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 Lembrar o conceito e as classificações das cardiopatias

congênitas;
 Lembrar os conceitos das cardiopatias congênitas mais
comuns na infância;
 Rever os tipos de tratamentos para as cardiopatias
congênitas;
 Rever os cuidados pré-operatório e pós-operatório a criança
submetida à cirurgia cardíaca.
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
“As cardiopatias congênitas são
malformações anatômicas do “Cardiopatias congênitas são
coração que podem causar defeitos anatômicos do
alterações no funcionamento da coração que vão comprometer
hemodinâmica cardiovascular a sua função (ZADRA e SILVA,
(MOTTA, 2003)” 2009)”

“Geralmente, as cardiopatias são diagnosticadas ainda intraútero, ou logo


após o nascimento, ou durante a infância. PORÉM, há casos em que o
diagnóstico pode ser feito na adolescência ou na vida adulta (ZADRA e
SILVA, 2009)”
CLASSIFICAÇÃO

Cardiopatia congênita Cardiopatia congênita


CIANÓTICA ACIONÓTICA

São aquelas que ocorre


São cardiopatias em que
mistura sanguínea arterial
as alterações anatômicas
e venosa, por meio de
cardíacas não provocam
shunts intracardíacos, que
diminuição da oxigenação
cursam com a diminuição
sanguínea e podem cursar
da oxigenação sanguínea e
com hiper ou hipofluxo
consequente cianose,
pulmonar de natureza
devido ao HIPOFLUXO
obstrutiva ou não
PULMONAR
Comunicação interventricular (CIV)

Cardiopatias congênitas Persistência do canal arterial (PCA) 12%


acianóticas com hiperfluxo
pulmonar Comunicação interatrial (CIA) 7%

Defeito do septo atrioventricular (DSAV) 30%

Estenose de válvula pulmonar 7%


Cardiopartias congênitas
acianogênicas com hipofluxo Estenose de válvula aórtica 5%
pulmonar e as obstrutivas
Anormalidades da via de saída do ventrículo
5%
esquerdo (CoAo – Coartação de aorta)

Transposição das grandes artérias 5%


Cardiopatias congênitas
cianogênicas com hipofluxo Tetralogia de Fallot (T4F) 5%
pulmonar
Truncus
COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR (CIV)
COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR (CIV)
COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR (CIV)

Tipos de CIV

Perimembrano Muscular
Via de saída Via de entrada
so (trabecular)

Via de saída Via de saída Posterior e


do VE, abaixo do VD, abaixo inferior ao Porção média
da válvula da veia defeito do septo
aórtica pulmonar membranoso
COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR (CIV)

Saída
Perimembranoso

Entrada

Trabecular
COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR (CIV)

Quando pequenos (<4mm), o fechamento do orifício


pode ocorrer espontaneamente no primeiro ano de
vida e são assintomáticos.

Quando o orifício não fecha e apresenta repercussão


hemodinâmica devido ao seu tamanho, a indicação é
cirúrgica
PERSISTÊNCIA DO CANAL ARTERIAL (PCA)
PERSISTÊNCIA DO CANAL ARTERIAL (PCA)
PERSISTÊNCIA DO CANAL ARTERIAL (PCA)

Tipos de PCA

Pequeno Grande

desenvolvimento reduzido e alteração


Assintomático, a criança tem
da função cardíaca (taquipnéia,
crescimento e desenvolvimento
precórdio hiperdinâmico, pulso amplo
normal
e sopro sistólico)
PERSISTÊNCIA DO CANAL ARTERIAL (PCA)

Taquicardia e
PCA grande Insuficiência de VE
taquipnéia

Se a insuficiência E permanece após 48 a 72 horas


de tratamento clínico, o fechamento cirúrgico torna-
se imperioso
Cirúrgico
Implantação de Coils - recente por CAT

Tratamento
indometacina antes de 10 dias de idade e em PMT.

constringe o canal arterial. Usa-se em três doses a


Farmacológico cada 12 a 24 horas dependendo do débito urinário

Efeito colateral – deficiência renal, hemorragia


evidente, choque, enterocolite, oligúria e
hiponatremia
COMUNICAÇÃO INTERATRIAL (CIA)
COMUNICAÇÃO INTERATRIAL (CIA)
COMUNICAÇÃO INTERATRIAL (CIA)

Característica Clínica
 Geralmente assintomáticos;
Pode-se apresentar com crescimento lento;
Infecções recorrentes das vias respiratórias baixas e
Insuficiência cardíaca;
Criancas mais velhas com um Shunt moderado E-D são
frequentemente assintomáticas;
Aquelas com Shunt grande E-D reclamam de fadiga e
dispnéia.
 Cianose – CIA Secundum
COMUNICAÇÃO INTERATRIAL (CIA)

Tipos de CIA

Seio coronário
Ostium
Seio venoso (ostium
Secundum
primum)

acima da fossa oval e o mais raro.


Na fossa oval do
abaixo da Relacionado com
septo interatrial (70%
desembocadura da defeito na parede
dos casos) é o mais
veia cava superior e entre o seio coronário
comum
inferior e o AE. (mais grave)
COMUNICAÇÃO INTERATRIAL (CIA)
DEFEITO DO SEPTO ÁTRIO VENTRICULAR (DSVA)
DEFEITO DO SEPTO ÁTRIO VENTRICULAR (DSVA)
DEFEITO DO SEPTO ÁTRIO VENTRICULAR (DSVA)

Tipos de
DSVA

Forma parcial Forma completa

defeito septal grande com


consiste em uma CIA tipo
componentes interatriais (O.P)
Ostium Primum e uma fenda
e interventriculares, e por uma
no folheto anterior da válvula
válvula atrioventricular
mitral. A fenda da válvula
comum, regurgitante que
mitral é normalmente
conecta ambos os átrios com
regurgitante
os ventrículos
DSVA Forma Parcial
Manifestação clínica – o defeito Ostium
Primum é menos comum em Down do que o
defeito AV completo.
Os sintomas ocorrem comumente quando
o defeito é associado a insuficiência
significativa da válvula mitral ou defeitos
cardíacos. Que incluem:
- Insuficiência Cardíaca;
- dispnéia;
- fadiga e
- ITR reincidentes
DSVA Forma Total
Manifestação clínica – acontecem na infância, como resultado do grande
no fluxo de sangue
Pulmonar associado ao da pressão na AP e frequentemente são
complicados pela insuficiência da válvula AV comum.
Os sintomas são :
- IC;
- ITR de repetição e
- retardo no desenvolvimento
SINAIS DE ALERTA

• Taquicardia
• Taquipneia
• Extremidades frias
• Edema
• Agitação nervosa
• Redução do apetite
• Redução da capacidade de se alimentar
Manifestações Clínicas de Cardiopatias:

• Alterações incompatíveis com


a vida
• ICC
• Hipoxemia
• Hipertensão pulmonar
• Arritmias cardíacas
CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS
Diagnóstico Intervenção cirúrgica

Pré-operatório

Coleta de exames laboratoriais (coleta cerca de 48 horas antes da cirurgia)


 Hemograma
 Coagulograma
 Sódio/Potássio
 Cálcio
 Uréia/Creatinina
 Tipagem sanguínea
 Proteína C reativa titulada (PCR-T)
 Sorologias anti-hepatite e anti-HIV 1 e 2
 Radiogragia torácia
 Urina, elementos anormais sedimentados
CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS

Família
Equipe de saúde
Criança

 Estabelecer a relação de confiança


 Familiarização do paciente e de sua família com o hospital
 Fornecer informações sobre os procedimentos aa serem realizados
 Avaliação do estado clínico e físico da criança
 Entrevista admissional
CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS

A assistência deve ser iniciada ainda na sala de operações, com atenção especial
ao reaquecimento até 36,5°C, controle de sangramento, da ventilação, do
equilíbrio acido-básico e eletrolítico.

Deve haver estabilização da função cardíaca por meio da adequação da volemia,


da frequência e da contratilidade, com emprego de inotrópicos e vasodilatadores,
se necessário
CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS
Informações importantes referentes ao ato anestésico-operatório

Tempo de
Tempo de operação, de
Técnica operatória Intercorrências
anestésico perfusão e de
pinçamento aórtico

Balanço hídrico Administração de


Diurese Coagulação
(BH) coloides

Posição dos cateteres


Condições ventilatórias e
Utilização de venosos e arteriais, dos fios
ácido-básicas, frequência
medicamentos do marca-passo, dos drenos
cardíaca e arritmias
mediastinais e torácicos
CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS
O pós-operatório (PO) da cardiopatias congênitas envolve ações realizadas à beira
leito da unidade de terapia intensiva pediátrica. Ações de monitorização:
 Dados vitais;
 Dados hemodinâmicos
 Análise laboratorial;
 Ajustes ventilatórios;
 Suporte nutricional;
 Infusão de fármacos e substâncias vasoativas;
 Procedimentos específicos do tipo hemodiálise ou diálise peritoneal

O pós-operatório depende de toda a equipe multidisciplinar , e esta


deve ser qualificada para desempenhar ações com essa clientela
específica
Assistência de Enfermagem à criança
portadora de Cardiopatia:
• Atender as necessidades essenciais da criança;, prestando assistência
colaborativa, Avaliação constante e vigilante; Aliviando o estresse pelas
internações frequentes; (proporcionar o cuidado atraumático); Orientando a
família sobre medicamentos, procedimentos, prevenções;
• Desempenho cardiovascular: Temperatura das extremidades, cor e pulsos,
monitorização cardíaca e saturação de O2, PA, sudorese;
• Desempenho respiratório: analisar sinais de sofrimento respiratório
• Desempenho Renal: avaliar débito urinário e características da urina, ganho de
peso rápido, veias do pescoço distendidas em crianças mais velhas, edema.
• Desempenho neurológico: nível de consciência, sinais de agitação psicomotora,
coma, abalos ou convulsões.
• Desempenho hematológico: perda sanguínea.
• Sondas e cateteres: CVCs, AVPs, drenos de torácicos, sondas nasogástrica ou
nasoentérica.
• BALANÇO HÍDRICO RIGOROSO
Em relação a dieta...
• Suporte nutricional ao paciente cardiopata
• Considerando ser paciente crítico, a via oral inicialmente não será indicada;
• Tem-se como meta satisfazer as necessidades metabólicas do paciente.
• Enteral X Parenteral – Enteral é preferível
• Jejum prolongado é prejudicial a todos os pacientes
• Checar volume residual gástrico não é uma rotina
• A decisão da dieta depende da decisão de toda equipe.
• Nas NPTs – importância do CVC
• Base para dieta individual – Gravidade da doença, Tolerância aos
componentes e volume
• Monitoriza-se a dieta através de exames laboratoriais e BH
• Administração: Intermitente, Gavagem, Contínua

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Cuidados de Enfermagem com a dieta
• Conferir a dieta
• Cuidados de higiene e instalação
• Cuidados com fixação de acesso venoso ou
sonda
• Administrar a dieta em temperatura
ambiente
• Atenção em casos de GTT ou jejunostomia
sobre os curativos
• Em casos de NPT, se atentar a velocidade de
infusão e volume total

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Para leitura e atualização...

• http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/julho/11/21.06
_Cardiopatia%20Congenita%20pediatrica.pdf

• O uso do marcapasso infantil:


• https://www.youtube.com/watch?v=a7mAoiMGtaE

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