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LEI COMPLEMENTAR N.

395/2001
Do Procurador–Corregedor
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DO PROCURADOR-CORREGEDOR

RELEMBRANDO
A Lei Complementar n. 395/2001 organiza a Procuradoria-Geral do Distrito Federal, órgão
que representa o DF em juízo, realiza a orientação jurídica do DF, de suas autarquias e
fundações. Já abordamos sobre a organização do DF; até então, estudamos sobre a forma
de nomeação do Procurador-Geral, além das competências dele. Também iniciamos o
estudo sobre a Corregedoria e daremos continuidade a esse assunto, pois, em seguida,
abordaremos sobre o Conselho Superior.
Depois de todo esse estudo, teremos um momento de reflexão e análise, pois o Cebraspe
pode querer cobrar a competência de um órgão ou função perguntando se é de outro. A Lei
Complementar sofreu uma alteração que revogou uma série de artigos do seu dispositivo
entre 2018 e 2019, resultando numa lei mais objetiva.

Art. 7º (...) Corregedoria (...) competindo-lhe:


VI – acompanhar o estágio probatório e oferecer relatório circunstanciado ao Conselho
Superior para efetivação no cargo de Procurador do Distrito Federal;

 Obs.: a previsão exposta no inciso VI surgiu como justificativa do artigo 132, parágrafo único,
da CF, o qual estabelece que “Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada
estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho
perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias”.

Imagine o seguinte: o Procurador do DF foi nomeado e entrou em exercício, iniciando o


período de estágio probatório, que tem duração de três anos. O acompanhamento dessas ati-
5m
vidades é realizado pela Corregedoria do órgão.
Ao final dessa avaliação, elabora-se um relatório circunstanciado a respeito do estágio.
A emissão desse documento também é de responsabilidade da Corregedoria, e ele deve ser
encaminhado ao Conselho Superior (órgão formado por onze integrantes da PGDF), o qual
decidirá sobre a efetivação do Procurador avaliado.
ANOTAÇÕES

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Procurador do DF – Exercício
Inicia o
estágio
probatório

Acompanha 3 anos Recatório Cons.
Corregedoria circunstanciado Superior
da PGDF do est. prob.

Efetivação
Correg. ↓
Estabilidade

VII – exercer outras atividades correlatas ou que lhe vierem a ser atribuídas ou delegadas
pelo Procurador-Geral;

 Obs.: esta é uma competência residual ou por delegação.

VIII – encaminhar à deliberação do Conselho Superior os assuntos decorrentes das ativi-


dades de correições realizadas internamente e nos demais órgãos e entidades integrantes do
sistema jurídico do Distrito Federal;

 Obs.: a Corregedoria deve realizar correições (consiste em verificar in loco a produtividade


do Procurador a fim de saber se este está cumprindo os prazos processuais. Caso
isso não esteja acontecendo, justificativas precisam ser apresentadas e, além disso,
faz-se necessário emitir relatórios e encaminhá-los ao Conselho Superior para que se
decida pela abertura ou não de Processo Administrativo Disciplinar ou outras provi-
dências.

IX – oficiar ao Conselho Superior pela instauração de processo administrativo disciplinar


contra integrante da carreira de Procurador do Distrito Federal.

 Obs.: quem decide por instaurar processo administrativo disciplinar é o Conselho Superior.
Por exemplo: imagine que um Corregedor recebeu uma representação contra um
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Procurador. Ele deve apurar essa denúncia através de um procedimento sumário e,


havendo provas, encaminha-se o processo ao Procurador-Geral a fim de que ele ins-
10m
taure uma sindicância (que é um procedimento investigatório).

Depois, forma-se uma comissão específica, liderada pelo Corregedor, para analisar as
provas. Em seguida, demanda-se ao Conselho Superior que instaure ou não o PAD.

Art. 8º A Corregedoria será chefiada pelo Procurador-Corregedor, nomeado pelo Governa-


dor do Distrito Federal, por indicação do Procurador-Geral do Distrito Federal.
§ 1º O Procurador-Corregedor será escolhido dentre os integrantes da carreira de Procu-
rador do Distrito Federal em atividade e com pelo menos cinco anos de exercício.
§ 2º O Procurador-Corregedor terá mandato de dois anos, permitida a recondução por um
único período.

 Obs.: observe a lógica: se estamos falando de um cargo que faz parte da PGDF (que é o de
15m Procurador-Corregedor), esse cargo deveria ser nomeado pelo chefe da instituição,
ou seja, pelo Procurador-Geral. Todavia, quem nomeia o Procurador-Corregedor é o
Governador do DF (atualmente, Ibaneis Rocha).
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O nome do ocupante do cargo deve ser escolhido pelo Procurador-Geral e submetido à


aprovação pelo Governador; essa pessoa tem de ter pelo menos cinco anos de atividade e
não pode estar aposentada. Se o governante não aceitar a indicação por algum motivo, outra
pessoa deve ser escolhida. O mandato tem duração de dois anos, sendo permitida a recon-
dução por um único período.

Art. 9º Compete ao Procurador-Corregedor:


20m I – realizar, de ofício, ou por determinação do Conselho Superior ou do Procurador-Geral,
apuração sumária, apresentando o respectivo relatório;


Obs.: anteriormente, vimos que é competência da Corregedoria, ao receber denúncia contra
Procurador do DF, realizar análise preliminar para saber se a representação veio com
as informações a respeito do denunciante, com as provas e com outros elementos de
materialidade. Havendo-os, o órgão deve realizar uma apuração sumária dos fatos para
encaminhá-los ao Procurador a fim de que se instaure, por exemplo, uma sindicância.
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Se as provas forem robustas desde o início, pode-se abrir mão do processo investigativo,
realizando-se o ofício pedindo pelo processo disciplinar – o Corregedor pode fazer isso. Ao
final da apuração sumária, deve-se emitir um relatório, que pode ser encaminhado ao Procu-
rador-Geral, solicitando a abertura de sindicância, ou de Processo Administrativo Disciplinar,
no caso de o documento ser enviado ao Conselho Superior.

II – propor ao Conselho Superior a instauração de processo administrativo disciplinar


contra integrante da carreira de Procurador do Distrito Federal;

ATENÇÃO
Nas leis, atente-se sempre aos verbos, pois eles apresentam as competências dos órgãos.

 Obs.: o Procurador-Corregedor deve propor a instauração de PAD contra outros Procura-


25m dores. Sozinho, ele não pode instaurar processo disciplinar; quem o faz é o Conselho
Superior, pois o processo disciplinar corresponde à fase de instrução processual na
qual se realiza a defesa, a apuração dos fatos, o contraditório, a produção de provas.

III – acompanhar o estágio probatório e oferecer relatório circunstanciado ao Conselho


Superior para efetivação no cargo de Procurador do Distrito Federal;

 Obs.: dentro da Corregedoria, quem acompanha o estágio probatório e elabora o relatório


cirscuntanciado sobre esse período é o Corregedor.

IV – oficiar ao Conselho Superior pela exoneração de Procurador do Distrito Federal jul-


gado inapto no estágio probatório;

 Obs.: se o Procurador-Corregedor perceber que o Procurador avaliado no estágio probató-


rio não tem aptidão suficiente para ocupar o cargo, ele deve emitir o relatório citado
no inciso anterior sugerindo a exoneração do servidor. Logo, não é o Corregedor que
exonera, antes, ele apenas emite sua opinião a respeito do assunto. Quem realiza a
decisão de exonerar é o Conselho Superior.
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V – representar ao Conselho Superior e ao Procurador-Geral para as medidas necessá-


rias ao desempenho de suas atribuições, à racionalização e eficiência dos serviços e aquelas
reclamadas pelo interesse público;

 Obs.: o Corregedor pode representar ao Conselho Superior e ao Procurador-Geral a fim de


conseguir as melhorias que forem necessárias para que ele desempenhe suas fun-
ções. Ou seja, ele pode sugerir melhoras aos processos.

VI – oficiar ao Conselho Superior ou ao Procurador-Geral para representação ao Ministé-


rio Público contra Procurador do Distrito Federal, por prática de ilícito penal ou ato de impro-
bidade administrativa;

 Obs.: se um Procurador praticar ilícito penal e o Corregedor tiver conhecimento dessa ação,
ele deve oficiar a ação ao Conselho Superior e ao Procurador-Geral a fim de que a
ação seja representada ao MP.

VII – propor ao Procurador-Geral a edição de atos normativos visando ao aprimoramento


dos serviços da Procuradoria-Geral do Distrito Federal;
VIII – apontar ao Procurador-Geral as necessidades de pessoal ou material nos servi-
30m
ços afetos;
IX – exercer outras atividades correlatas ou que lhe vierem a ser atribuídas ou delegadas;
X – participar das reuniões especiais do Conselho Superior, realizadas para tratar de
assuntos disciplinares, sem direito a voto;

 Obs.: o Procurador-Corregedor pode participar das reuniões do Conselho Superior apresen-


tando informações a respeito do membro que está sendo julgado, mas não pode votar.

XI – prestar auxílio ao Procurador-Geral e aos dirigentes dos órgãos da Procuradoria-


-Geral do Distrito Federal na execução das medidas que objetivem o melhoramento e a regu-
laridade das atividades e serviços;
XII – instaurar e realizar correições nos órgãos da Procuradoria-Geral do Distrito Federal
e demais órgãos e entidades que compõem o sistema jurídico Distrital;
XIII – submeter ao Conselho Superior relatório sobre avaliação periódica de desempenho
dos Procuradores do Distrito Federal, procedida nas unidades da Procuradoria-Geral do Distrito
Federal;
ANOTAÇÕES

XIV – submeter ao Conselho Superior parecer em sindicâncias e processos administrativos


disciplinares;
XV – requisitar de qualquer autoridade ou servidor da Administração Pública do Distrito
Federal certidões, diligências, exames, pareceres técnicos e informações indispensáveis ao
desempenho de suas funções, observados os prazos legais e regimentais aplicáveis.

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XIII – submeter ao Conselho Superior relatório sobre avaliação periódica de desempenho


dos Procuradores do Distrito Federal, procedida nas unidades da Procuradoria-Geral do Dis-
trito Federal;
XIV – submeter ao Conselho Superior parecer em sindicâncias e processos administrati-
vos disciplinares;
XV – requisitar de qualquer autoridade ou servidor da Administração Pública do Distrito
Federal certidões, diligências, exames, pareceres técnicos e informações indispensáveis ao
desempenho de suas funções, observados os prazos legais e regimentais aplicáveis.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Gilcimar Rodrigues.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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