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O conceito legal de greve tem previsão legal no artigo 2° da Lei n° 7.783/89, que define
greve como: a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal
de serviços a empregador. DELGADO 2012, pormenoriza a greve como paralisação coletiva
provisória, parcial ou total, das atividades dos trabalhadores em face de seus empregadores ou
tomadores. Estatui ainda o referido autor, que o intuito dos trabalhadores é exercer pressão sob
os empregadores/tomadores, visando à defesa ou conquista de interesses coletivos, ou com
escopos sociais mais amplos. No caso especifico do setor público quem cumpre o papel de
empregador/tomador é o Estado.
Pode-se conceituar servidor público como aquele que mantêm com a Administração
Pública Direta ou Indireta relação de trabalho, de condição profissional e caráter não eventual
sob o vínculo de dependência. Sendo a administração pública direta constituída pela União,
Estados, Distrito Federal e Municípios. E administração pública indireta compostas pelas
autarquias, fundações públicas, sociedade de economias mistas e empresas públicas.
O direito a greve tem previsão legal expressa no artigo 37, inciso VII da Constituição
Federal de 1988. E dispõe o referido artigo que:
Segundo preceitua WAGNER, 2012 apesar de não haver ainda disposição nesse sentido
é aconselhável a observação de algumas formalidades para uso fruição desses direitos. O autor
elenca ainda seis itens essenciais que o movimento deverá conter de acordo com os ditames do
Supremo Tribunal Federal e são eles:
2º. Apresentação da Pauta. A pauta de reivindicações aprovada pela Assembleia deve ser
redigida e formalmente entregue à autoridade administrativa responsável. Observa-se a
necessidade de haver prova do recebimento do documento, que pode ser protocolado junto ao
órgão público. A entrega pode, ainda, dar-se de forma solene, deflagrando as negociações.
3º. Negociação exaustiva. O processo de negociação com a autoridade competente, bem como a
sua comprovação, constitui importante elemento a ser observado para eventual deflagração do
movimento grevista.
4º. Convocação da Assembleia. A deflagração da greve é decisão da categoria, motivo pelo qual
as formalidades de convocação, instalação e deliberações que constam no Estatuto do Sindicato
devem ser respeitadas, sendo convocada toda a categoria e não apenas os filiados ao sindicato.
Deve ser dada ampla publicidade e observada a anterioridade razoável. Em casos de urgência e
necessidade, podem ser usados prazos menores.
5º. Deliberação sobre a greve. No que tange às deliberações sobre a greve, aplicam-se as regras
do estatuto, sobretudo no que diz respeito ao quórum. O processo de deliberação e as decisões
devem ser registrados em ata da forma mais clara possível, sempre de acordo com as
formalidades estatuárias.