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STJ-Petição Eletrônica (AgRg) 00510798/2021 recebida em 31/05/2021 10:46:33 (e-STJ Fl.

6641)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO RELATOR DO AREsp nº 1392373/MG DO


SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA.

Autos nº.: Agravo em Recurso Especial Nº. 1392373 - MG Sexta Turma do STJ

AROLDO NUNES DE OLIVEIRA, devidamente qualificado nos autos do


processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado in fine subscrito, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no que dispõe os artigos
258 e 259 do Regimento Interno do Superior do Tribunal de Justiça, interpor o presente

AGRAVO REGIMENTAL
Petição Eletrônica juntada ao processo em 31/05/2021 ?s 10:51:00 pelo usu?rio: SISTEMA JUSTIÇA - SERVIÇOS AUTOMÁTICOS

contra decisão que NÃO CONHECEU DO AGRAVO EM RECURSO


ESPECIAL, pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas, requerendo, uma vez recebido
o presente agravo, sejam as anexas razões remetidas à Egrégia Sexta Turma desta Corte de
Justiça para julgamento e provimento.
Na mesma ocasião, vem requerer ao Eminente Ministro Relator que
reconsidere a r. decisão que não conheceu do agravo em recurso especial, ou para que seja
feita a apresentação à Mesa, do Plenário ou da Turma, a fim de que sobre ele se manifeste,
reformando a decisão proferida, conforme razões de Agravo que faz produzir em separado.

.
Termos em que pede deferimento.

Montes Claros (MG), 31 de maio de 2021.

LEONARDO DE OLIVEIRA LOPES – ADV.


OAB/MG Nº. 93.993– 11ª Subseção

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EGRÉGIA TURMA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

AGRAVANTE: AROLDO NUNES DE OLIVEIRA


AGRAVADO: MINISTÉRIO PÚBLICO

RAZÕES DE AGRAVO
EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
COLENDA TURMA
DOUTA PROCURADORIA DE JUSTIÇA
ÍNCLITO RELATOR

I – DO CABIMENTO E DA TEMPESTIVIDADE DO PRESENTE AGRAVO:

O artigo 258, do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça determina


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que:
A parte que se considerar agravada por decisão do Presidente da Corte Especial, de
Seção, de Turma ou de relator, à exceção do indeferimento de liminar em
procedimento de habeas corpus e recurso ordinário em habeas corpus, poderá
requerer, dentro de cinco dias, a apresentação do feito em mesa relativo à matéria
penal e geral, para que a Corte Especial, a Seção ou a Turma sobre ela se pronuncie,
confirmando-a ou reformando-a.

No presente caso, tem-se uma decisão monocrática do Exmo. Ministro desta Corte
de Justiça que não conheceu do agravo em recurso especial interposto, mantendo a decisão
que inadmitiu referido recurso, ainda no âmbito do Tribunal a quo.

No entanto, a decisão monocrática mencionada que não conheceu do agravo em


Recurso Especial está fundamentada em argumentos que não correspondem à realidade
processual constante dos autos.

A decisão de não conhecimento do agravo foi disponibilizada no dia 25/05/2021


(terça-feira). Logo, sua publicação se deu no primeiro dia útil seguinte, qual seja, 26/05/2021
(quarta-feira).

Desse modo, a contagem inicial do prazo se deu no dia 27/05/2021 (quinta-feira).

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Contado o prazo de 05 (cinco) dias para a interposição do agravo, tem-se que o


prazo se encerrará em 31/05/2021 (segunda-feira).

Assim, o presente agravo se mostra cabível e tempestivo.

II) – DA DECISÃO HOSTILIZADA.

O Agravante interpôs Recurso Especial requerendo a cassação do v. acórdão


proferido pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que contrariou
expressamente garantias legais.

Na ocasião, o acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais


(Apelação Criminal n. 1.0433.06.173509-1/001), que manteve a condenação do Agravante-
como incurso nos crimes tipificados no arts. 288, parágrafo único; 171, caput (por vinte e uma
vezes); 155, § 2º, II e IV (por duas vezes); 158, § 1º (por quatro vezes), todos do Código
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Penal, reduzindo a pena fixada na sentença.

Interposto Recurso Especial contra acórdão proferido pelo órgão colegiado do


Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, o mesmo não foi admitido sob o entendimento
de que não se encontravam presentes os requisitos autorizadores.

Dentre as justificativas esposadas pelo DD. Presidente da Seção de Direito


Criminal do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, se encontra o
entendimento de que o Agravante não teria demonstrado a alegada vulneração aos
dispositivos arrolados, recaindo sua pretensão no disposto junto a Súmula 7 do STJ.

Em face da r. decisão se interpôs agravo, o qual foi remetido a esta Corte de


Justiça e, após distribuição, o Exmo. Ministro Relator, em decisão monocrática, não conheceu
do agravo, sob os seguintes fundamentos:

O agravo é admissível, pois é tempestivo e impugnou os fundamentos da decisão de


inadmissão. Passo, então, ao exame do recurso especial.
No que se refere ao dissídio jurisprudencial suscitado, o recurso é manifestamente
inadmissível.
Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial (art. 105, III, c, da CF), o
recorrente fará a prova da divergência com a certidão, cópia ou citação do
repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica,
em que houver sido publicado o acórdão divergente, ou ainda com a reprodução de
julgado disponível na internet, com indicação da respectiva fonte, devendo-se, em

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qualquer caso, mencionar as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os


casos confrontados (arts. 1.029 do CPC e 255, § 1º, do RISTJ).
No caso dos autos, a defesa não procedeu ao indispensável cotejo analítico, na
medida em que não demonstrou, de forma analítica, a identidade fática e a
divergência supostamente verificada entre o acórdão impugnado e aqueles indicados
como paradigmas. (...)
No que se refere ao recurso fundado na alínea a (art. 105, III, da CF), verifica-se que
o reclamo também é inadmissível, ante a ausência de prequestionamento da questão
veiculada no recurso.
Ora, a Corte de origem não debateu a tese de violação do art. 59 do Código Penal
sob o enfoque veiculado no recurso especial (análise coletiva das vetoriais da pena-
base). Tampouco eventual omissão sobre essa questão foi suscitada mediante
oposição de aclaratórios ao acórdão da apelação, circunstância que firma a
inexistência de prequestionamento, inclusive implícito, pressuposto indispensável ao
conhecimento do recurso especial (Súmulas 282 e 356/STF).
(...)
Cumpre destacar, ainda, que a ausência de prequestionamento, no caso, também
obsta o exame do recurso especial calcado em dissídio jurisprudencial (art. 105, III,
c, da CF).
Em face do exposto, conheço do agravo para não conhecer do recurso especial (arts.
932, III, do CPC/2015, e 253, parágrafo único, I, do RISTJ).

Em que pese, além do respeito, a admiração que este subscritor nutre pelo
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Eminente Desembargador prolator da r. decisão ora agravada, Sua Excelência, no entender


desta humilde defensoria técnica, data máxima venia, não decidiu com o costumeiro acerto
que lhe é peculiar ao negar, monocraticamente, provimento ao agravo em recurso especial.

Para comprovar o alegado, cumpre fazer algumas ponderações a respeito do


fundamento invocado pelo Provecto Ministro Relator na r. decisão que se visa reformar
através do presente regimental.

Ora, no caso, o v. acórdão ora guerreado, como amplamente demonstrado no


recurso inadmitido, ao condenar o ora Agravante, negou vigência ao artigo 59 do Código
Penal, visto que o Acórdão Guerreado exacerbou indevidamente a pena-base nos delitos
imputados ao réu, tudo aplicado de forma genérica e imotivada, em desrespeito a
individualização das sanções, sendo-lhe tolhida a análise de sua condição pessoal e
subjetiva ao tempo do fato, as quais lhe garantiriam a reprimenda bem próxima ao
patamar mínimo legal previsto.

Lado outro, há a alegação de que “a parte agravante deixou de impugnar


especificamente os referidos fundamentos. Como é cediço, não se conhece do agravo em
recurso especial que não tenha impugnado especificamente todos os fundamentos da decisão
recorrida”.
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Ousamos discordar, data maxima rogata venia, pois a violação aos dispositivos
constitucionais, infraconstitucionais e Súmulas dos Tribunais Superiores (STJ–STF) somadas
à vasta jurisprudência foram objeto de impugnação no que concerne a fundamentação desde a
interposição dos recursos de apelação, recurso especial e extraordinário.

Como perceberão Vossas Excelências, as teses ali defendidas não foram objeto de
enfrentamento por parte do Colendo Tribunal de Justiça Mineiro, que procedeu a análise
coletiva e conjunta das ações típicas, não tendo apreciado cada crime imputado isoladamente,
para fixar em cada um uma sanção base singular e distintamente.

Ora, Excelências, o princípio do duplo grau de jurisdição, diante do v. acórdão ora


recorrido, data maxima venia, não se pode tornar ficção jurídica, tendo em vista que não
houve enfrentamento dos importantes argumentos defensivos trazidos em razões do recurso
especial.
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Nesse compasso é importante consignar que a interposição do recurso foi


tempestiva e o cabimento também ficou evidenciado naquelas razões, sendo certo que todas
as formalidades para interposições do Recurso Especial foram preenchidas.

Além disso, o prejuízo é indiscutível diante da condenação do Agravante que


extrapola os limites da lei. Pois outra dosimetria da pena deve ser elaborada, sob pena de
GRAVE INJUSTIÇA, com análise de todas as circunstâncias judiciais do artigo 59 do
Estatuto Repressivo e, mais, afastando-se a apreciação coletiva e conjunta das ações típicas,
devendo cada crime imputado ser avaliado isoladamente, fixando-se em cada qual uma sanção
base singular e distintamente considerada pelas condições subjetivas e pessoais do réu, ao
tempo do fato.

Ou seja, inexiste, então, o princípio que garante ao suposto acusado o duplo grau
de jurisdição? Devemos, então, deixar transitar em julgado uma eventual condenação, para
então intentar uma revisão criminal para discutir tal matéria?

Desta forma, a respeitável decisão está causando sérios prejuízos ao Agravante,


merecendo ser reparada pela presente medida. Cabível o Agravo Regimental na hipótese, e
estando a matéria especificamente impugnada, a respeitável decisão dever ser integralmente
reformada, por ser medida de direito e de impostergável Justiça!

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III) DO MÉRITO.

A decisão ora agravada, concluiu pelo não conhecimento do Agravo em Recurso


Especial, sob o argumento de que o Agravante teria deixado de impugnar todos os
fundamentos da decisão agravada de maneira específica, alegando ainda falta de
prequestionamento, cotejo analítico e que a questão não foi enfrentada pelo Tribunal de
origem.

Entretanto, a partir da leitura do agravo interposto, é possível verificar que houve


o enfrentamento a todos os argumentos da decisão agravada, não incidindo, na hipótese,
nenhum óbice para que o agravo seja conhecido e, no mérito, provido.

Não restam dúvidas quanto a impugnação a todos os argumentos da decisão


agravada, não existindo motivos para que o agravo regimental não seja conhecido, incidindo,
portanto, em flagrante negativa de prestação jurisdicional, uma vez que o Tribunal a quo
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deixou de analisar os argumentos defensivos estampados no agravo, sob argumentos


inidôneos e que não encontram amparo nos autos.

A violação à garantia a prestação jurisdicional figura cerceamento de defesa, ou


seja, contraria o disposto não só no artigo 93, IX da Carta Magna, como também dos incisos
LIV e LV do artigo 52, cláusulas pétreas que preveem os princípios do devido processo legal e
do contraditório e da ampla defesa.

Deve-se considerar gravosa a atitude do julgador que deixa de analisar


injustificadamente os argumentos submetidos a sua análise pela defesa do acusado, ou que se
utilize de argumentos inidôneos na tentativa de justifica-lo, como ocorreu na espécie.

Além disso, caso seja mantida a decisão impugnada, o prejuízo ao Agravante será
evidente e irreversível, uma vez que não terá seu recurso devidamente analisado e julgado, em
razão do seu não conhecimento fundado em argumentos injustificados.

Não obstante, a validação da violação a princípios e garantias básicos transmite


insegurança jurídica, na medida em que se está legitimando ao judiciário proferir decisões em
total desencontro com a realidade processual e em desrespeito a preceitos constitucionais
básicos, em prejuízo ao jurisdicionado.

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Com o perdão pela insistência: o fato de o Agravo em Recurso Especial não ter
sido submetido a julgamento colegiado solapou duramente o direito de defesa do Recorrente
consubstanciado no exercício do seu direito à sustentação oral, permitindo que todos os
Ministros pudessem efetivamente conhecer, com amplitude, a matéria questionada.

Portanto, a reforma da decisão recorrida é medida que se impõe, a fim de que seja
conhecido o agravo e, após sua análise de mérito, lhe seja dado provimento, dando-se
seguimento ao Agravo em Recurso Especial interposto.

III.1) DO EFEITO TRANSLATIVO DO RECURSO – NECESSIDADE DE


REEXAME DE MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA EM QUE HÁ MANIFESTA
ILEGALIDADE.
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Eminentes Julgadores, como podemos ver no Recurso Especial e no Agravo


julgado monocraticamente, foi trazido à análise por este Tribunal a afronta direta do Acórdão
Agravado ao disposto no artigo 59 do Código Penal e ao Princípio a Individualização da pena.
Haja vista que a decisão combatida no Recurso Especial pecou ao manter exasperada a
pena-base de todos os delitos de forma coletiva, sem (contudo) apontar as circunstâncias
judiciais individuais que expressamente motivaram a fixação para cada delito e para
cada Acusado.

Em regra, não se presta o recurso especial à revisão da dosimetria da pena


estabelecida pelas instâncias ordinárias. Contudo, esta Corte tem admitido o reexame quando
configurada manifesta violação dos critérios dos arts. 59 e 68, do CP, sob o aspecto da
legalidade, nas hipóteses de falta ou evidente deficiência de fundamentação ou ainda de erro
de técnica.

O efeito translativo dos recursos, consiste na possibilidade de o Tribunal,


ultrapassada a admissibilidade do apelo, decidir matéria de ordem pública, sujeita a exame de
ofício em qualquer tempo e grau de jurisdição.

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Não se desconhece que o efeito devolutivo de todo recurso é de ser entendido sob
o ângulo de extensão e profundidade da análise da causa pelo órgão ad quem. A extensão diz
acerca da análise horizontal da matéria posta em juízo, ao passo que a profundidade é a
verticalização da cognição do julgador. Tal verticalização, por muitos considerada como efeito
translativo dos recursos, consiste na possibilidade de o Tribunal, ultrapassada a
admissibilidade do apelo, decidir matéria de ordem pública, sujeita a exame de ofício em
qualquer tempo e grau de jurisdição, como é o caso das nulidades absolutas, das condições da
ação, dos pressupostos processuais e das demais matérias a que se referem o § 3º do art. 485 e
§ 5º do art. 337, ambos do CPC.

Esta Corte Superior já consignou, por sua vez, a posição de que o efeito
translativo dos recursos consiste na possibilidade de o Tribunal, ultrapassada a
admissibilidade do apelo, decidir a matéria de ordem pública, sujeita a exame de ofício em
qualquer tempo e grau de jurisdição. Veja-se:
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AGRAVO REGIMENTAL RECEBIDO COMO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.


EFEITO TRANSLATIVO DO RECURSO ESPECIAL. APELO INADMITIDO NA
ORIGEM. AGRAVO NÃO CONHECIDO POR ILEGIBILIDADE DE PEÇA
OBRIGA TÓRIA. IMPOSSIBILIDADE DE SE RECONHECER A PRESCRIÇÃO.
RECURSO ACOLHIDO SEM EFEITO MODIFICATIVO.
1. O efeito translativo dos recursos, consiste na possibilidade de o Tribunal,
ultrapassada a admissibilidade do apelo, decidir matéria de ordem pública,
sujeita a exame de ofício em qualquer tempo e grau de jurisdição. Porém, no
caso em exame, mostra-se inviável o reconhecimento da prescrição, porquanto o
recurso especial foi inadmitido na origem e o presente agravo sequer foi conhecido,
em razão de traslado ilegível de peça tida por obrigatória pelo art. 544 do CPC. (...)
(AgRg nos EDcl no Ag 983453/SP, Relator Luis Felipe Salomão, julgado em
19/03/2009). (destacou-se).
“Ainda que tivesse a Corte a quo examinado diretamente a questão, não estaria
impedido o Superior Tribunal de Justiça de proceder à sua análise, porque admitido
o recurso especial quanto à matéria de fundo. Conforme jurisprudência assente desta
Corte, o prequestionamento se faz imprescindível até mesmo para arguir as
nulidades absolutas, porque não pode o Superior Tribunal de Justiça conhecê-las de
ofício. Entretanto, a rigidez da observância veio a ser flexibilizada por alguns
acórdãos que entendem possível ao Superior Tribunal de Justiça conhecer das
matérias de ordem pública de ofício se, após ser o especial conhecido, com o
prequestionamento de tese jurídica pertinente, depararem-se os julgadores com
uma nulidade absoluta ou com matéria de ordem pública e que pode levar à
nulidade do julgamento ou a sua rescindibilidade. (MINISTRA ELIANA
CALMON EDcl no RECURSO ESPECIAL Nº 1.149.424 - BA (2009/0136066-0)

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Superado o juízo de admissibilidade, o recurso especial comporta efeito devolutivo


amplo, já que cumprirá ao Tribunal ‘julgar a causa, aplicando o direito à espécie’
(art. 257 do RISTJ; Súmula 456 do STF). Para assim proceder cabe ao órgão
julgador, se necessário, enfrentar a matéria prevista no art. 267, § 3º e no art. 301, §
4º, do CPC. Em outras palavras, a devolutividade do recurso especial, em seu
nível vertical, engloba o efeito translativo, consistente na possibilidade,
atribuída ao órgão julgador, de conhecer de ofício as questões de ordem
pública. No caso, provocado por agravo de instrumento para decidir sobre o
cabimento de exceção de pré-executividade (que fora negado pelo juízo de primeiro
grau), o Tribunal reformou a decisão e, indo além, decidiu o mérito, contra o
recorrente. Houve, portanto, duplo error in procedendo: o do julgamento ultra petita
e o da reformatio in pejus, o que acarreta sua nulidade. (MINISTRO Teori Zavascki,
RECURSO ESPECIAL Nº 869.534 - SP (2006/0158710-8)., DJe 10/12/2007).

PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM


RECURSO ESPECIAL. ART. 171 DO CÓDIGO PENAL CONDENAÇÃO.
DOSIMETRIA. PENA-BASE. EXASPERAÇÃO. CONDUTA SOCIAL E
CONSEQUÊNCIAS DO DELITO. FUNDAMENTOS CONCRETOS.
CULPABILIDADE E MOTIVOS DO CRIME. FUNDAMENTOS ABSTRATOS.
AGRAVO REGIMENTAL PARCIALMENTE PROVIDO.
1. Reconsiderada a decisão que negou provimento ao agravo em recurso especial.
2. Em regra, não se presta o recurso especial à revisão da dosimetria da pena
estabelecida pelas instâncias ordinárias. Admite-se o reexame quando
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configurada manifesta violação dos critérios dos arts. 59 e 68, do CP, sob o
aspecto da legalidade, nas hipóteses de falta ou evidente deficiência de
fundamentação ou ainda de erro de técnica.
3. Nos termos da jurisprudência desta Corte Superior, A exasperação da pena-base
não se dá por critério objetivo ou matemático, uma vez que é admissível certa
discricionariedade do órgão julgador, desde que vinculada aos elementos concretos
dos autos (AgInt no HC 352.885/SP, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR,
SEXTA TURMA, julgado em 17/05/2016, DJe 09/06/2016).
4. A existência de elementos concretos para a exasperação da pena-base que
desbordam o tipo penal, evidenciam maior reprovabilidade da conduta a justificar a
sua fixação acima do mínimo legal.
5. Tendo a corte de origem feito referência a fundamentos genéricos quanto à
culpabilidade e aos motivos do delito, não indicando elementos concretos aptos a
justificar o aumento da pena, evidencia-se a ocorrência de ilegalidade, devendo ser
redimensionada a pena, com o proporcional afastamento dessas circunstâncias.
6. Agravo regimental parcialmente provido, para conhecer do agravo em recurso
especial e dar-lhe parcial provimento para fixar a pena do agravante em 2 anos e 6
meses de reclusão e 50 dias-multa, em regime semiaberto.
(AgRg no AREsp 301.889/MG, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA,
julgado em 13/12/2016, DJe 19/12/2016)

Ante o exposto, o presente Recurso de Agravo deverá ser recebido e provido.


porquanto a v. decisão hostilizada não se encontra em conformidade com a legislação
correlata, tão pouco com entendimento solidificado do Egrégio Superior Tribunal de Justiça.

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STJ-Petição Eletrônica (AgRg) 00510798/2021 recebida em 31/05/2021 10:46:33 (e-STJ Fl.6650)

III.2) DA NEGATIVA À VIGÊNCIA DE LEI FEDERAL - afronta ao artigo


59 do Código Penal.

No presente caso, não restam dúvidas que o Acórdão prolatado afronta


diretamente o artigo 59 do Código Penal, já que houve uma descabida exacerbação da pena-
base à míngua de fundamentação idônea.
Bem sabemos que a individualização da pena obedece ao sistema trifásico. Nesse
enfoque, pois, a inaugural pena-base deve ser apurada à luz do que rege o art. 68 do Estatuto
Repressivo, a qual remete aos ditames do art. 59 do mesmo diploma legal.

Código Penal: Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59


deste Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e
agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento.
Petição Eletrônica juntada ao processo em 31/05/2021 ?s 10:51:00 pelo usu?rio: SISTEMA JUSTIÇA - SERVIÇOS AUTOMÁTICOS

Em que pese a orientação firmada pela norma penal supra-aludida, a decisão


combatida no Recurso Especial pecou ao manter exasperada a pena-base de todos os delitos
de forma coletiva, sem (contudo) apontar as circunstâncias judiciais individuais que
expressamente motivaram a fixação para cada delito (per si) e para cada réu; confirmando em
parte, a sentença monocrática condenatória.

Nesse ponto específico, extraímos passagem do acórdão que denota


claramente a ausência de fundamento singularizado para o aumento da pena inaugural:

Aqui, registro que, a fim de evitar repetições desnecessárias, a reanálise das


circunstâncias do artigo 59 do CP referentes a todos os réus e a todos os crimes
será feita de forma conjunta, tendo em vista que o magistrado sentenciante as
analisou de maneira idêntica, sem que haja qualquer ofensa ao princípio da
individualização das penas. (... )

Aroldo Nunes de Oliveira:

Crime do art. 288, parágrafo único, do CP

Fixo a pena-base no patamar de 1 (um) ano e 8 (oito) meses de reclusão.


Ausentes atenuantes e agravantes.
Presente a causa de aumento do art. 288, parágrafo único, primeira parte, do CP,
majoro a reprimenda em 1/3 (um terço), concretizando a pena em 2 (dois) anos, 2
(dois) meses e 20 (vinte) dias de reclusão.

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STJ-Petição Eletrônica (AgRg) 00510798/2021 recebida em 31/05/2021 10:46:33 (e-STJ Fl.6651)

Crime do art. 171, caput, do CP (21 vezes)

Tendo em vista que os delitos foram cometidos sob as mesmas circunstâncias, o que,
inclusive, impôs idêntica análise das circunstâncias do art. 59 do CP, procederei à
reformulação conjunta das reprimendas, sem qualquer ofensa ao princípio da
individualização das penas.

Fixo as penas-base, para cada um dos delitos, no patamar de 2 (dois) anos e 1 (um)
mês de reclusão, além de 20 (vinte) dias-multa, no valor unitário mínimo.

Ausentes atenuantes e agravantes, bem como causas de aumento ou diminuição,


concretizo as reprimendas no quantum acima anotado.

Crime do art. 155, §4º, II e IV, do CP (2 vezes)

Tendo em vista que os delitos foram cometidos sob as mesmas circunstâncias, o que,
inclusive, impôs idêntica análise das circunstâncias do art. 59 do CP, procederei à
reformulação conjunta das reprimendas, sem qualquer ofensa ao princípio da
individualização das penas.

Fixo as penas-base, para cada um dos delitos, no patamar de 3 (três) anos de


reclusão e 30 (trinta) dias-multa.
Petição Eletrônica juntada ao processo em 31/05/2021 ?s 10:51:00 pelo usu?rio: SISTEMA JUSTIÇA - SERVIÇOS AUTOMÁTICOS

Ausentes atenuantes e agravantes, bem como causas de aumento ou diminuição,


concretizo as reprimendas no quantum acima anotado.

Crime do art. 158, §1º, do CP (4 vezes)

Tendo em vista que os delitos foram cometidos sob as mesmas circunstâncias, o que,
inclusive, impôs idêntica análise das circunstâncias do art. 59 do CP, procederei à
reformulação conjunta das reprimendas, sem qualquer ofensa ao princípio da
individualização das penas.

Fixo as penas-base, para cada um dos crimes, no patamar de 4 (quatro) anos e 8


(oito) meses de reclusão, além de 17 (dezessete) dias-multa.

Ausentes atenuantes e agravantes.

Presente a causa de aumento do art. 158, §1º, do CP, mantenho o aumento do


magistrado sentenciante, qual seja, 1/3 (um terço), ficando as penas em 6 (seis) anos,
2 (dois) meses e 20 (vinte) dias de reclusão, além de 22 (vinte e dois) dias-multa.

Aplicação da regra do art. 69 do CP

Por fim, aplico a regra do concurso material (art. 69 do CP) entre todos os crimes
praticados por Aroldo Nunes de Oliveira ficando as reprimendas concretizadas em
76 (setenta e seis) anos, 10 (dez) meses e 10 (dez) dias de reclusão, além de 518
(quinhentos e dezoito) dias-multa, no valor unitário mínimo.

Tendo em vista o quantum de pena privativa de liberdade imposta, fixo o regime


fechado para o início do cumprimento (art. 33, §2º, "a", do CP), bem como deixo de
substituí-la por penas restritivas de direitos.

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Desse modo, o Relator condutor do voto, embora reconheça a necessidade da


efetiva justificação e motivação da pena-base, fez sua avaliação de forma coletiva para todos
os réus, de maneira indistinta, ignorando maior ou menor participação de cada um nos eventos
criminosos noticiados na lide. Com efeito, ao invés de uma análise pormenorizada de
comportamento, pautou por aplicar mesma circunstância desfavorável da personalidade aos
agentes, justificada por uma abstrata argumentação de conduta social inidônea.

Dessa forma, o acórdão combatido valorou, ainda que equivocadamente, a


personalidade coletiva dos réus, sendo que as demais circunstâncias judiciais individuais do
artigo 59 do Código Penal foram desprezadas.

De outro turno, o Tribunal de origem destacou as características gerais negativas


dos delitos patrimoniais e o pseudo comportamento nefasto dos agentes que supostamente os
perpetraram, para fixar a reprimenda estatal. Afrontou, sem sombra de dúvidas, a norma
exposta no Estatuto Repressivo, colidindo com o princípio da individualização da pena.
Petição Eletrônica juntada ao processo em 31/05/2021 ?s 10:51:00 pelo usu?rio: SISTEMA JUSTIÇA - SERVIÇOS AUTOMÁTICOS

E nesse sentido que esta Corte já entendeu que:

PROCESSUAL PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO HABEAS


CORPUS. CRIME DE RESPONSABILIDADE. PREFEITO. ART. lº DO
DECRETO-LEI N. 201/1967. DOSIMETRIA. PENA BASE. AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO CONCRETA. MANIFESTO CONSTRANGIMENTO
ILEGAL EVIDENCIADO. PRESCRIÇÃO. RECONHECIMENTO. EMBARGOS
REJEITADOS. 1. Não se configura a omissão se o tribunal decide integralmente a
controvérsia, ainda que por fundamentos diversos daqueles invocados pelas partes.
Para motivar suas decisões, o magistrado não precisa se manifestar exaustivamente
sobre todos os pontos arguidos pelas partes, sobretudo se forem impertinentes ou
irrelevantes à formação de seu livre convencimento. Basta que a fundamentação seja
suficiente à adequada e integral solução da lide. 2. O acórdão embargado dirimiu
fundamentadamente a controvérsia e não incorreu em nenhuma omissão que desse
ensejo aos embargos de declaração. 3. A pena-base não pode ser estabelecida
acima do mínimo legal com fundamento em referências vagas, genéricas e em
dados não explicitados, sendo defeso ao magistrado apontar circunstâncias
judiciais como desfavoráveis, sem, todavia, apresentar a motivação devida. 4. O
magistrado singular. No que foi corroborado pela corte de origem. .Ao valorar
negativamente as vetoriais culpabilidade, motivos, circunstâncias e consequências
do crime, para exasperar a pena-base, não fundamentou concretamente sua
convicção e usou fatores inerentes ao tipo penal em apreço, além de confundir
culpabilidade na condição de elemento do crime com a censurabilidade da conduta.
5. Pendentes questões processuais. A ausência de elementos comprobatórios dos
marcos interruptivos indicados e o fato de estar sub judice a matéria relativa à pena-
base., eventual ocorrência da prescrição deve ser examinada pelo juízo das
execuções, a quem compete a análise da matéria, após o trânsito em julgado do
feito, 6. Embargos de declaração rejeitados. (STJ; EDcl-HC 290.438; Proc.
2014/0054942-1; PB; 6ª Turma; Rel. Min. Rogério Schietti Cruz; DJE 01/07/2015)
http:/ /www.jusbrasil.com.br/diarios/ l 10177873/stj-02-03-2016-pg-7462

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HABEAS CORPUS. PENAL. ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO (LEI N"° 6.368/


1976, ART. 14). DOSIMETRIA. MAUS ANTECEDENTES. INVOCAÇÃO DE
INQUÉRITOS E AÇÕES PENAIS EM CURSO. . INADEQUAÇÃO. PENA-BASE
FIXADA NO SEU PATAMAR MÁXIMO. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTOS
IDÔNEOS E SUFICIENTES.
A dosimetria da pena, além de não admitir soluções arbitrárias e voluntaristas,
supõe, como pressuposto de legitimidade, uma adequada fundamentação
racional, revestida dos predicados de logicidade, harmonia e proporcionalidade
com os dados empíricos em que deve se basear. 2. No particular, a sentença, ao
exasperar a pena-base em seu patamar máximo, levando em conta a culpabilidade e
a existência de anotações criminais, não atendeu adequadamente aos requisitos de
coerência interna, de proporcionalidade e de equilíbrio em suas avaliações fáticas à
luz do princípio da individualização da pena. Se não bastasse, o ato judicial está em
dissonância com o que decidido pelo plenário do Supremo Tribunal Federal no
julgamento do re 591.054, o qual firmou a tese de que a existência de inquéritos
policiais ou de ações penais sem trânsito em julgado não pode ser considerada como
maus antecedentes para fins de dosimetria da pena. 3. Nessas circunstâncias, e
considerando a jurisprudência do STF, tem-se situação reveladora de ilegalidade
aferível sem necessidade de revolvimento de fatos e provas. 4. Ordem concedida,
em parte, para determinar ao juízo da vara de execuções penais que proceda ao novo
cálculo da pena-base. (STF; HC 104266; Segunda Turma; Rel. Min. Teori Zavascki;
Julg. 12/05/ 15; DJE 26/05/ 15; Pág. 44}.
http:/ /www.jusbrasil.com.br/diarios/documentos/ 191434267/andamento- do-
processo-n-104266-do-dia-26-05-2015-do-stf?ref=topic_feed
Petição Eletrônica juntada ao processo em 31/05/2021 ?s 10:51:00 pelo usu?rio: SISTEMA JUSTIÇA - SERVIÇOS AUTOMÁTICOS

Conforme reconhecido nas decisões condenatórias de primeira e segunda


instâncias, o Agravante AROLDO é primário e de bons antecedentes. Seu histórico criminal,
por si só, já apontava pela desnecessidade de exacerbação da pena-base no rol de crimes em
que foi condenado. No caso, carecia-lhe de uma avaliação individualizada de condutas; não
sendo justo e nem certo a apreciação coletiva de comportamentos para aplicar a todos os réus
do evento uma mesma sanção base, tal como ocorrera na hipótese em estudo. Verdadeiro
absurdo!

Portanto, demonstrada a afronta a norma federal contida no art. 59 do Código


Penal, o v. acórdão deve ser reformado, impondo-se nova dosimetria da pena, afastando-se a
análise coletiva e conjunta das ações típicas, devendo cada crime imputado ser apreciado
isoladamente, fixando-se em cada um uma sanção base singular e distintamente considerada
pelas condições subjetivas e pessoais do Agravante ao tempo do fato.

Evidenciado, pois, que o Recurso Especial e o subsequente Agravo intentados


demonstraram de forma precisa a vulneração do dispositivo de legislação federal, não há,
portanto, motivos para que o Recurso intentado seja inadmitido, fazendo-se necessária sua
reforma e consequente provimento.

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STJ-Petição Eletrônica (AgRg) 00510798/2021 recebida em 31/05/2021 10:46:33 (e-STJ Fl.6654)

Diante disso, requer o Agravante o recebimento do presente agravo, a fim de que


o v. acórdão seja reformado, pois afronta diretamente o disposto no artigo 59 do Código
Penal, para que a pena-base do Agravante seja fixada no mínimo legal, reformando-se o v.
acórdão agravado.

IV - DOS PEDIDOS:

Ante o exposto, requer: seja recebido e dado PROVIMENTO ao presente agravo,


reformando-se a decisão monocrática para que o Recurso Especial seja admitido e,
consequentemente, após sua análise de mérito, lhe seja dado provimento.

A reconsideração da decisão monocrática ou, alternativamente, a apresentação do


feito em mesa, para que a Egrégia Turma deste Superior Tribunal se manifeste sobre a decisão
Petição Eletrônica juntada ao processo em 31/05/2021 ?s 10:51:00 pelo usu?rio: SISTEMA JUSTIÇA - SERVIÇOS AUTOMÁTICOS

que negou provimento ao recurso especial, a fim de que seja apreciado o pedido de reforma da
decisão para os seguintes fins:

1) A reconsideração da decisão monocrática ou, alternativamente, a apresentação


do feito em mesa, para que a Egrégia Turma deste Superior Tribunal se manifeste sobre a
decisão que negou provimento ao recurso especial, a fim de que seja apreciado o pedido de
reforma da decisão para os seguintes fins:

1.1) seja recebido e dado PROVIMENTO ao presente agravo, reformando-


se a decisão monocrática para que o Agravo em Recurso Especial seja admitido e,
consequentemente, após sua análise de mérito, lhe seja dado total provimento, nos
termos ali requeridos, reformando-se o v. acórdão recorrido.

2) Por fim, sejam concedidos os benefícios da assistência judiciária gratuita, uma


vez que o Agravante se declara pobre no sentido jurídico do termo, não podendo arcar com as
custas processuais sem prejuízo de seu sustento próprio e de sua família, nos termos da Lei
1.060/50, artigos 98 e seguintes do NCPC e art., inciso LXXIV da CF/1988, que asseveram
que a parte gozará dos benefícios da Assistência Gratuita mediante simples afirmação, e a
qualquer tempo do processo.

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Certos estejam Vossas Excelências, que em assim decidindo, estarão julgando de


acordo com o direito, e, sobretudo, restabelecendo, perfazendo e restaurando, na gênese do
verbo, o primado da JUSTIÇA.

Nestes termos pede deferimento.

Montes Claros (MG), 31 de maio de 2021.

LEONARDO DE OLIVEIRA LOPES – ADV.


OAB/MG Nº. 93.993– 11ª Subseção
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO RELATOR DO AREsp nº. 1392373/MG


DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA.

Autos nº.: Agravo em Recurso Especial Nº. 1392373 - MG Sexta Turma do STJ

ATAÍDE CLOVES DE OLIVEIRA, devidamente qualificado nos autos do


processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado in fine subscrito, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no que dispõe os artigos
258 e 259 do Regimento Interno do Superior do Tribunal de Justiça, interpor o presente

AGRAVO REGIMENTAL
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contra decisão que NÃO CONHECEU DO AGRAVO EM RECURSO


ESPECIAL, pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas, requerendo, uma vez recebido
o presente agravo, sejam as anexas razões remetidas à Egrégia Sexta Turma desta Corte de
Justiça para julgamento e provimento.
Na mesma ocasião, vem requerer ao Eminente Ministro Relator que
reconsidere a r. decisão que não conheceu do agravo em recurso especial, ou para que seja
feita a apresentação à Mesa, do Plenário ou da Turma, a fim de que sobre ele se manifeste,
reformando a decisão proferida, conforme razões de Agravo que faz produzir em separado.

Termos em que pede deferimento.

Montes Claros (MG), 31 de maio de 2021.

LEONARDO DE OLIVEIRA LOPES – ADV.


OAB/MG Nº. 93.993– 11ª Subseção

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EGRÉGIA TURMA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

AGRAVANTE: ATAÍDE CLOVES DE OLIVEIRA


AGRAVADO: MINISTÉRIO PÚBLICO

RAZÕES DE AGRAVO
EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
COLENDA TURMA
DOUTA PROCURADORIA DE JUSTIÇA
ÍNCLITO RELATOR

I – DO CABIMENTO E DA TEMPESTIVIDADE DO PRESENTE AGRAVO:

O artigo 258, do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça determina


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que:
A parte que se considerar agravada por decisão do Presidente da Corte Especial, de
Seção, de Turma ou de relator, à exceção do indeferimento de liminar em
procedimento de habeas corpus e recurso ordinário em habeas corpus, poderá
requerer, dentro de cinco dias, a apresentação do feito em mesa relativo à matéria
penal e geral, para que a Corte Especial, a Seção ou a Turma sobre ela se pronuncie,
confirmando-a ou reformando-a.

No presente caso, tem-se uma decisão monocrática do Exmo. Ministro desta Corte
de Justiça que não conheceu do agravo em recurso especial interposto, mantendo a decisão
que inadmitiu referido recurso, ainda no âmbito do Tribunal a quo.

No entanto, a decisão monocrática mencionada que não conheceu do agravo em


Recurso Especial está fundamentada em argumentos que não correspondem à realidade
processual constante dos autos.

A decisão de não conhecimento do agravo foi disponibilizada no dia 25/05/2021


(terça-feira). Logo, sua publicação se deu no primeiro dia útil seguinte, qual seja, 26/05/2021
(quarta-feira).

Desse modo, a contagem inicial do prazo se deu no dia 27/05/2021 (quinta-feira).

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Contado o prazo de 05 (cinco) dias para a interposição do agravo, tem-se que o


prazo se encerrará em 31/05/2021 (segunda-feira).

Assim, o presente agravo se mostra cabível e tempestivo.

II) – DA DECISÃO HOSTILIZADA

O Agravante interpôs Recurso Especial requerendo a cassação do v. acórdão


proferido pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que contrariou
expressamente garantias legais.

Na ocasião, o acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais


(Apelação Criminal n. 1.0433.06.173509-1/001), que manteve a condenação do Agravante-
como incurso nos crimes tipificados no arts. 288, parágrafo único; 171, caput (por vinte e uma
vezes); 155, § 2º, II e IV (por duas vezes); 158, § 1º (por quatro vezes), todos do Código
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Penal, reduzindo a pena fixada na sentença.

Interposto Recurso Especial contra acórdão proferido pelo órgão colegiado do


Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, o mesmo não foi admitido sob o entendimento
de que não se encontravam presentes os requisitos autorizadores.

Dentre as justificativas esposadas pelo DD. Presidente da Seção de Direito


Criminal do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, se encontra o
entendimento de que o Agravante não teria demonstrado a alegada vulneração aos
dispositivos arrolados, recaindo sua pretensão no disposto junto a Súmula 7 do STJ.

Em face da r. decisão se interpôs agravo, o qual foi remetido a esta Corte de


Justiça e, após distribuição, o Exmo. Ministro Relator, em decisão monocrática, não conheceu
do agravo, sob os seguintes fundamentos:

O agravo é admissível, pois é tempestivo e impugnou os fundamentos da decisão de


inadmissão. Passo, então, ao exame do recurso especial.
No que se refere ao dissídio jurisprudencial suscitado, o recurso é manifestamente
inadmissível.
Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial (art. 105, III, c, da CF), o
recorrente fará a prova da divergência com a certidão, cópia ou citação do
repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica,
em que houver sido publicado o acórdão divergente, ou ainda com a reprodução de
julgado disponível na internet, com indicação da respectiva fonte, devendo-se, em

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qualquer caso, mencionar as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os


casos confrontados (arts. 1.029 do CPC e 255, § 1º, do RISTJ).
No caso dos autos, a defesa não procedeu ao indispensável cotejo analítico, na
medida em que não demonstrou, de forma analítica, a identidade fática e a
divergência supostamente verificada entre o acórdão impugnado e aqueles indicados
como paradigmas. (...)
No que se refere ao recurso fundado na alínea a (art. 105, III, da CF), verifica-se que
o reclamo também é inadmissível, ante a ausência de prequestionamento da questão
veiculada no recurso.
Ora, a Corte de origem não debateu a tese de violação do art. 59 do Código Penal
sob o enfoque veiculado no recurso especial (análise coletiva das vetoriais da pena-
base). Tampouco eventual omissão sobre essa questão foi suscitada mediante
oposição de aclaratórios ao acórdão da apelação, circunstância que firma a
inexistência de prequestionamento, inclusive implícito, pressuposto indispensável ao
conhecimento do recurso especial (Súmulas 282 e 356/STF).
(...)
Cumpre destacar, ainda, que a ausência de prequestionamento, no caso, também
obsta o exame do recurso especial calcado em dissídio jurisprudencial (art. 105, III,
c, da CF).
Em face do exposto, conheço do agravo para não conhecer do recurso especial (arts.
932, III, do CPC/2015, e 253, parágrafo único, I, do RISTJ).

Em que pese, além do respeito, a admiração que este subscritor nutre pelo
Petição Eletrônica juntada ao processo em 31/05/2021 ?s 10:51:00 pelo usu?rio: SISTEMA JUSTIÇA - SERVIÇOS AUTOMÁTICOS

Eminente Desembargador prolator da r. decisão ora agravada, Sua Excelência, no entender


desta humilde defensoria técnica, data máxima venia, não decidiu com o costumeiro acerto
que lhe é peculiar ao negar, monocraticamente, provimento ao agravo em recurso especial.

Para comprovar o alegado, cumpre fazer algumas ponderações a respeito do


fundamento invocado pelo Provecto Ministro Relator na r. decisão que se visa reformar
através do presente regimental.

Ora, no caso, o v. acórdão ora guerreado, como amplamente demonstrado no


recurso inadmitido, ao condenar o ora Agravante, negou vigência ao artigo 59 do Código
Penal, visto que o Acórdão Guerreado exacerbou indevidamente a pena-base nos delitos
imputados ao réu, tudo aplicado de forma genérica e imotivada, em desrespeito a
individualização das sanções, sendo-lhe tolhida a análise de sua condição pessoal e
subjetiva ao tempo do fato, as quais lhe garantiriam a reprimenda bem próxima ao
patamar mínimo legal previsto.

Lado outro, há a alegação de que “a parte agravante deixou de impugnar


especificamente os referidos fundamentos. Como é cediço, não se conhece do agravo em
recurso especial que não tenha impugnado especificamente todos os fundamentos da decisão
recorrida”.
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Ousamos discordar, data maxima rogata venia, pois a violação aos dispositivos
constitucionais, infraconstitucionais e Súmulas dos Tribunais Superiores (STJ–STF) somadas
à vasta jurisprudência foram objeto de impugnação no que concerne a fundamentação desde a
interposição dos recursos de apelação, recurso especial e extraordinário.

Como perceberão Vossas Excelências, as teses ali defendidas não foram objeto de
enfrentamento por parte do Colendo Tribunal de Justiça Mineiro, que procedeu a análise
coletiva e conjunta das ações típicas, não tendo apreciado cada crime imputado isoladamente,
para fixar em cada um uma sanção base singular e distintamente.

Ora, Excelências, o princípio do duplo grau de jurisdição, diante do v. acórdão ora


recorrido, data maxima venia, não se pode tornar ficção jurídica, tendo em vista que não
houve enfrentamento dos importantes argumentos defensivos trazidos em razões do recurso
especial.
Petição Eletrônica juntada ao processo em 31/05/2021 ?s 10:51:00 pelo usu?rio: SISTEMA JUSTIÇA - SERVIÇOS AUTOMÁTICOS

Nesse compasso é importante consignar que a interposição do recurso foi


tempestiva e o cabimento também ficou evidenciado naquelas razões, sendo certo que todas
as formalidades para interposições do Recurso Especial foram preenchidas.

Além disso, o prejuízo é indiscutível diante da condenação do Agravante que


extrapola os limites da lei. Pois outra dosimetria da pena deve ser elaborada, sob pena de
GRAVE INJUSTIÇA, com análise de todas as circunstâncias judiciais do artigo 59 do
Estatuto Repressivo e, mais, afastando-se a apreciação coletiva e conjunta das ações típicas,
devendo cada crime imputado ser avaliado isoladamente, fixando-se em cada qual uma sanção
base singular e distintamente considerada pelas condições subjetivas e pessoais do réu, ao
tempo do fato.

Ou seja, inexiste, então, o princípio que garante ao suposto acusado o duplo grau
de jurisdição? Devemos, então, deixar transitar em julgado uma eventual condenação, para
então intentar uma revisão criminal para discutir tal matéria?

Desta forma, a respeitável decisão está causando sérios prejuízos ao Agravante,


merecendo ser reparada pela presente medida. Cabível o Agravo Regimental na hipótese, e
estando a matéria especificamente impugnada, a respeitável decisão dever ser integralmente
reformada, por ser medida de direito e de impostergável Justiça!

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III) DO MÉRITO

A decisão ora agravada, concluiu pelo não conhecimento do Agravo em Recurso


Especial, sob o argumento de que o Agravante teria deixado de impugnar todos os
fundamentos da decisão agravada de maneira específica, alegando ainda falta de
prequestionamento, cotejo analítico e que a questão não foi enfrentada pelo Tribunal de
origem.

Entretanto, a partir da leitura do agravo interposto, é possível verificar que houve


o enfrentamento a todos os argumentos da decisão agravada, não incidindo, na hipótese,
nenhum óbice para que o agravo seja conhecido e, no mérito, provido.

Não restam dúvidas quanto a impugnação a todos os argumentos da decisão


agravada, não existindo motivos para que o agravo regimental não seja conhecido, incidindo,
portanto, em flagrante negativa de prestação jurisdicional, uma vez que o Tribunal a quo
Petição Eletrônica juntada ao processo em 31/05/2021 ?s 10:51:00 pelo usu?rio: SISTEMA JUSTIÇA - SERVIÇOS AUTOMÁTICOS

deixou de analisar os argumentos defensivos estampados no agravo, sob argumentos


inidôneos e que não encontram amparo nos autos.

A violação à garantia a prestação jurisdicional figura cerceamento de defesa, ou


seja, contraria o disposto não só no artigo 93, IX da Carta Magna, como também dos incisos
LIV e LV do artigo 52, cláusulas pétreas que preveem os princípios do devido processo legal e
do contraditório e da ampla defesa.

Deve-se considerar gravosa a atitude do julgador que deixa de analisar


injustificadamente os argumentos submetidos a sua análise pela defesa do acusado, ou que se
utilize de argumentos inidôneos na tentativa de justifica-lo, como ocorreu na espécie.

Além disso, caso seja mantida a decisão impugnada, o prejuízo ao Agravante será
evidente e irreversível, uma vez que não terá seu recurso devidamente analisado e julgado, em
razão do seu não conhecimento fundado em argumentos injustificados.

Não obstante, a validação da violação a princípios e garantias básicos transmite


insegurança jurídica, na medida em que se está legitimando ao judiciário proferir decisões em
total desencontro com a realidade processual e em desrespeito a preceitos constitucionais
básicos, em prejuízo ao jurisdicionado.

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STJ-Petição Eletrônica (AgRg) 00510798/2021 recebida em 31/05/2021 10:46:33 (e-STJ Fl.6662)

Com o perdão pela insistência: o fato de o Agravo em Recurso Especial não ter
sido submetido a julgamento colegiado solapou duramente o direito de defesa do Recorrente
consubstanciado no exercício do seu direito à sustentação oral, permitindo que todos os
Ministros pudessem efetivamente conhecer, com amplitude, a matéria questionada.

Portanto, a reforma da decisão recorrida é medida que se impõe, a fim de que seja
conhecido o agravo e, após sua análise de mérito, lhe seja dado provimento, dando-se
seguimento ao Agravo em Recurso Especial interposto.

III.1) DO EFEITO TRANSLATIVO DO RECURSO – NECESSIDADE DE


REEXAME DE MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA EM QUE HÁ MANIFESTA
ILEGALIDADE.
Petição Eletrônica juntada ao processo em 31/05/2021 ?s 10:51:00 pelo usu?rio: SISTEMA JUSTIÇA - SERVIÇOS AUTOMÁTICOS

Eminentes Julgadores, como podemos ver no Recurso Especial e no Agravo


julgado monocraticamente, foi trazido à análise por este Tribunal a afronta direta do Acórdão
Agravado ao disposto no artigo 59 do Código Penal e ao Princípio a Individualização da pena.
Haja vista que a decisão combatida no Recurso Especial pecou ao manter exasperada a
pena-base de todos os delitos de forma coletiva, sem (contudo) apontar as circunstâncias
judiciais individuais que expressamente motivaram a fixação para cada delito e para
cada Acusado.

Em regra, não se presta o recurso especial à revisão da dosimetria da pena


estabelecida pelas instâncias ordinárias. Contudo, esta Corte tem admitido o reexame quando
configurada manifesta violação dos critérios dos arts. 59 e 68, do CP, sob o aspecto da
legalidade, nas hipóteses de falta ou evidente deficiência de fundamentação ou ainda de erro
de técnica.

O efeito translativo dos recursos, consiste na possibilidade de o Tribunal,


ultrapassada a admissibilidade do apelo, decidir matéria de ordem pública, sujeita a exame de
ofício em qualquer tempo e grau de jurisdição.

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Recebido em 31/05/2021 10:46:33
STJ-Petição Eletrônica (AgRg) 00510798/2021 recebida em 31/05/2021 10:46:33 (e-STJ Fl.6663)

Não se desconhece que o efeito devolutivo de todo recurso é de ser entendido sob
o ângulo de extensão e profundidade da análise da causa pelo órgão ad quem. A extensão diz
acerca da análise horizontal da matéria posta em juízo, ao passo que a profundidade é a
verticalização da cognição do julgador. Tal verticalização, por muitos considerada como efeito
translativo dos recursos, consiste na possibilidade de o Tribunal, ultrapassada a
admissibilidade do apelo, decidir matéria de ordem pública, sujeita a exame de ofício em
qualquer tempo e grau de jurisdição, como é o caso das nulidades absolutas, das condições da
ação, dos pressupostos processuais e das demais matérias a que se referem o § 3º do art. 485 e
§ 5º do art. 337, ambos do CPC.

Esta Corte Superior já consignou, por sua vez, a posição de que o efeito
translativo dos recursos consiste na possibilidade de o Tribunal, ultrapassada a
admissibilidade do apelo, decidir a matéria de ordem pública, sujeita a exame de ofício em
qualquer tempo e grau de jurisdição. Veja-se:
Petição Eletrônica juntada ao processo em 31/05/2021 ?s 10:51:00 pelo usu?rio: SISTEMA JUSTIÇA - SERVIÇOS AUTOMÁTICOS

AGRAVO REGIMENTAL RECEBIDO COMO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.


EFEITO TRANSLATIVO DO RECURSO ESPECIAL. APELO INADMITIDO NA
ORIGEM. AGRAVO NÃO CONHECIDO POR ILEGIBILIDADE DE PEÇA
OBRIGA TÓRIA. IMPOSSIBILIDADE DE SE RECONHECER A PRESCRIÇÃO.
RECURSO ACOLHIDO SEM EFEITO MODIFICATIVO.
1. O efeito translativo dos recursos, consiste na possibilidade de o Tribunal,
ultrapassada a admissibilidade do apelo, decidir matéria de ordem pública,
sujeita a exame de ofício em qualquer tempo e grau de jurisdição. Porém, no
caso em exame, mostra-se inviável o reconhecimento da prescrição, porquanto o
recurso especial foi inadmitido na origem e o presente agravo sequer foi conhecido,
em razão de traslado ilegível de peça tida por obrigatória pelo art. 544 do CPC. (...)
(AgRg nos EDcl no Ag 983453/SP, Relator Luis Felipe Salomão, julgado em
19/03/2009). (destacou-se).
“Ainda que tivesse a Corte a quo examinado diretamente a questão, não estaria
impedido o Superior Tribunal de Justiça de proceder à sua análise, porque admitido
o recurso especial quanto à matéria de fundo. Conforme jurisprudência assente desta
Corte, o prequestionamento se faz imprescindível até mesmo para arguir as
nulidades absolutas, porque não pode o Superior Tribunal de Justiça conhecê-las de
ofício. Entretanto, a rigidez da observância veio a ser flexibilizada por alguns
acórdãos que entendem possível ao Superior Tribunal de Justiça conhecer das
matérias de ordem pública de ofício se, após ser o especial conhecido, com o
prequestionamento de tese jurídica pertinente, depararem-se os julgadores com
uma nulidade absoluta ou com matéria de ordem pública e que pode levar à
nulidade do julgamento ou a sua rescindibilidade. (MINISTRA ELIANA
CALMON EDcl no RECURSO ESPECIAL Nº 1.149.424 - BA (2009/0136066-0)

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STJ-Petição Eletrônica (AgRg) 00510798/2021 recebida em 31/05/2021 10:46:33 (e-STJ Fl.6664)

Superado o juízo de admissibilidade, o recurso especial comporta efeito devolutivo


amplo, já que cumprirá ao Tribunal ‘julgar a causa, aplicando o direito à espécie’
(art. 257 do RISTJ; Súmula 456 do STF). Para assim proceder cabe ao órgão
julgador, se necessário, enfrentar a matéria prevista no art. 267, § 3º e no art. 301, §
4º, do CPC. Em outras palavras, a devolutividade do recurso especial, em seu
nível vertical, engloba o efeito translativo, consistente na possibilidade,
atribuída ao órgão julgador, de conhecer de ofício as questões de ordem
pública. No caso, provocado por agravo de instrumento para decidir sobre o
cabimento de exceção de pré-executividade (que fora negado pelo juízo de primeiro
grau), o Tribunal reformou a decisão e, indo além, decidiu o mérito, contra o
recorrente. Houve, portanto, duplo error in procedendo: o do julgamento ultra petita
e o da reformatio in pejus, o que acarreta sua nulidade. (MINISTRO Teori Zavascki,
RECURSO ESPECIAL Nº 869.534 - SP (2006/0158710-8)., DJe 10/12/2007).

PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM


RECURSO ESPECIAL. ART. 171 DO CÓDIGO PENAL CONDENAÇÃO.
DOSIMETRIA. PENA-BASE. EXASPERAÇÃO. CONDUTA SOCIAL E
CONSEQUÊNCIAS DO DELITO. FUNDAMENTOS CONCRETOS.
CULPABILIDADE E MOTIVOS DO CRIME. FUNDAMENTOS ABSTRATOS.
AGRAVO REGIMENTAL PARCIALMENTE PROVIDO.
1. Reconsiderada a decisão que negou provimento ao agravo em recurso especial.
2. Em regra, não se presta o recurso especial à revisão da dosimetria da pena
estabelecida pelas instâncias ordinárias. Admite-se o reexame quando
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configurada manifesta violação dos critérios dos arts. 59 e 68, do CP, sob o
aspecto da legalidade, nas hipóteses de falta ou evidente deficiência de
fundamentação ou ainda de erro de técnica.
3. Nos termos da jurisprudência desta Corte Superior, A exasperação da pena-base
não se dá por critério objetivo ou matemático, uma vez que é admissível certa
discricionariedade do órgão julgador, desde que vinculada aos elementos concretos
dos autos (AgInt no HC 352.885/SP, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR,
SEXTA TURMA, julgado em 17/05/2016, DJe 09/06/2016).
4. A existência de elementos concretos para a exasperação da pena-base que
desbordam o tipo penal, evidenciam maior reprovabilidade da conduta a justificar a
sua fixação acima do mínimo legal.
5. Tendo a corte de origem feito referência a fundamentos genéricos quanto à
culpabilidade e aos motivos do delito, não indicando elementos concretos aptos a
justificar o aumento da pena, evidencia-se a ocorrência de ilegalidade, devendo ser
redimensionada a pena, com o proporcional afastamento dessas circunstâncias.
6. Agravo regimental parcialmente provido, para conhecer do agravo em recurso
especial e dar-lhe parcial provimento para fixar a pena do agravante em 2 anos e 6
meses de reclusão e 50 dias-multa, em regime semiaberto.
(AgRg no AREsp 301.889/MG, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA,
julgado em 13/12/2016, DJe 19/12/2016)

Ante o exposto, o presente Recurso de Agravo deverá ser recebido e provido.


porquanto a v. decisão hostilizada não se encontra em conformidade com a legislação
correlata, tão pouco com entendimento solidificado do Egrégio Superior Tribunal de Justiça.

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STJ-Petição Eletrônica (AgRg) 00510798/2021 recebida em 31/05/2021 10:46:33 (e-STJ Fl.6665)

III.2) DA NEGATIVA À VIGÊNCIA DE LEI FEDERAL - afronta ao artigo


59 do Código Penal.

No presente caso, não restam dúvidas que o Acórdão prolatado afronta


diretamente o artigo 59 do Código Penal, já que houve uma descabida exacerbação da pena-
base à míngua de fundamentação idônea.
Bem sabemos que a individualização da pena obedece ao sistema trifásico. Nesse
enfoque, pois, a inaugural pena-base deve ser apurada à luz do que rege o art. 68 do Estatuto
Repressivo, a qual remete aos ditames do art. 59 do mesmo diploma legal.

Código Penal: Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59


deste Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e
agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento.
Petição Eletrônica juntada ao processo em 31/05/2021 ?s 10:51:00 pelo usu?rio: SISTEMA JUSTIÇA - SERVIÇOS AUTOMÁTICOS

Em que pese a orientação firmada pela norma penal supra-aludida, a decisão


combatida no Recurso Especial pecou ao manter exasperada a pena-base de todos os delitos
de forma coletiva, sem (contudo) apontar as circunstâncias judiciais individuais que
expressamente motivaram a fixação para cada delito (per si) e para cada réu; confirmando em
parte, a sentença monocrática condenatória.

Nesse ponto específico, extraímos passagem do acórdão que denota


claramente a ausência de fundamento singularizado para o aumento da pena inaugural:

Aqui, registro que, a fim de evitar repetições desnecessárias, a reanálise das


circunstâncias do artigo 59 do CP referentes a todos os réus e a todos os crimes
será feita de forma conjunta, tendo em vista que o magistrado sentenciante as
analisou de maneira idêntica, sem que haja qualquer ofensa ao princípio da
individualização das penas. (... )

Ataíde Cloves de Oliveira:

Crime do art. 288, parágrafo único, do CP

Fixo a pena-base no patamar de 1 (um) ano e 8 (oito) meses de reclusão.


Ausentes atenuantes e agravantes.
Presente a causa de aumento do art. 288, parágrafo único, primeira parte, do CP,
majoro a reprimenda em 1/3 (um terço), concretizando a pena em 2 (dois) anos, 2
(dois) meses e 20 (vinte) dias de reclusão.

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Crime do art. 171, caput, do CP (21 vezes)

Tendo em vista que os delitos foram cometidos sob as mesmas circunstâncias, o que,
inclusive, impôs idêntica análise das circunstâncias do art. 59 do CP, procederei à
reformulação conjunta das reprimendas, sem qualquer ofensa ao princípio da
individualização das penas.

Fixo as penas-base, para cada um dos delitos, no patamar de 2 (dois) anos e 1 (um)
mês de reclusão, além de 20 (vinte) dias-multa, no valor unitário mínimo.

Ausentes atenuantes e agravantes, bem como causas de aumento ou diminuição,


concretizo as reprimendas no quantum acima anotado.

Crime do art. 155, §4º, II e IV, do CP (2 vezes)

Tendo em vista que os delitos foram cometidos sob as mesmas circunstâncias, o que,
inclusive, impôs idêntica análise das circunstâncias do art. 59 do CP, procederei à
reformulação conjunta das reprimendas, sem qualquer ofensa ao princípio da
individualização das penas.

Fixo as penas-base, para cada um dos delitos, no patamar de 3 (três) anos de


reclusão e 30 (trinta) dias-multa.
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Ausentes atenuantes e agravantes, bem como causas de aumento ou diminuição,


concretizo as reprimendas no quantum acima anotado.

Crime do art. 158, §1º, do CP (4 vezes)

Tendo em vista que os delitos foram cometidos sob as mesmas circunstâncias, o que,
inclusive, impôs idêntica análise das circunstâncias do art. 59 do CP, procederei à
reformulação conjunta das reprimendas, sem qualquer ofensa ao princípio da
individualização das penas.

Fixo as penas-base, para cada um dos crimes, no patamar de 4 (quatro) anos e 8


(oito) meses de reclusão, além de 17 (dezessete) dias-multa.

Ausentes atenuantes e agravantes.

Presente a causa de aumento do art. 158, §1º, do CP, mantenho o aumento do


magistrado sentenciante, qual seja, 1/3 (um terço), ficando as penas em 6 (seis) anos,
2 (dois) meses e 20 (vinte) dias de reclusão, além de 22 (vinte e dois) dias-multa.

Aplicação da regra do art. 69 do CP

Por fim, aplico a regra do concurso material (art. 69 do CP) entre todos os crimes
praticados por Ataíde Cloves de Oliveira ficando as reprimendas concretizadas em
76 (setenta e seis) anos, 10 (dez) meses e 10 (dez) dias de reclusão, além de 518
(quinhentos e dezoito) dias-multa, no valor unitário mínimo.

Tendo em vista o quantum de pena privativa de liberdade imposta, fixo o regime


fechado para o início do cumprimento (art. 33, §2º, "a", do CP), bem como deixo de
substituí-la por penas restritivas de direitos.

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Desse modo, o Relator condutor do voto, embora reconheça a necessidade da


efetiva justificação e motivação da pena-base, fez sua avaliação de forma coletiva para todos
os réus, de maneira indistinta, ignorando maior ou menor participação de cada um nos eventos
criminosos noticiados na lide. Com efeito, ao invés de uma análise pormenorizada de
comportamento, pautou por aplicar mesma circunstância desfavorável da personalidade aos
agentes, justificada por uma abstrata argumentação de conduta social inidônea.

Dessa forma, o acórdão combatido valorou, ainda que equivocadamente, a


personalidade coletiva dos réus, sendo que as demais circunstâncias judiciais individuais do
artigo 59 do Código Penal foram desprezadas.

De outro turno, o Tribunal de origem destacou as características gerais negativas


dos delitos patrimoniais e o pseudo comportamento nefasto dos agentes que supostamente os
perpetraram, para fixar a reprimenda estatal. Afrontou, sem sombra de dúvidas, a norma
exposta no Estatuto Repressivo, colidindo com o princípio da individualização da pena.
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E nesse sentido que esta Corte já entendeu que:

PROCESSUAL PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO HABEAS


CORPUS. CRIME DE RESPONSABILIDADE. PREFEITO. ART. lº DO
DECRETO-LEI N. 201/1967. DOSIMETRIA. PENA BASE. AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO CONCRETA. MANIFESTO CONSTRANGIMENTO
ILEGAL EVIDENCIADO. PRESCRIÇÃO. RECONHECIMENTO. EMBARGOS
REJEITADOS. 1. Não se configura a omissão se o tribunal decide integralmente a
controvérsia, ainda que por fundamentos diversos daqueles invocados pelas partes.
Para motivar suas decisões, o magistrado não precisa se manifestar exaustivamente
sobre todos os pontos arguidos pelas partes, sobretudo se forem impertinentes ou
irrelevantes à formação de seu livre convencimento. Basta que a fundamentação seja
suficiente à adequada e integral solução da lide. 2. O acórdão embargado dirimiu
fundamentadamente a controvérsia e não incorreu em nenhuma omissão que desse
ensejo aos embargos de declaração. 3. A pena-base não pode ser estabelecida
acima do mínimo legal com fundamento em referências vagas, genéricas e em
dados não explicitados, sendo defeso ao magistrado apontar circunstâncias
judiciais como desfavoráveis, sem, todavia, apresentar a motivação devida. 4. O
magistrado singular. No que foi corroborado pela corte de origem. .Ao valorar
negativamente as vetoriais culpabilidade, motivos, circunstâncias e consequências
do crime, para exasperar a pena-base, não fundamentou concretamente sua
convicção e usou fatores inerentes ao tipo penal em apreço, além de confundir
culpabilidade na condição de elemento do crime com a censurabilidade da conduta.
5. Pendentes questões processuais. A ausência de elementos comprobatórios dos
marcos interruptivos indicados e o fato de estar sub judice a matéria relativa à pena-
base., eventual ocorrência da prescrição deve ser examinada pelo juízo das
execuções, a quem compete a análise da matéria, após o trânsito em julgado do
feito, 6. Embargos de declaração rejeitados. (STJ; EDcl-HC 290.438; Proc.
2014/0054942-1; PB; 6ª Turma; Rel. Min. Rogério Schietti Cruz; DJE 01/07/2015)
http:/ /www.jusbrasil.com.br/diarios/ l 10177873/stj-02-03-2016-pg-7462

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STJ-Petição Eletrônica (AgRg) 00510798/2021 recebida em 31/05/2021 10:46:33 (e-STJ Fl.6668)

HABEAS CORPUS. PENAL. ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO (LEI N"° 6.368/


1976, ART. 14). DOSIMETRIA. MAUS ANTECEDENTES. INVOCAÇÃO DE
INQUÉRITOS E AÇÕES PENAIS EM CURSO. . INADEQUAÇÃO. PENA-BASE
FIXADA NO SEU PATAMAR MÁXIMO. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTOS
IDÔNEOS E SUFICIENTES.
A dosimetria da pena, além de não admitir soluções arbitrárias e voluntaristas,
supõe, como pressuposto de legitimidade, uma adequada fundamentação
racional, revestida dos predicados de logicidade, harmonia e proporcionalidade
com os dados empíricos em que deve se basear. 2. No particular, a sentença, ao
exasperar a pena-base em seu patamar máximo, levando em conta a culpabilidade e
a existência de anotações criminais, não atendeu adequadamente aos requisitos de
coerência interna, de proporcionalidade e de equilíbrio em suas avaliações fáticas à
luz do princípio da individualização da pena. Se não bastasse, o ato judicial está em
dissonância com o que decidido pelo plenário do Supremo Tribunal Federal no
julgamento do re 591.054, o qual firmou a tese de que a existência de inquéritos
policiais ou de ações penais sem trânsito em julgado não pode ser considerada como
maus antecedentes para fins de dosimetria da pena. 3. Nessas circunstâncias, e
considerando a jurisprudência do STF, tem-se situação reveladora de ilegalidade
aferível sem necessidade de revolvimento de fatos e provas. 4. Ordem concedida,
em parte, para determinar ao juízo da vara de execuções penais que proceda ao novo
cálculo da pena-base. (STF; HC 104266; Segunda Turma; Rel. Min. Teori Zavascki;
Julg. 12/05/ 15; DJE 26/05/ 15; Pág. 44}.
http:/ /www.jusbrasil.com.br/diarios/documentos/ 191434267/andamento- do-
processo-n-104266-do-dia-26-05-2015-do-stf?ref=topic_feed
Petição Eletrônica juntada ao processo em 31/05/2021 ?s 10:51:00 pelo usu?rio: SISTEMA JUSTIÇA - SERVIÇOS AUTOMÁTICOS

Conforme reconhecido nas decisões condenatórias de primeira e segunda


instâncias, o Agravante ATAÍDE é primário e de bons antecedentes. Seu histórico criminal,
por si só, já apontava pela desnecessidade de exacerbação da pena-base no rol de crimes em
que foi condenado. No caso, carecia-lhe de uma avaliação individualizada de condutas; não
sendo justo e nem certo a apreciação coletiva de comportamentos para aplicar a todos os réus
do evento uma mesma sanção base, tal como ocorrera na hipótese em estudo. Verdadeiro
absurdo!

Portanto, demonstrada a afronta a norma federal contida no art. 59 do Código


Penal, o v. acórdão deve ser reformado, impondo-se nova dosimetria da pena, afastando-se a
análise coletiva e conjunta das ações típicas, devendo cada crime imputado ser apreciado
isoladamente, fixando-se em cada um uma sanção base singular e distintamente considerada
pelas condições subjetivas e pessoais do Agravante ao tempo do fato.

Evidenciado, pois, que o Recurso Especial e o subsequente Agravo intentados


demonstraram de forma precisa a vulneração do dispositivo de legislação federal, não há,
portanto, motivos para que o Recurso intentado seja inadmitido, fazendo-se necessária sua
reforma e consequente provimento.

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Diante disso, requer o Agravante o recebimento do presente agravo, a fim de que


o v. acórdão seja reformado, pois afronta diretamente o disposto no artigo 59 do Código
Penal, para que a pena-base do Agravante seja fixada no mínimo legal, reformando-se o v.
acórdão agravado.

IV - DOS PEDIDOS:

Ante o exposto, requer: seja recebido e dado PROVIMENTO ao presente agravo,


reformando-se a decisão monocrática para que o Recurso Especial seja admitido e,
consequentemente, após sua análise de mérito, lhe seja dado provimento.

A reconsideração da decisão monocrática ou, alternativamente, a apresentação do


feito em mesa, para que a Egrégia Turma deste Superior Tribunal se manifeste sobre a decisão
que negou provimento ao recurso especial, a fim de que seja apreciado o pedido de reforma da
Petição Eletrônica juntada ao processo em 31/05/2021 ?s 10:51:00 pelo usu?rio: SISTEMA JUSTIÇA - SERVIÇOS AUTOMÁTICOS

decisão para os seguintes fins:

1) A reconsideração da decisão monocrática ou, alternativamente, a apresentação


do feito em mesa, para que a Egrégia Turma deste Superior Tribunal se manifeste sobre a
decisão que negou provimento ao recurso especial, a fim de que seja apreciado o pedido de
reforma da decisão para os seguintes fins:

1.1) seja recebido e dado PROVIMENTO ao presente agravo, reformando-


se a decisão monocrática para que o Agravo em Recurso Especial seja admitido e,
consequentemente, após sua análise de mérito, lhe seja dado total provimento, nos
termos ali requeridos, reformando-se o v. acórdão recorrido.

2) Por fim, sejam concedidos os benefícios da assistência judiciária gratuita, uma


vez que o Agravante se declara pobre no sentido jurídico do termo, não podendo arcar com as
custas processuais sem prejuízo de seu sustento próprio e de sua família, nos termos da Lei
1.060/50, artigos 98 e seguintes do NCPC e art., inciso LXXIV da CF/1988, que asseveram
que a parte gozará dos benefícios da Assistência Gratuita mediante simples afirmação, e a
qualquer tempo do processo.

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Certos estejam Vossas Excelências, que em assim decidindo, estarão julgando de


acordo com o direito, e, sobretudo, restabelecendo, perfazendo e restaurando, na gênese do
verbo, o primado da JUSTIÇA.

Nestes termos pede deferimento.

Montes Claros (MG), 31 de maio de 2021.

LEONARDO DE OLIVEIRA LOPES – ADV.


OAB/MG Nº. 93.993– 11ª Subseção
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FLAMINIO DE CAMPOS BARRETO NETO

'MJ

SUBSTABELECIMENTO

Pelo presente instrumento, eu, FLAMINIO DE CAMPOS BARRETO NETO,

advogado inscrito(s) na Ordem dos Advogados do Brasil sob o(s) n.o(s)

294.624, Seção do Estado São Paulo, Subseção Limeira, com escritório

profissional situado na Rua Luciano Amoedo, n° 102, Vila São Geraldo, na

cidade de Limeira/SP, CEP 13480-386, fone/fax (19) 3704-7955, e-mail:

contatogfbnadvocacia.com.br, substabeleço SEM RESERVAS ao advogado

LEONARDO DE OLIVEIRA LOPES, devidamente inscrita na OAB/MG sob n°

93.993, os poderes a mim outorgado por ATAIDE CLOVES DE OLIVEIRA e

AROLDO NUNES DE OLIVEIRA, já qualificados, nos autos do Processo n°

1735091-14.2006.8.13.0433, em trámite perante o Poder Judiciário do


estado de Minas Gerais.
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Limeira, 28 de, maio de 2021.

( 9 2
( .-

FLAMIIO DE CAMPOS BA

OAB-SP 294.6

RUA LUCIANO AMOEDO, N° 102, VILA SÃO GERALDO /LIMEIRA-SP


FONES: 19 3704-7955 /19 3702-3937
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Central do Processo Eletrônico


Petição Incidental

Autor do Documento
LEONARDO DE OLIVEIRA LOPES
CPF: 03757051637 OAB: MG093993

Data de Recebimento do Documento no STJ


Data: 31/05/2021 Hora: 10:46:33

Peticionamento
SEQUENCIAL: 5748705
Processo: AREsp 1392373 (2018/0290359-8)
Tipo de Petição: AGRAVO REGIMENTAL
Parte peticionante:
ATAÍDE CLOVES DE OLIVEIRA
AROLDO NUNES DE OLIVEIRA
Petição Eletrônica juntada ao processo em 31/05/2021 ?s 10:51:00 pelo usu?rio: SISTEMA JUSTIÇA - SERVIÇOS AUTOMÁTICOS

Nome do Arquivo Tipo Hash


Agravo Regimental - Aroldo Nunes de Petição 9513186555BA0D0772435157A372DB0343B
Oliveira.pdf E61BD
Agravo Regimental - Ataíde Cloves de Petição 70453DD4404AEB5831402AEAA78A74289D4
Oliveira.pdf 9E10E
Substabelecimento - Ataíde Cloves de Oliveira Substabelecimento 72F3ED7B32E913BCC4A756A943F509A978B
e Aroldo Nunes de Oliveira.pdf 206D9
Documento assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º. § 2º., Inciso III, alínea “b”, da Lei
11.419/2006.

A exatidão das informações transmitidas é da exclusiva responsabilidade do peticionário (Art. 12 da


Resolução STJ//GP N. 10 de 6 de outubro de 2015).

Os dados contidos na petição podem ser conferidos pela Secretaria Judiciária, que procederá sua
alteração em caso de desconformidade com os documentos apresentados, ficando mantidos os
registros de todos os procedimentos no sistema (Parágrafo único do Art. 12 da Resolução STJ
10/2015 de 6 de outubro de 2015)

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