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Capitulo8 FURG
Capitulo8 FURG
8.1. INTRODUÇÃO
A geometria de uma estrada é definida pelo traçado do seu eixo em planta e pelos perfis
longitudinal e transversal. De maneira simplificada, o traçado em planta é composto de trechos
retos concordados por curvas horizontais.
Em princípio, uma estrada deve ter o traçado mais curto possível. Porém, ligeiras
deflexões, quando necessárias, podem harmonizar o traçado da estrada com a topografia local.
b) ÂNGULO CENTRAL (AC) ⇒ É o ângulo formado pelos raios que passam pelo PC
e PT e que se interceptam no ponto O. Estes raios são perpendiculares nos pontos de
tangência PC e PT. Este ângulo é numericamente igual a deflexão (∆) entre os dois
alinhamentos, como pode ser demonstrado:
A soma dos ângulos internos do quadrilátero PC,PI,PT,O vale:
( )
90 0 + 90 0 + 180 0 − ∆ + AC = 360 0 (8. 1)
Portanto:
AC = ∆ (8. 2)
74
T
tg( AC / 2) = (8. 3)
R
Logo:
AC
T = R. tg (8. 4)
2
2 πR D
= (8. 5)
3600 AC
π. R. AC
D= (8. 6)
1800
75
G ∆
= (8. 7)
c D
c⋅∆
G= (8. 8)
D
Sendo AB = c , tem-se:
G
sen =
AB
2 G
c
ou sen = 2
( ) (8. 9)
2 R 2 R
Assim:
c G
= R ⋅ sen (8. 10)
2 2
G c
sen = (8. 11)
2 2⋅R
G c
= arcsen (8. 12)
2 2⋅R
c
G = 2 ⋅ arcsen (8. 13)
2⋅R
Os valores mais usados do grau são o G20, que compreende uma corda de 20 metros
(distância entre duas estacas consecutivas), o G10 (que compreende a semi-estaca ou 10 metros)
e o G5 que compreende a corda de 5 metros. Assim, teremos:
Para c = 20 m:
10
G = 2.arcsen (8. 14)
20 R
76
Para c = 10 m:
5
G = 2 arcsen (8. 15)
10 R
Para c = 5 m:
2, 5
G = 2 arcsen (8. 16)
5 R
Pode-se definir uma curva circular pelo seu grau (G) em lugar de se definir o seu Raio
(R), pois existe uma relação constante entre o RAIO e o GRAU, que será mostrada como segue:
2πR AB
= (8. 17)
360 G
chega-se a:
180 0.AB
G= (8. 18)
πR
1800 . c
G= (8. 19)
π. R
Quando se faz a substituição do comprimento do arco de uma curva pela sua respectiva
corda, comete-se um erro, cuja grandeza passa a ser mais significativa à medida que se aumenta
o comprimento da corda.
Utilizando-se as cordas que comumente são usadas nos traçados rodoviários, chega-se
aos seguintes valores:
Para c = 20 m:
1145,92
G ≅ (8. 20)
20 R
Para c = 10 m:
573
G ≅ (8. 21)
10 R
Para c = 5 m:
286, 5
G = (8. 22)
5 R
Pode-se observar que tal deflexão “d” é sempre igual à metade do grau da curva (G) que
compreende a corda considerada. Considerando o triângulo PC, O, O’, tem-se que:
implicando que:
G
d= (8. 24)
2
Normalmente se busca uma deflexão unitária ou deflexão por metro (dm). A deflexão
por metro é o ângulo do segmento que corresponde a uma corda de 1 metro.
PI
dm = deflexão por metro
dm
1m
d
C1
A = PC C B = PT
Corda = c
G1
Gc/2
AC
(90 - d m) R R
=
c
G
(90 - d)
O
Fig. 8. 6: Deflexão por metro (dm)
79
AC AC1
= (8. 25)
Gc G1
2
Mas:
c
AC =
2
G1 = 2 ⋅ d m
AC1 = 1 m
Então:
c
2 = 1 ⇒ 2 ⋅ d ⋅ c = Gc ⇒ d = Gc (8. 26)
Gc 2 ⋅ d m m
2 2 m
2⋅c
2
Considerando o triângulo O PC PI :
AC R
cos = (8. 27)
2 (E + R )
80
R
E+R = (8. 29)
AC
cos
2
R
E= −R (8. 30)
AC
cos
2
Mas:
1
sec α = (8. 31)
cos α
1 AC
E = R − 1 ⇒ E = R sec − 1 (8. 32)
AC 2
cos
2
AC
E = T ⋅ tg (8. 33)
4
Então, conhecendo-se "R" e "AC" o roteiro para o cálculo dos demais elementos da
Curva Circular Simples é o seguinte:
As indicações usuais nas plantas são as seguintes, podendo variar de projetista para
projetista (vide Fig. 8. 8):
É comum, também, enquadrar o eixo da estrada entre dois traços paralelos, cujo
afastamento é igual à plataforma da estrada. Os valores dos principais elementos das curvas
podem ser colocados em tabelas no rodapé da folha de projeto, conforme indica a Figura 6.9.
82
Fig. 8.9: Indicações dos elementos da curva circular em planta com plataforma e usando uma tabela
EXEMPLO: