Você está na página 1de 3

neurociências e comportamento

AVANÇOS EM NEUROCIÊNCIAS: dos ❏ Level 5 ⇒ Level 4;


❏ Crianças com maior autonomia;
modelos animais aos cibernéticos
O QUE TEMOS HOJE EM DIA?
- A neurociência estuda o sistema nervoso e seu
- Cérebro é comparado a um circuito eletrônico;
desenvolvimento, funcionamento e evolução
- Ver vídeos;
para definir diagnósticos e tratamentos;
❏ Evolução: biologia celular,
nanotecnologia e interface cérebro e
REABILITAÇÃO
máquina; NEUROCOMPORTAMENTAL
NANOTECNOLOGIA: usada nas neurociências para “A natureza das técnicas de reabilitação para pacientes
limitar e reverter distúrbios neurológicos através da além daquelas requeridas para prevenir complicações
localização de processos patológicos cerebrais e físicas secundárias as quais formaram a base da
destruição seletiva de áreas lesionadas; maioria dos recursos de reabilitação atuais vinculam
- Nanomedicina: limitar e reverter distúrbios terapias psicológicas e sociais e entram em campos
neurológicos; da terapia ocupacional e fisioterápica” (Bond, 1979)
- Nanopartículas: neuroproteção ⇒ limitar os
efeitos dos radicais livres após traumas; “Existe um pequeno número de pacientes que exibem
- Limitar e reverter distúrbios neurológicos; perturbação comportamental tal como severidade
❏ Nanopartículas: transporte de drogas e que os familiares são incapazes de lidar; para tais
moléculas; pacientes, uma internação de curta duração em
❏ Barreiras do SNC: hemato-encefálica, unidade residencial para acessar e começar o
sangue líquido cefalorraquidiano; processo de reabilitação pode ser fundamental”
❏ Nanopartículas atravessam;
- Fármacos desenvolvidos em nanopartículas “Pacientes com lesões encefálicas deveriam receber
são: reabilitação separadamente de pacientes com outros
1. Biocompatíveis; tipos de problemas e fora de hospitais”
2. Biodegradáveis;
3. de Rápida absorção; “As dificuldades de aprendizagem e outros déficits
- GLIOMA: diminuição dos tumores e aumento neuropsicológicos que estes pacientes apresentam
da sobrevida, modelo experimental; sugere que a reabilitação de muitos pacientes não
- DOENÇA DE PARKINSON: aumento da deveria ser realizada em instituições mas em ambiente
dopamina no cérebro de ratos, melhora motora de comunidade para enfatizar o caminho à
e diminuição da perda neural; independência, minimizar os problemas com
- DOENÇA DE ALZHEIMER: fármaco em generalização do dia-a-dia e enfatizar o educacional
nanopartículas com maior afinidade por e a natureza do tratamento”
neurônios alvo ⇒ melhora da aprendizagem e UM VELHO PROBLEMA, UMA NOVA PERSPECTIVA:
menor perda da memória; - Abordagem psiquiátrica para os distúrbios
CÉLULAS TRONCO E DOENÇA DE PARKINSON: do comportamento:
células tronco mesenquimais derivadas da medula ❏ Baseia-se na concepção de síndrome
óssea; (muitos sintomas, uma doença);
CÉLULAS TRONCO E PARALISIA CEREBRAL: paralisia ❏ O problema é mais permanente do
cerebral ⇒ encefalopatia crônica não-progressiva da que transitório;
infância (EPCNI) no período pré, peri ou pós-natal. ❏ Disposicional mais do que situacional;
- No Brasil, a cada 1000 crianças que nascem, 7 ❏ Tratamento geralmente
são portadoras de Paralisia Cerebral; farmacológico, às vezes inapropriado e
- Tratamento da Paralisia Cerebral com células paliativo;
tronco mesenquimais da medula óssea ⇒ se - Abordagem neurocomportamental:
“transformam” em células tronco neurais; ❏ Reconhecimento de uma etiologia
- PESQUISA: 60 pacientes com Paralisia Cerebral neurológica;
(nível 3, 4 e 5); ❏ Concepção de funcionalidade do
❏ Grupo Transplante: células tronco comportamento;
neurais, reabilitação convencional; ❏ Intervenção com base na Psicologia
❏ Grupo Controle: reabilitação Comportamental e na
convencional; Neuropsicologia;
POR QUE UNIDADES DE REABILITAÇÃO SÃO RARAS? inclusão/exclusão, viés de seleção
- Não existe consenso sobre o que realmente (limitado ao setting do especialista),
constitui a reabilitação escassez de estudos multi-cêntricos,
neurocomportamental/cognitiva; meta-análises e bancos de dados
- As evidências são limitadas; padronizados e públicos aos quais
- A expertise é raridade: tende a concentrar em recorrer para pesquisa;
centros especializados; 2. ESTUDOS TIPO 2:
- Falta de treinamento; - Estudos prospectivos não-randomizados:
- Falta de fundos e investimentos; pacientes são escolhidos depois do protocolo;
- Resistência dos profissionais ao trabalho - Estudos não-randomizados retrospectivos:
interdisciplinar; pacientes serão escolhidos depois do
- Tendência política e legislação rígida; protocolo;
O QUE DEFINE A REABILITAÇÃO - Muitos estudos, mas há fragilidade em termos
NEUROCOMPORTAMENTAL? de:
- Foco mais psicológico do que médico; 1. Números pequenos;
- Foco na desordem “orgânica” do 2. Não-representativos;
comportamento; 3. Tratamento estatístico inadequado ou
❏ Interdisciplinar: duas disciplinas que inapropriado;
se unem; 4. Avaliação pobre dos resultados;
❏ Transdisciplinar: união de disciplinas 5. Reaplicação pouco possível ou provável;
indo além do conhecimento unificado 3. ESTUDOS TIPO 3: Estudos descritivos de caso único
de cada uma; ou Estudos de Caso;
- Requer ambiente estruturado; - São a maioria dos estudos clínicos, mas
- Ênfase funcional (cognitiva), social e muitíssimo frágeis:
comportamental como critério de resultado; 1. Viés de seleção;
2. Viés de publicação;
COMO? Buscando Evidências; 3. Técnicas pouco especificadas;
QUANTO AS EVIDÊNCIAS PODEM SER CONFIÁVEIS? 4. Limitado follow up: raramente são
- Tipo de estudo: observados após a alta;
1. Tipo 1: Ensaio Clínico: estudos 5. Difícil de formar uma impressão global
randomizados e controlados; de repetição;
2. Tipo 2: Estudos de Coorte: estudos APRENDENDO COM AS FALHAS: ONDE ERRAMOS?
prospectivos não-randomizados ou - Aplicação inapropriada da técnica: técnica
estudos não-randomizados e errada (desconhecimento de diagnóstico e
retrospectivos; técnica);
3. Tipo 3: Estudos de Caso: estudos - Limitação da técnica de intervenção:
descritivos de caso único ou estudos de paciente errado (desconhecimento de
caso; diagnóstico e técnica);
1. ESTUDOS TIPO UM: Estudos duplo-cego, - Aplicação inadequada da técnica: terapeuta
placebo-controlados; errado (desconhecimento de tudo);
- O que é placebo nesses casos? DESAFIOS TEÓRICOS
- O que é um controle adequado? - São importantes os pensamentos e
- Como randomizar a alocação no grupo de sentimentos? Sim. Onde?
tratamento? 1. Na gênese do distúrbio
- Como alocar o terapeuta ao cegamento do comportamental;
tratamento? 2. Para mediar as mudanças de
- Como avaliar cegamente os resultados? comportamento;
- Problemas: 3. Para liberar satisfação?
1. Custosos e demorados; - Outras espécies também formam
2. Na maioria das vezes impraticáveis; “representações” de estímulos;
3. Quase sempre sofrem com rigidez - Auto-eficácia (Bandura, 1977);
ética; - Crescimento pessoal (Maslow, 1962).
4. Validade externa limitada por:
restrições de critério de
AVANÇOS EM NEUROCIÊNCIAS: - Membro fantasma (Ambron et al, 2018);
REALIDADE VIRTUAL
COMUNICAÇÃO, REALIDADE VIRTUAL E
- Tecnologia interativa baseada na sincronização
TERAPIAS DO FUTURO entre as ações do equipamento e os
PRIVACIDADE E MÍDIAS SOCIAIS movimentos do usuário;
- Um dos tópicos mais polêmicos dos últimos - Xbox Kinect;
anos; - Wii;
- Aplicativos inteligentes em dispositivos de - Tecnologia que explora a interação entre
comunicação e acesso onipresente à internet sistema visual com arte gráfica
tornam o armazenamento de informações computacional que alimenta o aparato
indispensável; perceptual com informações que
- É crescente o número de atividades maliciosas retroalimentam os sistemas gerando a
inerentes ao uso destas informações; sensação de interatividade e imersão;
- Também criou um mercado bilionário: REALIDADE VIRTUAL IMERSIVA
❏ Quantas e quais páginas acessadas; - Tecnologia imersiva, multimodal baseada na
❏ Expressão de ideias; interação e profundidade perceptual,
❏ Posições políticas; cognitiva e motora;
❏ Reprodução e compartilhamento; Ex. head mount display, Oculos Rift, Gear VR,
- Mais de 87 milhões e usuários das redes sociais Google Cardboard;
foram profiled; REALIDADE VIRTUAL: FOBIAS
- A questão relevante é: “por que as informações - Aranhas;
sensíveis dos usuários foram armazenadas e REALIDADE VIRTUAL: PTSD
coletadas por uma empresa?” A resposta é REALIDADE VIRTUAL: REABILITAÇÃO
simples: porque nós, usuários, permitimos; - Exercícios físicos em Realidade Virtual;
- Realidade Virtual e Terapias do Futuro: a REALIDADE VIRTUAL EM PARKINSON
Internet e a Confidencialidade; REALIDADE VIRTUAL, INTERATIVIDADE E
- Redes Sociais e Privacidade dos Usuários: um PSICOTERAPIA
espaço possível? - Questões para debate:
- Inteligência Artificial: uma oportunidade ou 1. Interação com a máquina;
ameaça? 2. Interação à distância (atendimentos
REALIDADE VIRTUAL E TERAPIA online, certificação, implicações legais
- Já faz parte da prática de muitos psicólogos; quanto à regionalidade do
- Métodos e técnicas reconhecidos; atendimento, sigilo);
- Uso para diversas condições psicológicas e
neuropsicológicas;
- Terapia interativa via internet em estágio inicial
❏ Ferramentas de comunicação online;
❏ Uso limitado em consultório;
- Associação com Inteligência Artificial;
REALIDADE VIRTUAL: USO EM SAÚDE
- Desordens de ansiedade incluindo PTSD, fobias
e pânico;
- Treino de inoculação do estresse (Amores et al,
2018);
- Treinamento de lideranças (Raya et al, 2018);
- Desordens alimentares e obesidade (Clus et al,
2018);
- Dor (Powers et al, 2018);
- Dependência química (Metcalf et al, 2018);
- Autismo (Thai et al, 2018);
- Déficits de atenção (Shema-Shiratzki et al,
2018);
- Declínio de memória (Foloppe et al, 2018);
- Reabilitação em AVE (Cogné et al, 2018);

Você também pode gostar