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CURRÍCULO METODOLÓGICO DO CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA -


Curriculum of Brazilian Football

Book · February 2018

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7 authors, including:

Carlos Herdy Rafael Teixeira


Universidade Estácio de Sá Club de Regatas Vasco da Gama, Braszil, Rio de Janeiro.
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SEE PROFILE SEE PROFILE

Sarah Ramos Roberto Simão


Federal University of Rio de Janeiro Federal University of Rio de Janeiro
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CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA

CURRÍCULO
METODOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE FUTEBOL
DIVISÃO DE BASE

EDIÇÃO 03

RIO DE JANEIRO 2017


 

 
DIRETORIA 
 
Eurico Ângelo de Oliveira Miranda 
Presidente 
Dr. Egas Manoel Batista dos Santos Fonseca 
Vice‐Presidente do Departamento Médico 
José Mourão Gonçalves 
Vice‐Presidente Infanto Juvenil 
Prof. Isaías Tinoco  
Superintendente de Futebol 
Prof. Nilson Gonçalves 
Supervisor de Futebol de Base 
 
 
 
ELABORAÇÃO 

Álvaro Ângelo Miranda 
Diretor Geral de Futebol de Base 
 
 
 

EQUIPE DE PRODUÇÃO 

André Gustavo Araújo 
Assessor Jurídico 
Carlos Vinicius Herdy 
Coordenador Científico  
Fabrício Vasconcellos 
Consultor Técnico e Tático 
Paulo Cavalcanti 
Nutricionista 
Rafael Teixeira 
Assistente de Fisiologia  
Rodrigo Silva Pinheiro 
Treinador de Goleiros 
Roberto Simão 
Consultor em Treinamento de Força 
Carlos Gregório Junior 
Assessor de Imprensa  
Sarah Ramos 
Assistente de Fisiologia  
Rafael Carpenter 
Acadêmico em Educação Física 
 
 
 
 
E‐mail do elaborador: carlos.herdy@crvascodagama.com 
  Telefone: (21) 2176‐7373 

 
 

AGRADECIMENTOS 
 
Ao Presidente Eurico Ângelo de Oliveira Miranda, 
 
Por  oferecer  um  suporte  incondicional  as  Categorias  de  Base 
facilitando  o  desenvolvimento  de  formação  do  jovem  atleta,  mesmo 
sabendo  que  poucos  jovens  se  tornarão  atletas  profissionais,  o  clube 
sempre ofereceu uma estrutura para sua formação enquanto cidadão. 
 
Por  aprimorar  as  condições  e  por  permitir  o  pioneirismo  científico 
relacionado  às  bases  de  treinamento  em  jovens  estimulando  a  busca 
constante pela excelência dos profissionais do futebol de base. 
 
  E  pela  liderança  e  estímulos  dados  diariamente  para  que  todos 
entendam  que  o  Vasco  sempre  será  protagonista,  principalmente  no 
processo de formação de atletas. 
 
Somos todos Gratos 
 

 
 

 
SUMÁRIO 

   

APRESENTAÇÃO .......................................................................................... 5 
CAPÍTULO 1. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ......................................... 8 
CAPÍTULO 2. METODOLOGIA DE TREINAMENTO .................................... 20 
CAPÍTULO 3. ESTILO E PRINCÍPIOS DE JOGO ............................................ 24 
CAPÍTULO 4. COMPONENTE NUTRICIONAL ............................................. 39 
CAPÍTULO 5. COMPONENTE PSICOLÓGICO ............................................. 43 
CAPÍTULO 6. TREINAMENTO DE FORÇA E PREPARAÇÃO FÍSICA ............. 45 
CAPÍTULO 7.TREINAMENTO DE GOLEIROS .............................................. 51 
CAPÍTULO 8. FISIOLOGIA .......................................................................... 58 
CAPÍTULO 9. ROTINA MÉDICA .................................................................. 66 
CAPÍTULO 10. RECUPERAÇÃO FÍSICA ....................................................... 70 
CAPÍTULO 11. PROGRAMA DE PROMOÇÃO DE TALENTOS ..................... 72 
REFERÊNCIAS METODOLÓGICAS .............................................................. 76 

 
 

APRESENTAÇÃO 
 

Prezados Vascaínos, Pais, Professores e Sócios, 
 
O Club de Regatas Vasco da Gama é reconhecido no futebol 
mundial como um dos clubes que mais e melhor investe na 
formação de jogadores de futebol. Este fato se torna muito 
evidente quando buscamos na sua extensa história desportiva 
e verificamos a gama de atletas consagrados que iniciaram as 
suas  carreiras  no  clube  de  São  Januário  e  trilharam  um 
caminho de glórias no futebol mundial. Dezenas de atletas formam esta galeria de 
craques formados na colina, como exemplos mais recentes podemos citar: Alex 
Teixeira, Philippe Coutinho, Souza, Alan Marques e Douglas Luiz.  
Todos vislumbram o sucesso e a riqueza graças ao poder midiático e a forte 
impregnação de que o futebol é o caminho mais curto para a resolução de todos 
os problemas sociais e financeiros encontrados nas famílias humildes e de classe 
média  do  Brasil.  O  principal  problema  verificado  é  que  nem  todos  chegarão  ao 
cume do sucesso e ao brilhantismo de suas carreiras por nem sempre encontrarem 
nas instituições desportivas o principal legado que um clube sério pode oferecer 
aos seus jovens, que é um processo de formação educacional desportiva que lhe 
permita entender a magnitude e as dificuldades que todos podem passar até se 
tornar um atleta profissional de futebol. 
A  Formação  Educacional  Desportiva  certamente  fará  com  que  os  jovens 
atletas  passem  a  enxergar  o  processo  de  formação  futebolística  como  um 
investimento  na  sua  formação  como  cidadão.  Muitas  vezes  processos  que 
deveriam ser naturais, tais como: bom sono, boa alimentação, estudo, disciplina e 
apoio especializado de profissionais multidisciplinares, não recebem a atenção e 
nem o planejamento devido, prejudicando a formação profissional e pessoal do 
atleta. Faz‐se extremamente necessário todo esse acompanhamento, pois para se 
alcançar o sucesso almejado, mesmo com enorme talento, é preciso abrir mão de 
desejos  infantis  e  deixar  de  desfrutar  de  muitas  coisas  que  são  rotineiras  para 

 
 

aqueles que levam uma vida dita como “normal”, e o jovem atleta precisa de todo 
o suporte e apoio para entender e saber lidar com essa situação. 
A Formação Educacional Desportiva prevalecerá e terá o alcance desejado 
para aqueles que persistirem na evolução dos seus dons, buscarem a preparação 
dos seus corpos e planejarem de forma eficaz o processo de maturação da sua 
carreira  desportiva.  Desse  modo,  o  presente  projeto  procura  incidir  sobre  a 
importância da boa formação no futebol, ilustrando concepções e práticas de um 
clube  de  referência,  onde  em  todos  os  anos,  temporada  após  temporada, 
conseguimos  apreciar  uma  infinidade  de  jovens  talentos  desfilarem  suas 
habilidades  nos  campos,  construindo  vagarosamente  o  sonho  de  se  tornar  um 
atleta profissional de futebol. Este é o modelo que o Departamento de Futebol de 
Base  do  Club  de  Regatas  Vasco  da  Gama  difunde  e  executa  com  seus  atletas, 
demonstrando o quão é essencial à construção de um modelo sólido de formação 
desportiva,  em  que  a  dimensão  educativa  tenha  um  destaque  impar  e 
protagonista na vida de todos os atletas dos seus quadros. 
 
Prof. Álvaro Miranda 
Diretor do Departamento de Futebol de Base 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 

"ENQUANTO HOUVER UM CORAÇÃO 
INFANTIL O VASCO SERÁ IMORTAL" 

CYRO ARANHA

 
 

CAPÍTULO 1 
 

ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 

 
 

ADMINISTRAÇÃO 
Cada instituição desportiva tem a sua metodologia para desenvolver o seu 
planejamento e a sua filosofia de trabalho no processo de formação dos jovens 
atletas.  A  formação  de  um  atleta  de  Futebol  é  um  processo  longo  e  complexo, 
principalmente porque lidamos com a individualidade humana. Pensando nisto, o 
Departamento de Futebol de Base do Club de Regatas Vasco da Gama criou um 
projeto  de  formação  baseado  de  forma  global,  no  ensino  e  desenvolvimento 
desportivo  capaz  de  dar  subsídios  consistentes  para  que  todos  os  integrantes 
deste processo sigam rigorosamente o planejamento estabelecido pelo grupo de 
profissionais que ministrarão os trabalhos, onde não só os aspectos desportivos 
façam  parte  do  projeto,  mas  sim  todos  os  aspectos  funcionais  e  educacionais, 
promovendo a formação do cidadão do futuro como um todo. 
O  grupo  multidisciplinar  que  planeja,  orienta  e  executa  cada  atividade 
ministrada  para  os  nossos  jovens  atletas  buscam  modelos  de  treinamentos, 
avaliações,  mensurações,  pesquisas  e  atividades  onde  se  alcance  o  alto 
desempenho  de  formação  atlética  destes  meninos.  É  primordial  que  estes 
trabalhos tenham a sua execução de forma planejada e extremamente embasada 
com  dados  científicos  para  que  com  isso  possamos  promover  a  motivação  e  o 
compromisso  dos  jovens  atletas  no  seguimento  do  processo  de  formação.  O 
sucesso individual dos atletas passa pela credibilidade do que é oferecido para os 
mesmos.  Devemos  entender  que  o  processo  de  educação  desportiva  não  pode 
existir  se  não  existe  um  modelo  definido  e  bem  executado  de  treinamentos 
capazes de sustentar todo o processo de formação. 
 
OBJETIVOS GERAIS 
 
 Ilustrar  a  importância  do  processo  de  formação  no  desenvolvimento  de 
jogadores de sucesso no futebol atual; 
 Identificar  e  verificar  através  de  observação  e  analise  do  processo  de 
formação do CRVG, quais variáveis orientam o Modelo de Formação adotado; 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
 Identificar os objetivos da formação dos atletas do CRVG; 
 Indagar as vantagens que o CRVG oferece aos seus jovens atletas; 
 Averiguar a importância que a formação esportiva e pessoal destes jovens 
atletas tem para os responsáveis pela formação de todo o projeto do CRVG; 
 Demarcar  a  percepção  dos  responsáveis  pelo  projeto  de  formação  em 
relação  à  eficácia  do  trabalho  e  a  maneira  como  os  atletas  serão  inseridos  no 
modelo de futebol de alto nível. 
 

 
 

FASES DO PROCESSO DE FORMAÇÃO  
EDUCACIONAL DESPORTIVA 
 
1.1 FORMAÇÃO: CONCEITO 
 
Apesar  do  conceito  “Formação”  ser  alvo  de  inúmeras  reflexões,  o  seu 
significado é difícil de delimitar. De fato, a palavra “Formação” não tem apenas 
um sentido, podendo ser aplicada em vários contextos e momentos da existência 
do  ser  humano.  Como  efeito,  tanto  se  pode  encontrar  a  palavra  formação 
associada  aos  conhecimentos  recebidos  durante  o  percurso  escolar,  como 
também durante a transmissão de valores relativos a um determinado assunto. 
No que concerne à transmissão e recepção de conhecimentos, a formação é 
essencial  em  qualquer  atividade  humana  e  social  nos  dias  de  hoje.  O  ato  de 
“Formar” é definido pela língua portuguesa como a ação de dar origem a, fazer, 
existir,  conceber  algo,  transmitir  algo  a  alguém  ou  educar.  Assim,  podemos 
concluir que o ser humano nasce para formar a sua identidade e desenvolver suas 
qualidades e talentos. Cabe a nós criarmos condições apropriadas para ajuda‐lo a 
alcançar todos os seus objetivos e metas. 
 
1.2 FORMAÇÃO DESPORTIVA 
 
A  prática  desportiva  é  fundamental  na  formação  do  indivíduo,  enquanto 
atleta e pessoa. Não obstante não basta praticar esporte para ter a garantia de que 
o  processo  de  formação  deste  jovem  promova  também  o  seu  desenvolvimento 
capaz de leva‐lo ao caminho do sucesso.  
A  Formação  Desportiva  de  crianças  e  jovens  atletas  tem  uma  enorme 
responsabilidade  de  se  opor  à  simples  reprodução  do  desporto  adulto  e  seus 
treinamentos  e  atividades.  Todo  o  seu  planejamento  deverá  seguir  uma 
metodologia,  onde  o  processo  contribua  para  a  sua  formação  global,  através  de 
atividades  físicas  e  desportivas  que  sejam  favoráveis  ao  desenvolvimento  das 
capacidades e qualidades físicas, como fator necessário à realização individual do 
ser humano. 
O  trabalho  de  formação  não  é  somente  uma  tarefa  centrada  na 
aprendizagem  das  habilidades  técnicas  do  Futebol,  mas  também  no 
desenvolvimento  das  condições  físico‐desportivas  que  permitam  aos  jovens,  na 
idade adulta, a expressão máxima de rendimento no domínio dessas técnicas.Em 
suma, fica claro que a Formação Desportiva dos jovens atletas constitui um aspecto 
fundamental  na  globalidade  da  sua  preparação  desportiva,  revelando‐se  muito 
importante  a  definição  de  objetivos  de  cada  fase  ou  etapas  do  processo  de 
formação, para que seu desenvolvimento ocorra assim de forma harmoniosa. 
 

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1.3 FASES DA FORMAÇÃO DESPORTIVA 
 
O Programa de Formação Desportiva de um atleta de base consiste em 
três fases distintas, onde temos três objetivos previamente definidos: objetivo de 
formação,  período  de  treinamentos  e  período  de  competição.  Quando  nos 
referimos  aos  objetivos  de  formação,  estamos  nos  referindo  ao  que  nós 
entendemos  como  educação  desportiva.  Devemos  nesta  fase  avaliar  todos  os 
nuances do processo de formação dos atletas, formar o jogador de futebol como 
um todo, e ajuda‐lo a desenvolver suas habilidades técnicas, físicas e psicológicas. 
Devemos entender que o processo de formação de um atleta é infinito e o êxito 
dependerá  da  interação  e  confiança  depositada  no  grupo  multidisciplinar  que 
executará  o  trabalho  e  a  dedicação  dos  atletas  envolvidos.  Os  objetivos  do 
processo  de  formação  dos  jovens  atletas  devem  ser  formatados  no  início  das 
temporadas, com a intenção de ensinar um conjunto de aspectos relacionados ao 
futebol,  tendo  em  conta  vários  seguimentos,  entre  os  quais:  o  contexto  e  a 
filosofia  do  clube,  a  concepção  do  sistema  tático  adotado  no  clube,  a  idade  do 
grupo de atletas, a sua maturação física e a habilidade dos mesmos.  
O período de treinamento está relacionado não só ao treinamento físico, 
mas  também  aos  aspectos  afetivos,  sociais,  psicológicos,  nutricionais,  entre 
outros, além da sua relação com o período de competição. Todo o planejamento 
de treino tem como objetivo potencializar e desenvolver o grupo de modo que 
todos os atletas estejam no seu melhor, tanto fisicamente como psicologicamente, 
para  as  competições.  Além  disso,  leva‐se  em  consideração  a  periodização 
necessária para cada ciclo, inserção de programações multidisciplinares, períodos 
de  descanso,  toda  e  qualquer  atividade  que  crie  o  melhor  suporte  e  apoio 
necessário para o jovem atleta.  
Já  os  objetivos  de  competição  devem  abranger  a  fase  onde  se  inicia  as 
disputas das competições, que dura praticamente toda a temporada, e deve ser 
encarada  como  um  laboratório  prático  para  se  executar  tudo  aquilo  que  foi 
planejado  no  início  do  ano.  Apesar  de  se  lutar  contra  o  extremo  prazer  da 
conquista, este período não deve ser marcado pela ânsia de se conquistar títulos, 
mas sim em colocar os jovens atletas em praticar o futebol e vivenciar a maior 
gama possível de experiências contra infinitos modelos de jogo, sistemas táticos e 
condições  adversas,  para  que  quando  atinja  o  limite  de  idade,  todos  estejam 
preparados  para  atuar  profissionalmente  num  clube  de  futebol.  Em  cada 
treinamento, em cada partida e em cada período pós‐jogo, deve‐se analisar com 
critérios tudo o que foi realizado. Devem‐se trabalhar os erros, analisar os acertos 
e criar adaptações de ensino prático para atingir todas as necessidades exigidas 
para o desenvolvimento de cada atleta.  
Desta  forma,  chegamos  à  conclusão  que  os  objetivos  que  devem  reger  o 
processo  de  formação  devem  ser  revertidos  para  a  base  do  esporte  de  alto 
rendimento,  ou  seja,  nossa  meta  principal  será  através  de  estágios  básicos 
desportivos, onde a concretização do processo de formação das pessoas será o 
objetivo principal, uma vez que quanto mais distante é o objetivo final de se tornar 
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um jogador profissional completo (cognitivo, moral e motor), maior deve ser a luta 
e a entrega de todos no processo de formação educacional desportiva dos atletas 
envolvidos.  
 
1.4 OS OBJETIVOS PROPOSTOS DA FORMAÇÃO DESPORTIVA 
 
Todos  os  clubes  devem  planejar  um  modelo  de  ações  coerentes, 
programadas,  pesquisadas  e  exaustivamente  testadas,  em  que  as  bases  do 
processo de treinamento desportivo estejam alinhadas cuidadosamente com uma 
linha  pré‐determinada  de  trabalho,  que  deve  ser  preservada  em  todas  as 
categorias.  Para  executarmos  esta  programação  é  necessário  definirmos  os 
objetivos globais que irão determinar a dimensão educativa do processo aludido. 
Desta forma, apresentamos a seguir uma série de objetivos que devem fazer parte 
deste processo de formação: 
 
1. Fomentar a participação das crianças e jovens com o desenvolvimento da sua 
moralidade,  a  partir  da  capacitação  moral  e  social,  tais  como  o  respeito, 
generosidade e os valores de cooperação; 
2. Considerar a criança como prioridade e não a atividade a ser ministrada; 
3. Fomentar o espírito de fair play (jogo limpo); 
4. Reforçar  o  caráter  educativo  do  futebol,  do  desenvolvimento  da  criança  nos 
aspectos educacionais e desportivos; 
5. Envolver a família no projeto do clube. Esta é uma condição primordial para a 
socialização  das  crianças  e  para  a  compreensão  mútua  do  trabalho  realizado 
(pais, responsáveis e treinadores), onde o principal beneficiado será a criança; 
6. Considerar  e  avaliar  todos  os  agentes  envolvidos  no  processo  de  formação 
desportiva: professores/formadores, público, pais, árbitros e etc.; 
7. Estabelecer uma filosofia da educação desportiva no seu sentido mais amplo, 
relativizando os resultados e promovendo a participação de todos; 
8. Promover um clima democrático através do diálogo, a reflexão, as críticas, as 
abordagens das questões morais e as discussões em grupos; 
9. Criar uma identidade para o trabalho do clube. 
 
Estes  objetivos  determinam  a  consistência  para  a  elaboração  da 
programação e representam o mínimo para se começar o projeto. Eles devem ser 
comuns  em  todas  as  categorias  de  base  do  clube  e,  portanto  conhecido  pelos 
profissionais  formadores  e  pelas  crianças  e  seus  familiares.  A  consistência  das 
programações  será  marcada  por  objetivos  que  levem  a  dimensão  educativa  do 
processo  e  deve  alcançar  progressões  ao  longo  do  desenvolvimento  das 
categorias, respeitando todas as metas físicas, técnicas, táticas e psicológicas dos 
atletas. Estes objetivos devem variar de acordo com o grau de desenvolvimento 
das  crianças,  permitindo  com  que  a  equipe  de  profissionais  formadores  possa 
direcionar a cada temporada o caminho a ser seguido.  
 
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EXECUÇÃO DO PROJETO DE FORMAÇÃO  
DOS NOSSOS ATLETAS 
 
2.1 COLÉGIO VASCO DA GAMA: UMA ESCOLA DENTRO DO CLUBE 
 
 
A formação de pessoas sempre acontece em 
determinados  espaços  ou  locais,  e  no  caso 
específico do Futebol o clube desportivo é um 
local  clássico  onde  o  processo  de  formação 
acontece de forma mais intensa. 
O CRVG, dentro do seu habitual pioneirismo, 
aliou o processo de Formação Desportiva com 
o processo de formação acadêmica, fundando 
o  Colégio  Vasco  da  Gama,  que  é  de  suma 
importância  e  fundamental  para  a 
globalização  da  formação  dos  nossos  jovens 
atletas.  Hoje  é  reconhecido  por  inúmeras  correntes  de  pesquisadores 
educacionais, que é essencial na formação dos jovens, a união e complementação 
das formações acadêmicas e desportivas. 
Na Formação Desportiva o cuidado e a atenção atribuídos à formação ética 
são  na  generalidade  muito  reduzidos.  A  sociedade  aponta  para  modelos  de 
sucesso  desportivo,  onde  o  resultado  final  é  reverenciado  com  absoluto  e 
memorável  êxito.  Muitas  vezes  questões  importantes  e  significativas  como: 
caráter, moral, nível social, etc., ficam relegadas a segundo plano, causando com 
isto  o  aparecimento  de  atitudes  e  condutas  reprováveis,  com  consequências 
diretas no plano educativo e formativo. 
A Formação Desportiva não deve ser encarada como um processo globalizante, 
que  visa  só,  o  desenvolvimento  das  capacidades  específicas  (físicas,  técnicas, 
táticas  e  psíquicas)  do  Futebol.  É  fundamental  para  todo  jovem  a  criação  de 
hábitos desportivos, a melhoria da saúde e a aquisição de um conjunto de valores, 
tais  quais:  responsabilidade,  solidariedade,  cooperação,  contribuindo  de  forma 
direta na formação integral dos atletas. 
O Futebol é um esporte extremamente seletivo, muitos jovens que iniciam 
a  sua  formação  no  clube  no  início  da  sua  juventude  provavelmente  nunca  irão 
jogar profissionalmente no CRVG. Segundo pesquisas existentes, somente de 10 a 
15%  dos  atletas  que  iniciam  um  processo  de  formação  num  clube  de  futebol, 
chegam ao plantel principal de um clube do porte do CRVG. Devido a isto que o 
CRVG  investe  maciçamente  no  estudo  regular  dos  nossos  jovens  atletas,  onde 
todos são orientados a estudar e complementar a sua vida acadêmica, uma vez 
que  é  responsabilidade  do  clube  enfatizar  não  só  o  seu  desenvolvimento 

13 

 
 

futebolístico,  mas  também  a  sua  formação  como  cidadão,  promovendo  o 


desenvolvimento pessoal e social de seus atletas. 
O processo de Formação Desportiva do CRVG tem objetivos traçados que passam 
por  realizar  um  desenvolvimento  técnico,  acadêmico,  pessoal  e  social  de  cada 
atleta. A educação de todos os seus jovens jogadores é uma responsabilidade do 
clube e é feita através de uma abordagem holística, em que o desenvolvimento do 
“todo”  (do  indivíduo)  é  tido  como  principal  e  não  é  comprometido  pelo  maior 
ênfase dado o desenvolvimento da técnica. 
O  CRVG  acolhe  todos  os  atletas,  independentemente  se  são  moradores 
locais,  se  suas  famílias  moram  em  outros  estados  e  se  são  estrangeiros.  Nosso 
objetivo  é  desenvolvê‐los  tanto  no  sentido  desportivo,  quanto  no  sentido 
acadêmico. 
Em suma, um jovem que hoje em dia integra as categorias de base do CRVG 
fica exposto a um rico currículo que lhes proporciona uma variada formação. Este 
currículo consiste, sobretudo, em considerações relacionadas ao desenvolvimento 
das  seguintes  valências:  técnicas,  táticas,  físicas,  sociais,  comportamentais, 
psicológicas, nutricionais, educacionais e de qualidade de vida. 
 
 
   
Componente Físico:
  Desenvolvimento
fisiológico
 
Componente Tático Competências
 
Comportamentais
 

 
Currículo padrão do Club Componente
Componente Técnico de Regatas Vasco da Vocacional
 
Gama
 

 
Componente Componente
  Nutricional Emocional

14 

 
 

2.2 – ORGANOGRAMA DA BASE 

O  conhecimento  humano  se  amplia  a  todo  o  momento  e  com  ele  o 


conhecimento sobre o futebol. Progressivamente vemos crescer o saber esportivo 
e, consequentemente, surgem novas abordagens que balizam a performance dos 
atletas em geral. Hoje, o desporto precisa de conhecimentos específicos cada vez 
mais  apurados,  unindo  as  estratégias  e  planejamentos  táticos,  a  ciência  e 
tecnologia, com a atuação de uma equipe ampla e complexa, sendo o suporte para 
a formação dos nossos atletas de base. Esta equipe será formada por: 

Presidente

Vice Presidente  Vice‐Presidente de  Vice‐Presidente 


Médico Futebol Infanto Juvenil

Diretor de 
Coordenador  Base Gerente
Ciêntifico

Supervisor Supervisor
Nutrição

Coordenador Coordenador
Fisiologia

Técnico Técnico
Psicologia

Aux. Técnico Aux. Técnico
Medicina

Massagista Massagista
Fisioterapia

Roupeiro Roupeiro
Odontologia

Preparação 
Estagiário Estagiário
Física

2.2.1 COMPONENTE ACADÊMICO 

 
Tradicionalmente  e  durante  muitos  anos  este  componente  do 
desenvolvimento  de  um  jogador  foi  considerado  por  muitos  como 
irrelevante. No entanto, a crescente informação dos benefícios de produzir 
jovens  mais  completos  e  com  várias  competências  assegurou  que  a 
educação tem que fazer parte de todo o processo de desenvolvimento dos 
jovens  existentes  num  clube.  O  suporte  educacional  fornecido  pelo  CRVG 

15 

 
 

através do Colégio Vasco da Gama é planejado de forma com que os atletas 
não tenham prejuízos em nenhuma das áreas desenvolvidas, através de um 
constante  monitoramento  das  atividades,  fazendo  com  que  a  integração 
entre os componentes seja global. 
Em suma e analisando o capítulo destinado a Equipe Multidisciplinar 
de Trabalho, percebemos as preocupações existentes por parte do CRVG em 
formar  jogadores  de  futebol  cada  vez  mais  completos,  através  de  um 
processo  holístico.  Sendo  assim,  todo  o  planejamento  efetuado,  com 
minúcias de requinte tecnológico faz com que estes jovens atletas trilhem o 
melhor caminho rumo aos seus objetivos. 
Além disso, todas as informações para montagem dos planejamentos 
dos  atletas  se  baseiam  em  estudos  científicos  publicados  em  revistas  de 
qualidade.  Desta  forma,  os  profissionais  da  Base  produziram  diversos 
estudos  relacionados  às  lacunas  existentes  e  dúvidas  relacionadas  ao 
processo acadêmico como forma de solucionar tais problemas e contribuir 
com o futebol nacional e internacional. 
 
 
 
ESTUDOS PRODUZIDOS PELOS PROFISSIONAIS DA BASE 
 
ESTUDO  REVISTA  PAÍS  SITUAÇÃO  ANO  AUTOR 
                          
PERFIL ANTROOMÉTRICO, COMPOSICIÓN CORPORAL  COLOMBIA 
Educación Física y 
Y SOMATOTIPO DE FUTBOLISTAS BRASILEÑO DE  PUBLICADO  2015  Herdy et al. 
DIFERENTES CATEGORÍAS Y POSICIONES.  Desporte 

INGLATERRA 
  Football Medicine 
PREVALENCE OF SPORTS INJURIES IN YOUNG  Strategies Return to  APRESENTADO  2016  Herdy et al. 
BRAZILIAN FOOTBALLERS  Play 
                          
LOW VOLUME OFF STATIC STRETCHING NOT  BRASIL 
Medical   Costa e 
MODULATES HEART RATE VARIABILITY IN TRAINED  PUBLICADO  2016 
MEN  Espress  Silva et al. 

                          
Revista Brasileira de  BRASIL 
PERIODIZAÇÃO ONDULATORIA SOBRE OS GANHOS 
Prescrição e  PUBLICADO  2017  Bussi et al. 
DE FORCA EM ATLETAS DO FUTEBOL 
Fisiologia do Exercício 
OCCURRENCE AND TYPE OF SPORTS INJURIES IN                            
ITÁLIA 
ELITE YOUNG BRAZILIAN FOOTBALLERS AND  Archivos de Medicina  
RELATIONSHIP BETWEEN CHARACTERISTICS OF TNE 
PUBLICADO  2017  Herdy et al. 
del Deporte 
GAME. 
ESPANHA 
KNEE FLEXORS AND EXTENSORS STRENGTH IN 
Apunts. Medicina de 
PROFISSIONAL BRAZILIAN FOOTBALL PLAYERS: A  PUBLICADO  2017  Herdy et al. 
STUDY OF THE EFFECT OF AGE AND POSITION  l’esport   

                          
Revista Brasileira de  BRASIL 
RELAÇÃO DE DESEQUILÍBRIOS MUSCULARES EM 
JOGADORES DEFUTEBOL: UM ESTUDO TRANSVERSAL 
Prescrição e  PUBLICADO  2017  Herdy et al. 
Fisiologia do Exercício 
ÍNDIA 
PERFIL DA MATURAÇÅO ESQUELÉTICA DE JOVENS  International Journal 
GOLEIROS DE UM CLUBE BRASILEIRO: UM ESTUDO  of Sport, Exercise and  PUBLICADO  2017  Ramos et al. 
TRANSVERSAL    
Health Research 

 
 
16 

 
 

 
 

INVESTIMENTOS 
 
3.1 INVESTIMENTOS EM MÃO DE OBRA ESPECIALIZADA 
 
O Departamento de Futebol de Base do CRVG tem como missão principal 
promover o desenvolvimento dos jovens atletas de Futebol em todos os níveis, 
oferecendo oportunidades de alta qualidade de ensino e aprendizagem.  
Neste sentido, um grande investimento que o CRVG realiza é o comprometimento 
e  desenvolvimento  dos  profissionais  que  ministram  as  atividades  diárias  do 
Futebol  de  Base,  expondo‐os  à  aprendizagem  de  alta  qualidade  e  ambientes 
extremamente  propícios,  incentivando‐os  a  pesquisas,  a  cursos  de  extensão  na 
área,  a  palestras  de  profissionais  de  renome,  ao  cultivo  de  elaboração  de 
programas e discussões de assuntos relacionados ao tema.  
O  processo  de  Formação  Desportiva  dos  atletas  é  uma  combinação  da 
perfeita orientação com uma aprendizagem positiva, capaz de provocar nos jovens 
o  desejo  e  confiança  para  absorver  o  que  é  passado  por  nossos  treinadores, 
facilitando o momento decisivo em que o atleta terá que pensar sozinho e tomar 
suas  decisões  em  frações  de  segundos  durante  uma  partida.  O  Treinador  nada 
mais  é  que  um  facilitador  do  ambiente  de  aprendizagem  e  suas  orientações 
quando  captadas  com  seriedade,  serão  os  alimentos  necessários  para  um 
desenvolvimento continuo e gradual dos jogadores. 
 

  Bons
Treinadores
 

  Excelentes
Atletas
 

  Bons
treinamentos
 
 
 
 
 
17 

 
 

Para ajudar a acelerar o processo de preparação dos nossos profissionais 
e melhorar diariamente a dinâmica dos treinamentos ministrados, o CRVG está 
criando um processo sem precedentes na sua história, que é a implantação e 
desenvolvimento do “Currículo de Formação Desportiva” do Departamento de 
Futebol de Base. Com a elaboração de um caderno de metodologia de trabalho, 
que inclui também premissas para a contratação de corpo técnico específico, 
que se adapte a forma como o trabalho está sendo planejado e atenda todas 
as diretrizes para ocupação dos respectivos cargos. 
 
 
3.2 INVESTIMENTOS EM TECNOLOGIA 
 
O investimento tecnológico maciço está sendo feito para que a evolução 
progressiva  da  estrutura  físico/tecnológica  acompanhe  o  padrão  planejado 
para os treinamentos ministrados. O objetivo deste investimento é melhorar a 
qualidade  das  informações  coletadas  através  dos  equipamentos  e  com  isto 
aumentar a frequência de aprendizagem prática e teórica, nos propiciando um 
ambiente rico em dados fidedignos dos atletas, com subsídios necessários para 
programar uma estrutura que incorpora ciclos de debates, grupos de estudos e 
interações específicas sobre todos os jovens atletas. 
Se formos somar os investimentos da mão de obra especializada junto 
com o investimento em tecnologia, podemos visualizar uma situação clara de 
seriedade do trabalho, além de buscar o melhor suporte para atender os jovens 
atletas. 
 
 
 
 
  Aplicação Experiência
 
 
 
 
 
 
 
 
  Desenvolvimento Reflexão
 
 
 
 
 
 
18 

 
 

3.3 INVESTIMENTOS EM ÁREAS FÍSICAS E INSTALAÇÕES 

 
O investimento em áreas físicas e instalações desportivas é um grande 
diferencial que o CRVG está oferecendo para os seus atletas. A construção do 
CAPRRES‐Base, o arrendamento de campos oficiais, manutenção e recuperação 
de  áreas  desportivas,  proporcionam  ambientes  adequados  para  o 
desenvolvimento de treinamentos de alta qualidade, com aprimoramento dos 
fundamentos técnicos do Futebol.  
 

 
CAPRRES‐Base 
 
 
 
 
 
 
 

19 

 
 

CAPÍTULO 2 
 

METODOLOGIA DE 
TREINAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

20 

 
 

FILOSOFIA DE TRABALHO 
 
A filosofia de trabalho do Club de Regatas Vasco da Gama tem como objetivo 
o desenvolvimento do atleta em sua integralidade, de forma que contemple sua 
formação disciplinar, técnica, tática, física, cognitiva, educacional e psicológica. O 
clube  é  reconhecido  historicamente  como  clube  formador  de  atletas  e  esta 
preocupação  se  caracteriza  não  só  pela  formação  de  atletas  profissionais,  mas 
principalmente  pelo  caráter  educativo,  desenvolvendo  assim  aspectos  morais, 
éticos e sociais, essenciais na formação de um cidadão. Dentro desta perspectiva, 
o  clube  oferece  a  todos  os  atletas  a  metodologia  de  treinamento  única,  escola 
própria, apoio psicológico, assistente social, acompanhamento nutricional, aulas de 
inglês, intervenção fisioterápica, entre outros.  
Neste sentido, o clube conta com profissionais experientes no treinamento 
de  atletas  de  alto  rendimento  e  com  passagens  por  clubes  internacionais.  Este 
conhecimento prático dos profissionais encontra alicerce teórico e científico nesta 
metodologia, idealizada e baseada nos mais modernos conceitos de treinamento 
para  o  desenvolvimento  técnico,  tático  e  físico  dos  jogadores.  No  sentido  de 
garantir a aplicação desta metodologia, o clube tem uma preocupação constante 
com formação dos treinadores, preparadores, auxiliares técnicos e treinadores de 
goleiros  promovendo  palestras  e  grupos  de  estudos  para  que  os  mesmos  se 
mantenham constantemente atualizados.  
Sendo  assim,  a  metodologia  de  treinamento  Vasco  da  Gama  centra‐se  no 
âmbito individual do desenvolvimento das capacidades físicas determinantes para 
o  jogo  de  futebol,  bem  como  na  qualidade  das  ações  técnicas  realizadas  pelos 
nossos atletas. Já no âmbito coletivo, temos como foco desenvolver o espírito de 
equipe, mas principalmente ensinar as variáveis táticas mais modernas do futebol, 
como: tomada de decisão, antecipação, variações de esquema tático, vivência em 
diversas  posições  e  desenvolvimento  do  modelo  de  jogo.  Por  estes  motivos, 
decidimos criar este documento que é exclusivo do Club de Regatas Vasco da Gama 
e  que  tem  como  finalidade  nortear  todas  as  atividades  desenvolvidas 
internamente. 
 
Missão 
  Encontrar, atualizar e desenvolver e o talento desportivo no contexto 
do futebol, formando atletas e homens. 
 
Visão   
Proporcionar  aos  nossos  atletas  a  melhor  e  mais  moderna  experiência  em 
treinamento de futebol.  
 
 
 

21 

 
 

Princípios e deveres 
  Para  melhor  atender  nossa  filosofia  de  trabalho  bem  como  nossa 
missão  e  visão  devemos  nos  manter  sempre  atualizados  enquanto  profissionais, 
mais especificamente como profissionais do futebol. Devem ser respeitados todos 
os  deveres  e  direitos  inerentes  a  esta  profissão,  mas  em  especial  o  direito  dos 
atletas  de  serem  tratados  sempre  de  forma  respeitosa  e  cordial  por  parte  de 
qualquer funcionário do Club de Regatas Vasco da Gama. Nosso compromisso é 
nos  esforçarmos  ao  máximo  para  atender  os  objetivos  dos  nossos  atletas, 
tornando‐os aptos para alcançarem seus sonhos no futuro mais próximo possível. 
 
Perfil do Treinador 
  Todos os nossos treinadores e preparadores físicos são profissionais 
graduados  em  educação  física  e  com  larga  experiência  na  formação  de  jovens 
jogadores de futebol. Neste sentido, para nós, o ensino correto do futebol envolve 
o uso correto e pedagógico dos conteúdos relacionados ao desporto. Nos treinos, 
os  exercícios  são  discutidos  previamente  em  reuniões  semanais,  onde  são 
analisados relatórios e imagens de jogos anteriores, a fim de que se estabeleçam 
as  condições  necessárias  para  um  correto  entendimento  dos  princípios  de  jogo 
estabelecidos no presente documento.  
 
Os treinadores e preparadores físicos devem apresentar o seguinte perfil 
 
1. Ser formado como Bacharel em educação física.  
2.  Ter  experiência  nacional  e  internacional  no  âmbito  do  treinamento  de 
futebol para crianças e jovens.  
3. Demonstrar atitude crítico‐reflexivo perante a produção de conhecimento 
da área, visando obter subsídios para o aprimoramento constante de seu trabalho 
no âmbito do treino do futebol. 
4.  Utilizar  linguajar  adequado  e  respeitoso  no  tratamento  dos  atletas, 
responsáveis e funcionários.  
5. Dominar os conhecimentos específicos da Educação Física e suas interfaces 
com as demais disciplinas do futebol.  
6. Estar atualizado no que se refere aos métodos e meios de treinamento do 
futebol moderno. 
7. Dominar métodos e procedimentos que permitam adequar as atividades 
de ensino às características dos atletas, a fim de desenvolver situações didáticas 
que potencializem o enriquecimento da performance de jogo dos indivíduos.  
8.  Apresentar‐se  adequadamente  uniformizados  nos  horários  de  treino, 
assim como, quando ainda estiver presente no local de trabalho utilizar vestimenta 
e postura condizente com a sua atribuição e responsabilidade de profissional do 
futebol.  
9. Ser profundo conhecedor da metodologia de treinamento Club de Regatas 
Vasco  da  Gama,  sendo  agente  ativo  no  constante  desenvolvimento  da  atual 
metodologia, propondo novas ideias e conceitos de treino. 
22 

 
 

 
 
Habilidades dos treinadores e preparadores físicos 
 
1. Analisar criticamente as orientações da metodologia do Club de Regatas 
Vasco da Gama e sua adequação para o treinamento do futebol.  
2. Identificar os elementos relevantes às estratégias de ensino adequadas.  
3. Identificar dificuldades e facilidades apresentadas pelos atletas por ocasião 
do desenvolvimento de atividades de treino.  
4. Reconhecer, nas diferentes teorias e métodos de ensino, as que melhor 
permitem a transposição didática de conhecimentos sobre futebol. 
5.  Reconhecer  aspectos  biológicos,  neurocomportamentais  e  sociais 
aplicáveis em situações didáticas, que permitam trabalhar o futebol na perspectiva 
de treinamento.  
6. Conhecer os fundamentos teórico‐metodológicos da Educação Física, a fim 
de subsidiar a reflexão constante sobre a própria prática pedagógica.  
7.  Identificar  estratégias  de  ensino  que  favoreçam  a  criatividade  e  a 
autonomia do atleta.  
8. Identificar instrumentos que possibilitem a coleta de informações sobre o 
comportamento  dos  atletas,  visando  um  diagnóstico  da  realidade  com  vistas  ao 
planejamento metodológico.  
9. Reconhecer e valorizar as deficiências técnicas e táticas dos atletas, bem 
como  o  seu  desenvolvimento,  estabelecendo  plano  de  ações  para  correções  e 
melhora de tais deficiências. 
10. Analisar criticamente a presença de vícios de aprendizagem que possam 
estar interferindo no correto desenvolvimento do atleta. 
11. Identificar as diferentes classificações do futebol e os elementos que o 
caracterizam.  
12. Reconhecer os fundamentos das diversas funções atribuídas a ele (passe, 
domínio, finalização e condução).  
13.  Relacionar  as  modificações  técnicas  e  táticas  do  futebol  e  as 
transformações do futebol moderno.  
14. Analisar os recursos gestuais utilizados pelos atletas durante as atividades 
e compará‐los com os gestos específicos de cada fundamento.  
15. Identificar as formas de desenvolvimento, manutenção e avaliação das 
capacidades físicas condicionantes.  
16.  Identificar  as  variáveis  envolvidas  na  realização  de  atividades  físicas 
voltadas para a melhoria do desempenho.  
 
 

23 

 
 

 CAPÍTULO 3 
 

ESTILO E PRINCÍPIOS DE JOGO 
 
 

24 

 
 

ABORDAGENS DE TREINAMENTO 
O  futebol  é  classificado  assim  como  outras  modalidades  (basquetebol, 
voleibol,  handebol,  entre  outros),  como  jogos  desportivos  coletivos.  Os  jogos 
desportivos  coletivos  caracterizam‐se  pelo  confronto  entre  duas  equipes, 
constituídas por um conjunto de jogadores em interação e através da conjugação 
da diversidade de ações permitidas pelas leis do jogo, procurando superiorizar‐se 
ao  adversário.  Trata‐se  então  de  atividades  desportivas  cujas  ações  de  jogo 
ocorrem em contextos diversificados nos quais os elementos que se defrontam 
disputam objetivos comuns, competindo para gerir em proveito próprio o tempo 
e  o  espaço,  e  realizando  ações  reversíveis  de  sinal  contrário  alicerçadas  em 
relações de oposição versus cooperação. Entretanto, quando comparado com as 
demais  modalidades  também  classificadas  como  jogos  desportivos  coletivos 
(basquetebol,  voleibol  e  handebol),  o  futebol  pode  ser  considerado  como  um 
esporte de alta complexidade, especialmente pelo tamanho do campo de jogo, 
número de jogadores que interagem e pelo fato de ser praticado com os pés.  
Outro aspecto determinante do Futebol é o fato de ser multidimensional, ou 
seja,  a  interdependência  entre  os  componentes  físicos,  técnicos,  táticos  e 
psicológicos.  Entretanto,  apesar  da  existência  desta  interação,  o  Futebol  vem 
sendo  desenvolvimento  de  maneira  segmentada,  através  de  abordagens 
reducionistas  e  de  maneira  descontextualizada.  Nos  métodos  reducionistas 
(tradicionais)  ocorrem  poucas  restrições  das  tarefas  visando  facilitar  o 
aprendizado dos alunos através de soluções únicas para os objetivos. Em outras 
palavras,  privilegiam  o  ensino  do  jogo  pelas  suas  partes,  (por  exemplo:  treino 
técnico, tático e físico), separadamente, pois se acredita que ao serem somadas, 
haverá um melhor desempenho do jogador na partida. No entanto, tais métodos 
fornecem um alcance limitado para a variedade de ações dos jogadores, uma vez 
que,  se  propõem  a  diminuir  as  incertezas  das  ações/tarefas  e  racionalizar  as 
tomadas de decisões. Por esse motivo, a utilização de exercícios tradicionais vem 
sendo  profundamente  criticada,  pois  negligencia  o  papel  ativo  do  ambiente  na 
realização dos movimentos e da tomada de decisão.  
Neste sentido é que consideramos mais apropriado para os nossos atletas o 
ensino do Futebol através principalmente da abordagem sistêmica. A abordagem 
sistêmica  considera  o  Futebol  como  um  sistema  adaptativo  complexo  que 
proporciona o surgimento de padrões de comportamentos e tomadas de decisão 
entre a equipe, o adversário e o ambiente, ou seja, as tarefas de treinamento no 
Futebol  devem  ser  pautadas  na  especificidade  do  jogo,  assemelhando‐se  ao 
ambiente competitivo. Na prática, o método de ensino‐aprendizagem do Futebol 
no Club de Regatas Vasco da Gama baseia‐se na utilização de jogos reduzidos e 
condicionados (JRCs). Esta escolha foi feita com base no que há de mais moderno 
em  termos  de  treino  e  atualmente  é  utilizado  nas  principais  universidades 
americanas  e  nos  mais  famosos  clubes  europeus.  O  objetivo  é  desenvolver  os 
jogadores  nas  vertentes  técnicas,  táticas  e  físicas  de  maneira  holística  e 
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contextualizada.  Sendo  assim,  quando  comparado  ao  jogo  formal,  os  JRCs 
potencializam  o  desenvolvimento  dos  jogadores  nas  habilidades  específicas, 
tomadas de decisão e em contextos muito similares. 
Os  JRCs  são  jogos  que  oferecem  diversas  possibilidades  de  manipulação 
como:  nº  de  jogadores,  tamanho  do  campo,  nº  e  tipo  de  alvos,  regras, 
superioridade  e  inferioridade  numérica.  O  objetivo  desta  manipulação  é 
potencializar  determinados  comportamentos  táticos  através  do  estímulo  à 
diferentes soluções para a tarefa escolhida. Isto ocorre porque os jogadores e as 
equipes  utilizam  informações  do  ambiente  (jogo  e  suas  manipulações)  para 
coordenar  seus  movimentos  e  comportamentos  visando  o  desempenho  bem‐
sucedido. De acordo com a abordagem sistêmica, o comportamento emerge da 
interação dinâmica entre cada indivíduo, ambiente e constrangimentos da tarefa. 
Isto  ocorre  devido  ao  conteúdo  informacional  desses  constrangimentos  que 
especificam possibilidades de ação interpretadas pelos jogadores.  
De acordo com os constrangimentos, os jogadores interpretam diferentes 
possibilidades  de  ação  durante  a  sua  interação  com  o  meio  em  que  estão 
inseridos.  Desta  forma,  diferentes  constrangimentos  podem  modelar  diversos 
comportamentos  nos  jogadores,  uma  vez  que  proporcionarão  muitas 
possibilidades para ação do jogo. A partir da manipulação dos constrangimentos, 
também  é  possível  tornar  o  JRCs  mais  ou  menos  intenso,  priorizar  força  ou 
resistência muscular, aumentar a tolerância à fadiga ou melhorar a velocidade de 
deslocamento, promovendo assim melhora no desempenho físico dos jogadores. 
Além  da  manipulação  dos  constrangimentos  com  características  físicas  e 
fisiológicas,  nossa  metodologia  de  treinamento  também  tem  como  objetivo 
aprimorar nos nossos atletas os diversos momentos do jogo de futebol. O jogo de 
futebol,  em  sua  condição  tradicional,  pode  ser  entendido  em  5  diferentes 
momentos  que  compõem  a  partida:  organização  ofensiva,  transição  defensiva, 
organização defensiva, transição ofensiva e bola paradas. Para ser compreendido 
como um todo, ou seja, com uma unidade contextualizada, e mais similar ao jogo 
formal, os jogos reduzidos e condicionados no futebol devem apresentar todos os 
5 momentos descritos anteriormente ou o maior número possível. É neste sentido 
que  entendemos  que  nossa  metodologia  de  treinos  deve  contemplar  na  maior 
parte  dos  exercícios  a  relação  de  oposição  entre  atacantes  e  defensores,  isto 
porque,  entendemos  que  todo  e  qualquer  exercício  para  ser  específico  no 
desenvolvimento de jogadores de futebol, deve conter ao menos os 4 momentos 
principais  do  jogo,  organização  ofensiva,  transição  defensiva,  organização 
defensiva e transição ofensiva. 
Neste  contexto,  nossa  metodologia  prioriza  não  os  momentos  do  jogo 
citados  anteriormente,  mas  também  as  escalas  de  relação  dentro  da  própria 
equipe,  ou  seja,  o  jogar  é  uma  totalidade  que  resulta  das  interações  entre  os 
jogadores,  não  sendo  interpretado  como  um  somatório  de  acontecimentos 
aleatórios. Para que esta afirmação seja entendida no dia‐a‐dia de treinamento, 
os professores devem desenvolver cada um dos momentos do jogo dentro de uma 
escala de relações hierarquizada pelo número de jogadores envolvidos da equipe. 
26 

 
 

Sendo assim, esta escala de relações também segue uma ordem de complexidade 
e começa com as ações relacionadas a todos os setores da equipe, ou seja, onde 
todos os jogadores estão envolvidos. Este nível de relações, chamamos de escala 
coletiva.  Em  um  nível  menos  complexo,  e  consequentemente,  com  uma 
quantidade  menor  de  jogadores,  onde  as  ações  estão  relacionadas  à  interação 
entre dois setores da equipe como defesa e meio‐campo, meio‐campo e ataque, 
entre outros, é chamado de inter‐setorial. Outro nível de escala de relações em 
que jogadores de diferentes setores do campo se relacionam, mas sem a presença 
de todos os jogadores do mesmo setor, por exemplo, 2 jogadores de defesa com 
2 jogadores de meio‐campo e 1 jogador do ataque, é chamado de escala grupal. 
Diminuindo  ainda  mais  a  escala  de  complexidade  e  relações  atingimos  o  nível 
setorial.  Neste  nível  as  ações  estão  relacionadas  a  um  mesmo  setor  da  equipe 
como, defesa, meio campo ou ataque, é neste setor que devem ser desenvolvidos 
os treinos para aprimoramento das capacidades de cada setor em especificidade. 
Por último, mas não menos importantes, na escala individual são desenvolvidas as 
ações relacionadas às características e deficiências de cada jogador. 
Na escala individual, entendendo que para estes momentos a atuação do 
professor  deve  ser  feita  de  forma  mais  individualizada  possível,  no  intuito  de 
maximizar os ganhos de performance, lançamos mão de exercícios analíticos. Os 
exercícios  analíticos  caracterizam‐se  pela  repetição,  é  centrado  na  técnica,  em 
exercícios onde há predominância de repetições dos gestos esportivos do atleta 
em  cima  de  algumas  técnicas  específicas,  ajudando  assim,  a  memorizar  e  a 
automatizar o gesto técnico em nosso Sistema Nervoso Central, é o aprendizado 
de técnica. As habilidades são treinadas fora do contexto de jogo para que, depois, 
possam  ser  transferidas  para  as  situações  de  jogo  propriamente  ditas,  ou  seja, 
consiste em ensinar destrezas motoras por partes, para, posteriormente, uni‐las. 
Em resumo, pode‐se treinar somente um tipo de técnica, até que ela esteja bem 
desenvolvida  e  assimilada.  Esse  método  é  muito  para  aperfeiçoar  a  técnica  ou 
ainda, para corrigir um possível erro do gesto técnico em uma determinada ação 
motora realizada no jogo. 
 
Estrutura das sessões de treino 
 
As sessões de treinamento têm a duração média de 90 minutos, e tem como 
objetivo  principal  o  desenvolvimento  técnico‐tático  e  a  formação  jogadores 
inteligentes  e  versáteis  que  atendam  às  exigências  do  futebol  moderno.  Cada 
sessão de treinamento é elaborada pelos treinadores com exercícios adequados 
às necessidades e deficiências de cada atleta e à categoria em que estão inseridos. 
Neste  contexto,  os  treinos  são  escolhidos  especificamente  para  o 
desenvolvimento  de  cada  atleta,  onde  são  elaboradas  tarefas  para  um  correto 
aprendizado dos princípios fundamentais do jogo de futebol. Todos os aspectos 
manipulados dentro de cada sessão de treino são discutidos previamente pelos 
treinadores,  estagiários  e  coordenador  técnico.  Os  aspectos  como,  nível  de 
dificuldade  dos  exercícios,  objetivo  da  sessão  de  treino,  feedback  do  professor 
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para os alunos e carga fisiológica dos exercícios são cuidadosamente avaliados e 
elaborados em especificidade para cada equipe e/ou atleta.  
Como  características  básicas  as  nossas  sessões  de  treinamento  devem 
contemplar aspectos principais: intensidade, densidade e dinamismo. Intensidade 
refere‐se a como os exercícios devem ser realizados pelos atletas. É exigido que os 
atletas executem todas as tarefas com o máximo de dedicação e compromisso, os 
treinadores devem cobrar dos seus atletas o máximo de concentração e que os 
mesmos realizem o maior número  de vezes a ação técnico‐tática necessária na 
tarefa  no  intervalo  de  tempo  pré‐determinado.  Densidade  é  o  aproveitamento 
máximo do tempo da sessão de treino, significa que o intervalo de tempo entre os 
exercícios dentro da mesma sessão de treino deve ser o mínimo possível, fazendo 
com que os atletas fiquem o máximo de tempo realizando os exercícios. Sendo 
assim, o tempo de atividade deve ser maior do que o tempo de descanso e/ou 
intervalo. Dinamismo é deixar a maior parte dos atletas, de preferência todos, em 
atividade nos exercícios, reduzindo assim atividade onde o tempo de espera entre 
um estímulo e outro seja muito demorado. É importante que todos os atletas se 
mantenham em constante aprendizado e consequentemente realizando o maior 
número possível de ações técnico‐táticas. 
 
 
 
HABILIDADES TÁTICAS TRABALHADAS EM CADA FAIXA ETÁRIA 
 
IDADE  HABILIDADES TÁTICAS 

Organização defensiva:  Transição defensiva:  Organização ofensiva  Transição ofensiva 


6 a 8 
Pressão ao portador da  Reação após perda  Aproveitar os espaços 
anos  Mudança de atitude 
bola  de posse  do campo 
Evitar o passe vertical       

Organização defensiva:  Transição defensiva:  Organização ofensiva  Transição ofensiva 

Pressão ao portador da  Reação após perda  Aproveitar os espaços 


Mudança de atitude 
bola  de posse  do campo 
9 a 11  Ocupação de  Valorizar a posse de  Retirada da zona de 
Evitar o passe vertical 
anos  espaços  bola  pressão 
Tipos de marcação:    Criar superioridade   
individual/zona  numérica 
    Quantidade de   
finalização 
 
 
 
 

28 

 
 

 
 
 
 
 
IDADE  HABILIDADES TÁTICAS 
Organização  Transição 
Organização defensiva:  Transição defensiva: 
ofensiva  ofensiva 
Pressão ao portador da  Reação após perda de  Aproveitar os  Mudança de 
bola  posse  espaços do campo  atitude 

Valorizar a posse de  Retirada da zona 
Evitar o passe vertical  Ocupação de espaços 
12 a 14  bola  de pressão 
anos  Tipos de marcação:  Compactação/concent Criar superioridade  Valorização da 
individual/zona  ração  numérica  posse de bola 

Conhecer as zonas de    Quantidade de   
pressão  finalização 

  Variedade de   
Marcação por zona 
finalização 
Organização  Transição 
Organização defensiva:  Transição defensiva: 
ofensiva  ofensiva 
Pressão ao portador da  Reação após perda de  Aproveitar os  Mudança de 
bola  posse  espaços do campo  atitude 

Valorizar a posse de  Retirada da zona 
Evitar o passe vertical  Ocupação de espaços 
bola  de pressão 

Tipos de marcação:  Compactação/concent Valorização da 


Saída de bola 
15 a 17  individual/zona  ração  posse de bola 
anos 
Superioridade 
Conhecer as zonas de  Quantidade de 
numérica próximo a  Objetividade 
pressão  finalização 
bola 

  Variedade de   
Marcação por zona 
finalização 

  Criar superioridade   
Evitar passe entre linha 
numérica 
Conseguir alternar as       
zonas de marcação 
 
 
 
 
 
 
29 

 
 

IDADE  HABILIDADES TÁTICAS 
Transição  Transição 
Organização defensiva:  Organização ofensiva 
defensiva:  ofensiva 
Pressão ao portador da  Reação após perda  Aproveitar os espaços  Mudança de 
bola  de posse  do campo  atitude 
Ocupação de  Valorizar a posse de  Retirada da zona 
Evitar o passe vertical 
espaços  bola  de pressão 
Tipos de marcação:  Compactação/conce Valorização da 
Saída de bola 
individual/zona  ntração  posse de bola 
17 anos  Superioridade 
Conhecer as zonas de  Quantidade de 
em  numérica próximo a  Objetividade 
pressão  finalização 
diante  bola 
  Variedade de   
Marcação por zona 
finalização 
  Criar superioridade   
Evitar passe entre linha 
numérica 
Conseguir alternar as     
Equilíbrio ofensivo 
zonas de marcação 
Pressing       
Equilíbrio defensivo       

       

IDADE  FIFA 11+ KIDS  IDADE  FIFA 11+ 


Nível 1  Nível 1 
6 a 8 anos 
Nível 2  Nível 2 
    Nível 3 
15 a 17 anos 
Nível 1   
9 a 11 anos  Nível 2   
Nível 3   
       
Nível 1  Nível 1 
Nível 2  Nível 2 
12 a 14 anos  Nível 3  17 anos em diante  Nível 3 
Nível 4   
Nível 5   
 
 
 
 

30 

 
 

 
COMANDOS E CONCEITOS TÁTICOS 
 

COMANDO  DEFINIÇÃO 

O jogador dominar a bola já a posicionando para a ação futura que irá 
Domínio orientado 
realizar. 

Movimentação  defensiva  da  equipe,  que  na  tentativa  de  impedir  a 


Balanço 
progressão do adversário, posiciona‐se entre a bola e a própria baliza. 

Jogo apoiado  Aproximação dos jogadores para troca de passes. 

Passe entre linha  Passe realizado entre dois marcadores da equipe adversária. 

Penetração  Progressão do portador da bola em direção ao gol adversário. 

Mobilidade  Movimento do atacante que rompe a última linha da defesa adversária. 

Contenção  Ações de oposição do jogador de defesa ao portador da bola. 

Apoio defensivo ao jogador que está realizando a contenção do portador 
Cobertura defensiva 
da bola. 

Amplitude  Utilização do espaço do campo em relação a sua largura. 

Profundidade  Utilização do espaço do campo em relação ao seu comprimento. 

Movimentação  defensiva  que  busca  a  ocupação  do  espaço 


Concentração 
compreendido entre o portador da bola e a baliza 

Compactação  Aproximação dos setores da equipe. 

Pressionar  a  equipe  que  está  com  a  posse  da  bola  no  meio‐campo 
Marcação bloco alto 
ofensivo do marcador. 

Marcação bloco médio  Pressionar a equipe adversária a partir do meio‐campo. 

Marcação bloco baixo  Pressionar a equipe adversária atrás da intermediária defensiva. 

31 

 
 
CONCEITO  DEFINIÇÃO 
Pressionar ao jogador adversário que está com a posse da bola. O intuito 
da pressão é induzir o adversário ao erro (não necessariamente roubar a 
Pressão ao portador da bola  posse de bola), ou fazer com que o adversário dê as costas para o seu 
campo de ataque; ou quando o atacante já receber a bola nesta posição, 
não permitir que ele gire em direção ao campo ofensivo. 
Quando  não  for  possível  induzir  o  adversário  a  ficar  de  costas  para  o 
campo de ataque, o marcador deverá evitar que o atacante realize um 
Evitar o passe vertical 
passe vertical (em direção ao gol de ataque), somente permitindo que o 
mesmo realize passes para os lados ou para trás. 
Tipos de marcação: 
Identificar os dois tipos de marcação: individual e zona. 
individual/zona 
Saber  realizar  a  marcação  nas  diferentes  zonas  de  pressão:  campo 
Conhecer as zonas de pressão 
adversário, na intermediária adversária e no meio‐campo. 
Tem  como  objetivo  a  ocupação  de  espaços  considerados  importantes 
Marcação por zona  para a equipe que está atacando, o que dificulta a chegada do adversário 
ao gol. 
Evitar que o passe adversário seja realizado entre dois jogadores do time 
Evitar passe entre linha 
que está marcando. 
Conseguir alternar as zonas de 
A equipe ter capacidade de trocar as zonas de marcação durante um jogo. 
marcação 

Pressing  Marcar pressionando o adversário no campo de defesa adversário. 

A  equipe  que  está  atacando  precisa  estar  preocupada  também  com  a 


Equilíbrio defensivo 
defesa da sua baliza 
 
Reação após perda de posse  Quando a equipe perder a posse da bola, o jogador rapidamente passa a 
ter um comportamento defensivo. 
Identificar  os  espaços  mais  importantes  do  campo  tanto  em 
Ocupação de espaços 
profundidade como em amplitude, e partir disso ocupá‐lo.  
Diminuir o espaço efetivo de jogo aproximando os jogadores e utilizando 
Compactação/concentração 
a regra do impedimento ao seu favor. 
Superioridade numérica  Buscar ter um maior número de jogadores que o adversário no centro de 
próximo a bola  jogo. 
Aproveitar os espaços do  Usar  todo  o  campo  na  sua  largura  e  profundidade  ao  máximo, 
campo  dificultando a marcação da equipe adversária. 

Manter a posse da bola com o seu time, dificultando o jogo da equipe 
Valorizar a posse de bola 
adversária. 

Os  jogadores  devem  criar  linha  de  passe  para  o  goleiro  e  conseguir 
Saída de bola 
progredir para o campo ofensivo através de passes curtos e triangulações. 

Quantidade de finalização  Criar oportunidades de finalização à baliza adversária. 

32 

 
 

Ter  a  capacidade  de  finalizar  de  diferentes  maneiras.  Seja  através  de 
Variedade de finalização 
chute rasteiro, meia altura, no alto, bicicleta, cabeceio. 
Ter  sempre  mais  jogadores  do  seu  time  do  que  da  equipe  adversária 
Criar superioridade numérica 
próximo a bola. 
Quando  a  equipe  está  na  fase  ofensiva,  alguns  jogadores  já  esse 
Equilíbrio ofensivo  posicionam na expectativa de mudar para a fase defensiva, no caso de 
ocorrer um contra‐ataque. 
Ao perder a bola, o jogador deve buscar recupera‐la imediatamente ou 
fechar  os  espaços  para  evitar  progressão  do  time  adversário.  Ao 
Mudança de atitude 
recuperar a bola, o jogador deve retirar a bola da pressão o mais rápido 
possível ou criar espaço para facilitar essa retirada. 
Retirar  a  bola  das  zonas  de  maior  pressão  adversária  buscando  a 
Retirada da zona de pressão 
progressão no campo adversário. 
Trabalhar a posse de bola com o objetivo de chegar ao gol adversário, de 
Objetividade 
maneira rápida e eficiente. 

ESTILO DO JOGO 
 

Compreende  os  elementos  principais  para  treinadores  e  jogadores 


definirem  a  maneira  como  as  equipes  no  Club  de  Regatas  Vasco  da  Gama 
deverão jogar. 

2.1 O JOGO 

ESTILO OFENSIVO 

Todas as equipes serão incentivadas a exibir um estilo de jogo ofensivo baseado 
na manutenção da posse de bola com rápida circulação e direcionando seu jogo 
sempre para a baliza adversária. 

TRANSIÇÕES RÁPIDAS E EFETIVAS 

As  equipes  devem  ser  induzidas  a  realizar  transições  organizadas  e  em 


velocidade para tornar o jogo rápido, evitando  o excesso de dribles, sempre 
terminando em finalização. 

ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA 

Defensivamente as equipes deverão realizar marcação por zona, em bloco alto 
ou  médio,  em  um  posicionamento  compacto  que  dificulte  as  ações  dos 
adversários, mas que ao mesmo tempo, facilite as ações ofensivas na retomada 
da posse. 
33 

 
 

2.2 FORMAÇÕES 

FORMAÇÃO ESTRUTURAL 

As  equipes  devem  ter  como  estrutura  principal  de  sua  formação,  com  4 
zagueiros, a estrutura base 1‐4‐3‐3, assim como suas variações: 1‐4‐2‐3‐1 ou 1‐
4‐3‐2‐1.  As  equipes  mais  avançadas  (SUB‐15  em  diante)  também  poderão 
utilizar  1‐4‐4‐2,  1‐4‐1‐4‐1  (com  suas  variações  losango  e  quadrado).  Este 
sistema oferece mais espaço nos lados do campo, exigindo mais (fisicamente) 
dos laterais para que eles se juntem ao ataque.  

LINHA DEFENSIVA 

Todas  as  formações  quando  tiverem  11  jogadores  em  campo  deverão 
preferencialmente  formar  a  primeira  linha  defensiva  com  4  jogadores. 
Contudo,  não  fica  em  momento  algum,  excluído  o  uso  de  outras  formações 
como, linha com 3 jogadores ou 5 jogadores. Vale ressaltar que embora o Club 
de  Regatas  Vasco  da  Gama  entenda  que  para  formação  de  seus  atletas  a 
primeira  linha  defensiva  deve  ser  formada  com  4  jogadores,  as  variações 
também são benéficas para formação dos atletas. 

CATEGORIAS SUB‐11, SUB‐12 E SUB‐13 

Estas categorias no processo de formação são fortemente encorajadas a jogar 
em campo reduzido iniciando nas categorias SUB‐11 com 7 contra 7, no SUB‐
12 9 contra 9 e somente no SUB‐13 11 contra 11. A formação estrutural destes 
jogos deverá ser 1‐3‐2‐3. Entende‐se que esta estrutura facilita a aprendizagem 
dos  princípios  expostos  neste  documento,  além  de  permitir  uma  melhor 
adaptação para o 1‐4‐3‐3 que será exigido nas categorias superiores. 

2.3 TÉCNICA 

O  desenvolvimento  técnico  deve  ser  prioritário  nas  categorias  SUB‐11, 


SUB‐12  e  SUB‐13.  Nestas  categorias  as  comissões  técnicas  devem  ter  uma 
preocupação  especial  no  desenvolvimento  dos  fundamentos  do  jogo  de 
futebol,  sempre  de  maneira  específica  e  proporcionando  ao  atleta  uma 
progressão pedagógica contextualizada em situações de jogo, mas que esteja 
adequada ao nível do atleta no momento. 

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PASSE E DOMÍNIO 

Passes  rasteiros  rápidos  em  ritmo  constante,  assim  como  a  progressão  para 
passes longos. O domínio deve ser sempre orientado, preparando assim a bola 
para próxima jogada. 

FINALIZAÇÃO 

Encorajar os atletas a finalizarem de diferentes distâncias, e preferencialmente 
em condição de jogo.  

CONTROLE DE BOLA 

Os atletas serão estimulados a manter a bola sempre o mais próximo possível 
do  corpo,  com  mudanças  rápidas  de  direção  para  ludibriar  o  adversário.  É 
importante ressaltar que esta condição técnica é a que tem maior estabilidade 
ao longo da carreira do atleta, ou seja, atletas que tenham um bom controle de 
bola  nas  categorias  mais  jovens  tendem  a  manter  esta  qualidade  até  o 
profissional. 

2.4 TÁTICA 

O  desenvolvimento  da  tática  nas  categorias  SUB‐11,  SUB‐12  e  SUB‐13 


deve  ser  focado  em  desenvolver  a  tática  individual  ou  em  pequenos  grupos 
como 1 contra o goleiro, 1 contra 1, 2 contra 1, 2 contra 2, 3 contra 2, 3 contra 
3, 4 contra 3 e 4 contra 4. A partir da categoria SUB‐14 deverá ser dado mais 
ênfase ao desenvolvimento da tática coletiva e sistema de jogo. 

POSSE DE BOLA 

Todas  as  equipes  devem  ter  como  objetivo  a  manutenção  da  posse  de  bola 
jogando preferencialmente com 1 ou 2 toques  na bola, estimulando assim a 
movimentação  constante  dos  jogadores  da  equipe  com  o  intuito  de  sempre 
criarem linhas de passe. Uma vez o jogo de posse de bola consolidado, a equipe 
deverá ser treinada para ter uma posse efetiva, ou seja, que a posse de bole 
busque sempre o terço final do campo com o intuito de buscar a finalização. 

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TRANSIÇÕES RÁPIDAS 

As transições rápidas devem ser estimuladas, a mudança rápida de uma atitude 
ofensiva para uma atitude defensiva quando a equipe perder a posse de bola e 
vice‐versa é fundamental para a filosofia do Vasco da Gama de futebol. 

2.5 PRINCÍPIOS DE JOGO 

ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA 

1. Pressing  →  Pressionar  a  equipe  adversária  no  seu  próprio  campo  por 


zona.  As  equipes  do  Vasco  da  Gama  devem  conseguir  realizar  este 
comportamento  com  alternância  entre  as  zona  de  pressão  (no  campo 
adversário, intermediária ofensiva e meio‐campo). É primordial que no mínimo 
em 10 minutos de cada tempo de jogo seja realizado este comportamento no 
campo  adversário.  Contudo,  todas  as  equipes  devem  realizar  a  marcação 
pressão  ao  menos  na  metade  do  campo  ofensivo.  Algumas  situações  são 
aceitas como exceção, por exemplo, quando estiver com um ou mais jogadores 
a menos do que o adversário, ou nos 5 minutos finais da partida caso esteja em 
vantagem no resultado.  
 
2. Pressão ao portador da bola → Após decidir a zona de pressão qualquer 
jogador  da  equipe  adversária  que  estiver  com  a  posse  de  bola  dentro  desta 
zona deverá ser pressionado. O intuito da pressão é induzir o adversário ao erro 
(não necessariamente roubar a posse de bola) ou fazer com que o adversário 
dê as costas para o seu campo de ataque; ou quando o atacante já receber a 
bola nesta posição, não permitir que ele gire em direção ao campo ofensivo. 
 
3. Evitar o passe vertical → Quando não for possível induzir o adversário a 
ficar  de  costas  para  o  campo  de  ataque,  o  marcador  deverá  evitar  que  o 
atacante  realize  um  passe  vertical  (em  direção  ao  gol  de  ataque),  somente 
permitindo que o mesmo realize passes para os lados ou para trás. 
 
4. Marcação  por  zona  →  Independentemente  do  setor  escolhido  para  o 
início da pressão, todas as equipes do Vasco da Gama deverão ser capazes de 
realizar a marcação por zona como a sua principal opção defensiva. Como já 
dito no início deste documento, prioritariamente as equipes devem apresentar 
a configuração da sua primeira linha defensiva com quatro jogadores. Isso nos 
leva a uma configuração básica (não necessitando ser única) defensiva de duas 
linhas  com  quatro  marcadores.  Para  que  este  princípio  seja  eficiente,  um 
subprincípio precisa ser respeitado: evitar passe entre a linha, que significa que 
os  jogadores  que  compõe  as  linhas  defensivas  devem  evitar  passes 
36 

 
 

convergentes (em direção ao gol) entre eles. Se o passe tiver que passar entre 
as  linhas  defensivas  que  seja  divergente,  ou  seja,  pelos  lados  do  campo,  em 
direção aos escanteios.  
 
 

TRANSIÇÃO DEFENSIVA 

1. Reação  após  perda  de  posse  bola  →  os  atletas  deverão  reagir  o  mais 
rapidamente  possível,  seja  para  pressionar  o  adversário  ou  recompor  linhas 
defensivas, no intuito de impedir a transição ofensiva adversária. 
 
2. Superioridade  numérica  na  pressão  no  campo  adversário  → 
Imediatamente após a perda da posse de bola, procurar ter mais jogadores do 
que adversários próximos da bola, pressionando a equipe adversária no intuito 
de recuperar a posse o mais rapidamente possível. 
 
3. Ocupação  de  espaços  →  o  mais  rapidamente  possível,  aumentar  a 
concentração e compactação da equipe, fazendo de coordenada à diminuição 
dos espaços em amplitude e profundidade.  
 
4. Falta  tática  →  Quando  nenhuns  dos  princípios  anteriores  forem 
realizados,  por  uma  situação  emergencial  de  jogo,  auxiliando  na  tomada  de 
decisão  dos  atletas  em  uma  possível  escolha  pela  realização  da  falta  com 
objetivo de evitar uma situação desvantajosa. Ressaltando que a realização da 
falta é sempre o último recurso.   

ORGANIZAÇÃO OFENSIVA 

1. Valorização da posse de bola → As equipes deverão manter sempre mais 
posse de bola que o adversário. Deve ser estimulada a circulação da bola em 
amplitude  e  profundidade  preferencialmente  através  de  passes  curtos  e 
rápidos com o intuito de desequilibrar a equipe adversária. Contudo, o intuito 
de manter a posse de bola é sempre procurar o gol, ou seja, a posse de bola 
deve ser sempre objetiva. 
2. Saída de bola → Priorizar a saída de bola curta em que haja situações de 
aproximação  dos  jogadores  criando  superioridade  numérica  próxima  à  bola, 
com  intenção  de  facilitar  a  chegada  ao  gol  adversário  em  situação  de 
finalização.  
 
3. Variedade de finalização → As equipes deverão buscar um maior número 
de finalizações que a equipe adversária. Na variedade de finalização também 
deve ser prioridade criar situações de finalização de diversas estratégias táticas, 

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como: jogadas combinadas, infiltrações, jogadas pelas laterais e bolas paradas. 
Assim como, utilizando diferentes recursos técnicos como: cabeceio, chute de 
curta, média e longa distância (bate‐pronto, voleio, de primeira) e bola parada 
direto para o gol. 
 
4. Equilíbrio defensivo → Mesmo quando es verem com a posse de bola as 
nossas equipes devem manter os jogadores em posição de expectativa com a 
preocupação  com  a  perda  de  posse  de  bola.  Isto  significa  que  a  linha  de 
zagueiros  deve  sempre  se  manter  compacta  e  próxima  aos  atacantes 
adversários.  

TRANSIÇÃO OFENSIVA  

1. Objetividade → Após a recuperação da posse de bola, a transição deve 
ser feita de maneira rápida, objetiva e em profundidade, ou seja, as equipes 
devem buscar chegar ao gol adversário através de passes curtos e verticais. A 
transição  deve  buscar  surpreender  o  adversário  sempre  do  lado  menos 
compactado da sua defesa.  
 
2. Mudança de atitude → Estímulos diários a tomada de decisão no sentido 
de  tornar  rápida  a  alteração  de  uma  postura  defensiva  para  uma  postura 
ofensiva.  Neste  contexto,  criar  situação  de  superioridade  numérica  em 
profundidade  no  corredor  em  que  a  equipe  adversária  estiver  menos 
compacta.  
 
3. Retirada da zona de pressão → Imediatamente após a recuperação da 
posse  de  bola,  as  equipes  devem  retirar  a  bola  da  zona  de  maior  pressão 
promovida pelo adversário. Assim, significa buscar a zona do campo de menor 
compactação da equipe adversária no intuito de diminuir o risco de perder a 
posse de bola e chegar ao gol adversário o mais rapidamente possível. 

 
 

 
 

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CAPÍTULO 4 
 
COMPONENTE NUTRICIONAL 
 

 
 

 
 

39 

 
 

COMPONENTE NUTRICIONAL
 

Todo  e  qualquer  atleta  do  clube  deverá  conscientizar‐se  de  que  para 
atingir suas metas, objetivos e o ápice do rendimento esportivo são primordiais 
realizar uma alimentação saudável e adequada as praticas esportivas, além de 
realizar  adequadamente  a  ingestão  dos  suplementos  alimentares.  A 
participação dos familiares nestes processos de incentivo e monitoramento é 
fundamental, já que a maior parte das refeições é consumida em casa. 

O componente nutricional é extremamente valioso, já que os cálculos de 
gasto energético e necessidades de nutrientes dos atletas são feitos baseados 
no volume de treinamentos, jogos e demais atividades planejadas pelo grupo 
multidisciplinar de trabalho, além das características funcionais e orgânicas de 
cada atleta. 

Os  atletas  passam  por  uma  entrevista,  onde  são  levantadas  diversas 
questões  sobre  a  sua  rotina,  histórico  de  doenças  na  família,  histórico  de 
doenças e lesões dos atletas, preferências alimentares, alergias e intolerâncias 
alimentares,  além  do  consumo  alimentar  habitual.  A  partir  do  consumo  são 
identificadas  as  possíveis  deficiências  nutricionais  e  as  intervenções  e 
orientações para a correção dessas deficiências e a busca de uma vida saudável, 
que já são realizadas ao final da entrevista.  

A partir do resultado da entrevista e das avaliações físicas feitas pelo 
Setor de Fisiologia, são traçadas estratégias nutricionais e de suplementações 
individualizadas baseadas em protocolos e estudos científicos com a finalidade 
de aprimorar a composição corporal, prevenindo lesões e, consequentemente 
proporcionando um melhor do rendimento esportivo dos atletas. 

A composição da alimentação antes, durante e após os treinos e jogos 
têm interferência direta no desempenho desses indivíduos. A equipe do Setor 
de  Nutrição  planeja  a  alimentação  de  jogos  e  treinos,  com  fornecimento  de 
refeições  saudáveis  e  adequadas,  oferecendo  os  nutrientes  necessários  para 
cada momento dos eventos esportivos. 

As suplementações de jogos e treinos são feitas nas categorias Sub‐15, 
Sub‐17 e Sub‐20 com o objetivo de auxílio na recuperação pós‐treino, aumento 
da  massa  muscular,  ganho  de  força,  prevenção  de  cãibras  e  aumento  do 
rendimento  esportivo.  O  coquetel  oferecido  aos  atletas  após  os  treinos  são 
compostos basicamente por Whey Protein Concentrado, visando à reposição 
das  proteínas  musculares  rompidas  durante  os  treinos;  Maltodextrina  e 
Dextrose  que  são  carboidratos  para  a  reposição  do  glicogênio  muscular, 
acelerando a recuperação depois do treino e auxiliando no aumento da massa 
muscular. Durante as preparações para competições importantes no ano, são 
40 

 
 

administradas  algumas  suplementações  especiais  como  a  Creatina,  com  o 


objetivo  de  ganho  de  força  e  aumento  do  volume  muscular  dos  atletas.  São 
utilizados dois protocolos, um com suplementação de 5 gramas de creatina no 
pós  treino,  durante  28  dias  ininterruptos;  e  o  outro  com  suplementação  de 
quatro  doses  ao  dia,  contendo  5  gramas  de  creatina  cada,  totalizando  20 
gramas por dia, durante 5 dias. 

Durante os jogos é fornecida uma suplementação visando à hidratação 
rápida e prevenção de cãibras, e carboidratos em forma de gel para a reposição 
imediata de energia. Esses elementos fornecem os nutrientes necessários para 
um melhor rendimento nas partidas, principalmente nos minutos finais.  

 
• Palestras para os atletas com orientações nutricionais 
para a promoção da alimentação saudável e adequada a 
prática esportiva; 
• Entrevista nutricional; 
• Prescrição nutricional individualizada; 
• Alimentação balanceada e adequada para jogos e 
treinos; 
• Hidratação adequada durante os treinamentos; 
• Suplementação de treino adequada à composição 
corporal – Whey Protein, Maltodextrina, Dextrose, 
Creatina, Glutamina e demais suplementações 
especiais; 
• Suplementação de jogos – Suplementação 
hidroeletrolítica e carboidratos em forma de gel. 
 
 
 
 
 
 
• Palestras para os atletas com orientações nutricionais para 
a promoção da alimentação saudável e adequada a prática 
esportiva; 
• Entrevista nutricional; 
• Prescrição nutricional individualizada; 
• Alimentação balanceada e adequada para jogos e treinos; 
• Hidratação adequada durante os treinamentos; 
• Suplementação de treino adequada à composição corporal 
–  Whey  Protein,  Maltodextrina,  Dextrose,  Creatina, 
Glutamina e demais suplementações especiais; 
• Suplementação  de  jogos  –  Suplementação 
hidroeletrolítica e carboidratos em forma de gel. 
 
 
 
 
41 

 
 

• Palestras para os atletas com orientações nutricionais para 
a promoção da alimentação saudável e adequada a prática 
esportiva; 
• Entrevista nutricional; 
• Prescrição nutricional individualizada; 
• Alimentação balanceada e adequada para jogos e treinos; 
• Hidratação adequada durante os treinamentos; 
• Suplementação de treino adequada a composição corporal 
–  Whey  Protein,  Maltodextrina,  Dextrose,  Creatina, 
Glutamina e demais suplementações especiais; 
• Suplementação  de  jogos  –  Suplementação 
hidroeletrolítica e carboidratos em forma de gel. 
 
 
 
 
 
 
• Palestras para familiares e responsáveis com orientações 
nutricionais para a promoção da alimentação saudável e 
adequada a prática esportiva; 
• Entrevista nutricional; 
• Prescrição nutricional individualizada; 
• Alimentação balanceada e adequada para jogos e treinos; 
• Hidratação adequada durante os treinamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
• Palestras para familiares e responsáveis com orientações 
nutricionais para a promoção da alimentação saudável e 
adequada a prática esportiva; 
• Entrevista nutricional; 
• Prescrição nutricional individualizada; 
• Alimentação balanceada e adequada para jogos e treinos; 
• Hidratação adequada durante os treinamentos. 

 
 

 
 

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CAPÍTULO 5 

COMPONENTE PSICOLÓGICO
 

43 

 
 

COMPONENTE PSICOLÓGICO 
 
O projeto de Formação Desportiva do CRVG observa que é de extrema 
relevância o desenvolvimento psicológico e emocional dos jovens jogadores. 
Sabe‐se que o desenvolvimento desta capacidade está muito relacionado com 
a ênfase dada à reflexão e a consolidação pelo jovem e por isto, os jovens são 
encorajados a ser mais responsáveis com o seu próprio desenvolvimento. 
Devido  à  complexidade  existente  no  desenvolvimento  da  capacidade 
emocional e psicológica, é necessário então, dar‐lhes mais atenção através de 
um grupo especializados de profissionais (psicólogos desportivos, assistentes 
sociais e pedagogos), capazes de buscar elementos como o estabelecimento e 
ajustes de objetivos, bem como o ordenamento da performance desportiva. 

A fim de dar o melhor suporte a Base do Vasco da Gama cada comissão 
técnica conta com um profissional de psicologia para acompanhar os trabalhos 
de preparação e atender as demandas diárias dos atletas em formação. 

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CAPÍTULO 6 

TREINAMENTO DE FORÇA E 
PREPARAÇÃO FÍSICA 

 
 

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PREPARAÇÃO 
 

TREINAMENTO DE FORÇA 

O treinamento de força tem provado ser um  método seguro e efetivo de 
condicionamento para indivíduos com várias necessidades, metas, e capacidades. 
O treinamento de força para crianças e adolescentes tem recebido um aumento 
de  público  e  atenção  dos  profissionais  de  saúde  nos  anos  recentes.  Quando 
projetam e avaliam programas de treinamento de força, profissionais de Educação 
Física  precisam  entender  diferenças  etárias  e  sexuais  na  composição  corporal, 
desempenho muscular, e capacidade de treinamento e suas implicações para cada 
indivíduo. 

Apesar  das  preocupações  prévias  que  as  crianças  e  adolescentes  não  se 
beneficiariam  com  o  treinamento de  força  ou  que  o  risco  de  lesão  fosse  muito 
grande, os especialistas em treinamento agora concordam que o treinamento de 
força  pode  ser  um  método  seguro  e  efetivo  de  condicionamento.  Um  número 
crescente  de  garotos  e  garotas  está  participando  desse  tipo  de  atividade,  e  as 
maiores  organizações  de  medicina  esportiva  agora  apoiam  a  participação  de 
crianças  no  treinamento  de  força,  desde  que  os  programas  estejam 
apropriadamente projetados e competentemente supervisionados. Além disso, os 
objetivos da saúde pública corrente têm por meta aumentar o número de crianças 
de  seis  anos  ou  mais  que  participam  regularmente  de  atividades  físicas  que 
incrementam e mantêm a força e a resistência musculares. 

Primeiramente,  os  profissionais  de  saúde  devem  lembrar  que  crianças  e 


adolescentes não são adultos em miniatura. As crianças e adolescentes deverão 
iniciar o treinamento de força a um nível que seja mensurável com seus níveis de 
maturidade, capacidades físicas e metas individuais. Os programas de adultos e 
filosofias  de  treinamento  não  são  apropriados  para  populações  mais  jovens. 
Frequentemente a intensidade e o volume de treinamento são muito severos e os 
períodos de recuperação são inadequados para um nível de forma física de uma 
criança ou adolescente. Quando se introduzirem as atividades do treinamento de 
força  é  sempre  melhor  subestimar  suas  capacidades  físicas  e  gradualmente 
aumentar o volume e intensidade de treinamento do que super‐dimensionar suas 
capacidades e arriscar uma lesão. 

Ao realizar o treinamento de força em crianças e adolecentes devemos levar 
em  consideração  primeiramente  os  quesitos  abaixo.  Esses  pontos  aplicam‐se  a 
qualquer faixa etária que trabalhamos no Futebol de Base do Vasco da Gama. 

 
46 

 
 

 Providenciar instrução e supervisão qualificada; 
 Focar na técnica de execução do exercício; 
 5 a 10 minutos de aquecimento específico; 
 1‐3 séries de 6‐15 repetições; 
 1‐3 séries de 3‐6 repetições (verificar grau de 
condicionamento); 
 Incluir exercícios abdominais e para a região lombar; 
 Focar no desenvolvimento muscular simétrico e na 
musculatura protetora das articulações; 
 Fazer sempre o volta à calma;  
 Frequência de 2 a 3 vezes; 
 Monitorar a evolução das cargas; 
 Observar a recuperação, hidratação, nutrição e sono.   

Nos  quadros  1  e  2  logo  abaixo  seguem  as  recomendação  para  ganhos  de 
força  e  potência  muscular  em  diferentes  atletas  de  acordo  com  o  grau  de 
condicionamento no treinamento de força. 

Recomendação para progressão no treinamento de força. 

  NOVATO  INTERMEDIÁRIO  AVANÇADO 

Concêntrico e  Concêntrico e  Concêntrico e 


Ação Muscular 
Excêntrico  Excêntrico  Excêntrico 

Escolha dos Exercícios  Uni e multiarticulares  Uni e multiarticulares  Uni e multiarticulares 

50‐70% de 1RM ‐  60‐80% de 1RM –  70‐85% de 1RM ‐ 


Intensidade 
Leve a moderado  Leve a moderado  moderado a intenso 

1 a 2 séries de 10 a  2 a 3 séries de 8 a 12  ≥ 3 séries de 6 a 10 


Volume 
15 repetições  repetições  repetições 

Intervalo entre séries  1 minuto  1 a 2 minutos  2 a 3 minutos 

Velocidade de Execução  Moderada  Moderada  Moderada 

Frequência semanal  2 a 3 dias na semana  2 a 3 dias na semana  3 a 4 dias na semana 

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Recomendação para progressão no treinamento de potência muscular. 

NOVATO  INTERMEDIÁRIO  AVANÇADO 

Concêntrico e  Concêntrico e  Concêntrico e 


Ação muscular 
Excêntrico  Excêntrico  Excêntrico 

Escolha dos exercícios  Uni e multiarticulares  Uni e multiarticulares  Uni e multiarticulares 

30‐60% de 1RM ‐  30‐70%de 1RM ‐ Leve  30‐80%de 1RM ‐ 


Intensidade 
Leve a moderado  a moderado  moderado a intenso 

1 a 2 séries de 3 a 6  2 a 3 séries de 3 a 6  ≥ 3 séries de 1 a 6 


Volume 
repetições  repetições  repetições 

Intervalo entre séries  1 minuto  1 a 2 minutos  2 a 3 minutos 

Velocidade de execução  Moderada e rápido  Rápido  Rápido 

Frequência semanal  2 dias na semana  2 a 3 dias na semana  2 a 3 dias na semana 

CONSIDERAÇÕES DO PROGRAMA PARA CRIANÇAS 

O treinamento de força deverá ser uma parte de um programa de exercício 
bem concatenado para crianças e adolescentes que também endereçam outras 
metas  de  forma  física.  Embora  não  haja  exigência  mínima  de  idade  para 
participação em um programa de treinamento de força e potência na juventude, 
crianças e adolescentes deverão ter a maturidade emocional para seguir direções 
e desejos de tentar esse tipo de atividade. Um exame médico pré–treinamento é 
obrigatório para crianças e adolescentes aparentemente saudáveis.  A meta dos 
programas  de  treinamento  de  força  não  deverá  ser  limitada  à  força  muscular 
aumentada,  mas  também  ensinar  crianças  sobre  seus  corpos,  promovendo  um 
interesse na atividade física e ter alegria. Parece provavelmente que desfrutar da 
participação  em  atividades  físicas  e  esportes  quando  criança  influencie  esse 
indivíduo de modo que seja um adulto ativo posteriormente. 

48 

 
 

Duas áreas importantes de preocupação no desenvolvimento de programas 
de  treinamento  de  força  são:  a  qualidade  de  instrução  e  taxa  de  progressão. 
Profissionais  de  saúde  devem  ter  um  entendimento  por  todas  as  diretrizes  de 
treinamento  e  devem  falar  com  crianças  e  adolescentes  a  um  nível  que  elas 
entendam. O uso de trabalhos diários individualizados pode ajudar cada indivíduo 
a se focalizar em seu melhoramento.  

Exercícios multiarticulares como agachamentos, puxadas, e supinos podem 
ser  incorporados  em  um  programa,  mas  o  foco  deve  permanecer  no 
desenvolvimento apropriado da forma e da técnica mais do que na quantidade de 
peso levantado. A técnica não apurada pode colocar fadiga anormal nos tecidos 
músculos esqueléticos e levar a uma lesão. A carga deve ser diminuída se a técnica 
apropriada  do  exercício  não  puder  ser  mantida.  Quando  aprenderem  novos 
exercícios,  as  crianças  e  adolescentes  deverão  iniciar  com  um  peso  leve  ou  até 
mesmo uma vareta de madeira para aprenderem a técnica correta. Profissionais 
de Educação Física deverão estar cientes do tempo exigido para ensinar segura e 
efetivamente os exercícios. Por causa do risco potencial de lesões no ombro e na 
parte  da  região  lombar,  exercícios  de  fortalecimento  para  o  ombro  e  tronco 
deverão  ser  incorporados  ao  programa  de  treinamento.  Em  outras  palavras, 
exercícios que seriam prescritos para a reabilitação de lesões no ombro e lombar 
deverão ser desempenhados como uma medida preventiva de saúde. 

49 

 
 

PREPARAÇÃO FÍSICA 
 
Os treinamentos devem  ser planejados em função da percepção subjetiva de 
esforço  (PSE),  através  da  Escala  de  Borg  e  volume  de  treino.  Desse  modo,  os 
preparados físicos no momento de traçar a intervenção a ser realizada devem escolher 
em qual PSE e volume desejam trabalhar com os atletas, gerando assim a minutagem 
que deverá ser utilizado nesse treinamento. 
 

   VOLUME (%) 
 
   40  50  60  70  80  90  100    
1  40  50  60  70  80  90  100 
2  38  48  57  67  77  86  96 
3  35  45  54  64  73  82  91 
4  33  44  51  60  70  78  87 

MINUTAGEM 
5  30  40  48  57  66  74  82 
BORG 

6  28  38  46  54  63  71  78 


7  25  35  43  51  59  67  73 
8  23  33  40  48  56  63  69 
9  21  30  37  44  53  59  65 
10  20  27  35  41  49  55  60 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
50 

 
 

CAPÍTULO 7  

TREINAMENTO DE GOLEIROS 

 
51 

 
 

TREINAMENTO DE GOLEIROS 
 
O programa de treinamento de goleiros do Club de Regatas Vasco da Gama 
busca seguir uma linha uniforme de trabalho a ser realizado por seus preparadores 
de  goleiros,  a  fim  de  desenvolver  com  plenitude  as  valências  técnicas  aliadas  à 
característica  de  cada  categoria,  incluindo  a  especificidade  fisiológica,  desde  o 
acompanhamento  do  desenvolvimento  morfológico  e  maturacional,  até  a 
evolução de valências neurais específicas da posição, gradativamente conforme o 
crescimento e desenvolvimento do atleta. 
Em uma atividade de alta complexidade de execuções e com demanda de 
carga de trabalho diferenciada como encontramos na realidade dos goleiros, se 
faz  necessária  a  atenção  para  o  momento  correto  de  iniciarmos  a  proposição 
determinados tipos de estímulos, tais como potência e diferenciados métodos de 
treinamento  de  força.  Desta  forma,  na  condição  para  a  realização  de  profunda 
experimentação motora para os atletas a fim de desenvolver da melhor maneira 
possível  à  capacidade  técnica  inerente  a  posição  em  cada  indivíduo,  há  a 
distribuição entre as categorias de base: 

CAPACIDADES FÍSICAS 

Força  ——  Iniciação  Desenvolvimento  Especialização  Manutenção 

Liberação 
Flexibilidade  Iniciação  Desenvolvimento  Especialização 
Miofascial 
Manutenção 

Velocidade  Iniciação  Desenvolvimento  Especialização  Potência  Manutenção 

Resistência  Iniciação (Aeróbia)  Anaeróbia Alática  Anaeróbia Lática  Desenvolvimento  Especialização 

Coordenação  Iniciação  Desenvolvimento  Especialização  Manutenção  Manutenção 

Agilidade  Iniciação  Desenvolvimento  Especialização  Manutenção  Manutenção 

Variações        
Equilíbrio  Iniciação 
(lat /ant‐post) 
Impulsão  Especialização  Manutenção 

52 

 
 

Neste formato, existe a relação das capacidades a serem desenvolvidas e o 
momento  para  o  início  de  seu  estímulo,  o  desenvolvimento  com  as  variadas 
estratégias  adequadas  para  obtenção  de  incremento  do  rendimento  e 
consequente melhora dos resultados de acordo com testes específicos. Na fase de 
especialização haverá a conciliação de uma capacidade previamente estimulada e 
desenvolvida, para enfrentar as situações de especialidade que encontramos nas 
partidas,  aliando  capacidades  aos  gestos  motores  inerentes  à  posição, 
desenvolvendo a condição de jogo do atleta. Então se entende que o atleta para 
ter a ascensão de categoria no final da temporada deve demonstrar aptidão no 
que  se  propôs  ser  desenvolvido  durante  a  temporada,  e  da  mesma  forma,  os 
atletas  em  experiência  preferencialmente  devem  demonstrar  também  este 
desenvolvimento que já caracterizará o grupo de goleiros ao qual ele será inserido. 
Nas  categorias  maiores  onde  atingimos  o  trabalho  já  com  o  lastro  motor 
adequado,  a  estimulação  deve  ser  de  manutenção  destas  capacidades, 
aglutinando  na  proposição  das  atividades  as  ordens  de  execução  das 
determinadas capacidades descritas. 

Aliado  a  estes  parâmetros  acima  dispostos,  o  currículo  técnico  de 


fundamentos  específicos  dos  goleiros  deve  ser  conjugado  na  proposição  das 
atividades a fim de desenvolver as capacidades condicionantes. Para mensurar a 
eficácia  dos  treinamentos  ao  incrementar  a  condição  física  dos  atletas,  testes 
específicos serão propostos pelo departamento de fisiologia. Nas idades iniciais, 
as avaliações maturacionais e de predição de estatura final são grandes aliadas em 
conjunto  com  a  morfologia  que  seguirá  durante  todo  acompanhamento  da 
carreira do atleta no clube. Após resultados indicativos de evolução maturacional, 
testes  específicos  neuromusculares  (força,  potência,  etc.)  são  inseridos  na 
realidade  para  acompanhamento  em  conjunto  a  evolução  dos  estímulos 
específicos,  inerentes  a  esta  progresso  no  estágio  de  crescimento  e 
desenvolvimento  do  indivíduo.  Testes  e  avaliações  que  integram  o  protocolo 
utilizado pelo clube também serão seguidos pelos goleiros. 

Já muito se sabe quanto dos efeitos negativos da fadiga central e periférica 
na  performance  de  gestos  motores  específicos  dos  goleiros.  Assim,  busca‐se  a 
atuação deste fator durante os ciclos de treinamento a fim de capacitar o melhor 
ganho neural nas atividades, e vincular sua atuação com a realidade do jogo. A 
planificação da carga dessa maneira evidencia‐se trabalhosa, mas a responsável 
pela  característica  ágil  e  potente  dos  nossos  atletas.    Desta  maneira,  os 
movimentos a serem executados devem ser planejados principalmente quanto à 
quantidade de estímulos e recuperação entre eles, e sua idealização distribuída 
durante semana de trabalho de forma a privilegiar a atuação com melhor condição 
energética em momentos de jogo. 

53 

 
 

Assim,  o  conhecimento  e  uso  dos  resultados  dos  testes  pela  comissão 


técnica  se  fazem  determinante,  onde  poderá  ser  determinada  a  característica 
morfológica  do  grupo,  extremamente  relevante  para  que  o  treinador  possa 
determinar suas estratégias de trabalho, uniformizando ou diferenciando o perfil 
de atuação. 

Estudos  epidemiológicos  e  traumatológicos  de  prevalência de  lesões  no 


futebol  demonstram  uma  característica  peculiar  aos  goleiros:  além  das 
ocorrências  de  membros  inferiores  características  a  todos  os  atletas  da 
modalidade, nosso grupo específico deve ter preocupação adicional com o gradil 
costal dos atletas. A intervenção realizada no clube é a proposição do programa 
FIFA 11+ shoulder nas atividades preliminares as intervenções diárias, distribuídas 
durante os ciclos de treinamento. 

Além  disso,  o  elemento  proprioceptivo  como  profilaxia  a  incidência  de 


lesões  também  é  proposto,  ao  menos  duas  vezes  num  ciclo  semanal.  A 
importância  da  adequação  e  conscientização  biomecânica  para  evolução  das 
habilidades  inerentes  da  posição  é  trazida  a  tona,  quando  da  realização 
progressiva  de  propriocepção  em  elementos  diversos,  inicialmente  com  peso 
corporal,  e  após  evolução  de  estágios  de  controle  motor,  evoluindo  em 
movimentos  contra  resistidos  vindo  a  favorecer  ainda  mais  a  interação  do 
indivíduo ao seu centro de gravidade e centro de massa. Completando este rol, 
idealizado  de  maneira  igualmente  prévia  às  atividades  diárias,  são  realizados 
movimentos corretivos  preconizados pela avaliação FMS ‐  Funcional Movement 
Screen:  nessa  proposta  as  demandas  são  individualizadas  nas  correções  de 
alterações  posturais  estáticas  e  dinâmicas,  para  então  esses  fatores  não  se 
efetivarem intervenientes negativos durante a evolução atlética do indivíduo. 

Conforme as demandas de evolução da nossa modalidade, a função tática 
do goleiro inserido ao jogo também é importante de ser especificada. Como esta 
peculiaridade deve atender também aos anseios dos treinadores das categorias, 
subdividimos  as  variáveis  a  serem  estimuladas  pela  proposição  das  atividades 
pelos treinadores de goleiros e pela orientação nas atividades em trabalhos com 
o grupo. Desta forma, esta tabela ainda está em desenvolvimento a ser proposto 
pela  coordenação  técnica  geral  do  futebol  a  fim  de  normatizar  a  progressão 
metodologia destes conteúdos e conceitos de jogo: 

54 

 
 

CONCEITOS TÁTICOS 
 
 
 
 
 
 
Orientação 
Iniciação  Desenvolvimento  Especialização  Manutenção  Manutenção 
Espacial 

Leitura de 
Iniciação  Desenvolvimento  Especialização  Manutenção  Manutenção 
Jogo 

Reposição 
Iniciação  Desenvolvimento  Especialização  Manutenção  Manutenção 
mãos 

Reposição 
Iniciação  Desenvolvimento  Especialização  Manutenção  Manutenção 
pés 

Jogo com pés 
Iniciação  Desenvolvimento  Especialização  Manutenção  Manutenção 
ofensivo 

Jogo com pés 
Iniciação  Desenvolvimento  Especialização  Manutenção  Manutenção 
defensivo 
 
 

A observação prática na implementação tática nesta temporada, se fez 
um novo objeto de investigação. No currículo do clube quanto aos jogadores 
de linha, os ciclos de treinamento são desenvolvidos a partir de uma valência 
física  específica  para  ser  respeitada  na  periodização  de  todo  o  grupo  de 
determinada  categoria.  Concluiu‐se  dificuldade  na  adequação  dos  goleiros 
nessa  realidade,  pois  a  demanda  de  suas  atividades  não  variava  positiva  ou 
negativamente  para  alguma  valência,  conforme  alteração  proposta  em 
dimensão  da  atividade,  número  de  participantes  ou  estratégia  de  regras.  A 
adaptação  durante  o  ano,  para  não  efetivar  efeitos  negativos,  dependeu  de 
intervenção  para  o  controle  de  intervalos  de  execução,  recuando  o  controle 
volume‐intensidade oferecido para os atletas. Desta maneira, nova atualização 
deverá ser proposta para um novo currículo, onde a organização e ordem das 
atividades  para  cada  sessão  de  treinamento,  assim  como  a  adequação  de 
número  de  atletas  para  cada  situação  proposta  para  os  trabalhos  em  grupo 
serão  alvo  de  investigação  para  chegar  à  conclusão  com  maior  concretude 
sobre estes termos. 

55 

 
 

CAPÍTULO 8 

FISIOLOGIA  
 

 
 
 
56 

 
 

FISIOLOGIA 
 
O departamento de futebol amador em conjunto com o departamento 
médico  e  o  departamento  infanto‐juvenil  trabalham  em  conjunto  com  o 
CAPRRES  visando  à  formação  dos  jovens  atletas.  Desta  forma,  o  setor  de 
fisiologia  da  base  oferece  uma  equipe  especializada  nas  suas  mais  variadas 
linhas  de  pesquisas  com  objetivos  de  soluções  científicas  aplicadas  aos 
treinamentos  desses  jovens.  Abaixo  os  testes  físicos  aplicados  nas  diversas 
categorias de base do clube: 
 
 
Antropometria, Composição Corporal e Somatotipo – Massa 
corporal, estatura, dobras cutâneas, circunferências, diâmetros 
ósseos, bioimpedância (InBody). 
Força e Potência Muscular –Salto Vertical (MyJump App). 
Flexibilidade – Sentar e alcançar. 
Resistência Cardiovascular – YOYO Test Endurance e Hoff Test. 
Agilidade – ShuttleRun. 
Maturação – Idade Óssea (Greulich e Pyle) e Estatura Prevista 
(Bone Expert). 
 
 
Antropometria,  Composição  Corporal  e  Somatotipo  –  Massa 
corporal,  estatura,  dobras  cutâneas,  circunferências,  diâmetros 
ósseos, bioimpedância (InBody). 
Força e Potência Muscular –Salto Vertical (MyJump App). 
Flexibilidade – Sentar e alcançar. 
Resistência Cardiovascular – YOYO Test Endurance e Hoff Test. 
Agilidade – Shuttle Run. 
Maturação – Idade Óssea (Greulich e Pyle) e Estatura Prevista (Bone 
Expert). 
 
 
 

57 

 
 

Antropometria,  Composição  Corporal  e  Somatotipo  –  Massa 


corporal,  estatura,  dobras  cutâneas,  circunferências,  diâmetros 
ósseos, bioimpedância (InBody). 
Força  e  Potência  Muscular  –  Rast  Test  (35m)  e  Salto  Vertical 
(MyJump App). 
Equilíbrio  Muscular  –  Functional  Movement  Screen,  Avaliação 
Isocinética 60°/s – 5 Repetições e Y balance test. 
Flexibilidade – Sentar e alcançar. 
Resistência  Cardiovascular  –  YOYO  Test  Recovery  Level  2  e  Hoff 
Test. 
Agilidade – Shuttle Run. 
Maturação – Idade Óssea (Greulich e Pyle) e Estatura Prevista (Bone 
Expert). 
 
 
Antropometria,  Composição  Corporal  e  Somatotipo  –  Massa 
corporal,  estatura,  dobras  cutâneas,  circunferências,  diâmetros 
ósseos, Bioimpedância (InBody) . 
Força  e  Potência  Muscular  –  Velocidade  (30m)  e  Salto  Vertical 
(Optojump). 
Equilíbrio  Muscular  –  Functional  Movement  Screen,  Avaliação 
Isocinética  60°/s  –  5  Repetições  e  Avaliação  na  Célula  de  Carga 
(GLOBUS) e Y balance test. 
Flexibilidade – Sentar e alcançar. 
Resistência  Cardiovascular  –  YOYO  Test  Recovery  Level  2  e  Hoff 
Test. 
Agilidade – Shuttle Run. 
Maturação – Idade Óssea (Greulich e Pyle) e Estatura Prevista (Bone 
Expert). 
Bioquímico –Creatino Quinase (CK). 
 

Antropometria,  Composição  Corporal  e  Somatotipo  –  Massa 


corporal,  estatura,  dobras  cutâneas,  circunferências,  diâmetros 
ósseos, Bioimpedância (InBody) . 
Força e Potência Muscular – Salto Vertical (Optojump). 
Equilíbrio Muscular – Functional Movement Screen, Avaliação na 
Célula de Carga (GLOBUS) e Y balance test. 
Flexibilidade – Sentar e alcançar. 
Resistência  Cardiovascular  –  YOYO  Test  Recovery  Level  2  e  Hoff 
Test. 
Agilidade – Shuttle Run. 
Bioquímico –Creatino Quinase (CK). 
 
58 

 
 

 
TESTES FÍSICOS 
 

ANTROPOMETRIA, COMPOSIÇÃO CORPORAL E SOMATOTIPO 

MEDIDAS REALIZADAS 
1) Peso e estatura. 

2) Circunferências: Antebraço, braço, tórax, cintura, abdômen, quadril, 
coxa medial e panturrilha – ambos os lados. 

3)  Dobras  cutâneas:  Tricipital,  subescapular,  suprailíaca,  abdominal, 


supraespinhal, coxa, panturrilha, peitoral e axilar média. 

4)  Diâmetros  ósseos:  Bi‐epicondiliano  de  úmero,  bi‐condiliano  de 


femur, bi‐estilóide e bi‐maleolar. 

5)  Bioimpedância  (InBody):  analisa  as  seguintes  massas  ‐  corporal, 


músculo  esquelético  e  gordura.  Além  do  índice  de  massa  corporal, 
percentual de gordura e taxa de metabolismo basal. 

                           PROTOCOLOS 
1) %G Faulkner (1968) (4D) ‐ Equipes profissionais e SUB‐20 

2) %G Yuhasz (1962) (6D) ‐ Jovens atletas (SUB‐20, SUB17 e SUB‐15) 

3) %G Lohman (1987) (2D) – Crianças (SUB‐13 e SUB‐11) 

4) Somatório de dobras (9 dobras<100mm) 

5) Peso ideal (Faulkner = Peso Magro x 1,12) 

6) Composição corporal através da técnica de "de Rose e Guimarães“:   

 Massa gorda ‐ Faulkner e Yuhasz; 
 Massa óssea ‐ Rocha (1974); 
 Massa residual ‐ Wurch (1974) ; 
 Massa muscular ‐ Matiegka (1921); 

59 

 
 

 
Atleta SUB‐20 realizando avaliação morfológica 

FORÇA E POTÊNCIA MUSCULAR 
 
Salto  Vertical  (MyJump  App):  O  atleta  realiza  três  saltos  verticais,  sem  a 
utilização dos braços e sem dobrar os joelhos. Onde o avaliador filma através 
do aplicativo as três repetições, sendo possível então avaliar o tempo de voo 
do  individuo  e  a  potência  com  que  o  mesmo  consegue  saltar  (Balsalobre‐
Fernández et al., 2015) 
 
Salto Vertical (Optojump): Avalia a força explosiva, força reativa e a capacidade 
elástica  através  dos  seguintes  dados  captados  pela  plataforma  de  contato: 
tempo de contato, tempo de voo, altura do salto, cadência (ritmo e frequência), 
potência específica e área utilizada (Glatthorn et al., 2011).  
 
Rast test (35 metros): O atleta deve realizar 6 corridas em velocidade máxima 
no menor tempo possível, em uma distância de 35 metros. Em cada corrida o 
indivíduo tem um tempo de 10 segundos para recuperação, e é cronometrado 
o tempo de cada corrida. Após, os tempos realizados pelos atletas são utilizados 
em fórmulas específicas do teste. Com isso, avaliamos os valores de potência 
máxima,  média  e  mínima  dos  membros  inferiores  e  o  índice  de  fadiga 
(Zacharogiannis et al., 2004). 
 
Velocidade  (30  metros):  Em  um  espaço  demarcado  com  a  distância  de  30 
metros, o atleta deverá ir do ponto de partida (0) até o ponto de chegada (30 
metros)  o  mais  rápido  possível.  Com  o  objetivo  de  medir  a  velocidade  de                 
aceleração (Strudwick et al., 2002).  

60 

 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atleta SUB‐20 sendo avaliado no FMS 
 
EQUILÍBRIO MUSCULAR 
 
Functional Movement Screen (FMS): É constituído por um sistema de ranking 
e  pontuação  (de  0  até  3)  que  inclui  7  testes  de  avaliação  dos  padrões  de 
movimento  básico.  Onde  é  possível  avaliar  as  limitações  e/ou  assimetrias 
musculares dos atletas (Cook et al., 2006). 
 
 
Isocinético:  Avalia  a  articulação  do  joelho,  constatando  o  equilíbrio  ou  o 
desequilibro articular através da mensuração do pico de torque concêntrico, 
razão  isquiotibiais/  quadríceps  e  déficit  entre  perna  dominante  e  não 
dominante. São realizadas 5 repetições máximas em cada perna, na velocidade 
de 60º/s (Forbes et al., 2009) 
 

                                                         Atleta Philippe Coutinho no isocinético 

61 

 
 

Avaliação na célula de carga (GLOBUS): É realizado um agachamento no Smith onde o 
atleta está com os pés apoiados na plataforma, sendo possível avaliar as contrações 
concêntricas e excêntricas dos membros inferiores, logo, avaliando o equilíbrio 
muscular. 

                                                     Atleta SUB‐20 sendo avaliado no GLOBUS 

Y Balance test: Consiste na execução de movimento em base uni podal em três 
direções (anterior, posteromedial e posterolateral). Mostra os alcances obtidos 
de forma instantânea e normaliza as distâncias pelo comprimento do membro 
inferior de cada atleta. Além do alcance obtido é possível comparar assimetrias 
entre perna dominante e não dominante ou estado de assimetrias pós‐cirurgia 
(método  complementar),  além  de  a  estabilidade  articular  do  joelho  e/ou 
tornozelo (Plisky et al., 2009). 

FLEXIBILIDADE 
 
Teste sentar e alcançar (TSA): Utilizando o Banco de Wells, o atleta sentado, com 
os pés apoiados no mesmo e sem dobrar os joelhos, irá empurrar a marcação até 
o seu máximo. São realizadas três tentativas e avaliado o maior valor obtido, em 
relação aos padrões tidos como aceitáveis (Wells; Dillon, 1952). 

62 

 
 

 
Atleta SUB‐13 realizando o TSA 
 
 
RESISTÊNCIA CARDIOVASCULAR 
 
Yoyo  Test  Endurance:  Tem  como  objetivo  avaliar  a  capacidade  de  um  jogador 
efetuar  repetidas  vezes  um  esforço  de  alta  intensidade,  possuindo  uma 
característica de teste contínuo. O atleta irá se deslocar em um espaço demarcado 
com 20 metros de distância, acompanhando os sinais sonoros. Não conseguindo 
acompanhar os sinais por três vezes, é marcado como seu estágio máximo. Com o 
valor  do  estágio  alcançado  durante  o  teste  é  possível  determinar  a  distância 
percorrida, a velocidade alcançada e o VO2 estimado (Bangsbo, 1994). 
 
 
Yoyo  Test  Recovery  2:  Tem  por  objetivo  avaliar  a  capacidade  do  indivíduo  de 
realizar  um  esforço  depois  de  períodos  curtos  de  recuperação,  tendo  como 
característica  ser  um  teste  intermitente.  A  velocidade  de  deslocamento  (20 
metros de ida/ 20 metros na volta) é controlada através de sinais sonoros, que 
aumentam de forma progressiva, com uma paralisação de 10 s para recuperação 
(em  uma  área  de  5  metros  de  comprimento).  Quando  o  atleta  não  consegue 
acompanhar os sinais sonoros é marcado como seu desempenho máximo. Dados 
obtidos com o teste: distância percorrida, velocidade alcançada e o VO2 estimado 
(Bangsbo, 1994).  
 
 
 
 
 
 
 
63 

 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
                                                             Atletas SUB‐11 realizando o Yoyo Test 
 
 
Hoff Test: O teste consiste em um circuito de exercícios com condução de bola 
com 290 m e duração de 10 minutos. O circuito é dividido em 3 etapas. Na primeira 
os  atletas  deve  correr  10  m  com  a  bola  em  linha  reta,  após  são  18  m  de 
deslocamento  em  ziguezague  entre  cones,  finalizando  a  etapa  com  um 
deslocamento em linha reta por 29 m e saltando 3 barreiras a cada 7 m. Em um 
segundo momento os atletas realizam uma corrida em diagonal até um cone (com 
36 m de distância) e após fazem mais 6 deslocamentos em diagonal. Na terceira 
etapa é realizado um deslocamento de costas (10 m), após, realizam uma corrida 
frontal por 15 m e para finalizar, um trajeto de 30 m (Hoff et al., 2002). 
 
 
 
AGILIDADE 
 
Shuttle Run: Possui o objetivo de avaliar o tempo gasto para um atletas realizar 
um  trajeto  de  ida  e  volta. O  atleta  desloca‐se  do  ponto  de  partida  (0)  até  a 
primeira bola, que está no ponto de chegada disposto a 9 metros de distância 
do  ponto  inicial,  tendo  então  que  conduzi‐la  até  o  ponto  de  partida.  Após, 
retorna  para  buscar  a  segunda  bola  e  volta,  finalizando  o  teste  com  as  duas 
bolas no ponto de partida.(Caicedo et al., 1993). 
 
MATURAÇÃO 
 
Idade Óssea: Avalia o grau de maturação dos ossos de um indivíduo através do 
raio‐x do punho e mão. Sendo possível avaliar se as idades cronológica e biológica 
do  atleta  são  equivalentes.  Os  jogadores  podem  apresentar  uma  maturação 
avançada (idade biológica > cronológica), uma maturação normal (idade biológica 
= cronológica) ou uma maturação tardia/atrasada (idade biológica < cronológica) 
(Greulich; Pyle, 1959). 
 
 
64 

 
 

 
 

Atleta SUB‐17 realizando raio‐x do punho para avaliação da idade óssea 

 
Estatura prevista (Bone Expert): É utilizado o software Bone Expert, que se utiliza 
da  idade  e  cronológica,  sexo  (masculino/femino)  e  grupo  étnico.  A  partir  desses 
dados, é gerada a estatura prevista do indivíduo na idade adulta (Thodberg et al,. 
2009).  
 
 
BIOQUÍMICO 
 

Creatino Quinase (CK): Essa enzima é utilizada como marcadora indireta do dano 
muscular, logo, é possível utilizá‐la para mensurar o desgaste físico do atleta. A 
avaliação funciona da seguinte forma: é retirada uma amostra de sangue da polpa 
digital dos atletas, em seguida o sangue é colocado em uma tira reativa de CK e 
colocado no Refloton Analyser para quantificação da CK (Coelho et al., 2011). 

 
 

65 

 
 

CAPÍTULO 9 

ROTINA MÉDICA 

66 

 
 

ROTINA MÉDICA 
 

PRÁTICA MÉDICA ORTOPÉDICA 
 
A  equipe  médica  do  CAPRRES‐Base  tem  como  rotina  de  atuação 
promover  a  saúde  do  atleta  nos  segmentos  de  avaliação,  prevenção, 
intervenção  e  recuperação  dos  distúrbios  e  injúrias  aplicados  ao  aparelho 
locomotor. Esse processo segue as diretrizes do Centro de Pesquisa e Avaliação 
Médica  da  FIFA  (F‐MARC),  permitindo  com  isso  o  desenvolvimento  de 
protocolos e realização de intervenções idealizados nos objetivos acima.  
A prática médica se divide nos segmentos de atuação externa (treinos e 
jogos)  e  atuação  interna  (CAPRRES‐Base).  A  atuação  externa  permite  o 
acompanhamento  periódico  em  treinos  e  jogos,  possibilitando  assim 
intervenção imediata do médico após o mecanismo de lesão.  A atuação interna 
no CAPRRES Base estabelece uma rotina diária fundamentada em três etapas:  
 
1) Consulta Médica 
Nas consultas, o médico recebe o atleta lesionado que veio encaminhado 
do treino ou jogo, realizando sua avaliação e exame físico inicial assim como 
prescrevendo medicamentos e solicitando exames complementares nos casos 
necessários. Após essa etapa inicial em que o médico diagnosticou a lesão e 
prescreveu a terapêutica medicamentosa, o atleta é encaminhado ao serviço 
de Fisioterapia para iniciar o protocolo de recuperação funcional.  
 
2) Visita Médica 
As visitas são realizadas diariamente no período de tratamento do atleta, 
quando o médico reavalia individualmente cada atleta e decide se o mesmo 
está apto ou não a avançar na fase do protocolo de recuperação funcional. 
 
3) Protocolo de Recuperação Funcional 
O  Protocolo  de  Recuperação  Funcional  tem  como  objetivo  organizar  e 
direcionar as etapas de tratamento, recondicionamento, e retorno aos jogos e 
treinos dos atletas. São estabelecidas 6 fases no processo: a fase 1 é inicial, as 
fases  2  e  3  são  intermediárias,  4  e  5  são  fases  de  transição  e  a  fase  6  se 
caracteriza pelo retorno integral as atividades do atleta.  
Com atuação   multidisciplinar contamos com profissionais das seguintes 
áreas responsáveis pelo protocolo:  
 
 
 
 
 
67 

 
 

Medicina  
Fisioterapia 
Fisiologia  
Treinamento de Força  
Preparação Física 
 
As fases 1, 2 e 3 (inicial e intermediária) são restritas a atuação do Médico 
e Fisioterapeuta. As fases 4 e 5 (Transição) entram no processo a atuação do 
fisiologista, preparador físico e responsável pelo treinamento de força. Na fase 
6 o atleta está totalmente apto as suas atividades em campo (jogos e treinos) 
tendo atuação todos os membros da comissão técnica e departamento médico. 
 
Recursos Medicamentosos, Terapêuticos e Físicos nas respectivas fases: 
 
Fase 1 – Eletroterapia / Termoterapia / Cinesioterapia / Dose de ataque 
medicamentosa  
Fase 2 – Eletroterapia / Termoterapia / Cinesioterapia / Hidroterapia / 
Mecanoterapia / Dose de manutenção medicamentosa  
Fase  3  ‐  Eletroterapia  /  Termoterapia  /  Cinesioterapia  /  Hidroterapia  / 
Mecanoterapia / Propriocepção 
Fase  4‐  Mecanoterapia  /  Propriocepção  /  Avaliação  Morfológica  / 
Treinamento de Força. 
Fase 5‐ Propriocepção / Avaliação Morfológica / Treinamento de Força. 
Fase 6‐ Propriocepção / Treinamento de Força 
 
PRÁTICA MÉDICA ORTOMOLECULAR 
 
A prática Médica Ortomolecular no serviço do CAPRRES‐Base do Club de 
Regatas  Vasco  da  Gama  tem  como  objetivo  diagnosticar  possíveis 
desequilíbrios  que  os  atletas  possuam  em  seu  metabolismo  na  prática 
esportiva.  
Através  de  exames  de  sangue,  bioquímicos  e  laboratoriais,  o  médico 
consegue ter parâmetros baseados nas taxas metabólicas basais e relacionar 
com isso as necessidades individuais de cada atleta prescrevendo as fórmulas 
suplementares com vitaminas, minerais e aminoácidos em sua composição.  
Atualmente os atletas que passam por esse processo são submetidos aos 
seguintes exames complementares:  
 
Hemograma Completo  
Bioquímica Completa  
Análise Hormonal pela Saliva 
Radiografia do Punho para Idade óssea 
 

68 

 
 

Com  isso,  os  mesmos  são  introduzidos  no  protocolo  de  avaliação  e 
seguimento Médico que consiste em três etapas dividias por níveis:  
 
Nível 1 – Básico 
O  médico  realiza  a  anamnese  do  atleta  e  exame  físico,  solicitando  os 
exames  complementares  e  prescrevendo  uma  fórmula  inicial  para 
complementar a sua dieta e rendimento físico.  
 
Nível 2 – Médio  
O médico recebe os exames solicitados no nível 1 do protocolo e com os 
parâmetros obtidos nos resultados, ajusta a dose das fórmulas de acordo com 
as necessidades específicas de cada atleta.  
 
Nível 3 – Avançado  
Em conjunto com o serviço de fisiologia do clube, esta etapa destina‐se 
ao  ganho  máximo  de  rendimento  baseado  nos  parâmetros  das  avaliações 
físicas. Com isso, o médico direciona a sua prescrição para melhorar o ganho de 
força, capacidade de recuperação, ou prevenção de lesões dos atletas.  
Ao  final  do  processo,  o  principal  objetivo  é  fornecer  as  melhores 
condições ao atleta para sua prática de alto rendimento, contribuindo para sua 
melhor condição metabólica e física assim como sua saúde e bem estar. 
 
 

69 

 
 

CAPÍTULO 10 

RECUPERAÇÃO FÍSICA 

 
 

70 

 
 

RECUPERAÇÃO FÍSICA 
 

A termografia é uma técnica de registro gráfico de imagem que permite 
através da gravação de infravermelhos, visualizar a temperatura da superfície 
do  corpo  humano  de  forma  rápida e  não  invasiva  (Bouzas  et  al.,  2010).  Esta 
tecnologia  é  utilizada  para  detectar  e  localizar  anomalias  térmicas 
caracterizadas por um aumento ou diminuição da temperatura encontrada na 
superfície da pele. Muitas vezes, uma lesão está relacionada com variações no 
fluxo  sanguíneo  e  por  sua  vez  estes  podem  afetar  a  temperatura  da  pele 
(Hildebrandt, Raschner, Ammer, 2010). 

A  explicação  fisiológica  do  uso  da  termografia  em  seres  humanos  está 
relacionada  com  processos  inflamatórios  após  atividades  físicas,  derivadas  a 
partir de um aumento no fluxo sanguíneo em áreas exercitadas e o aumento 
da  atividade  metabólica  na  região.  Todo  este  processo  tem  uma  influência 
direta sobre a temperatura da pele (Arnaiz et al., 2014). 

O exame é realizado semanalmente nas categorias SUB‐15, SUB‐17 e SUB‐
20 do Club de Regatas Vasco da Gama. As avaliações são feitas sempre pré‐jogo 
e  pós‐jogo,  dessa  forma  semanalmente  são  realizadas  de  duas  a  quatro 
avaliações  termográficas  por  categoria  quando  em  período  de  jogos.  Em 
período  de  pré‐temporada  ou  recesso  de  jogos  realizamos  pelo  menos  duas 
avaliações  semanais  nas  categorias.  Assim,  temos  o  perfil  termográfico  de 
todos os atletas das categorias.  
A partir do resultado da termografia são realizadas as intervenções para 
tentar  prevenir  que  os  atletas  sofram  alguma  lesão  por  não  contato.  São 
utilizadas  a  piscina,  realizando  trabalhos  aeróbios  com  duração  de  trinta 
minutos, crioterapia e/ou liberação miofascial. Os métodos são programados 
de acordo com a necessidade individual de cada atleta. 

 
 

 
71 

 
 

CAPÍTULO 11 

PROGRAMA DE PROMOÇÃO DE 
TALENTOS 
 
 
 

72 

 
 

 
 

O  Departamento  de  Futebol  Amador  em  Janeiro  de  2008  iniciou  uma 
proposta  inovadora  quando  organizou  e  projetou  o  processo  de  planejamento 
multidisciplinar  com  o  atleta  Philippe  Coutinho.  O  projeto  visava  basicamente 
oferecer  ao  atleta  um  processo  de  adaptação  e  familiarização  ao  ambiente  de 
futebol  profissional.  Essa  necessidade  ocorreu  na  época,  devido  à  repercussão 
dada mundialmente ao atleta com apenas 15 anos.  
Neste  caso  único,  o  atleta  Philippe  Coutinho  foi  selecionado  e  teve 
tratamento  diferenciado  no  Clube.  Esse  tratamento  especial  significava  um 
investimento  em  fatores  físicos,  psicológicos,  sociais,  técnicos,  táticos,  escolar, 
médicos e nutricionais. 

 
Atleta Philippe Coutinho iniciando o PROMOVE

 
 
73 

 
 

O Projeto PROMOVE, visa acompanhar o atleta na sua vida diária, através de 
planejamentos diários, semanais, mensais e anuais, ocorrendo um crescimento, 
desenvolvimento e uma adaptação ao atleta à categoria profissional. No caso do 
Phillipe,  tivemos  a  interrupção  do  projeto  após  a  mudança  de  gestão 
administrativa em 2008, entretanto após a promoção definitiva do atleta em 2009 
o atleta se tornou um dos destaques do elenco que disputava a série B naquele 
momento.  
 
Uma experiência parecida aconteceu com o atleta Alex Teixeira em 2006, 
que após sua promoção com 17 anos, o mesmo demonstrou algumas dificuldades 
de  adaptação  ao  ambiente  profissional.  Com  Coutinho,  a  estratégia  seria 
diferente,  nosso  trabalho  seria  de  dar  condições  ao  atleta,  e  quando  ele  fosse 
promovido  não  retornasse  novamente  ao  departamento  amador,  ou  seja, 
conquistasse seu espaço. 
Sendo assim, tendo em vista seu sucesso em longo prazo o Club de Regatas 
Vasco da Gama se tornou em 2008 o primeiro Clube no país a obter um projeto 
para  promoção  de  talentos,  criando  planejamentos  e  respeitando  as  cargas, 
intensidades  e  durações  dos  treinos  para  real  situação  do  atleta.  Portanto, 
iniciamos  novamente  esse  projeto  em  2015  para  atletas  diferenciados  que 
possuem seus rendimentos técnicos superiores a atletas da mesma idade e pela 
tendência do futebol moderno que jovens atletas em destaques da base chegam 
à  equipe  Profissional,  vemos  a  necessidade  de  introduzir  uma  familiarização  a 
esses  atletas  para  que  eles  possam  no  período  de  6  a  12  meses  se  adaptarem 
completamente a estrutura e filosofia do Futebol Profissional. 
Acreditamos  que  é  de  extrema  importância  mostrar  aos  atletas  as 
necessidades de se obter um vinculo com a instituição VASCO. Para que possamos 
ter atletas completamente identificados com o VASCO, objetivamos oferecer aos 
atletas  suas  melhores  condições,  estando  aptos  para  dar  a  equipe  profissional 
opções e propiciando um sucesso em suas carreiras no Clube.  
Com Philippe Coutinho tivemos condições de ajustar alguns detalhes, o que 
de  fato  não  aconteceu  com  jovens  talentos  que  foram  promovidos  ao 
Departamento Profissional precocemente (ex. Alex Teixeira que em entrevista ao 
Jornal Lance em 2007, disse que sua ida do juvenil diretamente para o Profissional 
o prejudicou), já Philippe Coutinho teve uma passagem pela equipe SUB‐20, fato 
que ocorreu com todos os novos atletas envolvidos no projeto. 
Em 2008 segundo o mesmo jornal Lance, o Vasco era o clube no Brasil com 
mais atletas da base promovidos ao profissional, isso demonstra o quanto nossa 
diretoria  conhece  os  caminhos  para  a  promoção  e  desenvolvimento  do  jovem 
atleta.  Desta  forma,  pretendemos  uma  vez  por  semana  “ligar”  os  atletas  ao 
departamento profissional, ou seja, eles vivenciariam o ambiente profissional com 
seus  treinos  e  seus  respectivos  profissionais,  visando  assim  uma  adaptação  ao 
ambiente.  Para  que  quando  ocorram  suas  respectivas  promoções  os  mesmos 
estejam familiarizados. 
 
74 

 
 

RELAÇÃO DE ATLETAS DA BASE NO 
PROFISSIONAL EM 10 ANOS
45%
42% 42%
40%
35%
30% 31%
29% 30%
27% 27%
25%
22%
20% 20%
17%
15% 14%
10%
9%
5%
0%
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
 
Esta tabela demonstra a relação de atletas promovidos nos últimos 11 anos ao 
setor profissional. 

O  Programa  de  Promoção  de  Talentos  (PROMOVE)  respeita  todo 


crescimento biológico, cognitivo e psicomotor para que o rendimento do atleta 
possa estar elevado em níveis mais eficientes no prazo de 6 (seis) a 1 (um) anos. 
O projeto é dividido em 2:  

PROMOVE – atletas selecionados pelas comissões técnicas nas 
categorias SUB‐20, SUB‐17 e SUB‐15. 
PROMOVE  KIDS  –  atletas  selecionados  pelas  comissões 
técnicas nas categorias SUB‐13 e SUB‐11. 

Os  setores  atuantes  são:  Osteopatia,  Ortomolecular,  Assessoria  de 


Imprensa,  Treinamento  de  Força,  Psicologia,  Odontologia,  Fisiologia,  Inglês, 
Espanhol, Análise Tática, CAPRRES, Fisioterapia, Nutrição e Escola. 

Os  atletas  recebem  seus  planejamentos  semanalmente  pelo  setor  de 


fisiologia da base e desta forma seguem suas propostas diárias  visando suas 
metas de rendimento. 

75 

 
 

REFERÊNCIAS METODOLÓGICAS 
ABOUTOIHI, S. Football: guide de l'éducateursportif. Editions Actio, 2006.

AGUIAR, M. et al. A Review on the Effects of Soccer Small-Sided Games. Journal Of


Human Kinetics, [s.l.], v. 33, n. -1, p.103-113, 1 jan.2012. Walter de GruyterGmbH.
http://dx.doi.org/10.2478/v10078-012-0049-x.

ARNAIZ-LASTRAS, J. et al. Aplicación Práctica de la Termografía Infrarroja em el


Fútbol Profesional. Revista de Preparación Física En El Fútbol, [s.l.], v. 1, n. 13,
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BALSALOBRE-FERNÁNDEZ, C.; GLAISTER, M.; LOCKEY, R. A.The validity and


reliability of an iPhone app for measuring vertical jump performance. Journal Of
Sports Sciences, [s.l.], v. 33, n. 15, p.1574-1579, 2 jan. 2015. Informa UK Limited.
http://dx.doi.org/10.1080/02640414.2014.996184.

BANGSBO J. The physiology of soccer – with special reference to intense intermittent


exercise.Actaphysiologica Scandinavica, [s.l.], n. 5 (S619), p. 111-155, 1999.

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