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Ah, os fiscais da moralidade!

Eles estão por


toda parte, julgando você, multando seus
palavrões, tarifando seu cigarro, proibindo
suas palavras. Com seus corações deforma-
dos, esses autonomeados guardiões das vir-
tudes distorcem o que vêem e o que ouvem.
Sem que percebam, vítimas que são de si
próprios, só vêem o que esperam ver, só ou-
vem o que esperam ouvir (e nunca esperam
coisa boa).

Muito se fala da busca de conhecimento, da


importância do estudo como aquilo que de
mais importante o indivíduo pode fazer por
si mesmo. Salta-se, assim, uma etapa funda-
mental no cultivo da inteligência: o cultivo
de um coração calmo, capaz de absorver os
elementos da realidade sem distorcê-los.
Se o que entra em você já entra deformado,
nada que você pense se referirá às coisas
como são. Você terá perdido o contato com
a realidade, entrando no mundo da patolo-
gia.

Limpar o coração — eis a primeira medida


para salvar a inteligência. Sem um coração
sereno, capaz de observar, disposto a rece-
ber o que vem de fora, sem a ânsia de julgar
e rotular, você jamais atingirá a dignidade
do estatuto humano. Será sempre um caça-
dorzinho de merda, de juízo em punho, à es-
pera de meio-motivo para abater o próximo
— sacrificando, nesse processo, a formação
de uma personalidade íntegra e verdadeira-
mente humana.
Para que a sua cabeça funcione direito, você
precisa de um CORAÇÃO ORDENADO, capaz
de uma percepção serena da realidade. De
outro modo, os dados do mundo exterior en-
trarão em você DEFORMADOS PELO FILTRO
DE UM CORAÇÃO MESQUINHO, que só enxer-
ga o que decidiu ver.

O CORAÇÃO É O PRIMEIRO FILTRO DA PER-


CEPÇÃO, e por isso precisa estar limpo para
que os elementos do mundo exterior entrem
em você sem se perverter, sem se transformar
em outra coisa. Sua capacidade de análise e
de juízo está assentada sobre o seu coração.
Por isso, o homem de má vontade é também
um homem com debilitada capacidade de ra-
ciocinar sobre a realidade.

ASSIM, SE VOCÊ QUER SER MAIS


INTELIGENTE, PRECISA ENTENDER
QUE A CONDIÇÃO NÚMERO 1 É
UM CORAÇÃO CALMO, CAPAZ
DE OBSERVAR, DE ABSORVER A
REALIDADE SEM DISTORCÊ-LA
SEGUNDO OS FILTROS DAS SUAS
MÁS INCLINAÇÕES.
Sem essa disposição, a verdade jamais flores-
cerá na sua vida, e você viverá em uma insta-
lação falsa na realidade.

É preciso impedir que essa tragédia humana,


esse naufrágio da existência, se realize em
sua vida. Declarar guerra ao coração mesqui-
nho é fundamental para começar a viver de
verdade.
“NÃO FUI COM A
SUA CARA; LOGO,
NÃO CONCORDO
COM A SUA
OPINIÃO.”

Eu sei, quase todo mundo


no Brasil é assim — e, se
você não fez um esforço
de diferenciação, deve
ser assim também.
UMA INTERAÇÃO
TIPICAMENTE
BRASILEIRA:
Primeiro, você “saca” se o
outro é da mesmo tribo
que você.
Ah, ele fala palavrão. Não é da
minha tribo dos que só falam limpinho.

Depois, você forma um juízo sobre


o sujeito e filtra tudo o que ele diz
para fazê-lo caber no seu modelito
mental.
Ele diz: amai-vos uns aos outros.
Você retruca: Hipócrita! Prega o amor,
mas fala “cacetinho”!

Pronto, você já
venceu de antemão
as discussões que nem
teve com esse boca suja.
Você está mais próximo do que nunca de continuar
sendo ninguém para o resto da vida.
Pare com a mania de ficar
enquadrando os outros. E
pare de reagir loucamente
diante de PALAVRAS SOLTAS.

Os microjulgamentos que você vive


fazendo minam a sua capacidade
de entrar em uma relação saudável
com o outro, porque você só
enxerga o que seu
coração fechado deixou
entrar (e ele deixou
entrar muito pouco).

Se você forma
imediatamente uma
imagem esquemática do
outro, tenderá a hiper-
reagir a qualquer
palavra que ele
diga. Você fica
parecendo
MALUCO.
ANTES UM
BURRO DO QUE
UM IMPLICANTE

PORQUE O BURRO
É SÓ BURRO, MAS
O IMPLICANTE É UM
BURRO PRESUNÇOSO
Todo homem de boa vontade precisa ter um
coração ordenado que queira amar o que é
amável, que não ponha suas más inclinações
por cima da realidade.

Essa é a condição número 1 para que a sua


CABEÇA funcione bem.

Avalie dentro de si mesmo:

* Por que você nutre uma indisposição por


certas pessoas?

* Você tem mania de rotular os outros, mes-


mo sem chegar a dizer?

O coração é o primeiro filtro da percepção. Se


as coisas do mundo já entram em você distor-
cidas por um coração deformado, qualquer
coisa que você PENSE estará desconectada
da realidade.

Quem perde com tudo isso é a sua personali-


dade, que assim se torna cada vez mais fraca.
ACALME
O SEU
CORAÇÃO!

PODE ACREDITAR:
quando você deixar de
viver como um caçador
à espreita do primeiro
deslize para abater a
vítima, ninguém sentirá
falta desse serzinho
desprezível que
você era.
EM VEZ DE FICAR
PROCURANDO
DEFEITINHO
NO OUTRO
PARA ABATÊ-LO,
ABATA ISTO:
* sua mania de criticar
tudo

* sua mania de
discordar sem sequer
ter entendido.

* seu desejo
irreprimível de falar.

* sua incapacidade de
tratar o outro como
você gostaria de ser
tratado.
UM CORAÇÃO CALMO
É AQUELE CAPAZ
DE SE RELACIONAR
VERDADEIRAMENTE
COM O OUTRO. PARA
ISSO, VOCÊ PRECISARÁ
REMOVER UM
TREMENDO OBSTÁCULO
QUE IMPEDE O SEU
CRESCIMENTO.

ESTOU FALANDO DOS...


PA L AV R A D O I TA L O

BLINDADO
PELO AMOR
Todos estão sujeitos a isso: o cara que tem
1 milhão de seguidores nas redes sociais e
aquele que tem apenas papai e mamãe. To-
dos estão sujeitos a ser julgados.

Se o julgamento alheio hoje o exalta, amanhã


o afunda. Se você se orienta por ele, está per-
dido.

O que eu quero é que você encare uma mu-


dança de perspectiva: se a voz da multidão
tem peso na sua vida, é porque você anda jul-
gando além da conta.

SIM, É VOCÊ QUE JULGA


DEMAIS — E, A CADA
JULGAMENTO, VOCÊ
ESCANCARA AINDA MAIS
A PORTA DO SEU PEITO
POR ONDE ENTRAM OS
JULGAMENTOS DO MUNDO.
Você não pode mudar a multidão — o vozerio
há de continuar ressoando pelos tempos afo-
ra, como sempre foi, como sempre será. Mas,
se ele não encontra uma entrada no seu pei-
to, isso de nada afetará a sua vida.

Mas essa porta aberta no peito não se fecha


por uma atitude egoísta. Pelo contrário: A ME-
LHOR BLINDAGEM QUE EXISTE É A DO AMOR.

Você ganha força à medida que ama, que


pára de julgar, que tem paciência.

Empine o nariz e passe pela multidão como


se ela não existisse, e você vai se estatelar no
chão. Finja que não dá ouvidos a ninguém,
e dentro em pouco a voz da multidão soará
mais alto do que nunca.

A solução, meus amados, é o amor. Do amor


nasce a paciência. Com a paciência, você co-
meça a entender o que é um ser humano. E,
quando você entender o que é um ser huma-
no, ninguém mais lhe meterá medo.
JULGAMENTOS
SUPERFICIAIS
Se você é uma pessoa que afunda quando é
julgada negativamente, que tem dificuldade
de se orientar em meio à opinião de papai e
mamãe, vovô e vovó, primo e prima, é sinal
de que a voz da multidão entrou no seu peito
e exerce uma autoridade sobre você. Como
uma força aplicada em várias direções, ela o
arrasta de um lado para o outro, até você vi-
rar um farrapo humano. Mas, se não é pos-
sível fazer os outros se calarem, como viver
sem que essa voz pese na sua vida?

Aqui está o pulo do gato: se o julgamento


alheio entrou no seu peito, é porque encon-
trou uma porta aberta. Essa porta, quem a abre
é o seu juizinho interior. Ele, que de dedo em
riste vive julgando todo mundo, escancara a
porta do seu peito para que o julgamento do
mundo o invada. Quem muito julga vê julga-
dores por toda parte.
O QUE ACONTECE EM
SEGUIDA É QUE VOCÊ
COMEÇA A QUERER FAZER
BONITO PARA A PLATÉIA: JÁ
NÃO JOGA COM O OLHO NO
ALVO, MAS NO APLAUSO;
JÁ NÃO TEME FALHAR, MAS
SER VAIADO. VOCÊ VIRA
UMA PESSOA DE PAPEL, SEM
CONSISTÊNCIA. VOCÊ JOGA
SUA VIDA FORA.
Não há outra saída: a voz da multidão continu-
ará aí; é você que tem de fechar a porta. Mas
não é um fechar do egoísmo — não é adotar o
discurso de “não preciso de ninguém, eu me
basto”. Isso também é pose. FECHA-SE A POR-
TA POR ONDE ENTRAM OS JULGAMENTOS DO
MUNDO NO MOMENTO EM QUE O AMOR AS-
SUME A DIANTEIRA DA VIDA. O amor fecha o
rombo do nosso peito, sem nos fechar para o
outro. Do amor nasce a paciência; a paciência
substitui o julgamento. E você começa a viver.

QUANDO VOCÊ PARAR


DE JULGAR OS OUTROS,
COMEÇARÁ A ENTENDER
A QUEM DEVE PRESTAR
CONTAS: À SUA
CONSCIÊNCIA, DIANTE
DA VERDADE, DO SER, E
RECONHECENDO SUAS
MÁS INCLINAÇÕES.
Você então começará a saber quem você é, e
o apelo da multidão não será mais do que um
ruído surdo do outro lado da janela.
… ela invade a sua casa, come da sua comida,
fuma seus charutos, toma do
seu vinho e diz que você é o cara.

Depois você faz qualquer coisa que a desa-


grada, e ela cospe no seu tapete,
diz que o filé estava cru, o charuto vagabun-
do, o vinho barato, e ainda fala
mal do seu cachorro.

E você fica desnorteado.

Como isso aconteceu?

A voz da multidão entra em sua vida quando


você abre
uma porta específica: a porta dos microjulga-
mentos.
VOCÊ ABRIU A PORTA?
Perceba o seu modo de se relacionar
com as pessoas: o primeiro pensa-
mento que lhe ocorre quando você
cruza com alguém — seja com o vi-
zinho no elevador, com o porteiro,
com o seu colega de trabalho ou o
seu primo — é geralmen-
te de julgamento? Você
tem, como música de
fundo da sua existên-
cia, uma voz crítica
dirigida às pes-
soas com quem
você se rela-
ciona?
Quando seu juizinho interior não está julgan-
do os outros, ele está julgando você. E você
passa a se preocupar com o que os outros es-
tão pensando da sua roupa, do seu cabelo,
do seu emprego, da sua solteirice.

Se você quer se livrar do peso da opinião dos


outros, vai precisar demitir aquele juizinho
que vive no seu peito. COMO?

PARANDO DE JULGAR
TODO MUNDO.
Você vai conseguir parar de julgar os outros
quando tomar a decisão resoluta de AMAR.

Eu vou amar! Eu vou amar aquele primo que


ficou milionário. Eu vou amar aquele outro
que faliu e vive na dificuldade. Eu vou amar
meus colegas de trabalho. Eu vou amar minha
família. Eu serei paciente com suas imperfei-
ções, porque a PACIÊNCIA é uma virtude que
nasce do AMOR.
.
ESCOLHA 1
PESSOA PARA AMAR
DECIDIDAMENTE:
Comece devagar: pense em alguém
do seu convívio com quem você
desejaria ter um relacionamento
mais harmônico.

DECIDA HOJE PARAR


DE JULGAR ESSA PESSOA.

“É um ser hu-
mano como
eu — com seus
conflitos, confu-
sões, más inclinações,
mas também com um cora-
ção capaz de amar. Eu vou
amar essa pessoa.”

Experimente fazer isso


com 1 pessoa e veja o
que acontece.
A opinião dos outros não é como uma chuva
que cai sobre você; não é como a ventania
que lhe assalta no meio do caminho. Ela só o
atinge quando você está com a porta dos mi-
crojulgamentos aberta.

Quando você fechá-la, demitindo o seu juizi-


nho interior, não é que você vai ficar insensí-
vel às pessoas. Pelo contrário. Pela primeira
vez, vai começar a olhar para elas e ver seres
humanos — com suas dores, seus conflitos,
suas imperfeições.
VAI COMEÇAR A
ENTENDER O QUE É
UM RELACIONAMENTO
HUMANO.

VAI COMEÇAR
A AMAR.

VAI COMEÇAR
A SER.
Quando você caminha diante da multidão,
você faz POSE: começa a jogar para a platéia
e perde o referencial de onde você deveria se
posicionar na realidade.

Quem faz pose AINDA NÃO É.

PARA SER, VOCÊ PRECISA


DE REFERENCIAIS SÓLIDOS:
Seu referencial deve ser um conjunto de códi-
gos que estão fora de você e não variam com
o seu humor.

Você já deve saber que parte do processo de


amadurecimento depende de um exame de
consciência diário.
Reserve 5 minutos, à noite, para
responder por escrito a 3 perguntas:

Diante da VERDADE, do SER, e das


suas MÁS INCLINAÇÕES, responda:

Esse é o seu referencial. Assim


você poderá ver a si mesmo
sem o ruído da multidão.
VOCÊ JÁ ENTENDEU QUE
FICAR JULGANDO OS OUTROS
O ENFRAQUECE. NO ENTANTO,
DEVE TER CLAREZA SOBRE O
SEU MUNDO INTERIOR E SABER
O QUE CARREGA DE RUIM
DENTRO DE SI.

QUANDO VOCÊ CONHECER SUAS


MÁS INCLINAÇÕES, NENHUMA
CRÍTICA O DERRUBARÁ,
PORQUE VOCÊ JÁ NÃO SERÁ UM
MISTÉRIO PARA SI MESMO.

VOCÊ PRECISA CONHECER


O SEU INIMIGO.

SIM, ESTOU FALANDO DELAS:


Palavra do Italo

Saber contar a própria história é fundamen-


tal para o seu senso de orientação no mundo.

Para isso, você precisa conhecer o básico


sobre si mesmo: o que pode e o que não
pode fazer, o que permanece no centro dos
seus interesses, o que te puxa para baixo.

Sem essa clareza, você viverá sua vida não


com base nas suas capacidades reais, mas
com base nos rótulos que, com maior ou me-
nor acerto, foram colados em você.

Chega uma hora em que você tem de esco-


lher: ou encara suas más inclinações, ou con-
tinua fazendo pose. A pose é uma instalação
na falsidade — e, assim como uma bananeira
falsa não produz bananas, um homem falso
não tem ações efetivas. Ação efetiva é aquela
que atinge o alvo. Sem um mínimo de con-
trole sobre as consequências dos seus atos,
você viverá em um estado constante de in-
segurança e exasperação afetiva, sem jamais
entender o porquê de nada dar certo na sua
vida.

Examinar-se é necessário: visualizar o rele-


vo da sua história, identificar os pontos onde
você constantemente cai, saber o que perma-
nece no foco da sua atenção. Assim se toca
no fio condutor da própria vida, que irá cos-
turar a sua personalidade. Assim se deixa de
ser um boneco de papel para ser alguém de
carne, osso, sangue correndo nas veias e co-
ração pulsante.

Tudo começa com um exame corajoso de si


mesmo — simples, breve e diário, que você
poderá começar HOJE.
AS 7 BOSTAS
INTERIORES
Imagine acordar um dia sem saber direi-
to quem você é, que lugar ocupa no mundo,
onde precisa estar, o que precisa fazer e para
quem. Você abre a boca e… a voz que sai não
é sua, não expressa o que você pretende ex-
pressar, não comunica quem você é. Agora,
imagine que essa descrição fantasmagórica
não está muito distante da realidade da maio-
ria das pessoas — talvez, até, seja o seu caso.

TODOS PRECISAM CONTAR A


PRÓPRIA HISTÓRIA PARA SE
ORIENTAR NO MUNDO.
Mas, para isso, você precisa conhecer até
onde o seu pé alcança, o que você de fato
pode e o que não pode fazer, saber o que
puxa você para baixo. Sem um olhar sincero
para si mesmo, só lhe restará orientar-se pe-
los rótulos que os outros lhe foram pregando
ao longo da sua vida. E, quem vive com base
em rótulos, não vive: faz POSE.

O EXAME DIÁRIO DE SI
MESMO, SIMPLES E BREVE,
DEVE SER PARTE DA SUA VIDA.
Suas más inclinações não podem ser uma
força cega sobre você: é preciso encará-las.
A sorte é que ninguém é criativo em ser ruim:
o que nos puxa para baixo são velhos conhe-
cidos da Humanidade. São as 7 bostas inte-
riores, que você precisa saber identificar em
si mesmo, conhecendo o peso de cada uma
na sua história. Como âncoras que impedem
que você avance, elas estão atrasando a sua
vida.
Se você não sabe quem você é, você se orien-
tará pelos rótulos que sua família e seus ami-
gos lhe pregaram.

Funciona assim: um dia alguém lhe diz que


você é “muito inteligente”, e você, por ser pou-
co, toma isso por verdade e passa a POSAR de
inteligente.

A POSE é o oposto do SER. Quem posa de bon-


zinho não sabe o que é a benevolência; quem
posa de certinho não sabe o que é a justiça;
quem posa de inteligente não sabe avaliar a
própria burrice.

Quem faz pose ainda não É.

As ações de quem vive fa-


zendo pose não têm o efei-
to pretendido. Você mira o
alvo, mas não acerta.
SABE QUANDO VOCÊ…

1. Entra numa discussão “querendo


ajudar”, só piora as coisas e as pes-
soas ainda se voltam contra você?

2. Toma uma decisão “definitiva”


que não dura dois dias?

3. Se mete a dar conselho para al-


guém, a pessoa interpreta mal, faz
uma besteira e ainda diz que a cul-
pa foi sua?
VOCÊ TEM
2 OPÇÕES:

Fazer-se de vítima,
alegando que nin-
guém vê suas boas
intenções, ninguém
te ouve, ninguém
te entende.

Admitir que você não está


com essa bola toda e pre-
cisa lapidar algumas ca-
pacidades (ou adquiri-las
do zero, mesmo). E, para
se conhecer melhor, existe
uma ferramenta testada e
aprovada: é o breve e diá-
rio exame de consciência.
Um exame simples e breve para todas as noi-
tes

A noite foi feita para o repouso. É a hora em


que tudo se assenta — inclusive os aconteci-
mentos do seu dia.

Antes de dormir, faça um breve exame de


consciência.

Um Uma Uma
caderninho caneta consciência

Coloque-se diante do observador onisciente,


que sabe TUDO sobre você, e para quem você
não precisa fazer POSE.

Responda:
Não é o que você fez bem ou mal diante das
pessoas, mas diante do OBSERVADOR ONIS-
CIENTE!

ESSE EXAME LEVA DE 3 A 5


MINUTOS E VAI MUDAR A
SUA VIDA.
Por que fazer esse exercício?

* Conforme você for registrando suas res-


postas, você começará a perceber um pa-
drão. Certas coisas permanecem no centro
dos seus interesses ao longo do tempo —
você começa a tocar no fio condutor da
sua vida;

* Você começa a perceber onde é que você


sempre tropeça. Começa a ter uma visão
mais clara sobre o peso das 7 bostas
dentro de você.
Se você fizer o exame de consciên-
cia direitinho, todo dia, vai começar
a entender por que certas coisas não
dão certo para você: vai começar a ter
uma visão mais clara sobre suas más
inclinações.

Por sorte, o repertório de vigarices é


bastante limitado e repetitivo. Quer
ver como eu já conheço suas más in-
clinações?

OU VOCÊ É
UM SUJEITO…
que vive perdendo o foco
porque a barriga ronca e
você pára de estudar para ir
ali comer um negócio, pára de
trabalhar para responder a
um amigo no Whatsapp, ou
pára tudo só para se coçar,
mesmo;
apegado às suas coisinhas,
morto de medo de perder
o que tem, sempre achando
que alguém roubou a
salsicha do seu hot-dog;
que nunca se move para
fazer nada, ou que se move
em mil direções diferentes
e nunca faz nada como
deveria (preguiça ativa);
que quer devorar tudo
e não deixar nada para
ninguém;
todo impaciente com
o irmão que está na
sua frente, mas todo
conciliador com as
grandes injustiças,
com o mal etc.;
que vive desejando o que
os outros têm e sentindo-se
vítima da injustiça cósmica
porque pra você só sobrou
um Fiat Uno;
que se acha a última
Coca-Cola do deserto e
acredita que o mundo
seria bem melhor se Deus
o consultasse de vez em
quando.
(não necessariamente
nessa ordem).
FIND
YOUR UAI:
Pare já com esse negócio
de “encontrar o seu
propósito”. Comece pelo
começo: você tem de
remover essas bostas do
seu caminho. Primeiro,
encontre o seu UAI:

— Uai, não é que eu sou


Sensual
Avarento
Preguiçoso
Guloso
Nervosinho
Invejoso
Soberbo mesmo?
SOMENTE NUM
CORAÇÃO DE CARNE
PODE FLORESCER A
ESPERANÇA.
PARA ISSO, VOCÊ
PRECISARÁ DE UM
DUPLO TREINO NA
CORAGEM E NO
DESAPEGO ENQUANTO
TRILHA ESSE CAMINHO
QUE SE FAZ AO
CAMINHAR...

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