempo muito curto após a ocorrência da falha, tipicamente 8 a 40 milis- 0
dentro da zona, 0 sistema de proteção responsável por aque a z~na a ua e
segundos, dependendo do projeto dos relés. em qual~uer local t, d ntro daquela zona do restante do sistema. Como a isolação (ou
A decisfo, tomada pelos relés RI 2 e R21, de que ocorreu uma falha na linha leva à abertura modo a ~sol: )tudo ~o~~ç~e: d: falha é feita por disjuntores, é claro que deve ser inserido um
dos disjuntores associados a eles, D1 2 e D21. Os disjuntores são o laço final no· processo de desenergizaç o em f .t conex!ío entre o equipamento do interior da zona com
remoção da falha. Eles foram brevemente mencionados no Capítulo 1O. Quando o circuito de disjuntor em c~da pontEo ondet é e~:v:as os disiuntores ajudam a defmir os contornos da zona
disparo de um disjuntor é energizado por seu relé, os contatos do disjuntor - que estão em série 0 restante do sistema. rn ou ras P ' J

com a linha de transmissão - começam a se afastar rapidamente. Quando a corrente através dos de proteção.
contatos do disjuntor (a corrente de falha) chega a zero, o espaço entre os contatos passa a ser Um outro aspecto importante das zonas de proteção é que as zonas ~z~has. ~e:areq~:
. , ecessária pois sem ela, urna pequena par e o s1s
um dielétrico, e é capaz de evitar o fluxo da corrente de falha através do disjuntor. Isto leva sobrepõem. Esta sobre~~s1hção eo~ menor que f~sse ficaria sem proteção. Pela superposição de
à desconexão da linha de transmissão do restante do sistema e à elinlinação da falha. Todo o caísse entre as zonas vtzm as, P '
processo, desde o momento do início da falha até a sua eliminaçfo final, dura de 30 a 100
milissegundos, 1 dependendo do tipo de sistema de proteção empregado.
Certos atributos de um relé são medidas importantes da qualidade de seu desempenho. A
seqüência de eventos descrita acima indica que para realizar apropriadamente a sua função um
relé deve ser rápido e confiável (isto é, seguro e seletivo). O primeiro atributo - velocidade - é
auto-explicativo. Um relé deve tornar sua decisão tão rapidamente quanto possível, de forma
consistente com outros requisitos colocados sobre ele. O atributo de dependência significa que
o relé deveria operar consistentemente para todas as falhas para as quais foi projetado para operar,
e deveria evitar a operação para qualquer outra condição do sistema. A seletividade de um relé
refere-se ao requisito de que a menor porçfo possível de um sistema deveria ser isolada em seguida - . d. das por linhas tracejadas e circundando as componentes do sistema âe
Figura 13.2 Zonas de proteçao m 1ca
a uma falha. A seletividade pode ser ilustrada com a ajuda da Figura 13.1. Consideremos o relé potência em cada zona.
J64 E/ememos de análise de sistemas de potência

Proteção de sistemas 365

zonas _vizinhas, nenhuma parte do sistema fica sem proteção, embora seja claro que se ocorrer
uma talha dentro da zona de superposição, urna porçào muito maior do sistema de potência Solução (a) Usando os princípios de definição das zonas de proteção, o sistema da Figura
(aquela correspondente a ambas as zonas envolvidas na superposição) seria isolada e colocada fora 13.3a pode ser dividido em zonas como é mostrado pelas linhas tracejadas da figura. Para a falha
de serviço. Para minimizar esta possibilidade, a região de superposição é feita a menor possível. em P1 atuarão os disjuntores A, B e C. Para a falha em P2 , atuarão os disjuntores A, B,
~D e E.
Exemplo 13.l_ (a) Consideremos o sistema de potência mostrado na Figura J3.3a com (b) Se forem adicionados os três disjuntores F, G e H na barra 2 conforme é mostrado
fontes_ geradoras_ alem das barras 1 , 3 e 4. Quais são as zonas de proteção nas quais este sistema lia Figura 13 .3b, as zonas de proteção serão aquelas mostradas pelas linhas tracejadas da figura.
podena ser d1VJd1do? Que disjuntores operariam para falhas em P e em p ?
1 2 Neste caso, os disjuntores A e1 F operarão para uma falha em P , enquanto os disjuntores
1
(b) Se forem adicionados três disjuntores no ponto 2, como seriam modificadas as zonas ~ D, E e G atuarão para uma falha em P • Note-se que neste caso é desenergizada uma porção
2
de proteção? Que disjuntores atuariam para falhas em P e em P nestas condições? muito menor do sistema após as duas falhas. Esta melhora do desempenho é obtida a expensas
1 2
de três disjuntores a mais, além do equipamento de proteção associado.

13.3 TRANSDUTOR ES

As correntes e tensões do equipamento de potência protegido são convertidas por trans-


formadores de corrente e de tensão em níveis para operação dos relés. Estes níveis reduzidos são '
necessários por duas razões: (1) o baixo nível de excitação dos relés garante um menor custo
e menores dimensões na construção dos relés; (2) o pessoal que trabalha com estes relés estará
trabalhando em um ambiente seguro. Em princípio estes transdutores não são diferentes dos
transformadores de potência descritos no Capítulo 6. No entanto, a utilização destes trans-
formadores é mais especializada. Por exemplo, é necessário que um transformador de corrente
reproduza em seu secundário uma corrente que duplique a corrente do primário com o máximo
de fidelidade possível. Ele realiza esta função muito bem. Para o transformador de potencial
aplicam-se considerações equivalentes. A quantidade de potência liberada por estes transforma·
la! dores é bastante modesta, pois a carga que alimentam consiste apenas em relés e medidores que
podem estar em uso em um determinado instante. A carga sobre os transformadore s de corrente
(TCs) e sobre os transformadore s de potencial (TPs) é comumente conhecida como a sua carga.
O termo carga descrr:ve usualmente a impedância conectada ao enrolamento secundário do
transformador, mas pode especificar os voltamperes liberados à carga. Por exemplo, um trans-
formador que fornece 5 A a uma carga resistiva de O,1 ohm também pode ser referido como tendo
wna carga de 2,5 voltamperes em 5 amperes.

1 Agora, analisaremos separadamente os transformadore s de corrente e os transformadore s de


1
1
1
1 potencial.
.... ________ ..J
1 \ . . _____'-_-_-,,+---
l. Transfonnadores de corrente Na prática, existem dois tipos de transformadore s de corrente.
Alguns equipamentos de potência são do tipo tanque-morto, possuindo um reservatório de metal
aterrado, no qual o equipamento de potência está mergulhado em um meio isolante (usualmente
óleo). Como exemplos temos os transformadore s de potência, os reatores e os disjuntores a óleo.
)lste tipo de equipamento possui buchas de isolamento, através das quais os terminais do equipa-
to são exteriorizados. Os transformadore s de corrente são construídos no interior destas
(b) has e conhecidos como buchas TC. Quando não se dispõe de um desses sistemas de tanque-
rto, como por exemplo em uma estação de chavean1ento em EAT onde são utilizados dis-
:jlÍntores de tanque-vivo, são utilizados transformadore s de correntes livres.
Figura 13.3 Diag'.ama unifilar para? Exemplo 13.l indicando (a) as zonas originais de proteção e (b) zolllls
modificadas quando dtS)Untores adicionais são adicionados no barramento 2. A representação esquemática de transformadore s de corrente é mostrada na Figura 13.4.
Usualmente. o enrolamento primário do transformador de corrente consiste em uma única
366 Elementos de análise de sistemas de potência
Proteção de sistemas 367

espira, que é representada na Figura 13.4 por um segmento de reta marcado ab. Esta espira única
2. Transformadores de potencial Comumente são encontrados dois tipos de transformadores de
é obtida envolvendo o condutor primário por um ou mais núcleos toroidais de ferro. Os enro- l potencial em aplicações com relés. Para algumas aplicações de baixa tensão (sistemas com tensões
lamentos secundários que s!fo marcados a e b 1 na Figura 13.4 s!fo enrolamentos de múltiplas ' de até uns 12 kV) são padronizados, pela indústria, transformadores com um enrolamento
espiras enroladas em volta do núcleo toroidal. Os pontos colocados nos terminais a e a 1 dos 1 primário na tensão do sistema e um enrolamento secundário para 67 V (r~presenta~do a tensão
enrolamentos do transformador têm a mesma interpretaç!fo dada a um transformador comum.
Quando a corrente do primário entra pelo terminal u (o terminal marcado pelo ponto), a corrente
=
de fase do sistema) e de 67 x y'3 116 V (representando a tensão de hnha do sistema). ~ste
tipo de transformador de potencial é muito semelhante 'a um transformador d: ~ténc1a a
que sai pelo u' marcado pelo ponto está em fase com a corrente do primário, se for desprezada múltiplos enrolamentos, e torna-se caro em tensões mais elevadas. Para tensões em mv.e1s de AT e
a corrente de magnetizaç!fo. EAT, usa-se wn circuito divisor de potencial capacitivo corno é mostrado na Figura 13.5.

·( a'
~1
b'

Figura 13.4 Representação esquemática para indicar as conexões de um transformador de corrente para uma
linha de um sistema de potência.

Os transformadores de corrente possuem erro de rotaçlfo que para alguns tipos pode ser
calculado, mas que para outros deve ser determinado por teste. O erro pode ser um pouco alto
Figura 13.5 Diagrama de circuito para um transformador de potencial de acoplamento capacitivo (TPC) com
se a impedância de carga for muito elevada, mas com a seleçlfo apropriada do TC em relação à
uma indutância de ajuste.
carga, o erro pode ser limitado a um valor aceitável. Como estamos preocupados principalmente
com os métodos de proteção, não discutiremos os erros dos transformadores de corrente, mas
Os capacitores C1 e C2 são ajustados a valores tais qu~ se obt.enha urna tensão de alguns
estaremos atentos a eles em nossas considerações sobre relés.
uilovolts em C quando o terminal A estiver ao potenctal do sistema. Neste transformador
q 2 . . t
A corrente nominal dos secundários dos transformadores de corrente tem sido padronizada de potencial de acoplamento capacitivo (TPC), a tensão obtida do capac1tor é postenormen .
e
em 5 A, com uma segunda padronizaç!fo de 1 A sendo utilizada na Europa e, com menos extens!fo, reduzida ao nível de tensão do relé por meiçi de um transformador como é mostrado na
nos Estados Unidos. Este valor de corrente nominal do secundário dos transformadores de corrente Figura 13 .5.
pode ser excedido por curtos períodos de tempo, sem prejuízo para os enrolamentos. Freqüente-
A tensã'o no ponto A no circuito da Figura 13.5 é essencialmente a de um barramento
mente, são obtidas correntes de até mais de 10 ou 20 vezes a nominal, nos secundários dos
infinito, no que se refere aos capacitores conectados. A impedância de Thévenin olhan~o _para
transformadores de corrente, durante curto-circuitos nos sistemas de potência.
0
sistema através dos terminais de C2 é l/w(C1 + C2). Ajustando L de modo que wL seia igual
Foram estabelecidos valores padronizados de relaça-o de transformação de corrente para . à impedância de Thévenin resulta em ressonância série, e a saída do TPC estará em, fase com o
transfo1madores de corrente, e alguns deles são apresentados na Tabela 13 .1 . potencial de linha sem erro de ângulo de fase introd.uzido na saída do ~C. O TPC e um .d1sp~­
sitivo independente, fixado em sua própria estrutura isolada de sustentaçao, e e~c~ntra ap~1caça 0
em sistemas de AT e EAT. Sempre que um componente de um sistema de potencia possmr umt
Tabela 13.l Relações de TC padronizado
bucha através da qual passa um condutor ao potencial do sistema, como em um transformador
de potência ou em certos tipos de disjuntores, pode-se dispor de uma buc~a com o TPC co~s­
Relação de Corrente Relação de Corrente Relação de Corrente truído em seu interior, por um pequeno custo adicional. Neste TPC, os capac1tores C, e C2 sao
construídos dentro da estrutura da bucha. Em geral, os TPCs tipo bucha possuem _uma menor
50:5 300:5 800:5 capacidade de alirnentaçã'o de carga do que os TPCs independentes.
100:5 400:5 900:5 Geralmente, os transformadores de potencial são muito mais precisos do que os transfor-
150:5 450:5 1000: 5 madores de corrente, e seus erros de relação de transfórrnação e ângulo de fase geralmente
200:5 500:5 1200:5 podem ser desprezados. Por outro lado, freqüenternent: é. necessário dar at~nção à resposta
250:5 600:5 transitória dos TPCs sob condições de falta, pois são poss1ve1s erros nestas condições. A resposta
transitória dos TI'Cs está fora do alcance deste livro.
368 Elementos de análise de sistemas de potência Proteção de sistemas 369

13.4 PROJETO LÓGICO DE RELÊS Jm<n

A função de um relé é de discriminar entre.uma falta dentro de sua zona de proteção e todas
as outras situações do sistema. Ele deve agir (energizar as bobinas de disparo dos seus disjuntores
a~sociados) na dependência de falhas na sua zona de proteção, e garantir segurança contra falsas
atuações por falhas fora destas zonas. Torna-se um relé seguro e confiável quando nele se coloca
uma capacidade de decisão lógica tal que, com base na condição de seus sinais de entrada, ele seja \
-4~1//1,Hl4'1/Ml-'.:!'.".....CllL-~~~'//.J;(!l4!//l,LRe<n
capaz de produzir a saída correta para qualquer estado possível de seus sinais de entrada. Consi-
deraremos agora diversas classes de relés e suas descrições funcionais lógicas. A despeito da grande
variedade de relés encontrados em sistemas de potência, a maioria deles cai dentro de cinco
categorias. Seu desempenho lógico pode ser definido em termos das entradas e saídas do relé,
independentemente da tecnologia utilizada em sua fabricação. Para cada tipo de relé, especifica-
remos condições em seus sinais de entrada (usualmente tensões e correntes) e o estado corres-
pondente da sua saída. O que interessa como saída do relé dentro de nosso contexto é a entrada
injetada na bobina de atuação do disjuntor. Assim, o estado do relé será indicado como awação,
quando seus contatos estiverem fechados e desarme ou bloqueio Je operação quando seus Fijura 13.6 Representação gráfica das regiões de operação e bloqueio de um relé de sobrecorrente temporizada
contatos estiverem abertos. As cinco classes de relés a serem consideradas aqui são: e em um plano complexo. Diagramando, o fasor de corrente da bobina de operação do relé mos-
trará a operação ou o bloqueio e o tempo de operação. O teinpo T 2 é anterior a T 1 •
l. Rdéo não-n:recionais
2. Relés direcionais
duas regiões designadas atuando e bloqueando na Figura 13.6. Qualquer corrente de falha, cuja
3. Relés de distância
representação fasorial caia no exterior da circunferência, na região hachurada, fará com que o
4. Relés diferenciais
. relé atue. Os fasores que representarem correntes de falha com amplitude menor do que llp 1 cai-
5. Relés de fio piloto
rfo no interior da circunferência e resultarão em decisão de bloqueio pelo relé. Tais diagramas são
muito úteis no entendimento dos relés e são mtúto utilizados nas literaturas sobre relés.
1. Relés não-direcionais Em sua forma mais comum, estes são relés não-direcionais de cor·
rente - ou relés de sobrecorrente. Eles respondem à amplitude de suas correntes de excitação, e Conforme será ressaltado posteriormente, esta forma mais simples de um relé de sobre-
atuam no sentido de fechar os contatos sempre que a amplitude da corrente exceder uma corrente corrente nã'o se mostra suficientemente versátil na maioria dos casos. É necessário introduzir um
determinada que é ajustável. Se um valor llp 1. expresso em termos do enrolamento secundário outro parâmetro, que é o tempo necessário para que o relé atue após ll1I
exceder a llp Pode- I·
do TC, for determinado em estudos de curto-circuito como um valor de corrente que será excedido ríamos suplementar as Equações (13.J) com a equação
por qualquer corrente de falha IJ1I
para qualquer falha ocorrida dentro da zona de proteção
do relé, então para termos urna operação confiável e segura do relé, ele deve atender à seguinte (13.2)
descrição funcional:

onde T é o tempo de operação do relé, e </> é uma função que descreve sua dependência em
II r1> l l 1P disparo relação ao valor da corrente de falha. Esta dependência funcional pode ser ilustrada pela adição
( 13.l)
I
l J1 < l IP 1 bloqueio de circunferências de tempo, tais como T1 e T 2 ao diagrama fasorial, como é mostrado na
Figura 13.6. A extremidade do fasor ll1I
cai então sobre uma linha de tempo (ou entre duas
linhas de tempo) que representa o tempo de operação para aquela corrente de falha. A Figura
13.7 apresenta o método tradicional de representação da característica de funcionamento de
As desigualdades representadas pela Equação (13.l) são a descrição lógica de um relé de sobre-
~ relé de sobrecorrente no tempo. O ajuste IIp 1 da corrente de atuaçlfo do relé é feito através
corrente e podem ser representadas graficamente por um diagrama fasorial como o que é mostrado
na Figura 13.6. A amplitude IIPI
da corrente é conhecida como o valor de partída do relé.
··.4e.· tapes em seu enrolamento de excitação. Por exemplo, o relé IFC-53 (General Electric
·tompany), cujas ~urvas características 'Siro apresentadas na Figura 13.7, é disponível com tapes
O fasor lt da corrente de falha é desenhado em um plano complexo, tendo como referência para ajuste em l ,O, 1,2, l ,5, 2,0, 3,0, 4,0, 5,0, 6,0, 7,0, 8,0, 10,0 e 12,0 A. A função </> é
um fasor arbitrário. O ângulo de fase da corrente de falha pode assumir qualquer valor entre. usualmente assintótica aos valores de partida e decresce como alguma funçã'o potencial inversa
O e 360 graus, desde que o fasor de referência seja arbitrário. Uma circunferência desenhada com a da amplitude da corrente para llpll1I > I·
M curvas características são geralmente apresen-
origem como centro e a amplitude da corrente. de partida como raio divide o plano complexo em tadas com múltiplos da corrente de partida em amperes como abscissa e o tempo de operação
370 Elementos de análise de sistemas de potência Proteção de slstetTUU 371

como ordenada. Os múltiplos d.a corrente de partida em amperes significam a relaça-o entre 11
corrente do relé e a corrente de atuação. A característica no tempo pode ser deslocada para cima
e para baixo por ajustes conhecidos como ajuste de tempo. Na Figura 13.7, um ajuste de tempo
de 1/2 produz a mais rápida operação do relé, enquanto um ajuste de 10 produz a mais lenta
operação para uma dada corrente. Embora os ajustes de tempo sejam especificados como posicio- 10
namentos discretos, podemos obter valores intermediários entre as curvas discretas por meio de 9
interpolação. 8 ,. w

1
7
6
2. Relés direcionais Em algumas aplicações, a zona de atuação de um relé compreende todo o
5
sistema de potência situado em apenas um lado da localização do relé. Por exemplo, consideremos
o relé R21 mostrado na Figura 13.Ba. Este relédeveoperarpa rafalhasàesquerda desuaposiçfo 4
e deve ficar bloqueado para todas as outras condições. Como a impedância da linha de trans-
missão é predominantement e reativa, as falhas à esquerda de R21 produzem correntes que saem 3
-- ~ .


.: , barra 2 em direça:o à barra 1, 90 graus atrasadas em relação à tensão da barra 2. Por outro lado,
para falhas à direita de 2, a corrente da barra 2 para a barra 1 estará 90 graus adiantada em relaçio
2
à tensão da barra 2. A operação do relé é descrita pela divisão do plano complexo do diagrama . 1-t-

fasorial da Figura 13.Sb, de tal forma que para todas as correntes de falta, cujos fasores estejam
na região hachurada (usando a tensão da barra 2 como referência) o relé atue, e fique bloqueado "
""
para todas as outras situações. Este relé é chamado direcional porque para sua operação ele "
depende da orientação da corrente em relação à tensão. A grandeza que fornece o fasor de 1,0
" ~

" 10
referência é chamada grandeza de polarização. Portanto, o relé direcional acima descrito utiliza 0,9
0,8 "
uma tensão como grandeza de polarizaçlfo. Algumas vezes, certos sinais de corrente podem ser 8
0,7
utilizados como sinais de polarização. O relé pode ficar mais seletivo, definindo uma regiã'o mais .
0,6
estreita em torno do fasor de corrente de falta. Em geral, o princípio de operação de um relé 6

~~
direcional pode ser descrito por 0,5

,_ ·~~
0,4 ;::: t:
(}min > (}ºP > (}max disparo ,_,... 1-
1-
4
8.
li !ii ~I!!~
1~~-
(13.3) 0,3 ~~ E
(Jmin < OºP < Om•x bloqueio 3 :?
~ ~ 2,6 -8
..
t:
onde 00 p é o ângulo da grandeza operante medido em referência ao fasor de polarização, e 0,2 2 :::J

1
:.:('
()mín e ()máx são os dois ângulos que definem o contorno da característica de operação.

3. Relés de distância Consideremos o relé Rl2 mostrado na Figura 13.9a. Em algumas apliéa-
ções, é necessário que o relé atue para falhas dentro de uma certa distância de sua localização 0,1
e sobre qulllquer uma das linhas que se origine na barra 1. A vizinhança é descrita pela distância
ao longo das linhas, ou, equivalentemente, pela impedância entre ·a barra 1 e o local da falha. A
º·º9
0,0 8
zona de proteção é então uma região tal que toda linha que se origine da barra 1 tenha incluído º·º 7
0,0 6
1

na zona um comprimento com impedância menor do que o valor estabelecido Zr. Esta condição
0,0 5 4o
pode ser convenientemente expressa como um requisito sobre o quociente da tensão pela 2 3 4 5 6 7 8 9 10 20 30
corrente no ponto de localização de RI 2. Consideremos este quociente (que tem as dimensões Múltiplos da razi!O
de uma impedância) dado por
l 1l! \
1 1p 1
para ajuste de partida

(13.4) Figura 13.7 Curvas carncterístícas do relé temporizado de sobrecorrente tipo IFC-53. (Cortesia da General
Electric Company.)
372 Elementos de andlise de sistemas de potência Proteçaõ de sistemas 373

Disparo 1 Bloqueio
--1--
1 -l.·1 (para trás)
1
CD l@
1
0211

(a)

R21
X
(al (bi
Bloqueio

Figura 13.8 Princípio de operação de um relé direcional: (a) diagrama unifilar


para indicar a localização e
(b) a característica de desempenho no plano complexo.

O desempen ho do relé pode ser especifica do por: (b) (e)

Figura B.9 Característica de relé de impedância, indicando (a) zona de proteção


IZI < JZ,I disparo para Rl 2, (b) planos com-
plexos nos quais a impedância medida e indicada para um relé não direcional
( 13 .5) e (e) para um mho
/z/ > /Z,/ bloqueio relé. Tanto em (b) como em (e) a impedância indicada é aquela para uma falta
à esquerda de RI 2.

e o relé será chamado relé de impedânc ia ou de distância. No plano complexo O relé de impedânc ia com a caracterís tica da Figura 13.9b não é direcional
das impedânc ias, o : o relé será levado
gráfico de J Zr J constante é uma circunferê ncia como a da Figura 13 a uma decisão por uma falha localizada à direita ou à esquerda de
.9b. Note que a impedânc ia sua localizaçã o (desde que
Z é definida na Equação (13 .4) como um quociente da tensão pela corrente
localizaçã o 1. Em condições normais do sistema este quociente será um
no relé em sua Jz <1 /Zr/). Um relé mho com a caracterís tica da Figura 13.9c é. no e~tanto, inerentem
ent~
número complexo com direcional . Uma falha à esquerda do relé da barra 1, por mais perto que
algum ângulo arbitrário de fase determina do pelo fator de potência da esteja da barra 1, resultara
carga. Como a corrente de na decisão de não atuar pelo relé, porque Z, como é definido pela Equação
carga é usualmen te muito menor do que a de falha, a impedânc ia Z (13 .4) estará no ter-
terá uma grande amplitude ceiro quadrante . Posteriorm ente, veremos que esta é uma caracterís tica
(e um ângulo de fase arbitrário ) durante condições normais do sistema. muito desejável em muitas
plano complexo em condições normais estará no exterior da circunferê
Portanto, z
plotado no aplicações .
ncia de raio /Zr/ e con-
seqüentem ente o disjuntor não abrirá durante a operação norn1Jl do 4. Relés diferencia is Quando toda a zona de proteção de um relé ocupa um espaço físico
sistema. Sob condição de
falta, Z será visto pelo relé como uma carga cuja impedânc ia seja a da relativame nte pequeno próximo ao relé, é possível empregar o princípio
linha entre a localizaçã o do da continuid ade da
relé e a falha. O ângulo associado a Z será O ou rr + O, dependen do corrente para implemen tar um esquema de releament o ou proteção
da localizaçã o da falta, se i:irnito simples e eficaz.
à direita ou à esquerda da barra 1 no circuito da Figura 13.9a. Considere mos a zona de proteção de uma fase do enrolame nto de
um gerador, mostrada na
Figura 13 .1 O. Dois transform adores de corrente com igual relação de
Muitas vezes é muito útil uma modificaç ão simples de um relé de impedânc espiras são colocados nos
ia. A circunfe- limites da zona de proteção (dois para cada fase em uma unidade trifásica).
rência da Figura 13.9b, centrada na origem, pode ser deslocada por Entã'o, para condições
um valor
a caracterís tica do relé de impedânc ia deslocada mostrada na Figura 13.9c,.
z'
produzind o normais, tanto quanto para falhas fora da zona de proteção
O desempen ho deste
tipo de relé é descrito por

/ Z - L' / < / .z, 1 disparo


(13.6)
IZ - Z'I > /Z,/ bloqueio
enquanto para uma falha no interior da zona de proteção
Seleciona ndo /z' / /Z,/,
= pode-se fazer com que a caracterís tica do relé passe pela origem.
Este é o caso mostrado na Figura 13 9c e esta caracterís tica é chamada l1 l 2 = Ir
uma caracterís tica "ml10".
374 Elementos de análise de sistemas de potência
Proteção de sistemas 375

onde Ir é a corrente de falha referida ao secundário dos transforma dores de corrente. Deve-se
Bloqueio
considerar que devido aos erros dos transforma dores de corrente, estas equações não
serão exatas : - - - - Dispar o----r--
na prática. Para considerar estas imprecisões, escolhe-se um pequeno v~or de corrente
IIP 1 tal Enrolamento de \
que 1
fase do gerador \ ..!i_
==!P<-A --'

para as condições normais do sistema ou para as falhas externas da zona de proteção;


e

para falhas internas. O princípio de operação do relé pode então ser definido por
Figura 13.IO Diagrama da fiação para a proteção diferencial do enrolamento de um gerador.

l 11 - l /!" 1
2I > disparo 5. Relés de fio piloto Os relés diferenciais acima discutidos exigem que os pontos
(13.7) de limites da
JI,-1 1 J<J!PJ bloqueio zona de proteção estejam fisicamente próximos um do outro para que os sma:s
destes pontos
possam ser conectados ao relé. Isto somente é possível quando a zona de proteçao
contém algum
equipamen to de potência de dimensões reduzidas, como um transforma dor, tnngerador
Se conectarmo s um relé de sobrecorren te do tipo anteriorme nte descrito, de modo que sua , ou uma
bobina harra. Quando se quer proteger uma linha de transmissão por um relé, seus _ter~111na1s
de operação seja a bobina 3 na posição mostrada na Figura 13.10, veremos que a podem estar
corrente que afastados por centenas de quilômetro s, e se torna impraticável con.e.ctar o~ sn'.ais_ das
passa pela bobina é 11 -12 e que o relé protegerá o enrolamen to do gerador atuando extrenud.ad:s
um ou da linha de transmissão a um relé. O sistema de relé de fio piloto utlhza uma tecruca
mais disjuntores de acordo com o princípio do relé diferencial representad o pela Equação de transnussao
(13.7). da informação dos limites de uma zona remota ao relé localizado em cada termi~al.
Muitas vezes, o erro dos transforma dores de corrente discutido na Seção 13.3 Embora
cresce com o não seja econômica ou tecnicamen te realizável uma substituiçã o direta de cada
aumento das correntes 11 e 12 • Para estes casos, é possível tornar o valor de lp dependente smal de cor·
do rente diferencial por um canal de comunicaç ão piloto, têm sido utilizados esquemas
valor médio entre 11 e 12 • Pode-se projetar um relé de tal modo que o seu princípio de trans·
de operação missão equivalentes. O meio físico utilizado para os canais piloto p.od~ s~r condutor
se torne d~ u_m
ciicuito de telefone, sinais de alta freqüência acoplados através da propna hnha de
transm~ssao
(conhecido s como onda portadora), ou canais de microondas . A aplicação de relés
de fio piloto
jl 1 - l 2 I > k j (/ 1 + 12 ) j /2 será considerada na Seção 13.6.
(13.8)
II1 - I2I < kJ{/1 + I2)J/2
13.5 PROTEÇÃO PRIMÁRIA E DE RETAGUARDA
Este relé é conhecido como relé diferencial percentual. A corrente (1 +1 )/2 é
1 2 chamada cor: No começo deste capítulo foi chamada a atençân para o fato de que um sistema de
rente de restrição, e a corrente (12 - 12 ) é corrente de atuação do relé. As bobinas proteção
1 e 2 na os ·ui muitos subsistemas e o sucesso na remoção de uma falha só ocorre quando cada
Figura 13.10 possuem correntes 11 e 12 • Se um relé diferencial for construído p s ' subsistema
de tal forma e cada component e funciona corretamen te. Os sistemas de proteção ate. agora consi'd d -
que as corrent.es nas bobinas 1 e 2 produzam um efeito oposto ao da corrente da era os sao
bobina 3, este primariamente responsáveis pela remoção da falha com o 1.1áxirno possíwl de r_ap1~ez,
relé apresent.Já a característi ca de um relé diferencial, representa~ pela Equação
(13.18). A dese1~ergi·
importânci a relativa das bobinas l e 2 comparada s ã bobina 3 é determinad a pela zando, porém. a menor parcela do sistema possível. Estes sistemas de protcçao sao
constante k conhe<01dos
como sistemas de proteção primária. Entretanto , é concebível que alguns component
do relé diferencial percentual. Em um relé diferencial percentual eletromagn ético,
as bobinas e~ .ºu
suhsistemas de uma proteção primária possam deixar àe op,~rar rle maneaa correta,
1, 2 e 3 são enroladas em um núcleo magnético comum, de tal forma que as correntes nas
bobinas e é prat1~a
usual prever uma proteção de reraguarda que se enc.mcgara da proteção no caso
l e 2 produzam uma força magnetomo triz contrária ã produzida pela corrente na
bobina 3. Em de a pro~_eçao
primária designada falhar na eliminação da falha. Consid.:remos o s1s1ema mo_strado
um relé eletrônico a característi ca desejada é obtida por fatores de amplificaçã
o nos sinais na Ftgur~
apropriado s. 13.11. Para urna falha em P, a p1oteção primária (principal) deve abrn os d!SJUntores
F_ e. G.
Um método de obtenção de uma proteção de retaguarda para este sistema de proteção.
Um relé deste tipo pode ser utilizado para proteger uma barra e, evidenteme nte, ~nmana
também consiste em duplicá-la completam ente (ou duplicar tudo que for economica mente
um motor. v1av:l), de
modo que a falha de um sistema de proteção p1im:íria não evite a remoção da falha.
Tal sistema
.176 Elementos de análise de sistemas de potência Proteção de sistemas 377

de retaguarda é chamado primaria duplicada, por razões óbvias, e é utilizado em circuitos corno sistema de proteção de falha de disjuntor. Como o sistema de proteção primária e o sistema
importantes, onde se pode justificar o custo adicional. No entanto, existem certos componentes de proteção de falha de disjuntor local podem utilizar. em comum ~e~os subsiste~as - corno
que são inevitavelmente comuns ao circuito primário principal e ao duplicado. (Como exemplos as baterias - existem alguns modos de falha que são comuns aos d01s sistemas, e amda deve ser
temos os disjuntores, as baterias que operam as bobinas de disparo dos disjuntores, TCs e TPCs.) considerada essencial alguma forma de proteção de retaguarda remota para um bem dimensionado
É, portanto, possível que ambas as proteções primárias sejam afetadas pela falha de um destes
sistema de proteção.
componentes comuns, e deve ser prevista uma proteção de retaguarda em uma localização
remota onde seja diminuída a possibilidade de um modo comum de falha com o sistema de
proteção primária. Esta função de proteção de retaguarda remota é facilmente incorporada ao 13.6 PROTEÇÃO DE LINHA~ DE TRANSMISSÃO
sistema de proteção primária d·1 localização remota. Por exemplo, suponhamos que o sistema de
proteção primária na barra 1 da Figura 13.11 falhe na eliminação da falha em P. (Supõe-se que A proteção das linhas de transmissão desempenha um papel central na proteção de sistemas
a barra extrema 5 atue corretamente.) Reconhecendo este defeito, podemos transferir a proteção de potência porque as linhas de transmissão são elementos vitais de uma rede que conecta as
para a responsabilidade das proteções primárias das barras 2, 3 e 4, para abrir os disjuntores usinas geradoras aos centros de carga. Também devido ãs longas distâncias percorridas pelas
A, D e H, respectivamente. Os sistemas de proteção em 2, 3 e 4, além de fornecerem proteção linhas de transmissão em campo aberto, elas estão sujeitas ã maioria das falhas que ocorrem em
primária para as linhas 2-1, 3-1 e 4-1, fornecem também uma proteção de retaguarda para o um sistema de potência. O mais simples sistema de proteção utilizado nas tensões mais baixas
sistema de proteção primária da linha 1-5 na barra 1. A operação de um sistema remoto de consiste em fusíveis que agem como relés e disjuntores combinados. Não consideraremos proteções
proteção de retaguarda elimina a operação uma porção maior do sistema, do que o faz a operaçã'o com fusíveis e religadores (que também são utilizados em circuitos de distribuição) neste texto.
do sistema de proteção primária. No exemplo acima, as linhas 2-1, 3-1 e 4-1 são removidas Ao contrário, concentraremos nossa atenção em linhas de transmissão de média e de alta tensão.
juntamente com a linha originalmente em falha 1-5, quando a falha é removida pelo sistema O sistema de proteção utilizado em linhas de média tensão é algo mais simples do que aquele
remoto de proteção. de retaguarda. O atendimento de quaisquer cargas conectadas às barras utilizado em linhas de A T e de EA T, as quais se encarregam da maior parte da transmissão de
2, 3 e 4 poderia ser afetado, e nenhum atendimento seria feito à barra 1. Como outra condição, o grandes quantidades de energia. Como a conseqüência da saída de urna linha de alta tensão é
sistema de retaguarda deve dar ao sistema primário um tempo suficiente para atuar normalmente. muito mais séria do que a saída de uma linha de distribuição ou de subtransmissão, a proteção
Urna operação excessivamente rápida do sistema de proteção de retaguarda pode levar a uma da linha que transmite grande quantidade de energia é geralmente mais elaborada, com maior
remoção desnecessária de urna porção maior do sistema de potência. Faz-se então o sistema de redundância, e mais cara.
retaguarda mais lento, introduzindo um retardo entre o tempo máximo para elinúnação da falha
pelo sistema primário e a resposta mais rápida possível do sistema de retaguarda. Este retardo é (a) Proteção de linhas de subtransmissão A mais simples forma de sistema de proteçã.o pode
chamado retardo de tempo de coordenação e é necessário para coordenar a operação dos sistemas ser divisada quando o sistema geração-carga é radial. Consideremos o sistema de potência mos-
primário e de retaguarda. trado na Figura 13 .12a. O gerador na barra 1 (que pode ser urna representação equivalente de
um ou mais transformadores alimentando a barra l a partir de uma fonte de tensão mais elevada)
alimenta as barras de carga l, 2, 3 e 4 através de três linhas de transmissll'o. Este sistema é chamado

!'
®

®
E li
lal

Figura 13.11 Diagrama uniftlar de um sistema, tendo proteção de retaguarda .

. Voltan.do mais uma vez à Figura 13 1 1 notamos que, no caso de falha da proteção primária
associada ã hnha 1-5 na barra 1, pode ser previsto um sistema de proteção de retaguarda equiva-
Localização da falta
lente ao já descrito, mas para abrir os disjuntores B, C e E localizados na barra 1. Este sistema
lbJ
de proteção é conhecido como sistema local de proteção de retaguarda, e é geralmente previsto
pa~a atuar no caso de falha do disjuntor responsável pela eliminação da falha (no exemplo, 0 Proteção de um sistema radial: (a) diagrama unifilar do sistema e (b) curva qualitativa indicando
Figura 13.12
d1siuntor F). Por esta razão. o sistema de proteção de retaguarda local é também conhecido a corrente de falta IIrl
para faltas localizadas ao longo da linha.
r 378 Elemenros de análise de sistemas de potência Proteção de sistemas 379

radial porque as linhas de transmissão se irradiam a partir de uma fonte geradora para os pontos A mínima corrente de falha ocorrerá com somente um transformador em serviço para uma
de carga. Como a fonte de potência só se encontra à esquerda de cada linha de transmissão, q falha fase-fase. Para uma falha trifásica com somente um transformador
suficiente colocar apenas um disjuntor para cada linha no terminal de carga. É claro que o dis:
juntur BI 2 deve ser aberto para qualquer falha na linha 1-2. Neste caso, todas as cargas das
barras 2, 3 e 4 a jusante do disjuntor 1 serão interrompidas. Os relés de sobrecorrente, anterior- - 13.800/JJ - - J·190•6 A
11- -
mente descritos, podem ser utilizados para proteger as linhas de transmissão deste sistema. A
j(5,0 + 9,6 + 6,4 + 8,0 + 12,8)
corrente de falha, produzida por uma falha em qualquer das linhas, dependerá da localização
da falha, e como a impedância do circuito de falha aumenta com a distância da falha ao gerador, a Entretanto, uma falha fase-fase produzirá urna corrente de falha igual a VfTi vezes a corrente
corrente de falha será inversamente proporcional a esta distância. A corrente de falha Ir em de falha trifásica. Esta relação pode ser verificada com a resolução do Problema 12.2. Portanto,
função da distância à barra 1 é mostrada qualitativamente na Figura !3.12b. Além disto, as a mínima corrente de falha para uma falha na barra 5 será
amplitudes das correntes de falha dependerão do tipo de falha e da quantidade de geração
disponível 11a barra 1. Por exemplo, se o gerador da barra 1 for a representação equivalente de
dois transformadores em paralelo, então a corrente de falha será menor quando, por qualquer
razão, um dos transformadores estiver fora de serviço. Em geral, existirá uma curva de amplitude
de corrente de falha como a mostrada na Figura 13. l 2b para níveis máximos de corrente de falha
l obtidos quamlo a máxima geração estiver em serviço e quando for considerada uma falha tri· Cálculos semelhantes levam às correntes mínimas e máximas de falha mostradas na Tabela 13 .2.
fásica), e urna para níveis mínimos de corrente de falha (obtidos quando houver mínima geração
em serviço e for considerada uma falha fase-fase ou fase-terra, através ou não de uma impedância
para a terra). Os relés de sob recorrente dependentes do tempo, anteriormente discutidos, podem
ser utilizados para dar proteção primária a uma linha. tanto como para proteção remota de uma
linha vizinha neste sistema. Os relés em cada uma das três barras l , 2 e 3 são colocados para
proteger suas linhas respectivas como relés de proteção primária, e para dar proteção remota j!2,8
de retaguarda para uma linha a jusante da localização do relé. Então, o relé em l, além de fornecer
proteção primária para a linha 1-2, também fornece proteção remota de retaguarda para a linha
2-3. O relé em 3 só necessita oferecer proteção primária à linha 3-4 porque não existe outra 15,0
linha à direita da linha 3-4. Para fornecer proteção de retaguarda para a linha 2-3, o relé 1 deve
ser ajustado de tal forma que opere com um retardo de tempo suficiente (seu retardo de tempo Figura J 3.13 Diagrama unifilar de um sistema radial para os Exemplos 13.2 e 13.3. As reatâncias das linhas
de conrdenai;ão) para que o relé da barra 2 opere sempre em primeiro lugar para falhas na linha e dos transformadores estão indicadas com valores em· ohms.
2-3. N:Io se considera nece:;sário. nrm é prático, oferecer proteção de retaguarda para qualquer
linha após a barra 3 cnm o trié da baila 1. Ilustraremos estes conceitos com os seguintes
exemplos numéricos.
Tabela 13.2 Correntes máximas e mínimas de falta para o Exemplo 13.3.
Exemplo 13.2 A l'igura 13.13 mostia uma porç:To de um sistema radial de 13,8 kV. O
sistema pode. sob certas cond1çôt» de upe1açâo, funcionar com apenas um dos dois transforina.do- Falta no barramento 1 2 3 4 5
res alimentadores. Admitamos que a bana de alta tensão dos transformadores seja uma barra Corrente máxima de falta, A 3187,2 658,5 430.7 300,7 202,7
infinita. Deve ser p1ojetac!o um sistema de proteção para falhas trifásicas e fase-fase. Na Figura Corrente mínima de falta, A 1380,0 472,6 328,6 237,9 165,1
J 3 .13 s:io mostradas as reatânct<Js das linhas e dos transformadores, sendo as dos transformadores

rclcridas ao laJo de 1.1,8 kV. Desprezemos as resistências e ..:alculemos as correntes máxima e


m111ima de falha para uma falha na barra 5. Conforme será explanado no Exemplo 13.3, o princípio da proteção de. retaguarda com
Solução A máxima corrente de falha ocorrerá para uma falha trifásica com ambos os relés de sobrecorrente é que qualquer relé X, na retaguarda do próximo relé a jusante Y, deve
trausformaJores em serviço. Paia este caso, na barra 5 atuar

(u) Para um terço da corrente mínima vista por Y e


13.SlXl ./3
l - -----·---·---- ·---·-·--- -}202,75 A (b) Para a máxima corrente vista por Y e nunca antes de O,3 s após o instante em que Y deveria
} -j(2,5 t 9,6 + 6,4 + 8,0 + 12,8)
atuar para aquela corrente.
!80 Elementos de análise de Sistemas de potência

reles e os ajustes de tempo dos relês para o s1s. t


. - .. ,
. Exemplo 13.3 Selecione as relações dos TCsd' asE pos1çoes dos a1ustes (valor de partida) dos
/ lJ
ema o xemplo ..13 ·-· d
Se déssemos a R3 um retardo de tempo de 0,3 s para
de falha vista por R4, teríamo s determ inado um ajuste de tempo
Proteção de sistemas

a menor e não para a maior corrente


inferior a 2,0, que não resultaria
381

I
se em to as as localizações e vista por R4.
. d .
o rele 1FC-S3' cujas curvas características s·-ao mostra as na f·1gura 13 7 · . em um retardo de tempo de 0,3 s para a máxima corrent
- . · e CUJOS a1ustes de taps
sao 11stados na Seção 13 .4 . Como ca d·a r111 1la, tem um disjuntor em a ' Ajusces para o relé R2: A mínima corrente de
falha para a qual R2 deve atuar de forma a
1-1que a notação designando os relés das ba . 1 , 3 4 penas um terminal simpli- 237,9 A conforme é dado na Tabela 13.2. Nós
· rda para R3 é de
rras • -· e por R 1 e R'-· R3 e R4 . respectivamen te. fornecer proteção de retagua

0 d ISJllllto abrirá as t - f com a confiabilidade requerida que nos
r de cada barra res ases quando cornand·ido
. . ' por qua 1quer um dos três relés deveríamos escolher uma relação de TC de 100/5. Então,
_
associados. Os três relés da barra 1· po r exemp 1o. serao indicados por R 1. l /3 da mínima corrent e de falha, escolhemos um ajuste de
faz projetar para atuação em
corrente de
Solução
l 5
Ajusres para o relé R4·· Este relé d eve atuar para todas as co l - X 237 9 X - = 3 9 ÍI
rren es supenores a I bS,1 A • 3 ' 100 '
mas por questão de confiabi'li'dade d eve ser selec1011ado 1•
um re e que atue quando a corrente da
linha for um terço do mú1imo, ou
e especificamos um tap de 4 ,O.
165,1 máxima corrente de falha na barra 3
l;, = = 55 A Para encontrar o ajuste de tempo de R2 wrnos que a
3 relação entre a corrente no relé e o ajuste de
é 430,7 A. O relé R3 terá para esta corrente uma
Para esta corrente, uma relação do TC de SOIS (T b I I 3 ) pc>rtida de
, a ea .1 rcsultar;í em urna corrente no relé
igual a
1,,
~
5) -< 5~) = 5,5 :\
ft3l) 7 X .2-
50
X J= 86
'.í '
'-= '

.Portanto, um ajuste do lap Jo relé para S.O A é um valor aproprüido. em 0,31 s corno se vê na Figura 13 .7.
Como o ajuste de tempo do relé R3 é 2 ,O esse relé atuará
relé R3, o relé R2 deve operar cm
- Como este relé está em urna extrc1111dadc de um s1s!e . . - . Então, para uma coordenação apropriada com o
, t • rn.i radial, nao e necessária a coordc-
naçao com nenhum outro relé ('011se · quln emente . e dcseJ" 1
. . <1ve a operação mais rápida possível
Assim. o ªJUste de tempo é cscolhiJo·como 1Í"}. 0,31 + 0,3 = 0,61 s
Ajusre; para o relé R3: Este 1el;e d,cvc, 1-1ca1 ...
na 1daguarda de 1<4 • e. portant o, deve captar corrente de 430,7 A para a qual
rnn 1ave 1mente a menor corrente de ra11 l<I. vista
. f .• . Retaguardando o relé R3, o relé R2 também vê uma
.. R4
p.ira 'usamo s uma relai;ào de rc de so;- e um a111ste . R4. que deé 5 A. . para
pn1 . . . . , assim como
1hS 1 •\ pº'tanto
a relação entre a corrente do relé e o ajuste de partida de
corrent do relé é
e
) do tap R3 também
>. . . .
. . .
. 1ara determmar o ajuste de tempo, é cosi umc . . . que o icle de retaguarda (RJ, neste 5 1
o! •m g.11'.rn111
caso) alue no nll'ninw OJ s 'IJHis
' · e 11° cm que . o rele a ·se 1 I"!· , ·d l
e .1guai ac o ( R4 l devei ia 011 erar .
430,7 X lOQ X 4 = 5,4
i_:Sle llllervalo é o retardo de• tempo e1e, cou1
i: · . J
t'll'l\"IO Come v 1
e d, f- li. , .' . ' e1c111os ogo adiante, daremos a RJ
um retardo de O,J s p;1ra <1 corrent , e " la mais alia v1st·i por R4 (' -
h · e1e 1.alha). Ent;io R 1 llUlll"l ·1111·11·· . , e nao para a corrente nrns
a1xa ' ' • .i em 111c•11os de () 3 s ., 1 · . R4 para qualqu er talha possi·vcl
' Na Figura 13.7 lemos um ajuste de tempo de 2,6.
· · -
· ·- · · ios
vista por R4. da relação do TC, dos valores de
Calcula-se sernelhantemente o relé RI. Os valores finais
na Tabela 13.3.
. . . -.
A mais alta co11en1e vista por R4 e d conei 1e p.11.1 uma falha logo ao lado de R4 1·unt -' partida e dos ajustes de tempo para todos os relés são dados
. . d
barra S ou 300 7 A de aco1 . l
e d , o a
' o c:nm a la bela 13 .2. A corre11t
-cJ '
enta
, e ambos os relés R3 e R4 é
5 Tabela 13.3 Ajuste de relé para o Exemplo 13.3
.mo, 7 x . = 1o .\
- '1 '
.50
e para um ajuste d.e 5 d0 1ap . .
e10 iele, o quonen te entre · , . e do rele. e o tap de ajuste é
. R3 R4
RI R2
6,0. A Figura 13 7 nos di a conent
30,J/S =
. . z que o tempo de operação d R4 . d seu
.. d . . e e e 0,135 s, pois
ªJuste e tempo 101 colocado em 1/'-· por t anto, no caso de falha de R4 o rele' R3 d Relação TC lOO:S 100:5 50:S S0:5
• eve operar em
5 4 5 5
Ajuste de partida, A
O, 1.1.5 + 0,3 = 0,435 s Ajuste de tempo 2,9 2,6 2,0 2
1

<'a Fig111:1 nus di; que e' 1 'q , ·c1 .


13.7 1
e t cfl o tlllt a111stc dt' te111pcl de ~.O para R3.
382 Elementos de análise de sistemas de potência
Proteção de sistemas 383

É oportuno ressaltar aqui que existe uma pequena possibilidade


de que 0 relé R3 atue O relé de impedân cia descrito anteriorm ente fornece um método
antes de R4, se ~contecer que a corrente na linha 4-5 esteja muito de proteção às linhas de
próxima do valor de partida transmissão conectad as a uma rede. Faz-se com que o relé responda
do relé em uma s1(tua~ão de carga elevada ou de condiçã'o de falha à impedân cia entre sua locali-
leve. Ambos, R3 e R4, vêm a zação e o ponto de falha. Esta impedân cia é proporci onal à distância
mesma corrente pois eles possuem a mesma relaçã'o nos TC e da falha, daí o nome relé
o mesmo ajuste de partida) e de distdnci11, e nlro depende dos níveis de corrente da falha. Consider
R3 interpret e esta situação co~o
· pode haver nos TCs ou nos relés um erro suficient e para que emos o sistema mostrado
sendo
. de cond·1çao
- d e disparo (corrente um pouco acima da corrente na Figura 13.1511 como sendo uma parcela de um grande sistema.
de partida) enquanto R4 Para uma falha em P1 o relé
ve.ia uma corrente u~ pouco abaixo de seu valor de partida. Para Rl 2, cujo sentido direto é da barra l para a barra 2, é projetad
evitar 0 risco de ocorrênc ia o para responde r à impedân cia
desses problema s, o a1uste de valor de partida R3 deve ser colocado de seqüênci a pósitiva (ou distância ) entre os pontos l e P • De
em um valor um pouco maior 1 igual modo, é colocado um relé
do que R4. designado R21 na barra 2, cujo sentido direto é da barra 2 para a barra
1.
O sistema m~strado na Figura 13.13 pode ser protegid o por relés Os relés de impedância que responde m a tensões de linha (tais como
temporiz ados de sobre- Va- Vb) e a dife-
cor~ente
rença entre correntes de linha (tais como la-Ib, chamada s
(que são simples_ e relativamente baratos) porque ele é um sistema
radial. Consideremos co"entes delta) são conhecid os
como relés de fase. Eles detectam a impedância de seqüência
o sistema mostrado na Figura 13.1411 que tem múltiplas fontes,
e 0 sistema da Figura 13 l4b posiriv11 entre o ponto de falha
sendo ambo_s s~melhantes no que se refere aos métodos de proteção e a localização do relé. Três desses relés responde m corretam ente
, pois ambos são sistem~s eU: falhas entre linhas, de falhas linha-linha-terra e de falhas trifásicas
a todos os tipos possíveis de
anel. Em tais sistemas, em caso de falha haverá fluxo de corrente . No entanto, estes relés não
de ambos os terminais da linha responde rão corretam ente a falhas entre fase e terra. Três relés adicionai
para o po~to de falha. Po~an~o, para remover uma linha em s que utilizem as tensões
falha do sistema os disjuntores de fase Va, Vb e Vc, e correntes de linha Ia, Ib e Ic e a
devem abnr ambos os. termma1s de cada linha. Se, entretan to, corrente de seqüência zero, são
cada relé responde r somente a
corr~ntes no sentido direto (para dentro de sua zona de proteção ), 0 que é mostr~do colocado s de forma a detectar a impedância de seqüência positiv11
entre o ponto da falha e a
pelas setas localização do relé para todas as falhas que envolvam a terra.
na Figura _13.14, e nada fizer para correntes no sentido reverso,
então, o sistema em anel poderá
ser protegid o de forma semelhan te a um sistema radial. Os relés Os relés de distância tornam-se direcionais pela incorpor ação
associados com os disjuntor es A de uma unidade direcional
C e E devem ser coordena dos entre si, e os relés F, D e B também ·de forma semelhan te à preconiz ada para o relé direcional de
devem sê-lo. Os relés d: sobrecor rente. Existem relés de
sobrecor rente são transform ados em direcionais adiciona ndo um distância que não necessitam de uma unidade direcional adicional
relé direciona l em cada po t porque possuem caracterí stica
conectan do as saídas das unidades direcionais e de sobrecor rente
uma operação lóoic " ,. t de tal maneira qu
.,. a e en re suas sai'd as. Os disjuntor es associado's com estes relês e iormem
n e~ °' unidirecional inerente em seu projeto. O principal exemplo é o
relé mho anteriorm ente descrito.
A direcionalidade é necessária para que um relé responda à distância
nlro atuarão no sentido direto (isto é,
a nlro ser que ambos os relés forneçam um sinal que os faça atuar. olhando para sua zona de proteção ) e bloqueie sua operação
para todas as falhas no sentido
inverso.
Consideremos a aplicação de um relé direcional de distância na
proteção da linha 1-2 da
Figura 13.1511. A zona de proteção para os relés R12 e R21 que
protegem esta linha é mostrada
por um traço contínuo . Para o relé Rl2, as falhas cm P , P e
2 3 P4 parecem estar todas à mesma
distância da barra l; também as falhas em P e P4 estão
3 evidente mente fora da zona de
proteção de RI 2. Conseqü entemen te, se o relé de distância deve
responde r à falha em P 2 , ele
(a) responderá também às falhas em P e P . Esta é uma operação
3 4 imprópri a para o relé RI 2.
Para evitar este problem a básico, a zona do relé de distância é
modificada para o relé RI 2 de
acordo com as linhas tracejadas da Figura 13.1511. A zona única
de proteção , mostrada pelo
(b) traço contínuo , é substituí da por duas zonas: a zona 1 e a zona
2. A zona 1 se estende por
Fiaun 13.14 Dil!grama unifUar para sistemas em anel. Setas ao lado dos disjuntore uma distância um pouco menor do que a zona mostrada pelo
s indicam 0 sentido da falta traço contínuo e usualmen te
para a qual o relé responde. Relés com setas apontando no me,mo compree nde uns 80% do comprim ento de linha. Para falhas dentro
sentido em torno do laço <lesta zona, o relé de distância
coordenam-se um ao outro. · na barra 1 opera normalm ente (isto é, tão rápido quanto possível)
. Esta zona encurtad a é comu-
mente conhecid a como uma zona 11lcance. A zona 2, por outro
lado, se estende além do terminal
(b ~ Proteção de ~ de ~missão de AT e de EAT Em uma da linha para dentro das linhas conectad as à barra remota; é chamada
grande rede de potência nã'o uma zona sobre-alcance. O
'. ei:istem apenas Sistemas 1'.1d1ats ou de laço simples. Muitas usinas relé RI 2 responde a uma falha na zona 2 com um retardo de tempo
geradoras e muitos pontos de de tal forma que ele pode ser
, alimenta ção de subtranslDISsão encontram-se intercon ectados para
que~o ~ode~ formar uma rede de t 1 fi
ser identificados laços simples. Em tais sistemas torna-se impossí~el c:or:e:~
coordena do com os relés R23 e R24.
Também são disponíveis ajustes de zona 1 e zona 2 semelhan tes
relés d1rec1onats de sobrecor rente para dar proteção às linhas de para o relé R21 na barra 2.
loc~ização
dada de ~ma.
transmissão desde que
falha,_ a corrente vista pelo relé varie sobre uma la;ga faixa d~:e~~e~~;
Para uma falha em P , ambos os relés RI 2 e R21 atuarão com
1
porque esta falha estará na zona l dos dois relés. Uma falha em 2
a máxima velocidade possível
das condiçõe s operac1ona1s do sistema. P está na zona l de R2 l e, por-
tanto, o disjuntor 021 abrirá com velocidade elevada. O relé Rl2,
no entanto, não limpará e,sta
Proteção de sistemas 385
384 Elemen tos de a11álise de sistema s de potê11cia

a na zona 2 de R , -_ 2 (R23 e R24). Notem os també m que a Figura


falha com alta velocidade, Pt·rqu e ela se localiz I 2. Apos haver expJrado o retardo coordenada com a zona 2 dos relés da barra
de tempo de sua zona 2 o r~le' RI 2 f . , d· · impor tante da coorde nação de relés. A coorde nação é feita pelo
' ~ uncion ara e abrirá os ISJUntores DI 2. Existe então uma 13.I Sb aponta para um princí pio or
b I
limpeza de falha com retard o de temp na arra enqua nto o termin al d b arra 2 d esligará em de proteç ão mais rápida deve ter alcance superi
° a tempo e també m pela distância. Uma zona relé RI 2 é menor do que
falhas com'o em p • lenta. Então , o alcanc e da zona 2 do
a1ta velocidade para 2 ao alcance de sua retagu arda mais do
ém o alcance da zona 3 do relé RI2 é menor
E t f o alcance da zona I do relé R23 ou R24. Tamb
Consi derem os agora uma falha em p coorde nação pela distân cia,
elimin ada pelo relé R23 e pelo disjun to D~J
esta
s ª1 alha, estand o na zona I do relé R23 será que o alcance da zona 2 de R23 e R24. Se nâ"o fosse empre gada

DI 2 na barra I para isolar a falha na z~na-


2 ~~:e~; ;;~cidade. O ~!é RI 2 a~rirá o disjunt or
teríam os um tempo de limpez a de retagu arda.
desnec essaria mente lento para algumas falhas,
atuar. E eviden te que o dade. O tempo de coord enaçã o da zona 3 é geralm ente
tempo de limpeza da zona 2 deve ser maio d . se D23 nao em vez de um funcio namen to em alta veloci para as
r o que o ma10r tempo possívf-elIhde limpeza
da zona 1 proteç ão do relé RI2 e os tempo s de operaç ão
do relé R23, de tal forma que RI 2 nao -
ente par u ma a a em P3. Também da ordem de um segun do. As três zonas de
atue prema turam ente na Figura 13 .15 b.
. .
existe um ajuste semel hante de zon 2 b . a três zonas slfo mostra dos esquem aticam
A falha
arra 4 para o relé R42 e para a disjun tor D42.
em P3 fica na zona 2 do relé R42. a na
Locus da
Os tempo s de respos ta dos relés RI 2 R2 3
na ;i :~a ~~r~ ;; falha~ nas suas zona.s I e
4 X
pectivas, são mostra dos esquematicament~
2 res- X Locus da

1 g . . . A abscis sa no diagra ma de
tempo de respos ta é a localização da f: Ih da é o
tempo de operaÇão do relé O tempo deª operaç a ao - ondgo das hnhas apropr iadas,1 e · a1 ordena
· ao a zona I é da ordem d e cic o, enqua nto o
30 ciclos.
tempo de operaç ão da zona 2 varia entre I 5 e
di . .
Na maioria dos casos, é atribu ída aos relés de stanci a uma outra zona de proteç ão conhe-
- d
cida como sua zona 3 para fornec er prot
e reta~uarda para as linhas vizinhas. A terceir
a
zona de um relé deve .alcançar além da r:~i:º1 da barra que se encon tra no
ida O f . onga m ia que parte
termin al remot o da linha proteg · unc1o namen to da retagu arda e t d
d p . r mo a eve ser coordenado
com a proteç ão primár ia que ele retagu ar a. ortant o, a terceu a zona do relé RI 2 deve ser

(b)
(a)

-- - - -- - ----- - ---- ---


'\ ncia e (b) relé mho para o Exemp lo 13 .4.
® Figura 13.16 Características de (a) relé direcional de impedâ
1
--e 1

032
@: 1

1 A caract erístic a de um relé direcional de distân


cia no plano compl exo R - X é mostra da
Ao
1
da imped ância da linha é mostra da na figura.
042 1 na Figura 13 .l 6a. Uma reta chama da locus cia positiva da linha
I
dos os valore s das imped âncias de seqüên
/
longo desta reta podem ser indica prote-
sua localização e difere ntes ponto s da linha
~'
----------------
o
!cri proteg ida confor me são vistas pelo relé entre o e de bloque io do relé
limita ção às regiõe s de atuaçã
""~ 1 Rl2 gida. A unidad e direcional do relé cria uma As
: t dicula r ao locus da imped ância da linha.
~ indica da na Figura 13 .l 6a por uma reta perpen
1
1 T3 /
e 4 são indica das no locus da imped ância da
o 2
j_ R23 i ·- : 1 imped âncias medid as entre a barra 1 e as barras
.2j T r-R_1_2,..:_ _,

~ t-----...,.:.R:.:,1..::2_ _ _~!. .,.J L


Fi"=====~~----1-J
r :rR24:-------- linha por algarismos dentro de peque nas circun
de zona cujos centro s estão na origem do plano
ferênc ias. Foram també m traçad as circunferências
R-X e que possue m raios iguais às amplitudes
a partir da barra 1 para o final da zona identi-
~
1
Tl 2
das imped âncias da linha proteg ida vistas por de zona
CD ® ® @ Portan to, a interse ção de uma circun ferênc ia
ficada pelas numer ações das circun ferênc ias. da zona. Du-
Localização da falta ância da linha entre o relé e o limite
(b) com o locus da imped ância da linha é a imped baixa compa rada com a
a imped ância vista pelo relé é muito
rante a ocorrê ncia de uma falha, vista
ão norma l. O relé operar á quand o a Impedância
s . ··'-' Imped ância da carga vista duran te a operaç ferênc ia de
Figura 13.1 Coorde nação de relês de distância (impedânc1'a) · A zona d e prote - · d' da pela linha
. da zona. Para imped âncias dentro da circun
• . • t'" d çao
em (a) e substttu1da pelas zonas 1 e 2 i'de n u1ca as por linhas pon t'lh
m ica contínu a por ele estiver dentro da circun ferênc ia ão
d
1 a as. A zona 3 prevê pro- tempo . São feitos ajustes de tempo para operaç
-
teçao de retagua rda para sistemas· de Pr 0 t cçao
- . .
vizmhos . Retard o de t empoe tempo de operaç ão zona 1, a operaçâ"o ocorre em um mínim o de na zona 3.
- · · os em (b) para Rl2, Rl3 e R24. retard o ainda para falhas
estao md1cad com retard o para falhas na zona 2 e com maior
386 Elementos de análise de sistemas de potência Proteçifo de sistemas 387

;, A característica de um relé rnho é Ilfostrada na Figura 13.16b com os centros du circunfe- Foi ressaltado na Seção 13.3 que o padrã'o industrial de tenstro no secundário de um TPC é de
rên~ de zona sobre o locus da impedância de linha. Notemos que os raios .destas '*cunfermciaÍ 67 V para tensão de fase. Escolheremos entã'o um TPC com relaçl!'o de '
'de zona stro iguais à ~tade ,dos raios corresponde_11tes às circunferênci\13 de zona do relé de,
distância direcional pua·as mesmas impedâncias, porque a interseção.de um círculo de zona com
o locus de impedância da linha deve sempre ser a impedância da linha vista pelo relé entre sua
79,67 X 103 = 1189 1/1
1
67
localização e o limite da zona.
O esquema de três passos de releamento de distância aqui descrito fornece um sistema de
e, neste caso, urna tensã'o normal do sistema produzirá 67 V em cada fase do secundário do TPC.
proteção vtlrsátil para linhas de transmissão de alta tenstro. Com modificações mínimas para
Definindo a tensão do primário do TPC na barra 1 por Vp, e a corrente no primário do TC,
adaptar-se à natureza de um sistema dado, este sistema de proteção é usado quase universalmente
por JP• temos que a impedância medida pelo relé será
para proteger as linhas de transmiss!ío de um sistema de potência moderno. Em muitos casos, as
falhas para a terra são protegidas por relés temporizados direcionais de sobrecorrente do tipo
anteriormente descrito, enquanto as falhas trifásicas e entre linhas stro cobertas por relés de Vv/ll 89 J.=Z· x00336
distância. Às vezes se torna muito difícil coordenar a terceira zona de um relé com as segundas I v/40 lmha ,
zonas das linhas vizinhas; especialmente em níveis de EAT. Em tais casos pode ser omitida a
função de retaguarda remota (zona 3) dos relés de distância. Portanto, as impedâncias das três linhas vistas pelo relé RI 2 são aproximadamente
Em condições emergenciais de fluxo de carga, quando a carga for muito elevada, a impe-
dância vista pelo relé será baixa e deverá ser verificada para garantir que esta impedância nlío fieará Unha 1-2 O, 11 + j 1, 1 íl, secundãrio
dentro de um dos círculos de zona da característica do relé. Linha 2-3 0,11 + jl,l íl, secundário
Unha 2-4 0,16 + jl,6 íl, secundário
Exemplo 13.4 Consideremos novamente a porção de um sistema de transmissão de 138 kV
mostrada na Figura 13.15a. As linhas 1-2, 2-3 e 2-4 possuem respectivamente 64, 64 e 96 km
(40, 40 e 60 milhas) de comprimento. A impedância de seqüência positiva das linhas de trans- A máxima corrente de carga de 209,2 A é vista pelo relé, admitindo um fator de potência de
misslío é de 0,05 + j0,5 ohms por quilômetro. A máxima carga transmitida pela linha 1-2 em 0,8 em atraso, como sendo
condições de emergência é de 50 MV A. Projetar um sistema de releamento de distância com
67
três zonas apenas, até a determinação dos ajustes de zona do relé Rl 2 que são os valores de - (08 + j06)
impedância em termos de valores secundários nos transformadores de corrente e TPCs. Os ajustes zcarga - 209,2(5/200) ' '
de zona dão pontos no plano R-X através dos quais devem passar as circunferências de zona das = 10,2 + j7,7 n, secundário
características do relé.
Solução As impedâncias de seqüência positiva das três linhas stro O ajuste da zona 1 do relé RI 2 deve subalcançar a linha 1-2, de modo que ele deve ser

Linha 1-2 3,2 + j32,0 n


Unha 2-3 3,2 + j32,0 !.1
0,8 x (O, 11 + j 1, 1) = 0,088 + j0,88 n, secundário
Linha 2-4 4,8 + j48,0 n
O ajuste da zona 2 deve ter um alcance que ultrapasse o terminal 2 da linha 1-2. Para tolerar as
,Como os relés de distância dependem do quociente entre tensã'o e corrente, stro necessários para
várias imprecisões possíveis do sistema transdutor-relé, usualmente se faz com que a zona 2 tenha
/cada fase um TC e um TPC. A máxima corrente de carga é
um alcance em torno de 1,2 vez o comprimento da linha a ser protegida. Portanto, a zona 2
- 50 X 106 = 209 2 A do relé RI 2 é ajustada para
V73 X 138 X 10 3
1

1,2 x (0,11+jl,l)=0,13 + jl,32 n, secundário


e nós escolhemos um TC com relaçã'o de 200/5 que produzirá em torno de 5 A no secundário
em condições de máxima carga. ·
A tensão de fase do sistema é
o ajuste da zona 3 deveria ultrapassar a mais longa linha conectada à barra 2. Entl!'o, o ajuste
da zona 3 deve ser
138
)3 3
103
= 79 67
'
X 103 V
(0,11+jl,1)+1,2 x (0,16 + jl,6) = 0,302 + j3,02 n, secundário
388 Elementos de análise de sistemas de potência
Proteç;fo de sistemas 3/fY

Notemos que mais uma vez é utilizado o fator 1,2 como um multiplicador da mais longa linha duas falhas, o relé R21 vê P 2 como uma falha interna e P 3 como uma falha externa (no sentido
conectada à barra 2 para garantir que a zona 3 do relé Rl 2 tenha um alcance que ultrapasse à inverso de sua zona de proteção). Tendo recebido esta informação direcional, RI 2 estará apto
barra 4 mesmo na presença de imprecisões introduzidas pelo sistema de releamento. Pode ser a bloquear (evitar) o acionamento por causa de uma falha em P3. (Observe-se que a falha em
utilizado um relé de impedância direcional como o que é mostrado na Figura 13.l6a. P 3 está no interior da zona de proteção da barra 2 mas não da linha 1-2.) A falha em P2 é limpa
Ambas as Figuras l 3.I 6a e l 3.16b aplicam-se a este exemplo, e os pontos 2 e 4 sobre o simultaneamente em alta velocidade em ambas as extremidades da Linha. Esse sistema é conhecido
locus da impedância da linha correspondem à impedância calculada entre a barra l e as barras 2 como um esquema piloto de "comparação direcional". Pode ser obtido um desempenho equi-
e 4. A impedância de carga Zrarga é vista pelo relé como sendo mais de três vezes maior do que valente comparando os ânguJos de fase das correntes de falha vistas nos dois extremos da linha, e
a impedância entre as barras l e 4 e fica bem fora da circunferência da zona 3 de ambos os relés trocando estas informações! sobre os ângulos de fase através do canal piloto. Esse esqu~ma é
de impedância direcional e rnho. Conseqüentemente ruro existe o risco de acionamento durante conhecido como um esquema de "comparação de fase". Está fora do alcance deste livro uma
qualquer oscilação de carga que possa ocorrer na linha de transmissão. Se a máxima carga discussão dos méritos e deméritos dos dois esquemas, embora possamos mencionar que ambos
estivesse muito próxima do ajuste da zona 3, do relé de impedância direcional, seria necessário .os· tipos de esquema de proteção se usam na prática.
substituí-lo por um relé rnho, cuja circunferência da zona 3 envolvesse uma área menor do plano
R - X, como é evidente na Figura 13 .16.
13.7 PROTEÇÃO OE TRANSFORMADORES DE POT~NCIA
(c) Proteção de linha com relé de fio piloto Na seção anterior foi ressaltado que uma linha
(corno 1-2 na Figura 13.17) é protegida pelas zonas 1 ou 2 de um relé de dMância e que o alcance Como no caso de linha de transmissão, o tipo de proteção de transformadores de potência
normal da zona 1 é de uns 80% do comprimento da linha. Esta zona é freqüentemente chamada
depende de seu tamanho, de seus níveis de tensão, e da natureza de sua aplicação. Para pequenos
zona de acionamento direto ou zona de alta velocidade, e são comuns os tempos de operação
transformadores (menores do que 2 MVA), a proteção com fusíveis pode ser adequada; enquanto
do relé da ordem de um ciclo para falhas na zona 1. Uma falha como aquela em P 2 na Figura para transformadores de mais de 10 MVA podem ser utilizados relés diferenciais com restrição
13.17 cai na zona 2 do relé Rl 2 e será limpa pelo relé RI 2 no tempo da zona 2. Evidentemente,
de harmônicos.
existe um conjunto idêntico de relés na barra 2, e estes relés verão a fajha em P 2 como estando
em sua zona 1. Conseqüentemente, o disjuntor da barra 2 atuará em alta velocidade para a falha Consideremos inicialmente a proteção diferencial de um transformador de potência mono-
em P2. Portanto, para falhas nos 60% médios da linha, ambos os lados desligam em alta veloci- fásico, de dois enrolamentos; que é mostrado na Figura 13.18. Se as correntes no transformador
dade, enquanto para falhas nos 20% dos terminais de cada linha, o terminal mais próximo será forem 1; e /~ no primário e no secundário, vemos que desprezando a corrente de magnetização
desligado em alta velocidade enquanto o terminal distante desligará com o retardo de tempo
1'1 N2
da zona 2. (13.9)
/~ = N~

onde N, e N 2 são as espiras dos enrolamentos do primário e do secundário, respectivamente.


As correntes dos secundários dos TCs são / 1 e / 2 , e as relações de espiras dos TCs nos lados pri-
mário e secundário do transformador de potência são 11 1 e 11 2 , respectivamente (uma espira
no primário de um TC significa n espiras no secundário). Portanto

/'
Figura 13.17 Linha a ser protegida por relé de fio piloto. f 1 = __1 (13.10)
111

li li
Nos modeínos sistemas de ATe EA T, quase sempre é inaceitável este retardo de tempo entre
o desligamento do terminal próximo e do terminal remoto devido à natureza complexa das
modernas malhas interligadas e devido às estreitas margens de estabilidade. Torna-se então
necessário criar um sistema de proteção de alta velocidade para toda a linha (e ruro apenas para
os 60% médios da linha). Obtém-se proteção de alta velocidade para toda a linha utilizando o
releamento piloto descrito na Seção 13.4. Para uma falha em qualquer lugar da linha p;otegida
os relés Rl2 e R21 vêm uma única condiçifo: ambos os relés vêm urna corrente de falha no
sentido direto. Esta informação, quando comunicada aos terminais remotos através de um canal
piloto, confirma que realmente existe uma falha na linha protegida. Consideremos falhas em P e
2
P3 na linha l-2 mostrada na Figura 13.15. Embora o relé Rl2 não perceba diferença entre as Figura 13.18 Diagrama das conex?es para a proteção diferencial de um transfonnador.
390 Elementos de análise de sistemas de potência Proteção de sistemas 391

Para evitar o acionamento em condições normais em que a Equação (13.9) deve ser·váJida, a Usaremos TCs com relaçã'o de 1000/5 no lado de 34,5 kV. Como os TCs desse lado sã'o
corrente / 1 - /2 na bobina de disparo deve ser nula; isto é, / 1 deve ser igual a / • Portanto, pelas conectados em Y, a corrente enviada ao relé diferencial por esse lado será
2
Equações (13.9) e (13.10) é necessário que
5
1004 X - ---· ~ 51o A
1000
(13.11)
Para equilibrar esta corrente, as correntes de linha produzidas pelos TCs ligados em /:::,. no la~o
de 345 kV de~ern ser também de 5,0 A. Para isto, é necessário que o enrolamento secundáno
Com uma falha interna no secundário do transformador de potência, sendo I[ a corrente de falha de cada 'transformador de corrente ligado em delta deve ter urna corrente

(13.12)

, 1·0 do TC exigirá uma relaçã'o de transformação de


Esta corrente no enro 1amen t o Secundar
Para urna falha no primário do transformador, o lado direito da Equação (13.12) seria I[/n • Se
1
o relé for ajustado para urna corrente de disparo /Ip / suficientemente pequena, o relé diferencial
disparará para uma falha interna, mas ficará bloqueado para falhas externas ou para carga normal.
~00 ·~ = 34 164
2,9
Como já foi discutido na Seção 8.10, um transformador é usualmente equipado com taps
de ajuste, que permitem que a tensão do secundário seja ajustada sobre certa faixa. Usualmente para os TCs do lado de 345 kV. A relação de transforrn~ç.ã'o disponível ~ais próxima deste valor
os ajustes variam em pequenos passos numa faixa de ±10% do valor nominal do número de é 200/5. Se usarmos esta relação, as correntes nos secundanos dos TCs serao
espiras NifN2 , Se o ajuste dos taps resultar em uma relação de espiras fora do nominal, o relé
verá uma corrente diferencial durante a operação normal. Para evitar operação imprópria, neste 5
caso, deve ser utilizado um relé diferencial percentual. 100,4 X 200 = 2,51 A
Os transformadore s trifásicos com enrolamentos Y-/:::,. merecem uma análise mais profunda.
Conforme ficou evidente na Seção 11.4 as correntes do primário e do secundário desses trans· e as correntes de linha dos TCs conectados em delta, enviada para os relés diferenciais, serão
fornadores diferem em amplitude e ângulo de fase durante condições normais de operação.
Portanto, os transformadore s de corrente devem ser conectados de tal maneira que as correntes
de linha do secundário dos TCs vistas pelo relé estejam em fase, e as relações de espira devem
2,51 x J3 = 4,35 A
ser ajustadas de tal forma que as amplitudes das correntes vistas pelo relé sejam iguais em condi-
Evidentemente esta corrente não pode equilibrar os 5,0 A produzidos no lado de 34,5 kV.
ções normais (sem a presença de falha). A relação de fase e de ângulo correta é obtida conectando
os TCs do lado Y do transformador de potência em delta, e os do lado delta do transformador Esta situaçã'o de correntes desiguais é freqüentemente encontrada quando são utilizados
de potência em Y. Dessa maneira, as conexões dos TCs compensam a defasagem criada pelo trans- transformadore s de corrente padronizados nos projetos de proteçã'o de transformadore s cone~t~dos
formador de potência conectado em Y-1:::,.. Estas considerações sã'o ilustradas pelo exemplo a seguir. em Y-!J.. Urna solução conveniente é obtida pelo uso de transformadore s. ~e corr_:nte auXlhares
ue fornecem uma faixa extensa de relações de espiras. Estes TCs aux1har~s sao ~equeno~ e
Exemplo 13.5 Um transformador trifásico de 345/34,5 k\1 de 50 MVA possui uma
~aratos porque seus enrolamentos primário e secundário são circuitos d.e baixa tensao e baixa
corrente. Utilizando um conjunto de três TCs auxiliares com relaçã'o de espiras
potência máxima de emergência de 60 MVA. Usando relações de TC padrão disponíveis, deter-
mine as relações de espiras e as conexões dos TCs e as correntes no transformador de potência
e nos TCs. O lado de 345 kV é conectado em Y e o lado de 34,5 kV é conectado em /':,. 1 ~=
4,35
1155
'
Solução As correntes nos lados de 345 kV e de 34,5 kV do transformador qúando ele
estiver conduzindo sua máxima corrente possível são
produziríamos um conjunto equilibrado de correntes no relé diferencial quand~ º. transforma-
60 X 10
6
106 dor estivesse transportando carga normal. Para a suposição de um fator de potencia de 0,8 em
---··-·----- - = 10014 A
60
e X = 10041 l A atraso, as correntes no transformador de potência e nos diversos TCs sã'o as mostradas na
,/3 X 345 X 10 3 J3 X 34,5 X 103
Figura 13.19.
392 Elementos de análise de sistemas de potência Proteção de sistemas 393

TC auxiliar l/l ,l 55 cial. Pela seleção de um coeficiente de


TC diferencial porcional ao conteú do harmôn ico da corrent e diferen
2,~3,5 2,~3,5 .------~ entes harmôn icos, é possível evitar a abertur a do
multiplicação apropri ado para os compon
ação, mesmo que exista uma corrent e
transformador pelo relé diferencial durante sua energiz
1, 7 - }4 e transitó ria de magnet ização.
1,7 - }4
de excitaç ão muito elevada produz ida pela corrent

- 4,~0,5 - 4,3 +J0,5


1,96 - )4,6 DISPOSITIVOS DO RELÉ
13.8
2 - Jl,5
- 4,96 10,61 certos tipos de relés. A maioria dos
Na Seção 13.4 foi apresen tado o projeto lógico de
t
B
constru ída com disposi tivos eletrom ecânico s. Alguns dos tipos
80 -=-fao relés apresen tados já tem sido
do tipo barra em balanço , e relés do tipo
mais comuns incluem os relês tipo mergul hador, relés
lham aos watt-ho râmetro s encont rados na maioria das
A
a copo. (ou disco) rotativo , que se asseme
muito úteis de~de o início, e constit uem
instalações residenciais. Os relés eletrom ecânico s foram
de sistema s de proteçã o. Estes relês são robus-
uma parte importa nte da prática atual de projeto
b mente imunes às agressõ es ambien tais de uma subesta ção de potênci a
tos, baratos e relativa
das modern as necessidades dos sistemas de
-,1919,6 elétrica. Seu tempo de respost a é lento em termos
é um pouco rígido no que se refere a caracte rísticas disponíveis,
X3 potência, e também seu projeto
e
34, 5 kV
19,6
capacidade de carrega mento, e ajustes de taps.
992,8+ J]
-91,96- ;39,28 TC 200/5 de estado sólido. Estes relês utilizam
TC 1000.5 No fim da década de 50 foram introdu zidos os relés
a portas lógicas para produz ir as caracte rísticas desejadas para
circuitos analógicos associados
ir caracte rísticas semelh antes às dos relés
Figura 13.19 .
Diagrama de fiação indicando as correntes em amperes
. .
para os c1rcu1tos de potência e relé do o relé. Os relés de estado sólido são capazes de produz
Exemplo 13.5. de novas caracte rísticas que são disponíveis nos
eletromecânicos, e também um grande número
os primeir os modelo s estivess em sujeitos a falhas freqüen tes sob
relés de estado sólido. Embora
os novos modelo s são bem mais resis·
as agressões dos ambien tes operacionais das subesta ções,
em sistema s de AT e EAT. Mais recente mente, têm sido
. tentes e realizam excelentes serviços
Embora possam ser utilizados transfo rmador es auxil"tares como foi apresen tado, é em geral estão sob ativa pesquisa no momen to.
boa prática utilizá-los soment e ern u·11·1mo caso Os TCs T - propost os relés baseados em microprocessadores, que
aux1 lares sao uma carga adicional aos
TCs principais, e também aument am o erro t.ota1 e transfo r
d .
- U
. b . maçao. m metodo muito mais
apropn ado é a utilização de ªJ"ustes de t aps das obmas dos pró · 1•
,. . pnos re es, que causam o SUMÁR10
mesmo e1e1to que um transfo rmador au T d . 13.9
o ajuste de taps das bobinasx 1d1ar e 1ª}usfite de relação de transfo rmação . Na maioria
dos casos, os re es ornecem uma margem su fi1c1ente . ão de sistemas de proteçã o por
· · . .
ng1r a mruona das diferenças práticas de rei açao - d . para cor- Neste capítul o, concen tramos nossa atenção na discuss
e espiras. em altas tensões . Não estudam os a aplicação de
releamento para sistemas modern os de potênci a
~· .import ante ressaltar que quando cons·d 1 eramos que as corre n t es d o pnman . . .o e do
fusíveis e religadores, que são mais comum ente utilizad os em sistema de distribuição. Em muitos
Secun d ano ·
do transfo rmador se re lacionam . d .. nação dos relês tempor izados
pelo numero de es . aspectos, a coorde nação destes dispositivos é semelh
ante à coorde
. . puas, a m1t1mos que a corrente
de magnetização fosse desprezível · Esta e. uma b oa aproxim ação d de sobreco rrente discutid a nas Seções 13.4 ~ ;.6. Em termos de proteçã o de equipam entos, foi
é mu· quan o o transfo rmador estiver
em operaçã o, na qual a corrent e de magnet iza ão discutida a proteçã o de um transfo rmador n.i Seção
13 .7. A proteçã o de geradores foi apenas
ç ito pequen a. Entreta nto, quando um
transfo rmador é energizado • ele Pod e d renar elevada s corrent es ( con hec1"das como ' diferen cial que pode também ser utilizad o na proteçã o
. • . 1 correntes mencionada em conexã o com um relé
transtto nas de magt1etização) que decrescem com 0 tempo at · . , . mentos e linhas oferece m oportun idades
. fl . d e o va 1or estac1o nano fmal muito de barram entos. Os sistemas de proteçã o para equipa
b a1xo. Esta elevada corrent e transitór1·a
que ut urante a energi·z aç ã 0 d o transfo rmador aparece únicas para tratame ntos extenso s*.
como uma corrent e diferen cial porque . · á · TI
. • e1a c1rcu 1a soment e no pnm no. e essencial detecta r
esta situaçã o e evitar que 0 relé di"fie renc1·a1 ab ra os transfo rmad d
d os método s mais comum ente utiliz d . ores urante a energização. Um
corrent e transitó ria de magt1etização aé ºr~c~ª;~ r~ahz~r
_esta função baseia-s e no fato de- que a ,
p t" armo~1
uma senóide de freqüência fundam ental · ara irar partido deste ( t
cos enquan to uma corrent e de falha é
Veja, por exemplo, C. R. Mason, The Art and Science
of Protective Re/aying, John Wiley and Sons,
1· d e frenante Electric Corpora tion. Applied Protective Relaying, Relay
.. . . . . ª o,ª em a corrent lnc., New York, 1956. e Westingh ouse
de f requenc 1a fundam ental (/ + J )/ 2 . sinal frenant e pro-
' 2 ' e gerado no rele diferen cial outro Instruments Division, Ne\\nrk, N.J., 1976.
394 Elementos de análise de sistemas de potência .ProteÇão de sistemas 395

(a) Os relés RI 2, R23 e R34 são do tipo IFC-53 direcionais de sobrecorrente com tempori-
PROBLEMAS
zação inversa para a proteção deste sistema contra falhas fase-terra. Determine a corrente de falha
necessária para o ajuste do valor de disparo do relé de terra Rl2. Para este cálculo você pode
13.1 No sistema cujo diagrama unifilar e cujás zonas de proteçã"o foram mostradas na Figura
13.13b onde se localiza a falha se forem abertos os disjuntores em (a) G e C, (b) F, G e H, desprezar as resistências de linha.
(c)F, G,H e B e (d)D, C e E? . (b) Selecione as relações de transformaçlfo dos TCs e TPCs para os relés de distância de
fase da barra J. Você pode admitir que as bobinas de corrente dos relés possam conduzir continua-
13.2 Determine o ajuste de tempo para R3 do Exemplo 13.3 se o ajuste tivesse sido deter~ mente uma corrente de 10 A, e que o carregamento de emergência da linha seja de 3.000 MVA no
minado para a menor corrente de falha vista por R4. Porque o ajuste é feito para a maior e nlo máximo. Utilize relações de transformação padronizadas para os TCs.
para a menor corrente de falha vista por R4?
(e) Determine e mostre no diagrama R-X (do secundário) as três zonas de um relé de
13. No Exemplo 13.3, admita que ocorra uma falha linha-linha no ponto médio da linha impedância direcional na barra 1 para proteção de falha monofásica.
2-3. Que relé atuará para esta falha? Qual será seu tempo de operação? Admita que este relé (d) Mostre também a localização da impedância equivalente da carga ernergencial no dia-
falhe em seu funcionamento, que relé deverá agora limpar a falha? Quanto tempo demorará? grama R-X. Você nota algum problema na operação da linha com carga ernergencial? Que
13.4 Um sistema radial de 11 kV é mostrado na Figura 13.20. As impedâncias de seqüência solução você propõe?
positiva e zero da linha 1-2 são de 0,8 ohms e 2,5 ohms, respectivamente. As impedâncias das 13 .6 Urna falha trifásica ocorre nos terminais do enrolamento em delta na Figura 13 .19 dentro
linhas 2-3 são três vezes maiores. As impedâncias de seqüência positiva e zero dos dois transfor- da zona de proteção do relé diferencial. Admita que a impedância de seqüência positiva do trans-
madores são j2,0 ohms e j3,5 ohms, respectivamente. Em condições de emergência, o sistema formador vista do lado de 345 kV seja j250 ohms, e que o sistema de potência que alimenta o
pode ser operado com um transformador fora de serviço. Determine as relações de espiras dos lado de 345 kV tenha urna capacidade de curto-circuito infinita. Quais serão as correntes em todos
TCs, os valores de disparo e os ajustes de tempo para relés IFC-53 projetados para proteçã"o contra os condutores mostrados na Figura 13 .19 neste caso? Despreze a corrente pré-falha e admita que
falhas fase-terra para este sistema. Admita que a barra de alta tensão seja uma barra infmita capaz nenhuma corrente de falha se origine do lado de baixa tensão do sistema.
de fornecer 11 kV no lado de baixa tensão em vazio.

Figura 13.20 Diagrama unifilar para o Problema 13 .4.

13.S Uma porção de um sistema de 765 kV é mostrada na Figura 13.21. As impedâncias de


seqüência positiva e zero das linhas de transmissão possuem os valores de 0,02 + j0,6 ohms/milha
e 0,1 + jl ,8 ohms/milha, respectivamente. Admita que a impedânciadd gerador seja de jlO,O ohms
para as seqüências positiva e negativa, e j20,0 ohms para a seqüência zero.

f---300 mi-f-150 mi -j-100 m1-I


Figura 13.21 Diagrama unifilar para o Problema 13.6.

Você também pode gostar