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Tribunal de Justiça de Minas Gerais

Número do 1.0000.21.090983-4/002 Númeração 5115227-


Relator: Des.(a) Alexandre Santiago
Relator do Acordão: Des.(a) Alexandre Santiago
Data do Julgamento: 12/08/2021
Data da Publicação: 13/09/2021

APELAÇÃO CIVEL - AÇÃO DE COBRANÇA - OBRAS DE INSTALAÇÃO E


EXTENSÃO DE REDE ELETRICA - FINANCIAMENTO POR PARTICULAR -
INCORPORAÇÃO AO PATRIMONIO DA CONCESSIONÁRIA -
RESTITUIÇÃO DEVIDA.

- Nos termos da Resolução nº 414/2010 da ANEEL, financiada a realização


da obra de instalação e expansão da rede elétrica por particular, é devida a
restituição do favor despendida em favor do consumidor.

- As obras construídas com a participação financeira dos consumidores serão


incorporadas aos bens e instalações do concessionário quando concluídas,
creditando-se a contas especiais as importâncias relativas às participações
dos consumidores.

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0000.21.090983-4/002 - COMARCA DE BELO


HORIZONTE - APELANTE(S): CEMIG DISTRIBUICAO S.A. -
APELADO(A)(S): GABRIEL DE ALMEIDA EMPREENDIMENTOS
IMOBILIARIOS LTDA

ACÓRDÃO

Vistos etc., acorda, em Turma, a 8ª CÂMARA CÍVEL do Tribunal de


Justiça do Estado de Minas Gerais, na conformidade da ata dos julgamentos,
em NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO.

DES. ALEXANDRE SANTIAGO

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Tribunal de Justiça de Minas Gerais

RELATOR

DES. ALEXANDRE SANTIAGO (RELATOR)

VOTO

Trata-se de apelação interposta contra a sentença de ordem 42, proferida


pelo MM. Juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de
Belo Horizonte, que julgou procedente o pedido inicial formulado nos autos
da Ação de Cobrança ajuizada pela apelada, GABRIEL DE ALMEIDA
EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA, em desfavor da apelante,
CEMIG DISTRIBUICAO S/A.

Em suas razões recursais, ordem 45, defende a apelante que a autora


"optou por realizar o atendimento via empreiteira PART - Programa de
Ampliação de Rede por Terceiros, em que o cliente faz a opção de contratar
uma empreiteira credenciada, para executar a obra". Nesta situação, salienta
que a execução da obra é feita diretamente entre a empreiteira contratada e
o cliente.

No caso dos autos, informa que o objeto do contrato é para atendimento


de um loteamento, ou seja, empreendimento de múltiplas unidades
consumidoras.

Narra que as empreiteiras credenciadas encaminham o dossiê com a


documentação para aprovação, ensejo em que a Cemig analisa e aprova os
documentos e projeto, e, posteriormente, a obra é liberada para execução.

Aduz que não há valor a ser restituído uma vez que o caso dos autos não
se enquadra nas situações previstas no artigo 37 da

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Resolução 414 da ANEEL, mas sim no seu artigo 48.

Ademais, destaca que no Acerto Financeiro Contábil, onde é


discriminado o valor total da obra e a existência de possível valor referente a
responsabilidade da concessionária, inexiste previsão de qualquer valor de
responsabilidade da CEMIG. Registra que mencionado documento encontra-
se devidamente assinado pela apelada.

Insiste que a negociação em questão foi feita diretamente entre o


empreendedor, apelada, e a empreiteira, sendo que a função da CEMIG
nesta modalidade é apenas aprovar o dossiê, liberar a execução, vistoriar e
receber a obra para incorporação do ativo, nos termos da Resolução
414/2010 da ANEEL.

Pugna, então, pela reforma da sentença a fim de que seja julgado


totalmente improcedente o pedido inicial, tendo em vista que a apelada é
inteiramente responsável pelo custeio da obra.

Preparo devidamente recolhido.

Contrarrazões apresentadas à ordem 52, pugnando o apelado pela


manutenção da sentença ao argumento de que não há que se falar em
existência de empreendimento de múltiplas unidades consumidoras
(condomínio), mas sim, expansão do município, motivo pelo qual, é direito da
recorrida em ser ressarcida pelos investimentos realizados para antecipar os
serviços de obrigatoriedade da recorrente.

É o relatório.

Decido.

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do

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recurso.

Extrai-se dos autos que as partes celebraram contrato para a realização


de obras de extensão e instalação de rede elétrica no loteamento da autora,
aberto na cidade de Luz/MG, para ampliação do bairro Nossa Senhora
Aparecida.

Noticia a autora que, tendo em vista a necessidade de agilizar a


instalação da estrutura, realizou as obras necessárias nos termos
contratados, conforme autoriza a Resolução 414 da ANEEL, por meio de
empresa interveniente-anuente autorizada, sendo acompanhada em todas as
fases pela requerida.

Informa que o valor referente ao custo da extensão da rede elétrica pago


pela requerente foi de R$ 228.000,00 (duzentos e vinte e oito mil reais), o
que restou devidamente autorizado pela requerida.

Segundo a autora, restou pactuado que o valor investido seria ressarcido


pela requerida logo após a energização da obra (cláusula segunda, parágrafo
quinto), contudo, esta não cumpriu a sua obrigação, embora tenha
incorporado toda a estrutura ao seu patrimônio.

Pugna, então, pela condenação da requerida a restituir o valor gasto pela


requerente, devidamente atualizado, o que perfaz o montante de
R$392.578,95 (trezentos e noventa e dois mil quinhentos e setenta e oito
reais e noventa e cinco centavos).

O pedido inicial foi julgado procedente nos seguintes termos:

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido inicial alvitrado por


GABRIEL DE ALMEIDA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA. para
condenar CEMIG DISTRIBUIÇÃO S/A ao pagamento da quantia de
R$392.578,95 (trezentos e noventa e dois mil quinhentos e setenta e oito
reais e noventa e cinco centavos), no qual juros de mora devem

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incidir desde a data da citação, em consonância com as disposições do art.


405 do Código Civil Brasileiro. No que se refere à correção monetária, esta
deve incidir desde a data do efetivo prejuízo (desembolso do valor), em
consonância com a Súmula 43 do STJ.

Cinge-se a controvérsia recursal em apurar se o valor de R$392.578,95


(trezentos e noventa e dois mil quinhentos e setenta e oito reais e noventa e
cinco centavos) despendido pela autora para instalação e energização da
rede elétrica deve ser ressarcido pela requerida.

Anota-se, inicialmente, que a energia elétrica constitui serviço público


essencial, seguro e contínuo, que deve ser prestado pelos órgãos públicos,
por si ou suas empresas, concessionárias ou permissionárias, de forma a
satisfazer a maior quantidade populacional.

Nos termos da Constituição da República de 1988, artigo 21, XII, b, é


competência da União "explorar, diretamente ou mediante autorização,
concessão ou permissão":

b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento


energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se
situam os potenciais hidroenergéticos;

Em âmbito nacional, a ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica


exerce a regulamentação e fiscalização do serviço essencial em referência,
prevendo em sua Resolução Normativa nº 414/2010 acerca da execução de
obras pelo interessado:

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Art. 37. O interessado, individualmente ou em conjunto, e a Administração


Pública Direta ou Indireta podem optar pela execução das obras de extensão
de rede, reforço ou modificação da rede existente.

§1º Para as obras de responsabilidade da distribuidora executadas pelo


interessado, a distribuidora deve verificar o menor valor entre:

I - custo da obra comprovado pelo interessado;

II - orçamento entregue pela distribuidora; e

III - encargo de responsabilidade da distribuidora, nos casos de obras com


participação financeira;

§2º A distribuidora deve restituir ao interessado o menor valor verificado no


§1º, por meio de depósito em conta corrente, cheque nominal, ordem de
pagamento ou crédito na fatura de energia elétrica, conforme opção do
consumidor, no prazo de até 3 (três) meses após a data de aprovação do
comissionamento da obra e recebimento da documentação de que trata a
alínea 'f' do inciso II do §3º, atualizado a partir desta data pelo IGP-M e
acrescido de juros à razão de 0,5% (meio por cento) ao mês pro rata die.

§3º Na execução da obra pelo interessado, devem ser observadas as


seguintes condições:

I - a obra pode ser executada por terceiro legalmente habilitado, previamente


qualificado e com registro no competente conselho de classe, contratado
pelo interessado;

II - a distribuidora deve disponibilizar ao interessado as normas, os padrões


técnicos e demais informações técnicas pertinentes quando solicitadas, no
prazo máximo de 15 (quinze) dias após a solicitação, devendo, no mínimo:

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a) orientar quanto ao cumprimento de exigências estabelecidas;

b) fornecer as especificações técnicas de materiais e equipamentos;

c) informar os requisitos de segurança e proteção;

d) informar que a obra será fiscalizada antes do seu recebimento; e

e) alertar que a não conformidade com as normas e os padrões a que se


referem a alínea 'a' do inciso I do art. 27 implica a recusa do recebimento das
instalações e da ligação da unidade consumidora, até que sejam atendidos
os requisitos estabelecidos no projeto aprovado.

f) informar, por escrito, a relação de documentos necessários para a


incorporação da obra e comprovação dos respectivos custos pelo
interessado.

III - a distribuidora tem o prazo máximo de 30 (trinta) dias para informar ao


interessado o resultado do comissionamento das obras executadas após a
solicitação do interessado, indicando as eventuais ressalvas e, ocorrendo
reprovação, os respectivos motivos e as providências corretivas necessárias;

IV - em caso de reprovação do comissionamento, o interessado pode solicitar


novo comissionamento, observado o prazo estabelecido no inciso III deste
parágrafo, exceto quando ficar caracterizado que a distribuidora não tenha
informado previamente os motivos de reprovação existentes no
comissionamento anterior, sendo que, neste caso, o prazo de novo
comissionamento é de 10 (dez) dias;

V - os materiais e equipamentos utilizados na execução direta da obra pelo


interessado devem ser novos e atender às especificações fornecidas pela
distribuidora, acompanhados das respectivas notas fiscais e termos de
garantia dos fabricantes, sendo vedada a utilização de materiais ou
equipamentos reformados ou reaproveitados;

VI - todos os procedimentos vinculados ao disposto nos incisos II, III e

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IV deste parágrafo, inclusive vistoria e comissionamento para fins de


incorporação aos bens e instalações da distribuidora, devem ser realizados
sem ônus para o interessado, ressalvadas as disposições específicas desta
Resolução;

VII - a execução da obra pelo interessado não pode vincular-se à exigência


de fornecimento de quaisquer equipamentos ou serviços pela distribuidora,
exceto aqueles previstos nos incisos II, III e IV;

VIII - as obras executadas pelo interessado devem ser previamente


acordadas entre este e a distribuidora; e

IX - nos casos de reforços ou de modificações em redes existentes, a


distribuidora deve fornecer autorização por escrito ao interessado,
informando data, hora e prazo compatíveis com a execução dos serviços.

Neste aspecto, a ANEEL cuidou de regulamentar a matéria com o


objetivo de agilizar a distribuição de energia a toda a população, observando
para que o particular não fosse cobrado indevidamente por serviço cujo
custeio da ampliação de sua própria rede de distribuição é devido pela
concessionária, de forma integral.

Ademais, importante registrar que, ainda acerca da extensão dos


serviços de energia elétrica, o Decreto nº 41.019, de 1957, alterado pelo
Decreto nº 98.335/89, dispõe em seu artigo 143 que:

As obras construídas com a participação financeira dos consumidores (arts.


140 e 142) serão incorporadas aos bens e instalações do concessionário
quando concluídas, creditando-se a contas especiais as importâncias
relativas às participações dos consumidores, conforme legislação em vigor.

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No caso concreto, as partes celebraram "Instrumento Particular de


Acordo nº 1102246445" - ordem 8, cujo objeto previsto na cláusula primeira é
o seguinte:

DO OBJETO

CLÁUSULA PRIMEIRA: Constitui objeto do presente ACORDO o


estabelecimento das condições a serem observadas para a realização da
retirada de 04 postes, instalação de 42 postes equipados, instalação de 02
transformadores de 45 KVA para atender loteamento Gabriel de Almeida,
localizado em Luz - MG, de propriedade da CEMIG D, para utilização pelo
CONSUMIDOR.

E, ainda, prevê o parágrafo primeiro que "a obra, incluindo todos os


equipamentos e materiais nela instalados, desde a construção e ou
instalação referida no caput desta cláusula, é de propriedade exclusiva da
CEMIG D e constitui parte integrante de seu sistema elétrico, nos termos do
artigo 143, do Decreto nº 98,335, de 26 de outubro de 1989".

Já sobre a participação financeira, o instrumento prevê:

DA PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA

CLÁUSULA SEGUNDA: O orçamento, estipulado pela INTERVENIENTE -


ANUENTE, da obra objeto deste ACORDO é de R$228.000,00 (duzentos e
vinte e oito mil reais), abaixo descriminado:

(...)

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Em conformidade com os termos acordados, não há dúvida acerca da


participação financeira a ser arcada pela concessionária que, inclusive, terá
toda a obra, "incluindo todos os equipamentos e materiais nela instalados,
desde a construção e ou instalação", incorporada ao seu patrimônio.

A propósito, importante esclarecer que, embora defenda a apelante em


sentido contrário, o próprio instrumento de acordo formalizado entre as
partes estabelece que é regido pelo artigo 37, da Resolução ANEEL
414/2010.

Cumpre, ainda, registrar que o não ressarcimento do valor despendido


em favor da apelada ensejaria no enriquecimento sem causa da
concessionária, o que é vedado em nosso ordenamento jurídico.

Sobre o tema, o colendo STJ já decidiu:

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


LEGITIMIDADE. VERIFICAÇÃO. REEXAME CONTRATUAL E FÁTICO-
PROBATÓRIO. INVIABILIDADE. SÚMULAS 5 E 7/STJ. RESTITUIÇÃO DE
VALORES. PREVISÃO CONTRATUAL. DEVER REVISÃO. PRESCRIÇÃO.
QUINQUENAL. NÃO OCORRÊNCIA. ÍNDICE DE CORREÇÃO
MONETÁRIA. INOVAÇÃO. INADMISSIBILIDADE. AGRAVO NÃO PROVIDO.

1. O Tribunal de origem entendeu, com base nos fatos, provas e conteúdo


contratual dos autos, pela legitimidade passiva da agravante e a revisão da
conclusão adotada esbarra no óbice das Súmulas 5 e 7/STJ. Precedente.

2. Cabível a restituição dos valores investidos nos casos em que haja


previsão contratual. Precedentes.

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3. Estando prevista no contrato a devolução do valor do financiamento para


custeio de obra de extensão de rede elétrica, a pretensão de cobrança dos
valores investidos pelo consumidor prescreve em 20 (vinte) anos, na vigência
do Código Civil de 1916, devendo ser observada a regra de transição
prevista no art. 2.028 do Código Civil de 2002. Precedente.

4. Não se admite a adição de teses não expostas no recurso especial em


sede agravo regimental, por importar em inadmissível inovação recursal.
Precedentes.

5. Agravo regimental a que se nega provimento. (STJ - AREsp nº 232757 /


RS - 2012/0198361-5- RELATOR(A): Min. MARIA ISABEL GALLOTTI -
QUARTA TURMA).

No mesmo sentido este Eg. Tribunal:

APELAÇÃO CÍVEL - COBRANÇA - EXTENSÃO DE REDE ELÉTRICA


CUSTEADA PELO CONSUMIDOR - ENRIQUECIMENTO INDEVIDO -
RESOLUÇÃO ANEEL N.º 250/2007 - REEMBOLSO DEVIDO - ENCARGOS -
SENTENÇA REFORMADA.

I - A extensão de energia elétrica pode ser feita a cargo do consumidor,


obedecidas as especificações impostas pela concessionária, estando, a teor
da Resolução ANEEL n.º 250/07 vigente à época, e sob pena de
enriquecimento indevido, garantido o reembolso dos valores por ele gastos.

II - Em observância ao disposto no art. 4, IV, da Resolução ANEEL n.º


250/07, a quantia a ser restituída deverá ser acrescida de correção monetária
pelo IPCA. (TJMG - Apelação Cível 1.0319.10.000174-6/001, Relator(a):
Des.(a) Peixoto Henriques, 7ª CÂMARA CÍVEL,

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julgamento em 28/11/2017, publicação da súmula em 07/12/2017)

APELAÇÃO CÍVEL - OBRA DE EXTENSÃO DE REDE DE ENERGIA


ELÉTRICA - FINANCIAMENTO POR PARTICULAR - OBRA QUE É
INCORPORADA AO PATRIMÔNIO DA CONCESSIONÁRIA - NEGATIVA DE
RESTITUIÇÃO PREVISTA EM CONTRATO E NO ART. 11 DA
RESOLUÇÃO 233/03 DA ANEEL - OFENSA AO PRINCÍPIO DA BOA FÉ -
VEDAÇÃO AO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA -RESTITUIÇÃO DOS
VALORES ADIANTADOS PELO PARTICULAR - NECESSIDADE. Celebrado
contrato cujo objeto é a realização de obras para extensão de rede de
energia elétrica nas proximidades das propriedades dos autores, que seriam
de responsabilidade da concessionária, mas que foram financiadas pelos
particulares com intuito de celeridade, nos termos do art. 11 da Resolução
233/203 da ANEEL, é cediço o dever de restituição contratualmente e
legalmente previsto, mormente porque a obra realizada é incorporada ao
patrimônio da concessionária, devendo, entretanto, tal restituição observar os
valores efetivamente expendidos pelos autores e não o valor global da obra.
Recurso provido em parte. (TJMG - Apelação Cível 1.0040.11.005856-3/001,
Relator(a): Des.(a) Judimar Biber, 3ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em
12/02/2015, publicação da súmula em 06/03/2015)

Dessa forma, é devido o ressarcimento dos valores despendidos pelo


particular, não só em virtude dos termos acordados, mas, também, em
virtude das obras realizadas pela apelada resultarem em acréscimo
patrimonial da apelante.

Diante do exposto, NEGO PROVIMENTO AO RECURSO.

Custas recursais pela apelante, bem como honorários advocatícios que


majoro para 12% sobre o valor da condenação.

DESA. ÂNGELA DE LOURDES RODRIGUES - De acordo com o(a) Relator

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(a).

DES. CARLOS ROBERTO DE FARIA - De acordo com o(a) Relator(a).

SÚMULA: "NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO"

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