Você está na página 1de 4

Aluno: Mário Leonardo Pereira Neto

CPD: 101264

Resumo: Direitos Reais de Garantia: hipoteca, penhor e


anticrese

Hipoteca:

A hipoteca é o direito real de garantia do qual um bem imóvel, que


continua em poder do devedor, assegura ao credor, o pagamento de uma
dívida.

Uma das características mais marcantes é que, tal como os outros


direitos reais de garantia, a hipoteca é direito acessório e indivisível. Como tal,
com o proposito de garantir o pagamento de uma dívida, o direito real de
hipoteca, tem sua existência condicionada e sua sorte ligada a um direito de
crédito. Para assegurar plena e eficazmente o pagamento da dívida, a hipoteca
é considerada indivisível.

Outra característica é que a hipoteca é direito imobiliário, em


princípio, somente os bens imóveis, corpóreos ou incorpóreos, podem constituir
garantia hipotecária. Entretanto, o caráter imobiliário da hipoteca não é,
todavia, de sua essência.

A finalidade da hipoteca é atingida pelo direito do credor de


penhorar o bem gravado e promover sua venda judicial, para se pagar, com
preferência sobre outros credores.

A hipoteca recai em bens imóveis alienáveis. Podem ser corpóreos


ou incorpóreos. Assim, o direito real de enfiteuse é suscetível de ser
hipotecado. Nestas condições, podem ser objeto de hipoteca os imóveis e seus
acessórios, o domínio direto e o domínio útil, os navios e aeronaves, estradas
de ferro, minas, pedreiras e os imóveis, por determinação legal.
Considerando a causa, a hipoteca é convencional, legal ou judicial.
Já em relação o objeto, pode ser comum ou especial. A hipoteca convencional
é a mais comum, e é a que se constitui mediante acordo de vontades,

A hipoteca legal é exigida de certas pessoas em garantia de


determinadas obrigações e a hipoteca judicial decorre de uma sentença. A
hipoteca marítima ou naval e a hipoteca aérea são as consideradas hipotecas
especiais

A obrigação principal desaparece por várias razões. A mais forte


delas é, sem dúvida, o pagamento integral em dinheiro. Elas também podem
ser extinta pelo pela destruição da coisa ou resolução de domínio, renúncia do
credor, remissão, pela sentença passada em julgado, pela prescrição, pela
arrematação ou adjudicação.

Penhor:

Dada às diversas formas que reveste, o conceito de penhor


encontra-se sem uma definição objetiva, pois a tradição real, por exemplo,
exigida no penhor comum, como condição básica, se dispensa no penhor rural.
Dessa forma, falta traço característico comum a todas as modalidades que o
distinga, invariavelmente, dos outros direitos reais de garantia. Em suma, o
penhor, consiste básica e essencialmente na tradição de coisas móveis, que
estejam dentro do comércio, pelo devedor ao credor em garantia de dívida ou
débito.

A relação jurídica de penhor constitui-se no pressuposto da


existência de um direito de crédito e sua função de garantia determina-lhe a
natureza acessória. Essa garantia pode resultar da lei ou do contrato.

Características

Comuns aos direitos reais de garantia, o penhor é indivisível, eis que


surge para garantir um determinado débito, e acessório, em razão da
subordinação da relação real à pessoal.
A indivisibilidade se justifica diante da sua função, desde que se
constitui para o fim de garantir o pagamento de uma dívida e a acessoriedade
tem como significado a dependência absoluta da relação real à relação
pessoal.

O credor da obrigação principal é o chamado credor pignoratício. O


sujeito passivo, ambos necessariamente donos da coisa oferecida em penhor,
é denominado devedor pignoratício.

Os objetos de penhor podem ser as coisas móveis, os imóveis por


acessão, os direitos e os títulos de crédito. Na sua feição clássica, o penhor
recai em objetos móveis.

Sobre suas espécies, o penhor se subdivide em:

 Penhor comum:

É o penhor na sua feição clássica visto como tem por objeto coisas
móvel e exige, para a sua perfeição, que o bem seja efetivamente entregue ao
credor, efetuando-se, portanto, o deslocamento da posse.

 Penhor especial:

As diversas modalidades de penhor especial distinguem-se por


traços que não permitem a aplicação das principais regras do penhor comum.
Cada qual constitui individualidade, que reclama exame particularizado. Há,
porém, singularidades que, de modo geral, os caracterizam.

Na categoria do penhor especial incluem-se, no Direito pátrio, as


seguintes modalidades:

 Penhor rural:

Sob a denominação de penhor rural compreende-se o penhor


agrícola e o penhor pecuário. Quando o vínculo real grava culturas, o penhor é
agrícola. Chama-se pecuário o penhor que tem por objeto certos animais.

 Penhor industrial:
Compreendem-se penhores especiais, sujeitos a disciplina legal
particular, que recaem em máquinas e aparelhos utilizados na indústria.

 Penhor de direitos:

O penhor não recai apenas em coisas, mas, também, em direitos.

O penhor extingue-se por diversas causas. Umas determinam a


extinção por via de consequência, outras afetam diretamente o direito real.
Uma coisa é certa, uma vez extinta, o penhor acaba. Logo, o penhor termina de
modo imediato na falta de objeto, renúncia e excussão.

Anticrese:

É o direito real sobre imóvel alheio, em virtude do qual o credor


obtém a posse da coisa a fim de perceber os frutos e adicionar no pagamento
da dívida, juros e capital.

É um direito acessório, provido do direito de sequela, oponível a


terceiros. É efetivamente um direito real, eis que além de oponível a terceiros,
os frutos da coisa não podem ser objeto de penhora por outros credores.

Sobre o seu objeto, a anticrese é direito real imobiliário. Portanto,


somente os bens imóveis podem ser objeto de garantia anticrética. Logo, são
necessários que sejam frutíferos, visto como o credor deve perceber os frutos
naturais ou civis da coisa.

A anticrese pode ser comum e a termo. A anticrese é comum


quando o credor entra desde logo na posse do imóvel, passando a auferir-lhe
os frutos e a anticrese a termo é aquela em que o vínculo anticrético só terá
lugar se vencida a dívida e não paga.

Extingue-se a anticrese com o pagamento da dívida, visto que é


relação jurídica acessória.

Referências

GOMES, Orlando. Direitos Reais, 21. ed. Rio de Janeiro. 2012

Você também pode gostar